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E-tec Brasil - IFRN Curso Técnico em Segurança do Trabalho Disciplina - Qualidade de Vida no Trabalho Autora - Maria Josély de Figueirêdo Gomes Aula 1- Qualidade de vida e a saúde Objetivos Reconhecer os conceitos de qualidade de vida e da saúde. Caracterizar a era do estilo de vida. 1.1 Conceito de qualidade de vida e saúde Os conceitos de qualidade de vida (QV) e saúde, assim como muitos outros que encontramos, podem variar um pouco de autor para autor. Seria muito importante que antes de você ver os três conceitos de QV que iremos abordar, parasse um pouco e refletisse qual é o conceito que você tem hoje de QV em sua mente. Talvez depois de ver os conceitos abordados por este material, você possa incrementar alguma dimensão que não considerava antes. O conceito de saúde é complexo, subjetivo e, sobretudo, tem uma relatividade considerada que cerca as questões a ele associadas. São muitos os conceitos e definições que temos na literatura, pois o que se pode entender por boa vida é passível de muitas interpretações. Uma coisa é certa, temos mais consenso que dissenso quando interligamos o conceito de saúde e bem-estar. 1.1.1 Conceito de qualidade de vida A expressão qualidade de vida foi empregada pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, em 1964, ao declarar que “os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas”. O interesse em conceitos como “padrão de vida” e “qualidade de vida” foi inicialmente partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. O crescente desenvolvimento tecnológico da Medicina e ciências afins trouxe como uma consequência negativa a

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Qualidade de vida

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E-tec Brasil - IFRN Curso Técnico em Segurança do Trabalho Disciplina - Qualidade de Vida no Trabalho Autora - Maria Josély de Figueirêdo Gomes

Aula 1- Qualidade de vida e a saúde

Objetivos

Reconhecer os conceitos de qualidade de vida e da saúde.

Caracterizar a era do estilo de vida.

1.1 Conceito de qualidade de vida e saúde

Os conceitos de qualidade de vida (QV) e saúde, assim como muitos outros

que encontramos, podem variar um pouco de autor para autor. Seria muito

importante que antes de você ver os três conceitos de QV que iremos abordar,

parasse um pouco e refletisse qual é o conceito que você tem hoje de QV em sua

mente. Talvez depois de ver os conceitos abordados por este material, você possa

incrementar alguma dimensão que não considerava antes.

O conceito de saúde é complexo, subjetivo e, sobretudo, tem uma relatividade

considerada que cerca as questões a ele associadas. São muitos os conceitos e

definições que temos na literatura, pois o que se pode entender por boa vida é

passível de muitas interpretações. Uma coisa é certa, temos mais consenso que

dissenso quando interligamos o conceito de saúde e bem-estar.

1.1.1 Conceito de qualidade de vida

A expressão qualidade de vida foi empregada pela primeira vez pelo

presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, em 1964, ao declarar que “os

objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem

ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas”. O

interesse em conceitos como “padrão de vida” e “qualidade de vida” foi inicialmente

partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. O crescente desenvolvimento

tecnológico da Medicina e ciências afins trouxe como uma consequência negativa a

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sua progressiva desumanização. Assim, a preocupação com o conceito de

“qualidade de vida” refere-se a um movimento dentro das Ciências Humanas e

Biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de

sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida.

O Centro de Controle e Prevenção (CDC – The Centers for Disease Control

and Prevention) de doenças dos Estados Unidos da América (EUA) coloca a QV

como uma rede de fenômeno e situações que engloba o estado de saúde,

longevidade, satisfação no trabalho, salários, lazer, relações familiares, disposição,

prazer e espiritualidade. O mesmo centro aborda ainda uma perspectiva holística,

que fala de uma condição humana resultante de um conjunto de parâmetros

individuais e socioambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições

em que vive o ser humano.

Saiba Mais

Holística - relativo ao holismo. Aquele que prega a compreensão integral dos fenômenos,

não apenas das suas partes separadas.

Figura 1.1 - Qualidade de vida também está relacionada com o sentimento de felicidade e a satisfação percebida pelo indivíduo

Fonte: <http://qualidadevidanotrabalho.wordpress.com/tag/qualidade-de-vida/>. Acesso em: 01 ago. 2012.

A QV para Pires et al (1998 apud GONÇALVES e VILARTA, 2004) diz respeito

a como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano. Envolve, portanto,

saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes

dizem respeito e determinam como viver no mundo. Compreende, desse modo,

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situações extremamente variadas, como anos de escolaridade, atendimento digno

em caso de doenças e acidentes, conforto e pontualidade nas condições para se

dirigir a diferentes locais, alimentação em quantidade suficiente e com qualidade

adequada e, até mesmo, posse de aparelhos eletrodomésticos.

Estamos vendo até aqui a complexidade e também as similaridades no

conceito de QV, muitas vezes fica difícil em poucas palavras sintetizar a imensidão

do que é a QV. Por esse motivo fica difícil dizer que existe um conceito mais aceito

do que o outro, muitos autores dizem que esse conceito ainda encontra-se em

aberto.

Apesar de a saúde ter muita importância no domínio da QV total, temos que

considerar também o trabalho, a vida doméstica, as escolas, a vizinhança e os

aspectos da cultura, de valores espirituais. A QV está atrelada aos diversos

segmentos sociais. Estes são influenciados e influem nas crenças, valores, hábitos

e atitudes dos seres humanos.

Saiba mais

De forma prática, podemos dizer que nossa vida é bastante influenciada pelos segmentos

sociais. Como exemplo, podemos citar a mídia, que impõe alguns tipos de comportamentos

e padrões de beleza, que muitas vezes estão conectados com algum tipo de interesse

mercadológico. Hoje sabemos que o padrão imposto é o da mulher magra e do homem

musculoso, e quem fugir desse padrão tem uma enorme pressão para sentir-se excluído.

Então, podemos dizer que a QV está intimamente ligada à sociedade e

transcende o universo particular, ela está vinculada além do universo de cada um,

ela é coletiva, representa os diversos universos, desde os pequenos, como uma

família; um médio, como uma cidade; até um maior, como um país.

1.1.2 Conceito de saúde

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a

ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e

social. Apesar de muitas críticas terem sido feitas a esse conceito da OMS, ele ainda

é o mais usado, embora muitas delas devam ser consideradas.

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Saiba mais

O livro Saúde, promoção da saúde e educação física, de Farinatti e Ferreira (2006), faz

uma ótima reflexão sobre essas críticas ao conceito da saúde da OMS.

A saúde é um processo multifatorial, contínuo e dinâmico. Para se ter saúde,

é preciso apresentar evidências e atitudes que afastem ao máximo os fatores de

risco que possam provocar as doenças.

Com isso estamos dizendo que a saúde não é um valor absoluto, mas uma

escala móvel que, além de mudar ao longo da vida, pode se alterar no decorrer do

dia. Podemos dizer que a saúde é o controle de doenças físicas e mentais, e a QV é

a capacidade de interagir com outras pessoas, a comunidade e o ambiente.

A saúde é um estado positivo de bem-estar, com tudo funcionando. É uma

capacidade de adaptar-se às circunstâncias mutantes de nossas vidas, em outras

palavras, podemos dizer que a saúde é a capacidade de adaptar-se ao ambiente e

de manter o organismo em ótimo funcionamento.

Podemos dizer que nas visões mais contemporâneas, a saúde de um

indivíduo tende a ser vista como uma unidade corpo-espírito e não como uma

entidade composta de elementos inter-relacionados, mas separados. Busca-se

considerá-la o produto de uma quantidade enorme de componentes que variam

constantemente, produzindo diversas combinações do que seria saudável.

Na continuação, iremos mostrar o gráfico que faz a relação da saúde com o

bem-estar, e veremos quatro estágios.

a) O primeiro é o desejável, quando uma pessoa tem um alto nível de bem-estar e

baixa doença.

B) O segundo ocorre quando uma pessoa apresenta um alto grau de doença, mas

tem também um alto grau de bem-estar. E como isso é possível? Podemos dar como

exemplo alguém que tem uma doença grave, como um câncer, mas mesmo assim

consegue aceitar a doença e manter ótimo nível de bem-estar.

c) O terceiro tem relação com muita doença e pouco bem-estar: quando uma pessoa

tem uma enfermidade grave ou crônica e não consegue conviver bem com essa

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situação. Podemos dar o exemplo de uma pessoa que tem uma doença mental

(bipolar) e entra excessivamente em crise por não tomar o medicamento, ou ter um

comportamento inadequado, como beber ou usar drogas ilícitas.

D) O quarto seria a pessoa não ter doenças, mas mesmo assim ter um baixo bem-

estar. Isto é bem normal de ser percebido na nossa sociedade: pessoas que não têm

nenhum problema físico ou mental, mas mesmo assim não conseguem sentir muito

prazer em viver.

BEM ESTAR

SAÚDE

ALTO

BAIXOALTO

DOENÇABAIXO

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Estado desejávelAlto bem estarBaixa doença

Diferentes graus de alto bem estar e alta

doença

Muita doença e pouco bem estar

Baixa doença e baixo bem estar

Figura 1.2 - Bem-estar e sua relação com a saúde Fonte: autora

1.2 A era do estilo de vida

O estilo de vida (EV) é definido como um conjunto de padrões de condutas

que caracterizam a maneira de viver de um indivíduo ou grupo. É fruto, basicamente,

da interação entre as reações aprendidas durante o processo de socialização e as

condições de vida desse indivíduo ou grupo.

O estilo de vida é uma conduta aprendida. Para alguns autores eles se

formam nas etapas iniciais da vida de um indivíduo e uma vez formado é muito difícil

modificar (SHINA, 1993).

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Já outro autor afirma que o EV aparece estreitamente vinculado com as

atitudes, valores e normas sociais (AARO et al, 1986), o que não significa dizer que

as mudanças relacionadas com as condutas não podem ser conseguidas na idade

adulta.

Hoje existe um grande interesse em estudar os estilos de vida das pessoas e

sua influência na saúde, isso porque as doenças de caráter degenerativo, nos

países desenvolvidos e em desenvolvimento, vêm sendo responsáveis pela morte

precoce, substituindo as doenças infecciosas. Essas enfermidades degenerativas

estão associadas ao estilo de vida moderno, sedentário e estressante.

Saiba mais

Enfermidades degenerativas – Uma doença degenerativa é uma doença que consiste na

alteração do funcionamento de uma célula, um tecido ou um órgão, excluindo-se nesse caso

as alterações devidas a inflamações, infecções e tumores. As doenças degenerativas são

assim chamadas porque elas provocam a degeneração de todo o organismo, envolvendo

vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Normalmente, as

doenças degenerativas são adquiridas por erros alimentares (ou uso excessivo de gorduras

de origem animal), uma vida sedentária ou um erro genético. Classificam-se como doenças

degenerativas o diabetes, a arteriosclerose, a hipertensão, as doenças cardíacas e da

coluna vertebral, além de câncer (cancro), Mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose

múltipla, artrite deformante, artrose, glaucoma.

Saiba mais

Sedentarismo – O que está comumente sentado; que anda ou se exercita pouco; inativo

(dicionário Aurélio). Consideram-se como sedentárias as pessoas que apresentam pouco

gasto energético para realização de suas atividades diárias e ocupação dos momentos de

lazer, o equivalente a gasto energético inferior a 500 kcal/semana.

Na atualidade, já se sabe da influência do EV na saúde das pessoas. De

forma aproximada, o EV influencia uns 50%, o meio externo de 20-25%, a genética

de 15-20% e o sistema de atenção sanitária uns 10%, ainda que a porcentagem

dependa da doença. Ex: Alguns tipos de câncer, como o de mama, tem uma

influência muito grande da hereditariedade, mais que outros tipos de cânceres.

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Uma coisa é certa: a área da saúde afirma que existe sim uma porcentagem

significativa da influência do seu estilo de vida na sua saúde. Embora cada autor

determine, muitas vezes, uma porcentagem diferente, preferimos ficar com a

descrita no parágrafo anterior. Então, podemos dizer em palavras mais simples que

existe sim uma influência de como você conduz sua vida, em sua saúde, ou seja,

sua saúde vai depender do que come, se você tem uma vida muito estressante, se

faz atividade física, se bebe álcool em excesso etc. Farei algumas questões para

que você pense adiante.

a) Você acredita que seu aumento de peso corpóreo tem a ver com a

alimentação que você escolheu para o seu dia a dia? Ou com o seu nível de

sedentarismo?

b) Você acredita que as pessoas que consumiram drogas ilícitas em excesso no

passado podem estar mais propícias a terem alguma doença mental (crises

de ansiedades, esquizofrenia etc.)?

c) Você acredita que o estresse que você tem em sua vida de alguma forma

atinge sua saúde?

d) E os relacionamentos que você tem em sua vida, seja com os amigos,

familiares, afetivos, você acredita que eles também podem influenciar na sua

saúde?

Saiba mais

Estresse – O estresse é algo natural na vida. Ele pode ser uma ameaça à saúde, mas pode

também ser positivo. O eustress (estresse bom) é aquele que nos dá motivação para

realizar um desafio, o que sentimos quando estamos apaixonados. O distress (ruim para o

organismo) pode ser agudo, quando é intenso, por exemplo, quando sabemos da morte de

um ente querido; e crônico, quando ocorre repetidamente ou constantemente.

Marcus Nahas (2001), autor do livro Atividade Física, Saúde e Qualidade de

Vida, explica sobre os fatores positivos e negativos no nosso estilo de vida que

comprovadamente afetam nossa saúde e bem-estar, a curto ou longo prazo.

Principalmente a partir da meia idade (40-60 anos), a mobilidade, a autonomia e a

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QV das pessoas está diretamente associada aos fatores do estilo de vida, como os

mencionados a seguir, chamados de pentáculo do bem-estar.

a) Nutrição

b) Atividade física (AF)

c) Comportamento preventivo

d) Relacionamentos

e) Estresse

Saiba mais

Mobilidade – Qualidade ou propriedade do que é móvel ou obedece às leis do movimento

(dicionário Aurélio).

Com relação à nutrição já é sabido da importância da alimentação em nossas

vidas. Muitos afirmam, e de forma categórica, que somos o que comemos, e isso é

uma verdade. Hoje, a nutrição é um fator essencial quando falamos em estilo de

vida, e alimentar-se bem não significa quantidade, e sim qualidade e variedade, ou

seja, devemos comer todos os nutrientes que são essenciais, como os carboidratos,

vitaminas, gorduras, proteínas, de forma balanceada e se possível com orientação

de um profissional da área, pois sabemos que em alguns casos devemos diminuir a

ingestão das gorduras em detrimento das vitaminas (frutas, verduras, legumes etc.).

Atividade 01

Existe um filme muito interessante que aborda as temáticas da saúde, qualidade de

vida e também do estilo de vida, que você deve assistir. Em inglês, seu título é

Super Size Me e em português, A dieta do palhaço. Ele é americano, o diretor é

Morgan Spurlock (2004) e o foco maior é a nutrição e as relações como as comidas

rápidas (fast food). Você deve fazer uma análise desse filme, mas não copiar da

internet as muitas resenhas que existem. Você deve fazer uma reflexão sobre o que

você acredita ser interessante no filme, o que ele te ensina, o que você critica, enfim,

qual a sua percepção, associando aos temas que estamos estudando e vamos

estudar mais à frente nesta aula.

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Quanto à atividade física, sabemos que estamos mais sedentários e isso não

tem a ver apenas com as atividades físicas nos momentos de lazer; estamos mais

sedentários em todos os ambientes: em casa, no trabalho, nas atividades em geral.

O mundo está mais automatizado e, consequentemente, nós nos movimentamos

muito menos, isso é um perigo, porque nós, humanos, fomos construídos para

sermos ativos, e isso vem desde os nossos ancestrais, que caçavam, pescavam,

fugiam e se movimentavam em toda atividade que realizavam, não eram

dependentes como nós dos computadores, controles remotos e transportes urbanos

(carros, motos etc.).

Podemos ter o comportamento preventivo em toda nossa vida, como

exemplo, podemos falar das enfermidades sexualmente transmissíveis, como a

AIDS, que pode ser evitada com apenas um comportamento, que seria o uso da

camisinha. Podemos citar vários outros, como o uso excessivo de sal, que é

prejudicial para várias doenças, entre elas a hipertensão; a falta de AF, o estresse, a

alimentação inadequada, que podem estar relacionados a várias enfermidades

degenerativas, como as doenças cardíacas, diabetes, cânceres.

Figura 1.3 - Estilo de vida ativo

Fonte:<http://hmsportugal.wordpress.com/tag/qualidade-de-vida/>Acesso em: ago2012

Os relacionamentos podem sim ser ruins ou bons para nossa saúde. Os bons

relacionamentos de amizades, ser participativo em sua comunidade, participar de

grupos para prática de esportes, praticar um hobby que goste com um grupo, sentir-

se útil na sociedade são alguns aspectos importantes que podem colaborar com um

estilo de vida sadio.

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Com relação ao estilo de vida, temos fatores negativos modificáveis que

afetam nossa saúde, tais como:

a) Fumo

b) Álcool (consumo excessivo)

c) Drogas

d) Estresse

e) Isolamento social

f) Sedentarismo

g) Esforços intensos repetitivos

Temos também os fatores negativos que afetam nossa saúde sobre os quais

temos pouco ou nenhum controle:

a) Hereditariedade

b) Envelhecimentos

c) Algumas doenças infeccciosas

d) Acidentes imprevisíveis

Para finalizarmos esta aula, não podemos deixar de dizer que o indivíduo não

é responsável sozinho pela tomada de decisão de um estilo de vida mais saudável.

Você quem decide no final qual o estilo de vida vai preferir, mas existem fatores

determinantes que podem facilitar ou dificultar esse comportamento, eles veem do

ambiente físico e do meio social (governo, meio de comunicação, comunidade em

geral, empresas etc.) em que se vive.

Figura 1.4 - Responsabilidade do indivíduo e da sociedade Fonte: Nahas, M. (2001).

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Atividade 02

Procure sites de confiança, como o da Associação Brasileira de Qualidade de

Vida (ABQV) entre outros, e elabore um texto abordando como você analisaria seu

estilo de vida, qual a sua parcela (individual) e a parcela da sociedade no estilo de

vida que você leva. O que você acredita ser mais positivo e negativo em sua vida

que possa influenciar em sua saúde? Existe importância para um técnico em

segurança compreender mais adequadamente sobre o tema do estilo de vida? Em

caso afirmativo, por quê? Faça as anotações, organize-as conforme estudamos até

aqui e discuta com seus colegas no fórum.

Resumo

Nesta aula, você conheceu os conceitos de saúde, qualidade de vida e estilo de

vida. Estabeleceu a relação da saúde com o bem-estar, bem como a relação do

estilo de vida com a saúde na sociedade moderna, e conheceu os cinco tópicos que

compõem o pentágono do bem-estar.

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Referências

AARO, C. E. et al. Health behaviour in schoolchildren. A who cross-national survey. Health Promotion, v.1, n.1, p. 17 – 33, 1986. ABQV. Disponível em: <http://www.abqv.com.br/portal/Default.aspx> acesso em: 6 ago. 2012. BURGOS, Miria; PINTO, Leila (Orgs.). Lazer e estilo de vida. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2002. CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly. A psicologia da felicidade. São Paulo, SP: Saraiva, 1992. FARATTI, P. T.; FERREIRA, M. S. Saúde, promoção da saúde e educação física: conceitos, princípios e aplicações. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2006. FLECK, M. A avaliação de qualidade de vida: Guia para profissionais de saúde. Porto Alegre: Artmed, 2008. GOMES, M. J. A Educação Física no novo modelo do Ensino Técnico. 2000. Disertación (Master en educación física) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2000. 220 p. GOMES, M. J. Hábitos de actividad física y Salud en estudiantes de la enseñanza técnica del CEFET de Paraíba, Brasil. 2005.Tese (Doutorado em atividade física e saúde) - Universidade de Granada, Espanha, 2005. GONÇALVES, A; VILARTA, R. Qualidade de vida e Atividade Física. Barueri, SP: Manole, 2004. NAHAS, M. Atividade Física, Saúde e Qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001. p. 17. OGATA, A.; MARCHI, R. Wellness: seu guia de bem-estar e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SHINA, P. D. Developing positive health lifestyle and schoolchildren: Project Lifestyle. Kingston: Regional office of the Wold health organization, 1993.