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I r 2!!!!!!!!'------------' p , 1 " , aplicadas :b instituições espíritas. REFLEXOSDO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA -4ªParte- Por Ricardo Silva: [email protected] Neste número, damos seguimento -aos comentários relativos à Lei 8.069/90, denominada Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): 7. Assegura o Estatuto, ora comentado, que os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, têm os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 8. O art. 21 do ECA afirma que o poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de dis- cordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. A expressão "poder familiar", utilizada pela lei ora estudada, substitui a antiga denominação "pátrio poder", constante do Código Civil de 1916, indicativa da prevalência da vontade do pai em relação à da mãe nas questões referentes aos filhos. Poder familiar significa, em breves palavras, o conjunto de direitos e obrigações, relativos à criança e ao jo- vem, exercidos em igualdade de condições pelo pai e pela mãe, buscando a proteção e o interesse dos filhos menores. Havendo divergência entre os genitores, quanto aos assuntos referentes a seus filhos, a discordân- cia será resolvida por juiz, que decidirá sempre tendo em vista o bem-estar da criança e do adolescente. 9. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-Ihes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. 10. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui por si só motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar, ou seja, ainda que os pais estejam em penúria extrema - situação esta bem conhecida pelos tarefeiros espíritas das atividades de evangelização infantojuvenil e de assistência e pro- moção social, no auxílio a famílias carecedoras de moradia digna e alimento para a sobrevivência diária - não podem, apenas por esta grave questão social, perder ou ter suspensa a guarda dos seus filhos menores. 11. O parágrafo único do mencionado artigo 21 afirma que não existindo outro motivo que, isoladamente, autorize a decretação da perda do poder familiar, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio. Por isso, a importância de o Centro Espírita - recebendo ou não recursos públicos na forma de convênios ou parcerias - manter cadastro atualizado dos programas oficiais de assistência e promoção social, sejam da esfera federal, estadual ou municipal, objetivando o encaminhamento dos assistidos para as instituições que poderão atendê-Ios. 12. O artigo 23 do Estatuto preconiza que a perda do poder familiar somente ocorre mediante decisão judicial, devidamente fundamentada, com observância do contraditório, vale dizer, a abertura da possibilidade de que os pais ou responsáveisse manifestem no processo e tenham acessoa toda documentação nele contida. Na próxima oportunidade continuaremos nossajornada em torno deste tema. ~~ J_AN_EI_RO_2_01_3 ~ ~ __ ln_·ta 4 ~

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Page 1: r 2!!!!!!!!'------------' · Criança e do Adolescente (ECA): 7. Assegura o Estatuto, ora comentado, que os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, têm

Ir 2!!!!!!!!'------------'p , 1 " ,aplicadas :b instituições espíritas.

REFLEXOSDO ESTATUTO DA CRIANÇA E DOADOLESCENTE NA ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA

-4ªParte-Por Ricardo Silva: [email protected]

Neste número, damos seguimento -aos comentários relativos à Lei 8.069/90, denominada Estatuto daCriança e do Adolescente (ECA):

7. Assegura o Estatuto, ora comentado, que os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou poradoção, têm os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativasà filiação.

8. O art. 21 do ECAafirma que o poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pelamãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de dis-cordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.A expressão "poder familiar", utilizada pela lei ora estudada, substitui a antiga denominação "pátrio poder",constante do Código Civil de 1916, indicativa da prevalência da vontade do pai em relação à da mãe nasquestões referentes aos filhos.

Poder familiar significa, em breves palavras, o conjunto de direitos e obrigações, relativos à criança e ao jo-vem, exercidos em igualdade de condições pelo pai e pela mãe, buscando a proteção e o interesse dos filhosmenores. Havendo divergência entre os genitores, quanto aos assuntos referentes a seus filhos, a discordân-cia será resolvida por juiz, que decidirá sempre tendo em vista o bem-estar da criança e do adolescente.

9. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-Ihes ainda, nointeresse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

10. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui por si só motivo suficiente para a perda ou asuspensão do poder familiar, ou seja, ainda que os pais estejam em penúria extrema - situação esta bemconhecida pelos tarefeiros espíritas das atividades de evangelização infantojuvenil e de assistência e pro-moção social, no auxílio a famílias carecedoras de moradia digna e alimento para a sobrevivência diária -não podem, apenas por esta grave questão social, perder ou ter suspensa a guarda dos seus filhos menores.

11. O parágrafo único do mencionado artigo 21 afirma que não existindo outro motivo que, isoladamente,autorize a decretação da perda do poder familiar, a criança ou o adolescente será mantido em sua família deorigem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio. Por isso, a importânciade o Centro Espírita - recebendo ou não recursos públicos na forma de convênios ou parcerias - mantercadastro atualizado dos programas oficiais de assistênciae promoção social, sejam da esfera federal, estadualou municipal, objetivando o encaminhamento dos assistidos para as instituições que poderão atendê-Ios.

12. O artigo 23 do Estatutopreconiza que a perda do poder familiar somente ocorre mediante decisão judicial,devidamente fundamentada, com observância do contraditório, vale dizer, a abertura da possibilidade de queos pais ou responsáveisse manifestem no processoe tenham acessoa toda documentação nele contida.

Na próxima oportunidade continuaremos nossajornada em torno deste tema.

~~ J_AN_EI_RO_2_01_3 ~ ~ __ ln_·ta 4 ~