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Milhares de vagas estão sendo perdidas por conta da falta de pagamento do programa Minha Casa, Minha Vida Informativo do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná Nº 279 - Fevereiro/2015 R Á P I D A S Atraso no pagamento de obras públicas aflige construção civil Em Foz Uma das metas de 2015 do Sin- duscon-Oeste/PR é levar para Foz do Iguaçu e região de fronteira as reuniões com integrantes de departamentos de RH das empresas associadas. A ação vem logando êxito pleno na base de Cascavel e tem discutido temas válidos para o setor. Comitês Os comitês do Sinduscon-Oeste: da Indústria Imobiliária, Ação Social e Cidadania, Obras Públicas, Materiais, Serviços, Qualidade e Produtividade e o de Meio Ambiente estão preparando as ações para serem colocadas em prática durante 2015. Convidamos todos os as- sociados a participarem dos Comitês e contribuírem com sugestões e/ou ideias que colaborem com esses trabalhos. Enic 2015 Será em Salvador (BA), de 23 a 25 de setembro, a edição de 2015 de um dos mais concorridos eventos do setor da construção civil: o Enic. As inscrições já estão abertas e mais informações podem ser obtidas no site www.enic.org.br. Programe-se já! Novo associado A Concresolus Controle Tecnoló- gico Ltda., de Cascavel, Construtora Montana, de Foz do Iguaçu, e Village Construções, de Curitiba, são as novas empresas associadas ao Sinduscon- -Oeste/PR. A seus sócios e colaborado- res, nossa mensagem de boas vindas. Sem receber de obras como as do programa Minha Casa, Minha Vida, e de outras nas esferas federal e estadual, os empresários do setor da construção civil da região Oeste do Paraná estão aflitos com os efeitos danosos que a inadimplência pode causar no curto e médio prazos. De acordo com o presidente do Sin- duscon/Oeste-PR, Edson José de Vascon- celos, o cumprimento deste compromisso é fundamental para a manutenção das empresas, que passam por dificuldades cada vez maiores. “O mês de janeiro pode-se dizer perdido. Cada estado da Federação está perdendo neste início de ano em média duas mil vagas na cons- trução civil diante da situação de falta de pagamentos”, destaca. E na região Oeste, lembra o presidente do Sinduscon, não avançam importantes obras, como a duplicação da BR-163, de responsabilidade do governo federal, e a Ala de Queimados do Hospital Universitário, de responsabilidade do governo do Estado, entre outras de semelhante importância. “Se não há pagamento, o estrago ocorre em efeito cascata, prejudicando emprega- dores e empregados”. Segundo ele, é preciso que a constru- ção civil seja reconhecida e dado seu valor tal qual acontece com outros segmentos da macroeconomia. Ao mesmo tempo, lembra Vasconcelos, uma greve como a de metalúrgicos de São Paulo faz um barulho que toma conta da mídia nacional por con- ta da baixa de 800 vagas. “É um número inexpressivo se comparado aos empregos perdidos na construção civil”, diz. Ex-presidente do Sinduscon-Oeste assume a Chefia da Casa Civil do PR O ex-deputado federal Eduardo Sciarra, um dos fundadores e primeiro presi- dente do Sinduscon-Oeste/ PR, acaba de assumir um dos mais importantes car- gos do Poder Executivo estadual: o de chefe da Casa Civil do Governo do Paraná. Trata-se, na hierar- quia do poder, do terceiro cargo mais importante do Executivo estadual, atrás apenas do governador e do vice-governador. É uma espécie de coordenador dos trabalhos realizados pelos secretários estaduais, que traça a política es- tratégica do governo. Nascido em Londrina, Eduardo Francisco Sciarra iniciou sua carreira empresarial em Cascavel, onde presidiu entidades como Sinduscon, Acic, Caciopar, Aeac e outras. Foi secretário estadual de Indústria e Comércio entre 1998 e 2002 e deputado federal por três mandatos consecutivos, sendo um dos fundadores e presidente estadual do partido que está filiado, o PSD. Previdência Atenção empresários: várias alterações na concessão de benefícios por morte e auxílio- -doença estão sendo colocadas em prática pela Previdência Social desde o início do ano. As mudanças estão na Medida Provisória nº 664. Fique atento.

R Á P I D A S Atraso no pagamento de obras Em Foz públicas ... · gico Ltda., de Cascavel, Construtora Montana, de Foz do Iguaçu, e Village Construções, de Curitiba, são as

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Milhares de vagas estão sendo perdidas por conta da falta de pagamento do programa Minha Casa, Minha Vida

Informativo do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná

Nº 279 - Fevereiro/2015 R Á P I D A S

Atraso no pagamento de obraspúblicas aflige construção civil

Em FozUma das metas de 2015 do Sin-

duscon-Oeste/PR é levar para Foz do Iguaçu e região de fronteira as reuniões com integrantes de departamentos de RH das empresas associadas. A ação vem logando êxito pleno na base de Cascavel e tem discutido temas válidos para o setor.

ComitêsOs comitês do Sinduscon-Oeste:

da Indústria Imobiliária, Ação Social e Cidadania, Obras Públicas, Materiais, Serviços, Qualidade e Produtividade e o de Meio Ambiente estão preparando as ações para serem colocadas em prática durante 2015. Convidamos todos os as-sociados a participarem dos Comitês e contribuírem com sugestões e/ou ideias que colaborem com esses trabalhos.

Enic 2015Será em Salvador (BA), de 23 a

25 de setembro, a edição de 2015 de um dos mais concorridos eventos do setor da construção civil: o Enic. As inscrições já estão abertas e mais informações podem ser obtidas no site www.enic.org.br. Programe-se já!

Novo associadoA Concresolus Controle Tecnoló-

gico Ltda., de Cascavel, Construtora Montana, de Foz do Iguaçu, e Village Construções, de Curitiba, são as novas empresas associadas ao Sinduscon--Oeste/PR. A seus sócios e colaborado-res, nossa mensagem de boas vindas.

Sem receber de obras como as do programa Minha Casa, Minha Vida, e de outras nas esferas federal e estadual, os empresários do setor da construção civil da região Oeste do Paraná estão aflitos com os efeitos danosos que a inadimplência pode causar no curto e médio prazos.

De acordo com o presidente do Sin-duscon/Oeste-PR, Edson José de Vascon-celos, o cumprimento deste compromisso é fundamental para a manutenção das empresas, que passam por dificuldades cada vez maiores. “O mês de janeiro pode-se dizer perdido. Cada estado da Federação está perdendo neste início de ano em média duas mil vagas na cons-trução civil diante da situação de falta de pagamentos”, destaca.

E na região Oeste, lembra o presidente

do Sinduscon, não avançam importantes obras, como a duplicação da BR-163, de responsabilidade do governo federal, e a Ala de Queimados do Hospital Universitário, de responsabilidade do governo do Estado, entre outras de semelhante importância. “Se não há pagamento, o estrago ocorre em efeito cascata, prejudicando emprega-dores e empregados”.

Segundo ele, é preciso que a constru-ção civil seja reconhecida e dado seu valor tal qual acontece com outros segmentos da macroeconomia. Ao mesmo tempo, lembra Vasconcelos, uma greve como a de metalúrgicos de São Paulo faz um barulho que toma conta da mídia nacional por con-ta da baixa de 800 vagas. “É um número inexpressivo se comparado aos empregos perdidos na construção civil”, diz.

Ex-presidente do Sinduscon-Oesteassume a Chefia da Casa Civil do PR

O ex-deputado federal Eduardo Sciarra, um dos fundadores e primeiro presi-dente do Sinduscon-Oeste/PR, acaba de assumir um dos mais importantes car-gos do Poder Executivo estadual: o de chefe da Casa Civil do Governo do Paraná. Trata-se, na hierar-quia do poder, do terceiro cargo mais importante do Executivo estadual, atrás apenas do governador e do vice-governador. É uma espécie de coordenador dos trabalhos realizados pelos secretários estaduais, que traça a política es-tratégica do governo. Nascido em Londrina, Eduardo Francisco Sciarra iniciou sua carreira empresarial em Cascavel, onde presidiu entidades como Sinduscon, Acic, Caciopar, Aeac e outras. Foi secretário estadual de Indústria e Comércio entre 1998 e 2002 e deputado federal por três mandatos consecutivos, sendo um dos fundadores e presidente estadual do partido que está filiado, o PSD.

PrevidênciaAtenção empresários: várias

alterações na concessão de benefícios por morte e auxílio--doença estão sendo colocadas em prática pela Previdência Social desde o início do ano. As mudanças estão na Medida Provisória nº 664. Fique atento.

D A P R E S I D Ê N C I A

2 CONSTRUÇÃO OESTE

P R O G R A M E - S E

Cada um deve fazer a sua parte

Edson José de VasconcelosPresidente do Sinduscon-Oeste/PR

Escola da Construção prestes a se tornar realidade em Cascavel

O empresário cor-ta custos, enxuga a máquina, promove demissões, enfim, di-lacera a própria carne para poder sobre-viver neste oceano de tormentas que é a economia brasileira. Mas, por outro lado, o governo não faz a lição de casa: deixa de cumprir metas, não corta des-pesas, mantém a folha de pagamento inchada e não faz o mais importante e o mais óbvio, gastar menos do que arrecada.

E não se trata de discussão me-ramente político-partidária. É simples questão matemática. O governo é o maior cliente do setor da construção civil, e se ele não pagar, haverá o efei-to castelo de cartas: as empresas de menor porte certamente já sentem os efeitos desastrosos da inadimplência.

Assim, vamos navegando, sem en-tender o rumo de nosso próprio destino. Por isso, é fundamental estar unido para buscar a todo custo nossos direitos, nós que fazemos parte de um segmento que gera milhares de empregos e ajuda muito no equilíbrio fiscal. O Sinduscon representa a indústria da construção, que na região Oeste está presente em todos os 49 municípios de sua base de forma a alavancar economias e fazer a diferença. As estratégias para enfrentarmos situações que não nos são favoráveis são traçadas neste foro. Dessa forma, é fundamental que todos os associados participem das reuniões mensais do sindicato, porque esse é o jeito mais democrático de expor sua situação e seus anseios. Essa tendência tem que ser consolidada: a de edificar um Sinduscon cada vez mais forte e atuante. Tudo isso só depende de nós.

CALENDÁRIO DE TREINAMENTOS 2015ADMISSIONALMÊS CASCAVEL DEMAIS CIDADESJANEIRO/15 30FEVEREIRO/15 13 13 - PALOTINAMARÇO/15 13 13 - FOZ –TOLEDOABRIL/15 10 10 - RONDON – MEDIANEIRAMAIO/15 15 15 – FOZJUNHO/15 12 12 - TOLEDOJULHO/15 10 10 - PALOTINA AGOSTO/15 14 14 - FOZ – RONDONSETEMBRO/15 11 11 - MEDIANEIRAOUTUBRO/15 9 9 - TOLEDONOVEMBRO/15 13 13 – FOZDEZEMBRO/15 11Horário:13:00h às 17h30

PERIÓDICOMÊS CASCAVEL DEMAIS CIDADESFEVEREIRO/15 6 6 – FOZMARÇO/15 20 – TOLEDOABRIL/15 24 24 – MEDIANEIRAMAIO/15 22 – PALOTINAJUNHO/15 26 26 – RONDONJULHO/15 24 – FOZAGOSTO/15 28 28 – TOLEDOSETEMBRO/15 18 – MEDIANEIRAOUTUBRO/15 16 16 – PALOTINANOVEMBRO/15 27 – TOLEDO E FOZHorário: 13:00h às 17h30

CALENDÁRIO DE REUNIÕES 2015MÊS DIRETORIA CONS. DELIBERATIVO DIR/ASSOCIADOSJANEIRO 19 19 -FEVEREIRO 02 - 23MARÇO 02 02 16 ABRIL 06 - 27 - FozMAIO 04 04 18JUNHO 01 - 15JULHO 06 06 20 - ToledoAGOSTO 03 - 17 SETEMBRO 14 14 21OUTUBRO 05 - 19 - RondonNOVEMBRO 09 09 16DEZEMBRO 07 - -

HORÁRIOS:Só Diretoria: 18hConselho Deliberativo: 17h e Diretoria: 18hDiretoria e Associados – 17h e 18hLOCAL: Em Cascavel, na Sede do Sinduscon-Oeste - Avenida Assunção 690 – Alto Alegre.Nas outras cidades, local a definir

Um espaço destinado à realização de cursos de qualificação de traba-lhadores da construção civil está sendo construído no Senai graças a parceria entre Sesi e Sinduscon-

2/2 – Reunião da diretoria - Cascavel4/2 – Curso NR-35 – Trabalho em Altura – Cascavel6/2 – Treinamento Periódico Coletivo – Cascavel e Foz do Iguaçu10/2 – Encontro de RH’s – Cascavel11, 12 e 13/2 – Curso de CIPA – Cascavel13/2 – Treinamento Admissional – Cascavel e Palotina23/2 – Reunião Mensal dos Associados - Cascavel25, 26, 27 e 28/2 – Operador de Elevador de Cargas e Pessoas – CascavelAG

END

A FE

V/20

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-Oeste/PR. Nos próximos dias, será feita a cobertura do barracão que sediará os cur-sos. Essa é mais uma iniciativa inovadora e que beneficiará muitos trabalhadores da cidade e região, dando formação de quali-

dade e preparando profissionais com cursos de excelência para o mercado de trabalho, em uma das áreas que estão mais aquecidas em nossa eco-nomia: a construção civil.

CONSTRUÇÃO OESTE 3

T R E I N A M E N T O E D E S E N V O L V I M E N T O

S E G U R A N Ç A N O T R A B A L H O

Agnaldo MantovaniEngenheiro de Segurança do Trabalho CREA/PR 30.059/D

Menores aprendizes: sua empresa precisa estar atenta à legislação

O Sinduscon-Oeste/PR está organizando turmas para Jovens Aprendizes 2015 em Cascavel, com base no artigo 429 da CLT. De acordo com a lei: “Os estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham pelo menos sete empregados, são obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual

O objetivo do Sinduscon é fechar turmas de acordo com a demanda das empresas. Auxiliar de Produção da Construção Civil e Assistente Administrativo. Para as empresas de Cascavel que ainda não possuem candidatos, o sindicato estará disponibilizando alguns contatos que temos de jovens interessados em participar do programa. As vagas são limitadas.

Recentemente, o sindicato enviou aos associados, por email, o Manual da Apren-dizagem onde constam todas as informações sobre o programa. Empresas de outras cidades (Foz do Iguaçu e Toledo) que tiverem demanda por curso para Jovem Aprendiz, devem entrar em contato com o Sindicato ou diretamente no Senai para verificar a disponibilidade de turmas e vagas.

CALENDÁRIO 2015

Na última década, a indústria brasi-leira sentiu a necessidade de elevar os índices de produtividade, justamente buscando mais competitividade - con-dição indispensável para sobrevivência empresarial. De lá para cá, a introdução de uma quantidade sem precedentes de máquinas e equipamentos foi ine-vitável.

Buscando preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, a Norma Regulamentadora 12 – existente desde 1978, define referências técnicas e princípios fundamentais de proteção, estabelecendo o que o texto legal chama de requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças.

Reformulada, a NR12 - que já não tem mais nada haver com aquela de 36

NR-12 – Máquinas e Equipamentos, uma norma para mudar as empresas

anos atrás - pretende abranger as fases de concepção, projeto e utilização de máqui-nas de todos os tipos, e ainda, a fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Nor-mas Regulamentadoras.

Diante desta visão sistêmica e abran-gente do Ministério do Trabalho, resta para as empresas fazer as intervenções necessárias para o atendimento às normas, com o especial cuidado de continuarmos buscando elevados níveis de competência e sustentabilidade para os nossos negó-cios. Enfim, já não se permitirá mais apenas a aquisição e o uso das máquinas.

Com o enfoque agora, um pouco mais do que simplesmente orientativo, as ações fiscalizatórias e as perícias técnicas moti-vadas por ações trabalhistas de qualquer natureza deverão “apertar o cinto” quanto aos assuntos relacionados a NR-12.

Documentos como Análises de Risco, Procedimentos Operacionais, Inventário Atualizado, Planos de Manu-tenção, Correção e Planejamento para Capacitação para Operadores já fazem parte das tarefas para qualquer empresa que pretende ampliar a utilização de máquinas em seus processos.

Da expressão popular que diz: “fazer do limão uma limonada” aprendamos desde já que a organização requerida pela NR-12, poderá contribuir muito com as empresas na preservação da saúde e da incolumidade do patrimônio, que não é mais uma simples questão de escolha e que custará caro para quem duvidar disso

ENCONTROS DE RHMÊS DIA

FEVEREIRO 10

MARÇO 11

ABRIL 16

MAIO 12

JUNHO 11

JULHO 14

AGOSTO 11

SETEMBRO 15

OUTUBRO 14

NOVEMBRO 11

O Sinduscon-Oeste/PR sedia entre os dias 23 e 24 de março em Cascavel o curso Contabilidade nas Empresas da Construção Civil. As vagas são limitadas; mais informa-

ções podem ser obtidas junto ao Sindicato.

O público-alvo é com-posto por contadores, auditores, economistas, administradores de empre-sas, gerentes e analistas contábeis de instituições financeiras, além de estu-dantes das áreas contábil,

administrativa, financeira e demais interes-sados. A carga é de 16 horas/aula e o mi-nistrante é Paulo Joni Teixeira, especialista na área tributária.

O objetivo do curso é fornecer aos que buscam conhecer os critérios contábeis a serem adotados nas empresas de cons-trução civil e incorporações imobiliárias, bem como as obrigações acessórias e sua contabilização.

Contabilidade nas empresas é tema de curso

J U R Í D I C O

Obs: *CUB Calculado pela Norma 12.721/2006

CUB - SINDUSCON/PARANÁ

ANO MÊS ÍNDICES MÊS ANO 12 MESES2014 NOV 1208,52 0,15 5,48 5,69 2014 DEZ 1209,37 0,07 5,56 5,56 2015 JAN 1211,36 0,16 0,16 5,66

CUB - SINDUSCON/PARANÁ - desonerado

ANO MÊS ÍNDICES MÊS ANO 12 MESES2014 NOV 1118,89 0,16 5,47 -2014 DEZ 1119,74 0,08 5,55 5,55 2015 JAN 1121,73 0,18 0,18 5,66

INDICADORES ECONÔMICOS

4 CONSTRUÇÃO OESTE

IGPM

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTO DA CONSTRUÇÃO - INCC

ANO MÊS ÍNDICES MÊS ANO 12 MESES2014 OUT 600,87 0,17 6,39 6,872014 NOV 603,52 0,44 6,86 6,972014 DEZ 604,03 0,08 6,95 6,95

ANO MÊS ÍNDICES MÊS ANO 12 MESES2014 NOV 554,769 0,98 3,05 3,662014 DEZ 558,213 0,62 3,69 3,692015 JAN 562,482 0,76 0,76 3,98

Risco-País e sistema judiciário

CUB - SINDUSCON/OESTE-PR

ANO MÊS ÍNDICES MÊS ANO 12 MESES2014 NOV 1203,94 0,22 6,16 6,34 2014 DEZ 1205,24 0,11 6,28 6,28 2015 JAN 1207,80 0,21 0,21 6,41

CUB - SINDUSCON/OESTE-PR - desonerado

ANO MÊS ÍNDICES MÊS ANO 12 MESES2014 NOV 1131,61 0,23 6,04 -2014 DEZ 1132,91 0,12 6,16 6,162015 JAN 1135,48 0,23 0,23 6,30

Av. Assunção, 690 - CEP: 85.805-030F. (45) 3226-1749 - Fax: (45) [email protected]

site: www.sindusconoestepr.com.br

Sindicato da Indústria da ConstruçãoCivil do Oeste do Paraná

Editor: Luciano BarrosEditoração: HD

Sabe-se que o risco do Brasil para investi-mentos vem aumentando nos últimos meses. A combinação de inflação elevada e crescimento econômico fraco reprime a disposição de investidores estrangeiros em relação ao Brasil.

Segundo o JP Morgan, o Brasil é o país mais mal avaliado, em termos de evolução, desde que passou a turbulência advinda da retirada dos estímulos nos EUA, em 2013.

É certo que essa redução na qualidade de crédito do Brasil tem estreita relação com o

baixo crescimento econômico. Entretanto, não se pode deixar de analisar os outros fatores que contribuem para a constituição do índice que se chama comumente de “risco país”, ou o Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+), que nada mais é que uma medida do “grau de perigo” que um país representa para o inves-tidor estrangeiro.

Na composição dos fatores que compõem o risco Brasil aparece, dentre os complicado-res, a questão ligada à jurisdição, presente nos ratings nacionais (medida da probabilidade de pagamento na moeda do país).

Nesse aspecto, a morosidade do Poder Judiciário brasileiro é um dos fatores de receio dos investidores internacionais. Compreensível,

porque no caso de inadimplemento, quando surge a necessidade do credor buscar o Poder Judiciário, o ritmo é sabidamente letárgico.

Quem quer colocar dinheiro em risco num País em que um processo pode demorar 5, 10 ou até 20 anos para ser solucionado? Essa morosidade é, portanto, um dos fatores considerados pelas agências de risco para a má classificação do Brasil. Por mais que volte o crescimento econômico, este risco persistirá, pois o funcionamento do Poder Judiciário é uma das bases da economia de mercado.

É verdade que o processo de execução brasileiro teve seus avanços. Mas ainda é pou-co. Na prática, apesar da penhora on-line e da ausência de efeito suspensivo aos embargos do devedor, os processos ainda demoram demais para serem julgados. Pesquisa do Banco Mundial revelou que um processo leva em média 1500 dias para ser concluído em países como Brasil e Equador, contra apenas 100 dias na França.

Isso decorre, em parte, da falta de in-vestimento no Poder Judiciário. O Governo Federal investe pesado na Justiça Federal. Muitos Juízes Federais, estrutura de primeiro mundo, e um processo rápido. Entretanto, o que isso muda? Nada. Apenas faz com que os processos em que é credor o Governo Federal tramitem mais rápido, já que a Justiça Federal é em boa parte um órgão de cobrança da União Federal.

A Justiça Comum, a justiça do povo e também de investidores, continua abandonada. Então o estrangeiro precisa considerar, além do risco de inadimplência de seu devedor, a circunstância de que precisará recorrer a um Poder Judiciário lento, com o qual os governos estaduais não se preocupam como deveriam – e nem o Federal, que poderia destinar verbas federais com esse fim.

Enquanto a Justiça Estadual não rece-ber investimentos de verdade, para que os processos sejam julgados de forma rápida, o povo, os empresários e também a classificação internacional do Brasil seguirão afetados pelo conhecido ritmo-tartaruga de nossa Justiça.

Gustavo Henrique Dietrich – Advogado e mestre em Direito www.dietrich.adv.br