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R. N. Champlin - Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia - vol. 2

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I.F_Antipl

fencio (semltico), 1000 A.C.

grego ocidental 800 A.C.

18.tino, 50 D.C.

D2. NOI MaaUlCdtGt Gna- do Novo Testamento3. FormasMocJenuaDDdd

DDdd

DDdd

Dd

4.Blatria D a quarta letra do alfabeto portugus. Seu nome, nas antigas lnguas semticas, era daleth, folha da porta. Essa letra representa o som d. No fenieio (onde sua forma escrita mais antiga apareceu), parecia mais uma flmula do que uma porta. Os gregos adotaram-na, chamando-a de/ta. Naquele idioma, adquiriu o formato de um tringulo, No latim, a letra foi arredondada, de onde passou para muitos idiomas modernos.

S. UIOI e SbnbolOl

No latim, D designa o nmero 500. B a segundanota musical, tambm chamada r, na escala do D. Nos sistemas de aradao. essa letra representa sofrlvel. Nas abreviaes Ph.D., M.D., ete., representa Doutor em Filosofia e Doutor em Medina, respectivamente. Na abreviao J.E.D.P.(S.);representa uma alegada fonte informativa do Pentateuco. Ver o artigo assim chamado, onde D abreviao de Deuteronmio ou deuteronomista, cujo ponto de vista seria diferente das outras fontes informativas. D tambm usauo como smbolo do Codex Bezae, descrito no artigo separado D.

C~deDan~S~v~CbmpM

A Letra D decorativa -- Evangelho de Mateus t LivrodeKells -

DDUm simbolo do autor ou autores do livro de Deuteronmio. e tambm de uma escola de historiadores-autores-editores do sculo seguinte ao da publicao daquele livro (cerca de 621 A.C.), os quais empregaram o mesmo vocabulrio, estilo e idias do autor original. Essa teoria tambm supe que esses editores foram os responsveis pelas edies dos livros de Josu, Juizes, I e 11 Reis, Jeremias e talvez, outros livros. Suas doutrinas, constantemente ressaltadas so. centralizao da adorao no templo de Jerusalm (Deut, 12:57), o monotel.Jmo (Deut. 6:4), a severa natureza de Deus, incluindo a exigSncia de guerras santas (Deut, caps. 7 e 20), o conceito de recompensa pelos atos corretos (Deu. 11: 13-17), a necessidade de arrependimento absoluto, o que devidamente recompensado (I Reis '8:48). Ver as notas sobre a teoria J.E.D.P.(S.), como fontes do Pentateuco.D (CODEX BEZAE) Esse manuscrito tambm chamado C6du Cantabrigleuh. Foi presenteado em 1581 biblioteca da Universidade de Cambridge por Theodore Reza (o que explica o seu nome), o clebre erudito francs que esteve associado a Joio Calvino e foi seu sucessor como lider da igreja de Genebra. Data dos sculos V ou VI D.C., e contm a maior parte dos quatro evangelhos e do livro de A tos, com pequena poro de 11 Joo. E um manuscrito bilnge, com o texto grego esquerda. e o latino direita. O texto do tipo ocidental, com sua tipica livre adio e omisso de material. Os evangelhos trazem a ordem ocidental, a saber: Mateus, Joio, Lucas e Marcos. Nenhum manuscrito conhecido tem tantas e tio notveis variantes. Alguns estudiosos supem que o livro de Atos foi publicado em duas edies, um mais breve (o texto normal) e o outro mais longo (com as adies ocidentais). Este ltimo cerca de dez por CEnto mais longo que o texto normal. Apesar de nio haver acordo quanto natureza exata e origem dessas adies, certo que o material extra estranho ao livro original de Atos, embora algumas das informaes assim dadas sejam autnticas. Ver o artigo geral sobre os Manuscritos do Novo Testamento. (KE ME)D No hebraico, JUIZ. Consideremos os seguintes pontos a seu respeito: 1. Foi o qulDto &lho de Jac, mediante sua concubina, Bila (Gen. 30:3; 35:25). Foi o cabea e fundador da tribo israelita de D, Di teve apenas um filho; mas, a despeito disso, quando os israelitas sairam do Egito, essa tribo era representada por sessenta e dois mil e setecentos homens (Nm. 1:39), o que a tornava a segunda maior tribo de Israel, quanto a nmeros. Acerca do prprio Di. porm, praticamente no temos qualquer informao. De acordo com a bno proferida por Jac6, em seu leito de morte, foi declarado que ele e seus irmos, atravs de esposas e concubinas de Jac6, teriam o direito legal de uma poro na herana da famUia. 2. A TrIbo Clt...... DI. Essa tribo consistia nos descendentes do patriarca Di, filho de Jac6 e SUa, criada de Raquel e concubina delac6 (Gn. 30:6). O trecho de Gness 46:23 diz-nos que Di teve apenas um filho. Mas alguns intrpretes pensam que o nome

dele, Husm, uma forma plural, que poderia indicar toda uma famllia, e no apenas um individuo. Seja como for, essa tribo, na poca do :exodo, era a segunda mais numerosa das tribos de Israel. com sessenta e dois mil e setecentos homens (Nm. 1:39). Pela poca em que Israel entrou em Canal, e:-e nmero havia aumentado para sessenta e quatro mil e quatrocentos homens (Nm. 26:43), e continuava sendo a segunda maior tribo de Israel. Foi-lhe dado territrio na poro noroeste da Palestina; mas, visto que a rea era muito pequena para a tribo, um grupo de danitas buscou estabelecer-se bem ao sul da Palestina. Foi assim que eles ocuparam o distrito de Lesm, que foi conquistado com relativa facilidade, em comparao com o que sucedeu no resto da Palestina (Jos. 19:47; Ju, 1:34 e capo 18). Lesm foi rebatizada com o nome de Di, o que veio a indicar o extremo norte do territ6rio de Israel, Ver abaixo sobre a cidade de D. O territrio original que Di recebeu era frtil, ocupando parte das costas marl~as, o que deu gente dessa tribo a oportunidade de ocupar-se do comrcio e da pesca (Ju, 5:17). Importantes cidades dessa rea foram Jope, Uda e Ecrom. Indivduos importantes da tribo de Di foram Aoliabe, filho de Aisamaque (:exo. 31:6 ss.) e Sanso (Ju, 13:2 ss). A localizao dessa tribo, perto dos filisteus, explica seu envolvimento na histria que circunda o seu nome. 3. Oclade de DI. Esse foi o nome que os danitas deram cidade de Lem, ap6s sua conquista, no extremo norte de Israel. O lugar recebe virias nomes na Biblia, como Lesm (1os. 19:47), Lais(1ul. 18:27,28) e Lusi, nos textos .egipcios de 186().1825 A.C. e finalmente, Di. Ficava localizada no sop sul do monte Hermom, perto de um dos tributrios do rio Jordo, chamado Nahr Leddan. Sua posio,. no extremo norte do territrio de Israel, fez com que fosse usada como marco geogrfico, de tal modo que temos a expresso desde Di at Berseba (Ju, 20:1; I Sam. 3:20; 11 Sam. 17:11), a fim de denotar os pontos norte e sul extremos da Terra Santa. Di (Lesm) havia pertencido aos sidanios, que viviam quietos e seguros, de tal modo que se tornara isso uma situao proverbial: viver pacificamente, em meio abundinda, equivalia a viver segundo o costume dos sidnios (Ju, 18:7). No havia poderes adversos, nas proximidades. A principal cidade da regio, Sidom, ficava distante demais para oferecer proteo em caso de invaso, fato que no escapou observao dos espias de Di, enviados para averiguar a magnitude da tarefa da conquista. Seja como for, uma vez estabelecidos ali, os membros da tribo de Di no parecem ter sofrido qualquer tentativa de deslocamento (Juizes 18). A arqueologia tem mostrado que a rea vinha sendo habitada pelo menos desde 3500 A.C., tendo-se tomado importante comercialmente falando, visto que ficava na rota comercial com a costa sria, estando mais ou menos a meio caminho entre Ari, Tiro e Sidom. Na hist6ria mais remota do ADtigo Testamento, lemos que foi nessa rea que Abrao e seu ~..PO perseguiram o rei elamita, Quedorlaomer (Gen. 14:15). Jerboo revoltou-se contra Reoboio .e tomou-se o primeiro rei do reino norte (lsroe1), quando o povo israelita dividiu-se em duas naes (I Reis 11:26 - 14:20; 11 Cr. 10:2 - 13:20). NeSse tempo, a cidade de Di, juntamente com Bete1, tornou-se a sede de um dos dois santuirios que continham um bezerro de ouro, simbolizando a adorao a Baal (I Reis 12:29), o que si,rnfica que DI

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.DABRIA e Betel .tornaram-se centros da idolatria encabeada por Jeroboo (11 Reis 10:28-31). D, e outras cidades da rea, finalmente foram arrasadas por Ben-Hadade (I Reis 15:20; 11 Cr. 16:4). Foi recapturada no tempo de Jeroboo 11 (11 Reis 14:25). Mas o monarca assrio Tiglate-Pileser UI (745-727 A.C.) reconquistou a rea, -e seus habitantes foram levados para o exlio. A arqueologia tem descoberto relevos de origem assiria, que retratam esse e outros eventos similares, porquanto o exilio de um povo conquistado fazia com que deixassem de ser uma ameaa. Os israelitas foram instalados nas cidades dos medos (11 Reis 17:6). Referncias Extrabibticas, D mencionada em vrias fontes informativas extrabiblicas, desde tio cedo quanto os anais das conquistas de Tutms lU (cerca de 1490-1436 A.C.). Iosefo menciona o territrio como a ma onde Tito, sob as ordens de seu pai, o imperador Vespasiano, esmagou a revolta dos Judeus, no outono de 67 D.C. (Gue"as 4:1 ss). Localizao Moderna. O local onde estava a antiga cidade agora conhecido como o TeU el-Qadi. mais elevado cerca de vinte metros que a regio de pasto da rea. Esse nome rabe significa cmoro do juiz... A Tribo Perdida de D, O nome de D falta nas listas das tribos, em Apocalipse 7:5-8, ou acidental ou intencionalmente. lrineu (Adv. Haer. 5:30,2) explica a omisso com base no fato de que se esperava que o anticristo procederia dessa tribo, com base no texto de Iernimo 8:16, segundo a Septuaginta: Desde D se ouve o resfolegar de seus rpdos cavalos, refletido bem de perto por nossa verso portuguesa. Isso seria, supostamente, uma referncia s foras hostis do anticristo. Essas idias so meras especulaes, e a teoria da omisso acidental, provavelmente, est com a razo. A D Moderna. Em nossos dias, os descendentes de D estio localizados na Alta Galilia, perto da fronteira com a Sria. O estabelecimento foi fundado em 1939. Um pouco mais ao norte fica o TeU el-Qadi, local do antigo estabelecimento. Trata-se, essencialmente, de uma rea agrcola, havendo tambm a manufatura de calados, como outra importante funo.

DAGOMcaptados por nossos sentidos. 4. Locke (que vide) usava o termo sensaolt; Hume, impresses ..; Kant usava o termo fenmenos, a fim de descrever os dados de nossos sentidos de percepo. S. Para o idealismo, os dados captados pelos sentidos so ilus6rios, pois distorcem a realidade, apesar do que, para alguns idealistas, podem ser 'Usados na formulao de teorias, com outras bases. Ns escritos de Plato, a forma mais inferior de conhecimento nos chega por meio dos sentidos. Porm, - acima desse tipo fraco de conhecimento, que nos expe apenas sombras indistintas, - no realidades, e que repleto de iluses, temos a razo, a intuio e as experincias msticas, que nos permitem atingir as formas mais elevadas de conhecimento, nessa ordem crescente de poder. H dados que ultrapassam aqueles captados pelos nossos sentidos.

DADOS DAS PERCEPOES Ver PercepIo _ SeDU_. DADU Um dos mais chegados disclpulos de Kabir (que vide), um mistico hindu, que viveu em tomo de 1400 O.C. Nanaque, o fundador da religio sique, foi influenciado por Kabir. A declarao de Dadu confere-nos o esprito do movimento mstico ao qual ele pertencia: Quem pode conhecer-te (Deus), Invisivel, Inabordvel, Insondvel? Dadu no tem desejo para conhecer-te; fica satisfeito em ficar arrebatado com toda essa tua beleza, regozijando-se em ti". Ver o artigo geral sobre o Hinduismo; Kabir e Dadu eram membros do movimento Bhakti, e foram msticos do norte da ndia,DAFNE Um lugar mencionado no livro ap6crifo de 11 Macabeus 4:33. Era uma espcie de parque ou retiro com belos templos, jardins e santurios, onde os deuses do Olimpo grego eram venerados. Finalmente, o lugar tomou-se um antro onde ' muit~ viciados buscavam satisfazer seus desejos, de tal modo que-o lugar adquiriu notoriedade mundial negativa. Gibbon, em sua obra Declinio e Queda do Imprio Romano forneceu uma boa descrio do lugar. Estava associada decadncia que contribuiu para a ruina do imprio romano (11, capo 23, pgs. 395,396). DAG Uma antiqilissima divindade masculina da Babilna, associada a Anu (que vide) e a Ninibe, tambm chamado Ninurta (que vide). Dag era i4lentificado com Bel (que vide). Alguns eruditos dizem que o nome deve ser associado a Dagom (que vide). DAGOM lDformaiel GeraIs 1.0. Termo e o Deus. Reflect o heb. cereal ou ... (peixe). Cereal sugere um deus da agricultura, figura associada cultivao, ou talvez, originalmente, ele tivesse sido um deus da fertilidade e da agricultura. Seja como for, ele era um antifo deus mesopotmieo, que se tomou a principal divindade dos filisteus, muito proeminente na poca de Sanso, em Gaza (Ju. 16:21-23), em Bete-Sei, nos dias de Saul e Davi

DABRIA Um dos cinco homens mencionados em 11 Esdras 14:24, aos quais foi solicitado que registrassem prontamente viso apocalptica de Esdras, em muitos tabletes.

a

DADO Vem do latim, datma, particlpio passado de dare (dar), ou seja, algo dado. A determinao do que dado e de como dado, na gnosologia, deu origem a virias definies sobre datum, a saber: 1. No realismo ingnuo (que vide) supe-se que o mundo, conforme ele realmente , mos dado por nossos sentidos de percepo. Isso posto, nossos sentidos conferem-nos os verdadeiros dados do conhecimento. 2. No realismo critico (que vide), a realidade de qualquer coisa no nos dada pela nossa percepo, mas apenas inferida, sendo mister um salto de f animal para que nos pronunciemos sobre a naturezado: mundo. Os nossos sentidos representam para ns o mundo, mas no conforme ele , verdadeiramente. 3. Para Mach (que vide) o nosso mundo a nossa pr6pria construo, com os componentes dos dados

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DAGOM - D-JA(I Sam. 5:2-7; 31:10; I

Asdode, nos dias dos Macabeus (I Macabeus

cra.

10:10), -

e em

10:83-85). Dagom geralmente era apresentado como uma criatura misto de peixe com cabea humana. Jernimo nos deu essa infonnaio, que foi confirmada por Kimshi, no sculo XIII, embora isso seja posto em dvida por alguns eruditos modernos. A deriv&1o da palavra cereal, com base em peixe, tambm posta em dvida. Entretanto, h abundante evdnca Que que houve um deus da agricultura na cultura assfrio-babUanica. O posterior deus cananeu, Dagom, ~ descrito por FUo como deus do cereal, o que tem sido confirmado em textos religiosos do norte da Slria, mais precisamente, de Ras Shamra. Afirma-se que teria sido o pai do grande deus Baal. A histria demonstra que, pelo menos a partir de 2500 A.C. em diante, a adorao a Dagom foi muito proeminente por toda a Mesopotmia. Essa influncia tem sido demonstrada pelos nomes prprios, pessoais ou locativos, que incorporam Oagom,., de uma maneira ou de outra. Vrias cidades derivavam seus nomes desse deus, como Bete-Dagom (Jos, 15:41~. 2. EIboo do Melo AmhWde Bbt6dco. a. Desde 2500 ,A.C., adoralo generalizada na Mesopotlmia, proeminente especialmente na regio ,do. .mdio Eufrates. b. O nom amarre" deSse deus deve ter sidc Dagl, - e um templo erigido em sua honra foi descoberto pelos arquelgos, em Ugarite, com data de cerca de 2000 A.C. c. Ele era largamente adorado entre os amorreus da Mesopotmia, na poca de Hamurabi, da Babilnia, e no reino de Mari (cerca de 1850-1750 A.C.). d. Ele era venerado como deus da agricultura em U garite, e como, pai do deus-chefe, Baal, durante o perodo de Amama (cerca de 1550-1220 A.C.). e. Alguns estudiosos argumentam que seu nome (com a forma de Daguna) aparece nos tabletes lineares minoanos A, de Creta (cerca de 1500 A.C.). f. No final da era do Bronze, o nome desse deus encontra-se, sob forma composta, como substantivo prprio locativo, como DaglTacala, nos tabletes de TeU EI Amama, ou como Bete-Dagom, nome de trs cidades do territrio de Jud (Jos. 15:41), perto de Jope, mencionadas tambm nos anais de Senaquerbe, e no territrio de Aser(Jos. 19:27). g. Na poca de Sanslo (cerca de 1143 A.C.), Dagom era o principal deus dos filisteus(Juf. 16:21-23). A morte de Sanslo est associada ao nome desse deus. h. Nos dias de Davi (1000 A.C.), as experincias ligadas arca da aliana, em Asdode (I Sam. 5:1-7), estiveram associadas a esse deus pago. A arca da aliana foi temporariamente guardada no templo de Oagom, em Asdode, do que resultaram todas as formas de eventos e castigos inesperados, o que, finalmente, forou os filisteus a ~ devolverem'a arca a Israel. t t~ adorao a Dagm perdurou por longo tempo, o que demonstrado pelo fato de que at mesmo n,os dias dos Macabeus, e posterionnente, essa adoralo continuava (I Macabeus 10:83-85). 3. T......... ele ........ Esse deUs era quase uma divindade internacional (dentro do limitado mundo conhecido da poca), o que demonstrado pelos muitos templos construidos em sua honra. Sabe-se que ele tinha templos em Ugarite, em Bete-Sel, no norte da Slria (I cra. 10:10), em Gaza (Ju, 16:23) e em Asdode (I Saro. 5:1-7). Os arquelogos tm procurado encontrar um templo dedicado a Dagom, em Gaza; mas, at o momento, suas esperanas no se tm realizado. Em Bete-SeI quatro templos foram desenterrados pelos arque61ogos, os quais tem sido tentativamente reconstituldos, com a ajuda de vriu evidencias. Um dos maiores desses templos pertence-

ria, presumivelmente, a Dagom. Ali foi pendurada cabea de Saul (I Cr. 10:10). Um outro templo tem sido identificado como a causa de Astarote, onde OI filisteus deixaram, em exibiio, a armadura de Saul (I Cr, 10:10). provivel que a adoraio a Astarote estivesse vinculada adoraio a Daaom. O templo descoberto em Ugarite tem aproximadamente as mesmas dimenses e o mesmo plano do templo de Baal. Fica apenas cerca de 52 m a leste-sudoeste do templo de Baal, e foi descoberto depois deste 61timo. Ambos esses templos sia bastante parecidos com OI templos posteriores de Istar, Assur e Amlrae. Uma estela demonstra que o templo foi erigido em honra a Dagom. O plano do templo de Salomio era essencialmente idntico ao templo de Dagom, em Ugarite. Sabemos que Salomio contratou ajuda de estrangeiros, nessa construo, tanto no tocante ao planejamento como no tocante aos m6veis e decoraes da mesma. (MACA NO UN SCH Z)

e

D'AILLY, PIERRESuas datas foram 1350-1420. Foi bispo de Cambrai e cardeal. Tomou-se professor da U~versidade de Paris, onde foi um dos mestres do conci1iarista Jean GersonIque vide). Trabalhou intensamente em favor da' unificalo da Igreja. durante o grande cisma ocidental. Assumiu papel de liderana quando do concllio de Constana (que vide). Ver o artigo sobre Cisma.DAIMON (DAIMONION) Isso representa a transliteraio da palavra ..... que significa divindade secundria. Antes de 600 A.C., nos escritos de Homero, esse era um nome comum aplicado aos deuses ou aos poderes personificados, derivados de objetos e f~as nlo-humDU Nos escritos de Heslodo vemos a idia de que a psique (alma) humana, na era lUtea do passado remoto, tomou-se um daimo, aps a morte do corpo ftsico. Mas Heslodo pensava que isso nlo continuaria nas eras subseqentes, como nas erss do bronze e da prata. Ento o' daimon ter-se-iatomado um poder externo que exigia alguma espeie de respeitO ou adoralo. Pitgoras, aps 600 A.C., referiu..se ao daimon como Idntico psique humana.Her4clito pensava que era o caNter ou qualidades intemasde um homem. Nos escrits de Platlo, o daimon uma divindade tutelar ou guardil, o nOflS, confrme o mesmo se manifesta em cada pessoa. S6crates falou sobre o daimon como uma entidade separada, uma espcie de espfrito guardilo e guia, investido. divindade. O filsofo est6ico Marco Au~o emptelO o termo para aludir compreenslo e razIo humanas. No Novo Testamento, o termo sempre aparece com sentido negativo, referindo-se aos demnios como poderes externos malignos, embora sem nunca nos informar sobre a origem de tais seres, e nem se h mais de uma espcie ou nIvel deles. Ver o artigo separado sobre Demnio, onde se discute mais a respeito. H sessenta referncias aos demnios, nas pginas do Novo Testamento. Ver tambm sobre Possesso Demoniec, D-JA ~o hebraico, ~l toca o 6rgb.. Outro,s ~ em c1UlZ do propsito. A Septuagmta diZ Dan nos bosques, Alguns intrpretes pensam que essa cidade a mesma que, algures, chamada Dl (que vide). Nesse caso, a cidade tambm recebe outros DOma Da

S

DAKHMA - DALMANUTABiblia, como Lesm (Jos. 19:47), Lals (Ju, 18:27,28). Ainda outros estudiosos pensam em Danian, na regio montanhosa, acima da atual Khan-en-Nakura. Essa cidade ficava ao sul de Tiro, perto de Gleade, Joabe visitou o lugar, quando Davi ordenou que se fizesse o recenseamento! da nao. Evidentemente ela ficava entre Gileade e Sidom, o que a situaria nas vizinhanas de DI (11 Sam. 24:6), se que no fosse a pr6pria DI, conforme dissemos acima. Alguns estudiosos pensam que a poro final do nome dessa cidade, Ja, pode refletir um nome pessoal, talvez cognato do ugaritico y'rn.DAKBMA Esse nome significa torre do silncia. Era uma torre construda para ali serem postos os mortos, dentro do zoroastrismo. Os cadveres eram postos sobre uma laje de pedra, elevada no ar, a fim de que as aves de rapina os devorassem. Ver o artigo geral sobre Sepultamento, Costumes de.

r.), embora esta ltima letra usualmente seja escrita com uma cauda maior. Numericamente, a letra dilete vale -quatro-, Era pronunciada como o nosso d.; mas, em tempos posteriores, passou a soar mais como o th.. ingls, na palavra this...

DALFOM Nome do segundo dos dez filhos de Hami. Esse nome significa pendente.., a menos que seja um nome tipicamente persa, cujo sentido desconhecido. Foi morto pelos judeus em Susl (Est. ~:7). no dcimo terceiro dia do ms de Adar, em cerca de 510 A.C.DALILA No hebraico, clangor ou sensual. Viveu em torno de 1060 A.C. Era mulher pag, que habitava no vale de Soreque. Foi amada por Sanso, juiz danita (Jui. 16:4-18). Conhece-se o nome de Dalila porque ela foi a tentadora e traidora de Stlslo. Provavelmente pertencia ao povo filisteu. - Ela agia devido il sua lealdade a seu povo, alm do'deseiodepreiudcer, de, algum modo, o povo de Israel. Soreque, por essa altura dos acontecimentos, ficava deatro do territ6rio filsteu, Sanso sentiu-se arrebatado pela-beleza ftsica de Dalila, e passava muito tempQ com ela. Graduafiriente, ela conseguiu control-lo. E assim, aquele que nenhum adversrio era capaz de derrotar, foi derrotado por uma mulher. Hist6ria antigal Alguns escritores patristicos pensavam que Dalila fosse esposa de Sansio, mas a opiniio por demais caridosa! Sanso comeou a falar demais, e acabou revelando a Dalila o segredo de sua imensa fora fisica. Os filisteus conseguiram comprar a lealdade de Dalila em troca de mil e cem siclos de prata (Jui. 16:5). A soma era considervel. A hist6ria terminou muito adversa para Sanso, conforme terminam quase todas as hist6rias dessa natureza.DALMCIA Nome de um distrito a leste domar Adriitico, uma provincia romana. Tito visitou essa regio, conforme aprendemos em 11 Tim6teo 4:10. Paulo pregou ali (Rom, 15:19), que ele chamou de Rlrico (que vide). A Dalmcia era um distrito na poro sul do Ilrico, As dimenses exatas no 510 conhecidas. A provincia romana foi formada pelo imperador Tibrio. Estava limitada a leste pela Mdia, ao norte, pela Panania. Era habitada por tribos aguerridas, que os romanos conseguiram dominar pelos meados do sculo 11 A.C. Mas sempre houve revoltas e problemas com essa regio, at que Otvio conseguiu pacificar definitivamente o lugar. A paz romana foi imposta pelo seu sucessor, Tibrio. A rea era vital para a expansio do imprio romano.

DALAILAMA Ver o artigo geral sobre o I.m.luno. O DaIai Lama o principal dos dois maiores lamas (sacerdotes) do Tibete e da Mong61ia. O outro lama principal chama-se Tesho Lama. O Dalai Lama tambm conhecido como Grande Lama, sendo uma espcie de figura papal da religio tibetana. Os dois grandes lamas so considerados encarnaes de seres celestiais. H maiores detalhes sobre a doutrina do Grande Lama, no artigo sobre o Lamalsmo,DALE t ROBERT WILUAM Suas datas foram 1829-1895. Foi um congregacional ingls. Ver o artigo sobre o Congregacionalismo. Nasceu em Birmingham. Educou-se no Spring Hill College de Birmingham. Tomou-se pastor da capela de Carr's Lane. Promoveu a educao e a liberdade religiosa. Foi forte lider denominacional, entusiasmado com o tipo de governo eclesistico congregacional, Seu Manual of Congregationr..l Principies esboa a doutrina. Foi presidente da Unio Congregacional da Inglaterra e do Pais de Gales, antes de atingir os quarenta anos de idade. Advogava um ministrio melhor instruido. Mediante a sua influncia, o Spring Hill College foi transferido para Oxford, onde se tomou o Mansfield College. Foi o primeiro ingls a dirigir as Beecher I..ectures, em Yale. Conferenciava largamente e escreveu diversos livros e artigos. Suas conferncias sobre a Expiao tomaram-se uma contribuio permanente teologia, quanto a essa doutrina. Ele escreveu tambm uma History of English Congregationalism, bem como diversos volumes de obras homilticas e expositivas.(AM E)

DLETE Quarta letra do alfabeto hebraico. Dessa palavra hebraica que provm o termo grego delta, quarta letra do alfabeto grego, visto que o alfabeto (que vide) tem origem semita. A nossa letra ..d.. deriva-se dessa letra. Em Salmos 119, a quarta poro (vss. 25-32) comea com essa letra, em cada verso. Originalmente tinha o formato de um tringulo, sem qualquer projeo para: o lado esquerdo. Ap6s o sculo VII A.C., essa letra, devido ao seu novo formato escrito, ficou mais facilmente confundida oom o rs (o nosso

DALMANUTA Uma aldeia pr6xima de Magdala (Mar. 8:10; Mat. 15:39), nas praias ocidentais do mar da Galilia, levemente ao norte de Tiberiades. O evangelho revela que Jesus e seus disclpulos foram at esse lugar, ap6s a multiplicao de pies- e peixes para os quatro mil homens. O local moderno incerto, embora seja comumente identificado com as runas da praia ocidental do lago, ao norte de Tiberlades, perto da moderna Mejdel (antiga Magdala).

4.

DALMTICA - DAMASCOAs variantes textuais em Marcos 8: 10 incluem as formas Magedan, Magdala e Malegada, alm de variaes sobre Dalmanuta. Essa ltima palavra ~ retida nos melhores textos gregos, com apoio dos melhores manuscritos. Dalmanuta ~ palavra retida por todos os manuscritos uncas, excetuando .D. Os copistas, perplexos diante dessa palavra, que no ocorre em nenhum outro trecho do Novo Testamento, substturam-na pela mais familiar Mageda (com variaes). O paralelo de Mateus 15:39 diz Magadan, no acusativo. Ver comentrios sobre essa variante, em Marcos 8:10, no NTI. A derivao desse nome ~ incerta, e tem sido muito debatida. Uma sugesto ~ que a palavra uma corrupo de Tberades, em combinao com um anterior nome do lugar, Amatus.DALMTICA Esse o nome de uma espkie de sobretnica bordada, usada como sinal de honra, a comear pelos diconos de Roma, e, depois em outros lugares do Ocidente, pelos diconos e bispos. Ver sobre Tnica. IlMARIS Alguns eruditos biblicos im feito dessa mulher esposa de Dionsio, o areopagita; mas essa ~ apenas mais uma daquelas tradies sem fundamento, que o texto sagrado no apia de forma alguma. Furneaux assevera que Dimaris era uma educada cortesl, mas tambm no existem provas disso. No obstante, realmente provvel que ela fosse uma aristocrata, que teria tomado o seu lugar na igreja juntamente com outras mulheres de distino, que se tomaram membros do movimento cristo primitivo, conforme tambm Lucas j nos deu a conhecer. nos trechos de Atos 16:14 e 17:4. Encontramos neste ponto a reiterao de um tema extremamente comum nos escritos de Lucas, que d mulher um papel tio importante dentro da tradio dos evangelhos, mais do que nos escritos dos outros autores sagrados. (Ver os comentrios a esse respeito em Atos 5:14 no NTI). . E com eles outros mais, At~ 17:34. Tem-se aquja Impresso de um pequeno numero de convertidos, segundo o clculo de qualquer pessoa, em contraste com as grandes multides que vieram a crer no evangelho, em Tessalnica e Beria, Parece que Paulo jamais voltou a visitar a cidade de Atenas. No escreveu qualquer epstola endereada quela cidade, e a nica referncia possvel aos crentes dali. em seus escritos, seria aquela que a todos incluiu em sua meno geral a todos os santos em toda a Acaia... (11 Cor. 1:1), dos quais ele no se-olvidava em suas oraes. E.H. Pumptre em Atos 17:34 apresenta uma estimativa pessimista acerca da obra de Paulo em Atenas, ao dizer: .At parece que ele, o ap6stolo Paulo, sentiu que pouco havia a ganhar por ter entrado na discusso acerca das grandes questes da teologia natural; por conseguinte, dirigiu-se a Corinto, determinado a nada saber, salvo a 'Jesus Cristo, e este crucificado' (I Cor. 2:2)>>. Entretanto. R.J. Knowling (in loc.) mostra-se muito mais positivo em sua ,avalialo: Os resultados dos esforos do ap6stolo Paulo em Atenas foram diminutos, quando comparados no tocante ao nmero de convertidos, embora a~ mesmo entre eles nlo se deve esquecer que foi alguma coisa obter a lealdade f~. de ~m homem q!1e ocupava tio al~ posio como Dionsio, o areopa81ta. Porm, em adiic) a isso, tamI)

bm ~ importante nos lembrarmos de que o ap6Itolo Paulo nos outorgou 'um valioso mtOdo de pregalo missionria' (ver Lechler, 'Das Apost. Zeitalter', pAg. 275) e que Origenes, em sua discusso contra Celso, pde apelar para Atenas como prova dos frutos do cristianismo... que a sua f vacilante foi reavivada em tempos de perseguio pelo bispo Quadrato, sucessor de Pblio, o bispo mrtir; que foi nas escolas cristls de Atenas que Baslio e Greg6rio foram treinados; e que a um filsofo ateniense, Aristides, que se convertera a Cristo, devemos a mais antiga apoloaia que possumos. Robertson (in loc.), a respeito dessa mesma questo, opina: .S comum dizer-se que Paulo, em 1 Cor. 2:1-5, faz aluso ao seu fracasso ante a filosofia de Atenas, quando no conseguiu pregar Cristo, e ele crucificado. tendo ento resolvido nunca mais cair nesse equivoco novamente. Por outro lado. Paulo ficou.. determinado a aferrar-se cruz de Cristo, a despeite do. fato de que o orgulho intelectual e a cultura superficial dos atenienses tenham impedido um sucesso mais retumbante. E ao defrontar-se com Corinto, com o seu verniz de cultura e imitalo de filosofia, uma cidade que enriquecera repentnamente. ele deu continuao sua prdica com o mesmo evangelho da cruz, o nico evangelho que Paulo conhecia e pregava. E foi grande presente ao mundo ter dado ele um sermo como aquele que pregou em Atenas. .Paulo .no .teria tido razo em dizer que labutou em vo em Atenas, porque de que modo calcularemos o valor de uma nica almal? (Matthew Henry, em Atos 17:34).

DAMASCOEssa era a bem conhecida cidade a nordeste cio monte Hermom. Esse nome tambm se aplica regio geogrfica geral e, algumas vezes. ao estado do qual essa cidade era a capital. Ficava locaUz.da em uma plancie com cerca de 670 m de altitude. A cidade fica cercada por montes em trs lados, a saber, o monte Hermom e a; cadeia do AntiUbano, a oeste; uma serra que se projeta dessa cadeia, ao norte; o Jebel Aswad (monte Aswad), que a separa da f&ttJ Haur (bfblica Bas), ao sul. A leste, certos lagos pantanosos e colinas baixas separam a regiIAJ do deserto. Ali a chuva escassa e a irriaIo necessria para a agricultura. Ali sI.o produzidas azeitonas, vrias frutas, amndoas, castanhas. pistieias, cereais. fumo, algodo. linho e clnhamo. A cidade tem uma longa hist6ria sendo uma das mais antigas cidades do mundo. Talvez a mais conhecida meno blbllca seja aquela referente 1 converslo de Saulo de Tarso. Ali vivia o crente judeu, Ananias, que ajudou a Saulo em momento de necessidade, quando ele estava cego diante do resplendor da visIo, e havia sido levado para o interior de Damaseo. Ananias, orientado por uma vislo que teve, foi 1 rua chamada Direita, e ali encontrou Saulo, que estava hospedado na casa de um homem de nome Judas. Foi ento que Saulo recebeu de volta a capacidade de enxergar, o que lhe serviu de tremenda !ilo espiritual. Foi ali que Paulo recebeu sua comisslo apostlica. um fator que alterou a histria do mundo, bem como as vidas de incontveis milhares de pessoas. Atualmente, Damasco faz parte dos domlniOs rabes, o que teve inicio no ano de 636 D.C., por ?CBSiA.o da batalha de larmuque. Foi a capital do imprio Umaiada (639-744 D.C.). No Hcu10 XIV,

DAMASCO caiu sob o controle dos mamelucos eglpcios, tendo mantido sua, imPortlncia como centro politito e comercial. Foi saqueada pelos invasores mong6is, em 1401. Nos tempos modernos, retm o papel de capital e principal cidade da Siria. Damasco uma das mais antigas cidades do mundo. Alguns estudiosos chegam mesmo a declarar ser ela a mais antiga cidade do mundo que vem sendo continuamente habitada at hoje. Porm, no h meios para algum confirmar ou negar essa proposio, Ficava localizada cerca de duzentos e quarenta quilmetros a nordeste de Jerusalm, 1ls margens do rio Abana, que descia do Antillbano (que alguns chamavam de Abara) e de um outro rio denominado Farpar, que os gregos chamavam de -Chrysorrhoas-, ou seja, riacho de ouros, localizado fora das muralhas da cidade. Era a capital da Slria (ver Isa. 7:8) e vinha sendo ocupada desde os tempos' mais remotos, porquanto j era conhecida nos dias de Abralo (ver Gn, 15:2). Embora a cidade tambm tenha formas diversas nos idiomas hebraico, grego e aramaico, tendo sido encontrado em algumas antiqssimas inscries. como nos escritos de Tutmoses IH, Fara do Egito e nas cartas de Amama (sculo XIV A.C.),.e tambm em inscries feitas na escrita cuneiforme, o seu significado nos inteiramente desconhecido hoje em dia. 0.... aptumu e dotou Damasco de uma guarnio militar, depois que as tropas dessa cidade, enviadas em auxilio a Hadedezer, de Zob (ver H Sam. 8:5), foram derrotadas. Damasco figurava com destaque entre os membros do pacto feito por Asa, rei de Jud, a fim de aliviar a presso provocada por Baasa, de Israel (ver 11 Cr. 16:2). FOI na planicie prxima de Damasco que o profeta Elias ungiu a Hazael, um nobre damasceno, como futuro monarca da Sria (ver I Reis 19: 15). Os assrios, finalmente, capturaram e destruiram essa cidade, tendo igualmente deportado a muitos de seus habitantes. Essa cidade serviu de lio objetiva para Jud, de conformidade com os escritos de Isaias (ver Isa. 10:9 e ss), sobre o que pode acontecer a um povo que prefere ignorar a Deus. Durante o perodo dos monarcas selucidas, Damasco perdeu a sua posio de capital da Sria, embora tivesse sido, mais tarde, restaurada como capital da Celessiria, sob Antioco IX, em 111 A.C. Damasco ~assou a ser cidade romana desde 64 A.C., o que continuou at 33 D.C. Nos tempos de Paulo, a cidade era governada por um etnarca, nomeado por Aretas IV (9 A.C. a 40 D.C.), que havia derrotado o seu genro, Herodes ntipas(ver 11 Cor. 11:32,33). A cidade de Damasco contava com uma numerosa populao judaica e muitas sinagogas. (Ver Atos 9:2; e Josefo, Guerras dos Judeus., .20). A populao judaica de Damasco era tio numerosa, nos tempos do cristianismo primitivo, que Nero foi capaz de executar a dez mil judeus; e pode-se supor que ele no mandou matar a populao judaica inteira da cidade, embora o tenha tentado. (Ver Iosefo, Guerras dos Judeus, .2S). O cristianismo tambm fez progressos extraordinrios em Damasco, e, finalmente, veio a tomar-se ela conhecida como cidade crist. No entanto, mais tarde, o islamismo foi se tomando gradualmente a religilo dominante, segundo se verifica na atualidade. A cidade modema cobre uma rea de cerca de tres quilmetros por um qulmetro e meio, ao longo do rio Barada, Existe ainda a rua chamada Direita. (ver Atos 9: 11), que corre de nordeste para sudoeste, ..a travessando a cidade. Uma grande mesquita, edificada ali no sculo VIII D.C., ocupa declarada-

DANAmente o local do templo de Rimem (mencionado em11 Reis 5:18).

O distrito de Damasco famoso por seus pomares e jardins, porque recebe abundante suprimento de gua de seus dois rios. Serve, por semelhante modo, de centro natural de comunicaes, ligando as rotas de caravana que saem da costa do Mediterrineo (cerca de cento e cinco quilmetros para o ocidente) para o Egito, para a Assiria e para a Babilnia. Posto que essa cidade vem sendo continuamente habitada por muitos sculos, muito dela permanece por escavar, mas parte de seus muros data de tempos antigos, e restam ainda diversas portas feitas pelos romanos. A rua chamada _Direita. continua dividindo a cidade em duas metades. Uma antiga inscriio crist, que diz: -O teu remo, 6 Cristo, um remo eterno, e teu dominio perdura por todas as geraes, tem sido preservada na igreja de Joio Batista (sculo IV D.C.), que posteriormente foi transformada em mesquita (sculo VIII D.C.). Moedas existentes, vindas dos reinados de Augusto, Tibrio e Nero, tm sido ali encontradas. Bibliografia. AM ENI ND UN(1957) Z DAMASCO, PAcro DE Esse o titulo de uma comunidade judaica que havia na regio geral de Damasco (que vide). Eles compartilhavam das tradies sacerdotais dos filhos de Sadoque (que vide). A existncia dessa comunidade tomou-se conhecida atravs da descoberta de dois manuscritos fragmentares, escritos entre os sculos X e XII D.C. Essa descoberta foi feita em 1896 e 1897, na sinagoga Ibn-Ezra, na cidade do Cairo, no Egito. Esses documentos foram chamados Fragmentos Sadoquitas, R muitas significativas afinidades entre essa comunidade e a comunidade de Qumram. Esses documentos e manuscritos do mar Morto tem expresses comuns.DAN No hebraico, emurmuraio., uma cidade mencionada juntamente com Debir e Soc, localizada na: regio montanhosa de Jud (Jos. 15:49), ao sul de Hebrom, O local teria sido perto da moderna Kirjath-Sepher (antiga Debir), embora a localizaio exata seja desconhecida. DANA

I. Oblenales Gen Danar movimentar continuamente o corpo. de acordo com certo ritmo, em um certo espao. e tambm uma expresso das emoes, uma vAlvu1a de escape de energias em excesso. As emoes assim expressas so as mais variadas. desde a alegria at ira, desde a devoo sensualidade. A arqueologia e a literatura de todas as culturas demonstram que, at onde a hist6ria retrocede, os homens danam. Alguns animais tambm tem certas formas de dana, desde os insetos, passando pelas aves, at os mamiferos superiores; e esses movimentos ritmicos usualmente visam comunicao de alguma mensagem, tal como na dana humana. H provas de que, desde a antiguidade, a dana associada s manifestaes religiosas. Os homens primitivos imaginavam poder comunicar-se com os esptritos atravs da dana. De fato, certas danas conseguem alterar os estados de conscincia, com o aparecimento de vises e alucinaes, que so considerados comunicaes com os poderes espirituais. t.ias tambm verdade que os

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DANAhomens primitivos demonstravam alegria ou consternao, diante dos eventos, como nascimentos, curas, luto, a chegada das chuvas ou a tentativa de fazelas chegar, vit6rias e outros acontecimentos importantes, mediante a dana. A dana tem sido usada e continua a ser usada em ritos de fertilidade, com o propsito de exprimir ou provocar a sensualidade. As civilizaes superiores tm feito a dana se tornar uma arte formal, que usualmente acompanha as apresentaes musicais ou teatrais. Desse modo, a dana tambm se tomou uma profisso. Porm, em muitos lugares, a dana continua sendo uma importante parcela da expresso religiosa, como no teatro grego clssico e na religio hindu. Os elementos bsicos da dana so o desenho, os passos, os gestos, os movimentos especificos, a tcnica, a dinmica e os sons. A dinmica da dana pode variar desde a languidez ., intensa vibrao, desde a suavidade at os gestos bruscos. O impacto da dana sobre os danarinos e os espectadores obtido, principalmente, por sua dinmica. A tcnica a habilidade que o danarino adquire na execuo da dana. Os danarinos precisam tomar-se atletas consumados, para fazerem o que fazem, como no bal moderno. Atravs da tcnica que uma idia pode ser expressa mediante a dana. D. A Daaa em VIu Cultura a. Entre os egipcios, homens e mulheres danavam, mas em grupos separados, com certa variedade de movimentos e gestos, tudo dependendo do propsito a ser atingido. No Egito, danava-se. por motivos religiosos ou como diverso. Os nobres usualmente no danavam. A dana parecia limitar-se s classes inferiores e aos sacerdotes, dependendo do propsito da dana. As vestes usadas na dana usualmente eram longas, .chegando ao cho e com freqncia, feitas de tecidos de alta qualidade, quase transparentes. A dana religiosa, por sua vez, era efetuada nos templos, em honra aos deuses, ou ao ar livre, em procisses. A dana popular, motivada pela alegria, era realizada quando das grandes festividades. b. Entre: os gregos encontramos a dana social e religiosa. As massas populares danavam principalmente como recreao. No teatro, a dana foi desenvolvida ao ponto de tomar-se uma arte, sendo usada para exprimir todas as emoes que as peas teatrais tinham o intuito de transmitir. A literatura antiga informa-nos que as mulheres danavam em entretenimentos particulares. Quando mulheres danam diante de convivas, o intuito 6bvio. Ver Mat. 14:6. Todas as classes, entre os gregos, danavam, o que era encorajado pelo fato de que a dana tornara-se uma parte importante do teatro, o que tinha considervel prestigio, provocando a criao de peas teatrais que tm perdurado durante sculos, sendo levadas ao palco at os Inossos prprios dias. c. Entre os romanos, h evidncias de que at as classes mais eleva~ d8.nav~~ Disse Ccero: Nenhum homem wbIio dana, a menos que tenha enlouquecido, estando sozinho ou em companhia decente; pois a dana a companheira do convivia devasso, da dissoluo e da luxria. Essa citao ilustra que a dana se degenerara em uma forma essencialmente sensual, tendo perdido muito do refinamento mais antigo. A dana da filha de Herodias (Salom?), diante dos convivas de Herodes, quando da festa de seu aniversrio, ilustra o que Ccero queria dizer. d. Entre os hebreus, a dana era usada apenas como diverso (xo, 32:19; Bel, 3:4). Mas tambm era um meio de exprimir sentimentos religiosos (Sxo. 15:20; Ju. 21:19-21). Podia ser um modo de louvar a Yahweh(Sal. 149:3; 150:4). Naturalmente, era usada na adorao id61atra. A vit6ria de Davi sobre OI filisteus foi celebrada pelas mulheres, que saIram alegremente ao encontro dos soldados que voltavam da batalha. Isso foi acompanhado com cinticos e com instrumentos de msica (I Sam. 18:6). Danas acompanhavam as festas e os festivais (Juf. 21:16-24). Alguns eruditos pensam que at a festa dos Tabernculos inclua danas. As referendas existentes nos Salmos mostram a conexo religiosa entre a religio e a dana. O trecho de Salmos 68:25 indica que os cantores e os instrumentos musicais algumas vezes estavam envolvidos de tal modo que somos levados a pensar que a msica, no tabernculo e no templo, era acompanhada por danas. Sabe-se que as sociedades pags da poca tinham tais costumes. Baal era adorado por meio de danarinos (I Reis 18:26). Na Babilnia, a dana estava to intimamente ligada ao culto religioso que no h evidncias de outro tipo de dana ali, apesar de que, certamente nem toda a dana dos babilnios era de cunho religioso. Os relevos egipcios retratam danarinas que danavam ao som de tambores e de certa variedade de instrumentos. H a possibilidade de que a dana de Davi, registrada em li Samuel 6: 16, estivesse relacionada a danas especialmente desenvolvidas na guerra, eonforme se dava, Igualmente, com os espartanos. Estes ltimos danavam com o acompanhamento de poemas elegacos, compostos pelos lideres espartanos. Davi empregava a poesia a fim de inspirar e ensinar os seus soldados (li Sam, 1:1888), sendo possvel que ele conhecesse certos tipos de danas de guerra. e. No Novo Testamento. No trecho de Lucas 7:32 h uma aluso s danas das crianas, em seus folguedos. Tambm h a famosa dana da filha de Herodias (Mat. 14:6). Muitos pensam tratar-se da famosa Salom. Sua dana era de natureza sensual, e culminou na execuo de Joo Batista. A passagem de Lucas 15:26 menciona a dana como parte das celebraes devido volta do filho pr6digo casa paterna. Podemos supor com segurana que a dana, nos dias do Novo Testamento, seguia de perto os modelos grego e romano. A referncia s crianas que danavam indica que a dana fazia parte dos costumes da sociedade, e que as pessoas danavam por motivo de simples recreao. m. A -a MocIIma e _ CNIteI As formas e razes antips da daDa continuam nos tempos modernos. Por essa razlo, nenhuma declarao simples pode dizer se, para o crente, danar prprio ou impr6prio. Em algumas igrejas crists, a dana ainda usada como uma expresso religiosa, usualmente associada a alguma produo teatral, mas nem sempre. Cada caso precisa ser examinado em separado, porquanto a daaa pode ser elevada, uma legitima forma de arte religiosa, ou ento pode ser vil, ou mesmo pode ser uma mistura de elementos bons e maus. As danas sociais, que envolvem o contacto dos corpos de homens e mulheres, geralmente sIo condenadas pelos creBies, visto que essas danas sio obviamente sensuais, apelando para os instintos mais baixos do ser humano. Mesmo as danas em que homens e mulheres nunca se abraam, mas tem' movimentos que so sexualmente sugestivos, tradicionalmente alo reprovadas pelos crentes, como indignas para OI seguidores do Senhor Jesus. Porm, muitos createl participam de danas tipo folcl6rico, nlo fazeado

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.DANIELdisso nenhum segredo. Tal como no caso de outras coisas que podem ser duvidosas, a conscincia coletiva e individual que deve decidir sobre essa questo, A conscincia do crente individual, quando honestamente consultada, revelar se a pessoa pode ou no envolver-se em alguma dana especifica. (AM OE UN SOl DANIEL No hebraico, eDeus meu juiz. H quatro personagens com esse nome, nas pginas da Bblia: 1. Um filho de Davi, o segundo que ele teve com Abigail, a carmelita (I Cr, 3:1). No trecho paralelo de 11 Samuel 3:3, ele chamado Quileabe. Viveu em tomo de 1050 A.C. 2. Um descendente de Itamar, que retomou do cativeiro bablnco em companhia de Esdras (Esd. 8:2). Viveu em tomo de 456 A.C. Foi um dos signatrios do pacto firmado por Esdras. 3. Um dos sacerdotes que assinou o pacto com Neemias. Quanto sua identidade, alguns pensam tratar-se do profeta desse nome. Mas outros identificam-no com o descendente de Itamar, segundo ponto, acima. (Nee. 10:6). Viveu por volta de 456 A.C. 4. O profeta Daniel, o heri principal do livro veterotestamentrio desse nome. Ver abaixo, o artigo separado sobre ele, intitulado Daniel. o Profeta e o Livro. DANIEL, O PROFETA E O LIVRO O nome hebraico e tem o sentido de -Deus meu juiz... Daniel foi um famoso profeta judeu do periodo bablnico e persa, embora isso seja posto em dvida por muitos criticos modernos, que duvidam da cronologia a seu respeito. Ver a discusso sobre isso, mais abaixo. Tudo quanto sabemos acerca de Daniel deriva-se do livro que tem o seu nome; as tradies, como usual, so duvidosas. Ver sobre Daniel, sob o segundo ponto, abaixo. Testamento incorpora grande parte da visio proftica desse livro no Apocalipse, envolvendo temas como a grande tribulao, o anticristo, a segunda vinda de Cristo, a ressurreilo e o julgamento final. As indicaes cronolgicas do livro de Daniel sIo adotadas diretamente pelo Apocalipse. O livro foi escrito em hebraico, mas com uma extensa seo em aramaico, ou seja, DanieI2:4b7:28. Os eruditos liberais pensam que essa poro i um tanto mais antiga, tendo sido adaptada s pressas para seu uso, em uma revislo palestina. Temos a introduo do livro, escrita em hebraico (Dan, 1:1-2:4a), com vises adicionais (caps. 8 em diante), a respeito de coisas que tiveram lugar durante a crise sob o governo de Antioco IV Epiflnio(175-163 A.C.). Reveste-se de especial importlncia o material do dcimo capitulo, que apresenta uma personagem e semelhana dos filhos dos homens (Dan. 10:16). e que os estudiosos cristos pensam tratar-se de 'uma aluso ao Messias. O livro tambm encerra a doutrina da ressurreio dos mortos (Dan. 12:2,3).' e uma angelologia tipica do judasmo posterior. Daniel o nico livro judaico de natureza apocallptica que foi finalmente aceito no cnon palestino, ao passo que vrios livros dessa natureza vieram a tornar-se parte do cnon alexandrino. D. O lIOIDeIIl DIIIIIeI e o PIIIIO de Fundo m.trIco do Uno Daniel era descendente da famllia real de Iud, ou pelo menos, da alta nobreza dessa nao (Dan. 1:3; posslvel que ele tenha Josefo, Anti. 10.10,1). nascido em Jerusalm, embora o trecho de Daniel 9:24, usado como apoio para essa idia, no seja conclusivo quanto a isso. Com a idade entre doze e dezesseis anos, ele j se encontrava na BabiU~nia, como cativo judeu entre todos outros jovens nobres hebreus, como Ananias, Misael e Azarias, em resultado da primeira deportaio da nao de Iud, no quarto ano do reinado de Ieoiaquim. Ele e seus companheiros foram forados a entrar no servio da corte real babilnice, Daniel recebeu o nome caldeu de Beltessazar, que significa principe de Baal. De acordo com os costumes orientais, uma pessoa podia adquirir um novo nome, se as suas condies fossem significativamente alteradas, e esse novo nome expressava a nova condiio (11 Reis 23:34; 24:17; Est. 2:7; 'Bsd, 5:14). A fim de ser preparado para suas novas funes, Daniel recebeu o treinamento oriental necessrio. Ver Plato, Alceb, seo 37. Daniel aprendeu a falar e a escrever o caldeu (Dan. 1:4). No demorou para ele distinguir-se, tomando-se conhecido por sua sabedoria e piedade, especialmente na observncia da lei mosaica (Dan. 1:8-16). O seu dever de entreter a outras pessoas sujeitou-o [tentao de comer coisas consideradas imprprias pelos preceitos levtcos, problema esse que' ele enfrentou com sucesso. A educao de Daniel teve lugar durante trs anos, e ento tomou-se um dos cortesos do palcio de Nabucodonosor, onde, pela ajuda divina, conseguiu interpretar um sonho do monarca, para inteira satisfaio deste. Tudo em Daniel impressionava o rei, pelo que ele subiu no conceito real, tendo-lhe sido confiados dois cargos importantes, como governador da provncia da Babania e inspetor-chefe da casta sacerdotal (Dan. 2:48). Posterormente, em um outro sonho que Daniel interpretou, ficou predito que o rei, por causa de sua prepotncia, deveria ser humilhado por meio da insanidade temporria, aps o que, seu juizo ser-lhe-ia restaurado (Dan. 4). As qualidades pessoais de Daniel, como sua sabedoria, seu amor e

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Esboo: I. Caracteristicas Gerais 11. O Homem Daniel e o Pano de Fundo Hist6rico d4Livro 111. Autoria, Data e Debates a Respeito IV. Ponto de Vista Proftico V. Proveni8ncia e Unidade VI. Destino e Prop6sito VII. Canonicidade VIII. Esboo do Contedo IX. Acrscimos Ap6crifos X. Grfico Ilustrativo das Setenta Semanas XI. BibliografiaL~G.m.

Esse livro aparece na terceira ~Io do enon hebraico, chamada 1cetubim. Nas Blbbas em linguas vernculas, trata-se de uma das quatro grandes composies 'proftic~ escritas, de acordo com o cinon alexandrino. Na moderna erudio, diferem as opinies a seu respeito. Alguns estudiosos pensam que se trata apenas de um dos melhores escritos pseudeptgrafos, uma pseudoprofecia romlntica, escrita essencialmente como uma narrativa, e nlo um livro proftico. Mas outros respeitam altamente o livro, como profecia,. baseando vrias doutrinas s6rlas, a respeito dos ltimos dias, ainda futuros, sobre esse livro. Seja como for, verdade que o Novo

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DANIELsua lealdade, resplandecem por toda a narrativa. Sob os sucessores indignos de Nabucodonesor, ao que parece, Daniel sofreu um periodo de obscuridade e olvido. Foi removido de suas elevadas posies, e parece ter comeado a ocupar postos inferiores (Dan. 8:27). Isso posto, ele s6 voltou proemnnca na poca do rei Belsazar (Dan. 5:7,8), que foi co-regente de seu pai, Nabonido. Belsazar, porm, foi morto quando os persas conquistaram a cidade. Porm, antes desse acontecimento, Daniel foi restaurado ao favor real, por haver conseguido decifrar o. escrito misterioso na parede do sallo do banquete (Dan. 5:2 e ss), Foi por essa altura dos acontecimentos que Daniel recebeu as vises registradas nos captulos stimo e oitavo, as quais descortinam o curso futuro da hist6ria humana, juntamente com a descrio dos principais imprios mundiais, que se prolongariam nlo somente at primeira vinda de Cristo, mas exatamente at o momento da -parousia.., ou segunda vinda de Cristo. Os medos e os persas conquistaram a Babilnia, e uma nova fase da histria se iniciou. Daniel mostrou-se ativo no breve reinado de Dario, o medo, que alguns estudiosos pensam ter sido o mesmo Ciaxares 11. Uma das questes envolvidas foram os preparativos para a possvel volta de seu povo, do exlio para a Terra Santa. Sua grande ansiedade, em favor de seu povo, para que fossem perdoados de seus pecados e fossem restaurados sua terra, provavel mente foi um dos fatores que o ajudou a vislumbrar o futuro, at o fim da nossa atual dispensalo (Dan. 9), o que significa que ele previu o curso inteiro da futura histria de Israel. Daniel continuou cumprindo seus deveres de estadista, mas sempre observando estritamente a sua f religiosa, sem qualquer transigncia. H um hino cujo estribilho diz: Ouses ser um Daniel; ouses ficar sozinho. O carter e os atos de Daniel despertaram cimes e invejas. Mediante manlpulao poltica, Daniel terminou encerrado na cova dos lees; mas o anjo de Deus controlou a situao, e Daniel foi livrado dos lees, adquirindo um novo prestigio, uma maior autoridade. Daniel teve a satisfalo de ver um remanescente de Israel voltar Palestina (Dan. 10:12). Todavia, sua carreira proftica ainda no havia terminado, porquanto, no terceiro ano de Ciro, ele recebeu uma outra srie de vises, informando-o acerca dos futuros sofrimentos de Israel, do perodo de sua redeno, atravs de Jesus Cristo, da ressurreio dos mortos e do fim da atual dispensalo (Dan. 11 e 12). A partir desse ponto, as tradies e as fbulas se manifestam, havendo hist6rias referentes Palestina e Babil&nia (Sus), embora no possamos confiar nesses relatos, Pano de Fudo e Int&pntel:Llber*. A moderna erudio critica praticam~nte unnime ao declarar. que o livro de Daniel foi compilado por um autor desconhecido, em cerca de 165 A.C., porquanto conteria supostas profecias sobre monarcas ps-bebilnicos que, mais provavelmente, so narrativas histricas, porquanto vo-se tomando mais e. mais exatas, - medida jue o tempo de seu cumprimento se aproxima (Dan. 1 :2-35). Para esses intrpretes o propsito do livro foi o de encorajar os judeus fiis, em seu conflito com Anttoco IV Epifinio (ver I Macabeus 2:59,60). Por causa da t~sQ em que viviam, o livro de Daniel teria sido entusiasticamente acolhido, porquanto expe uma vislO final otimista da carreira de Israel no mundo. E assim, o "livro teria sido recebido no cnon "hebreu, Ver o artigo sobre Apocalpticos, Livros (Literatura Apocallptica). Isso posto, temos duas posies: uma delas afirma que realmente houve um profeta chamado Daniel, que viveu a vida descrita nos parigrafos anteriores cio livro, e cujas vises fazem parte indispenvel do quadro proftico. A outra posiio diz que o livro de Daniel uma espcie de romance-profece, que apresenta acontecimentos histricos como se tivessem sido preditos. exatos em tomo de 165 A.C., mas nlo tanto, medida que se retrocede no tempo. Os vrios argumentos so apresentados na terceira selo, intitulada Autoria. Data e Debates a Respeito, mais abaixo. Informes Posteriores Sobre Daniel. Uma tradiio rabinica posterior (Midrash Sir ha-sirim, 7:8) diz que Daniel retomou Palestina, entre os exilados. Mas um viajante judeu, Benjamim de Tudela (sculo XII D.C.) supostamente teria encontrado o tmulo de Daniel em Susl, na Babilnia. Nesse caso, se o primeiro informe veraz, entio Daniel retornou mais tarde Babi1&nia. H informes sobre esse tmulo, desde o sculo VI D.C., embora muitos duvidem da exatido dessas tradies, pois geralmente nlo passam de fantasias. Um Daniel Antediluviano? Alguns supem que o Daniel referido em Ezequiel 14:14 no o Daniel da tradio proftica, e, sim, uma personagem que viveu antes do dilvio, no contemporneo de Ezequiel, e cujo nome e carter teriam inspirado o pseud&~o vinculado ao livro cannico de Daniel. A lenda ugartca de Aght refere-se a um ~ti&o rei fentcio. Dnil (vocalizado como DaneI" ou Daniel), o que significaria que esse nome antiqissimo... Ver Ezequiel 28:3, onde o profeta escarnece de Tiro porque, supostamente, era mais sbio que Daniel... Isso poderia ser tambm uma referncia a um antigo sbio, no contemporneo de Daniel. m. A.torta, Data e DebateI RMpeIte Essas questes 510 agrupadas neste terceiro ponto por estarem relacionadas umas s outras, dentro do campo da alta critica sobre as atividades de Daniel. Alistamos e comentamos sobre esses problemas, .abaixo: 1. Um grave erro hist6rico, segundo aIeuns pensam, estaria contido em Dan. 6:28 e 9:1, onde' o autor sagrado situa Dario I antes de Ciro, fazendo Xerxes aparecer como o pai de Dario I. Nesse caso, teriamos a ordem Xerxes, Dario e Ciro, quando a seqncia histrica precisamente a inversa. Mas essa critica plenamente respondida quando se demonstra que Daniel referia-se a Dario, o medo, um governador sob as ordens de Ciro, cujo pai tinha o mesmo nome que aquele rei persa posterior. Nlo seria mesmo provvel que um autor, que demonstrasse ~ notveis poderes intelectuais, e que contava com Esdras 4:5,6 sua frente, pudesse ter cometido um equivoco tio crasso, especialmente em face do fato de que ele situa Xerxes como o quarto rei depois de Ciro. (Ver Dan. 11:2). 2. O problema do cnon. A coletln~a dos pro~tas hebreus j estava completa por volta do . ~ IH A.C., mas essa coletnea no Inclua Daniel, livro esse que foi posto na poro posterior do cillon, ou seja, entre os Escritos. O catlogo de antigos hebreus famo~os.. publicado em Sabedoria de Ben Siraque. tambm chmado Eclesistico, publicado no comeo do sculo 11 A.C., no menciona Daniel; e, no entanto, um sculo depois, I Macabeus alude a esse livro. Alm disso, um porlo-do lIVro foi esCritael aramaico da Palestina, po no die.tQ da Mesopotlmia. O aramaico estava sendo falado na PaleStina. Isso faz nossos olhos desviarem-se da Bab&nia, como o lugar da composilo desse livro, fixando a noa ateno sobre a Palestina. Essa critica respondida

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DANIEL:mediante a observaio de que Daniel no era oficial:mente conhecido como profeta. Antes, foi um estadista com dons profticos (Mat. 24:15). E isso justifica o fato dele no haver sido alistado entre os profetas tradicionais. Alm disso, mesmo que o livro de Daniel j6. tivesse sido escrito quando Ben Siraque preparou sua lista de grandes hebreus, a omisso de seu nome nio deve causar surpresa, porquanto esse cat6.logo tambm deixa de lado a 16 e a todos os juizes, excetuando Samuel, Asa, losaf6., Mordecai e o pr6prio Esdras (Eclesstco 44 - 49). 3. Numerosos equillOCOS hi8t6ricos, com as solues propostas. Dizem alguns que esses equivocas apu:ecem quando o autor aborda questes distantes da (,iata de 165 A.C. (quando, presumivelmente, o livro de Daniel teria sido escrito), o que faria 6bvio contraste com o conhecimento que o autor tinha do perodo grego, posterior. Os crticos, em face disso, sentem que o livro de Daniel tirou proveito de antigas lendas judaicas acerca de um sbio de nome Daniel (ver Ezequiel 14 e 28). Teria sido ento constituda uma pseudoprofecia para encorajar os judeus, que sofriam sob Antoco IV Epifni.o. Esse Daniel teria sido capaz de enfrentar os mais incrveis sofrimentos, pelo que todos os israelitas estariam na obrigaio de seguir o seu exemplo. Como resposta, precisamos considerar as doze consideraes abaixo: a. Quanta, aos supostos equvocos, esses parecem ter sido adequadamente respondidos no primeiro ponto, acima. b. O suposto fato de que o tipo de aramaico usado foi da Palestina, e no da Mesop_ot~ia, tem uma resposta adequada, pelo menos at onde vejo as coisas. Os estudos sobre os documentos escritos em aramaico tm mostrado que a variedade de aramaico usada no livro de Daniel bastante antiga, sendo impossvel estabelecer claras distines entre os dialetos, conforme alguns eruditos do passado chegaram a fazer. A linguagem aramaica do livro de Daniel tem fortes afinidades com os papiros elefantinos (que vide) do sculo V A.C. Outrossim, o hebraico usado no livro de Daniel ajusta-se ao perodo de Ezequiel, de Ageu, de Esdras e dos livros de .Crnicas, e nlo ao hebraico do periodo helenista, posterior. Parece que melhores estudos e descobertas arqueol6gicas tm revertido o juizo negativo, em alguns casos significativos. c. Escreveu Robert Pfeiffer: ..Presume-se que nunca saberemos como o nosso autor aprendeu que a Nova Babilnia foi crialo de Nabucodonosor (Dan. 4:30), segundo as escavaes tm comprovado Untroduction to tke Old Testament; :pg. 758). d. O quinto captulo de Daniel retrata Belsazar como co-regente da Babilnia, juntamente com seu pai, Nabonido. ntes, esse informe era objeto de ataques. No entanto, isso tem sido demonstrado como um fato, pelas descobertas arqueol6gicas (R.P. Dougherty, Nabonidus an Belshazzar, 1929; 1. Finegan, Light from the Ancient Past, 1959). Documentos escritos em cuneiforme, provenientes de Gubaru, confirmam a informalo dada no sexto capitulo do livro de Daniel, acerca de Dario; o medo. Atualmente, no mais possvel atribuirmos a Daniel um falso conceito de um' independente reino medo, entre a queda da Babilnia e o soerguimento de Ciro, segundo alguns estudiosos fizeram, erroneamente, no passado. f. O autor sagrdo tambm sabia o bastante sobre os costumes do sculo VI A.C., a ponto de ter dito que as leis da Babilnia estavam sujeitas ao rei Nabucodonosor, que podia decretar ou modificar decretos (Dan. 2:12,13,46), em contraste com , informao de que Dario, o medo, no tinha autoridade para alterar as leis dos medos e dos persa (Dan, 6:8,9). g. Alm disso, o modo de punio na Babilnia, mediante o fogo (cap, 3), ou mediante lees (cap. 6), concorda perfeitamente bem. com a histria. (A. T. Olmstead, 1be lIIItory of thePenlm EmpIn, 1948, pia. 473). h. A comparao com as evidncias cuneiformes acerca de Belsazar, e aquelas informaes que lemos no quinto capitulo de Daniel, demonstra que' o livro de Daniel pode ter sido escrito em uma data anterior, e ser perfeitamente autJ!tico.Naturalmente, um, autor do perodo dos Macabeus poderia ter usado materiais autnticos quanto aos fatos sobre os quais. escrevia, e, ainda assim, poderia ter escrito seu livro em uma data posterior. Porm, o que as evidncias demonstram que a exatidio do material ali escrito pode ter tido, por motivo, o fato de que o autor sagrado foi contemporneo de Belsazar. i. Segundo alguns estudiosos, o livro foi escrito no tempo dos Macabeus, porque reflete melhor aquela poca, mas bem menos tempos anteriores. Contra isto, podemos observar que entre os manuscritos do mar Morto (que vide), Daniel representado. Isto sugere que o livro foi escrito antes daquela poca, e supostamente, antes do tempo dos Macabeus. Isto, todavia, no determina quanto antes. j. Palavras gregas. No livro de Daniel, h tres nomes gregos para instrumentos musicais, a harpa, a citara e o saltrio (Dan, 3:5,10), o que poderia significar que tais palavras foram empregadas porque o autor viveu no perodo helenista. Mas essa critica rebatida mostrando-se que h6. provas da penetrao do idioma e da cultura gregos no Oriente Mdio, muito antes do tempo de Nabucodonosor. Portanto, no seria para admirar que Daniel, no sculo VI A.C., conhecesse alguns termos gregos para as coisas. (Ver W.F. Albright, From the Stone Age to Christianity, 1957, pg. 337). Tambm h palavras, emprestadas do persa que se coadunam com uma data anterior. E o aramaico usado no livro de Daniel ajusta-se ao aramaico dos papiros elefantinos, do sculo V A.C. k. O trecho de Daniel 1:1 parece conflitar com Jeremias 2$:1,9 e 46:2, no tocante data da captura de Jerusalm. Daniel declara que a cidade fora capturada no terceiro ano de Jeoaquim (605 A.C.). Jeremias, por sua vez" indica que mesmo no ano seguinte, a cidade ainda ho havia sido vencida. Essa aparente discrepncia envolve um perodo de cerca de um ano. Mesmo que fosse uma verdadeira dscrepncia, no anularia o livro de Daniel como uma profecia autntica. Seja como for, os defensores do livro de Daniel ressaltam que os escribas babilnios usavam um sistema de computao segundo o ano da subida ao trono, o que significa que o ano da subida ao trono no era, chamado de primeiro ano de governo, embota," na realidade, assim fosse. No entanto, OS escribas palestinos no observavam essa distInio, pelo que o ano em que um monarca subia ao trono era chamado de primeiro ano de seu governo. Portanto, Daniel estava seguindo o modo babilnico de computao, ao passo que Jeremias estava usando o modo palestino. Isso quer dizer que o quarto ano mencionado em Jeremias 25:1 idntico ao terceiro ano de Daniel 1:1. 1. O uso do termo caldeus", em Daniel, em sentido mais restrito, indica a ela.. .se dossbios, ou entio UD.l8 casta sacerdotal (o que no tem paralelo no resto ~

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DANIELAntigo Testamento). Mas. alguns criticos pensam que Daniel. Porm. a observaio de Herdoto, em suas Guerras Persas tambm exibe tal uso (sc. V A.C.), demonstrando que essa maneira de expressar 6 bastante antiga e nio tio recente como os criticos querem dar a entender. m. A insanidade de Nabucodonosor, de acordo com os crticos liberais, seria um dramAtico toque Ilterro da parte do autor sagrado. infiel aos fatos histricos. Porm, tanto Josefo quanto um autor do sculo 11 A.C., Abideno, mencionam essa. questo. Apesar desses dois terem vivido em data bem posterior, e que a informao dada por eles pode ser posta em dvida, nio parece que somente Daniel se tenha referido questo. Trs sculos mais tarde, um sacerdote babilnio, de nome Beroso, preservou uma tradio sobre esse incidente da insanidade de Nabucodonosoro O fato de que esse incidente 56 veio tona tanto tempo depois de sua ocorrncia. talvez se deva crena, existente na Mesopotlmia, de que a insanidade mental resulta da possessio demonaca; e o fato de que um monarca tenha sido assim afligido, sem dvida, foi acobertado o mximo possivel. Acompanhar os lances do debate sobre os problemas histricos do livro de Daniel nio uma jornada fcl. Procurei expor diante do leitor apenas a essncia indispensvel da questo, com argumentos e contra-argumentos. Desnecessrio 6 dizer que os dois lados nio tem aceito os argumentos um do outro; pois, do contrrio, iA se teria chegado a um acordo. At onde vejo as coisas. vrias criticas foram devidamente respondidas, e a tendncia parece ser que h explicaes razoveis para a maior parte dos supostos erros histricos de Daniel. No ........ quem deIur cm que o livro de Daniel poderia ser uma profecia genulna, mesmo que houvesse nele _ alguns equivocas _ hist6ricos. Estamos esperando demais de qualquer livro da Bblia, quando esperamos perfeio at sobre questes dessa natureza. A verdade proftica, moral ou teolgica, em nada sofre por causa de dserepncias cientificas ou erros sobre questes hist6ricas. A pr6pria cincia envolve inmeras discrepncias. mas nem por isso rejeitamos a dose de verdade que ela nos tem podido apresentar. As narrativas histricas dos melhores historiadores estio repletas de erros. mas no por isso que dizemos que a humanidade no conta com nenhuma histria. Aqueles que requerem perfeio da parte dos livros biblicos promovem um dogma humano. porque as prprias Escrituras no declaram que eles no contm qualquer erro. Ver o artigo' sobre a Inspirao, quanto a uma declarao mais detalhada sobre essa questo.

isso indicao de uma data posterior do livro de

judeus que estavam sendo perseguidos; e a sua id6ia , quase exatamente a mesma coisa que esti sendo dita em nossos dias, contra o livro de Daniel. Os estudos no campo da parapsicologia e a experiencla humana comum mostram que o conhecimento pr6vio um fenmeno simples. e todas as pessoas. quando estio dormindo, possuem poderes de p~cogniio. Ma isso ainda nio o dom da profecia. embora mostre que no 6 um fen&meno tio estranho. Os mfsticos modernos tem poderes profticos comprovados. 5. Conceitos Religiosos Posteriores. Os criticas partem do pressuposto que, no livro de Daniel, h6 reflexos de uma teologia posterior, incluindo o conceito dos anjos e a doutrina da ressurreiio, icWas essas que nio teriam atingido a forma apresentada no livro de Daniel senio jA na poca dos Macabeus. As idias de Zoroastro, aparentemente. influenciaram a angelologia dos hebreus. Sua data de 1000 A.C., d amplo tempo para que os judeus adquirissem certas idias sobre os anjos, incluindo as id6ias expressas no livro de Daniel, que pertence cerca de 600 A.C. Ressurreio, A ressurreio claramente menciona da em J6 19:26, e posstvel que o livro ele J seja o mais antigo livro da Btblia, portanto. este um conceito muito antigo. Concluso. Se os criticos estio com a razo, entio o livro de Daniei foi escrito em cerca de 165 A.C., no perodo dos Macabeus. Nesse caso,tanto o livro .contm uma pseudoprofecia como tambm pertence ao grupo de pseudeptgrafas visto que o nome do autor, Daniel. teria sido artificialmente aposto ao livro. E, caso os crticos nio estejam com a razIo, ento o livro de Daniel foi composto em cerca de 600 A.C., por Daniel, um profeta estadista. Os eventos registrados nesse livro abarcam um perlodo de cerca de setenta anos.IV. Poato de VWa Profdeo Aqueles que levam a srio o livro de Daniel, como uma profecia, - nio concordam sobre como o esboo do livro deve ser compreendido. claro que esse livro deve ter alguma espcie de esboo da histria humana, mas menos clarp onde ficam as divises principais desse esboo. Alguns intrpretes supem que a grande imagem (Dan. 2:31-49), as quatro feras (Dan, 7:227) e as setenta semanas (Dan, 9:24-27) tinham o intuito de mostrar o que teria lugar quando da primeira vinda de Cristo. Esses intrpretes tambm supem que o Israel espiritual. que eles denominam .de Igreja. que cumpriu as promessas feitas aos judeus, o antigo Israel, que foi rejeitado por Deus por causa da sua desobedincia. Essa escola de interpretao nega enfaticamente que haja um tempo parenttico entre as semanas sessenta e nove e setenta, e que a semana restante haver de cumprir na futura, grande tribulaio (Dan. 9:26,27). De acordo ainda com essa interpretaio, a pedra que feriu a imagem (Dan. 2:34,35) tem em vista a primeira vinda de Cristo, com o subseq(lente desenvolvimento da Igreja. Os dez chifres da quarta fera (Dan. 7:24) nio se refeririam. a reis do tempo do fim, ligados a um revivificado imprio romano. O pequeno chifre de Dan. 7:24 no representaria um ser humano. A morte do Messias que poria fim ao sistema de sacriflcios dos judeus, sendo tambm a morte de Cristo, o abominvel que desola. e nio um anticristo ainda futuro. Ou entlo, se essa .idia for personificada, terlamos de pensar em Tito, o aeneral romano, porquanto foi ele quem destruiu Jerusalm e seu culto religioso. Os amilenistas que tomam essa ridlcu1a posio, Por outra parte, os p~mi1enistas (\'ef o artiao lIObIe

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4. A .Funo Proftica. - Um dos problemas 'Superficiais criado pelos crticos, que eles objetam profecia de Daniel como se todas as previses ali existentes fossem observaes hist6rieas, supostamente escritas por algum autor que viveu quando as tais predies j se tinham cumprido. Os cticos que dizem que - impossivel predizer o futuro sio forados a fazer com que cada livro proftico seja reduzido ou a uma pseudoprofecia(as coisas preditas ainda no aconteceram, e nem acontecero) ou a uma narrativa histrica (as coisas preditas aconteceram. mas foram registradas aps os eventos terem acontecido). Porflrio (sculo 111 A.C.) foi quem deu comeo critica contra o livro de Daniel, e esse ponto de vista col1traproftico foi ele quem promoveu. Ele sppunha que o.livro de Daniel teria sido com.,osto na poca de Andoco IV Epifanio, com a finalidde de animar os

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DANIELo Milnio) afirmam que a profecia de Daniel alude ao fim dos tempos, at parousia (que vide) ou segunda vinda de Cristo. Nesse caso, deve-se entender um perodo parenttico entre a sexagsima nona semana e a septuagsima semana (Dan, 9:26,27). Esse perlodo de tempo indeterminado (j se prolonga por quase dois mil anos), correspondente dispensaio da graa em que vivemos. E a septuagsima semana, que duraria sete anos, seria o perlodo da grande tribulao. Os pre-milenistas esto divididos quanto ao momento do arrebatamento da Igreja. Este ocorreria antes ou aps a tribulao? Alguns chegam a pensar que o arrebatamento dar-se- no meio da tribulao. A questo amplamente discutida em meu artigo sobre aParousia. Ver tambm o artigo separado sobre as Setenta Semanas. Os que pensam que a Igreja ser arrebatada antes da grande tribulao supem que Israel tomar-se- novamente proeminente na histria humana e enfrentar o anticristo, sobre o qual acabar obtendo a vitria, e ser inteiramente restaurado sua terra. Mas, segundo esse esquema pr-tribulacional, Israel, embora convertido ao Senhor, no far parte da Igreja. Por sua vez, os que pensam que a Igreja s ser arrebatada depois da grande tribulao, embora admitam que Israel venha a converter-se ao Senhor, far parte integrante e inseparvel da Igreja. porquanto o ensino bblico que toda a pessoa que se converte, aps o sacrificio expiatrio de Cristo, automaticamente faz parte da Igreja. Ver Rem, 11:26 ss, quanto a uma afirmao de que Israel ser restaurado como nao. De acordo com o ponto de vista pr-milenista., a imagem do segundo capitulo de Daniel representa os reinos do mundo, oominados por Satans, a saber, a Babilnia, a Mdla-Prsla, a Grcia e Roma. Nos ltimos dias, na poca dos dez reis de Daniel 7:7, Roma ser revivificada (Dan. 2:41-33 e Apo. 17:12). O poder que unificar aqueles dez reis com seus respectivos reinos ser o anticristo. E ser precisamente esse poder que ser destruido por Cristo, quando de sua segunda vinda (Dan. 2:45; Apo. 19). Ver tambm Apo. 13:1,2; 17:7-17 e Dan. 2:35. O Filho do Homem que obter a vitria final sobre o anticristo (Dan. 7:13), quando ele vier com as nuvens do cu (Mat. 26:64 e Apo. 19:11 ss), O anticristo o pequeno chifre de Daniel 7:24 ss, (comparar com Dan. 11:36 ss). Historicamente, esse chifre aponta para Antloco IV Epifinio, mas, profeticamente, o anticristo est em vista. Ver o artigo separado sobre o Anticristo. V. Pro\'eaYaeIa e Unidade O livro tem toda a aparencia de haver sido escrito na Babilnia. Naturalmente, poderia ter sido escrito posteriormente, em Jerusalm, aps o retomo dos exilados judeus. Os crticos supem que h pores mais antigas e mais recentes, que seriam refletidas nos dois idiomas (o trecho aramaico seria o mais antigo; ver Dan. 2:4b-7:28), que teriam sido adicionadas para dar uma forma final ao livro. Os crticos tambm pensam que diferentes autores estiveram envolvidos nesse trabalho. possivel que a poro mais antiga tenha "'lido produzida na Babilnia, ao passo que a porio mais recente teria sido preparada p,a Palestina, a fim de que o volume total fosse publicado na Palestina. A arqueologia tem descoberto provas de que, na antiga Mesopotlmia, os escritores, algumas vezes, tomavam a porio principal de uma obra, intercalando-a entre uma introduio e uma concluso, de natureza literria totalmente diferente. Isso pode ser visto no c6digo de Hamurabi, onde a parte principal prosaica, com um prefAcio e uma concluso em forma de poema. O livro de J6 parece ter uma estrutura similar. Porm, esse argumento fraco. Pode-se supor que outras obras assim tambm refftam autores diferentes, como, por exemplo, no c6digo de Hamurabi, onde a poro prosaica de autoria de um ou mais autores, e a parte potica pode ter tido um ou mais autores diferentes. Nesse caso, a obra poderia ser considerada como uma compilao feita por algum editor, ao mesmo tempo em que o prprio material escrito foi produzido por um autor ou mais. Por outro lado, a maior parte das obras literrias compe-se de compilaes, embora isso no queira dizer que no baja apenas um autor das mesmas. O problema da unidade do livro de Daniel no est resolvido; e tambm no podemos estar certos de que apenas Daniel o escreveu. Pois ele pode ter agido como autor-editor, ou ento a obra pode ter incorporado seus escritos, por parte de um outro autor-editor. Mas essa possibilidade em nada alteraria o valor proftico da obra. VI. DeetbMa e Propdto J tivemos ocasiio de ver que os criticas supem que o livro de Daniel foi escrito para encorajar os judeus palestinos em meio sua resistncia ao programa de helenzao de Antloco IV Epifinio. Por outro lado, o livro pode ter tido o propsito de realizar o mesmo papel, mas em favor dos judeus exilados na Babil&nia, que estariam enfrentando graves problemas, em seus preparativos para retomar a Jerusalm. Nesse caso, o livro tambm mostraria que Deus, embora juiz dos judeus, em vista de que deixou que fossem para o exllio, haveria de restaur-los, . por motivo de sua misericrdia. Bsse segundo ponto de vista est mais em consonlncia com o arcabouo histrico apresentado no prprio livro. Natura1qlente, o arcabouo histrico poderia ter sido utilisadc pelo autor como uma lio objetiva, destinada a um povo posterior, que estivesse enfrentando um conjunto inteiramente diverso de dificuldades. VD.e-IeId.... O livro de Daniel foi recebido no clnon do Anda0 Testamento na terceira divisia, cbamadaEscritos. Ao livro de Daniel nio se deu lugar junto 89S livros de Isaias e Ezequiel. Ele no mediou uma revelaia comunidade teocrtica, mas foi um estadista judeu, dotado de dons profticos. Nia obstante, o Talmude (Baba Bathra 15a) testifica sobre a grande estima que QS judeus tinham por esse livro, tendo-se tomado o nico livro apocaliptico a ser recebido no cnon dos escritos sagrados dos hebreus. O cnon alexandrino inclua outros livros. Na Septuagnta, o livro de Daniel aparece entre os escritos profticos, aps o livro de Ezequiel, mas antecedendo os doze profetas menores. Essa arrumao tem sido seguida pelas tradues em Unguas modernas. Ver o artigo separado sobre o Cnon.

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V1D. E'.Iboo do Coate6do A. Introduo. Histria Pessoal de Daniel (1:1-21) B. Vises Sobre Nabucodonosor e a Histria de Ciro (2:1-6:28) a. A imagem em seu simbolismo, sua destruio pela pedra cortada sem mos (2:1-49) b. A fornalha ardente (3:1-30) c. A viso da rvore, de Nabucodonosor (4:1-37) d, O festim de Belsazar e a queda da Babilnia (5:1-31) e. A cova dos lees (6:1-28)

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DANITAS - DARDAC. Vrias Vises de Daniel (7:1-12:13) a. As quatro feras (7:1-28) b. O carneiro e o bode (8:1-27) c. As setenta semanas (9:1-27) d. A glria de Deus (10:1-21) . e. Profecias sobre os Ptolomeus, OS Selucidas e acontecimentos do tempo do fim (11:1-45) f. A grande tribulaAo (12:1) g. A ressurreio (12:2,3) D.Declarao Final (12:4-13) IX. AcrIdmoI ApedfolI A Septuaginta e a verso de Teodcio trazem considerveis adies ao livro de Daniel, que no podem ser encontradas no cnon hebraico, a saber: 1. A Orao de Azarias (Dan. 3:24-51). 2. O Cntice dos Trs Jovens (Dan, 3:52-90). 3. A Histria de Susana (Dan. 13).4. A Hist6~a de Bel e o Drag~ (Dan. 1~). Esse material todo fOI acrescentado ao livro canmco de Daniel, para ser preservado e por causa de paralelos literrios, e, sem dvida, sob a inspirao do prprio livro. Ver o artigo separado sobre os Livros Apcrifos, quanto a completas descries sobre o contedoe o carter. X. GlIco DlI8tratIyo .... Set.ta Ver esse grAfico no artigo sobre as . . . . . imaginao (que muito o teria influenciado), tornouse seu guia no fim da jornada. Esse poema pico 6 repleto de smbolos e aluslles, sendo atualmente reputado a suprema expresso do pensamento po6tico medieval. Outras obras de Dante incluem a Vita Nuove, a hist6ria de seu amor por Beatriz, escrita em italiano. Em latim, ele escreveu um tratado polltico, intitulado De Monarchia, tratados filosficos como Convivio (Banquete) e De Vulgari Eloqentia, vArias epistolas e muitos poem...

ltWua1. Seu livro, VIta N...., embora uma bist6ria de amor, contm a idia filosfica de que o amor pode espiritualizar seu objeto. 2. Em seu Convivio, ele vincula todo o conhecimento s dimenses natural e espiritual. 3. Em seu livro De Vulgari Eloqentia ( m~uenclam, quando informaes. Parece que as prprias crianas esto supunham exercer dons esprtuas, Novamen!e, h sujeitas a possesso, em alguns casos, e que os manifestaes boas e ms, pelo que o esprito de espiritos de parentes mortos tm uma certa facilidade discernimento toma-se urgentemente necessrio. d, para apossar-se delas. A proteo do Esplrito Santo ~o Antigo Testa,mento, os m~uns que buscavam a faz-se ausente por alguma razo, porque teoria ajuda dos espritos eram banidos, ~o porque se comum que as crianas possuem uma proteo pensasse que estivesse~ doent,,:s e, SIm, por serem natural. Mas essa teoria rui por terra, em alguns influenciados por espiritos ~a1i~os(Lev. 10:6,~7; I casos. k, H casos especiais de possesso, em que uma Sam..16:14; 19:9). O.que aqui dito sobre C?S mdiuns figura maligna escolhida para cumprir ~ma espiritas pode ser aplicado a certos aconteclment~ do misso satnica como suceder no caso do antcrsto, movimento carismtico. Aqueles que se franqueiam Assim como h! instrumentos especiais do bem, h propositalmente aos poderes espirituais podem atrair agentes especiais do mal. Isso talvez explique a poderes negativos, e no positivos. Por seus frut~ imensa malignidade de algumas pessoas extraordinhaveremos de conhec-los, embora esse reconhecirias, como Hitler e outros, que foram assassinos em mente, algumas vezes, precise de algum tempo para massa e elementos destruidores em grande escala. H ser efetuado, porque Satans nem sempre mostra o um poder maligno incomum que inspira a certos que pretende fazer em seguida. e. Ade~ais, se uma homens poderosos. Aparentemente so missionrios e pessoa abre:se pode"?5~ente ao ESl!irito. ~anto, a profetas de Satans, por estarem trabalhando em desobedncia pode sujeit-la, com mat~ facill~de do parceria com ele por longo tempo. Ele os envi~ em que no caso de outr~ .pes~as, .1 Influncia ou misses especiais, da mesma forma que Deus envia os possesso de poderes esprtuas malignos, porquanto seus profetas. Alguns desses enviados de Satans, sua psique foi condicionada para tomar-se sensivel, como o anticristo cumprem mais de uma dessas Portanto, aquilo que comeou como algo b~m,. pode misses segundo ~ v em Apo. 11:7; 17;8,10 ss, no terminar como mau. f. Apesar de que a maioria dos tocante 'ao anticristo. O anticristo j esteve vivo neste psiclogos tenha eliminado .a realidade da possesso mundo, e ascender do hades a fim de cu~prir uma demoniaca por parte de entidades espmtual5. separaoutra misso diablica. Na prxima oportunidade, ele das, muitos deles tm chegado a teconhecer .a ser a prpria encarnao de Satans, uma imitao realidade dessas possesses, mediante sua prpna da encarnao do Logos em Jesus Cristo. Nesse experinc~a diria. Nos casos de mltipla person~da- fenmeno, teremos a trindade maligna do dcimo terde, a matar parte dos me~mos pode ser explicada ceiro capitulo do Apocalipse. mediante a suposio.de que houve a fragmentao da /Bibliografia. AM B C E LAN UN(1952) WEA Z personalidade. Ocasionalmente, porm, a suposta fragmentao mais do que isso: trata-se de alguma DEMONSTRAO entidade separada verdadeira, com um campo de mem6ria separado, e, com freqncia, dotada do Essa palavra sianifica capontar, ou seja, cexibu., conhecimento do que se acha no depsito cerebral da tomar conhecido. A demonstrao formalmente pessoa possuda. A primeira tarefa de um curador feita mediante uma srie de provas, com base em fatos. consiste em distinguir essa identidade, fazendo-a principios racionais e inferncias. Na lgica, O termo identificar-se, a fim de que deixe de ocultar-se sob a indica um sistema de racioclnio ou exibio de como e mscara da fragmentao da personalidade. Em por qu certas coisas devem ser como so, com base alguns casos, parece claro que essa entidade uma em axiomas, postulados e dedues. No campo da tica, o termo tem sido usado para alma humana desencarnada, mas, em outros casos, aludir ao ftsica, em contraste com meras palavras, alguma forma de entidade espiritual est envolvida, incluindo a temida categoria dos anjos caldos. Meus como um protesto contra algo ou como ato em aposo a

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DENRIOalgo. As demonstraes pblicas so conduzidas por meio de marchas, reunies em massa, boicotes, greves, piquetes, jejuns individuais e coletivos, e em casos extremos, auto-imolao. As ,:emonstracs so uma forma de protesto, o que tem ocorrido ao longo da histria. Mas, na dcada de 1960, tomou-se um modo comum de expresso, especialmente dentro do movimento de direitos civis, nos Estados Unidos da Amrica. Martin Luther King Jr., pastor negro batista, combinava os conceitos de resistencia passiva, de Gandhi, com atos de demonstrao pblica. Ele produziu o que veio a ser conhecido como revoluo negra. Os brancos reagiram mediante contrademonstraes, combatendo a integrao nas escolas pblicas, o direito de alugar casas em bairros de brancos e o uso de nbuspara conduzir estudantes negros para dentro ou para fora de reas diversas, no esforo para impedir a integrao pela fora. Muitos lideres religiosos tm-se mostrado ativos nessas demonstraes, consideram-nos 'uma expresso noviolenta dos principios democrticos. Os resultados de uma continua demonstrao tm sido eficazes na produo das mudanas almejadas. Naturalmente, h abusos, como em todos os movimentos radicais, porquanto politicos aproveitadores tiram vantagem do entusiasmo pblico, bem como do espirito de multido, a fim de promoverem suas idias radicais e, geralmente, destrutivas. recompensado com a vida que j viveu. 2. Alguns interpretam ll.ue o denrio. um simbolo da vida eterna. ASSlM pensavam Orgenes, Agostinho (ver, por exemplo, em Sermes 343: Denarius illevita aeterna est, quae omnibus par ests), e tambm Gregrio I, Bernardo, Maldonato (salus et vita aeterna), Meyer, Lange, Alford (que achava oossivel que se referisse ao prprio Deus, porquanto Deus a nossa recompensa). Alguns tm feito objeo a esse ponto de vista por que faz da vida eterna uma forma de recompensa por servio prestado, o que evidentemente contradiz a salvao pela graa. Todavia, em outras oportunidades o prprio Jesus representou a vida eterna como uma espcie de recompensa ou soldo. Ver Mat. 5:12 (e... grande o vosso galardo nos cus ... ~); 10:42; Luc. 6:23,35; 10:7; Joo 4:36; e tambm Paulo, em I Cor. 3:8,14. 3. Certamente a segunda interpretao condiz melhor com a parbola do que a primeira, mas parece que podemos interpretar o sentido do denrio A luz das idias que nos so dadas em Mat. 20:15,16. O vs. 15 indica, de modo definido, que o edenrio~ simbolo de galardo. Assim, pois, apesar da vida eterna- estar em foco, esta existncia terl certo carter ou expresso para cada individuo. O carter desta existncia depender do que cada individuo tiver feito e tiver sido. Essa idia, portanto, pelo menos em parte paralela doutrina dos galardes que sero conferidos na forma de -coroes-, e que sero dados em recompensa ao servio fielmente prestado. Por outro lado, devemos divorciar-nos de interpretaes materialistas. Certamente que teremos posses materiais, mas as Escrituras falam mais particularmente, neste passo, da recompensa espiritual, o que deve incluir o desenvolvimento do homem interior, a capacidade de prestar servio a Deus e a capacidade de ir-se desenvolvendo cada vez mais, mediante a graa divina, para que sejamos uma representao cada vez mais perfeita da imagem de Cristo. Nossa fidelidade no servio cristlo determinar o estado metafisico de nossos seres e a capacidade que teremos de prestar servio especial e elevado a Deus. Portanto, aqui est em foco no simplesmente a vida eternas, mas tambm a nossa condio nessa esfera. Esta passagem, pois, ensina a desigualdade daqueles que possuem a vida eterna, e isso est de acordo com todo o ensino cristo acerca dos galardes, Seremos galardoados segundo nossas obras e nossa fidelidade; e isso no faz aluso As possesses materiais, de forma alguma. Deus tem muitas obras a serem realizadas, e essa realizalo envolve uma inquirio eterna. Ele dispor de instrumentos especiais para essas tarefas. Os galardes envolvem a doao de capacidade para o cumprimento dessas incumbncias. Essa doao de capacidade envolve transformaes metafisicas do ser, na direo da imagem de Cristo; o alvo mais elevado a transformalo total do crente, de conformidade com essa imagem. O vs. 16 (que tambm interpreta o sentido do denrio..) mostra que nos aguardam muitas surpresas. O ponto de vista humano com freqilncia uma interpretao inadequada daquilo que Deus v como valioso, da~uilo que merece recompensa e daquilo que digno de considerao, porquanto verdade 'Jue nessa questlo de recompensas, de posio metaftslca na vida a16m, quer se trate de povos (naes), quer se trate de individuos, .c os ltimos serlo primeiros, e os primeiros sero ltimos, DENRlO

DENRIO Mateus 20:2. Ajustou com os trabalhadores o salrio de um den&rio por dia, e mandou-os para a sua vinha. Um denrio por dia. O denrio ou dracma (termo tico) era a principal moeda de prata dos romanos naquela poca, talvez valendo vinte centavos de dlar norte-americano, embora com muito maior poder aquisitivo do que essa quantia representa hoje em dia. Geralmente usado para indicar um dia de salrio,o que se verifica na escala de soldos dos soldados romanos. (Ver tambm Tobite 5:14). Alguns intrpretes asseveram que o salrio dirio original era ordinariamente menor que um denrio, pelo que o oferecimento de um denrio inteiro em pagamento de um dia de trabalho era um salrio liberal. Lemos que os acordos verbais sobre o pagamento esperado e o trabalho a ser feito eram vlidos de conformidade com a lei, isto , as condies tinham de ser satisfeitas de ambos os lados, ou poderia haver dificuldade ante as autoridades civis. Um dia de trabalho era considerado o tempo desde o nascer do sol at o aparecimento das estrelas. Multa cIIIcudo *- lIUJIkIo em. tomo da baterpretaio do .....boIo do derIo., a saber: 1. Alguns tm ensinado que indica uma recompensa temporal apenas, e que no deve ser tomado como indicao .de galardo eterno, nos cus. Essa recompensa (segundo essa interpretao) significaria as diversas expresses da bondade de Deus para com todos os povos que so seus servos. O recebimento desse tipo de recompensa no indicaria que essas pessoas tm ou teriam a evida