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Rácios Financeiros Gabriel Batista

RáCios Financeiros

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Rácios Financeiros

Gabriel Batista

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Rácios Financeiros

A análise de rácios ou indicadores é uma das técnicas mais utilizadas em análise financeira.Os rácios são uma razão ou quociente entre duas grandezas e permitem:- Quantificar factos / características da empresa;- Apontar indícios / detectar anomalias;- Fazer comparações no tempo e no espaço.

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Rácios Financeiros Solvabilidade total - expressa a capacidade da

empresa para satisfazer os compromissos com terceiros, à medida que se vão vencendo. Um valor superior a 1, significa que o valor do património é suficiente para cobrir todas as dívidas da empresa.Um valor inferior a 1, significa que a empresa está impossibilitada de satisfazer todos os seus compromissos com meios próprios.

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Rácios Financeiros Autonomia financeira - expressa a participação do

capital próprio no financiamento da empresa. Um valor inferior a 1/3, significa uma excessiva dependência de capitais alheios.Um valor maior ou igual a 1/3, representa um bom grau de autonomia financeira.

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Rácios Financeiros Dependência financeira - expressa a

participação dos capitais alheios no financiamento da empresa, ou seja, o nível de endividamento. Rácio de autonomia + Rácio de dependência = 1

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Rácios Financeiros Liquidez geral - expressa a capacidade da empresa

satisfazer as suas obrigações a curto prazo com os activos circulantes. Um valor superior a 1, significa que a empresa pode utilizar activos líquidos para pagar as dívidas a curto prazo.Um valor inferior a 1, significa que a empresa tem dificuldades de tesouraria.

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Rácios Financeiros Liquidez reduzida - expressa a capacidade da empresa

satisfazer as suas dívidas a curto prazo com os activos circulantes, sem contar com as existências. Consideram-se bons os valores entre 0,9 e 1,1.Se houver uma diferença muito grande entre a liquidez geral e a liquidez reduzida, significa que existem stocks "mortos", com elevados custos para a empresa.

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Rácios Financeiros Liquidez imediata -expressa a capacidade da

empresa satisfazer as suas dívidas a curto prazo, apenas com as disponibilidades. Um valor superior a 0,9 poderá ser demasiado elevado e significar uma má aplicação dos fundos de tesouraria.

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Rácios Financeiros O Rácio de cobertura de encargos financeiros é um

rácio financeiro que representa uma medida de risco quanto à capacidade de uma entidade conseguir satisfazer os seus compromissos financeiros. Esse rácio relaciona os juros financeiros que a empresa suporta, com o resultado operacional que gera. Assim, o rácio de cobertura de encargos financeiros, mais não é que o número de vezes que o resultado operacional cobre os juros financeiros a que a empresa está sujeita devido ao seu endividamento.

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Rácios Económicos

Gabriel Batista

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Rácios Económicos Rendibilidade do capital próprio - relaciona o

lucro obtido num determinado exercício com o capital próprio da empresa. Permite ao accionista avaliar a taxa de retorno do capital que investiu, podendo compará-la com outras remunerações oferecidas no mercado de capitais.

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Rácios Económicos Rendibilidade do activo total - relaciona

o lucro obtido num determinado exercício com o activo total da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária investida, ou seja, a rendibilidade do investimento realizado.

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Rácios Económicos Rendibilidade das vendas - relaciona o

lucro obtido num determinado exercício com o valor das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária de vendas.

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Rácios Económicos Rotação do activo total - relaciona o

valor das vendas com o activo total da empresa. Mede o grau de eficácia na utilização dos activos.

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Rácios Económicos Equação fundamental da rendibilidade

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Rácios Económicos

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Rácios Económicos A fórmula DuPont, também conhecida como o modelo

de lucro estratégico, é uma forma comum de decompor o ROE em três componentes importantes. Essencialmente o ROE é igual à margem líquida multiplicada pela rotação de activos multiplicada pela alavancagem financeira. Separar o return on equity em três partes torna mais fácil compreender as alterações do ROE ao longo do tempo.

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Rácios Económicos EBIT (Earnings Before Interest and

Taxes), é o lucro antes de encargos financeiros (pagamento de juros) e impostos. Este indicador reflecte os resultados da empresa antes das deduções financeiras e fiscais.

EBIT = (receitas operacionais - custos operacionais) - custos administrativos

EBIT = lucro operacional - custos administrativos

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Rácios Económicos A designação do EBIT em português não é uniforme.

Sendo vulgarmente designado por "resultado operacional", pode-se também encontrá-lo referido como "resultado operacional líquido", "resultado de exploração", "resultado líquido de exploração", "resultados antes de impostos", "resultados antes de juros e impostos (RAJI)", "lucro operacional", "lucro operacional líquido", "lucro de exploração", "lucros antes dos impostos", "ganho líquido por exploração" e "função financeira".

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Rácios Económicos EBITDA é a sigla em inglês para "Earnings

Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization". Literalmente, em português, seria "Resultados Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações".

EBITDA = Resultado Operacional (EBIT) + Amortizações + Provisões + Perdas não recorrentes que estejam a afectar o

EBIT - Ganhos não recorrentes que estejam a afectar o EBIT

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Rácios Económicos O EBITDA representa o dinheiro gerado

pela empresa disponível para: Financiar capex; Financiar fundo de maneio; Pagar impostos; Fazer face ao serviço da dívida; Abater dívida e criar reservas e; Remunerar o accionista via dividendos.

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Rácios Económicos CAPEX, capex, ou gastos em capital (capital expenditures) são

despesas que produzem benefícios ao longo de um período futuro longo (superior a um ano). O capex ocorre quando uma empresa compra activos (imobilizado) ou investe em activos já existentes que possuam uma vida útil superior ao exercício em que ocorre a compra ou investimento.

O capex é usado pela empresa para adquirir ou melhorar activos físicos tais como instalações, equipamento, veículos e outro tipo de activos que possuem vidas e usos que não se esgotam no exercício em que são adquiridos e que, portanto, estão sujeitos a um reconhecimento do respectivo custo ao longo de vários exercícios, via amortizações.

A diferença entre uma despesa que é classificada como capex e uma despesa normal é, portanto, o facto da totalidade da despesa normal ser reconhecida no mesmo exercício em que ocorre, ao passo que os gastos de capital são reconhecidos ao longo de diversos exercícios, mesmo que sejam pagos totalmente no exercício em que ocorrem.

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Rácios Económicos Designa-se por Fundo de maneio a parte

excedente do activo circulante que cobre o passivo circulante, ou seja, a parte dos activos fáceis de liquidar que cobre os passivos que exigem liquidação a curto prazo.

É necessária a existência de um fundo de maneio, uma margem de segurança, para evitar rupturas de tesouraria.

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Rácios Económicos As necessidades de fundo de maneio, consistem

então em: Necessidades de fundo de maneio = + Clientes +

Existências - Fornecedores

A variação (positiva) das necessidades de fundo de maneio resulta numa aplicação de cash flow, ou seja, consome cash. Portanto subidas de clientes ou existências, muitas vezes normais com o aumento da actividade, são ao mesmo tempo negativas por consumirem recursos, ao passo que subidas de fornecedores providenciam recursos (e descidas, consomem-nos por ausência e necessidade de substituição).

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Rácios Económicos Quem faça a gestão de uma empresa, sabe o quão

relevante a gestão do fundo de maneio se torna, chegando a ser tão importante ou quase tão importante quanto a geração de resultados por parte da empresa. Isto acontece porque, a par com o capex, o fundo de maneio é o principal local onde a empresa se vê geralmente forçada a investir uma grande parte da sua liquidez. A maioria dos falhanços de empresas dão-se por falta de liquidez e não por insolvência técnica, e não é difícil de uma empresa se ver em dificuldades se os seus clientes começarem a pagar tarde (ou, obviamente, a não pagar), visto que uma série de credores da empresa (funcionários, Estado, fornecedores) não apresentarão grande flexibilidade em termos de prazos de pagamento.

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Rácios Económicos Existem várias medidas que uma empresa pode tomar, para controlar o

crescimento das suas necessidades de fundo de maneio, limitando assim o investimento que tem que fazer nessa área. Alguns exemplos:

Melhor controlo de stocks, usando sistemas de gestão de stock mais eficazes, ERPs, etc.

Melhoria dos processos produtivos por forma a possibilitar filosofias de aprovisionamento just in time, e consequente minimização de stocks;

Estabelecimento de relações com fornecedores próximos, de forma a possibilitar aprovisionamento just in time, e consequente minimização de stocks;

Uso de vendas de mercadorias em consignação, com a consequente menor necessidade de financiar stock;

Esforço na gestão de recebimentos, eventualmente usando sistemas de gestão de clientes mais eficazes;

Esforço nas cobranças de forma a minimizar saldos de clientes e prazos de recebimento;

Incentivos ao recebimento mais rápido via descontos de pronto pagamento; Uso de factoring para antecipar recebimentos (se o custo não for proibitivo); Estabelecimento de relações fortes com fornecedores, de forma a obter

mais crédito, por mais tempo.

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Rácios Económicos A lista não é, obviamente, exaustiva.

Genericamente as medidas enquadram-se em 3 campos:

Minimização das quantidades e valores em stock;

Minimização dos prazos e montantes em recebimento;

Maximização dos prazos e montantes de pagamento.