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Radar Saúde Congresso Ano 4 | nº 193 Maio 2014 Estudos comprovam que as medidas previstas na portaria do Ministério da Saúde beneficiam a saúde da criança e da mulher, diminuindo os riscos de morte e anemia O Ministério da Saúde oficializou, por meio de portaria, medidas para assegurar o direito ao parto humanizado em toda a rede pública de saúde. Entre elas, estão o contato aquecido pele-a-pele com a mãe e o estímulo a amamentação na primeira hora de vida. De acordo com as novas regras, também está previsto o clampeamento do cordão umbilical somente após o mesmo parar de pulsar. O documento contribuirá para a redução da mortalidade neonatal, um dos principais objetivos da Rede Cegonha. Os procedimentos de rotina adotados após o nascimento do bebê saudável – como exame físico, pesagem e outras medidas antropométricas e profilaxia da oftalmia neonatal – devem ser realizados somente após esses primeiros cuidados. As diretrizes fazem parte da organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido no Sistema Único de Saúde e oficializam recomendações da OMS e do próprio Ministério. Para os recém-nascidos com respiração ausente ou irregular, tônus diminuído e/ou com líquido meconial, a portaria estabelece que o atendimento deverá seguir o fluxograma do Programa de Reanimação da Sociedade Brasileira de Pediatria, de 2011. A unidade de saúde deverá contar obrigatoriamente com profissional médico ou de enfermagem treinado em reanimação neonatal. O Ministério investirá em 2014 e 2015 R$ 2,1 milhões para fortalecer ainda mais este esse tipo de capacitação em todo o país. MATERNIDADES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PASSAM A TER NOVAS REGRAS PARA PARTO HUMANIZADO 1,6 milhão de mulheres fizeram, no mínimo, sete consultas neste período 2,1 milhões serão investidos em 2014 e 2015 para capacitação em reanimação neonatal 18,2 milhões de consultas pré-natais foram realizadas em 2012 pelo SUS Boletim informativo do Ministério da Saúde destinado aos parlamentares

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Radar SaúdeCongresso

Ano 4 | nº 193

Maio 2014

Estudos comprovam que as medidas previstas na portaria do Ministério da Saúde beneficiam a saúde da criança e da mulher, diminuindo os riscos de morte e anemia

O Ministério da Saúde oficializou, por meio de portaria, medidas para assegurar o direito ao parto humanizado em toda a rede pública de saúde. Entre elas, estão o contato aquecido pele-a-pele com a mãe e o estímulo a amamentação na primeira hora de vida. De acordo com as novas regras, também está previsto o clampeamento do cordão umbilical somente após o mesmo parar de pulsar. O documento contribuirá para a redução da mortalidade neonatal, um dos principais objetivos da Rede Cegonha.

Os procedimentos de rotina adotados após o nascimento do bebê saudável – como exame físico, pesagem e outras medidas antropométricas e profilaxia da oftalmia neonatal – devem ser realizados somente após esses primeiros cuidados. As diretrizes fazem parte da organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido no Sistema Único de Saúde e oficializam recomendações da OMS e do próprio Ministério.

Para os recém-nascidos com respiração ausente ou irregular, tônus diminuído e/ou com líquido meconial, a portaria estabelece que o atendimento deverá seguir o fluxograma do Programa de Reanimação da Sociedade Brasileira de Pediatria, de 2011. A unidade de saúde deverá contar obrigatoriamente com profissional médico ou de enfermagem treinado em reanimação neonatal. O Ministério investirá em 2014 e 2015 R$ 2,1 milhões para fortalecer ainda mais este esse tipo de capacitação em todo o país.

Maternidades do sisteMa Único de saÚde passaM a ter novas regras para parto huManizado

1,6 milhãode mulheres fizeram,

no mínimo, sete consultas neste período

2,1 milhões serão investidos em 2014 e 2015 para capacitação em reanimação neonatal

18,2 milhões de consultas pré-natais foram realizadas em

2012 pelo sus

Boletim informativo doMinistério da Saúde

destinado aos parlamentares

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está presente em 5 mil municípios em todos os estados;

atende 2,6 milhões de gestantes;

conta com mais de 3,3 bilhões de investimento.

criada em 2011, a rede cegonha tem como uma das principais metas incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mulheres e crianças, desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida do filho. atualmente, a estratégia:

a rede cegonha se propõe ainda a organizar o cuidado às gestantes por meio de uma rede qualificada de atenção obstétrica e neonatal. com um pré-natal de qualidade, como preconiza a estratégia, é possível reduzir as taxas de prematuridade.

entre as ações previstas durante o pré-natal estão os exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco; acolhimento às intercorrências na gestação; acesso

ao pré-natal de alto risco; acesso rápido aos resultados; vinculação da gestante (desde o pré-natal) ao local em que será realizado o parto; implementação de ações relacionadas à saúde sexual e reprodutiva; além de prevenção e tratamento das dst/hiv/aids e hepatites.

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