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03 16 de Outubro de 2014 Rádio São Miguel - 93.5 FM Rádio Pampilhosa -97.8 FM Grupo Fercorber, Av. São Domingos, nº 51 3280-013 Castanheira de Pera Linha aberta 236 438 200 Rádio São Miguel 93.5 --> das 10:00 H às 12:00 H Rádio Pampilhosa 97.8 --> das 16:00 H às 18:00 H Serviços Comerciais: 236 438 202 Estúdios em Pampilhosa da Serra: 235 098 049 Figueiró dos Vinhos vai receber no dia 6 de Novembro a Conferência “Emprego e Desenvolvimento - Desafios e Oportunidades”. São esperados o Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho e o Secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira. A organização é do Município e da UGT - Leiria. Página 5 Última Página Cultura: Os livros VI Antologia de Poetas Lusófonos e Zélia Gattai - A bem-amada, de Aurora Simões de Matos foram apresentados no Clube Figueiroense Última Página Desporto: A. Desportiva: Apresentação da equipa de séniores A. Desportiva empata na Ranha Júniores recebem troféu de campeões 2013/2014 Vai decorrer a IX Feira de Doçaria Conventual com música coral, Show Cooking e Cake Design para crianças Página 6 Passeio de “pasteleiras” animou Figueiró. Rancho folclórico e exposição fotográfica de Mário Lino completaram a jornada. Páginas 7 e 11

Rádio São Miguel-93.5 FM Rádio Pampilhosa -97.8 FM · Os livros VI Antologia de Poetas Lusófonos e Zélia Gattai - A bem-amada, de Aurora Simões de Matos foram apresentados no

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16 de Outubro de 2014

Rádio São Miguel - 93.5 FMRádio Pampilhosa -97.8 FM

Grupo Fercorber, Av. São Domingos, nº 513280-013 Castanheira de Pera

Linha aberta 236 438 200Rádio São Miguel 93.5 --> das 10:00 H às 12:00 HRádio Pampilhosa 97.8 --> das 16:00 H às 18:00 HServiços Comerciais: 236 438 202Estúdios em Pampilhosa da Serra: 235 098 049

Figueiró dos Vinhos vai receber no dia 6 de Novembro a Conferência “Emprego e Desenvolvimento - Desafios eOportunidades”. São esperados o Secretáriode Estado da Solidariedade e da SegurançaSocial, Agostinho Branquinho e o Secretáriode Estado do Emprego, Octávio Oliveira. A organização é do Município e da UGT -Leiria.

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A. Desportiva empata naRanha

Júniores recebem troféude campeões 2013/2014

Vai decorrer a IX Feira deDoçaria Conventual com músicacoral, Show Cooking e Cake Design para crianças

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Passeio de “pasteleiras” animouFigueiró. Rancho folclórico e exposição fotográfica de MárioLino completaram a jornada.

Páginas 7 e 11

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16 de Setembro de 20142 .

Editorial

“ O conto do vigário”Por Fernando Correia Bernardo

A GNR e os funcionários bancários têm alertado a população de que podem ser vigari-zados por alguém que se lhe chegue à beira, conte uma história em que a pessoa abor-dada se depare com um lucro fácil imediato, levando-o por vezes a ir levantar dinheiroao banco e depois se sentir vigarizado.Essa burla é cometida por três pessoas e cada uma com a denominação específica.A saber:“O Roda” é aquele que fica no carro, nas imediações do local do crime, com a missão dedar a fuga aos outros dois.“O Fila” é aquele que marca a vítima, ou o burlado.“O História” é aquele, bem-falante, que convence a vítima por exemplo a ir levantar di-nheiro ao banco tendo sido convencido que de imediato vai ter um lauto lucro.“A vítima” é apelidada de OTÁRIO. “O objecto do crime” na gíria é denominado por “barato”.Então como é que tudo ocorre?Na rua a vítima é escolhida e é, abeirada pelo “História”. É-lhe perguntado se conheceunaquele concelho um homem que emigrou para o Brasil onde fez grande fortuna.Foi encarregado (diz “o História”) de fazer cumprir um testamento, com valor patrimonialde 10.000.000 de euros e exibe ao “Otário” o testamento. Este fica eufórico e logo se vo-luntariza para ajudar a fazer cumprir o testamento na distribuição daquela fortuna peloslares da terceira idade do concelho, pela igreja e pelos mais pobres.Mas há uma parte do testamento que é em dinheiro.Quando “o Otário” manifesta grande interesse em comparticipar na distribuição da fortuna,“o História” tira duma bolsa um volume de notas de 500 euros em que a primeira e aúltima são falsificadas, o resto é papel moldado. Ou seja, “o Otário” perante o volume denotas semelhante a um tijolo, de imediato voluntariza-se a distribui-las. Nesse preciso momento chama “o Fila” que logo diz: - isto aqui entre nós. Eu e este amigoficamos com essas notas e somos nós que as vamos distribuir. Só que, dirigindo-se “aoHistória” diz: - mas este senhor tem que dar uma garantia.Então “o Otário” na ânsia do lucro fácil vai ao banco onde tem um depósito. Levanta 15ou 20.000 euros e vai entregá-los como garantia do recebimento do volume de notas,que é tido por “Barato”.“O História” recebe o dinheiro “do Otário”, que foi levantado no banco, como garantia eapós a recepção cria-se uma discussão fogem os três e deixam “o Otário” com o volumede notas falsas, volume esse que se denomina, como já se referiu por “o Barato”.Isto transportado para a vivência política, o caso BES leva a que também nos deparemoscom o “conto do vigário” e eventualmente a burla subjacente ao mesmo.O Banco de Portugal e a CMVM não acautelaram sob o ponto de vista inspectivo a sol-vabilidade deste Banco/BES. O Presidente da República e o Primeiro-ministro publicamente disseram que o BES erasólido, publicamente e os cidadãos acreditaram nesta gente e compraram acções. Ricardo Salgado viu no Banco o dinheiro proveniente da subscrição de acções.Perante tal:O Sr. Presidente da República e o Sr. Primeiro-ministro deram credibilidade às acçõescolocadas no mercado para serem adquiridas. Tiveram, (resta saber, com dolo ou semdolo) o papel “do HISTÓRIA” no conto do vigário.O Banco de Portugal e a CMVM não viram que algo era fictício e tinha como fim, obterdinheiro e as acções nada valerem, quando é certo que o BES estava falido.Tiveram o papel, (resta saber se com dolo ou sem dolo) “do Fila”.O BES e Ricardo Salgado fizeram desaparecer o dinheiro, tiveram o papel “do Roda”.Os que compraram acções fizeram o papel “do Otário”.As acções, que quando foram vendidas eram tidas, por nada valerem, enquadram aquiloque se denomina pelo “Barato”.Ninguém está preso! São muitos mil milhões! Mas “o Fila”; “o História” e “o Roda” noscasos em que o prejuízo é dez ou quinze mil euros são presos! O País está nisto!Sabem como se denomina o conjunto composto pelo “Fila”, “História” e “Roda”? A denominação é: os choros.

Fernando Correia Bernardo

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A AEPIN – Associação Empresarial do Pi-nhal Norte e a AGROTHINK assinaram, nodia 22 de Setembro, um protocolo de coo-peração, tendo em vista a promoção, o de-senvolvimento e o reforço dos laçoseconómicos e empresariais.A cerimónia teve lugar na sede da AEPINem Figueiró dos Vinhos. Assinaram esteProtocolo, João Cardoso de Araújo, na qua-lidade de Presidente da AEPIN e AntónioMartins Bonito como Presidente daAGROTHINK. A formalização da cooperação entre a

AEPIN e a AGROTHINK reveste-se de es-pecial importância e traduz a vontade deencontrar os mecanismos que possibilitemas boas práticas assentes na cooperaçãoinstitucional e na partilha de recursos.A criação deste serviço vai, assim, melho-rar a interação entre os diferentes atoresempresariais, quer ao nível do apoio téc-nico e documental, mas também coopera-ção estreita no desenvolvimento deprojectos de promoção e de desenvolvi-mento local e regional.

AEPIN e AGROTHINK: Protocolo de cooperação

O OUTONO

O Outono tem sabor a muita saudade... Saudade dos dias longos que passaram, Quando muitas alminhas se quedaram, A ver o sol brilhar com liberdade.

Outono, é tempo para a sinceridade, Das histórias que à lareira se extravasam. Quando os dias de sol já não abrasam, Agora caem as folhas com bondade.

Bondade do idoso que conta histórias, À lareira, que é fonte de memórias, Que de um cérebro cansado se extraem...

As nuvens cinzentas têm as suas glórias, Gotas de chuva que são bem notórias, Sobre as folhagens que pelo chão caem!

Alcides Martins

Propriedade: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Cons-trução, Lda. NIF 501 611 673Editor: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Construção,Lda. NIF 501 611 673 - Sede: Av. de São Domingos, nº 51, 3280-013 Castanheira de Pera

Registo na ERC Entidade Reguladora para a Comunicação So-cial nº 126547Director: Fernando Correia BernardoDirector adjunto: António Manuel Bebiano CarreiraSubdirector: Francisca Maria Correia de CarvalhoPaginação: António Bebiano CarreiraImpressão: Coraze – Oliveira de Azeméis Tel. 256 040 526 / 910 253 116 / 914 602 969E-Mail: [email protected] desta edição: 5.000 exemplares

Contactos:E-Mail Geral:[email protected]ção: [email protected]. 236 432 243 - 236 438 799 Fax 236 432 302Sede e redacção: Av. São Domingos, nº 51 – 2º3280-013 Castanheira de PeraInternet:http://www.oribeiradepera.com/category/o-figueiroense/Todos os artigos são da responsabilidade de quem os escreve

Ficha Técnica

16 de Outubro de 2014 3 .

Edição para o concelho de Figueiró dos Vinhos

Encontra-se à venda na “PAPELARIA JARDIM” Telefone nº 236 553 464Rua Dr. Manuel Simões Barreiros – 3260 – FIGUEIRO DOS VINHOS

Nesta Papelaria, recebem-se pedidos e pagamentos de assinaturas e de publicaçõesobrigatórias ou quaisquer outras de carácter pessoal.

Os assinantes de “O Ribeira de Pera” e de “O Figueiroense” usufruem de descontode 15% nas publicações obrigatórias e 20% nas restantes.Também pode tratar directamente com a redacção de “O Figueiroense” Av. São Do-mingos, nº 51, Castanheira de Pera, Telefone nº 236 438 799 Fax 236 438 302 [email protected]

Desejo assinar o jornal O Figueiroense, pelo período de um ano cominício no mês de de 20

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Figueiró dos Vinhos: Contactos Telefónicos

Câmara Municipal - Geral: 236 559 550 / Fax: 236 552 596 Gabinete de Apoio ao Investimento: 236 559 000Gabinete de Desporto: 236 551 132 Biblioteca Municipal: 236 559 230Posto de Turismo: 236 552 178Serviço de Águas - Piquete permanente: 916 892 010Estaleiro e Oficinas Municipais: 236 552 595CPCJ- Comissão de Proteção de Crianças Jovens em perigo: 236 559 004/ 913 428 237

Junta de Freguesia de Aguda: 236 622 602 – Fax 236 621 889Junta de Freguesia de Arega: Telf/fax; 236 644 915Junta de Freguesia de Campelo: Telf/fax: 236 434 645U. Freg. Figº Vinhos e Bairradas: Telf/fax: 236553573Clube Figueiroense - Casa da Cultura: 236 559 600Associação Desportiva de Fig. Vinhos: 236 552 770Museu e Centro de Artes: 236 552 195Universidade Sénior: 236 559 002Papelaria Jardim: 236 552 464Escola de Condução “Figueiroense”: 236 553 326 – 961 533 240

Tribunal Judicial: 236 093 540 – Fax; 236 093 559Ministério Público; 236 093 559 – Fax; 236 093 558Guarda Nacional Republicana: 236 559 300Bombeiros Voluntários: 236 552 122Centro de Saúde: 236 551 727Farmácias:

Farmácia Correia 236 552 312Farmácia Vidigal 236 552 441Farmácia Serra 236 552339Farmácia “Campos” (Aguda) 236 622 692Médicos:

Dr. Manuel Alves da Piedade: 236 552 418Dr. José Pedro Manata: 236 098 565 – 918 085 902Drª Marisa e Luís Violante (só sábados) 236 551 250 – 914 081 251Advogados:

Dr. Ana Lúcia Manata: 236 551 095 – 912 724 959Dr. Nuno dos Santos Fernandes; 236 552 172 – 919 171 456Dr. Rui Lopes Rodrig. (Só aos sábados) 239 093 941 – 966 153 715Agencia Funerárias:

Alfredo Martins; 236 553 077 - 969 846 284

José Carlos Coelho, Ldª; 236 552 555 – 917 217 112

Na nossa redacção foi recebida reclama-ção de um munícipe nosso assinante, quei-xando-se ter recorrido aos serviços do

município para a limpeza de uma fossa dasua habitação, quando ao receber a facturado serviço prestado pelo município, ficouestupefacto dado os serviços prestados domontante de 6.88€ virem acrescidos de23% de taxa do IVA.

Comenta e muito bem este nosso assi-nante; “taxar a limpeza de uma fossacomo se taxa um produto de limpeza,não deve passar pela cabeça do diabo emuito menos pela de alguns com res-ponsabilidades a nível nacional ou con-celhio”.

Confrontando esta cobrança do IVA comoutras facturas emitidas pelos mesmos ser-viços em outros Municípios, concluímos poralgo de errado e por esse motivo consultá-mos a Direcção de Finanças de Leiria quenos prestou a seguinte informação:

Na sequência do v/ pedido de informa-ção sobre a aplicação da taxa do IVA aserviços de despejo de fossas presta-dos pelos municípios, recebido via fax,somos a informar: Existem informaçõesvinculativas sobre o assunto em ques-tão, que em resumo esclarecem o se-

guinte; a)- Se o serviço é realizado direc-tamente pela autarquia, e portanto den-tro da competência de serviço público,está isento de IVA, ao abrigo do artº 9º,nº 25 do CIVA. B)- Se o serviço é conces-sionado a terceiros (exº empresa muni-cipal) é atribuído à taxa reduzida (6%) –verba 2.22 lista I, anexa ao IVA.

À Direcção de Finanças do distrito de Lei-ria, o nosso agradecimento pela colabora-ção dada para este nosso esclarecimentopossa alterar algumas práticas municipais.

Alguns municípios cobram taxa do IVA indevidamente

4 . 16 de Outubro de 2014

Conforme noticiámos no nosso número an-terior foi recentemente publicada no DR aalteração à Lei dos Baldios. Devido à suaimportância vamos proceder ao longo dospróximos números à sua publicação inte-gral, sendo que no nosso site na Internetse encontra o texto integral da nova Lei.Nesta edição publicamos a Secção I daLei:

Lei nº 72/2014, publicada no Diário da Re-pública, 1.ª série — N.º 168 — 2 de setem-bro de 2014

CAPÍTULO IDisposições geraisArtigo 1.º Noções

1 — São baldios os terrenos possuídos e geri-dos por comunidades locais.2 — Para os efeitos da presente lei, comuni-dade local é o universo dos compartes.3 — São compartes todos os cidadãos eleito-res, inscritos e residentes nas comunidades lo-cais onde se onde se situam os respetivosterrenos baldios ou que aí desenvolvam umaatividade agroflorestal ou silvopastoril.4 — São ainda compartes os menores eman-cipados que sejam residentes nas comunida-des locais onde se situam os respetivosterrenos baldios.5 — Os compartes usufruem os baldios con-forme os usos e costumes locais e gerem deforma sustentada, nos termos da lei, os apro-veitamentos dos recursos dos respetivos es-paços rurais, de acordo com as deliberaçõestomadas em assembleia de compartes.6 — O baldio segue o regime do património au-tónomo no que respeita à personalidade judi-ciária e tributária, respondendo pelas infraçõespraticadas em matéria de contraordenaçõesnos mesmos termos que as pessoas coletivasirregularmente constituídas, com as devidasadaptações.

Artigo 2.º Âmbito de aplicação1 — As disposições da presente lei são aplicá-veis aos terrenos baldios, mesmo quandoconstituídos por áreas descontínuas, nomea-damente aos que se encontrem nas seguintescondições:a) Terrenos considerados baldios e como taispossuídos e geridos por comunidades locais,mesmo que ocasionalmente não estejam a serobjeto, no todo ou em parte, de aproveita-mento pelos compartes, ou careçam de órgãosde gestão regularmente constituídos;b) Terrenos passíveis de uso e fruição por co-munidade local, os quais, tendo anteriormentesido usados e fruídos como baldios, foram sub-metidos ao regime florestal ou de reserva nãoaproveitada, ao abrigo do Decreto –Lei n.º 27207, de 16 de novembro de 1936, e da Lei n.º2069, de 24 de abril de 1954, e ainda não de-volvidos ao abrigo do Decreto -Lei n.º 39/76,de 19 de janeiro;c) Terrenos baldios objeto de apossamento porparticulares, ainda que transmitidos posterior-mente, aos quais são aplicáveis as disposiçõesdo Decreto -Lei n.º 40/76, de 1 de janeiro;d) Terrenos passíveis de uso e fruição por co-munidade local que tenham sido licitamenteadquiridos por uma tal comunidade e afetadosao logradouro comum da mesma.2 — O disposto na presente lei aplica-se, com

as necessárias adaptações, e em termos a re-gulamentar, a equipamentos comunitários, de-signadamente eiras, fornos, moinhos eazenhas, usados, fruídos e geridos por comu-nidade local.

Artigo 2.º - A: Utilidade públicaOs baldios gozam dos benefícios atribuídosàs pessoas coletivas de utilidade pública.

Artigo 2.º -B: Inscrição matricial1 — Os terrenos que integram os baldios estãosujeitos a inscrição na matriz predial respetiva.2 — A cada terreno individualizado que integrao baldio corresponde um artigo matricial pró-prio, que deve incluir todos os elementos deconteúdo estabelecidos no artigo 12.º do Có-digo do Imposto Municipal sobre Imóveis, apro-vado pelo Decreto -Lei n.º 287/2003, de 12 denovembro, na redação atual, que se apliquemà especificidade dos terrenos.3 — Para efeitos do artigo 8.º do Código do Im-posto Municipal sobre Imóveis aprovado peloDecreto –Lei n.º 287/2003, de 12 de novem-bro, na redação atual, os terrenos de baldiosão inscritos em nome do próprio baldio.

Artigo 3.º FinalidadesOs baldios constituem, em regra, logradourocomum, designadamente para efeitos de apas-centação de gados, de recolha de lenhas oude matos, de culturas e de outros aproveita-mentos dos recursos dos respetivos espaçosrurais.

Artigo 4.º Apropriação ou apossamento1 — Os atos ou negócios jurídicos de apropria-ção ou apossamento, tendo por objeto terre-nos baldios, bem como da sua posteriortransmissão, são nulos, nos termos gerais dedireito, exceto nos casos expressamente pre-vistos na presente lei.2 — A declaração de nulidade pode ser reque-rida:a) Pelos órgãos do baldio ou por qualquer doscompartes;b) Pelo Ministério Público;c) Pela entidade na qual os compartes tenhamdelegado poderes de administração do baldionos termos dos artigos 22.º e 23.º;d) Pelos arrendatários e cessionários do bal-dio, nos termos do artigo 10.º3 — As entidades referidas no número anteriortêm também legitimidade para requerer a res-tituição da posse do baldio, no todo ou emparte, a favor da respetiva comunidade ou daentidade que legitimamente o explore.

CAPÍTULO IIUso, fruição e administração

Artigo 5.º Regra geral1 — O uso, a fruição e a administração dosbaldios efetivam -se de acordo com os usos ecostumes locais e as deliberações dos órgãoscompetentes das comunidades locais, semprejuízo do disposto nos artigos seguintes.2 — Aos compartes é assegurada a igualdadede gozo e exercício dos direitos de uso e frui-ção do respetivo baldio.

Artigo 6.º Plano de utilização1 — O uso, a fruição e a administração dosbaldios obedecem a planos de utilização apro-vados em reunião da assembleia de compar-tes.2 — O conteúdo e as normas de elaboração,de aprovação, de execução e de revisão dosplanos de utilização obedecem ao disposto no

Decreto -Lei n.º 16/2009, de 14 de janeiro, al-terado pelo Decreto -Lei n.º 114/2010, de 22de outubro, com as necessárias adaptações.

Artigo 7.º Objetivos e âmbito1 — Constituem objetivos dos planos de utili-zação a programação da utilização racionaldos recursos efetivos e potenciais do baldiocom sujeição a critérios de coordenação evalia socioeconómica e ambiental, a nívellocal, regional e nacional.2 — Os planos de utilização podem dizer res-peito apenas a um baldio ou a grupos de bal-dios, próximos ou afins, suscetíveis deconstituir unidades de ordenamento, nomea-damente por exigência da dimensão requeridapor objetivos de uso múltiplo ou integrado, porinfraestruturas só justificadas a nível superiorao de um só baldio ou por economias de es-cala na aquisição e utilização de equipamento.3 — No caso previsto no número anterior, o re-gime de gestão sofre as adaptações necessá-rias, nomeadamente por recurso à figura dagestão conjunta.

Artigo 8.º(Revogado.)

Artigo 9.ºCooperação com serviços públicos

Sempre que a execução dos planos de utiliza-ção implique ou aconselhe formas continuadasde cooperação entre serviços públicos espe-cializados e comunidades locais, devem osmesmos planos contemplar as regras discipli-nadoras dessa cooperação.

Artigo 10.ºArrendamento e cessão de exploração

1 — Os baldios podem ser objeto, no todo ouem parte, de arrendamento ou de cessão deexploração, com vista ao aproveitamento dosrecursos dos respetivos espaços rurais, no res-peito pelo disposto na lei e nos programas eplanos territoriais aplicáveis.2 — Pode ainda a assembleia de compartesdeliberar a cessão da exploração de partes li-mitadas do respetivo baldio, para fins de ex-ploração agrícola, aos respetivos compartes,sem prejuízo do princípio da igualdade de tra-tamento dos propostos cessionários.3 — A exploração dos baldios mediante arren-damento ou cessão deve efetivar -se de formasustentada, sem prejuízo da tradicional utiliza-ção do baldio pelos compartes, de acordo comos usos e costumes locais.4 — O arrendamento e a cessão de explora-ção de baldios têm lugar nas formas e nos ter-mos previstos na lei.

CAPÍTULO IIIOrganização e funcionamento

SECÇÃO IGestão

Artigo 11.º Administração dos baldios1 — Os baldios são administrados, por direitopróprio, pelos respetivos compartes, nos ter-mos dos usos e costumes locais, através deórgãos democraticamente eleitos.2 — As comunidades locais organizam -se,para o exercício dos atos de representação,disposição, gestão e fiscalização relativos aoscorrespondentes baldios, através de uma as-sembleia de compartes, um conselho diretivoe uma comissão de fiscalização.3 — Os membros da mesa da assembleia decompartes, bem como do conselho diretivo eda comissão de fiscalização, são eleitos pelo

período de quatro anos, renováveis, e man-têm-se em exercício de funções até à suasubstituição.

Artigo 11.º -A: Aplicação de receitas1 — As receitas obtidas com a exploração dosrecursos dos baldios são aplicadas em pro-veito exclusivo do próprio baldio e das respe-tivas comunidades locais, nos termos aregulamentar por decreto -lei.2 — São nulas as deliberações dos órgãos dascomunidades locais relativas à aplicação dasreceitas no proveito das comunidades locais,na parte em que não assegurem o cumpri-mento de obrigações legais dos respetivos bal-dios ou incidentes sobre os terrenos baldios.

Artigo 11.º -B: Gestão financeiraA gestão financeira dos baldios está sujeita aoregime da normalização contabilística para asentidades do setor não lucrativo, devendo oconselho diretivo apresentar à assembleia decompartes, anualmente, até 31 de março, ascontas e o relatório de atividades do baldio re-lativos ao exercício anterior.

Artigo 12.º Reuniões1 — Salvo nos casos especialmente previstosna lei, os órgãos das comunidades locais reú-nem validamente com a presença da maioriados seus membros e deliberam validamentepor maioria simples dos membros presentes,tendo o respetivo presidente voto de quali-dade.2 — Podem participar nas reuniões da assem-bleia de compartes, sem direito a voto nas res-petivas deliberações, representantes da juntaou das juntas de freguesia em cuja área terri-torial o baldio se situe e, quando se trate debaldio sob administração do Estado, um repre-sentante do Instituto da Conservação da Na-tureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), tendoem vista esclarecer as questões relativas à ati-vidade desenvolvida nos domínios florestal, daconservação da natureza e da biodiversidade.3 — Às reuniões da assembleia de compartespodem ainda assistir, como convidadas e semdireito a voto nas respetivas deliberações, pes-soas ou entidades que exerçam na área dobaldio atividades relacionadas com os assun-tos constantes da ordem de trabalhos, po-dendo estes expor os respetivos pontos devista.4 — Independentemente do disposto no n.º 2,o ICNF, I. P., pode fazer -se representar nasreuniões da assembleia de compartes de cujaordem de trabalhos constem intervenções naárea do baldio, quando integrada no sistemanacional de áreas classificadas, procedendoaos esclarecimentos julgados convenientes.

Artigo 13.º Atas1 — Das reuniões dos órgãos das comunida-des locais são elaboradas atas, que, depoisde lidas e aprovadas, são assinadas pelarespetiva mesa, no que se refere à assem-bleia de compartes, e pelos respetivos mem-bros, quanto aos restantes órgãos.2 — Em caso de urgência devidamente justi-ficada, os órgãos podem delegar a aprova-ção da ata.3 — Só a ata pode certificar validamente asdiscussões havidas, as deliberações toma-das e o mais que nas reuniões tiver ocorrido.4 — As atas referidas nos números anterio-res podem ser livremente consultadas porquem nisso tiver interesse.

(Continua no próximo número)

Alteração à Lei dos Baldios

. 516 de Outubro de 2014

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos vaipromover nos próximos dias 1 e 2 de Novembroa nona edição da Feira de Doçaria Conventual,que este ano assume contornos inovadores re-lativamente aos anos anteriores.Na verdade, está previsto um conjunto de acti-vidades paralelas que se desenvolverão naárea do Convento do Carmo, onde a feira vol-tará a marcar presença, de modo a proporcio-nar a todos quantos ali se dirijam momentos deentretenimento e de espectáculo. Também, epela primeira vez realizar-se-à um Show Coo-king com a presença do chefe João Mesquita.

A inauguração está agendada para as 11h00 dodia 1 de Novembro, sábado, seguindo-se pelas14h30m a prestação culinária do chefe JoãoMesquita, estando prevista a actuação do grupoCoral de Proença-a-Nova para as 16h30.No dia 2 de Novembro, domingo, decorrerá apartir das 14h30m uma actividade direccionadapara crianças com idade a partir dos 7 anos, de-signada Workshop Cake Design “Decora a tuaBolacha”, procurando envolver-se um públicomais jovem a participar de uma forma criativa edivertida neste evento. A actuação do grupoCoral S. João Batista ocorrerá pelas 16h00.

Neste local de grande valor patrimonial estarárepresentada a doçaria de várias regiões dePortugal que farão as delícias dos muitos visi-tantes, contribuindo também para a divulgaçãoe promoção da doçaria conventual de Figueiródos Vinhos.A entrada é gratuita e convida a uma visita auma feira cada vez mais reconhecida na regiãopela sua qualidade, estando aberta das 11h00às 19h00 no sábado e das 10h00 às 19h00 nodomingo, no Convento de Nossa Senhora doCarmo em Figueiró dos Vinhos.

IX Feira de Doçaria ConventualConvento de Nossa Senhora do Carmo

Localizado à saída da Vila, Rua dos Bombei-ros Voluntários, o Convento de Nossa Se-nhora do Carmo impõe-se pela suavolumetria. Fundado em 1598, a sua constru-ção remonta a 1601, sendo o imóvel classifi-cado de Interesse Público em 1996.Fundado por D. Pedro de Alcáçova de Vascon-celos, senhor de Figueiró dos Vinhos e Pedró-gão Grande, por influência de Frei AmbrósioMariano, destinava-se a albergar uma comu-nidade de Carmelitas Descalços, função quemanteve até 1834 ano em que foram extintasoficialmente as Ordens Religiosas no País.O Convento possuía uma planta quadrangularenvolvendo o claustro, sendo a Igreja dese-nhada em cruz latina. Este Templo apresentauma frontaria aberta por galilé de três arcos,encimada por um nicho com imagem deNossa Senhora do Carmo, janelão e óculo, re-matada por uma empena triangular.O claustro seiscentista contém uma pia deágua benta de finais do século XVI. No seu in-terior, a Igreja possui uma única nave aboba-dada, destacando-se os seus três altares comnotáveis retábulos de talha maneirista portu-guesa do século XVII e com decoração mar-cadamente barroca, bem como duas capelaslaterais. Uma instituída por Francisca Evange-lha com as paredes da sua nave revestidascom azulejos raros joaninhos de produção lis-boeta do século XVII, com padrões de motivosflorais em azul e amarelo, sendo a parte su-perior de ornato tipo renascentista, com carte-las contendo as imagens de Santa Teresa deÁvila e de Santo Elias. Existe outra capela, ade S. José, do lado do Evangelho, com datade 1639 e que apresenta um retábulo de talhade barroco popular do século XVII com ima-gens de S. José, S. Joaquim e Santa Ana.No pavimento do transepto, de fronte ao altar-mor, encontram-se quatro lajes sepulcrais per-tencentes aos fundadores e benfeitores doConvento, D. Pedro Alcáçova e Vasconcelos,D.ª Maria de Menezes sua esposa, D. Fran-cisco de Vasconcelos e sua esposa D.ª Anade Vasconcelos e Menezes.O púlpito é de escada com baluartes de ma-deira entalhada, existindo ainda duas pias deágua benta, ambas quinhentistas. No coropode observar-se uma delicada gradaria demadeira lavrada, em estilo rococó e com pa-redes laterais percorridas por bancos depedra, com espaldar de azulejos brancos comcercadura azul.A partir de 1625 foi o Convento destinado aColégio das Artes, aí funcionando estudos deFilosofia, Teologia e Línguas Clássicas, tendosido também aqui realizados vários CapítulosProvinciais da Ordem.Conheceu obras de restauro em 2000, man-tendo-se a função cultural tendo sido possívelsalvaguardar o importante espólio que en-cerra.Desde 2007, em finais de Outubro, realiza-seno Convento do Carmo, a Feira de DoçariaConventual certame que traz a Figueiró dosVinhos doceiros de diversas regiões do Paíse que conta com um programa de animaçãoparalelo, que engloba concertos de MúsicaSacra, Animação de Rua, entre outros, propor-cionando assim um contacto directo com estepatrimónio histórico de Figueiró dos Vinhos.

in Página do Município

6 . 16 de Outubro de 2014

Prosseguindo uma prática que já vem doanterior mandato autárquico, de fazer rodaras reuniões da assembleia pelas fregue-sias do concelho, Carlos Silva, actual pre-sidente da Assembleia Municipal convocoua reunião ordinária de 26 de Setembropara o Parque de Lazer Manuel SimõesBranco, a antiga escola primária em Cam-pelo. Uma prática que pode ser comple-

mentada se for aceite uma sugestão deMargarida Lucas, do PSD, para que alémdas reuniões, os eleitos para a AssembleiaMunicipal passem também a visitar as al-deias do concelho de modo a melhor se in-teirarem da realidade do município, umasugestão que Jorge Abreu, presidente daCâmara aceitou e se propôs a analisar.Na mesa, para além do presidente e secre-

tários teve também assento Jorge Agria,presidente da freguesia de Campelo, naqualidade de anfitrião. E foi nesta quali-dade que se prontificou para oferecer “umbolinho” aos membros da assembleia nofinal.Com uma longa ordem de trabalhos comsete pontos pela frente, a Assembleia ini-ciou-se como habitualmente com o períodode antes da ordem do dia, onde se regis-taram intervenções de Margarida Lucas,João Cardoso, Jorge Domingues, PauloCamoezas, Filipe Silva e Miguel Portela,da bancada do PSD e de Fernando Ma-nata do PS, que inquiriram o executivosobre os mais diversos assuntos, como oscandeeiros do jardim municipal, edifícioscom amianto, as festas do concelho e deSão Pantaleão, a hora da ligação da ilumi-nação pública e a iluminação dos nós doIC8, o envenenamento de um cão porparte dos serviços municipais, as comemo-rações dos 500 anos do Foral Manuelino,a sobreposição de eventos no fim de se-mana de 27 e 28 de Setembro, a visita à

escola Agostinho Roseta, a instalação daempresa Biodinâmica em Figueiró dos Vi-nhos, a Praia Fluvial das Fragas de SãoSimão e a falta de nadadores salvadores,um conflito acerca de um caminho vicinalem Ribeira de São Pedro, e a necessidadede opção entre a intervenção social e osfestejos grandiosos. A estas questões quero presidente da Câmara, quer a vice-pre-sidente, Marta Braz iam respondendo deacordo com as informações de que dispu-nham na altura.Miguel Portela apresentou uma propostade recomendação da Assembleia Munici-pal à Câmara Municipal no sentido de estapromover a classificação dos moinhos depapel de Figueiró dos Vinhos e da casa deSimões de Almeida (tio) como imóveis deinteresse municipal, que foi aprovada porunanimidade.E já se ia chegando às 21h00 quando seentrou na ordem de trabalhos, que apesarde decorrer na normalidade, prolongou ostrabalhos até perto das 23h00.

António B. Carreira

Assembleia Municipal de Figueiró dos Vinhos reuniu em Campelo

Conforme noticiámos na nossa edição an-terior, a Câmara Municipal de Figueiró dosVinhos, em parceria com o Museu de Ci-clismo das Caldas da Rainha, promoveuno dia 27 de Setembro um passeio de“pasteleiras”, como eram popularmenteconhecidas as bicicletas.A anteceder o passeio procedeu-se pelas15h00, na sala de exposições do Clube Fi-gueiroense à abertura da exposição de fo-tografia exposição “Uma Viagem deBicicleta pela Etnografia”, da autoria deMário Lino, que o próprio autor apresentouao presidente da Câmara Municipal, JorgeAbreu, à vice-presidente, Marta Braz e aomuito público que quis testemunhar aabertura e apreciar esta exposição. Visitaespecial desta exposição foi o presidenteda Câmara Municipal de Caldas da Rai-nha, Fernando Tinta Ferreira, que fezquestão de estar presente nesta inaugura-ção apesar da sua agenda bastante com-pleta.Na ocasião, Jorge Abreu informou que amostra após o período de exposição noClube Figueiroense será exposta na fre-

guesia da Aguda.Após a inauguração, a comitiva visitanteteve ainda oportunidade de visitar o Ca-sulo de Malhoa, o Museu do Xadrez e oMuseu e Centro de Artes.Com o tempo a ameaçar chuva, mas queacabou por colaborar com a organização,actuou no Jardim Municipal o rancho Fol-clórico e Etnográfico do Louriçal, após oque seguiu o passeio, pelas ruas da Vila,de algumas dezenas de bicicletas “paste-leiras”, muitas das quais “tripuladas” por fi-gueiroenses que aderiram assim a estainteressante iniciativa.

No final e com o apetite ganho por tantopedalar (atenção que estas bicicletas têmmuito pouco a ver com as modernas,“pesos pluma”) realizou-se um convívio naZona de Lazer do Barreiro onde foi possí-vel recuperar as energias perdida.

António B. Carreira

Passeio de Bicicletas Antigas em Figueiró dos Vinhos

No âmbito das comemorações do Dia In-ternacional do Idoso, a Câmara Municipalde Figueiró dos Vinhos em parceria com aSanta Casa da Misericórdia de Figueiró dosVinhos, através do projeto Agir Sempre,promoveram um programa direccionadopara a população sénior do concelho.Sob o lema “Envelhecer é inevitável, ficarvelho é opcional”, decorreu no Pavilhão

Gimnodesportivo de Figueiró dos Vinhosuma aula de ginástica de manutenção sé-nior, pelas 14h30, seguida por um lanchepartilhado.Esta iniciativa pretendeu contribuir para oenvelhecimento activo e saudável, comba-tendo também a solidão e o isolamentodesta faixa etária cada vez mais vulnerá-vel.

Figueiró dos Vinhos comemorou oDia Internacional do Idoso

Promovido pela FICAPE e Município figuei-roense decorreu na Casa Municipal da Ju-ventude em Figueiró dos Vinhos, no dia 27de Setembro, um Workshop subordinadoao tema Medronheiro, um mundo de opor-tunidades.O evento contou com a colaboração daESAC (Escola Superior Agrária de Coim-bra) e Ministério da Agricultura e abriu comintervenções de Jorge Abreu, Presidenteda Câmara Municipal de Figueiró dos Vi-nhos e de Manuel Maria Silva, Presidenteda Direcção da FICAPE.

Ao longo dos trabalhos que se prolongarampor toda a tarde, os muitos participantesneste Workshop tiveram oportunidade dese inteirarem de diversa problemática emtorno do cultivo do medronheiro, como aimportância da selecção e propagação dasplantas na produção de medronho e técni-cas culturais, mas também da produção deaguardente e derivados. Foi também abor-dada a importância do Medronheiro naGestão Florestal e na Prevenção de Incên-dios Florestais, e dados testemunhos pes-soais por parte de um jovem agricultor.

Workshop: Medronheiro um mundo de oportunidades

Associação Desportiva de Figueiró dos VinhosCampeonato Distrital da 1ª Divisão de Leiria, Série AEquipa de Futebol 11 - Séniores - Época 2014 - 2015

Uma oferta da Escola de Condução Figueiroense

Calendário de Jogos

TreinadorJoão Almeida

Treinador AdjuntoFernando Silva

MikaGuarda Redes

DidiGuarda Redes

DefesaCarlos Mendes

Cláudio SantosDefesa

Daniel FerreiraDefesa

FlechasDefesa

Frederico RodriguesDefesa

RicardoDefesa

Tiago SimõesDefesa

Diogo LopesMédio

HingáMédio

João GraçaMédio

MatineMédio

BetoMédio

Mica GouveiaMédio

Alexandre GomesAvançado

FranciscoAvançado

JetaAvançado

PortistaAvançado

Rafael CaetanoAvançado

05/10/2014 Folga12/10/2014 Ranha - 1, A. Desportiva -119/10/2014 A. Desportiva – Meirinhas26/10/2014 Avelarense – A. Desportiva09/11/2014 A. Desportiva - Matamourisquense16/11/2014 Caseirinhos - A. Desportiva23/11/2014 A. Desportiva - Arcuda30/11/2014 Recreio Pedrog. - A. Desportiva07/12/2014 A. Desportiva - Almagreira14/12/2014 Folga21/12/2014 A. Desportiva - Ranha28/12/2014 Meirinhas - A. Desportiva04/01/2015 A. Desportiva - Avelarense11/01/2015 Matamourisquense - A. Desportiva18/01/2015 A. Desportiva - Caseirinhos25/01/2015 Arcuda - A. Desportiva01/02/2015 A. Desportiva - Recreio Pedrog.08/02/2015 Almagreira - A. Desportiva

Rua Major Neutel Abreu, 1.º Dtº 3260-427 Figueiró dos VinhosTelefones: 236 553 326 – 961 533 240 E-mail:[email protected]

Associação Desportiva de

Figueiró dos Vinhos

8 . 16 de Outubro de 2014

Decorreram no dia 28 de Setembro as elei-ções primárias no Partido Socialista. Naconcelhia de Figueiró dos Vinhos, AntónioCosta ganhou com 163 votos (80,69%),

contra 38 (18,81%) de António José Se-guro. A taxa de votantes foi de 69,66% (202 vo-tantes em 290 inscritos).

Eleições primárias no PS:António Costa vence em Figueiró dos Vinhos

Chegou à nossa redacção uma informaçãoprocedente de um leitor devidamente iden-tificado, de que estariam a decorrer proble-mas com pagamento de salários aoselementos da equipa de Sapadores Flores-tais gerida pela associação, e de que ha-veria entre os mesmos alguns receiosquanto ao futuro dos seus postos de traba-lhos, desconfiando que a direcção estariadisposta a proceder a despedimentos e arecrutar novo pessoal junto do Instituto deEmprego. Não conseguimos confirmar estainformação quanto a eventuais despedi-mentos, mas quanto a atrasos nos paga-mentos uma fonte ligada aos órgãossociais da associação confirmou-nos aexistência de atrasos, mas que estariam aser recuperados.Entretanto pedimos um esclarecimento es-crito à Associação de Produtores Agro Flo-

restais de Figueiró dos Vinhos, que pronta-mente nos respondeu:“… somos uma empresa como outra qual-quer que face à actualidade económica têmas suas dificuldades, mas que se esforçapor cumprir todas as obrigações, nomea-damente com o Estado, fornecedores efuncionários com os quais neste momentotêm os vencimentos em dia; fazemos umgrande esforço pois também poderíamosfalar que prestamos serviços a particularespelos quais temos que esperar pelo paga-mento.Relativamente aos despedimentos, é umassunto sem cabimento, todos os funcio-nários são funcionários da casa há mais de11 anos, e além destes para fazer face aovolume de trabalho, todos os anos contra-tualizamos com o IEFP vários contratospara constituição doutra equipa.”

Associação de Produtores AgroFlorestais de Figueiró dos Vinhos:Crise também afecta associações

Os econo-mistas Fran-cisco Louçã eJoão Ferreirado Amaral,autores de “AS o l u ç ã oNovo Es-

cudo”, traçam caminhos a seguir no casode dissolução do euro e o que teria de serfeito para conter o embate do regresso doescudo.O cenário é hipotético, mas pode aconte-cer. E se um dia Portugal decidir sair doeuro, ou a zona euro se dissolver? Quemudanças resultariam para a vida dos por-tugueses? Os salários cairiam? As pen-sões estariam incólumes? E o crédito àhabitação cresceria desmesuradamente?Haveria despedimentos? Para responder a estas questões, a Re-nascença pediu ajuda aos economistasFrancisco Louçã e João Ferreira do Ama-ral, que na semana passada editaram olivro “A Solução Novo Escudo: O queFazer no Dia Seguinte à Saída de Portugaldo Euro”. Comecemos pelos salários. A voz a Fer-reira do Amaral: “Numa primeira fase, nadaacontecerá. Mas depois com uma inflaçãomaior haverá uma diminuição dos saláriosreais”. O professor catedrático do Insituto Supe-rior de Economia e Gestão (ISEG) diz quePortugal suporta uma inflação até 20% eque ainda assim pode crescer, como jáaconteceu antes. É inevitável que os portugueses recebammenos? “É preciso evitar que o salário queas pessoas recebem desça. Uma coisa é

o salário real e outra é o salário disponível.Hoje há uma grande diferença porque oIRS é muito elevado”, denuncia. Redução do IRS compensa inflação A proposta dos autores é que, quando secomeçarem a fazer sentir os efeitos da in-flação, que normalmente acontece poucosmeses depois, “deve haver uma compen-sação através do IRS”. “Especialmente nos escalões mais baixosde modo a compensar essa perda de sa-lário real”, defende Ferreira do Amaral. Logo de seguida ironiza: “A única coisa po-sitiva de termos uma factura grande doIRS é que é possível descê-lo. É a almo-fada para que as pessoas não tenhamuma queda dos salários reais”. Passado algum tempo, quando a econo-mia começa a crescer (em casos anterio-res demorou um ano e meio), os saláriostambém aumentam. Isso é o que dizem oslivros, e na realidade? “Não é nada teoria.É o que acontece na prática, é o mais prá-tico que há, e já aconteceu em Portugal”,defende. Pensões fundamentais para relançareconomia As pensões estiveram na mira da “troika”e o Governo aplicou cortes a este rendi-mento dos reformados nos últimos trêsanos. Francisco Louçã acredita que as reformassão fundamentais para “haver uma procurasustentada que seja a base sustentávelque justifique o relançamento da econo-mia”, num cenário pós-euro. “A protecção das pensões é necessáriamediante este ataque selvagem que elastêm sofrido, porque se tornaram um instru-mento de ajustamento”, frisa.

Os resultados da política de austeridade,para Louçã, ficam evidentes ao perceberque Portugal não cumpriria hoje os crité-rios de adesão ao euro caso se colocasseem posição de querer entrar para a moedaúnica. “[O país] Não tem o nível de dívida neces-sário, não tem o nível de défice necessário,não tem estrutura económica necessária.Portanto, se todos reconhecemos que Por-tugal não poderia entrar no euro, em partepelo que a entrada no euro mas também aestratégia de austeridade nos impôs, issoobriga-nos a pensar”, reflecte. Crédito à habitação. O Estado prote-gerá? Em relação ao crédito à habitação, na hi-pótese de um acordo com as autoridadeseuropeias, as contas continuariam nomi-nadas em euros e as dívidas também, de-fendem Louçã e Ferreira do Amaral.Assim, como os salários são pagos em es-cudos e o escudo se desvaloriza em rela-ção ao euro, o Estado, sustentam osautores, tinha de intervir para garantir aprotecção da diferença criada pela altera-ção cambial. “As pessoas não seriam prejudicadas”, as-segura Louçã. No caso em que não haja um acordo serápreciso redenominar os contratos, ou sejaas dívidas que estão em euros passam aestar em escudos e os salários e os depó-sitos estão em escudos também. “Não há nenhuma diferença. Quando háuma desvalorização da moeda há umadesvalorização da conta corrente”, identi-fica o antigo líder do Bloco de Esquerda. O que é a redenominação dos contratos?“Significa que se for ao banco para pedir

um crédito à habitação no valor de 50 mileuros, ele passa a valer 50 mil escudos.Porque um euro passa a valer um escudona hipótese que nós trabalhámos”, explica. “Nos dois casos, estando a dívida emeuros ou em escudos e o livro é muito pre-ciso em relação a isso, o Estado deve pro-teger por inteiro as pessoas que pediramcrédito ao banco para que não sejam pre-judicadas”, refere. Emprego até pode aumentar A entrada em cena do escudo poderá tra-zer o desemprego como actor principal?Na óptica de Ferreira do Amaral não. “Isso nunca aconteceu. Numa primeirafase, o efeito será nulo, mas passadopouco tempo começará a crescer. Ao fimde ano, ano e meio, a desvalorização teráefeitos sobre o crescimento da economia”,sustenta. Outras duas dimensões sobre as quais oseconomistas se debruçam em “A SoluçãoNovo Escudo” são os recursos energéticose os medicamentos. Duas das maiores vul-nerabilidades do país, sustentam. A extrema dependência externa faria comque os preços imediatamente subissem, oque para Francisco Louçã e Ferreira doAmaral leva a que o Estado tivesse de criarum plano de contingência. Na energia, o auxílio necessário aos sec-tores mais vulneráveis levaria a um sobre-custo para o Estado de 250 milhões deeuros no primeiro ano, que depois decres-ceria nos anos seguintes. No que diz respeito aos medicamentosdramatizam: “Esse plano [de contingência]não pode falhar”.

O escudo volta. O que aconteceria ao seu rendimento e às suas dívidas?

Vítimas por estragos em veículos podem filmar na via pública e utilizar como provaPor Acórdão do Tribunal da Relação do Porto Processo: 585/11.6TABGC.P1, datado de 23-10-2013, com Votação: UNANIMIDADE, os proprietários de veículos

vandalizados podem captar imagens na via pública com o objectivo de descobrir os autores do “vandalismo”.

“Sumário: I - São válidas, podendo ser valora-das pelo julgador (não constituindo métodosproibidos de prova) as provas que consistemna gravação de imagens (no caso filmagem)

feita por particular (ofendido), direccionadapara um local público, particularmente dirigidapara o seu veículo automóvel, estacionado navia pública, apenas com vista a apurar quem

era o autor dos danos (consistentes em suces-sivos e repetidos riscos e outros estragos) quenele vinham sendo causados, bem como a re-produção, em suporte de papel, de imagens

dessa filmagem retiradas.II - A gravação de imagens em local público,por factos ocorridos na via pública, sem conhe-

Continua na Página seguinte

. 916 de Outubro de 2014

Por Aires B. Henriques

Vítimas podem filmar...(Continuação da página anterior)

imento do visionado, tendo como única finali-dade a identificação do autor do crime de dano(que atinge o património do particular que fez afilmagem), o qual veio a ser denunciado às au-toridades competentes, mesmo que não hajaprévio licenciamento pela Comissão Nacionalde Protecção de Dados, constitui prova válida(art. 125º do CPP) por neste caso existir justacausa para essa captação de imagens (desdelogo documentar a prática de infracção criminalque atenta contra o património do autor da fil-magem, que depois apresentou a respectivaqueixa crime), por não serem atingidos dadossensíveis da pessoa visionada e nem ser ne-cessário o seu consentimento até olhando paraas exigências de justiça.III - A imagem captada nas circunstâncias destecaso concreto, por um lado não constitui ne-nhuma violação do “núcleo duro da vida pri-vada”, nem do direito à imagem do visionado,não sendo necessário o seu consentimentopara essa gravação, tal como decorre do art.79º, nº 2, do CC (estando a filmagem do sus-peito justificada por exigências de justiça) e, poroutro lado, aquela conduta do particular que feza filmagem de imagens em local público nãoconstitui a prática do crime de “gravações e fo-tografias ilícitas” p. e p. no art. 199º, nº 2, doCP, nem tão pouco integra a prática de qualquerilícito culposo segundo o ordenamento jurídico,mesmo considerado este globalmente.IV - Não sendo ilícita, nos termos da lei penal,a filmagem de imagens em local público, feitapor particular, nas circunstâncias deste casoconcreto, também a reprodução mecânicadessa filmagem (através da junção ao pro-cesso, quer do CD contendo a dita gravação deimagens, quer da reprodução em papel de ima-gens dela retiradas) é permitida, tal como de-corre do art. 167º, nº 1, do CPP.V - Esta nova forma de “privatização da inves-tigação” (expressão usada por Costa Andradea propósito, entre outros casos, de gravação deimagens por agentes privados, por eles trazidasao processo) tem de ser analisada caso a caso,tendo em vista a salvaguarda daquele «núcleoduro» da vida privada da pessoa visionada (queabrange os dados sensíveis tal como definidospela Lei de Protecção de Dados Pessoais), oqual assume uma multiplicidade de vertentes”.

Nascido em Lisboa, a 3 de Julho de 1850,é um cidadão culto e multifacetado que, aolongo de toda a sua vida, reparte os seusinteresses e talentos entre a poesia, a pin-tura, a música e o teatro de ópera.Apesar de filho de pais de origem alemã, ede grande parte da sua educação e forma-ção ter sido obtida no estrangeiro, AlfredoKeil é reconhecido unanimemente comoum dos nossos grandes patriotas de sem-pre. A sua fama maior advém do facto de -com o patrocínio em verso de HenriqueLopes de Mendonça - ter composto, emprotesto contra o Ultimatum inglês de 11 deJaneiro de 1890, a música “A Portuguesa”que o Parlamento português, logo após oadvento da República, (na sua sessão de19 de Junho de 1911) consagrou como onosso atual Hino Nacional.

Apenas com 15anos de idade,concebe – sob otítulo “ViagensArtísticas” – umprojeto de livroonde procuraassegurar a “ar-ticulação simul-tânea do

elemento verbal e visual”, ao longo de seisviagens, entre as quais compreende uma“de Lisboa ao Zêzere”, com passagempelas lezírias ribatejanas, Abrantes, Tomar,Sernache do Bonjardim, Pedrógão Pe-queno e Ponte do Cabril. Esses sítios “sãoos mesmos que Keil viria preferencialmentea pintar até ao termo da sua carreira”, aqual finda com a sua morte a 4 de Outubrode 1907, em Hamburgo, “para onde sehavia deslocado por urgência de novasoperações à glote”. Apesar de nunca ter chegado a acabar ver-dadeiramente esse livro, é vasta a sua pro-dução pictórica assente no Cabril e navalorização do rio que o percorre. Para Keil,“pintar as paisagens do Zêzere era (…)uma atitude patrimonial” de enaltecimentodo que era genuíno e nacional. Daí que osseus biógrafos entendam mesmo que é nocontacto com este rio, e ao retratar as suaspaisagens, que “o relacionamento de Keilcom o naturalismo – como tendência, ma-nifestação ou escola de arte – melhor seesclarece”.Segundo o Professor António Rodrigues -

da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa -nos diz, Alfredo Keil “passava duas esta-ções do ano fora de Lisboa. O Verão na re-gião de Colares e o Outono na região doZêzere. Procurava um algures para viver ainocência perdida. O burguês viaja à pro-cura da paz dos rios e dos campos, numretorno à autenticidade. A natureza foi paraKeil objeto de culto e de uma nostalgia: elaestá sempre algures, é preciso ir procurá-la. A contemplação é a forma apaixonadade aceder à natureza. Subir à rocha ou àmontanha para contemplar a imensidão deum panorama. Estar na praia para se ab-sorver no fluxo e refluxo das ondas. Estarno campo dentro do arvoredo ou do pinhal.Sentir a quietude das margens dos rios.Deixar correr os olhos nos movimentos dasnuvens. Este amor da natureza, o gosto dosimples, do elementar e do imenso, é indis-sociável do homem urbano, do europeureenviado à má consciência da sua exis-tência de civilizado. Quando contempla anatureza verifica a perda da origem. As pai-sagens são uma viva e perpétua afirmaçãoda inferioridade humana, traduzindo a fun-dadora sensibilidade romântica de aberturaao mundo e da contingência dos signos hu-manos. Esta aliança da natureza e dohomem implica imaginação, convivência,longa aclimatação. É preciso habitar longa-mente os locais a fim de poder senti-los nasua essência e na sua mudança. A funçãodo paisagista consistia essencialmente emhabitar, para depois extrair e concentrar. (…) Keil viveu nas regiões eleitas do pintor.Um sentimento de pertença ao lugar. Umarelação de familiaridade respeitosa e vene-rativa com a natureza”.Data já de momento póstumo à sua mortea publicação da obra “Tojos e Rosmani-nhos. Contos da Serra”, a qual realizouentre 1902 e 1904 e é “composta por textosem verso, ilustrações e músicas , (…) cons-tituindo a súmula possível das competên-cias artísticas do autor”.Segundo ainda aquele seu biógrafo, em“Tojos e Rosmaninhos”, Alfredo Keil “evocao sentido de harmonia da natureza, entre apaisagem e os seus habitantes, enquantoresistência última à secundarização da na-tureza. Uma ideologia de origem romântica,

reacendida na Europa do final do Séc. XIX,de quem, ‘fugindo ao arruído das cidades’procurava na natureza ‘um doce abrigo’.Feito de ‘extensos pinheirais’, da espessurados verdejantes matos olorosos’, das ‘fra-gas de anil, minhas diletas, à sombra doscopados castanheiros’, da ‘Verde Serra’, do‘Rosmaninho desses prados, águas azuis,o céu da minha terra’, dos ‘colossais roche-dos de granito’, de ‘sol e nuvens cor deopalas, de outeiros, semeados de zagalas’.A Natureza é a ‘Musa inspiradora’ e criadapor Deus é essa ‘Obra magna, infinda”. Ehumanizada pelas suas gentes que vivema própria vida, entre paixões encontradase paixões desencontradas. Angústias demãe por filho doente ou morto. Lutas fratri-cidas entre homens à disputa de mulherdissimulada. O fogo posto por vingança.Promessas à Senhora do Pranto paraachar um conversado. Inocentes bebedei-ras na loja da aldeia. O desejo do artistapor belas serranas. São histórias comuns,sem odisseias nem heróis, narradas em‘versos bons e maus’, simples como os pró-prios tojos e rosmaninhos”.De igual modo, terá sido ao percorrer a re-gião do Zêzere que Alfredo Keil obteve ins-piração para a sua ópera “Serrana”,anunciada para o Real Teatro de S. Carlosem 1898, mas cuja primeira representaçãoem língua portuguesa só virá a ter lugarpostumamente, em Março de 1909, no Tea-tro Trindade, em Lisboa.São inúmeros os desenhos e pinturas emque Alfredo Keil retrata o Cabril e a regiãodo Vale do Zêzere, desde designadamentePedrógão Pequeno até Dornes e as suasimediações. Da sua qualidade e belezaapenas proporcionamos uma pequenamostra neste livro.A sua memória é hoje lembrada em Lisboapor um busto em bronze, colocado namesma Praça da Alegria, a cujo espaçoajardinado foi atribuído o nome de JardimAlfredo Keil, nas imediações do ParqueMayer e da Avenida da Liberdade.Que as autarquias locais o não esqueçamigualmente, mais não seja, como elementovalorizador do património natural que tantoo atraiu e reteve nesta encantadora regiãodo Cabril...

Alfredo Keil - Pintor Naturalista

10 . 16 de Outubro de 2014

Nuno Santos Fernandes

Advogado

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Trata: Joaquim de Jesus Mendes – LameirasFigueiró dos Vinhos - Tel. 23655280

Valdemar da Conceição dos SantosNasceu a 13/08/1935Faleceu a 20/09/2014Natural de: Figueiró dos Vinhos,Residente em Colmeal

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Alcides Lima SimõesNasceu a 20/06/1940Faleceu a 22/09/2014Natural de: Figueiró dos VinhosResidente em Sra. Dos Remédios

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

José D`AlmeidaNasceu a 27/09/1926Faleceu a 23/09/2014Natural de: Arega,Resid.Em: Casalinho.

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Maria da Conceição SilvaNasceu a 13/05/1933Faleceu a 23/09/2014Residente em Arega

Agência Funerária Alfredo Martins

AregaFigueiró dos Vinhos

FaleceuMaria da Conceição Silva

Agência Funerária Alfredo Martins

Eterna Saudade de seus sobrinhos e restante família

Nasceu em 13 de Maio de 1933Faleceu em 23 de Setembro de 2014

. 1116 de Outubro de 2014

José Manuel Moura, Comandante Operacional Nacional de Operações de Socorro(CONAC) visitou o quartel dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos no passadodia 10 de Setembro, onde teve oportunidade de apresentar cumprimentos e agradecertodo o empenhamento dos bombeiros. Este ano e uma vez mais os bombeiros demonstraram grande espírito de dedicação eum extraordinário contributo para os resultados excepcionais em termos de incêndios flo-restais que o país tem registado neste Verão.

Comandante Operacional Nacionalde Operações de Socorro visitou

Bombeiros de Figueiró dos Vinhos

O Município de Figueiró dos Vinhos, aSanta Casa da Misericórdia, a Liga Portu-guesa Contra o Cancro, o Centro deSaúde, os Bombeiros Voluntários, a Fun-dação Portuguesa de Cardiologia e o Agru-pamento de Escolas comemoraram no dia28 de Setembro o Dia Mundial do Coração,concretizando um conjunto de iniciativas di-reccionadas para a população, com o pro-pósito de contribuir para a divulgação dehábitos saudáveis que promovam a melho-ria da qualidade de vida das pessoas.“Todos juntos pela Saúde – lutar contra oCancro, olhar pelo Coração” foi o lema es-colhido para alertar para a necessidade daprática de hábitos saudáveis.Rastreio pela saúde, aula rítmica, demons-

trações de várias modalidades de activi-dade física, e a realização de uma acçãosolidária designada “Sopa Solidária” quepara angariar fundos a favor da Liga Por-tuguesa da Luta Contra o Cancro foram umexemplo das actividades realizadas juntoda Biblioteca Municipal, a par de uma ca-minhada urbana que decorreu no centro daVila de Figueiró dos Vinhos.Assinalar este dia teve como objectivo cha-mar a atenção para a necessidade deadoptar estilos de vida saudáveis, promo-vendo a prática desportiva e a adopção decomportamentos mais adequados à elimi-nação de factores de risco para o surgi-mento de doenças.

Dia Mundial do Coração

Não pode deixar de se considerar um re-sultado positivo o alcançado pela A. Des-portiva de Figueiró dos Vinhos no passadodomingo, na Ranha, um campo tradicional-mente difícil, quanto mais não seja por serum relvado natural, algo pouco comum noscampeonatos distritais. Apesar disto Fer-nando Silva, treinador adjunto, comentou oresultado com um breve “podia ter sido me-lhor”. Num dia de chuva intensa como foi este do-mingo, o terreno pesado penalizou as duasequipas é certo, mas mais aquela que nãoestá habituada a este tipo de terreno.

O golo da equipa de Figueiró dos Vinhosfoi apontado por Mica Gouveia.Com este resultado, à segunda jornada, aDesportiva ocupa o sexto lugar da classifi-cação geral da série A do Campeonato Dis-trital da 1ª Divisão de Leiria, com um pontomas menos um jogo, já que folgou na pri-meira jornada.Classificação: 1º Recreio Pedroguense 6;2º Arcuda 4; 3º Caseirinhos 3; 4º Meirinhas3; 5º Almagreira3; 6º A. Desportiva 1; 7º Ranha 1; 8º Matamourisquense 1; 9º Avelarense 0.

A. Desportiva inicia a época comempate fora

Com a finalidade de fazera apresentaçãoaos sócios das equipas de seniores e ju-niores de futebol de 11, aproveitando ofacto de a equipa sénior folgar na primeirajornada, a Associação Desportiva de Fi-gueiró dos Vinhos realizou no domingo dia5 de Outubro, pelas 16h00, um jogo treinoentre os seniores e os juniores, que acaboucom o resultado de 3-1 a favor dos mais ve-

lhos.Antecedendo o encontro, e em momentode grande emoção, a equipa de junioresda época transacta recebeu o troféu e o di-ploma de Campeão Distrital da 1ª DivisãoJuniores de Futebol, grupo B, um momentoque o jornal O Figueiroense registou paraa história desta Associação.

António B. Carreira

Apresentação das equipase entrega do troféu deCampeão aos Juniores

Desporto

12 . 16 de Outubro de 2014

Promovida pelo Município de Figueiró dosVinhos e pela UGT-Leiria, realiza-se em Fi-gueiró dos Vinhos na Casa da Cultura nopróximo dia 6 de Novembro, pelas 15horas, a Conferência “Emprego e Desen-volvimento - Desafios e Oportunidades”.Sob a temática do emprego, do potencialde desenvolvimento económico e dos de-safios que o novo quadro comunitário co-loca, serão debatidas perspectivas dedesenvolvimento futuro em ambiente departilha de ideias, experiências e pontos devista.Farão a abertura da conferência, o Presi-dente da Câmara Municipal de Figueiró dosVinhos Jorge Abreu e Amílcar Coelho Pre-sidente UGT-Leiria que antecedem a inter-venção do Secretário de Estado daSolidariedade e da Segurança Social,Agostinho Branquinho.No primeiro painel, sob o tema “Economia

e Sociedade” Ana Sargento, investigadorado IPL, apresentará o estudo “Figueiró dosVinhos e sua região – um enorme potencialde desenvolvimento (ainda) á espera deuma oportunidade”.No segundo painel, com o tema “Perspec-tivas de Emprego e Desenvolvimento” par-ticipam Jorge Santos, Presidente doNERLEI e Eduardo Scarchetti, CEO da Bio-dinâmica, Lda.Sob a temática “Interioridades: Perspecti-vas de Desenvolvimento”, no terceiro pai-nel, intervêm António Saraiva Presidente daCIP, Carlos Silva Secretário Geral da UGTe Jorge Gaspar Presidente do IEFP, antesda intervenção de encerramento a cargo doSecretário de Estado do Emprego, OctávioOliveira.As inscrições são gratuitas podendo ser fei-tas através de email para:[email protected].

Conferência “Emprego e Desenvolvimento”

Integrado no programa “Agir Sempre”,a Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhosem parceria com a Santa Casa da Miseri-córdia, vai levar a efeito no próximo dia 19de Outubro a realização de uma iniciativade cariz social designada por CaminhadaSolidária.O objectivo desta iniciativa prende-se coma necessidade de promover o espírito soli-dário da sociedade civil para com aquelesque vivem com maiores dificuldades e pri-vações de ordem económica.Convida-se a população para uma cami-nhada que proporcionará a prática de exer-cício físico, o recreio e o lazer econcomitantemente recolher produtos dehigiene pessoal ou doméstico que poste-riormente será reencaminhado e distribuídocom critério pelas pessoas que reconheci-damente passam por maiores dificuldades.As inscrições decorreram até ao dia 13 de

Outubro e no dia da actividade os partici-pantes deverão entregar dois produtos dehigiene pessoal ou de uso doméstico,como donativo.A caminhada terá um trajecto de 7 km entrea vila de Figueiró dos Vinhos e a Aldeia deAna de Aviz e contará com um grau de di-ficuldade médio/baixo.O percurso terá o seu início às 9h00, es-tando prevista a concentração no Largo doMunicípio pelas 8h30m. Haverá durante amanhã um reforço alimentar, estando tam-bém previsto um almoço de convívio queassinalará o final da jornada, a ter lugar noCentro de Convívio de Aldeia de Ana deAviz.A recolha dos produtos referenciados re-verterá a favor do Espaço Social que de-pois fará a sua gestão de acordo com asnecessidades identificadas.

Caminhada Solidária

A Câmara Municipal de Figueiró dos Vi-nhos, em parceria com a Academia de Le-tras e Artes Lusófonas e a Editora FolhetoEdições, promoveu no dia 11 de Outubroàs 15 horas, no Auditório do Clube Figuei-roense, uma importante jornada cultural,que se traduziu na apresentação de duaspublicações de autores prestigiados domundo da cultura e da poesia.Por um lado, o momento constituiu uma ex-celente oportunidade para conhecer a VIAntologia de Poetas Lusófonos, em que in-tervêm 119 autores oriundos de 14 países,que conta com o prefácio de Adélio Amaroe o proémio do conterrâneo figueiroenseArménio Vasconcelos, personalidade li-

gada à cultura, advogado, em-presário e comendador, que re-centemente concretizou oimportante projecto de aberturade um Museu em Almofala, fre-guesia de Aguda, que reflecte osusos, tradições e costumes donosso povo e que está ao ser-viço de toda a comunidade.

Na mesma ocasião foi apresentada a obrabiográfica “ Zélia Gattai - A bem-amada”,Patrona da Academia de Letras e Artes Lu-sófonas, da autoria de Aurora Simões deMatos, Ilustre Académica.Esta iniciativa de índole cultural foi comple-mentada com momentos musicais poéticose pictóricos, sendo distinguidos nessa oca-sião cinco personalidades ligadas à culturalusófona pela Associação Brasileira de De-senho e Artes Visuais que compareceunesta realização.A jornada terminou ao sabor do Pão-de-lóde Figueiró e do “Moscatel de Honra” pro-porcionado pelo museu de Almofala.

Município de Figueiró dos Vinhospromoveu apresentação de

Obras Literárias