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Ana Isabel Dias Ferreira C.Nut. A 3º ano – Imunologia 18.03.11 Radioimunoensaio (RIA) O radioimunoensaio foi desenvolvido em 1960 e é uma das técnicas mais sensíveis existentes para a análise quantitativa das reacções antigénio - anticorpo, permitindo medidas rápidas e precisas, que podem ser feitas directamente no líquido biológico. O RIA é também um método de elevada especificidade e por isso os ensaios podem acontecer directamente no líquido biológico. O radioimunoensaio pode ser utilizado para quantificar hormonas, drogas, marcadores tumorais e anticorpos e antigénios em doenças parasitárias. Há muitas variações, mas o princípio é o mesmo: a quantidade de reagente marcado (antigénio ou anticorpo) quantifica o antigénio ou anticorpo não-marcado na amostra. Este método tem como princípio geral uma reacção de competição por um receptor comum entre uma substância a ser determinada e a mesma substância marcada radioisotopicamente. Os radioisótopos podem ser Iodo 125 ou 131, Cobalto ou Trício. Utiliza-se neste método um leitor radiométrico, anticorpos radioactivos, antigénios radioactivos e a amostra a ser testada. Existem dois métodos para realizar esta técnica. Num deles, uma quantidade conhecida de antigénios marcados e antigénios da amostra são misturados e reagem competitivamente com uma quantidade fixa de anticorpos fixos na fase sólida. Depois que a reacção imune atinge o equilíbrio, a mistura é lavada para remover os conjugados não reactivos, que são separados do imunocomplexo preso na fase sólida. A concentração do analito será inversamente proporcional ao sinal emitido. No outro método um anticorpo ligado à fase sólida forma um imunocomplexo. Um segundo anticorpo conjugado liga-se ao imunocomplexo. É realizada uma lavagem para retirar os anticorpos conjugados não reactivos. Também neste método a Bibliografia: Kindt, Goldsby, Osborne (2007) Kuby Immunology 6ª Ed., W. H. Freeman and Company. New York, USA; Testoni, Natalia (2009) Imunoensaios. “http://labvw.com.br/2008/material_cientifico/novos/Imunoensaios %20Natalia%20Witzke%20Testoni.pdf”.

Radioimunoensaio

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Page 1: Radioimunoensaio

Ana Isabel Dias Ferreira C.Nut. A 3º ano – Imunologia 18.03.11

Radioimunoensaio (RIA)O radioimunoensaio foi desenvolvido em 1960 e é uma das técnicas mais sensíveis existentes para a análise quantitativa das reacções antigénio - anticorpo, permitindo medidas rápidas e precisas, que podem ser feitas directamente no líquido biológico. O RIA é também um método de elevada especificidade e por isso os ensaios podem acontecer directamente no líquido biológico. O radioimunoensaio pode ser utilizado para quantificar hormonas, drogas, marcadores tumorais e anticorpos e antigénios em doenças parasitárias. Há muitas variações, mas o princípio é o mesmo: a quantidade de reagente marcado (antigénio ou anticorpo) quantifica o antigénio ou anticorpo não-marcado na amostra.Este método tem como princípio geral uma reacção de competição por um receptor comum entre uma substância a ser determinada e a mesma substância marcada radioisotopicamente. Os radioisótopos podem ser Iodo 125 ou 131, Cobalto ou Trício. Utiliza-se neste método um leitor radiométrico, anticorpos radioactivos, antigénios radioactivos e a amostra a ser testada. Existem dois métodos para realizar esta técnica. Num deles, uma quantidade conhecida de antigénios marcados e antigénios da amostra são misturados e reagem competitivamente com uma quantidade fixa de anticorpos fixos na fase sólida. Depois que a reacção imune atinge o equilíbrio, a mistura é lavada para remover os conjugados não reactivos, que são separados do imunocomplexo preso na fase sólida. A concentração do analito será inversamente proporcional ao sinal emitido.No outro método um anticorpo ligado à fase sólida forma um imunocomplexo. Um segundo anticorpo conjugado liga-se ao imunocomplexo. É realizada uma lavagem para retirar os anticorpos conjugados não reactivos. Também neste método a concentração do analito será inversamente proporcional ao sinal emitido.Quanto às limitações desta técnica pode-se apontar o custo do teste, a vida média dos reagentes e o risco operacional.

Imagem 1: Primeiro método de realizar RIA.

Imagem 2: Segundo método de realizar RIA.

Bibliografia: Kindt, Goldsby, Osborne (2007) Kuby Immunology 6ª Ed., W. H. Freeman and Company. New

York, USA; Testoni, Natalia (2009) Imunoensaios.

“http://labvw.com.br/2008/material_cientifico/novos/Imunoensaios%20Natalia%20Witzke%20Testoni.pdf”.