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RADIOPROTEÇÃO NA MEDICINA NUCLEAR
Em paralelo ao desenvolvimento de novos radiofármacos eavanços tecnológicos, a proteção radiológica na medicinanuclear deve caminhar junto a esse progresso.
À medida que se evoluem os novos procedimentos, devecoexistir também a garantia da segurança dos trabalhadores,dos pacientes e do público.
PESQUISA EM RADIOPROTEÇÃO NA MEDICINA NUCLEAR
www.GoPubMed.org
RADIOPROTEÇÃO NA MEDICINA NUCLEAR
Dessa forma, observa-se a necessidade premente de maistrabalhos visando a segurança e a proteção radiológica detodos os envolvidos em procedimentos de medicina nuclear,inclusive na área de pesquisa, seguindo os princípios dajustificativa, otimização e limitação de doses.
RADIOSSINOVECTOMIA
Com base nessa necessidade, foram iniciados algunsprojetos de pesquisa com foco em radioproteção namedicina nuclear, dentre o quais, um dos mais atuaisenvolve a sinovectomia radioativa, ou radiossinovectomia.
RADIOSSINOVECTOMIA
A radiossinovectomia consiste nainjeção de fármacos radioativosintra-articulares;
(FERNANDEZ-PALAZZI, 1996; SILVA, 2004; SCHNEIDER, 2005; WORLD FEDERATION OF HEMOPHILIA, 2005; LLINAS, 2008).
RADIOFÁRMACOS
Dunn AL (2002)
RADIOSSINOVECTOMIA
Inicialmente utilizada na artrite reumatóide, aradiossinovectomia é atualmente considerada comotratamento de eleição da sinovite hemofílica quando esta nãoresponde ao tratamento conservador.
TRATAMENTO
O aspecto central do tratamento da hemofilia éreposição dos fatores de coagulação deficientes,sendo usado o concentrado do fator VIII (FVIII) nahemofilia A, o concentrado do fator IX (FIX) nahemofilia B.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005)
TRATAMENTO
Nos casos de sinovites sem resposta ao tratamentoconservador está indicada a remoção da sinóvia hipertrofiada,denominada sinovectomia.
(LLINAS, 2008)
HEMARTROSES
As manifestações clínicas maiscaracterísticas, representandocerca de 80% das hemorragiasna hemofilia, são ashemartroses, sangramentosintra-articulares.
ARTROPATIA HEMOFÍLICA
As hemartroses recorrentesocasionam hiperplasiasinovial e sinovite crônica,resultando na complicaçãomais comum, a artropatiahemofílica.
(ROOSENDAAL, 2003)
ARTROPATIA HEMOFÍLICA
Este processo cursa com dor eincapacidade física tendo umimpacto negativo na qualidade devida do paciente.
(LLINAS, 2008)
RADIOSSINOVECTOMIA
E. C. RODRIGUEZ-MERCHAN (2015)
• 53 pacientes
• Follow-up de 33
meses
AntesDepois
Tempo do procedimento de RS
Cotovelo
Joelho
Tornozelo
Articulação
tratada
He
ma
rtro
se
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or
mê
s
BRASIL
No Brasil estão cadastrados no Ministério da Saúde (MS) 8.172pacientes com hemofilia. Segundo o censo da FederaçãoMundial de Hemofilia (WFH), este número corresponde aterceira maior população mundial de pacientes com hemofilia.
Até 2003, o Brasil dispunha apenas da sinovectomiaartroscópica ou da cirurgia aberta, restrita a poucos centros.
(WORLD FEDERATION OF HEMOPHILIA, 2008; REZENDE, 2009).
RADIOPROTEÇÃO
Paciente
Acompanhantes
Trabalhadores
RADIOPROTEÇÃO DO PACIENTE
Extravasamento do radiofármaco para a circulação ou porregurgitação do radiofármaco para a pele e o subcutâneo,resultando em radionecrose destes tecidos.
Bickels J, 2008
Dunn AL, 2002
RADIOPROTEÇÃO DO PACIENTE
Em relação ao potencial de radioindução ao câncer, osestudos que detectaram raras anormalidades cromossômicas esomáticas após a RS, relataram que essas mutaçõesdesapareceram espontaneamente. Nos Estados Unidos, foramrelatados dois casos de leucemia após RS em crianças comhemofilia, sem que fosse atribuída relação causal entre oseventos.
O'Duffy EK (1999)
Pérez J, (2011)
RADIOPROTEÇÃO DOS ACOMPANHANTES
Um levantamento mais preciso do perfil dos acompanhante está sendo realizado atualmente com foco na idadedos acompanhantes, gestantes, acompanhantes menores de idade e meio de transporte utilizado pós-RS.
Pacientes idade Acompanhantes Pacientes Idade Acompanhante
Paciente 1 8 mãe Paciente 15 14 mãe
Paciente 2 8 mãe Paciente 16 15 mãe
Paciente 3 10 mãe Paciente 17 19 mãe
Paciente 4 12 mãe Paciente 18 19 pai
Paciente 5 21 primo Paciente 19 11 mãe
Paciente 6 19 pai Paciente 20 12 mãe
Paciente 7 14 mãe Paciente 21 15 mãe
Paciente 8 11 mãe Paciente 22 15 mãe
Paciente 9 19 mãe Paciente 23 21 mãe
Paciente 10 24 mãe Paciente 24 9 avó
Paciente 11 31 mãe Paciente 25 11 mãe
Paciente 12 8 mãe Paciente 26 12 mãe
Paciente 13 13 mãe Paciente 27 10 mãe/tia
Paciente 14 17 mãe Idade média 15,12
TAXA DE DOSE PARA O ACOMPANHANTE
PacienteTaxa de dose em µSv/hora
0,1 m 0,5 m 1,0 m 2,0 m
Paciente 1 10,00 6,00 2,00 1,00
Paciente 2 6,00 1,00 0,00 0,00
Paciente 3 13,00 5,00 1,50 0,00
Paciente 4 30,00 20,00 0,00 0,00
Paciente 5 16,00 9,00 2,00 1,50
Paciente 6 13,00 1,00 0,00 0,00
Paciente 7 9,00 6,00 1,70 0,30
Paciente 8 (TE) 2,00 0,00 0,00 0,00
Paciente 8 (CD) 16,00 10,00 2,00 0,00
Paciente 9 40,00 2,00 0,01 0,01
Paciente 10 17,00 1,20 0,01 0,01
Paciente 11 30,00 2,00 1,00 0,01
Paciente 12 9,00 1,00 0,01 0,01
Paciente 13 28,00 18,00 1,00 0,01
Paciente 14 25,00 11,00 2,00 1,00
Paciente 15 24,00 8,00 1,00 0,01
Paciente 16 55,00 13,00 2,00 0,01
Paciente 17 47,00 32,00 1,00 0,01
Paciente 18 36,00 3,00 1,50 0,80
Paciente 19 35,00 2,00 1,20 0,80
Paciente 20 30,00 2,00 1,80 0,80
Paciente 21 27,00 2,20 1,50 0,50
Paciente 22 16,00 1,00 0,80 0,50
Paciente 23 14,00 1,60 0,80 0,50
Paciente 24 19,00 2,00 1,00 0,50
Paciente 25 13,00 1,90 0,80 0,50
Paciente 26 (TE) 5,80 1,30 0,70 0,00
Paciente 26 (CE) 4,30 2,00 1,00 0,00
Paciente 27 (TD) 16,00 3,00 1,00 0,00
Paciente 27 (TE) 10,00 2,00 1,00 0,00
Média 20,54 5,67 1,01 0,21
Taxas de dose em µSv/hora de 0,1 a 2 metros de
cada articulação pós-RS.
Radiação de fundo: 0,0002 a 0,0005 µSv/hora.
Norma CNEN 3.05
A liberação do Paciente Injetado submetido à
terapia deve ocorrer somente após ser verificado
que o valor da taxa de dose é inferior a 30 µSv/h,
medido a 2 (dois) metros do Paciente Injetado.
RADIOPROTEÇÃO OCUPACIONAL
Trabalhador
Dose equivalente
média nas
extremidades
(mSv/ano)
Dose equivalente
média no cristalino
(mSv/ano)
Dose efetiva média
tórax (mSv/ano)
Radiofarmacêutico 498,72 ± 44,46 12,99 ± 4,08 0,037 ± 0,027
Médico hematologista 99,43 ± 17,33 3,16 ± 1,43 0,008 ± 0,001
Norma CNEN 3.01É importante salientar que com o “rodízio” de
funcionários, estas doses estimadas podem ser
reduzidas.
Porém, é também importante ressaltar que
esses dados foram coletados somente durante
o procedimento de RS com o ítrio-90,
excluindo-se outras manipulações de outros
radiofármacos para outros procedimentos
realizado no mesmo hospital.
CONCLUSÃO
Já foram realizados ~1000 procedimentos, considerando as três principaisarticulações: tornozelo, joelho e cotovelo.
Os procedimentos devem ser acompanhados pelo SPR.
As doses ocupacionais devem ser melhor avaliadas. Para tal, devem serestudados dosímetros para cristalino e extremidades capazes de medirprecisamente a dose, e que sejam ergonômicos.
CONCLUSÃO
São necessários estudos cujo foco seja a radioproteção dosacompanhantes, que devem ser sempre bem informados em relaçãoaos cuidados com a radioproteção.
O procedimento tem sido realizado com sucesso e demonstrado grandeeficiência no tratamento da artropatia hemofílica, requerendo apenasuma otimização da proteção radiológica.
AGRADECEMOS A ATENÇÃO DE TODOS!
Palestrante: [email protected]
Responsável pelo projeto de Radiossinovectomia em Hemofilia: Dra. Sylvia Thomas ([email protected])
