Rafael DantasApresenta

“História dos conceitos e história Social”. In: Futuro Passado . Contribuição à semântica dos tempos

históricos.

Universidade Federal da BahiaFaculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Reinhart Koselleck

Prêmios e honrarias(1989) Doutor honoris causa pela Universidade de Amsterdã.(1993) Medalha de honra da Escola de altos estudos em ciências sociais, Paris.(1998) Membro honorário da Academia de Ciências da Hungria.(1999) Prêmio Sigmund Freud de prosa acadêmica.(2003) Historikerpreis da cidade de Münster.(2003) Doutor honoris causa pela Universidade de Paris VII - Denis Diderot.(2005) Doutor honoris causa pela Universidade de Timişoara, Romênia.

Publicações.

O Conceito de Historia.

Estratos do Tempo. Estudos sobre História.

Crítica e crise: Uma contribuição a patogênese do mundo burguês.

Futuro do passado.Contribuição à semântica dos tempos históricos.

História dos Conceitos: Debates e Perspectivas.

A obra.

“Lançado originalmente em 1979, Futuro Passado. Contribuição à Semântica dos Tempos Históricos reúne 14 ensaios publicados em meados dos anos 60 e início dos 70 por um dos mais importantes historiadores alemães do pós-guerra, Reinhardt Koselleck (1923-2006). Ao longo de sua trajetória acadêmica, ele lecionou nas universidades de Bochum, Heidelberg e Bielefeld, destacando-se como um dos fundadores e o principal teórico de uma vertente historiográfica denominada de “história dos conceitos” (Begriffsgeschichte).”

Nelson Schapochnik

I. Métodos da história dos conceitos e da história social

Ressignificações espaços e historiografia.

A Importância dos conceitos na elaboração da pesquisa histórica.Exemplos e mais exemplos.Estamento, Classe e Cidadão.

Processos de ressignificação.

Os conceitos não servem mais para apreender os fatos de tal ou tal maneira, eles apontam para o futuro. Pg. 102.

“Koselleck denomina História dos Conceitos o procedimento que permite apreender o complexo processo de resignificações de alguns conceitos ao longo do tempo. Mais do que um método a ser aplicado ou uma disciplina autônoma, a História dos Conceitos seria um instrumento complementar e necessário para a interpretação histórica (Kirschner, 2007, p. 49).” Em BENTIVOGLIO, 2010

Os espaços e o tempo histórico.

Experiência e expectativa.

O horizonte é parte essencial do conhecimento histórico no sentido de implicar um conhecimento perspectivista e saturado da consciência da temporalidade. Trata-se do ponto de entroncamento ente o presente do historiador, a sua expectativa de futuro e o foco possível de fragmentos do passado que o diálogo entre sua experiência contemporânea e suas fontes permite discernir, a partir de um todo invisível, de um passado em si inacessível.” Pg. 246. (DIAS)

A historiografia Alemã

“A historiografia (principalmente alemã) redescobriu o sentido dos pormenores significativos e a importância de sua hermenêutica, na medida em que nas obras de Nietzsche, Dilthey e Simmel, foram se configurando como elementos necessários para apreender estilos de vida, forma mentis ou formar sociais” Pg. 241. (DIAS)

II. A história dos conceitos como disciplina e a história social.

Tempo, conceito e investigação

Estudo dos conceitos no tempo.o caso “burguês”.

Os ineditismos, as permanências e as alterações. O caso das sobreposições.

O Conceito e a palavra.Todo o conceito se prende a uma palavra, mas nem toda palavra é um conceito social e político. Pg. 108.

Os usos e os sentidos.Os conceitos são, portanto, vocábulos nos quais se concentra uma multiplicidade de significados. Pg. 109. 

A investigaçãoA investigação de um conceito não deve ser conduzida exclusivamente do ponto de vista semasiológico, restringindo-se aos significados das palavras e às suas modificações. Uma história dos conceitos deve sempre considerar os resultados obtidos a partir da investigação histórica do ponto de vista espiritual/intelectual e material; acima de tudo, a história dos conceitos deve alternar entre a abordagem semasiológica e a onomasiológica. Pg 111.

‘Conceitos são registros da realidade, mas também fatores de mudança da própria realidade. Com os conceitos se estabelece tanto o horizonte de experiência possível quantos os limites deste.’ (Villacañas, 1997, p. 21)

III. Teoria da história dos conceitos e teoria da historia social.

Ensinamentos Problematizações e Recomendações.

Em torno dos Ensinamentos Decifrando os conceitos

Pg. 114. A problematização da HS

Pg. 115. Permanências e a alterações e a HS.

Pg. 116. Recomendações entre a HC e a SC.

“Koselleck chama a atenção para a importância da análise linguística e semântica na investigação das variadas dimensões do mundo social em diferentes épocas. Segundo o autor, o estudo dos conceitos e das variações dos seus significados ao longo do tempo é uma condição básica para o conhecimento histórico.” (BENTIVOGLIO, 2010)

Os significativos pormenores

“O historiador passou a construir o seu texto no jogo entre pormenores significativos e processo globais, em correspondência, sínteses e reacertos de perspectiva, que redundaram na historiografia contemporânea, na construção de narrativas explicativas, em que se elaborava a dialética entre a materialidade social e a semântica, perseguindo-se a historicidade dos signos e dos conceitos.” “Acenou-se mais para a liberdade do contingencial (incerto e indeterminado) do que para utopias abstratas.” Pg 243. (DIAS)

Referências.

BENTIVOGLIO, Julio. História e Hermenêutica: A compreensão como um fundamento do método histórico – percursos em Droysen, Dilthey, Langlois e Seignobos. OPSIS, vol. 7, n° 9, jul-dez 2007.

BENTIVOGLIO, Julio. A história conceitual de Reinhart Koselleck. Dimensões, vol. 24 2010.

DIAS, Maria Odila Siva. Hermenêutica do Quotidiano na Historiografia Contemporânea. Projeto. História, São Paulo, (17), Nov. 1998.

FIGUEIREDO, Vinicius de. O Dualismo da Crítica. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, 15, p. 125-130, Nov. 2000.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado. SCHAPOCHNIK, Nelson. Uma nova história intelectual.

Resenha/Caderno de Leitura Edusp. SOUZA, Bruno Silva de. Koselleck, Reinhart. Futuro Passado.

(Resenha). Num. 8, vol. 3Janeiro – Junho 2011.