Upload
dangngoc
View
214
Download
0
Embed Size (px)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO:
UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA
RAFAELE SOARES
TERESINA-PI
2013
RAFAELE SOARES
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO:
UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA
Monografia apresentada à Universidade Estadual do Piauí como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração Or ientador: Profº . Msc. M arc io V in íc ius Br i to Pessoa
TERESINA-PI
2013
RAFAELE SOARES
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO:
UM ESTUDO DE CASO NA CONEXÃO ENGENHARIA LTDA
Monografia apresentada à Universidade Estadual do Piauí como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração Or ien tado r : Pro f º . Msc. Marc io V in íc ius Br i t o Pessoa
Aprovada em: 26/07/2013
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________ 1º Membro: Profº. Msc. Marcio Vinicius Brito Pessoa
____________________________________________________________ 2º Membro: Profª Esp. Cyjara Orsano Machado
______________________________________________________________ 3° Membro: Profª Esp. Maria Gorett Gomes de Negreiros
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela força, e oportunidade e por está do meu lado nos
momentos mais difíceis da minha vida,
Á minha família, pelo apoio e pelo patrocínio dos gastos que tive desde o inicio
dessa jornada, que não foram poucos, mesmo não podendo sempre dava um jeito,
Ao meu namorado Ronaldo da Silva Santiago, por me ajudar desde que iniciei esse
trabalho, por estar do meu lado, por me compreender quando às vezes eu não pude
lhe dá a devida atenção por causa do meu tempo corrido, pelo incentivo, motivação,
e por ser tudo de bom em minha vida,
Ao Sr. Cláudio Sales proprietário da empresa pela atenção e por disponibilizar a
realização da pesquisa, e ao Elison Morais, técnico em Segurança no Trabalho pela
assistência e acompanhamento durante a aplicação dos questionários no canteiro
de obras,
Aos professores Paulo José de Abreu, por acreditar em mim e me mostrar que é
possível mudar, Ruthele Maria de Carvalho Sousa, pela ajuda sempre que precisava
estava disponível, Silvana Maria Ramos Soares, pela atenção e jeito alegre de
ministrar as aulas, Marcelo Ata Farias, pela humildade, Alen da Costa Araújo,pela
assistência, e especialmente ao meu orientador Marcio Vinicius Brito Pessoa por me
ajudar todo esse tempo, pela paciência,disponibilidade e dedicação mesmo muita
das vezes apressado,por ser muito ocupado, muito obrigada a todos.
“Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota” (Sun Tzu)
RESUMO
O desenvolvimento deste trabalho tem como objetivo analisar qual a política de
higiene e segurança no trabalho implantado em uma empresa de construção civil, e
qual sua influência que contribui para a redução de acidentes. Para a obtenção dos
dados utilizou-se como instrumento metodológicos questionários e consultas
bibliográficas. A pesquisa proporciona como resultado a necessidade de averiguar-
se a fiscalização por parte da empresa se é suficiente para coibir irregularidades no
uso de EPI‟s também por parte dos trabalhadores, em termos de utilizá-los de forma
correta e continuadamente, e a consciência dos perigos que a área possui e assim
contribuírem com a empresa no setor de higiene e segurança no trabalho.
Palavras Chaves: Construção Civil, Segurança, Equipamentos de Proteção
Individual
ABSTRACT
The development of this work is to analyze which policy health and safety at work
deployed in a construction company, and what their influence contributes to the
reduction of accidents. To obtain the data was used as an instrument methodological
and bibliographical consultation questionnaires. The research provides as a result
the need to ascertain to oversight by the company if it is enough to curb irregularities
in the use of PPE also by workers, in terms of using them correctly and consistently,
and awareness of the dangers the area has and thus contributing to the company in
the health and safety at work.
Key Words: Construction, Safety, Personal Protective Equipment
LISTA DE SIGLAS
CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho
CID - Classificação Internacional das Doenças
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CONAE - Conferencia Nacional Internacional de Educação
CUT - Central Única dos Trabalhadores
DDS – Diálogo de Segurança
DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
FAP - Fator Acidentário Previdenciário
GM - Gabinete do Ministro
INSS - Instituto Nacional de Seguro Social
NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
OMS – Organização Mundial da Saúde
PEA - População Economicamente Ativa
PPRA – Programam de Prevenção aos Riscos Ambientais
SAT - Seguro de Acidente de Trabalho
SD – Sem Data
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SINAN – Sistema de Agravos de Notificação
SIPAT – Semana Interna Prevenção de Acidentes de Trabalho
SUS – Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 10
2. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
2.1.1 Análise Preliminar de Risco ----------------------------------------------------------------- 15
2.1.2 Consequências de um acidente ------------------------------------------------------------ 16
2.2 Higiene e Segurança no Trabalho: Uma análise do histórico de informações --- 17
2.3. Meios de transportes que possuem a maior incidência de acidentes-------------- 19
2.4 Acidentes devido ás condições e ações perigosas -------------------------------------- 21
2.5. Atos Inseguros ------------------------------------------------------------------------------------ 23
2.5.1. Condições Inseguras ------------------------------------------------------------------------- 24
2.6. EPI‟s e EPC‟s ------------------------------------------------------------------------------------- 25
2.6.1. Formas de manutenção dos EPI‟s -------------------------------------------------------- 27
2.6.2. Ciclo de vida e durabilidade dos EPI‟s --------------------------------------------------- 28
2.7.Ações de orientações aos riscos da construção civil ------------------------------------ 29
2.7.1.Cenário atual da construção civil -------------------------------------------------------- 30
3. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------------ 32
3.1. Tipo de Pesquisa -------------------------------------------------------------------------------- 32
3.2. Modalidade da Pesquisa ----------------------------------------------------------------------- 32
3.3. Amostragem ----------------------------------------------------------------------------------- 32
4. HISTÓRICO DA EMPRESA --------------------------------------------------------------------- 33
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ------------------------------------------ 34
CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------------ 47
REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------------------------- 51
APÊNDICE ---------------------------------------------------------------------------------------------- 54
10
1. INTRODUÇÃO
As pessoas precisam estar motivadas no seu ambiente de trabalho, que
se resume em um local saudável e limpo, bem cuidado; a conscientização e
fiscalização é um forte aliado nessa questão, isso influencia na sua produtividade e
qualidade de vida, pois passam maior parte de suas vidas no ambiente de trabalho,
pessoas felizes trabalham felizes. Assim faz-se necessário analisar, identificar, e
implantar caso necessário, novas técnicas que aprimorem o setor de Higiene e
Segurança do Trabalho da organização. Este setor vem se tornando cada vez mais
uma preocupação para as empresas, devido à ligação que existe entre condições
adequadas de trabalho, o desempenho das pessoas e conseqüente contribuição
para a responsabilidade social da organização.
Esse trabalho monográfico visa fazer um levantamento de informações
sobre higiene e segurança no trabalho nas organizações, onde realizamos uma
pesquisa de campo para conferirmos em uma empresa a sua aplicação prática na
totalidade ou não. Diante do exposto faz-se o questionamento perante a
problemática: Como a Higiene e Segurança no Trabalho influenciam a redução de
acidentes no trabalho na construção civil na Conexão Engenharia Ltda.?
A escolha do assunto se justifica pelo fato da responsabilidade que o tema
exige, bem como a qualificação necessária ao profissional para que o resultado final
seja eficiente de forma que reduzam os índices de acidentes nesse setor. De tal
modo, a conscientização é uma ferramenta muito contribuinte e influenciador, sendo
ela através de palestras, treinamentos, concursos de segurança sem a ocorrência de
prejuízos físicos ao trabalhador. Conhecer e dar a conhecer a importância desta
temática, tendo em vista que ela constitui ainda um imperativo para a melhoria da
qualidade e das condições de vida e do trabalho.
A pesquisa pretende conhecer a política de higiene e segurança no
trabalho utilizado na Conexão Engenharia Ltda. os tipos de acidentes, os riscos
inerentes das atividades da construção civil, observar os EPI ‟s e EPC„s existentes
na empresa e identificar as principais causas de acidentes que ocorrem no setor da
construção civil.
Esse tema é de notória importância, visto que é preciso se manter em um
verdadeiro estado de direito, pois a saúde humana é o bem mais precioso que a
11
classe trabalhadora possui. Entende-se que segurança no trabalho, no tocante a
doenças ocupacionais, é o resultado de conjuntos de medidas adotadas cujo
objetivo é, não apenas erradicar, e amenizar as causas bem como proteger a
integridade e a capacidade de produção do trabalhador.
A construção civil é o segundo setor com mais acidentes de trabalho,
apesar de não ocupar mais o primeiro lugar entre os setores econômicos com o
maior número de acidentes de trabalho, a indústria da construção, no Brasil, mantém
elevados índices de ocorrências, perdendo apenas para o setor rural. Mesmo com
os esforços de governo nas três esferas – que resultaram, por exemplo, na revisão
das normas de segurança – e de entidades de classe, registro de ocorrências, em
geral, vem crescendo em termos absolutos.
Pela contribuição que as micro e pequenas empresas podem oferecer
para a redução do número de acidentes e doenças decorrentes do trabalho,
significando maior competitividade, redução de custos e melhoria das condições e
dos locais de trabalho, elas necessitam ser estudadas e orientadas.
O desempenho das organizações depende do comportamento das
pessoas que nelas estão inseridas. A preocupação da empresa com a segurança e
saúde de seus funcionários é de extrema importância na estimulação da motivação
deles na execução de suas atividades laborais. Já ultrapassamos o tempo em que
às organizações desafiavam normas de segurança para alcançar metas de
produção, agora à segurança e produtividade fazem parte do mesmo conjunto.
Surge à necessidade de identificar qual é o conhecimento que os
funcionários já possuem sobre Higiene e Segurança do Trabalho, para com base
nesta avaliação implantar novos procedimentos e programas educativos que
estimulem a prevenção de acidentes de trabalho e a saúde do trabalhador.
O desenvolvimento do Setor de Higiene e Segurança do Trabalho gera
melhorias contínuas na preservação da saúde física e mental do empregado, tendo
como princípio o aperfeiçoamento, o setor visa continua redução de perdas para o
homem e produtividade para a organização. As funções do setor: buscar melhoria
continua em Higiene e Segurança no Trabalho, tanto no aspecto ocupacional quanto
na qualidade de vida, com educação, capacitação e comprometimento dos
empregados, envolvendo familiares,empresas parceiras, fornecedores e demais
partes interessadas,atender os requisitos da legislação vigente de Higiene e
Segurança do Trabalho aplicáveis à organização; regular as condições de trabalho,
12
identificando riscos à segurança e saúde de cada atividade e seus respectivos
controles, além dos equipamentos de proteção individual aplicáveis
(CHIAVENATO,1994)
Neste primeiro capítulo será apresentado o tema da pesquisa, a
justificativa, problema e os objetivos (geral e específico) e no segundo capítulo será
abordado o referencial teórico, a opinião dos autores, o seu posicionamento diante
da temática. E no terceiro capítulo será apresentada, a metodologia usada no
trabalho no capítulo seguinte, será a descrito a caracterização da empresa
pesquisada, e no quinto capitulo será feita análise e discussão dos resultados e no
sexto capítulo serão as considerações finais e por fim, no sétimo capítulo será
abordado as referencias utilizadas no desenvolvimento desse trabalho.
13
2. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL
A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não
médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o
ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos
profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança
e bem estar do trabalhador). A segurança do trabalho propõe-se combater, também
dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as
condições inseguras do ambiente quer educando os trabalhadores a utilizarem
medidas preventivas.(AEP,SD)
De acordo com o autor, a higiene e segurança no trabalho trazem a
proposta de combater as doenças profissionais, mas não na visão medica, com uso
de medicamentos, mas no sentido de orientar e prevenir eventuais doenças que
possam ocorrer devido a algum tipo de atividade.
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores,
entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais. Vale a pena
lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa,
no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para
o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. Quanto aos acidentes do trabalho o
que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se
encontram mal preparados para enfrentar certos riscos. (AEP, SD)
A higiene está relacionada com as condições de trabalho que assegurem a saúde física e mental e com as condições de saúde e bem-estar das pessoas. Do ponto de vista de saúde física, o local de trabalho constitui a área de ação da higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados com a exposição do organismo humano a agentes externos como ruído, ar, temperatura, umidade, luminosidade e equipamentos de trabalho. Assim, um ambiente saudável de trabalho deve envolver condições ambientais físicas que atuem positivamente sobre órgãos dos sentidos humanos, como visão, audição, tato, olfato e paladar. (CHIAVENATO, 1994)
Segundo Marras, (2009) Higiene e Segurança no Trabalho é área que
responde pela segurança industrial pela higiene e medicina do trabalho
relativamente aos empregados da empresa, atuando tanto na área de prevenção
quanto na de correção, em estudos e ações constantes que envolvam acidentes no
trabalho e a saúde do trabalhador.
14
De acordo com o autor a área da higiene e segurança no trabalho ela é
responsável relativamente aos funcionários da empresa que se preocupa com a
prevenção e na correção de ações que possam ocasionar algum acidente.
Segurança do Trabalho é “[...] o conjunto de medidas técnicas,
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer
eliminando as condições inseguras do ambiente querem instruindo ou convencendo
a adotar a preventiva de acidentes”. (CHIAVENATO, 1994)
De acordo com o artigo 19º da lei nº. 8213 de 24 de julho de 1991: Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (NASCIMENTO, 2001)
A Organização Mundial da Saúde define acidente como um fato não
premeditado do qual resulta dano considerável [...] O National Safety Council define
acidente como “uma ocorrência numa série de fatos que, geral e sem intenção,
produz lesão corporal, morte ou dano material”. (CHIAVENATO,1994)
Em geral a atividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de
condições de trabalho desfavoráveis em resultado da especificidade própria de
alguns processos ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e
Segurança costuma ser cuidado com atenção.
Contudo na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de
fatores relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e que
potenciam a possibilidade de acidentes ou problemas. A Segurança no Trabalho no
Brasil é regida pela própria CLT, que no seu artigo 163 dispõe o seguinte:
Art. 163. Será obrigatória a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes- CIPA de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obras nelas especificadas.
Parágrafo Único- O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAS.
A Segurança do Trabalho também é conhecida por segurança industrial,
essa função tem como preocupação fundamental:
1. A prevenção de acidentes no trabalho;
2. A eliminação de causas de acidentes no trabalho
15
A prevenção de acidentes no trabalho é um programa de longo prazo que objetiva, antes de tudo, conscientizar o trabalhador a proteger sua própria vida e a dos companheiros por meio de ações mais seguras e de uma reflexão constante à descoberta a priori de condições inseguras que possam provocar eventuais acidentes no trabalho. Portanto é mais um programa educativo, de Constancia e de fixação de valores do que um programa técnico. (MARRAS, 2009)
Um programa de prevenção de acidentes deve estar sustentado sob dois
aspectos fundamentais:
1. O humano: preocupação está centrada no bem estar e na prevenção da vida
humana do trabalhador no seu horário de trabalho,
2. O econômico: o número de faltas no trabalho causadas por acidentes no trabalho
e o custo respectivo para a empresa são tamanhas que a prevenção é, sem dúvida,
o melhor caminho a percorrer.
Um modelo de gestão de segurança industrial prevê em primeiro lugar
uma política clara que reflita a preocupação da cúpula da empresa com relação ao
assunto, um sistema de procedimentos que regulamente em detalhes as diretrizes
dessa política, uma equipe formada por profissionais competentes e recursos
suficientes para levar avante os programas necessários. (MARRAS, 2009)
É muito clara que a preocupação máxima de uma política empresarial no
que diz respeito à segurança industrial deve ser a de exigir de prevenção de
acidentes.
2.1.1 Análise preliminar de Risco - APR
A análise preliminar de risco tem por objetivo conhecer os perigos de uma
determinada tarefa e os meios de eliminar, minimizar ou controlar os riscos. É
utilizada para conscientizar os empregados da importância de se conhecer os
perigos e os meios de eliminar, minimizar ou controlar os riscos antes da realização
das tarefas. (MOL, 2008)
De acordo com o autor, essa analise é realizada antes da execução uma
tarefa, e obter o conhecimento se há possibilidade de algum risco ou perigo.
A análise preliminar de risco auxilia a:
Encontrar problemas potenciais que podem resultar em mudanças no
produto produzido ou etapas do processo;
16
Avaliar possíveis maneiras para prevenir acidentes, paradas de produção,
deficiências na qualidade e reduções no valor do produto;
Conhecer técnicas ocultas de produtividade e qualidade praticadas por
operadores;
Identificar abusos cometidos no processo produtivo, de qualidade e
segurança cometidos por empregados;
Usar todas as informações disponíveis em treinamento para empregados
novos ou transferidos. (MOL, 2008)
2.1.2 Conseqüências de um acidente
São três as conseqüências que atingem um acidente de trabalho:
1. Para o trabalhador: sofrimento físico, Incapacidade para o trabalho,
desamparo para a família.
2. Para a empresa: dificuldades burocráticas com as entidades oficiais e
desgastes da imagem perante o mercado, gastos com primeiros socorros e
transportes do acidentado até o local de atendimento, perda de tempo
produtivo de outros empregados ou com ao socorrerem o acidentado ou
com paradas de produção para comentar o assunto, danos ou perdas de
material, ferramentas, equipamentos ou máquinas.
3. Para a sociedade e o país: perda temporária ou permanente de um
elemento da população economicamente ativa (PEA), aumento do custo de
vida, maior valor de impostos e taxas de seguro, maior gasto com saúde,
inclusive desviando recursos de outras áreas, educação, alimentação,
transporte etc. (MARRAS, 2009)
Conforme o autor, as conseqüências são muitas de um acidente, não
apenas para o acidentado, que causa sofrimento físico, pode ficar também fica com
trauma, seqüelas, etc., mas para a empresa em termos de custos, sua imagem
perante a sociedade e ate mercado, como para a sociedade ou o país, que
dependendo da gravidade do acidente, tera mais gastos com saúde e custos para o
INSS que é um órgão que cuida desses casos de aposentadoria, em caso de
invalidez.
17
2.2 Higiene e segurança no trabalho: Uma análise do histórico de informações.
A retomada das obras de infra-estrutura e construção imobiliária elevaram
o número de acidentes de trabalho que resultam em mutilações ou mortes no
Brasil. Entre janeiro e outubro de 2011, pelo menos 40.779 trabalhadores foram
vítimas de acidentes graves de trabalho, dos quais 1.143 morreram, segundo o
Ministério da Saúde. O número é 10% maior que em igual período do ano passado
(37.035).
Os dados do ministério englobam trabalhadores de diversos setores de
atividade, mas se referem apenas aos atendimentos na rede de serviços de saúde
credenciada do Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). Desde 2004, uma
determinação do ministério obriga os médicos a notificarem os casos graves de
acidentes de trabalho.
Os números oficiais de acidentes de trabalho no País são bem maiores
que os do Ministério da Saúde, porém, são divulgados com atraso de quase um
ano pelo Ministério da Previdência Social. Em 2010, foram 701.496 acidentes, 31,8
mil a menos do que em 2009. O número de mortes, no entanto, aumentou de 2.650
para 2.712. Mas ele é ainda maior.
As grandes construtoras não costumam trabalhar com informais, mas elas
repassam os trabalhos para empresas menores que, por sua vez, subcontratam
outras empresas para tocar partes das obras. Na construção, 95% da mão de obra
é terceirizada, a maioria é informal. (REHDER, 2012)
O problema é que vários estudos apontam que os acidentes de trabalho
são mais comuns entre funcionários de empresas terceirizadas. Uma pesquisa
divulgada recentemente pela CUT mostra que quatro em cada cinco acidentes de
trabalho, inclusive os que resultam em mortes, envolvem trabalhadores
terceirizados. Para Antonio de Sousa, o número de acidentes de trabalho não para
de aumentar no setor porque os operários passaram a trabalhar em regime de
empreitada, com excesso de carga horária por causa da falta de mão de obra
especializada. Pela lei, a jornada é de 44 horas semanais, mas é sabido que o
pessoal quase dobra isso. É uma maneira de se conseguir mais que o triplo do
dinheiro que ele deveria levar para casa, mas correndo o risco de ficar mutilado e
até perder a vida, o que não vale a pena (SOUSA, 2012).
18
A Previdência Social e do Trabalho e Emprego historicamente, os
registros de acidentes de trabalho vinham caindo de forma gradual a partir de 1975,
quando atingiram seu maior índice (1.916.187 acidentes). Entretanto, esta redução
foi estancada em 2001, quando o total foi o menor registrado, com 340.251
acidentes. A partir de então, as ocorrências voltaram a subir (Jornal do comércio,
2010).
O Brasil gasta em torno de R$ 20 bilhões por ano com acidentes do
trabalho. A maior parcela dos custos referentes aos acidentes é paga pelas
empresas que pagam uma verdadeira fortuna ao Governo Federal através do
Seguro de Acidente do Trabalho - SAT, que é obrigatório. (Jornal do comércio,
2010).
Em 2006, último ano em que a velha metodologia foi empregada, o Brasil
contabilizou 512.232 acidentes de trabalho. Em 2007, quando o NTEP - Nexo
Técnico Epidemiológico Previdenciário que é o mecanismo que relaciona
determinada doença às atividades na qual a moléstia ocorre com maior incidência,
resultado do cruzamento do diagnóstico médico enquadrado como agravo à saúde
descrito na CID com sua incidência estatística dentro da CNAE - Classificação
Nacional de Atividades Econômicas, foi adotado, esse número cresceu para
659.523, dos quais 141.108 não possuíam CAT (Comunicado de Acidente de
Trabalho) que é a comunicação que será feita ao INSS por intermédio do formulário,
preenchido em quatro vias, com a seguinte destinação: 1ª via: ao INSS; 2ª via: ao
segurado ou dependente; 3ª via: ao sindicato dos trabalhadores; e 4ª via: à empresa
e, portanto, não teriam sido incluídos na antiga forma de fiscalização. Em 2008, dos
747.663 acidentes, 202.395 foram sem CAT. No entanto, isso mostra que, mesmo
sem incluir os registros não notificados pelas empresas, houve crescimento nos
acidentes. Segundo a velha metodologia, em 2008 teríamos 545.268 acidentes,
cerca de 30 mil a mais que em 2006. (Jornal do Comércio/RS, 2010).
As mudanças implementada pelo governo federal na área de segurança e
saúde dos trabalhadores não envolvem apenas os dados estatísticos. Desde janeiro
deste ano, está em vigor uma nova legislação, que colocou em vigor a aplicação do
Fator Acidentário Previdenciário (FAP). O FAP prevê alíquotas diferenciadas do
Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) para as empresas que investem e as que
não investem em segurança e saúde dos trabalhadores. (Jornal do Comércio/RS,
2010).
19
No Piauí o número de acidentes com trabalhadores da construção civil em
2012 já superou os registrados no ano passado, segundo dados da
Superintendência Regional do Trabalho no Piauí. Segundo o relatório, a falta de
equipamentos de segurança está entre as principais causas dos acidentes.
De acordo com dados, em 2011 foram registrados 3.485 acidentes em
todo o estado, com 25 mortes. Neste ano, já foram quase 3.500 acidentes com nove
mortes, segundo dados da revista Proteção.
2.3 Meios de transportes que possuem a maior incidência de acidentes e as
principais dificuldades.
Segundo o portal de notícias G1, em uma matéria cita que os acidentes
de transporte já ocupam o posto de uma das principais causas de mortalidade no
mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,2
milhões de pessoas morrem anualmente vítimas de acidentes de transporte, e entre
20 e 50 milhões de pessoas são vítimas de lesões não fatais resultantes desses
acidentes.
Apesar dos esforços em diversos países no sentido de reduzir os
acidentes de transporte, os números ainda são preocupantes, principalmente nos
países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, sendo, na faixa etária entre 15 e 29
anos, a principal causa de morte no mundo.
No Brasil, os dados são também bastante inquietantes. Segundo o
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), em 2006 o número de acidentes
com vítimas no território nacional foi de 320.333, com 19.752 vítimas fatais.
Segundo informações do portal de noticias, Observa Saúde, ainda mais
alarmante é o número de internações secundárias aos acidentes de trânsito, que no
ano de 2005 correspondeu a cerca de 120.000, com taxa de 64 internações pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) para cada 100.000 habitantes (MELLO JORGE e
KOIZUMI, 2007). É sobre o setor saúde que vai recair o maior ônus de todas as
conseqüências dos acidentes de transporte. É a esfera da saúde que vai cuidar dos
feridos, contabilizarem as mortes e arcar com os importantes aspectos ligados às
seqüelas, não poucas vezes irreversíveis. (Observasaúde.com, 2012).
Em busca de alternativa ao transporte público precário e os grandes
congestionamentos, muitos brasileiros encontram as motos como opção barata e
eficaz. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as vendas
20
de motos aumentaram 11% no ano passado, enquanto a comercialização de
caminhões e carros cresceu 7%. A alta de acidentes também acompanha a chegada
de mais motocicletas às ruas, a frota brasileira já é de 15,7 milhões. (G1, 2012)
As motos vêm se destacando no quadro de acidentes. A maioria são
homens e jovens com menos de 35 anos, que usam a moto como meio de
transporte. A motocicleta é um veículo que está propenso a um acidente mais grave
afirma Julia Greve, coordenadora do HC em Movimento – Programa de prevenção
de acidentes do Hospital das Clínicas, durante o 3º Workshop Abraciclo, promovido
pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,
Motonetas e Bicicletas A Abraciclo informa que cerca de metade das 2 milhões de
motos vendidas em 2011 foram compradas por pessoas que não queriam mais
utilizar o transporte público ou carros. É recomendado que o motociclista utilize
equipamentos, como capacetes, luvas e jaquetas, mas o mais importante é a
educação, o modo como o indivíduo vai aprender a utilizar a moto.
Mesmo com os números preocupantes de acidentes com motociclistas,
ainda não há informações concretas sobre quem são os causadores dos acidentes.
Não existe acidentes de motos, existem acidentes de trânsito em que as motos
estão envolvidas. E as motos se envolvem mais, porque vemos mais vítimas.
Quando dois carros batem, apenas amassa o pára-choque, já na moto, o pára-
choque do motociclista é ele mesmo. (GREVE, 2012).
Entre as deficiências da atual formação de motociclista está a falta de
padronização das aulas e o pouco preparo dos instrutores. Ainda há muito há
avançar, a qualidade dos instrutores para a formação de motociclistas está ruim em
nível nacional. Hoje os motociclistas são preparados para passar no exame e não
andar nas ruas.
Para completar os pontos que necessitam de avanço, os especialistas
indicam que deve haver um respeito mútuo entre os veículos. O maior tem de zelar
pela segurança do menor, mas infelizmente não é respeitado. No Brasil, o maior é
que tem o espaço. Cada um tem de se colocar no lugar do outro, assim o trânsito
ficará melhor (G1, 2012).
A grande relação dos acidentes que acontecem no trânsito é refletida
diretamente na vida do trabalhador contribuindo assim para o aposento precoce, o
afastamento por tempo de recuperação, ou até mesmo por invalidez. Dessa forma a
sociedade, a empresa e o trabalhador perdem.
21
2.4 Acidentes devido à condições perigosas e ações perigosas
Os acidentes geram consequências para o trabalhador e para a empresa,
por isso é vital que essas organizações dispensem uma atenção especial para as
principais causas de acidentes do trabalho. Conforme diz Portaria GM n.º 3.214, de
08 de junho de 1978, as Normas Reguladoras 12 Segurança no Trabalho em
Máquinas e Equipamentos, estabelece que o empregador deve adotar medidas de
proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos,capazes de garantir a saúde
a integridade física dos trabalhadores e medidas apropriadas sempre que houver
pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.São
consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem prioritária:
a) medidas de proteção coletiva;
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho;
c) medidas de proteção individual.
Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de
circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas
técnicas oficiais.
As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que
conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros)
de largura.
As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente
desobstruídas. Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser
alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com
faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar
de áreas externas.
Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser
adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de
acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. (MTE, 1978)
As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em
22
torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que
os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais,
movimentem-se com segurança.
Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e
equipamentos e das áreas de circulação devem:
a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que
ofereçam riscos de acidentes;
b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e
outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios;
c) devem ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.
As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e
armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade.
As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à
sua estabilidade, de modo que não basculhem e não se desloquem
intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças
dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental.
A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação, amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de
refrigeração” (MTE,1978).
Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles
devem possuir travas.
As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer
outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de modo
que não ocorram transporte e movimentação aérea de materiais sobre os
trabalhadores. (MTE,1978)
2.5 Atos inseguros
O ato inseguro é uma conseqüência de fatores pessoais de insegurança,
pois significa violar ou não respeita um procedimento aceito como seguro, expondo
assim, as pessoas a riscos de acidentes. O ato inseguro não é só uma violação de
uma norma escrita, mas, também, de inúmeras não escritas que a maioria das
23
pessoas conhece e observa por uma questão de instinto de conservação. (MOL,
2008)
Chamamos de fator pessoal de insegurança ao comportamento humano,
devido a uma deficiência ou alteração psíquica ou física, que leva a pessoa a
provocar o ato inseguro que poderá causar o acidente.
São fatores pessoais de insegurança:
fator mental (nervosismo, violência, insatisfação com o trabalho, etc.);
fator físico (audição, visão, doença, etc);
fator técnico (falta de conhecimento, de experiência, de habilidade, etc.);
fator fisiológico (rodízios de turnos de trabalho, hora-extra, etc);
fator social (jogos de azar, embriaguês, relações com a família, relações com
o patrão ou com os próprios colegas, etc).
Os atos inseguros podem ser caracterizados basicamente pela existência
de três comportamentos:
a) Imprudência: agir sem cautela, sem sensatez, não tomar as devidas precauções.
Consiste em enfrentar o perigo, arriscar-se para ganhar tempo ou para evitar o
esforço de tomar as devidas precauções. Exemplo: sabe dirigir, mas não toma
cuidado.
b) Imperícia: falta de habilidade ou de competência técnica para realização de uma
tarefa. Exemplo: dirige um veículo sem possuir conhecimento.
c) Negligência: desleixo, displicência e relaxamento ao não observar a maneira
correta de realizar uma tarefa. Exemplo: por displicência, não cumpre o regulamento
de segurança.
É importante salientar que os atos inseguros são os maiores causadores
de acidentes, pois os trabalhadores, muitas vezes, acham-se inatingíveis e, assim,
não possuem a mentalidade prevencionista. Desta forma, colocam em risco a
própria vida, e o que é mais grave, é que colocam também em risco a vida dos
colegas de trabalho.
2.5.1 Condições inseguras
A condição insegura é inerente a empresa, ou seja, é a condição física ou
mecânica perigosa, existente no local, na máquina, no equipamento ou na
instalação, que permite ou ocasiona o acidente.
24
Tais condições manifestam-se como deficiências técnicas, podendo apresentar-se: na construção e instalações: áreas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização. Nas máquinas: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes móveis e pontos de agarramento, máquinas apresentando defeitos. Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupas e calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (MOL, 2008).
Para que os fatores acima não venham prejudicar as atividades no
trabalho, deve-se:
Informar sempre a existência de máquinas com problemas e
ferramentas danificadas ao responsável pelo setor, mesmo que estas
máquinas e equipamentos não façam parte de seu trabalho.
analisar as condições do local de trabalho.
usar sempre o EPI.
Conhecer o equipamento e material de trabalho bem como os riscos
que estes podem oferecer para a saúde (MOL, 2008).
25
2.6 EPI's (Equipamento De Proteção Individual) E EPC's (Equipamento De Proteção
Coletiva)
O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos
capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. (PANTALEÃO, 2012)
Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados
no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos
propícios aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído,
a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e
equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros. (PANTALEÃO, 2012)
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas
finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no
processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que
apresenta diversos riscos ao trabalhador.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos
completamente ou se oferecer proteção parcialmente.
Conforme dispõe a Norma Reguladora 6, a empresa é obrigada a
fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado
de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
– CIPA nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao
empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
(PANTALEÃO, 2012).
26
Os EPI´s utilizados são vários, dependendo do tipo de atividade ou de
riscos que poderão ameaçar a segurança e saúde do trabalhador e da parte do
corpo que se pretende proteger, são eles:
Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
Proteção respiratória: máscaras e filtro;
Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
Proteção da cabeça: capacetes;
Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação-CA expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (PANTALEÃO,
2012).
Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes
obrigações:
adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
exigir seu uso;
fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão,
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e
comunicar o MTE qualquer irregularidade observada;
O empregado também terá que observar as seguintes obrigações:
utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se pela guarda e conservação;
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso;
e
cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal;
Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção
27
do trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem
também proporcionar a redução de custos ao empregador.
Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado. (PANTALEÃO, 2012).
A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de
tolerância isenta a empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer
possibilidades futuras de pagamento de indenização de danos morais ou materiais
em função da falta de utilização do EPI.
É importante lembrar, que não basta o fornecimento do EPI ao
empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado
de maneira a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado.
São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se
acostumam ou que o EPI o incomoda no exercício da função, deixa de utilizá-lo e
consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho
inesperado.
Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e
obrigar o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão
num primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas
como a demissão por justa causa.
Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado recebeu o equipamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz através de fiscalização e de medidas coercitivas, se for o caso. (PANTALEÃO, 2012).
2.6.1 Formas de manutenção dos EPI‟s
A utilização de uniformes e EPI‟s (Equipamentos de Proteção Individual)
são fundamentais na prevenção de acidentes e na qualidade de vida dos
trabalhadores. O sucesso desta ação vai além do simples fornecimento do
equipamento, mas na conscientização constante dos usuários sobre a importância
de utilizá-los sempre. (CARVALHO, 2012)
De acordo com a autora, a empresa tem a responsabilidade não só
comprar e entregar o EPI, mas fazer com que sejam usados. É muito comum
28
acontecerem acidentes no ambiente de trabalho por falta de uso dos EPI‟ s, mesmo
quando a empresa entrega o equipamento para o usuário. Na maior parte dos
casos, o trabalhador faz isso pela falta de consciência das consequências e pelo
desconforto que sente usando equipamentos pouco ergonômicos ou de baixa
qualidade.
Seguir sempre as instruções da etiqueta afixada na roupa, pois cada símbolo significa um cuidado diferente em relação à lavagem, secagem e passadoria. É fundamental a lavagem frequente das peças, pois a gordura e o suor do corpo são levemente corrosivos e, se não removidos, danificam as fibras do tecido. Não lavar as peças com produtos a base de cloro ou alvejantes e não as esfregue com escova ou friccione sobre a pedra do tanque. (CARVALHO, 2012)
Essas práticas desgastam a superfície do tecido, afetando,
consequentemente a uniformidade das cores. Usar sabão neutro ou sabão em pó
específico para roupas coloridas.
Deixar o sabão ou detergente dissolver-se totalmente antes de adicionar o
uniforme. Não deixar de molho em hipótese alguma, principalmente para peças com
mistura de cores e malhas. Cores fortes devem ser lavadas separadamente e com
muita água, para garantir a eliminação do excesso de corantes que se desprendem
normalmente nas primeiras lavagens. Recomenda-se que a secagem do uniforme
seja feita à sombra.
No caso de secagem ao sol, esta deverá ser feita pelo lado avesso da
roupa. Deve se passar o ferro em temperatura média e, se possível, pelo avesso.
Não se deve passar o ferro quente sobre os emblemas.
Calçados em couro devem ser engraxados sempre, pois isso amplia muito
a sua vida útil. Seguindo essas dicas, a empresa estará garantindo a segurança e a
saúde de seus colaboradores, além de fazer com que seus uniformes e
equipamentos de proteção durem muito mais.
2.6.2 Ciclo de vida e durabilidade dos EPI‟s
Como qualquer outro equipamento, o E.P.I. também sofre desgaste com o
uso. A durabilidade está intimamente ligada a intensidade e frequência de sua
utilização, as condições do ambiente de trabalho, além da questão da qualidade.
Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, capas de chuva e
diversos outros sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, basta um
29
exame visual para se notar que precisam ser renovadas. Não se deve imaginar que
os E.P.I's tem duração ilimitada, ou seja, uma vez adquiridos, vão durar para
sempre. A qualidade, a escolha e especificação adequada e o uso correto são
fatores que prolongam a durabilidade. (RODRIGUES, 2009)
Normalmente, quando se opta por produtos de melhor qualidade, a
durabilidade torna a aquisição muito mais econômica do que a opção por produtos
de segunda linha. A escolha inadequada, sem orientação ou conhecimento técnico e
o uso incorreto comprometem a durabilidade, mesmo que o produto tenha qualidade
e atenda às normas.
Cabe aos profissionais de segurança estabelecer a periodicidade de troca, mediante estudo característico de cada empresa e aos próprios usuários verificar o momento em que o equipamento já está desgastado pelo uso e não mais preenche os requisitos técnicos que viabilizam o seu C.A. (Certificado de Aprovação), recomendando-se sua reposição ou substituição. Esse ponto é de extrema importância para que o E.P.I. desempenhe seu papel de proteger a integridade física, a saúde e a vida do trabalhador, evitando lesões por acidente no trabalho e agravos de doenças profissionais e doenças do trabalho. (RODRIGUES, 2009)
2.7 Ações de orientações aos riscos da construção civil.
A indústria da construção, considerada atividade perigosa, devida a alta
incidência dos acidentes de trabalho, sobretudo dos acidentes fatais. Dados
estatísticos disponíveis indicam, no mundo todo, que o risco de um trabalhador da
construção civil sofrer um acidente de trabalho fatal é várias vezes maiores que o
risco existente entre os trabalhadores de outras atividades econômicas (SOUZA,
2007). O sofrimento do acidentado é inevitável.
Os ferimentos, pequenos ou grandes, são sempre indesejados. O
tratamento, fácil ou difícil, curto ou prolongado, é em geral doloroso. O tempo de
recuperação pode tornar-se fastidioso e até ocasionar abatimento psicológico à
vítima. O sofrimento estende-se, às vezes, aos membros da família, por
preocupação, compaixão, ou pela incerteza, em casos mais graves, quanto à
continuidade normal da vida do acidentado. (SOUZA e CORDERO, SD)
Há famílias que sofrem por longo tempo a angústia dramática do futuro
incerto, em casos em que o arrimo da família que corre o risco de invalidez
permanente (ZOCCHIO, 2002).
Um plano de treinamento e de palestras deveria ser realizado pelas
30
empresas com objetivo de melhorar a segurança do trabalhador as quais poderiam
ser realizados em etapas.
O treinamento poderá ser composto por prazo de avaliação, a qual
consiste em verificar se o treinamento ofereceu resultados satisfatórios. Essa
verificação poderá ocorrer de maneira escrita, uma avaliação, por exemplo, ou
situações práticas observadas. O importante é que tudo venha a ser registrado e
arquivado. Caso os resultados não sejam satisfatórios, deverá ser avaliado em um
prazo chamado de prazo de correção.
O motivo dos prazos serem de dois dias, é justificado para a preparação
dos instrumentos de avaliação e análise dos resultados.
Caso haja necessidade de os treinamentos ou prazos de avaliação e correção serem realizados em prazos inferiores ou superiores, estes devem ser meticulosamente avaliados para não prejudicar o sistema. Não são aconselháveis prazos maiores, tendo em vista que o treinamento total é de um mês. Devido a vários fatores, sendo o preponderante a alta rotatividade, deverá ser feito o Treinamento, pelo menos duas vezes por ano em intervalos iguais de tempo. (SOUZA e CORDERO, SD)
2.7.1 Cenário atual da construção civil.
Contrariando a tendência geral, a área de Construção Civil não tem
apresentado acentuado grau de automação e modernização. O uso de máquinas na
construção é restrito a grandes obras, à chamada construção pesada. Entretanto,
diversas modificações estão surgindo nos sistemas construtivos, de forma a torná-
los mais simples. O uso de componentes industrializados, como as argamassas e
concretos, é crescente. Por conta disso e, certamente, por razões ligadas à
conjuntura política e econômica, a construção também passa por uma redução nos
postos de trabalho. Esta redução é pequena, porém sensível.
O Brasil é um país grande e carente de infra-estrutura. A maior parte desta depende de obras como redes de esgoto e água, estradas, ferrovias, edifícios especializados. Não se pode deixar de fora a construção de moradias, que é o maior déficit da área. Portanto, configura-se um mercado expansível e de grande potencial. Há, porém, um pessimismo na área, alimentado pela falta de investimentos em obras públicas de grande porte. O contingente de empresários, trabalhadores e máquinas, concentrado anteriormente naquelas, tem se deslocado para obras privadas de menor porte, entre as quais se destacam os edifícios residenciais, os shopping centers, as pequenas barragens, etc. (MTE, 2000)
31
Todas as questões relacionadas à desqualificação da mão de obra,
solução de maneira rápida são inerentes ao cenário em que se encontra a
construção civil atual. O mercado dessa área está aquecido, a construção atingiu o
seu ápice, entretanto o que se percebe é uma enorme carência de mão de obra
especializada nessa área. Os motivos para essa deficiência de trabalhadores são
muitos: a expectativa de crescimento rápido dentro da empresa, o
descontentamento com as atividades em exercício e, principalmente, o assédio das
outras construtoras pelos operários. Assim, a alternativa das empresas tem sido
agregar ao quadro de funcionários, pessoas sem qualificação específica, que
ocupam vagas para as quais não foram devidamente treinadas, que sequer
conhecem as tarefas a serem executadas.
É possível notar um número elevado de serventes ocupando vagas destinadas a pedreiros, carpinteiros e ferreiros, o que afeta na qualidade do serviço, gerando desperdício de material e atraso nas tarefas. Essa insuficiência expressiva de operários qualificados no mercado leva a uma corrida para o treinamento e capacitação de novos profissionais, resultando também na relocação de desempregados de outros setores, na inclusão de mão de obra feminina e no reposicionamento de aposentados. Na tentativa de manter a equipe de profissionais, os empregadores investem em salários mais atrativos, bonificações conforme a produção e incentivos para a qualificação. Contudo, as novas tecnologias estão surgindo para automatizar cada vez mais a produção, de maneira a suprir a escassez de operariado. De modo a exemplificar essa questão. (MASUTTI e CAMARGO, 2012)
A construção civil está cada vez ao rumo da sistemática da
industrialização, o que agrega facilidades aos funcionários. Sendo assim, cabe ao
empregador fornecer suporte para o crescimento profissional do seu servidor e, a
este, cabe justificar esta confiança, qualificando-se, construindo um futuro junto à
empresa, buscando conhecimento, atualizando-se e adquirindo novas habilidades.
Certamente, essa qualificação dos operários atrelada às novas tecnologias, são os
recursos de que a construção civil necessita para continuar sua expansão.
32
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Foram levantando pressupostos sobre higiene e segurança no trabalho,
EPI‟s, EPC‟s, e utilizada a pesquisa qualitativa por meio de coleta de dados.
3.2 MODALIDADE DA PESQUISA
O presente trabalho foi desenvolvido através da modalidade de estudo de
caso, onde é escolhido um determinado local para aplicação de questionário e
interação com os fatores próprio da empresa em escolha.
3.3 AMOSTRAGEM
A amostragem é a técnica da pesquisa. Em um universo de atualmente
com 47 funcionários, a amostra foi de 20 trabalhadores que se encontravam em
canteiro de obras.
33
4 HISTÓRICO DA EMPRESA
A empresa Conexão Engenharia Ltda. fica localizada na Rua Coelho de
Rezende, centro-sul. Ed. Ana Carolina, Sala 205 - Teresina - Piauí. Começou seu
trabalho em julho de 2004, atualmente com menos de 100 funcionários, a
rotatividade é muito grande, dependendo da demanda de obras em andamentos,
trabalha com terceirização, instalações elétricas esquadrilhas (madeira, vidro),
estrutura metálica, possui 1 técnico em segurança no Trabalho, 2 engenheiros, e 3
técnicos em edificações. Seus principais clientes são: Petrobras, Correios, Suzano,
Socimol, Houston Bike, Teresina Shopping, Marco Informática, Intermed, etc.
Organograma de departamentalização da empresa
Fonte: Conexão Engenharia Ltda.
34
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foi identificado na empresa pesquisada que o setor de Higiene e
Segurança no Trabalho já existe que o mesmo é responsável por ele é o técnico em
segurança no trabalho que cuida da segurança dos funcionários durante a execução
de uma obra.
Aplicou-se um questionário de 19 questões, para 20 colaboradores da
empresa, que se encontravam no canteiro de duas obras onde se obteve a
identificação do grau de conhecimentos deles sobre o tema e a consciência dos
perigos em que essa área possui.
Gráfico 1: Gênero dos funcionários Fonte: Pesquisa Direta/2012
Por se tratar de uma área em que a demanda de pessoas do gênero
feminino é menor , pode-se notar que apenas 10% dos funcionários da empresa
que trabalham do canteiro de obras da empresa são mulheres. 90% são homens,
que em geral são os pedreiros e engenheiros.Isso quer dizer, que as mulheres
ocupam mais os cargos administrativos na empresa.
35
Gráfico 2 : Grau de escolaridade
Fonte: Pesquisa direta/2012
Gráfico 2 : Grau de escolaridade
Fonte: Pesquisa direta/ 2012
O ramo da construção civil não se restringe apenas as pessoas
qualificadas, o nível de escolaridade da maioria dos operários estão muito abaixo,
sendo que 50% dos trabalhadores da empresa em questão possuem ensino
fundamental incompleto, ou seja, a metade dos que se encontram na execução das
obras, e 20% possuem o ensino médio completo, e 5% possuem o ensino médio
incompleto, 10% possuem ensino fundamental completo, apenas 10% possuem o
ensino superior incompleto, e outros 5% possuem o ensino superior completo. Isso
quer dizer, que a escolaridade também é um fator contribuinte para a
desqualificação desse setor, onde não se exige grau de estudos para ocupar uma
vaga de pedreiro, a questão do conhecimento vem através de experiências práticas
ou ensinadas, que são poucos que possuem grau de conhecimentos teóricos e
práticos.
Gráfico 3: A avaliação da cobrança de higiene e segurança no trabalho
Fonte: Pesquisa direta/2012
Segundo a percepção dos funcionários 60% deles avaliam como boa a
cobrança de segurança no trabalho por parte da empresa, e 20% consideram como
36
ótimos essa metodologia e 20% acreditam que ainda é regular. Diante do exposto
pode-se afirmar que essa questão está sendo bem avaliadas pelos funcionários de
maneira que assim contribua para redução e prevenção de acidentes de trabalho,
dessa forma essa cobrança onde é realizada pelo técnico em segurança, é refletida
na qualidade de vida dos colaboradores.
Gráfico 4: Conscientização da empresa para com os trabalhadores em relação como protegerem suas vidas Fonte: Pesquisa direta/2012
Quando se trata da questão de como conscientizar os funcionários a
protegerem suas vidas e as de quem trabalham juntos, cerca de 90% afirmam que a
empresa possui essa iniciativa. E 10% acreditam que essa atitude só acontece ás
vezes,ou seja, poderia ser mais frequente. Para que haja sincronia, no caso a
empresa e os trabalhadores, é necessário uma parceria através de conversas,
reuniões, palestras, e treinamentos dirigidos aos riscos da área, e campanhas, de
maneira que haja entendimento do grau de importância dessa conscientização. Ou
seja, a empresa em questão usa desse artifício, onde é perceptível essa parceria
entre ambas partes.
37
Gráfico 5: Desobediência às normas de segurança
Fonte: Pesquisa direta/2012
No tocante as normas de segurança existente na empresa e que são
estabelecidas, 70% afirmam que a empresa puni quem desobedece, as punições
mais comuns que são advertencias, e cerca de 25% dizem que a empresa reclama,e
5% afirmam que são demitidos. Neste caso o empregador utiliza o seu poder diretivo
e obriga o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e
suspensão e, havendo reincidências, sofre punições mais severas, como a
demissão por justa causa. Ou seja, a empresa ela reorienta, onde é realizada uma
conversa entre o trabalhador e o técnico em segurança para saber quais os motivos
que o levaram a não utilizar e desobedecer, após isso, uma notificação de
segurança no trabalho por escrito, se insistir, um formulário, após isso uma
advertência também por escrita que acarretara a suspensão e desligamento dele
para com a empresa.
Gráfico 6: Situação atual dos EPI’s
Fonte: Pesquisa Direta/2012
Os EPI‟s são de muita importancia no local de trabalho,bem como a
38
manutenção deles onde dependendo desse cuidado está em jogo a vida dos
funcionários. Dessa forma,cerca de 60% afirmam que estão bons;30% está ótimo, e
10% consideram regular. Desse modo, a empresa na pessoa do empregador está
cumprindo com as exigências estabelecidas pelas Normas Reguladoras de maneira
que assim reflita na qualidade de vida dos funcionários no ambiente de trabalho, (até
porque a questão dos cuidados dos EPI‟s também a participação e colaboração do
trabalhador é importante, onde deve limpa-los e conservá-los para que haja mais
durabilidade).
Gráfico 7: Ocorrências de acidentes
Fonte: Pesquisa direta/2012
Segundo os trabalhadores, na obra durante a execução de algum tipo de
trabalho a incidência de acidentes é pequena, 53% afirmam que não ocorrem
acidentes, e 31% afirmam que sim, mas que não foi de grandes proporções e
gravidade, e cerca de 16% dizem que nunca acontecem, segundo a percepção e
tempo de trabalho que se encontra na empresa, que nunca viu até o presente
momento.
Em um local de trabalho as possibilidades da ocorrência de um acidente
são muitas, mas uma forma de não vivenciar tal situação está na prevenção, como
orientá-los dos perigos da construção civil.
39
Gráfico 8: Iniciativa a ser tomada em caso de acidente
Fonte: Pesquisa direta/2012
Sobre essa possibilidade de acidente no local de trabalho, 40% dos
trabalhadores afirmam que caso ocorra a primeira da empresa é prestar os primeiros
socorros, e 20% que encaminha ao serviço médico e outros 20% deve informar á
família, e 20% que ela utiliza de todas as alternativas. Isso significa que a empresa
sabe tomar as medidas cabíveis devidas à situação para lidar com qualquer
ocorrência e que possui um kit primeiros socorros e extintor de incêndios para
alguma ocorrência.
Gráfico 9: Acidente na obra ou no escritório
Fonte: Pesquisa direta/2012
Em relação a questão de acidentes com funcionários na obra ou no
escritório cerca de 60% respondem que não ocorreu até o presente momento, e
35% afirmam que sim, que já ocorreu. Segundo informações dos dados coletados
que até trabalhadores em que possuem uma grande experiência na área em termos
40
de prática não estão livres de sofrer um acidente, a exemplo disso, um carpinteiro
havia há poucos dias sofrido um corte em um dos dedos,segundo relato dos
trabalhadores.
Gráfico 10: Verificação dos maquinários e equipamentos
Fonte: Pesquisa direta/2012
No que tange a verificação continuadamente os maquinários e
equipamentos, para os trabalhadores 75% respondem que a empresa possui essa
iniciativa em determinados períodos, geralmente semanalmente, de acordo com as
necessidades e 15% dizem que não possui e apenas 5% afirmam que as vezes a
empresa faz essa verificação,ou seja, de acordo com suas percepções deveria
ocorrer mais vezes e outros 5% consideram na opção outros, que não souberam
responder. Nesse caso, a empresa faz a verificação através do técnico em
segurança no trabalho onde é realizado no ato da instalação, e também é realizada
por o operador da maquina ou equipamento onde é feita uma vez na semana a
lubrificação.
Gráfico 11: Avaliação dos funcionários para com as
orientações dos riscos da construção civil.
Fonte: Pesquisa Direta/2012
41
As atividades e treinamentos de orientação relacionados aos riscos da
construção civil é uma iniciativa em que a empresa possui, e para os trabalhadores
80% respondem que consideram como bom essa questão por parte da empresa e
20% acreditam ser regular.
Vale ressaltar, que essa iniciativa que a empresa trabalha com
campanhas, por exemplo, campanha da higiene pessoal, onde os trabalhadores
obtêm o conhecimentos da importância de como cuidar da higiene,dentre os
principais conceitos e dicas desses cuidados, onde da a entender que ela se
preocupa com a saúde e bem estar dos seus colaboradores.
Gráfico 12: Tempo de utilização e sugerido de um EPI,como
exemplo óculos
Fonte: Pesquisa direta/2012
O tempo de vida útil de um óculos tem duração de 8 meses, segundo a
percepção dos trabalhadores cerca de 45% afirmam que esse tempo está correto, e
que depende da forma como os conservam, e 10% acreditam que não, e 5% não
optam por outros,ou seja, que não sabe responder, para 40% sugerem um outro
tempo, sendo assim, 13% desse total sugerem apenas cinco dias para o tempo de
vida e de uso, 12% sugere seis meses, 25% sugere dois meses e outros 25%
acreditam em cinco meses e 25% sugere três meses. Pode-se dizer que para que
um EPI dure um tempo aproveitável vai depender de que os usa e como os
42
conserva que refletirá em aumento ou redução desse tempo de durabilidade.
Gráfico 13: Ações de conservação dos EPI’s
Fonte: Pesquisa direta/2012
O uso dos EPI‟s são de extrema importância, faz-se necessário algumas
práticas de conservação para mantê-la utilizável, para 60% dos trabalhadores, as
ações de higienização é limpá-los semanalmente e 40% limpa-os diariamente.Ter
higienização, uso adequado do EPI e guardá-los de forma correta. Nota-se que os
que têm a higienização mais freqüente seu equipamento durara por mais tempo,
contrario dos que cuidam apenas semanalmente ou mais, esses o seu
equipamentos terá durabilidade inferior ao dos que cuidam diariamente.
Gráfico 14: Transporte utilizado para o deslocamento até o
local de trabalho
Fonte: Pesquisa direta/2012
Os meios de transportes são as formas que se tem para se locomover até
o local de trabalho e existem varias opções, e depende também das condições do
43
trabalhador. Sendo assim, 55% dos respondentes da empresa em questão utilizam a
bicicleta como meio de transporte para se deslocar ao local de trabalho e 35%
utilizam moto, e 5% ônibus coletivo e outros 5% carro. Nesse caso, a maioria dos
trabalhadores possuem rendas mais baixas por optarem por este tipo de transporte
que é a bicicleta. Sendo que as maiores causas de acidentes envolvem como meio
de transporte a motocicleta, mas essa estatística é desfavorável para a empresa
pois os trabalhadores utilizam como meio a bicicleta, que não deixa de ser um meio
de transporte e que envolve muita atenção de quem os conduz,mesmo são os
cuidados para carro, e no caso de ônibus coletivos, a questão é sair de casa mais
cedo para evitar não se atrasar.
Gráfico 15: A eficácia dos EPI’s
Fonte: Pesquisa direta/2012
A opinião dos trabalhadores a cerca da eficácia dos EPI‟s em seu local de
trabalho foram de 100%,que todos acreditam que eles trazem resultados de forma
que protejam suas vidas.Ou seja, a empresa cumpre seu papel de fornecer, treinar,
e orientar de como utilizar e mante-los, assim os resultados é vistos na satisfação
dos trabalhadores.
44
Gráfico 16: A utlização de cinto de segurança nos
trabalhos em alturas
Fonte: Pesquisa direta/2012
Segundo a opinião dos trabalhadores o uso do cinto nas alturas é muito
importante, ou seja, eles sabem do perigo que este tipo de trabalho possui então
90% deles sempre usam o cinto de segurança nos trabalhos em alturas,e 5%
preferem evitar essa modalidade de trabalho,e outros 5% se identificam na opção
outros,ou seja, não sabe responder.Acredita-se que muitos trabalhadores evitam
esse tipo de trabalho, porque exige uma certa experiência e coragem também pra
enfrentar.
Gráfico 17: Opinião dos funcionários em relação ao
custo de um EPI’s, as botas por exemplo
Fonte: Pesquisa direta/2012
Em relação aos custos dos EPI‟s, tendo a bota como exemplo, a opinião
dos trabalhadores cerca de 50% deles acredita que o preço é de R$ 30 reais, e 40%
afirmam ser R$ 25 reais e outros 10% acreditam que o custo é de R$ 45 reais. A
idéia é que tomando conhecimento dos custos de um epi, o trabalhador comece a
45
valorizá-los e cuidar, visto que os custos que a empresa possui não estão apenas
nesses equipamentos mas também no próprio trabalhador, onde quando a empresa
passa por uma crise ela é refletida diretamente neles.
Gráfico 18: Ação de um funcionário ao ver um colega sem usar o EPI Fonte: Pesquisa direta/2012
A ação de um trabalhador ao se deparar com um colega que não está
utilizando o EPI ou está usando de forma incorreta também é contribuinte para a
colaboração das normas de segurança no trabalho, segundo a opinião deles 85%
orientam a usá-los aconselhando dos riscos, 10% comunica aos seus chefes, no
caso, o mestre de obras ou o técnico em segurança no trabalho e 5% não tem
nenhuma reação. Ou seja, a colaboração de apenas um trabalhador quando se
encontra diante dessa situação, é refletida na vida de todos, em termos de evitar um
eventual acidente, que embora saibam do risco quando descumprem as normas de
seguranças.
Gráfico 19: Colaboração para a contribuição da Higiene e Segurança no Trabalho Fonte: Pesquisa direta/2012
46
A área de segurança no trabalho é uma grande responsabilidade da
empresa para cuidar da saúde e proteger a vida de todos que constituem. Dessa
forma, também a participação dos trabalhadores para assim minimizar os riscos
colaborando juntamente com a empresa. Cerca de 39% afirmam que respeitam as
normas de segurança existente na empresa, 35% colaboram utilizando os EPI‟s, e
13% apenas executam todas as atividades laborais, e outros 13% executam todas
as atividades visando sempre a segurança.
Isso é refletido na própria vida dos funcionários, ou seja, que apartir do
momento que o trabalhador entende e respeita as normas ele já está contribuindo
para a segurança de todos, e não apenas ele ganha com isso mas a empresa
também.
47
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho foi realizado como objetivo de promover o levantamento de
informação sobre como a higiene e segurança no trabalho e qual sua influência na
redução de acidentes, em uma empresa de construção civil. Após a tabulação e
análise dos dados pode-se concluir que o resultado da pesquisa mostrou que os
trabalhadores têm a consciência dos perigos em que a área da construção civil
possui e assim faz-se necessário a utilização dos EPI‟s de maneira correta de forma
que contribuam com o setor de higiene e segurança no trabalho. Ou seja, há uma
participação muito grande não apenas da empresa, mas também dos trabalhadores
de forma que façam com que colaborem com o setor.
Sobre a perspectiva do estudo de caso em questão, a análise da política
de higiene e segurança no trabalho utilizada pela empresa, é uma pratica sobre
normas e regulamentos, em que há dois lados, o da empresa por parte de fornecer
os EPI‟s e fiscalizá-los, para que assim cuide da integridade física dos trabalhadores
e colabore na redução e prevenção de acidentes, e o lado dos trabalhadores, onde
eles têm que fazer a parte deles utilizando os EPI‟s nos canteiros de obras, cuidar,
higienizar seus equipamentos para que assim dure por mais tempo. E a política que
a empresa usa está no treinamento que é dividido em três tipos, sendo eles o
treinamento admissional, onde é feito após a admissão do trabalhador, treinamentos
periódicos, que é feito ao iniciar um trabalho ou depois de um ano,o treinamento
específico, onde é realizado conforme a função, e a campanhas especificas de
algum tipo de acidente ocorrido, por exemplo, contra o tabagismo, higiene pessoal,
SIPAT(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), DDS (Diálogo
Diário de Segurança), tudo em prol da orientação no sentido de treinar os
trabalhadores e conscientizá-los, mas tudo não é feito de uma vez, mas sim, no
decorrer do tempo.
Dessa forma fica atendido o objetivo geral deste trabalho que focou em
analisar qual a política de higiene e segurança no trabalho que a empresa adota.
O primeiro objetivo especifico foi identificar os tipos de acidentes que
ocorrem na empresa, quanto a esse objetivo pode-se observar que as ocorrências
de acidentes em uma obra é inevitável, mas a forma de não vivenciá-los está na
prevenção, como orientá-los dos perigos da construção civil. Dessa forma, segundo
a maioria dos trabalhadores e o responsável pelo acompanhamento das obras,
48
afirmam que não ocorreu até o presente momento nenhum acidente de natureza
grave, mas que trabalham pra que não venha a acontecer, e sendo a fiscalização é
muito constante.
O segundo objetivo trata-se da classificação dos riscos mais propícios das
atividades da construção civil, segundo relato do responsável pelo setor, que até o
presente momento apenas houve a mutilação do dedo de um carpinteiro durante a
execução de um trabalho, que por sua vez, era muito experiente e tinha muito
conhecimento no que fazia, mesmo assim não está livre da possibilidade de sofrer
um acidente, e eles estão mais propícios a machucar o dedo com o prego por
trabalharem muito com esse tipo de material. A empresa possui um papel
fundamental no sentido de treiná-los e fornecer atividades de orientação
relacionadas aos riscos da construção civil, através de palestras, campanhas,
programa de prevenção, onde os trabalhadores participam e avaliam como boa essa
questão. Para complementar a questão de treinamento e orientação utiliza-se
também um programa no sentido de informar os trabalhadores, como o PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) que é um estudo de toda a empresa
de quais os riscos que os colaboradores estão expostos e o que pode ser evitado.
O terceiro objetivo é identificar as principais causas de acidentes na
construção civil, pode-se afirmar que a falta de equipamentos de segurança esta
entre as principais causas de acidentes, conforme mostrado no capitulo 2, sub-
tópico 2.2, das estatísticas do crescimento do numero de acidentes ocorrido na área
da construção civil, conforme afirmado o portal de noticias Revista Proteção. Para a
empresa o que mais ocasiona um acidente é o descuido ou desatenção do
trabalhador ao executar alguma atividade e que em relação a falta de equipamentos
não faz parte da rotina deles.
O quarto objetivo foi observar os EPI‟s e EPC‟s que existem na empresa,
no sentido de os trabalhadores utilizarem. Em relação a esse objetivo a empresa
possui os principais e mais utilizados para se executar uma obra, como capacetes,
luvas, mascaras, botas, óculos, etc. Os trabalhadores sabem da necessidade do uso
dos mesmos para assim garantir sua proteção e evitar eventuais acidentes.
Certamente que, todo trabalhador possui esse conhecimento e sabe como e quando
deve utilizá-los e os perigos que estão expostos se não usarem e a empresa
disponibilizam de acordo com cada atividade exercida. Em relação aos EPC‟s a
empresa possui os mais comuns que são placas de advertências e orientação,
49
lixeira de coleta seletiva, extintor de incêndios guarda corpo, corrimão no caso de
escada, rodapé e escadas em andaimes, cones, faixas zebradas. Nesse sentido
também os trabalhadores cumprem seu papel na obra tanto na utilização dos EPI‟s e
respeitando os EPC‟s.
No quesito a problemática do trabalho, ao questionamento de como a
higiene e segurança no trabalho influencia a redução de acidentes de trabalho na
construção civil? Pode- se responder que muitos são os fatores que contribuem para
a redução de acidentes, mas apenas dois são os mais perceptíveis e necessários e
quando utilizados e observados o fator acidente diminuirá e as estatísticas se
reduzirão. São eles, a empresa onde o papel dela é fornecer os equipamentos de
proteção individual e de proteção coletiva, orientar dos perigos referentes a cada
função, através de palestras, programas de prevenção, treiná-los após a admissão e
durante a permanência do funcionário na empresa, etc. E fiscalizar todas as obras,
averiguar de perto se os trabalhadores estão usando ou não os equipamentos, e
caso não esteja, reorientar, conversar e procurar saber quais os motivos que está
levando a não usar o equipamento e em se for o caso de enviar-lhe uma notificação
de advertência para que ao continuar saiba que acarretará a suspensão, assim a
empresa tem que usar seu papel coercitivo. E o outro fator é o próprio trabalhador,
onde deve obedecer as normas de segurança estabelecidas pela empresa, e assim
estará contribuindo para a saúde de sua vida com a dos companheiros como para a
empresa, que não precisará tem custos com indenização por invalidez ou morte em
decorrência de algum acidente. Dentre todos esses fatores pode-se afirmar que a
empresa de estudo possui, há uma parceria em ambas as partes embora a empresa
seja de pequeno porte, e isso é muito influenciador nessa questão e desde os
primórdios da mesma já investe, contribui, mantém esse setor como muito
importante. E assim é refletido na vida saudável dos colaboradores e visível a todos
que vêem. É importante ressaltar, que a empresa também cuida da verificação dos
maquinários e equipamentos, onde o próprio operador, faz uma vez por semana a
lubrificação, e no ato da instalação é técnico em segurança no trabalho.
Conclui-se que é de relevante importância a conscientização dos perigos
da construção civil, uma vez que os trabalhadores possuem um grau de formação
baixo e esse setor não exige uma qualificação profissional para ocupar uma vaga
para se trabalhar geralmente na área de pedreiros, onde são eles que têm a maior
participação durante a execução de uma determinada obra, e a empresa tem um
50
papel fundamental de orientá-los, ensiná-los e treiná-los, para que assim eles
tenham a consciência dos perigos da profissão, e dessa forma não erradicar os
acidentes que ocorrem, mas reduzir as estatísticas que vem crescendo cada vez, e
a prevenção é o melhor caminho. E também os próprios trabalhadores devem
cumprir seu papel não apenas executando suas atividades no local de trabalho, mas
obedecendo as normas estabelecidas pela empresa e assim será refletida na vida
saudável dos mesmo e a empresa não terá custos em relação a algum acidente que
deixe seqüelas.
51
7. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. São Paulo. Atlas, 2008. __________. Recursos humanos. São Paulo. Atlas, 1994. CLT. Dos órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas Empresas, Capitulo V, Seção III. Art. 163. São Paulo: Saraiva, 2006. INSS. Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho. 2007 e 2008. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas do trabalho. (17. edição, p.1004). São Paulo: Saraiva 2001. SOUZA, F. S. Segurança do trabalhador da indústria da construção civil de Brusque, sob análise da NR 18. FURB, 2007. (Monografia de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho). ZOCCHIO, Á. prática da prevenção de acidentes. ABC da segurança do trabalho. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Sites Consultados: ANEST – Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho. Segurança do trabalhador da indústria da construção civil de Brusque sob análise da NR18. Disponível em: http://www.anest.org.br/arquivos/pdf/conest_10a/SOUZA CORDERO_Seguranca_construcao_civil.pdf Acesso em: 13/03/13. BLOG SEGURANÇA GERAL. Crescem Acidentes de Trabalho em 2011 no Brasil. Disponível em: http://blogsegurancatotal.blogspot.com/2012/01/crescem-acidentes-de-trabalho-em-2011.html Acesso em: 10/03/13. CONFENAR. Cuidados no uso e conservação dos uniformes e EPIs Dispo-nível em: <http://www.confenar.com.br/comunicacao/revista/44/tome.aspx> Acesso em: 19/05/2013. EBAH. Apostila de Higiene e Segurança do Trabalho. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAOucAL/apostila-higiene-seguranca-trabalho?part=2>. Acesso em: 11/03/2013. EM.COM.BR. Crescem acidentes de trabalho com retomada das obras de infraestrutura e construção. Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/01/21/internas_economia,273607/crescem-acidentes-de-trabalho-com-retomada-das-obras-de-infraestrutura-e-construcao.shtml> Acesso em: 12/04/13.
52
FORMAÇÃO PME. Higiene e Segurança noTrabalho. Disponível em: <http://pme.aeportugal.pt/Aplicacoes/Documentos/Uploads/2004-10-15_16-29-37_AEP-HIGIENE-SEGURANCA.pdf.> Acesso em 03/02/13. G1. Formação ruim é causa de acidentes de motos, apontam especialistas. Disponível em: http://g1.globo.com/carros/noticia/2012/05/formacao-ruim-e-causa-de-acidentes-de-motos-apontam-especialistas.html Acesso em: 18/05/2013. GUIA TRABALHISTA. Epi - Equipamento De Proteção Individual - Não Basta Fornecer É Preciso Fiscalizar. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm> Acesso em 12/03/2013 JORNAL DO COMÉRCIO. Acidentes de trabalho no Brasil crescem. Dispónivel em: <http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=20561> Acesso em: 28/04/13. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referências curriculares nacionais da educação profissional de nível técnico. Diponivel em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/CONSTCIVIL.pdf> Acesso em: 12/04/13. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Normas Reguladoras 12. Disponível em: <www.mte.gov.br/seg_sau/nr_12_texto.pdf> Acesso em 10/03/13. MOL, Gisele da Silva. Introdução a Segurança no Trabalho. CEFET-MG, 2008. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/132311421/19/Atos-inseguros. Acesso em: 05/03/13. OBSERVASAÚDE.SP. Análise dos acidentes de transporte na Região Metropolitana de São Paulo segundo os eixos do Observatório de Saúde. Disponível em: <http://observasaude.fundap.sp.gov.br/RgMetropolitana/AcidTransporte/Acervo/Seminário Acidentes de Transporte na RMSP/Resumo executivo.docx> Acesso em:18/05/2013. PORTAL DO TRABALHO E EMPREGO. Normas Reguladoras 12. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DDC2FF4012DE27B8E752912/NR-12%20(atualizada%202010).pdf> Acesso em: 12/05/13. QUALIDADE BRASIL. EPI. Durabilidade e Reposição Disponível em: <http://www.qualidadebrasil.com.br/artigo/seguranca_no_trabalho/epi_-_durabilidade_e_reposicao artigo segurança no trabalho> Acesso em 22/05/2013. REVISTA PROTEÇÃO. Acidentes na construção civil crescem em 2012 no Piauí. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/noticias/estatisticas/acidentes_na_construcao_civil_crescem_em_2012_no_piaui/A5y4AJjg> Acesso em 12/04/13. SAUDE DO TRABALHADOR E MEIO AMBIENTE. Construção Civil é o segundo setor com mais acidentes de trabalho. Disponível em: <http://saudeocupacional.blogspot.com/2008/08/construo-civil-o-segundo-setor-com-mais.html> Acesso em: 01/03/13.
53
UNICRUZ. A desqualificação da mão de obra no cenário atual da construção civil. Disponível em: <http://www.unicruz.edu.br/mercosul/anais/2012//Historia,%20cidadania%20e%20trabalho//resumo//a%20desqualificacao%20da%20mao%20de%20obra%20no%20cenario%20atual%20da%20construcao%20civil%20.pdf> Acesso em: 10/04/13. YELING. Atos e condições inseguras.Disponivel em: <http://www.yeling.com.br/blog/2012/06/atos-e-condicoes-inseguras/> Acesso em 13/04/13.
54
APÊNDICE
55
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS FUNCIONÁRIOS DA CONEXÃO ENGENHARIA
LTDA
1-Sexo
a) Masculino
b) Feminino
2-Qual sua escolaridade?
a) Ensino Fundamental completo
b) Ensino Fundamental Incompleto
c) Ensino Médio Completo
d) Ensino Médio Incompleto
e) Ensino Superior Completo
f) Ensino Superior Incompleto
3-Como você avalia a cobrança de Higiene e Segurança no Trabalho na empresa?
a)Bom
b)Ruim
c)Otimo
d)regular
e)outros
4-A empresa conscientiza o trabalhador e aos da equipe a proteger sua vida através
de ações mais seguras?
a)Sim
b)Não
c)Às vezes
d)nunca
e)outros
56
5-O que a empresa faz em caso o funcionário não obedeça as normas de
segurança?
a)Nada
b)Puni-os
c)Reclama
d)Demiti-os
e)Outros
6-Como estão nesse momento as condições de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI)?
a)Bom
b)Ótimo
c)Regular
d)Ruim
e)outros
7-Na obra,durante a execução de um trabalho,já ocorreu algum acidente?
a)Sim
b)Não
c)Nunca
d)Às vezes
8-Caso aconteça,qual a primeira iniciativa que a empresa toma?
a)Informar á família
b)Encaminhar ao serviço médico
c)Prestar primeiros socorros
57
d)Todas as alternativas
e)Outros
9-Já houve acidente com funcionários por trajeto tanto na obra quanto no escritório?
a)Sim
b)Não
c)Nunca
d)Às vezes
e)Outros
10-A empresa verifica regularmente os maquinários?
a)Sim
b)Não
c)Às vezes
d)Nunca
e)Outros
11-Como você vê os treinamentos e atividades de orientação relacionado aos riscos
da construção civil?
a)Bom
b)Ruim
c)Regular
d)Não dá importância
e)Outros
12-A vida vida útli de um óculos,por exemplo,tem duração de 8 meses.Você acha
que esse tempo está correto?
58
a)Sim
b)Não
c)Se não,qual o tempo sugere
d)Outros
13-Quais as ações você faz para conservação e higienização dos EPIs,tomando
como exemplo,as botas?
a)Limpa-os diariamente
b)Limpa-os semanalmente
c)Apenas utliza na obra
d)Não sabe conservar e higienizar
e)Outros
14-Qual o tipo de transporte você ultiliza para se deslocar para o local de trabalho?
a)Coletivo
b)Bicicleta
c)Moto
d)Carro
e)Outros
15-Você acha que seu EPI é eficaz?
a)Sim
b)Não
c)Alguns
d)Não sei
e)Outros
59
16-Você utiliza cinto de segurança em todos os trabalhos em alturas?
a)Sempre
b)Às vezes
c)Evita o trabalho em alturas
d)Apenas quando é cobrado
e)Outros
17-Em relação aos custos do EPI,você sabe quanto custa em média uma bota de
couro,por exemplo?
a)10 reais
b)25 reais
c)30 reais
d)45 reais
e)Outro valor
18-Qual a sua ação quando presencia um colega sem usar um EPI
adequadamente?
a)Orienta a ultilizar
b)Comunica ao mestre de obras de obras ou ao técnico de segurança no trabalho
c)Não tem nenhuma reação
d)Solicita que ele saia da equipe
e)Outros
19-Qual sua colaboração na empresa para a área de Segurança do Trabalho?
a)Ultilizar EPIs
b)Respeitar nas normas de segurança
60
c)Apenas executar todas as atividade laborais
d)Executar todas as atividades visando sempre a segurança