12
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008 MSN [email protected] Teatro Mágico Profissões Nutrição Página 3 CARLOS HAUCK/ESP. EM Quem é Ragga Drops No BH Music Station Página 9 Entrevistamos Fernando Anitelli Páginas 6 e 7 Sem mesmice Desafio da Escadinha, street style e gravity challenge Página 12

Ragga Drops #42

  • Upload
    ragga

  • View
    219

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Teatro Mágico- Entrevistamos Fernando Anitelli.

Citation preview

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008 MSN [email protected]

Teatro Mágico Profissões

NutriçãoPágina 3 CA

RLO

S H

AUCK

/ESP

. EM

Quem é Ragga DropsNo BH Music Station

Página 9

Entrevistamos Fernando Anitelli

Páginas 6 e 7

Sem mesmiceDesafio da Escadinha, street

style e gravity challengePágina 12

DIRETOR GERAL Lucas FondaDIRETOR DE MARKETING E PROJETOS ESPECIAIS Bruno Dib

DIRETOR FINANCEIRO J. Antônio Toledo Pinto EDITORA Thaís Pacheco

SUBEDITORA Sabrina Abreu DESIGNERS Maíra Miranda Filogônio, Marina Teixeira e Maytê Lepesqueur

ILUSTRADOR Rafael Quick ESTAGIÁRIOS DE REDAÇÃO Bernardo Biagioni e Daniel Ottoni

FOTÓGRAFOS Bruno Senna e Carlos Hauck COLABORADORES Lucas Machado, Guilherme Torres e Sebah Rinaldi

expedienteragga agência de comunicação integrada(31) 3225-4400

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINASwww.raggadrops.com.br

MANDA O SEU:[email protected]

www.raggadrops.com.br

PROFISSÕES(por e-mail)

Mayara Christina Olá galera do Ragga Drops! Adoro a série sobre as profissões. Gostaria de saber um pouco mais sobre nutrição. Onde um nutricionista pode tra-balhar, quanto ganha etc.Obrigada! Parabéns pelas matérias publicadas. São ótimas!Resposta: Oi Mayara, valeu demais! Se a gente puder ajudar a galera a escolher uma profissão, teremos cumprido parte da nossa missão...Informações sobre nutrição, como solicitado, na pá-gina 3, ;-)

TEATRO MÁGICO(por orkut)

Amanda Paaaraabéns. Cada edição que passa é melhor que a outra, sempre surpreendendo!Ihuuuuuul. Viva o Ragga Drops!!!Opinião: podia fazer uma reportagem com o Tea-tro Mágico.Resposta: Ah, Amanda, já que você já gosta, a gente quer que goste ainda mais. Páginas 5 e 6 pra você!

FOTO DE QUEM É RAGGA DROPS(por e-mail)

Brunna Letyelle E aí galera do Ragga Drops, Passando pra dizer que acompanho o trabalho de vocês e é muito maneiro. Estão de parabéns, sempre levando aos leitores jovens informações de uma maneira direta e divertida!!!Ahhh, tô mandando também uma foto minha e de uma amiga pra coluna QUEM É RAGGA DROPS...Vlw! AbraçosResposta: Brunna, se você tá falando que é bom, a gente acre-dita. hahaha Valeu!Ahhh, sua foto está lá! Página 9.

GADGETSChurrasquinho musical

Vamos falar a verdade: o que pode pode ser me-lhor que churrasco e música juntos? Pensando nis-so, a marca George Foreman (aquele mesmo, que faz churrasqueira pra cozinhas) lançou o iGrill.

Além de grelhar até 14 hambúrgueres e ter a boa e velha bandeja de gordura, o brinquedinho de me-tal, com 99cm de altura, tem espaço pra colocar ou iPod ou outro MP3 player e caixas de som em-butidas, com 10 watts de potência.

As vendas rolam na Polishop. O preço é R$ 1,5 mil. Informações no georgeforeman.com.br.

DIVU

LGAÇ

ÃO

Para ouvir enquanto lê: Antes que seja tarde, Pato Fu

Divã Ragga DropsMudar de cidade

Enquanto a gente não tem di-nheiro, idade e responsabilidade pra morar sozinho, temos que ir onde nossos pais ou quem cuida da gente vai. E isso vai além da rua. Às vezes, a gente muda de bairro ou mais longe ainda: muda de ci-dade. Às vezes, até de estado.

Vale lembrar que, provavel-mente, quando mudam e levam você junto, a mudança está acon-tecendo também pra promover o seu bem-estar. Antes de recla-mar, procure saber se é por um emprego melhor ou uma qualida-de de vida superior.

Feito isso, antes de entrar em pânico, lembre-se da velha histó-ria de que tudo na vida tem um lado positivo. Por um lado, você vai deixar sua casa, seus grandes e melhores amigos, por vezes até o namorado (a), sua escola, o lu-gar preferido pra visitar e muitas outras coisas que adora.

Por outro lado, vai sair da mes-mice. Vai ter tudo isso em dobro. E tudo novo. Os lugares você po-derá (re)visitar mais cedo ou mais tarde. As pessoas estão aí: no te-lefone, MSN e e-mail. E, acredite, quando você mudar de cidade, vai descobrir de verdade quem são seus amigos: os que realmente estão preocupados e sentem sua

falta. Quanto ao namorado (a) que irá deixar pra trás, também não precisa se preocupar. Vai doer um pouco no começo, claro, mas sempre haverá outro...

Lembre-se de uma coisa impor-tante: nunca, jamais, em tempo algum, espere o pior do novo lugar onde vai morar. Se ficar se focando nas coisas ruins, não conseguirá ver as boas. Se está acostumado com cinema, pode chegar em um lugar que não te-nha a telona, mas que tem uma supercachoeira esperando por você. Se está acostumado com

os amigos na praça, pode chegar em um lugar onde a galera vai pro shopping depois da aula.

O que faz um lugar são as pes-soas e gente legal, pode apostar, tem em todo lugar.

ATENÇÃO: O divã do Ragga Drops não é respondido por nenhum profissional da área! Isso aqui é um papo de amigos. Se conselho fosse bom, a gen-te vendia... Mas aqui a gente dá mesmo. Quer um? Manda a pergunta – [email protected].

PROFISSÕES

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINASmanda o seu!

Nutrição é a minha?Quero fazer o vestibular de nutrição por-que...a) Sempre gostei de comer bem e muito. Ima-gina só trabalhar com comida o dia todo? Deve ser um paraíso... b) Alimentação é um dos fatores de maior im-portância na vida das pessoas e encontrar um equilíbrio pra cada caso é um desafio e tanto. c) Ouvi dizer que no curso de nutrição, a mé-dia é de cinco meninas pra cada moça. Estou solteiro e carente, esta seria uma ótima opor-tunidade pra descolar uma gata.Acredito que posso me dar bem como nu-tricionista porque... a) Relaciono bem com as pessoas e todo mundo gosta de mim. Ou seja, todos que tra-balharem comigo estarão satisfeitos e felizes. b) Adoro experimentar novos sabores de vá-rios alimentos. Doces, salgados, exóticos... Huuuum... c) Sempre gostei de alimentos e sei da impor-tância de um tipo de alimentação adequada e balanceada pra cada pessoa, doente ou não.Durante a faculdade de nutrição, preten-do...a) Absorver a maior quantidade de conteúdo e aprendizado possível e tentar utilizar todo esse conhecimento no estágio que aparecer.b) Fazer contatos com empresas de alimen-tação pra, sempre que possível, descolar uma boca livre...c) Fazer vários testes com alimentos e quem sabe criar um produto que se torne um gran-de sucesso.

TES

TE

Se marcou b/c/a, você tem futuro.

QU

AN

TO

GA

NH

A

Apesar de ser regulamentada, a profissão não tem um piso salarial.

VES

TIB

ULA

R PUC e UNI-BH são duas faculdades com um bom ensino teórico e prático em Belo Horizon-te. A duração do curso é de quatro anos. Mas pra ingressar, só no 2º semestre de 2009.No UNI, os alunos fazem prova de redação, língua portuguesa, literatura brasileira, biolo-gia e química.Já na PUC, os candidatos fazem provas de to-das as matérias, incluindo aí, língua estrangei-ra, história e geografia. Pra matérias específicas, como química e biologia, o peso é maior do que as demais disciplinas.As inscrições rolam a partir de abril de 2009.

Pensar na alimentação como elemento primordial na vida das pessoas

POR Daniel Ottoni

Gostar de alimentos. Esse é um dos preceitos básicos e mais importantes pra quem quer fazer o curso de nutrição. Afinal, isso será o material de trabalho no dia-a-dia do profissional dessa área. O conteúdo do curso é diretamente relacionado à saú-de, com algumas disciplinas ligadas à biologia e à química, por exemplo. Mas as ciências humanas e exatas também são importantes pra profissão, uma vez que o atendimento e relacionamento com indiví-duos rola constantemente; além de cálculos sobre a composição de alimentos e substâncias em alguma dieta que seja elaborada.

No mercado de nutrição, sempre existe espaço pra competência. “O aluno que se preparou bem durante a fase acadêmica e soube aproveitar os estágios que fez, consegue uma boa posição no mercado”, conta a coordenadora do curso de nu-trição do UNI-BH, Joana Amaral. A área de atuação é ampla e vai desde trabalho em cozinhas indus-triais, elaborando o cardápio de um restaurante que atenda centenas de pessoas diariamente, até o atendimento a clientes em uma clínica própria. Esses clientes podem ser pessoas saudáveis ou não. Mas a atenção deve estar sempre focada na alimen-tação adequada, pensando no caso específico do interessado. Nas cozinhas industriais, o trabalho rola em todas as etapas do processo de produção das refeições, nunca se esquecendo da qualidade do alimento, que deve ser produzido de acordo com as normas sanitárias.

Outras opções de atuação são em hospitais e

clínicas, fazendo a dieta de pacientes, buscando orientar

a alimentação e servir como um auxílio no tratamento da pessoa

que será atendida. Um outro caminho que pode ser

seguido pelo profissional da nutrição é na área da saúde pública, trabalhan-

do em postos, atendendo a equipes de apoio ao programa de saúde da família,

por exemplo. “Dentro desta área, uma opção que está em constante crescimento

é a de merenda escolar ou de alimentação infantil”, indica Raquel Diniz, nutricionista, professora e coordenadora do curso da PUC Minas. Grandes investimentos estão sendo realizados por secretarias e prefeituras dentro desse nicho, principalmente em cidades de menor porte.

Independentemente do campo em que se vá atuar, é importante que o profissional te-nha conhecimento do maior número de áreas possíveis. E que saiba relacionar os conte-údos ensinados dentro de sala de aula: “O nutricionista pode trabalhar em uma cozinha industrial hoje e, daqui a algum tempo, ser responsável pela dieta de um atleta de alto nível”, exemplifica Amaral.

Uma das inovações desse mercado é o chamado home care, em que o profissional vai até a casa do paciente e em conjunto traba-lham uma dieta equilibrada e adequada para aquele caso.

No Brasil, a profissão é recente e foi regu-lamentada há 41 anos. É interessante que o profissional esteja atento a novos produtos que chegam ao mercado e tenha um bom co-nhecimento relacionado à vida útil de deter-minados alimentos. A forma de conservação do que será consumido é outro papel impor-tante do nutricionista: “Outros profissionais podem colaborar nesse tipo de ação, mas o nutricionista tem uma função primordial nes-se caso”, conta Raquel.

No curso da PUC, o aluno tem a opor-tunidade de fazer oficinas de formação pro-fissional e, se a nutrição for mesmo o seu caminho, estará preparado pra outro material de trabalho: gente. Pessoas saudáveis e do-entes, velhas e novas estarão presentes no cotidiano deste profissional que tem uma importância enorme na vida de qualquer um de nós. Afinal, uma alimentação controlada e equilibrada pode fazer uma baita diferença no nosso dia-a-dia.

NutricionistaNutricionista

POR Gui [email protected]

www.raggadrops.com.br

conta aí!

Bonde do Rolê arrasa em Miami

Por Sebah Rinaldi

Sabe o Bonde do Rolê, aquela banda de electro-rock de Curitiba que, desde 2007, tem uma cantora mineira, de BH? O quarteto, que hoje conta com Rodrigo Gorky, Pedro D´Eyrot,

Laura Taylor e Ana Bernardino, acaba de soltar a mais recente música, Miami. A faixa foi pro-duzida em parceria com o Database, dupla de DJs paulistas, de maximal, que o Ragga Drops entrevistou há pouco tempo. O novo single de trabalho é bem mais electro do que funk, o que difere das outras composições do BDR. Além disso, é cantado em inglês por Laura, com umas risadinhas de Bernardino de background. Essa é pra quem curte o som dos caras e temia que, com a saída da vocalista Marina Vello, o bonde saísse do trilho. Curtiu? Então, se joga no Emule e faça download de Miami. Quer saber mais ou palpitar?

Acesse babyboombh.blogspot.com e converse com a galera.

Ainda falando em camisinha...

Formiga - NO AULA YES BALADA! As sonhadas férias de fim de ano chegaram e, em For-miga, os baladeiros já estão com festa marcada pra co-memoração do recesso. Rola, amanhã, a primeira edição da NO aula YES balada. No palco, a banda Segunda In-tenções e o cantor Rodrigo Monstro. A festa rola a partir das 23h e os ingressos custam entre R$ 15 e R$ 50. A classificação é 18 anos. lifeclube.com.brAvenida Brasil, 1.160 – Centro – FormigaInformações: (37)3322-6919

HED KANDIAmanhã, repetindo o sucesso dos anos anteriores, rola a edição mineira da festa de música eletrônica Hed Kandi. Desta vez com o DJ Jim Breese, um dos residen-tes da festa mundo afora, e com abertura do mineiro Franco Garcês. Em 10 anos, a marca Hed Kandi já tem mais de 80 álbuns lançados, 4 milhões vendidos, 20 DJs e 500 tours pelos principais clubes do mundo. A festa rola a partir das 23h e será open bar. Os ingressos vão de R$ 70 a R$ 240 e a censura é 18 anos.hedkandibh.com.brTorre Alta Vila Rua Senador Milton Campos 115 – Vila da Serra Informações: (31) 3889-2003

JORGE & MATEUSSeguindo a tradição goiana de lançar grandes nomes da música sertaneja, a nova dupla, Jorge & Mateus, já arranca gritos e suspiros das meninas por onde passa. Amanhã, eles se apresentam pela primeira vez em BH, no palco do Chevrolet Hall. No show os caras mandam ver nas músicas do primeiro CD e DVD Jorge & Mateus ao vivo em Goiânia. O show rola a partir das 23h, os in-gressos estão no 3º lote e custam R$ 40 (meia-entrada). A classificação é 16 anos.chevrolethallbh.com.brAvenida Nossa Senhora do Carmo, 230 - SavassiInformações: (31)3209-8989

MANOTAS MUSICAISDe amanhã, até domingo, fica em cartaz em BH o espe-táculo Manotas Musicais, do grupo Trampulim. A peça conta a história dos palhaços Benedita e Sabonete, que se juntam a três amigos, também palhaços, pra for-mar uma orquestra musical com o apoio da platéia. O resultado? Uma manota atrás da outra. No reper-tório tem de tudo: tango, valsa e canções populares. As apresentações rolam amanhã, às 20h, e no sábado e domingo, às 17h. Os ingressos custam R$ 1,99 e a classificação é livre.Galpão sede do grupo TrampulimRua Professor Tavares Paes, 106 – Jardim América Informações: (31) 3245-6150

Esquema Light

agendaagenda

Na semana passada, a pergunta desta coluna foi: “Ca-misinha é só na penetração?” E, tanto a ilustração quanto o texto falavam da camisinha masculina. Mas vale lembrar que também existe a camisinha feminina, que tem as mesmas funções e vantagens.Ela é feita de poliuretano, um plástico macio, mais fino que o látex da camisinha que os meninos usam. A fun-ção é a mesma: impedir o contato dos espermatozóides com a vagina, pra evitar a transmissão de doenças sexu-almente transmissíveis, HIV, e prevenir a gravidez. Tem um site superlegal, de atenção à saúde da mulher, chamado Gineco. Lá fala mais sobre o assunto. Se qui-ser conferir: gineco.com.br/camfem.htm

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS

YOU

TUBE

.CO

M/R

EPRO

DU

ÇÃO

DAIN

TERN

ET -

4/1

2/08

Dúvidas sobre sexo? Pergunta pra gente no [email protected] ou liga no (31) 3225-4764. Lembre-se: Não vamos publicar o nome de quem fez a pergunta.

EscoladuzJá conferiu todo swing e simpatia da galera de BH no clipe Escoladuz? Acesse raggadrops.com.br e confira. O vídeo dos caras já é sucesso absoluto no Kibeloco e no YouTube. Aliás, a gente está pensando aqui... Que tal se você fizer uma versão e mandar o link pra gente, no [email protected]? Ou, quem sabe, você não faz um clipe de outra música que você goste? Além de se divertir às suas custas, a gente disponibiliza seu trabalho criativo pro resto da galera no Dzaí. Que tal, hein? Faz aí! A gente quer saber se a galera dança tão bem e é tão “descolada de carteira assinada” quanto as ilustres estrelas do clipe em questão...

Cada um

tem um mundo.

Manifeste oseu

no Dzaí.

Músicos, atores, trapezistas, dança-rinos e poetas, todos se alternando em cima do palco numa “bagunça organiza-da”, segundo definição de Fernando Ani-telli, o criador do Teatro. Não assuste se o DJ acabar dançando enquanto o artista circense arrisca mexer nos discos. O Tea-tro Mágico, na verdade, sempre foi além de qualquer uma de suas propostas: ser teatro, tocar como uma banda ou viajar como um circo. “Hoje, até o público já vai vestido de personagens. As pessoas levam malabares, fazem coreografia e ci-randa”, conta Fernando. E a conversa com o vocalista segue no mesmo ritmo que o último show do grupo, no BH Music Sta-tion: intensa, longa e cheia de histórias.

O Teatro Mágico: Entrada para todoswww.raggadrops.com.br

Quando você começou a se interes-sar por música?Com 13 anos já gostava de rimar amor com humor, fazer brincadeiras, participar de teatro. Foi nessa época que comecei a me ligar na área de humanas. Também fui influenciado pelos meus pais, eles que-riam que ouvisse músicas boas, artistas nacionais. Aí, comecei a compor. Parti-cipei de um festival aos 15 anos, ganhei um troféu de Melhor Arranjo e nem sabia o que era isso. Rs. No ano seguinte ga-nhei como Melhor Show, depois Melhor Letra. Fui me interessando cada vez mais e continuei amadurecendo.

E o teatro veio quando?Durante 10 anos tive um grupo chama-do Madalena 19, de música brasileira. A banda se desfez e resolvi gravar sozinho meu primeiro CD, O teatro mágico: Entra-da para raros. Mas acabou se transfor-mando nisso tudo, porque no primeiro momento convidei 30 pessoas pra par-ticipar da gravação. Daí, quem eu tinha convidado já tinha outra banda, outros grupos, e não podia me acompanhar. Tive que chamar outros amigos, que trabalha-vam com outras coisas e não eram nem músicos. Convidei minha vizinha pra fa-zer a parte da boneca. Rs. Montei tudo do jeito que dava, com muito esforço, pra trazer à tona aquela idéia de teatro, circo, música, poesia, esse sarau amplifi-cado. Foi então que comecei a conhecer pessoas ligadas ao teatro, circo e dança. O grupo, então, se transformou nessa companhia artística que é hoje.

E quem seriam os convidados do Entra-da para raros, primeiro CD do Teatro?O nome é oriundo de um livro chamado O lobo da estepe, do alemão Hermann Hesse. O personagem da história desco-bre um convite pra um teatro mágico, em que a entrada é pra raros. Quando li essa passagem, pensei: “Que bonito, cara”. Ali estava mostrando que o personagem não era apenas um em um milhão, mas

um milhão em um. Nós somos uma plu-ralidade de personagens dentro de cada um: o feliz, o bravo, o curioso etc. É esse debate que a gente traz, porque raro so-mos todos. Só existe uma versão de cada um de nós. A entrada, então, é para to-dos. Mas, Para todos, Chico Buarque já fez. Rs.

Existe, ou existiu, alguma fórmula para o sucesso de vocês?Nos últimos anos, a gente descobriu que muitas pessoas começavam a se interessar pelo projeto por causa das músicas, letras ou arranjos. Outros se identificavam com o Teatro quando iam à apresentação, fi-cavam surpresos com o que viam, aquela bagunça organizada. Então, é muito traba-lho, foco, luta, as oportunidades são pou-cas. O Teatro Mágico foi buscando outros espaços: escolas, faculdades, centros cul-turais, prefeitura, sites de relacionamento. Buscamos divulgar nosso trabalho de to-das as maneiras, fazendo cortejo nas ruas, saraus dentro de sala de aula, tocando em pátio de escolas. Divulgamos na internet de maneira viral, colocamos uma frase aqui, outra ali, os jovens começam a pas-sar as fotos dos shows para os amigos. O público acaba sendo co-autor do nosso projeto. Então, tudo isso colaborou para o nosso sucesso, até também pelos preços dos nossos CDs, que vendemos por R$5. O público entende, compra a idéia e po-tencializa o grupo. É fabuloso.

Se o Teatro Mágico fosse só teatro, só música ou só circo, ainda assim con-seguiria esse mesmo prestígio? Não sei se fosse só música. Talvez sim, mas aí teríamos outro público. Porque as crianças, por exemplo, gostam do circo, do figurino, das brincadeiras, do fogo, os malabares, o trapézio. Os mais jovens gostam das músicas, do debate. Os mais velhos gostam dos dois lados. O que posso dizer é o seguinte: viver de música é difícil, viver de teatro é difícil e viver de circo e poesia é mais difícil ainda. Aí, você

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS

FOTO

S: C

ARLO

S H

AUCK

/ESP

. EM

A galera canta junto

O Teatro Mágico: Entrada para todosPor Bernardo Biagioni

manda o seu!

um milhão em um. Nós somos uma plu-ralidade de personagens dentro de cada um: o feliz, o bravo, o curioso etc. É esse debate que a gente traz, porque raro so-mos todos. Só existe uma versão de cada um de nós. A entrada, então, é para to-dos. Mas, Para todos, Chico Buarque já fez. Rs.

Existe, ou existiu, alguma fórmula para o sucesso de vocês?Nos últimos anos, a gente descobriu que muitas pessoas começavam a se interessar pelo projeto por causa das músicas, letras ou arranjos. Outros se identificavam com o Teatro quando iam à apresentação, fi-cavam surpresos com o que viam, aquela bagunça organizada. Então, é muito traba-lho, foco, luta, as oportunidades são pou-cas. O Teatro Mágico foi buscando outros espaços: escolas, faculdades, centros cul-turais, prefeitura, sites de relacionamento. Buscamos divulgar nosso trabalho de to-das as maneiras, fazendo cortejo nas ruas, saraus dentro de sala de aula, tocando em pátio de escolas. Divulgamos na internet de maneira viral, colocamos uma frase aqui, outra ali, os jovens começam a pas-sar as fotos dos shows para os amigos. O público acaba sendo co-autor do nosso projeto. Então, tudo isso colaborou para o nosso sucesso, até também pelos preços dos nossos CDs, que vendemos por R$5. O público entende, compra a idéia e po-tencializa o grupo. É fabuloso.

Se o Teatro Mágico fosse só teatro, só música ou só circo, ainda assim con-seguiria esse mesmo prestígio? Não sei se fosse só música. Talvez sim, mas aí teríamos outro público. Porque as crianças, por exemplo, gostam do circo, do figurino, das brincadeiras, do fogo, os malabares, o trapézio. Os mais jovens gostam das músicas, do debate. Os mais velhos gostam dos dois lados. O que posso dizer é o seguinte: viver de música é difícil, viver de teatro é difícil e viver de circo e poesia é mais difícil ainda. Aí, você

O Ragga Drops foi até o BH Music Station conferir o show do Teatro Mágico e a impressão foi esta:

As intervenções artísticas do evento combinaram perfeitamente com o show do grupo. Malabarismos com argolas e tochas de fogo, performances circenses e fantasias davam um toque especial à apresentação.

Os maiores sucessos, é claro, fizeram parte do re-pertório e a platéia cantou junto o tempo todo. Mais uma prova do valor que é dado pelos jovens a artis-tas independentes, que lutam pra que o trabalho seja mais acessível.

Pra quem não sabe, a banda usa a internet pra man-ter contato direto com os fãs. Aproveite e troque uma idéia com os caras:

oteatromagico.com.br

junta tudo, dá uma dificuldade tremenda. Rs. A gente tem conseguido este feito, viver disso. Mas acredito que o Teatro Mágico ainda não é o que buscamos pra ele. Hoje ele é 20%, 25% do que idealizo para o projeto inteiro. Temos muito chão pela frente, muita coisa pra aprender em cima do palco, em termos de iluminação, cenário e até musicalmente. O certo é não se acomodar.

E o segundo CD, Segundo ato, reflete uma segunda etapa do Teatro Mágico?Exatamente. É um momento em que o personagem sai um pouco dessa coisa saltimbanco, retalhos, poesia e alegria pra entrar numa coisa mais densa. As letras são mais pesadas, politizadas. Os arranjos são mais trabalhados, as cores assumem um tom mais pastel, o cenário é mais sério, maduro. É o amadurecimen-to natural de todo mundo, filosoficamen-te e musicalmente.

O que você anda ouvindo, Fernando? Tenho escutado muito um CD chamado Octopus, do Galdino, violonista do Teatro Mágico. Ele é baiano, tem uma baianida-de na poesia, na maneira de tocar. Tenho ouvido muito Silvério Pessoa, um cara lá de Recife. Escuto também Dave Mat-thews Band, Radiohead e coisas assim. Um pouco de tudo.

Existem planos de carreira solo?Ah, claro! Imagina só: o Teatro Mágico, hoje, é uma trupe que viaja semanal-mente em mais de 20 pessoas, cenário, figurino, contra-regra, roadie, músicos. Sinto falta de uma coisa que sempre vivi, que foi tocar só voz e violão, saraus, ro-das, contando histórias. Tudo isso sinto falta hoje, porque o Teatro Mágico exige arranjos grandiosos, afinal, são 10 músi-cos no palco. Tenho planos pra que, no ano que vem, possa trabalhar um pouco mais esse meu lado trovador, de voz e violão somente. A perspectiva pra quan-do fazer isso, ainda não tenho. Mas a vontade é enorme. Só sei disso.

Por Daniel Ottoni

MANDOU BEMMANDOU BEM

MANDOU MALMANDOU MAL

POR Bernardo Biagioni

FOTO

S: S

IMO

NE M

ARIN

HO

/DIV

ULG

AÇÃO

E M

ICH

AEL B

UCK

NER

/GET

TY IM

AGES

/AFP

Festival GarimpoComeçou ontem a segunda edição de um dos melhores festivais de música independente de BH. O Garimpo apresenta, até sábado, as bandas Instiga, Pequena Morte, Jonas Sá, Fusile, Do Amor, Dead Lovers, Cérebro Eletrônico, Superguidis e muito mais. Os shows rolam n’A Obra, hoje e amanhã e, no Lapa Multishow, no sábado. A programação completa você confere no festivalgarimpo.com.

FOTO

S: M

IGU

EL S

CHIN

CARI

OL/

FOTO

COM

.NET

, MAX

NAS

H/A

FP P

HOT

O E

BEN

STAN

SALL

/AFP

PH

OTO

www.raggadrops.com.br

Quer se manifestar? Mande um e-mail pra [email protected] com seu nome completo, idade, cidade e, claro, o que você quer divulgar. Manda o seu!

GrammyJá viu a lista de indicados? O Coldplay disputa em quase todas cate-gorias: álbum do ano, melhor gravação, música do ano, melhor álbum de rock, melhor música de rock, melhor apresentação de rock e melhor apresentação de pop. Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a resposta

positiva do álbum Viva la vida or death and all his friends...

Falando em Coldplay...Você já viu a lista de possíveis shows para o ano que vem? Segundo boatos, o Coldplay se apresentaria até em Belo Horizonte. Além dos já confirmados Radiohead, Elton John, James Blunt e Iron Maiden, espera-se que ainda passem pelo Brasil o Sir. Paul McCartney, os ingleses do Oasis e... Amy Winehouse. Bom, vamos rezar, né?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS

BeyoncéA cantora foi pra uma balada supervip de hollywoodianos e in-vestiu no visual: ves-tido preto decotado. O detalhe é que ela esqueceu de depilar as axilas e, aí, você sabe, os fotógrafos não de-ram trégua...

Lucy LiuA atriz das Panteras foi uma das que errou mais feio no visual este ano. Na sema-na da moda de Paris, apareceu vestida com um modelo que lhe rendeu o apelido de bolo de festa. Exage-ro puro.

Luciano HuckO apresentador bai-xou em São Paulo e levou os ricões para o Jockey Club da ci-dade em prol de bus-car mais ajuda pras vítimas da chuva em Santa Catarina. Huck foi mestre de cerimô-nia de um leilão.

MadonnaA rainha do pop acaba de ser eleita a celebridade feminina mais rica do planeta. A fortuna da mulher é estimada em US$ 325 milhões. Em épocas de dólar alto, isso dá, mais ou menos, R$ 780 milhões.

OpaaaTudo bem galera?Gostaria de participar do Eu leitor mandando um pequeno texto sobre o Cruzeiro!

Já que vocês falaram que nenhum cruzeirense manda nada aí pra vocês e colocaram

aquela coisa feia do Galo que a Gih mandou. Hahahaha

Cruzeiro, uma paixão

Sentimento inexplicável

Paixão para toda vida

Algo lindo de se ver

Ser Cruzeiro até morrer

Ver a massa gritarO manto sagrado a vibrar

Uma nação a cantar

Cruzeiro, paixão de criança

De ir ao estádio brincar de ser feliz

Os anos se passamO amor continuaMesmo adultoA vibração de criança, Cruzeiro

È toda sua

Mesmo se os olhos secarem

Mesmo quando as pernas não mais agüentarem

Mesmo quando a voz se esvair

Mesmo que só em pensamento possa te aplaudir

Serei Cruzeiro por todo o meu existir

E se há eternidadeEntão com você sempre vou ir

Seja onde eu estiver

Com toda a minha fé

..................................

Nada contra a Gih, não, eu eu amo ela!

Vitor Godinho, de Turmalina

NO BH MUSIC STATION

FOTO

S: C

ARLO

S H

AUCK

/ESP

. EM

manda o seu!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS

Galera no evento beneficente da APAE de Turmalina - via e-mailLuciana(15) e Vitor (18),

na Festa do Rosário em Ferros - via e-mail

Rosânia Souza (22) e Juliana Marques (24),

de Nova Lima - via e-mail

Rafael Porto (25) e Renata Lima (25)

Ana Luíza Araújo (20) e Douglas Henrique (22)

Marina Coelho (21) e Débora Coelho (24)

Franklin Lucas (23) e Thaís Campos (25)

Rebeca Perillo (23) e Giovana Nicolai (26)

Franciele Medeiros (17) e Bruna Perpétuo (18)

Gabriel Grossi (17), Amanda Maia (16) e

Marco Aurélio Rodrigues (17)

Tatiana Lopes (24),Shisa Martins (24)e Cátia Fonseca (25)

RES

POST

AS:

1. a

// 2

. c //

3. b

// 4

. aMúsica e metrôteste : :

Está por dentro de tudo que anda rolando no BH Music

Station? Vamos ver...

www.raggadrops.com.br

Curiosidades super (in)úteis

A menor temperatura registrada na Terra foi em 1983, em Vostok, Antártica. Foram incríveis 89 graus negativos, imagina? O registro rolou na estação de pesquisa da cidade.

O animal que melhor suporta o frio é o pin-güim imperador. Ele vive sob um frio de 20 graus negativos no mar Antártico, onde os ventos atin-gem velocidades entre 25km/h e 75km/h. Ainda bem que ele tem de 11 a 12 penas por centímetro quadrado, pra suportar essa pressão

Scott Bell é um louco que anda sobre fogo. Ele não deve gostar muito de frio, afinal, caminhou em uma temperatura de 671 graus por 100m. O fato rolou na China, mas fez o cara ser conhecido no mundo todo.

Fonte: Guinness World Records 2008

FOTO

S: B

RUN

O S

ENN

A/ES

P. E

M

FOTO

S: C

ARLO

S H

AUCK

/ESP

. EM

a) Santa Inêsb) Eldoradoc) Vilarinhod) Minas Shopping

a) Arnaldo Antunesb) Tom Zéc) Vander Leed) Edgar Scandurra

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS

2. Qual destes cantores, que vai

se apresentar no evento, começou a

carreira em BH?

4. Quantos shows em palcos

rolam, por dia, no evento?

1. Qual era o nome da última

edição do BH Music Station?

3. Em qual destas estações não

rolam shows do BH Music Station?

Você na galera!

a) 4b) 3c) 2d) 27

a) Carlsberg Music Station

b) Guaraná Music Station

c) Caipirinha Music Station

d) Só no Suco Music Station

Patrícia Guiomar foi flagrada em um dos vagões do BH Music Station, curtindo um jazz da melhor qualidade que rolava ali mesmo. Ela estava indo para o show do Teatro Mágico e contou que não pôde ir ao primeiro dia do evento. Recém-formada em engenharia civil pela Fumec, ela mostrou que estava bem feliz: “Graças a Deus formei. Agora, é só alegria.”

Rodrigo GarciaLeonardo Ruiz Mateus Marin

Estilo: BONÉ

INVERSÃO DE ÉPOCAS NAS ONDAS DO RÁDIO

O Talco Ross, os cobertores Parahyba e o cigarro Veado são produtos que não existem mais nas prateleiras das lojas e nem na mídia. Porém, esses e outros sucessos das décadas de 1930 a 1960 voltaram a ganhar vida em comerciais de rádio desenvolvidos para os consumidores de hoje. A idéia partiu da pro-dutora de áudio publicitário Kundum, que convidou as maiores agências de publicidade de Minas Gerais pra encararem o desafio.

Os novos talentos do estado também es-tão participando da iniciativa, chamada De-safio Kundum. A produtora colocou à dis-posição, no site, alguns produtos que fazem sucesso no mercado atual. Pra essas em-presas, são produzidos comerciais de rádio voltados ao público das décadas de 1930 a 1960, ou seja, o contrário do que está sen-do feito pelos publicitários formados.

Pra Helder Lima, um dos donos da produ-tora, a idéia se tornou realmente um desa-fio. “Vender uma TV LCD ou um carro com handsfree bluetooth a um público que não tinha a menor idéia do que eram esses pro-dutos não é uma tarefa muito fácil, tem que ter muita criatividade”, diz.

Marcelo Teixeira, proprietário e sócio da agência F. Gênia, uma das convidadas para

Estudantes e profissionais de publicidade desenvolvem propagandas de produtos de hoje para o público das décadas de 1930 a 1960. E vice-versa

Os idealizadores do projeto, Simone Faquineli e Hélder

Lima, com a estudante Laura Godói (no centro)

o desafio, explica como anda o processo de criação: “Pra criar os comerciais do Talco Ross e da Groselha Milani estamos conver-sando com nossos pais, tios e avós, que geralmente se lembram do jingle do produ-to. Eles começam a cantar, e depois, rir com muito saudosismo”, afirma. Outra dificulda-de no Desafio Kundum, apontada por Mar-celo, é o fato de alguns produtos de décadas passadas não existirem mais, o que dificulta a pesquisa pra elaboração do material.

A estudante do 6º período de publicidade do UNI-BH, Laura Godói, escolheu uma rede de motéis pra desenvolver o roteiro voltado

FEL

IPE

PIZA

N/D

IVU

LGAÇ

ÃO

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS

ao público das décadas passadas. A resis-tência que esse tipo de serviço encontrava na época foi a justificativa da futura publi-citária: “Procurei referências desse período, como gírias e, pra trilha sonora, o rock da década de 1960”, conta. A oportunidade de participar do desafio veio através de uma vi-sita dos diretores da produtora, Helder Lima e Simone Faquinelli, à faculdade onde Laura estuda. “Um professor os convidou pra dar uma palestra. É uma ótima chance pra en-trarmos no mercado”, comemora.

O resultado dos trabalhos já começou a ser veiculado no kundum.com.br.

www.raggadrops.com.br

FOTO

S: C

ARLO

S H

AUCK

/ESP

. EM

BERN

ARD

O B

IAGI

ON

I/ES

P. E

M

Campeonatos estranhos, competidores que não fazem fama nos jornais e muita, muita diversão. Os eventos realizados pela empresa de energéticos Red Bull costumam atrair a atenção até dos menos curiosos. Resolvemos dar uma voltinha pelos acontecimentos deste ano pra mostrar que não estamos de brincadeira. Na verdade, são eles que só podem estar brincando.

DESAFIO DA ESCADINHASe for pra ter velocidade, é necessária uma dosagem

considerável de adrenalina. Nada de rodinhas, pneus ou motor. Pra vencer o Desafio da Escadinha Red Bull, que rolou em maio deste ano em Ouro Preto, era preciso ser criativo e rápido, sem valer-se de nada que locomovesse normalmente. Como resultado, teve uma série de trenós cuidadosamente construídos, cada qual com sua destreza e habilidade pra deslizar nas ladeiras da cidade.

“Na verdade, essa história tem início em 2005, quando vim estudar em Ouro Preto”, contou na época o ideali-zador do evento, Edgar Paiva. “Era carnaval e tinha uma galera que deslizava em tampas de privada pelas ruas ín-gremes da cidade. Nada de proteção e campeonatos. Era pura diversão!”, lembrou o estudante. “Quando entrei para a Red Bull, deu pra fazer uma ligação. O Desafio da Escadinha tem a cara de Ouro Preto. A galera aqui é muito animada, tem muita disposição e ainda tem essa parada de repúblicas, que é muito forte.”

STREET STYLEA história da originalidade se repete quando o assunto

é futebol. Longe de colocar um gol de cada lado e espalhar 22 jogadores por um terreno, a Red Bull se renova ao criar espaço pra uma versão artística do esporte: o Street Style. Em vez de times e gols, vence na modalidade o jogador que apresentar maior domínio e habilidade com a bola. Em 18 de novembro, São Paulo recebeu a final do campeonato mundial da brincadeira, o Red Bull Street Style. Como não estamos falando de um futebol tradicional, também não vencem os jogadores tradicionais. Quer dizer, o título não ficou na mão de Ronaldinho Gaúcho, Falcão ou Robinho. O grande vencedor foi o francês Arnaud Garnier.

GRAVITY CHALLENGENão muito diferente e ainda mais perto da nossa casa,

o Red Bull Gravity Challenge, que rolou em Belo Horizonte no meio de novembro, provou que os dois eventos ante-riores não foram nada. Os competidores deviam jogar um ovo de 15 metros de altura e ele deveria chegar no chão intacto, ou seja, sem nenhuma rachadura. Para tanto, va-lia quase tudo: desde elaborar um pequeno pára-quedas até construir uma galinha gigante resistente a grandes impactos. “A animação é o mais importante. Trata-se de um momento de experiência e inovação para os universi-tários, que utilizam a maneira mais criativa possível pra não deixar o ovo quebrar”, explica um dos organizadores do Gravity Challenge, Daniel Ferreira. A idéia do evento, assim como de todos os outros da Red Bull, é fazer a di-ferença: “Queremos inovar, trabalhar com criatividade e propor uma experiência que os participantes jamais vão esquecer. Essa é a nossa proposta”, completa Daniel.

POR Bernardo BiagioniA EXCÊNTRICA RED BULL

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008ESTADO DE MINAS