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Raiz di Polon
A Serpente
uma coreografia de Mano Preto inspirado na peça de teatro “A Serpente” de Nelson Rodrigues
Depois de ter participado na primeira edição do Festival de Teatro da Língua Portuguesa (FESTLIP), no Rio de Janeiro, Brasil, em 2008 com as peças “Duas Sem Três” e “Dom Quixote da Ilha”, e ter sido homenageada na edição de 2011 do mesmo festival, em que fez a estreia internacional da sua peça “Cidade Velha”, a companhia de dança Raiz di Polon aceitou, com entusiasmo, o desafio lançado pela diretora artística do festival, a actriz Tânia Pires, de fazer uma adaptaçãoo coreográfica da peça de teatro “A Serpente”, do célebre dramaturgo carioca Nelson Rodrigues. Num espaço de menos de três semanas, Mano Preto e todos os integrantes do Raiz di Polon, com a preciosa ajuda dos amigos João Paulo Brito e Raquel Monteiro nos ensaios, conseguiram criar o que talvez seja a obra mais coesa, em termos físicos, da companhia desde há vários anos. Feito surpreendente em si, esta façanha se torna ainda mais impressionante quando damo-‐nos conta de que “ A Serpente” representa a primeira vez em mais de 6 anos que os dois elementos mais antigos da companhia, Mano Preto e Elizabete Fernandes, contracenam no mesmo palco numa peça nova, e corresponde à estreia da jovem bailarina Júlia Vaz, do grupo de dança tradicional praiense Marina Vaz, nas coreografias do Raiz di Polon. Com uma trilha sonora composta de clássicos do repertório cabo-‐verdiano, com ênfase nas mornas de Eugénio Tavares, para além de algumas obras originais feitas e gravadas durante a frenética e frutífera última semana de criação/ensaios, “A Serpente” foi apresentada em finais de Setembro nos teatros Oi Futuro Flamengo, SESI Centro e SESI Jacarepaguá no Rio de Janeiro, tendo estreada na noite de abertura da edição de 2016 do FESTLIP. Depois da sua estreia, “A Serpente “ já foi apresentada duas vezes na Cidade da Praia, e se encontra no programa de espectáculos na ediçãoo de 2017 do Festival Mindelact.
Do Brasil para Cabo Verde, do teatro narrativo para a narrativa corporal, Mano Preto transpõe para a fisicalidade, diagonais, níveis, direções e ritmo e compasso o triângulo amoroso entre duas irmãs e o cunhado/marido, tendo como fio condutor as músicas do compositor cabo-‐verdiano Eugénio Tavares, que foi, dentre os nossos trovadores, aquele que melhor soube falar do amor, do ciúme, de desfechos improváveis. Numa narrativa "que vai e vem", sem ser linear, destacam-‐se a consumação do triângulo amoroso, a infelicidade do casal e a sombra do ciúme que pode levar a qualquer desfecho, como os amores na ilha Brava do Eugênio Tavares.
-‐ Mano Preto, Setembro de 2016
FICHA TÉCNICA
Texto NELSON RODRIGUES
direção artística, coreografia e sonoplastia MANO PRETO
dramaturgia e direção de intérpretes MANO PRETO JOÃO PAULO BRITO RAQUEL MONTEIRO
Intérpretes e co-criadores BETY FERNANDES JÚLIA FURTADO MANO PRETO
pesquisa de movimento CARLOS OLIVEIRA LUIS VIEIRA JACIKY FILOMENO ROSY TIMAS SUAILA LIMA
vozes RAQUEL ANDRADE ZÉ LUIS TAVARES JOÃO PAULO BRITO RAQUEL MONTEIRO JEFF HESSNEY CARLOS OLIVEIRA
direção musical JEFF HESSNEY MANO PRETO
iluminação JEFF HESSNEY EDSON FORTES
música original EUGĒNIO TAVARES JOÃO CIRILO PAULINO VIEIRA MÁRIO LÚCIO JEFF HESSNEY
apoio RAIZ DI POLON FESTLIP MINISTÉRIO DA CULTURA E DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS DE CABO VERDE BCN – Banco Cabo-verdiano de Negócios