Ramatis Evangelho, Psicologia, Ioga - Estudos Espíritas

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    Evangelho, Psicologia, Ioga- Estudos Espritas Amrica P.Marques Ramats

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    RAMATIS NICANORAKENATONRAMA-SCHAIN

    EVANGELHO, PSICOLOGIA,IOGA

    ESTUDOS ESPRITAS

    "Porque o amor cobre a multido dos pecados."(Pedro, Epstola)

    Mdium: AMRICA PAOLIELLO MARQUES

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    Evangelho, Psicologia, Ioga- Estudos Espritas Amrica P.Marques Ramats

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    OBRAS DE RAMATIS .

    1. A vida no planeta marte Herclio Mes 1955 Ramatis Freitas Bastos2. Mensagens do astral Herclio Mes 1956 Ramatis Conhecimento3. A vida alem da sepultura Herclio Mes 1957 Ramatis Conhecimento4. A sobrevivncia do Esprito Herclio Mes 1958 Ramatis Conhecimento5. Fisiologia da alma Herclio Mes 1959 Ramatis Conhecimento6. Mediumnismo Herclio Mes 1960 Ramatis Conhecimento7. Mediunidade de cura Herclio Mes 1963 Ramatis Conhecimento8. O sublime peregrino Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento9. Elucidaes do alm Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento10. A misso do espiritismo Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento11. Magia da redeno Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento12. A vida humana e o esprito imortalHerclio Mes 1970 Ramatis Conhecimento13. O evangelho a luz do cosmo Herclio Mes 1974 Ramatis Conhecimento14. Sob a luz do espiritismo Herclio Mes 1999 Ramatis Conhecimento

    15. Mensagens do grande corao America Paoliello Marques ? Ramatis Conhecimento

    16. Evangelho , psicologia , ioga America Paoliello Marques ? Ramatis etc Freitas Bastos17. Jesus e a Jerusalm renovada America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos18. Brasil , terra de promisso America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos19. Viagem em torno do Eu America Paoliello Marques ? Ramatis Holus Publicaes

    20. Momentos de reflexo vol 1 Maria Margarida Liguori 1990 Ramatis Freitas Bastos21. Momentos de reflexo vol 2 Maria Margarida Liguori 1993 Ramatis Freitas Bastos22. Momentos de reflexo vol 3 Maria Margarida Liguori 1995 Ramatis Freitas Bastos23. O homem e a planeta terra Maria Margarida Liguori 1999 Ramatis Conhecimento24. O despertar da conscincia Maria Margarida Liguori 2000 Ramatis Conhecimento

    25. Jornada de Luz Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Freitas Bastos26. Em busca da Luz Interior Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Conhecimento

    27. Gotas de Luz Beatriz Bergamo 1996 Ramatis Srie Elucidaes

    28. As flores do oriente Marcio Godinho 2000 Ramatis Conhecimento

    29. O Astro Intruso Hur Than De Shidha 2009 Ramatis Internet

    30. Chama Crstica Norberto Peixoto 2000 Ramatis Conhecimento31. Samadhi Norberto Peixoto 2002 Ramatis Conhecimento32. Evoluo no Planeta Azul Norberto Peixoto 2003 Ramatis Conhecimento33. Jardim Orixs Norberto Peixoto 2004 Ramatis Conhecimento34. Vozes de Aruanda Norberto Peixoto 2005 Ramatis Conhecimento35. A misso da umbanda Norberto Peixoto 2006 Ramatis Conhecimento36. Umbanda P no cho Norberto Peixoto 2009 Ramatis Conhecimento

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    INDICE

    Biografia de Amrica Paoliello Marques 6

    Resumido EVANGELHO, PSICOLOGIA, IOGA 7

    Explicaes - Amrica Paoliello Marques 8 Ao Leitor - Thirzath Rietter 11 Mensagem Fraternidade do Tringulo, da Rosa e da Cruz Ramatis 12

    Invocao s Falanges do Bem 14

    I Razes Lgicas da Humildade - Nicanor 16

    Mensagem 19 A Virtude Nicanor 19

    II Magnetismo e Mediunidade - Ramatis 20Mensagens 24"Venho Concitar-vos..." 24

    Roteiro Para Alcanar a Vitria Espiritual no Esforo Medinico Ramatis 26 Intuio Pura - Ramatis 28 Esclarecimentos Ramatis 30

    III Iniciao e Cristianizao - Rama-Schain 32

    Mensagens 37Causas da Inibio no Trabalho Medinico - Rama-Schain 37O Evangelho Csmico do Amor - Rama-Schain 39

    IV A Arte do Silncio (Iniciao) - Rama-Schain 43Mensagens 46

    A Universalidade do Conhecimento Espiritual Ramatis 46 Por que Temer a Vaidade? - Rama-Schain 47 Plasmando os Moldes Mentais do Futuro Ramatiis 48 Prece - Amrica Paoliello Marques 49

    V A Arte de Amar (Cristianizao) - Rama-Schain 51Mensagens 59O Plano da Evoluo - Rama-Schain 59

    "O Degrau Subido..." - Rama-Schain 61

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    VI Amor e Represso - Akenaton 63

    VII Maturidade Espiritual Ramatis 70Mensagem 75

    Sermo da Montanha - Humberto de Campos 75

    VIII A Conquista do Superconsciente - Ramatis 76Mensagens 84

    Reformulao Ramatis 84 AutenticidadeRamatis 86 ConfianaRamatis 88 O Pndulo do Progresso Ramatis 90 MaleabilidadeRamatis 92

    Apndice 95

    Artigo de "O Globo", 13.09.1973 - Renato Bittencourt Psicanlise e Ocultismo 95

    IX Renncia - Rama-Schain 97

    X Orientao do Processo Evolutivo - Falange de Dharma 104

    XI Espiritismo Dinmico Nicanor 122Textos da Revista Esprita - Allan Kardec - Frana, sculo XIX 132Perpetuidade do Espiritismo (fevereiro de 1865) 132

    Espiritismo Segundo Kardec (julho de 1866) 135 O Carter Essencialmente Progressivo da Doutrina (dezembro de 1868) 136

    XII Pais e Mestres no Mundo Moderno Nicanor 138

    XIII Razo e Sentimento (Espiritismo e Psicanlise) Nicanor 149

    XIV O Pensamento Criador e o Espiritismo Ramatis 161

    XV O Mtodo Socrtico Nicanor 168 A Apologia de Scrates 174 Mensagem de Ramatis 176

    XVI Psicologia e Evangelho - Amrica Paoliello Marques 177

    Textos Complementares 186 Perguntas e Respostas - Amrica Paoliello Marques* 186 Psicologia e Evangelho Ramatis 189

    XVII Kardecismo e Espiritismo - Rama-Schain 191Textos Complementares 196

    "Se Uma Verdade Nova se Revelar... ", A Gnese, Allan Kardec 196

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    "Seguir a Verdade", Po Nosso, Emmanuel, captulo 198 A Misso do EspiritismoRamatis 199

    XVIII Religio e Vida - Amrica Paoliello Marques* 204

    XIX Autodisciplina e Autoridade - Rama-Schain 210

    XX Moral e tica - Lus Augusto 216

    XXI A Mulher e o Terceiro Milnio - Ramatis 223

    XXII A Universalidade do Sentimento Religioso - Amrica Paoliello Marques* 228

    XXIII Cincia e Vida - Amrica Paoliello Marques* 235

    XXIV Psicologia, Misticismo e Espiritualidade - Amrica Paoliello Marques* 243

    XXV Cincia e Religio - Amrica Paoliello Marques* 251

    XXVI A Terapia Evanglica na Psicologia Abissal - Amrica Paoliello Marques * 258

    XXVII A Contribuio da Psicologia Profunda para a Educao Esprita- Amrica Paoliello Marques 269

    XXVIII Jesus, O Guia - Akenaton 276Palavras Finais: "Estar na Sua"- Amrica Paoliello Marques 281A Fraternidade do Tringulo, da Rosa e da Cruz (FTRC) e Seu Trabalho na Terra 283

    * Nota- Os captulos XVI, XVIII, XXII, XXIII, XXIV, XXV, XXVI e XXVII foram

    desenvolvidos pela mdium Amrica Paoliello Marques sob a inspirao da Hierarquia Espiritualque orienta a Fraternidade do triangulo , da Rosa e da Cruz. O processo de canalizao

    espiritual utilizado foi o da Intuio Pura (ver explicao de Ramatis nas pginas 38 a 41 ); Fotam

    transmitidos atrvs de palestras e artigos.

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    (Biografia) AMRICA PAOLIELLO MARQUES, Ph.D

    Fundadora e Presidente da Fraternidade do Tringulo, da Rosa e da Cruz; Psicloga Clnica

    com graduao e ps-graduao pela PUC-RJ; doutoramento na rea de Psicologia peloInternational Institute for Advanced Studies, USA; ps-graduao em Desenvolvimento de Recur-sos Humanos pela Fundao Getlio Vargas. Por muito anos foi membro da "The American Societyfor Psychical Research" N.Y./USA e "The Association for Humanistic Psychology". Tem formaoclnica centrada na pessoa pelo Instituto de Psicologia da Pessoa do Rio de Janeiro.

    Tem uma carreira de pesquisadora, conferencista convidada e participante de congressos econferncias nessa rea, nos Estados Unidos, Europa e Oriente. Representou o Brasil no IXCongresso de Psiquiatria, Parapsicologia e Psicotrnica em Milo, em 1977 e sua tese "A TerapiaPsicolgica na Regresso pela Memria Extracerebral" foi aprovada com Meno Honrosa. Foiconferencista convidada da "Clearlight Energy Conference", em Santa Brbara, Califrnia, em

    1977, e integrou a "Summer Conference on Yoga, Esoteric Science and Healing Energiers", emCrowborough, Inglaterra (1977).

    OBRAS MEDINICAS PUBLICADAS:Brasil, Terra de Promisso;Espiritismo Hoje;Jesus e a Jerusalm Renovada;Mensagens do Grande Corao;A Rosa e o Espinho.

    OBRAS CIENTFICAS PUBLICADAS:

    Estrutura da Personalidade; Psicologia Abissal; Regresso

    APOSTILAS DO NCLEO DE ESTUDOS UNIVERSITRIOS: Srie de trabalhosque vm sendo desenvolvidos pela Dra. Amrica Paoliello Marques com o objetivo de buscar oentrosamento dos aspectos espirituais e cientficos do conhecimento, atravs de uma viso integral ouholstica do Ser Humano e do Universo. Assim, os temas cientficos so abordados sob o ponto devista espiritual para verificao das possibilidades do ajustamento entre formas aparentementediversas de encarar a Realidade que nica. No de pginas varivel, por apostila. 1. A TerapiaPsicolgica e a Regresso pela Memria Extracerebral. 2.Rogers, a Pessoa Humana e a Cincia.3. Jung . 4 .Jung , o Desenvolvimento Psquico e a Morte. 5 .Mitos . 6 .Psicologia,Misticismo eEspiritualidade. 7. Antipsiquiatria. 8. Por uma Psicologia Abissal. 9. O Fenmeno

    Parapsicolgico e o Psicodiagnstico de Rorschach. 10. Os Fenmenos Inabituais na PesquisaPsquica. 11. Psicologia Uma rea Alternativa? 12. Contribuio da Psicologia ProfundaPara a Educao Esprita. 13. Psicologia Tradicional e Atual. 14. Psicologia Abissal Novos Rumos Para a Psicoterapia. 15. Psicoterapia e Regressdo Espontnea. 16. ASubjetividade Humana e a Cincia. 17. Estadas Especficos de Conscincia e Sade. 18.Psicologia AbissalComentarios..

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    (Resumo) EVANGELHO,

    PSICOLOGIA, IOGA

    Estudos EspritasRAMATIS - NICANOR - AKENATON - RAMA-

    SCHAIN

    Mdium: Amrica Paoliello Marques

    EVANGELHO, PSICOLOGIA, IOGA - Estudos Espiritas - Obra inspirada porRamatis e outros Guias Espirituais da Fraternidade do Tringulo, da Rosa e da Cruz (FTRC),

    atravs da sensibilidade de Amrica Paoliello Marques. um conjunto de 28 estudos organizados em sete ciclos de quatro, numa ordem, ritmo e

    seqncia profundamente significativos ditados nas dcadas de 60 e 80. Serve de roteiro seguropara os que buscam abrir os canais interiores para o contato com a sua Essncia Divina.

    Essas lies constituem o arcabouo filosfico da FTRC, representando a fus deensinamentos do Mentalismo Oriental e do Evangelho de Jesus, apoiando-se em orientaesbasicas do Espiritismo ditadas a Allan Kardecpelos Orientadores Espirituais da Humanidade,e visando tambm lanar luz sobre as modernas teorias da Psicologia.

    Segundo Ramatis, "pesquisar" a alma humana em dimenses do que poderamos classificarde "Psicologia Abissal" conhecer os atalhos atravs dos quais o homem desembocou naangstia dos tempos moderr emer descer s regies escuras do passado reencarnatrio para,em seguida, impuls iona-la grandiosa sntese do ser imortal - abismos inferiores esuperiores, nos quais o homem de hoje precisar aprender a arrojar-se, tal como a cinciamaterial desce ao fundo dos oceanos, repositrios das reservas acumuladas pela Terra e lanar-se igualmente aventura que o conduzir ao futuro intercmbio interplanetrio.

    Amrica Paoliello Marques, mdium de alta sensibilidade, fundadora do trabalhoespiritual e comunitrio da Fraternidade do Tringulo, da Rosa e da Cruz. Aps mais de 40 anosde vivncia nesse trabalho com um grupo de sensitivos, desenvolveu uma pesquisa sria de cartercientfico. Transformou o resultado de uma experincia inicitica numa tese de doutoramento, e em1982 obteve o grau de Ph. D peloInternational Institute for Advanced Studies, Saint-Louis USA.Es: , se deu reconhecimento cientfico a Psicologia Abissal chamando a ai de pes(, lores deprestg io internac ional que es tiveram no Brasil visitando o seu trabalho, como Willis Harman,Ph. D, presidente do Institute of Noetic Science.s, Califrnia (fundado pelo ex-astronautaEdgard Mitchell), Stanley Krippner, Ph. D, do Centro de Estudos da Conscincia do SaybrookInstitute (Califrnia) e Edith Fiore, Ph. D, uma das maiores autoridades mundiais em terapias devidas passadas.

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    EXPLICAES

    Ao ser publicada a primeira edio de "Mensagens do Grande Corao", foi anunciada aobra "Estudos Espritas", coletnea dos estudos orientados pelos Guias Espirituais da Fraternidadedo Tringulo, da Rosa e da Cruz, agora intitulada EVANGELHO, PSICOLOGIA, IOGA.

    Por motivos vrios, no nos foi possvel inicialmente realizar a edio deste livro. Para noadiar mais os benefcios que tais ensinamentos podem proporcionar, consideramos que a publicaoparcelada, em apostilas, teria o carter prtico de atender aos pedidos de reproduo que nos so feitosquando expomos esses temas ao pblico, seja em nossas reunies pblicas em nossa sede, seja nos locaisonde comparecemos a convite, no Rio de Janeiro e em outros Estados.

    Os estudos que compem esta publicao formam um conjunto de vinte e oito palestras

    elaboradas em sete ciclos de quatro, numa ordem, num ritmo e numa seqncia profundamente signi-ficativos, que s nos foram revelados ao ser recebido o ltimo desses trabalhos.

    Representando um conjunto de orientaes trazidas do Plano Espiritual ao homem encarnado,sua estrutura , sob todos os aspectos, um alerta destinado a despertar ressonncias espirituais nasalmas preparadas ou amadurecidas. Como sempre, em todas as pocas, a mensagem daEspiritualidade dirigida aos que tm "olhos de ver e ouvidos de ouvir". O desvelo de que nshomens somos alvo por parte das Esferas Superiores encontra-nos despreparados para umaassimilao total do transbordamento de luz que nos atinge. Por essa razo, consideramosdeficientes as exposies aqui efetuadas, de sublimes ensinamentos cuja beleza e grandiosidadeultrapassam em muito nossa capacidade de transmisso. Entretanto, conforta-nos a certeza de que ao

    esprito "pronto" basta uma pequena palavra para serem detonadas repercusses preciosas em seucampo psquico.

    Nossa singela tarefa de intermedirios cumpre-se no momento em que, por amor aotrabalho, esgotamos nosso ltimo recurso para bem execut-la.

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    Nossa tarefa a de contribuir para a preservao desse programa de elaboraes graduaisde aspectos cada vez mais prximos da viso geral da vida em todos os seus planos, quando todo esseacervo de ensinamentos preciosos encontra-se ameaado de marginalizao na enxurrada domaterialismo em que nossa civilizao desemboca.

    Aps uma introduo rica de ensinamentos profundos sobre a dinmica evolutiva, nossosGuias abordaram temas relacionados com a moral e os costumes de nossa poca, fornecendoorientaes seguras para a aplicao prtica dos fundamentos espirituais das primeiras e preciosaslies desse conjunto.

    Como desfecho, focalizaram a figura mxima onde todos os ensinamentos se concretizamnuma sntese inigualvel de beleza e espiritualidade: Jesus, o Guia da Humanidade Terrestre, aexpresso mxima do Amor Crstico, cuja misso grandiosa est por ser avaliada pelos nossosespritos ainda incapazes de alar vos acima da matria, a que todos permanecemos condicionados,em maior ou menor grau.

    Chamamos a ateno do leitor para o esforo que nesses estudos desenvolvido, tendo emvista restabelecer o sentido criador e positivo das virtudes-chave pregadas por Jesus e por todas ascorrentes que visam atingir a vibrao Crstica do Amor Universal - a Humildade e a Renncia. Porserem o ponto nevrlgico de nossa evoluo, constituindo o alfa e o mega do esforo espiritual decrescimento, s se tornaram conhecidas entre os homens atravs de aspectos deturpadores, ou seja,por uma autntica caricatura das virtudes que abrem e fecham, respectivamente, o ciclo da evoluo,ciclo esse que se repete em cada novo grau a ser alcanado diante da Espiritualidade, formando, noconjunto de suas repeties em nveis ascendentes, a grande espiral da evolutiva.

    Uma outra recomendao que se faz oportuna a de nos equiparmos com as armas da

    coragem e da pacincia, indispensveis execuo do aprendizado que se esboa to grandiosamentediante de nossos olhos nesses estudos. Compreendendo que tudo no Universo gradao, rejubilemo-nos pela abenoada oportunidade de conhecer o Caminho esboado por Jesus, traduzido ao nvel denossas vivncias atuais.

    Embora possa nos parecer espinhosa a tarefa da renovao ntima, proporo que nosafeioarmos a esses princpios norteadores do progresso, sentiremos nosso propsitos reforadospelos benefcios alcanados. E, imperceptivelmente, seremos introduzidos em novo campo de ao,onde tristezas, remorsos, ansiedades ou quaisquer outras formas de negativismo serodesarticuladas progressivamente ao contato das doces perspectivas que nos foram assinaladas pelaspalavras amorosas do Amigo Sublime: "Vs sois deuses", "Pedi e obtereis", "Buscai e achareis", "Batei

    e abrir-se-vos-".

    AMRICA PAOLIELLO MARQUES

    Rio de Janeiro, 1970

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    AO LEITOR

    com prazer e alegria que teo estes comentrios obra intitulada Evangelho, Psicologia,

    Ioga - Estudos Espritas, psicografada pela Dra. Amrica Paoliello Marques e tendo como autoresespirituais quatro nomes bem conhecidos.

    Como disse querida amiga Amrica, encontrei nesta coletnea de estudos um verdadeirofilo de ouro.

    O estudioso das verdades espirituais encontra neste livro jias preciosas como "RazesLgicas da Humildade", dispostas de uma maneira fcil a qualquer entendimento, levando o leitor acompreender melhor a virtude da humildade, que to difcil de ser vivenciada.

    Os temas de estudo deste livro so todos utilssimos para quem leva a srio a vivncia do

    Espiritismo.

    Rama-Schain demonstra uma profundidade e uma simplicidade enormes ao expor asuntos tosrios em palavras claras; mas, o que mais me encantou neste grande Esprito foi o amor que eledemonstra em seus ensinamentos.

    Ramatis j bastante conhecido e suas obras j so muitas e muito preciosas. Vemos que eleest sempre ligado aos problemas da mediunidade e da mente. A sua lio sobre "MaturidadeEspiritual" merece a nossa meditao.

    Quanto a Nicanor, ele nos encanta com sua maneira de escrever e sentimos nele, tambm, um

    grande amor e uma imensa dedicao obra do Cristo e Humanidade.

    Afinal, quem sou eu para dar opinies sobre esses autores espirituais, mensageiros celestes,que se comprazem em nos esclarecer, nos ensinando com amor o que j deveramos ter aprendidoh sculos...

    Sinto, apenas, que gostaria de ver muitas escolas espritas usando estas lies quecomplementam Kardec e nos ajudam a crescer para entender melhor Jesus.

    Na hora em que vivemos, urge aproveitarmos, cheios de gratido, esta messe deensinamentos, que por misericrdia do Cu, chega a ns, gritando aos nossos ouvidos surdos pelobarulho do mundo: Sursum Corda!

    Estudemos para adquirir a Sabedoria e vivenciemos os ensinamentos adquiridos, pois elesfaro crescer o Amor nas nossas almas. Sero nossas asas com as quais poderemos voar para asamplides do espao onde desejamos encontrar esses grandes mensageiros celestes.A eles, a nossa gratido. A querida Amrica, nosso abrao de amor e incentivo para que continueproduzindo para o Cristo.

    THIRZATH RIETTER

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    MENSAGEM FRATERNIDADE DO TRINGULO,

    DA ROSA E DA CRUZ*

    Este trabalho surge como um desafio a vossa capacidade de servir a uma causa controvertida ecolocar-vos na encruzilhada entre os interesses humanos imediatos e as necessidades espirituaisdesconhecidas pela maioria dos homens. Esse desafio atinge em primeiro lugar a vs mesmos, poisprecisareis submeter-vos, como cobaias, diversidade de sugestes opostas que surgem quando sepe em xeque a velha interrogao humana: "De onde venho e para onde vou?" Constitui, tambm,desafio aos pesquisadores honestos da realidade psquica, dispostos a enfrentar um alargamento infinitodo campo de ao na pesquisa e que j no creiam mais na lenda de caro, representada pela tristedecepo que o homem cultiva h alguns sculos sobre sua natureza espiritual. A verdade pareceintimidar o homem e ele no deseja ver suas asas de cera derretidas pelo foco central da luz da

    imortalidade. Decepcionados por sculos de fracasso na aplicao prtica dos princpios do Amor,descr de sua condio espiritual. Como seus antepassados construram sua forma de religiosidadesobre as asas de cera dos conceitos involutivos, no admite a possibilidade de ultrapassar oscondicionamentos negativos do passado no setor religioso. Na fase mtica da Humanidade o desejode superao externava-se em lendas como a de caro. Porm, tal como uma sria modificao sefez para concretizar o sonho do vo material como mais pesado que o ar, transformaes do mesmoteor se processam no setor espiritual ou psquico da Humanidade.

    Poderamos comparar a pesquisa psquica realizada at hoje com a vitria parcial, obtidapela navegao erea antes das mais recentes conquistas da cosmonutica.

    Assim como era visionria a obra de Jlio Verne, o grande profeta da cincia moderna, sotambm vistos hoje como crdulos os que afirmam que o mbito da psicanlise o esprito eterno eque a psicologia deve ser um terreno genrico, usado com o sentido de "estudo da alma" eabarcando todas as expresses do psiquismo humano. Mais ainda, seria conveniente que essa psico-logia ou "estudo da Alma" comportasse a psicanlise espiritual seguida sempre da procura de umapsicossntese, ou seja, uma viso globalizada do ser no tempo e no espao.

    Freqentemente, no tm sido os tcnicos os responsveis pela ampliao dos rumos doconhecimento humano. A classificao acadmica e o hbito de conformar-se s normas vigentescostumam exercer constrangimento sobre os estudiosos. Por vezes, um amador ou quase leigoconsegue vercom os olhos do esprito a direo aconselhvel s atividades que devem beneficiar o

    gnero humano.

    O trabalho espiritual de intercmbio com as Esferas Superiores costuma alargar asensibilidade do homem que deseja se colocar como instrumento do Amor sobre a Terra. No hnecessidade de que seja um esprito eleito. O prprio Cristo escolheu seus discpulos entre seresimperfeitos, capazes de neg-lo e de descuidar Sua misso grandiosa. Isso faz crer no Seu propsito dedemonstrar que o Amor pode sustentar-nos na batalha pelo bem, embora seja ainda muito pequenanossa condio evolutiva.

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    Cremos sinceramente que o Amor ao bem a bssola e exerce a mesma atrao magnticade uma polaridade segura com a Fora Criadora da Vida, ou seja, o nosso "norte" espiritual.

    "Pesquisar" a nossa forma de caminhar. Os que seguiram o Mestre na Terra, levados pelodoce magnetismo do Seu Amor aos homens, no sabiam bem para onde Ele os conduzia, mas se-

    guiam-No.O homem de cincia, hoje, no segue outro processo em suas pesquisas. Qual o investigador

    honesto que sabe de antemo onde sua busca o levar? Esprito desarmado de preconceitos, expe-se aosriscos da conquista que pressente. Pesquisar a alma humana em dimenses do que poderamosclassificar de "psicologia abissal" conhecer os atalhos atravs dos quais o homem desembocou naangstia dos tempos modernos e no temer descer s regies escuras do passado reencarnatriopara, em seguida, impulsion-lo grandiosa sntese do ser imortal - abismos inferiores e abismossuperiores, nos quais o HOMEM de hoje precisar aprender a arrojar-se, tal como a cincia materialdesce ao fundo dos oceanos, repositrio das reservas acumuladas pela Terra e lana-se igualmente aventura que o conduzir ao futuro intercmbio interplanetrio.

    Se a vossa atual psicologia, fragmentada e dividida, possuindo compartimentos estanquesdos quais a psicanlise um derivado to controvertido, se negasse aos vos mais altos dasinvestigaes espirituais do futuro "homem angelizado", assim como a conhecer os abismos opostosdos arquivos subconscienciais preexistentes a uma nica encarnao, permaneceria em posiosubdesenvolvida em relao a outros ramos da cincia.

    preciso superar o "complexo de caro" e tentar, agora com aparelhagem mais adequada,novos vos em direo ao domnio do vosso mundo psquico, tal como as outras cincias j dominam omundo material. A bela lenda grega o smbolo da impotncia humana diante do Universo. Certoque menos complexa a vitria sobre o mundo objetivo e material. Porm, qual o desafio que jconseguiu paralisar a capacidade de realizao do homem?

    No haver uma caminhada isenta de tropeos, mas no falamos em termos de utopia.Precisamos incentivar a realizao humana, contando com suas deficincias naturais.

    Sede valorosos e buscai novos recursos vossa pesquisa psquica. Nessa obra h pequenassugestes que constituem uma tomada de posio. Que possais aceit-las e utiliz-las dentro doverdadeiro esprito investigador - o que no se cr dono da verdade nem capaz de abarc-la porinteiro e que por isso se submete s presses internas e externas que o processo de crescimentoexige do homem como ser isolado ou coletivo.

    Paz e Amor

    RAMATIS

    * Mensagem trazida por RAMATIS FTRC em 4-9-1970, com referncia publicao da

    presente obra.

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    Invocao s Falanges do Bem

    Doce nome de Jesus,Doce nome de Maria,Enviai-nos vossa luzVossa paz e harmonia!

    Estrela azul de Dharma,Farol de nosso Dever!

    Libertai-nos do mau carma,Ensinai-nos a viver!

    Ante o smbolo amadoDo Tringulo e da Cruz,V-se o servo renovadoPor Ti, Mestre Jesus!

    Com os nossos irmos de MarteFaamos uma orao-.Que nos ensinem a arte

    Da Grande Harmonizao!

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    Invocao s Falanges do Bem

    Do ponto de Luz na mente de Deus,Flua luz s mentes dos homens,Desa luz terra.

    Do ponto de Amor no Corao de Deus,Flua amor aos coraes dos homens,

    Volte Cristo Terra.

    Do centro onde a Vontade de Deus conhecida,Guie o Propsito das pequenas vontades dos homens,O propsito a que os Mestres conhecem e servem.

    No centro a que chamamos a raa dos homens,Cumpra-se o plano de Amor e Luz,e mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder

    restabeleam o Plano de Deus na Terra.

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    Captulo 1

    Razes lgicas da humildade

    Prembulo

    O homem bem-intencionado, em determinado momento da existncia, sente a necessidadede adquirir uma cincia grandiosa ao contato com o semelhante. Procura adaptar-se realidadeambiente e, quando o consegue, diz-se que um ser ajustado, em plena maturidade ou, ainda, que um homem humilde, na acepo perfeita da palavra.

    Reluta-se, geralmente, na aplicao do ltimo termo, por haver ainda certa incompreensoquanto ao seu verdadeiro significado.

    A criatura habituada a impor-se no admite a necessidade de ajustamento ao meio e,quando se fala em humildade, imediatamente surge uma associao indesejvel com a humilhao.Convm, pois, esclarecer que humildade a busca voluntria e consciente de ajustamento s leisdo conjunto na vida e s ser humilhado aquele que sofrer a ao compulsria do meio sobre sisem compreender o aprendizado que ela representa. Se souber aproveitar as experincias, s

    engrandecimento lhe advir da ao corretiva que o ambiente exerce sobre sua individualidade.Os pesquisadores dos problemas da alma j encontraram, como concluso para seus

    esforos, a necessidade de cultivar sistematizadamente as virtudes evanglicas no ajustamento aomeio. Falta-lhes apresentar razes mais lgicas para que o indivduo se esforce no auto-aprimoramento, alm daquelas que dizem respeito arte de bem viver. Essas no so suficientespara reter a criatura, equilibradamente, junto s provaes consideradas por demais dolorosas.

    Anlise

    Analisando a humildade como sinnimo que de ajustamento e maturidade, chegamos

    concluso de ser ela formada por dois elementos:

    1. capacidade de auto-afirmao;2. reconhecimento da prpria pequenez.

    Por ser constituda de dois fatores aparentemente to contraditrios, compreende-se adificuldade sentida na sua procura por muitas almas bem intencionadas.

    Quem sente a realidade da vida e deseja ajustar-se a ela, projeta-se em realizaesostensivas na afirmao do prprio "eu". Sente a fora que impele sua evoluo e inebria-se diantedas prprias possibilidades. So as almas ativas, que muitas vezes pecam pelo excesso de auto-afirmao.

    Existem, simultaneamente, as que sentiram o contraste entre a grandiosidade da vida e asituao apagada da prpria individualidade e, mergulhadas na noo de suas limitaes, negam-seo direito de auto-afirmao.

    Entre essas duas atitudes, encontra-se a real humildade. Para conciliar aqueles doiselementos formadores da sublime virtude preciso recorrer a um fator comum que os rena numanicasoluo o que ser, justamente, o reconhecimento dos valores eternos.

    Aps analisara humildade, podemos ento compreender a sua composio. Assim comona qumica, para ser acelerada a reao de elementos de difcil combinao, utiliza-se um

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    Porm, a luta cansa quando no produz frutos positivos e surge o momento em que averdade pressentida. A alma comea a despir-se do personalismo para investigar as razes de suainsatisfao, da improdutividade de seus esforos.

    Embora no sinta o apelo ntimo da humildade como uma necessidade prpria, embora novibre na excelncia da harmonizao com o Todo, encontra-se na situao de quem precisa se

    orientar e lana mo dos recursos intelectuais para discernir os meios de alcanar a paz. quandocomea a perceber e admitir a existncia de uma razo lgica para seus padecimentos e que algopode ser feito para se livrar deles. Penetra mentalmente as razes maiores da vida, retirando, pormomentos, os olhos do seu mundo circunscrito e, a contragosto, comea a observar o que se passa volta. Identifica, surpresa, que a Criao constitui um conjunto harmnico de leis indestrutveisat ento ignoradas, pois ocupava-se exclusivamente em impor as de seu mundculo particular,com as quais as grandiosas normas da Vida estavam em contradio. Sente-se como se tivessedespertado para uma realidade nova de que, voluntariamente, se afastara.

    Entretanto, pressente grande segurana nas leis entrevistas e, para usufruir seus benefcios,desiste de contrapor-se a elas. Compreende que h duas grandes razes lgicas para a humildade:as universais e aspessoais.

    Observando o Universo, a alma arrebatada pelo sentimento grandioso de constituir umapartcula humlima da Criao com alegria, identifica a felicidade de ser pequena, como parteinfinitesimal da Obra do Eterno. Quanto mais se afina com a beleza da Vida, mais prazer encontraem ser humilde, por sentir-se ajustado a uma realidade grandiosa. No h mais luta pela imposiode valores fictcios.

    Vm, em seguida, as razes pessoais da humildade. Analisando-se, com iseno de nimo,pode a criatura ver como so falhos e acanhados os seus pontos de vista, como, egressa da OrigemDivina, afastou-se da compreenso adequada de seus prprios problemas, tomando-se incapaz deconquistar a felicidade. Novo aspecto imperativo da humildade surge aos seus olhos: no seuuniverso interior falharam as leis que adotara e a busca da paz tomou-se improdutiva. Ao sentir apequenez das leis que impusera a si mesma como as nicas aceitveis, encontra-se vazia deorientao. Sente ento a convenincia de fazer vigorar em seu mundo interior o conjunto de leisharmnicas observadas no Universo e vai, pouco a pouco, assimilando as noes bsicas da VidaEterna.

    Surge uma alma que se abre para o processo de retorno harmonia. Dois mundos que sechocavam - o pessoal e o universal - passam a absorver-se mutuamente. Desfazem-se os atritos. Opequenino ser, com a conscincia de sua condio, adquiriu a possibilidade de assimilar a parcelade harmonia que lhe cabe.

    Louvado seja Deus!

    Nicanor

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    Mensagem

    A VirtudeA "meia virtude" menos prejudicial do que a "falsa virtude". Por isso, a autenticidade,

    apesar de doer na alma, pode conduzi-Ia mais depressa correo dos erros do que o estadovirtuoso baseado na rigidez incorruptvel.Se h rigidez, h estacionamento. Congelam-se em um determinado grau as possibilidades

    latentes da alma. Permanece incapaz de sentir o calor do erro que se incinera na pira das vivnciasrduas, impedindo que, aps a incinerao, possa ser queimado o incenso purificador, ao calor davibrao do remorso, que termina por permitir sejam lanados nas brasas dessa consumioingredientes produtores dos suaves aromas purificadores.

    Jesus afirmou que "no veio trazer a paz, mas a espada" e que se encontrava ansioso paraque "o fogo se alastrasse" no cumprimento de sua misso.

    Aps a tarefa cruenta de consumio dos resduos espirituais negativos, o Senhor lanasobre as brasas do remorso as ervas aromticas do Seu Amor. E o perfume inefvel de purezarenova o ambiente espiritual do discpulo, aproximando-o de uma virtude mais slida.

    Sede fortes para suportar a incinerao dos erros do passado. Permanecei consciente dagrandiosidade da tarefa que vos confiada e que representa um perodo de consolidao das forasque sustentaro as possibilidades conquistadas.

    Estas possibilidades so como um mecanismo montado, pea por pea, no esforo depreparao para a misso que nos foi entregue. Entretanto, para que funcione, toma-se necessrioobter combustvel. Qual ser ele? Sero nossas aquisies, as foras que possumos em estadolatente.

    Posta a mquina em movimento, pesquisemos. Qual a fora que a impulsiona? precisoobter o auxlio de uma centelha de ignio. Ela est representada pelo Amor Divino que seexpressa em ns atravs da vida. Essa centelha desenvolve um processo de queima capaz deproduzir os vapores responsveis pelo impulso a ser impresso mquina.

    Queima-se, ento, o combustvel (nossas aquisies anteriores positivas ou negativas)atravs das realizaes que nos cabem no panorama da vida. A parte positiva, associada centelhade ignio do Amor Divino, produz novas energias, um potencial benfico de realizaes. Oscomponentes negativos esto representados nos resduos que permanecem para serem eliminadoscomo indesejveis.

    Certamente que os gases dessa eliminao desagradam, porm, como aproveitar o potencialexistente em ns se no nos conformarmos em utiliz-lo na produo de trabalho para selecionar,aproveitando a parte positiva e desenvolvendo-a?

    Nosso esforo se apresenta desagradvel nas escalas inferiores da evoluo por contarmossomente com combustvel de qualidade inferior. Porm, com o tempo, trilharemos estradas maisprogressistas, obtendo material mais puro para a combusto do esforo que nos compete.

    Jamais duvidemos de nossas realizaes como esto programadas. Se duvidarmos serdesfeito o liame da sintonia com as fontes de nossa recuperao.

    No esforo de reaver a sintonia sempre que for perdida, reside o processo de renovaoexecutado atravs das normas de autenticidade.

    Tende f. O Senhor jamais vos desamparou.Paz,

    Nicanor

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    Captulo 2

    Magnetismo e Mediunidade

    Equilbrio Espiritual e Trabalho Medinico

    Prembulo

    Desde que as correntes do Oriente e do Ocidente reuniram-se para formar as Fraternidadescom tendncias a universalizar os ensinamentos espirituais, h necessidade de analisar acontribuio que cada qual pode trazer aos ideais de progresso na Terra.

    Desejamos, pois, estudar a mediunidade como instrumento de equilbrio e o trabalho dedesenvolvimento medinico como contribuio das correntes do Ocidente na conjugao dosnossos esforos para o Bem.

    Iniciaremos por apresentar uma comparao entre as foras magnticas que regem ossistemas planetrios e as que estabelecem o ajustamento ntimo de cada esprito.

    Existem no Universo sistemas constitudos por planetas a girar em torno de seusrespectivos sis. Esses sistemas formaram-se pelo deslocamento de massas provindas do centro decada qual, que continuam imanadas que lhes deu origem, dela recebendo energias vitaisestimuladoras do progresso. Simultaneamente, esses corpos celestes exercem influncia recprocae forma-se, assim, entre eles, uma corrente magntica em constante fluxo e evoluo. De orbesinspitos passam os planetas a mundos primitivos, a locais de expiao e provas e, finalmente, amundos regenera dores e progressistas, numa escala infinita de ascenso. O centro do sistema que o Sol recebe da Fora Central da Vida a energia vital que distribui, tanto mais perfeitamentequanto mais se aprimoram as emanaes magnticas de cada um de seus planetas.

    Com os indivduos sucede algo semelhante. Possuem uma Centelha de Vida a funcionarcomo o centro do sistemaespiritual que constituem.

    Dessa Centelha, que recebe aenergia magntica da ForaCentral da Vida ou Deus,desprendem-se as "formaesplanetrias" representadaspelas virtudes, as quais, porsua vez, evoluem do estadoprimitivo ao apogeu de umdesenvolvimento completo.So elas a Humildade, aConfiana, a Alegria, a

    Coragem, a Serenidade, aPersistncia e a Renncia.Recebendo, atravs daCentelha de Vida, a foravital, elas se aprimoram,influenciando-se mutuamente.

    Figura 1

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    Com o correr do tempo, a energia criadora expandida, cada vez com maior intensidade,pela Centelha de Vida, que irradia constantemente a sua volta, estimulando o processo deharmonizao magntica do conjunto. So intensificadas as trocas de energia dentro do "sistemaindividual" e as virtudes, como planetas a girar em torno da Centelha de Vida, desenvolvem-se emum grau crescente de perfeio, como sete orbes a se influenciarem profundamente. A semelhana

    das cores do espectro solar, as virtudes reunidas formaro a "luz branca" do Amor, tanto maisintensa quanto mais se fortaleam seus elementos componentes.No desenrolar do processo de harmonizao magntica da alma, preciso atentar

    inicialmente para a necessidade bsica do ser humano que a Humildade, capaz de proporcionarrenovao diante das situaes mais rudes da vida. Surgir, ento, a Confiana em si pelacapacidade de ajustamento, e em Deus pelo reconhecimento de Sua sabedoria. Em seguida vir aAlegria de viver nas bases dessa Confiana e ser fcil renovar a Coragem quando exista alegriaespiritual. A Coragem, por sua vez, garantir a Persistncia na conquista dos valores eternos e oser granjear, desse modo, a virtude da Serenidade. Por sua vez, a impassibilidade na luta poderproporcionar-lhe a tmpera necessria a exercitar a Renncia, coroamento de todas as outrasconquistas, tornando o indivduo apto a colaborar na obra da Criao, sem consulta aos interessesindividualistas.

    Assim prossegue o trabalho de conquistar a harmonizao magntica do sistema individual,intensificada proporo que, pelo aprimoramento constante, os planetas - as virtudes - evoluremtornando-se capazes de dar vazo, de forma mais aperfeioada, energia magntica do AmorUniversal.

    Quando as trocas internas do sistema atingem um nvel de harmonia mais completa, oconjunto torna-se capaz de receber e transmitir, em maior grau de pureza, a energia criadora quelhe irradiada da Divindade, da Usina Universal. Ento diz-se que o esprito atingiu a plenitude desuas possibilidades, aquele estado designado pela expresso "Eu Sou".

    Anlise

    Observando a beleza e sabedoria das leis que regem esses sistemas, tanto no plano csmicocomo no individual, somos possudos pelo anseio de definir sua finalidade, pois a ordem e aexatido de seu funcionamento falam-nos claramente de um objetivo a alcanar, sem o qual nadateria razo de ser. E conclumos que toda a Criao tem o objetivo de "expressar a divindade", ouseja, "tornar-se instrumento da vontade do Eterno". Ora, ser instrumento ser medianeiro,intermedirio. Recamos ento na concluso de que a Criao, em sua totalidade, tem o objetivoprecpuo da mediunidade e que tudo evolui com a finalidade de harmonizar-se magneticamente, afim de melhor entregar-se ao trabalho de afinao com o magnetismo puro por excelnciaemanado da Fora Central da Vida.

    Dentro de uma orientao sadia, os seres so capazes de atingir o grau de mediunidadeperfeita, sem choque e na posse do domnio completo de suas trocas magnticas com a Fonte daVida, tornando-se senhores das foras que regem o Universo e o prprio ser.

    Entretanto, grande nmero de almas desviou-se e entre elas encontram-se os homens daTerra, planeta de expiao e provas. Afastam-se da linha de uma evoluo harmoniosa e, emconseqncia, o magnetismo de seus sistemas encontram-se em desequilbrio.

    Porm, os mundos obedecem, em sua evoluo, a uma programao e cada ciclo evolutivotem sua poca estabelecida.

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    Houve um grande desvio na evoluo do homem, pois ele deixou esquecidas as suaspossibilidades de realizao no plano espiritual. Se assim no fosse, poderia alcanar o domniototal das foras da natureza e do prprio sistema espiritual, como fizeram os espritos iluminadosdo Oriente e tambm entre vs se verifica nas sesses de efeitos fsicos, materializando edesmaterializando objetos, num perfeito controle da constituio ntima da matria. Esse domnio

    completo da Vida representa uma intensificao das trocas magnticas entre o "criado" e o"Criador" .Como essa parte foi relegada ao esquecimento, restou criatura humana a experimentao

    no plano fsico, que a levou a uma descoberta estarrecedora: a libertao da fora atmica, ou seja,o domnio da matria densa atravs de processos artificiais violentos. O bombardeamento dotomo colocou nas mos do homem perplexo uma fora que o intima a reexaminar todos osvalores dentro dos quais tem vivido. Senhor de poderes de vida ou destruio nunca igualados, aprincpio desnorteia-se, mas ser forado a uma deciso viril de auto-renovao, aps concluirsobre os perigos do mau uso dos poderes materiais que j consegue manipular. No h maisapelao: renovar ou perecer.

    Concluso

    No mbito do progresso espiritual algo semelhante sucede. Terminado o prazo decontemporizao, por ter o planeta atingido o fim de mais um ciclo, preciso pr-se o homem altura dos bens materiais de grande envergadura que lhe foram entregues e isso s ser possvel seacordar em si a conscincia da sua condio real de esprito em evoluo.

    Assim como os homens encarnados encarregam-se de libertar a energia contida nos tomos,os espritos desencarnados incumbiram-se de despertar, na constituio perispiritual do homem, asforas latentes, das quais ele jamais se recorda. Ento, os ncleos da sensibilidade, ou seja, oschacras, comeam a ser "bombardeados" por fluidos de toda espcie, surgindo o desajustemagntico causado pela mobilizao de energias at ento adormecidas no homem. Ele est sendoforado a decidir-se: ou d ouvidos s intuies sadias de progresso que lhe chegam atravs dodespertamento da mediunidade ou deixa-se exaurir em choques infindveis. Os fluidos das AltasEsferas Espirituais funcionam como um reforo de energias, exatamente como se o homemconstitusse uma substncia comum que sofresse a influncia de altas potncias radiativas, a fim deimpregnar-se das energias curadoras e benficas que possa transmitir ao semelhante e ao prprioser.

    Esse o processo utilizado no presente para estimular a harmonizao magntica das almascujo progresso encontrava-se retardado e que se comprometeram a um esforo intenso derenovao. So os mdiuns, necessitados de desenvolver intensa atividade para aprender asintonizar seus sistemas espirituais com as correntes magnticas mais puras, conquistandolaboriosamente um grau evolutivo mais harmonioso, ou seja, o equilbrio espiritual.

    Assim como a energia atmica pode ser empregada na cura de molstias, noaperfeioamento da agricultura e no progresso industrial, a energia magntica escoada atravs damediunidade pode acelerar a harmonizao do sistema espiritual do homem, tornando-o capaz dearmazenar foras a bem do progresso geral e individual.

    No passado havia possibilidade de esperar a harmonizao magntica natural do ser, ouseja, a mediunidade natural perfeita. Hoje, em virtude dos acontecimentos do fim do ciclo, preciso aceler-la atravs de processos artificiais. O progresso material no pode permanecerdissociado do progresso espiritual e se o homem tornou-se senhor da vida material do planeta,

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    preciso que seja capaz de aprimorar a conscincia espiritual que preside a vida, para que seharmonize com a existncia que lhe foi concedida.

    Eis por que, mesmo aqueles que no passado seguiram os ensinamentos do mentalismooriental, estimulam hoje o desenvolvimento medi nico que outrora condenariam, pois os temposmudam e o progresso do esprito apresenta exigncias novas, s quais precisamos adaptar-nos.

    Paz e Amor,

    Ramats

    Nota do mdium - Como complemento ao estudo do presente tema, foi-nos trazida uma vidnciaesclarecedora. Seres humanos soterrados num tnel, no qual em breve no haveria mais oxignio e, muitomenos, alimento. Para eles, havia duas escolhas: ou perecer por asfixia ou tentar abrir passagem comrisco de provocar desmoronamentos.

    Assim so os mdiuns. Soterrados nas concepes negativas agasalhadas por milnios, antes queo Planeta sofra a renovao do final dos tempos, receberam a oportunidade de "cavar um tnel" para asada em direo Luz. Embora haja riscos nessa empresa, ela representa a oportunidade ltima de

    despertar-lhes a sensibilidade espiritual a tempo, pois, se no se sentissem em perigo, no teriamcapacidade de, por si mesmos, despertar para a sua real condio de espritos necessitados derenovao.

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    Mensagens

    "Venho concitar-vos..."

    Venho concitar-vos a que vos arvoreis patronos de vosso prprio progresso espiritual. Noespereis que ele vos venha de fora. Se em vs no crerdes, quem o far por vs? Tende compaixode vs mesmos. No permitais jamais que a dvida destrua vossas melhores possibilidades. Qual arazo suficientemente forte para impedir vosso progresso, se a Lei assim determina e se vsestiverdes decididos a colaborar?

    No negueis a nossa presena junto a vs, sob a alegao de que disso no sois dignos, poisseria negar a nossa boa-vontade para convosco. Somos, sim, espritos que j transpusemos a faceem que vos encontrais, mas cuja felicidade maior consiste em de vs nos aproximarmos, sentindovosso desejo sincero de corresponder ao nosso propsito de auxiliar.

    Nenhum esprito por demais evoludo, dos que aqui na Terra viveram, para que, por vossointermdio, se comunique. Guardamos todos um lao profundo de fraternidade, pois que domesmo orbe auferimos as fontes do progresso e sentimos o sagrado dever de nele laborarmosindefinidamente, pelo progresso coletivo.

    Confiai, pois o Senhor vela por vs e conseguir extrair do vosso ntimo todas as vossasmelhores possibilidades.

    No nos negueis jamais a vossa colaborao sob pretexto algum. Estareis abandonando aluta, em que so exigidas de vs a coragem e a firme determinao de procurar os melhorescaminhos, embora sabendo que nessa procura h o perigo de errar.

    Procurai ser humildes diante do Senhor e todos os caminhos vos sero abertos. Diante Deletodas as criaturas so iguais e nesses termos que estamos aqui para colaborar conosco. No vosofusquem as claridades espirituais de que somos intermedirios e que, notai bem, no sopropriedade nossa.

    Colocai-vos conosco, no mesmo plano de humildade, diante de Deus e s isso que de vsesperamos para que, com as almas entrelaadas no mais fraternal amplexo, possamos, com ocorao cheio de paz e felicidade, elevar a nossa prece a Deus, por meio do trabalho infatigvel.

    A luz espiritual que vos banha neste momento tem por finalidade demonstrar-vos aintensidade da paz e do amor que vos envolver quando vos situardes entre aqueles cujo nicoobjetivo na vida cumprir a vontade do Pai.

    grande o nmero daqueles que se acercam de vs, solicitando-vos para a meditao emtomo dos planos verdadeiros da Vida. Procuramos atrair-vos insistentemente ao nosso convvio erecebemos os vossos pensamentos de amor para conosco com intensa felicidade, pois o que amaisem ns so os sentimentos de amor e de verdade que procuramos transmitir, da forma maispurifica da que nos possvel.

    As afinidades eletivas que em vs vibram relativamente a ns, iro com o tempo, cada vezmais, se acentuando, pois que o vosso proceder mais se aproximar da conduta esclarecida e bela,que procuramos incentivar sob a forma de amor irrestrito e incondicional a tudo que se relacionacom a verdadeira vida.

    Os pequeninos obstculos que tendes vencido j vos tm servido de comprovaosuficientemente abalizada para que continueis nesse trabalho definitivo, do qual nada nemningum vos poder afastar. Se em vs confiais, senti-vos fortes como o carvalho que no se dobradiante das borrascas.

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    Roteiro para alcanar a vitria espiritual no esforo medinico

    Coragem(Domnio da mente)

    (Tringulo)

    Modificar totalmente a atitude espiritual de receio diante do trabalho medinico. Receber,confiante, o Amor que trazido como prova de benevolncia do Pai. O mdium bem-intencionadopenetra a esfera de ao que lhe destinada com um amparo excepcional, como crdito relativo sboas intenes que alimenta. Se no realiza a contento, apesar do envolvimento de Amor que lhechega, culpe-se o receio (falta de f e coragem) que permite vicejar em sua alma.

    Serenidade(Domnio da sensibilidade)

    (Rosa)

    Dominar a emotividade, evitando alimentar a alma com vibraes negativas que a viciamnum padro vibratrio muito poderoso junto a situaes penosas. Tudo pode transformar-se emhbito, se assim o permitirmos. A alma sensvel pode, em virtude de sua natureza vibrtil,acostumar-se a uma atmosfera espiritual de tenso emocional capaz de prejudic-la no exerccio damediunidade, pois essa requer um campo favorvel s vibraes harmoniosas.

    Amor(Unio com a vibrao crstica)

    (Cruz)

    As duas primeiras recomendaes so necessrias para que o esprito se predisponhafavoravelmente ao trabalho. Entretanto, para que o realize com xito, preciso que atenda recomendao mxima da Lei: ame a Deus sobre todas as coisas, desejando pr-se a Seu servioincondicionalmente, por ideal, com alegria, como quem ama realmente o seu objetivo, que servirao Pai; ame a si mesmo, realizando serenamente o trabalho de auto-renovao, tendo caridade,pacincia e amor para com sua individualidade eterna, como partcula do Grande Universo e,finalmente, consiga, atravs da observncia das duas primeiras partes, amar ao prximo como a simesmo, por consider-lo parte do mesmo todo de que provm.

    preciso, entretanto, aprimorar o conceito que fazemos da vibrao do Amor. Ela possuiuma gradao sentida com clareza proporo que o esprito evolui. A alma predisposta ao bemsofre a atrao da Fora Central da Vida e, no crculo ainda denso em que se situa, tocada por

    essa atrao magntica, produzindo em sua sensibilidade um choque emocional que a deslumbra earrebata. Essa a primeira fase do Amor, a mais elementar; toma o nome de emoo e abre asportas para conquistas mais perfeitas no futuro.

    A proporo que, sob o impulso inicial produzido pela emoo do contato com as forassuperiores da vida, a alma envereda pelos caminhos certos, vai obtendo maior sintonia com a Luz,sentindo-a com mais perfeio. O fenmeno de sua ligao com ela deixa de possuir os aspectosvibratrios de transitoriedade, caractersticos da emoo, para adquirir o valor estvel da categoriadossentimentos incorporados sensibilidade.

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    Essa segunda fase da manifestao do Amor Crstico expressa-se atravs de um estadoconstante de predisposio ao bem. Porm, como ainda uma conquista em processo deconsolidao, exige do esprito uma orientao voluntria constante no sentido de executar suastarefas de acordo com a Lei.

    H nuances da vibrao do Amor entre a primeira e a segunda fase, inclusive porque

    nenhum ser passa repentinamente de uma para a outra, mas, sim, de forma gradativa e intermitente.Durante a segunda fase, o ser ainda vibra na conscincia da prpria individualidade, pois, apesarde j se ter desfeito da camada dos fluidos primitivos, ainda leva consigo um vu a separ-lo daintegrao perfeita com o Todo. Essa fase atingida em sua plenitude pelos homens queconquistaram na Terra uma situao de destaque no servio coletividade por amor ao Bem. Soos iluminados, que deram testemunho de esforo constante para alcanar o esquecimento de simesmos.

    A terceira fase, porm, aquela que atinge a integrao total com a pureza do Amor Crstico,bem poucos foram capazes de alcanar e assim mesmo o fizeram em determinados instantes decompleta lucidez espiritual. Existe nela uma fora que unifica o ser com a Grande ConscinciaPlanetria, atravs do esquecimento completo da prpria individualidade, para somente restar aconscincia do Eu Realem sua maior grandiosa manifestao. Nela a alma no busca a confiana,a serenidade ou o amor porque ela , de forma absoluta, todas essas vibraes no grau maisapurado que pode ser atingido. Foi assim que Jesus proclamou: "Eu e o Pai somos Um".

    Estudando as vrias gradaes na conquista do Amor Crstico, desejamos orientar-vosquanto possibilidade de transformar vossas emoes amorveis em uma estabilidade espiritualcapaz de vos proporcionar as alegrias da evoluo. necessrio que se faa esse aprimoramentopara que o esprito no estacione no plano das emoes agradveis, mas fugazes. Para isso,aconselhamos o exerccio da orientao da emotividade pela mente vigilante, capaz de colher nocampo emocional as vibraes benficas, estendendo-as ao terreno da conscincia, distribuindo-as,aps purific-las, a toda a sensibilidade, que se beneficiar com a higienizao realizada pelopoder da vontade.

    Passai, pois, da fase do amor-emoo para a do amor-sensibilidade consciente eesclarecida, para que no futuro chegueis conquista de todo o vosso ser, na integrao com a Luz,que emanao doAmor em Sua Pura Essncia.

    Ramats

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    Intuio Pura

    - Qual a diferena entre mediunidade intuitiva e Intuio Pura?- Na mediunidade intuitiva o intermedirio instrumento de outra mente. Na Intuio Pura

    o esprito penetra esferas de pensamento de onde recolhe os valores buscados. Pode identificar ouno a existncia de outra mente ligada ao que percebe. Sua percepo pode ligar-se a umaatmosfera espiritual para traduzi-la em palavras ou atos, por se ter impregnado do que vibra em taisambientes.

    - No haver maior perigo, para o mdium, de ser mistificado em tais circunstncias?- Tanto nessa quanto noutras formas de captao o perigo sempre o mesmo: a ausncia da

    vibrao crstica. No ser por estar submetido a esse ou quele fenmeno que o mdium serenganado ou se enganar a si mesmo. O animismo fenmeno comum proveniente do esprito domdium e no do tipo de fenmeno a que se submete.

    Estais todos sujeitos ao animismo, tanto como mdiuns diretos ou indiretos.- H alguma diferena entre o trabalho do mdium direto e o do indireto? Ambos no

    captam pensamentos que no lhes pertencem?- A mediunidade direta uma conquista do esprito, que a vai obtendo proporo que

    afina sua individualidade eterna com determinadas esferas espirituais, por sua dedicao a elas epelo desenvolvimento de sua rede de chacras. conquista inalienvel, que s a desafinao, pornegligncia pessoal, pode prejudicar . No caso de haver uma busca permanente de afinao com oBem, essa Intuio Pura se acentuar e ser presente em todos os momentos na alma que aconquistou.

    Dentro dela h uma infinidade de gradaes e nem sempre seu portador tem conhecimentodela, se no foi esclarecido pelos estudos especializados do processo evolutivo. Ela surge nasalmas conscientemente dedicadas a uma tarefa de Amor, mesmo que nunca tenha ouvido falar emespiritualismo ou em medi unidade. um fenmeno de evoluo, no significando, porm, final de

    evoluo, mas, sim, incio de uma nova etapa.- Gostaramos de maiores esclarecimentos.- A Intuio Pura comparvel ao ato de "ler" nos registros etricos. O esprito "sente" e

    "vive" o que sente, integrado esfera que o conduz a novas realizaes.- Estar isento de errar da por diante?- Tal gradao representa um certo grau de acrisolamento espiritual, porm, nunca a

    infalibilidade. Seus erros, porm, sero atenuados pelo autoburilamento a que j se entregaconscientemente. Jamais afirmaramos a existncia de um esprito infalvel, pois tal prerrogativano acessvel s almas em evoluo. Seus erros, porm, tero repercusso mnima, imperceptvel,muitas vezes a no ser a ele prprio.

    No temais os erros. Temei as certezas definitivas, pois essas, sim, sero sempre os erros

    camuflados de infalibilidade. Tudo que hoje nos parece absolutamente certo ser corrigido paramelhor quando novas capacidades nos atingirem no processo evolutivo. Em relao ao Perfeito,estamos sempre errados e, no entanto, em nosso grau, estamos certos. O Amor o grande manto decaridade que a Vida estende sobre nossas imperfeies inevitveis.

    - Como uma criatura humana, cheia de falhas naturais, poder ser digna de conquistasespirituais como a Intuio Pura? No ser essa uma prerrogativa dos chamados Santos ouEspritos Puros?

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    - Se para comear a purificar-se j se precisasse ser puro, no haveria lgica nem sentidoem tal processo. A Intuio Pura uma percepo espiritual que se acentua proporo que oesprito evolui. Representa um meio de progresso e no o progresso em si. Os prprios seres quedenominastes Santos foram, em grande parte, batalhadores silenciosos contra suas prpriasimperfeies. O que lhes angariou estima geral foi, justamente, o fato de usarem a Intuio Pura

    para se defenderem de suas deficincias e beneficiarem a Criao, nos mais ardentes louvores aoCriador. Seus espritos sofreram e choraram, no s pela incompreenso geral, mas, tambm, pelaprpria incapacidade de realizao de seus ideais de perfeio. Se a Espiritualidade tomasse a si areviso dos processos de canonizao, transformaes estarrecedoras se fariam sentir em taisclassificaes. Os verdadeiros Santos no costumam descer Terra e o prprio Cristo afirmou que"s o Pai bom".

    Por que, ento, haveis de descrer de vossas capacidades nascentes? No duvideis de Jesusquando afirmou: "vs sois deuses" 1. O medo jamais construiu alguma coisa. Tomai sobre osvossos ombros a carga pesada de vossos dbitos e amai as provaes a que sereis submetidos,porm, sem jamais temer pela vossa capacidade de realizao com o Senhor. No vos negueis aatender ao Seu chamado pelo temor de errar. Seria essa uma forma terrvel de alimentar o orgulho.

    1 - Joo, 10:34

    Ramats

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    Esclarecimentos

    - Um mdium pode ser perturbado e no perceber?- Se for bem-intencionado e vigilante, ser alertado em primeiro lugar diretamente pela

    desafinao vibratria em que se sentir envolvido. Esse alerta poder ser reforado por percepo

    de outros mdiuns.- Os componentes de uma corrente podem estar envoltos coletivamente para impedir a

    realizao de um trabalho, sendo-lhes dificultada a compreenso e a aceitao de um determinadoensinamento?

    - Os ensinamentos s sero acessveis s mentes que prepararam os degraus de acesso srealidades que lhes sejam novas. Se, alm disso, abrem campo Espiritualidade, rotasinfinitamente largas lhes sero acessveis. No entanto, embora buscando acertar, muitas vezes ohomem vtima de suas cristalizaes mentais, que o induzem a desconfiar das interpretaes maisavanadas do Bem. dessa situao que os espritos perturbadores se utilizam para retardar osesclarecimentos necessrios. No so propriamente eles os causadores do entrave expanso doBem. Incumbem-se somente de reforar as tendncias subconscientes j existentes no campo

    psquico dos encarnados, alimentando-lhes as predilees.- Tal situao pode se verificar em grupos bem-intencionados?- Por serem bem-intencionados, os grupos no esto isentos das responsabilidades dos erros

    de seus componentes. O progresso s se consolida proporo que o prprio esprito se dispe atranspor as barreiras das suas cristalizaes mentais e emocionais. Os trabalhos espirituais noforam programados para impor artificialmente noes mais elevadas das Verdades Eternas, maspara estimular seus componentes a abrir os canais da inspirao pelo exerccio da autocorreo.

    - Nesse caso, os Guias no saberiam, de antemo, ser intil a transmisso de taisensinamentos?

    - Algumas vezes preciso alertar, apesar da ausncia de receptividade. Justamente quandose trata de grupo bem-intencionado, os alertas se repetiro nas formas mais diversas. De que

    valeria existirem mdiuns e Guias seno para que a Espiritualidade procurasse abrir brechas napenumbra da condio humana?- No caso de tais dvidas, de que forma se poder solucionar um problema to complexo?- Os orientadores da Espiritualidade so pacientes e compreensivos. No podero nunca

    tripudiar sobre convices arraigadas dos seres humanos, sabendo contemporizar e continuar aassistir os servos sinceros, na medida em que desejarem praticar o bem. Tanto assistiro os quedesejam caminhar em ritmo mais moderado, como no condenaro o mensageiro que entregou suamensagem, embora no fosse ouvida.

    Em ambos os casos s o Amor ser o remdio capaz de fortalecer e amparar, pois cada qualv a Luz com a intensidade que seus olhos suportam. Porm, a ningum ser lcito condenar.Somente o Amor capaz de "cobrir a multido dos pecados", formando o clima propcio, de um

    lado, para a retirada das "escamas" que impeam, a viso clara e, de outro lado, proporcionando agrandiosidade dos sentimentos de tolerncia e pacincia que o Bem exige de seus mensageiros,quando decidem avanar destemerosos. O servo ter que desenvolver pacincia ilimitada se decidirseguir o Mestre. Ele no encontrou quem O entendesse. Quanto mais avana o Seu seguidor maiss se sentir em relao ao prximo. E, quanto mais s na Terra, mais prximo do Senhor, se porEle que as trevas o esto perseguindo.

    Se souber amar como Ele amou, ter achado o Caminho e toda divergncia ser incapaz deferi-lo.

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    - O servo muito visado, embora desejoso de prosseguir, pode perder a confiana,principalmente se sua confiana apontada como vaidade.

    Que olhe para dentro de si mesmo e analise. Sua conscincia apontar a razo de seus atos.Quem no esteja capacitado para tal anlise nada mais ser capaz de realizar em matria deespiritualidade.

    - Porm, os mdiuns no se iludem freqentemente em relao a si mesmos?- Gostaramos de saber quem pode se afirmar incapaz de iludir-se? Os prprios queafirmam estar o mdium vaidoso podem estar vendo o argueiro que realmente existe nele, sem vera trave no seu prprio olho.

    Por um mecanismo de defesa subconsciente, o esprito se furta ao conhecimento de seuerro, projetando-o sobre o prximo, que poderia alert-lo. Denegrindo quem poderia esclarec-lo,sente-se livre do dever de corrigir-se, o qual lhe seria penoso. A prpria psicologia j reconhece omecanismo de que o analisado odeia ou hostiliza o analista por defesa instintiva, pressentindo queele o far sofrer a dor da renovao. Assim, todos os seres reconhecidamente capazes de forneceresclarecimentos e renovar o psiquismo de outrem so, inconscientemente, hostilizados, sem quedisso o indivduo "ameaado de renovao" tenha a menor idia. Por no existir uma intenoconsciente de hostilizar ou de desacreditar, remota a possibilidade de reconhecimento dessemecanismo por parte de quem est sob sua ao, a no ser que um fato inteiramente estranho aoproblema em foco venha projetar luz sobre o subconsciente que se defendia dela.

    Geralmente isso pode suceder num momento em que as defesas conscientes hajam seafrouxado. Ento o ser sente-se "chocado" pela deficincia que o influenciou to prolongadamente,sem que pudesse not-la. Entretanto, esse um processo que pode exigir longo tempo, se o espritono estiver interessado em admitir conscientemente sua deficincia.

    Em caso contrrio, se se prope a admiti-la, seja qual for a dor do reconhecimento, serpresa de profunda depresso, porque admitir, em sua zona consciente, o mal que ocultava noporo da mente e passar a viver com ele, suportando sua condio, vendo-se tal qual , at que,pela humildade de no resistir ao reconhecimento integral de sua prpria condio negativa,chegar a repudi-la em toda a extenso de sua conscincia eterna, sem os conhecidos "truques"psquicos de camuflar-se para obter de si uma opinio mais favorvel.

    Tudo isso, que sempre foi familiar aos grandes msticos por intuio, revelou-o Freud aohomem leigo, fornecendo um sistema de trabalho acessvel a todos, dentro do qual o esprito eternopoder olhar-se a si mesmo com horror construtivo, capaz de produzir a autntica reao dahumildade, desde que o processo consiga desvincular-se das interpretaes puramente materialistas(ver caps. VI e VII).

    Enquanto o homem no adquirir esse mecanismo e temer conhecer sua prpria realidade,estar longe de soar sua hora de redeno. Mesmo aqueles que orem e faam o bem a seu prximoestaro impedidos de faz-lo a si mesmos, pelo pudor falso de se verem na integral franqueza queadormece no subconsciente.

    Eis a frmula cientfica da humildade: permitir a emerso dolorosa da realidadesubconsciente para cobri-la com o perdo e chegar a modific-la pela ao das vibraes do Amorque tudo redime.

    Ramats

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    Captulo 3

    Iniciao e Cristianizao

    Prembulo

    A Humanidade passa por uma fase decisiva.Como a criana amparada por seus pais, vem sendo orientada com desvelo pelos emissrios

    divinos. No perodo inicial de sua evoluo, recebeu o apoio minucioso que exige a primeirainfncia, quando os responsveis incumbem-se de prover todas as necessidades de seus filhosimersos na semiconscincia da primeira etapa da vida, isolando-os das conseqncias de seusprprios erros, por considerarem os enganos como inevitveis a um discernimento ainda noconsolidado.

    O tempo passa e a personalidade se afirma. Impe-se que seja acrescentada formaomoral do pequeno ser a capacidade autodiretiva para que desabrochem em sua plenitude os valoreslatentes, num clima sadio de responsabilidade e discernimento. A prpria formao dapersonalidade exige seus direitos de autonomia e o orientador v-se na feliz contingncia de

    alforriar gradativamente o educando, auxiliando-o a conjugar os valores da liberdade e do dever.Porm, uma caracterstica da mentalidade em formao vacilar ante o imperativo de

    abandonar os hbitos de despreocupao da infncia, embora sonhe ardentemente com o momentode integrar-se s realizaes adultas. E o educador ao perceber a revolta que se apossa da alma doeducando, quando esse compreende que s conseguir xito no ambiente adulto se submeter-se aosdesanimadores exerccios da pacincia, da perseverana e da renncia s facilidades infantis. Sorriporque sabe que, na alma bem-formada, o desejo de realizao ser mais forte do que o amor irresponsabilidade da infncia e ir aos poucos amoldando-se s disciplinas em troca da felicidadede concretizar seus sonhos dentro da vida.

    A um certo grau do processo evolutivo percebemos vossos espritos envoltos pela alegriainterior de uma esperana de realizao espiritualmente adulta. Amadureceis, ento, como o

    adolescente, reajustando valores que o livrem de uma atividade desastrosa. Entrega-se ao aprendiztarefas proporcionais aos valores que adquiriu, experimentando-lhe a capacidade de aplicao, paraque as conquistas ntimas amaduream proporcionalmente s luzes que alcanou. comum ojovem irritar-se diante das limitaes que lhe so impostas, mas reconhecer mais tarde que elasforam feitas por amor.

    Mergulha na inconformao enquanto sua mente no se apercebe das razes benficas doprocesso evolutivo. Por isso aconselhvel que o panorama da vida seja estudado, pois o espritoem formao tornar-se- senhor de argumentao slida, que impe a disciplina evolutiva comofator primordial do equilbrio, base essencial do progresso.

    assim que estudaremos convosco os caminhos da iniciao espiritual, como o pai queintroduz seu jovem filho nos mistrios da vida a serem enfrentados fora do lar. Dirijo-me queles

    que, embora intimamente ligados Doutrina Esprita, orientaram-se para os estudos profundos damente como meio de influir na aplicao dos ensinamentos cristos. Entre vs fizeram-se sempreveneradas com igual fervor todas as idias que trazem em si o cunho universalista do processocrstico. Dentro dessas diretrizes bsicas, tornou-se possvel estabelecer ncleos de trabalhosfiliados aos ensinamentos do Ocultismo Oriental, embora profundamente enraizados nos princpioscristos. Vossos espritos, que por sculos se familiarizaram com tais ensinamentos, reajustaram-sea eles na presente encarnao, felizes por enriquecerem a seara crist com as sementes dasverdades cultivadas no Oriente.

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    Rumos novos ficaram ento definitivamente traados para as vossas atividades, exigindouma orientao segura, proporcional aos valores do esprito a serem manipulados.

    Inicialmente vosso trabalho poder sofrer desajustes tcnicos, por no conhecerdesexatamente a extenso dos valores iniciticos movimentados. No intuito de melhor examin-los,procuremos definir o progresso espiritual que buscais atravs dessas realizaes. Podemos

    consider-lo como um constante deslocamento em direo a um objetivo - a Harmonizao. ACentelha Divina existente em ns utiliza-se de diferentes recursos para transportar-se a Esferasmais altas, os quais, no incio da evoluo, podem ser comparados a um simples carro de bois, aarrastar-se lentamente sobre o solo. proporo que os valores da inteligncia e do sentimento seaprimoram, nova tcnica conquistada, at que surge o momento no qual a alma sente que podesobrepor-se s contingncias do plano fsico e alar seus primeiros vos em direo s EsferasEspirituais Elevadas. Adquire ento nova capacidade autodiretiva, a manusear as duas alavancascontroladoras das altas romagens espirituais: a iniciao e a cristianizao.

    A iniciao fornece-lhe o controle de uma tcnica complexa, como chave-mestra dointrincado "painel" da sua "cabine de comando", cujos instrumentos exigem severa disciplina eestudos apurados de interpretao. As rotas, as condies atmosfricas, as comunicaes com asbases e torres de comando, enfim, todo um "ritual sagrado" deve ser observado com fidelidade eexatido. S o homem inteiramente consciente de tais necessidades poder receber permisso paraelevar-se acima do solo. Dever estar de posse de todas as suas faculdades de autocontrole e, almdisso, possuir uma dose de confiana (f) que o tome senhor da maquinaria que lhe entregue,com perfeita naturalidade. Sem esses requisitos no lhe ser concedida a licena, designada emaeronutica pela expresso "sair lach", mesmo que possua todos os conhecimentos tcnicosindispensveis.

    A par desses cuidados de preparao, deve ainda a alma abastecer-se nos vos espirituais,tanto mais aperfeioadamente quanto mais apurados forem os meios de transporte que utiliza. Aenergia motriz que impulsiona a alma para o seu destino eterno o Amor Universal, utilizado numgrau crescente de pureza, proporcional evoluo do esprito. Quanto mais altas e prolongadasforem as romagens espirituais, maior reserva de amor dever garantir a estabilidade da "nave" emque se transporta o esprito, sustentando-o nas longas horas de viglia e expectativa quanto ao finalda jornada.

    Concluindo, pois, este prembulo, verificamos que a iniciao tem seu xito condicionado disciplina que se expressa atravs de trs fatores: o estudo, a obedincia e apersistncia, valorescapazes de garantir a aptido tcnica para os grandes empreendimentos espirituais. Porm, a fim deque eles sejam bem-sucedidos, preciso estimular a cristianizao do esprito, abrindo alma oshorizontes largos do Amor incondicional, tornando-a capaz de abastecer-se para sustentar-se nasolido da sua "cabine de comando", por confiar na possibilidade de chegar ao seu objetivo,impulsionada por essa energia impondervel que absorve da Fonte de toda a Vida. O Amor crescena alma proporo que so cultivados os trs seguintes fatores: a tolerncia, a humildade e operdo, permitindo-lhe resistir e vencer os obstculos, por saber compreender, submetendo-se aoaprendizado que exige esforo e esquecimento de todo o mal. As experincias vividas com espritocristo permitem, inclusive, a percepo de que h uma tcnica na utilizao do Amor, como existea necessidade de fazer chegar o combustvel aos motores do avio numa dosagem exata, que no"afogue" o seu mecanismo. proporo que evolui, a alma aprende a utilizar a energia do AmorUniversal na pureza e na dosagem adequadas aos vos que deseja empreender. Perdoando,tolerando e submetendo-se, deixar para trs as impurezas, filtradas por um esprito decompreenso altamente desenvolvido, capaz de proporcionar-lhe o equilbrio emocional

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    indispensvel paz interior que deve ser cultivada, mesmo quando sobrevoa a mais densa florestaou o mais rido dos desertos.

    Anlise

    A iniciao o processo de introduzir o esprito na conquista de suas possibilidades deexpanso dentro do Universo. Efetua-se atravs de um esforo constante e disciplinado, capaz deproporcionar o controle de uma tcnica, tanto mais intrincada quanto mais aperfeioadas forem osprocessos de trabalho.

    Ao nos referirmos a ela, no podemos deixar de analisar como vem sendo processadaatravs dos tempos. A primeira notcia documentada que temos da iniciao diz respeito a Hermes,personagem que se constitui no foco central da iniciao egpcia. Sua personalidade tornou-se umtanto lendria, inclusive por ter sido identificado a um deus egpcio de nome Toth. H quem afirmeque era originrio da Atlntida, mas a ns s interessa no momento analisar a sua heranaespiritual 1.

    1- Ver Os Grandes Iniciados, de Edouard Schur.

    Naquela poca, o Saber ainda no tinha sido fragmentado em diversos ramos e os gregos,que foram ao Egito em busca do Conhecimento, denominaram Hermes como trs vezes sbio, ouseja, Trismegisto, pois era grande na cincia, na magistratura e no ocultismo. Assim, os escritosatribudos a ele falam, em termos de cincia, sobre os princpios da iniciao, com palavrasveladas compreenso do leigo. Dentro desse simbolismo, criou-se a expresso "hermtico" paradesignar alguma coisa impenetrvel, sendo atribudo a Hermes o processo de fechar um frascofundindo a rolha e a boca ao calor do fogo. Interpretado luz da iniciao, compreendemos que as"reaes qumicas" vividas pelo esprito do iniciado precisam ser resguardadas, na delicadeza desua constituio, contra a penetrao das influncias externas que as poluiriam e, por isso, umsigilo absoluto exigido do nefito, sendo punvel at com a morte qualquer deslize nesse setor.

    O simples amor Verdade no era suficiente para credenciar o candidato junto aos

    guardies da iniciao. Seu valor era rigorosamente aquilatado atravs de provas dolorosas.Inicialmente era advertido de que, ao penetrar a parte secreta do templo, aps longa espera durantea qual sua humildade era comprovada pela submisso a trabalhos rudes, deveria enfrentar as duashipteses representadas nas colunas laterais da entrada, uma vermelha e outra preta: a Vida ou aDestruio. Se, corajoso, caminhava atravs da galeria ouvindo sete vezes o eco de tais palavras,era admitido s trs provas: da morte, do fogo e da gua, representadas por um abismo, umabarreira de chamas aparentemente intransponvel e um fosso de guas indevassveis. Parafinalizar, aps ter vencido os perigos externos, teria que testemunhar um perfeito autodomnio aolhe ser facilitada a satisfao do instinto sexual em momento inoportuno. Se sucumbia, a iniciaolhe era vedada e, a fim de evitar a divulgao dos segredos iniciticos, era mantido no templocomo escravo, sem o menor contato com o mundo exterior. Aprovado, curtiria as agruras de uma

    espera ilimitada, consolidando na meditao, na prece e no trabalho a virtude de saber entregar-seincondicionalmente s orientaes do Alto. S quando se rendia sem restries vontade doEterno, sem nenhuma exigncia de ordem pessoal, permitiam-lhe a real iniciao, na qual tomavaconhecimento de sua natureza espiritual de forma concreta, por meio de um processo dedesprendimento provocado com o objetivo de faz-lo sentir sua condio de Centelha Divinadentro de um Todo grandioso. Era iniciado "nos pequenos e grandes mistrios" relacionados,respectivamente, com o domnio do plano fsico e do espiritual, dentro da afirmao de que "o queest embaixo semelhante ao que est em cima". 2

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    2- VerEl Kybalin, de Trs Iniciados.

    Como os nefitos que procuravam a Verdade nos templos por se acharem desiludidos deencontr-la fora deles, toda alma chega a um momento no qual capaz de alar os primeiros vosespirituais acima da matria. No terreno da espiritualidade, os primeiros tempos da iniciaopodem ser comparados aos primeiros anos da aviao. Bem poucos eram os privilegiados queconseguiam conquistar a fortuna de elevar-se acima da maioria. O progresso, porm, exige adivulgao de suas foras impulsionadoras e, atualmente, grande parte da Humanidade encontra-sechamada a participar do intenso movimento de "elevao" coletiva. Cada ncleo de espiritualidadefunciona como um campo de preparao. Os mdiuns comparam-se aos pilotos, capazes de elevar-se, estabelecendo comunicaes entre as almas. Existem duas espcies de "campos de pouso":aqueles em que os aeronautas carregam passageiros em suas viagens e outros nos quais osaviadores so submetidos a experimentaes isoladas, com objetivos de aperfeioamento datcnica "aeronutica". Os primeiros so as sesses pblicas, destinadas a "elevar" as almas que, porsi mesmas, seriam incapazes ainda de "comandar uma nave no espao". Entretanto, para os"pilotos de prova" necessrio um campo interdito aos leigos, pela natureza das experimentaesque requerem uma severa disciplina no preparo e na execuo dos "vos". So os grupos onde exigido o sigilo, a assiduidade e a dedicao at renncia. Em ambos os casos, porm, precisolembrar que a alma encontra-se nos primeiros passos da iniciao e necessita obter o controle dasexperincias que vive, no olvidando que as responsabilidades aumentam com as conquistasalcanadas. Assim, deve o iniciado na mediunidade entregar-se disciplina atravs do estudo, daobedincia e da perseverana. O estudo torna-lo- senhor da "tcnica aeronutica"; a obedinciano permitir que se afaste da "rota" e a perseverana impedir que desanime quando os "vos"parecerem demasiadamente prolongados e solitrios. Dever,simultaneamente, cuidar do abastecimento de sua aeronave,cristianizando-se pela conquista do Amor. Esse sentimentopoder proporcionar-lhe a tolerncia para com o semelhanteincapaz de compreender-lhe a viso ampliada at horizontesinatingveis maioria. Auxiliar tambm a conquista da

    humildade para submeter-se s lutas e decepes do caminho e,finalmente, proporcionar o desabrochar do perdoindispensvel para o convvio junto s almas que, estacionadas,cada vez mais se distanciaro do padro vibratrio do discpuloque no cessa de se elevar (Esquema 1).

    Com a aproximao do fim do presente ciclo evolutivo da Terra, houve necessidade dedivulgar a tcnica aperfeioada atravs de milnios, para despertar as faculdades superiores dohomem encarnado e que era avaramente guardada nos ambientes iniciticos. Surgiu, ento, nopanorama espiritual do planeta uma idia que teve repercusso proporcional, em suasconseqncias, obtida pela Revoluo Francesa no campo social. Allan Kardec declarou os"direitos do homem" espiritualidade sadia, divulgando os princpios de uma cincia

    milenarmente esotrica e estendendo Humanidade inteira um antigo privilgio da castasacerdotal: o intercmbio com a realidade de alm-tmulo. Os espritos que se manifestaramatravs da "moderna iniciao" incumbiram-se de envolv-la nos moldes do Cristianismo e assimsurgiu a "iniciao crist", que se consolida dia a dia, por meio da fuso gradativa dos valoresespirituais alcanados pelo homem na Terra.

    Semeia-se no presente com o objetivo de estabelecer slidas bases para a espiritualidade dofuturo, que ser constituda por uma viso de conjunto, na qual os seres entregar-se-oparalelamente conquista dos valores da iniciao e da cristianizao.

    Iniciao e Cristianizao

    Disciplina Amor

    Estudo TolernciaObedincia Humildade

    Perseverana Perdo

    Esquema 1

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    Concluso

    Em conseqncia da nova forma de espiritualidade estabelecida na Terra - a Iniciao

    Crist - o homem do futuro tornar-se- senhor de recursos capazes de proporcionar uma nova"formao" espiritual, exatamente como se recebesse um "diploma" ao final de um curso. Talsituao permitir-lhe- utilizar a mente na orientao das foras do seu campo emocional. Assim,como o engenheiro diplomado na Terra, poder construir a "barragem mental" capaz de represar asenergias do seu corpo astral, que at ento corriam indisciplinadamente como um rio de guas noindustrializadas.

    At hoje o homem tem sido inconsciente do poder contido nas energias do plano astral,nelas imerso como se banhasse o prprio ser em guas generosas, mas muitas vezes poludas egeralmente indisciplinadas. Aps a preparao obtida na Iniciao Crist, a mente absorveensinamentos apropriados a uma execuo perfeita da tarefa gigantesca de controlar essas forasinteriores, retendo-as como reservatrios de energias para um escoamento disciplinado e cientfico,aproveitando-as na movimentao das turbinas de um mecanismo de produzir "luz" e "foramotriz" em propores jamais imaginadas.

    O esprito humano ento ser capaz de exercitar uma tcnica de expanso espiritualabsolutamente especializada, na obteno dos resultados para o aproveitamento cada vez maisracional das belas oportunidades de trabalho que a vida oferece.

    Disseminadas essas verdades e assimiladas por um nmero cada vez maior de almas deboa-vontade, sero fortalecidas as fileiras daqueles que tm a seu cargo a renovao geral doplaneta, cujo panorama ser modificado, tal como se uma imensa coorte de engenheiros capazesfosse encarregada de remodelar esse "vale de lgrimas", transformando-o numa extensa plancieensolarada e prspera, sob a orientao dos Engenheiros Siderais.

    Senhores de nova tcnica, os homens deixaro de sentar-se sombra das "montanhas" paralamentar-se e passaro a crer e realizar o ensinamento de Jesus, pois, possuindo a f conquistadaatravs da iniciao, sero capazes de transportar e derrubar essas "montanhas", a fim de que o"vale" das tristezas e sombras seja transformado em terreno frtil.

    A iniciao , pois, a escola de grau superior onde se habilitam as almas para executar commaior destreza as tarefas do Amor Crstico. Na conjugao desses dois elementos de evoluobaseia-se a certeza do progresso espiritual da Humanidade.

    Sede alunos aplicados aos estudos e trabalhos disciplinares da escola inicitica a quepertenceis, habilitando-vos a realizar mais rapidamente vosso ideal cristo de seguir osensinamentos do Mestre Jesus.

    Paz,

    Rama-Schain

  • 7/31/2019 Ramatis Evangelho, Psicologia, Ioga - Estudos Espritas

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    Evangelho, Psicologia, Ioga- Estudos Espritas Amrica P.Marques Ramats

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    Causas de Inibio no Trabalho Medinico

    1. Receio de falhar, por ter o mdium sentido sua condio de fraqueza.2. Em conseqncia, apresenta-se o temor ao erro, que surge aos seus olhos comocondio inevitvel a quem se sente pequeno.

    3. Fixao mental em torno dessa situao, com a conseqente dificuldade de libertao.

    Contra essa situao de personalismo destruidor, faz-se necessrio cultivar o esquecimentode si mesmo, como prova de humildade.

    O mdium que tolhe as comunicaes no o faz por humildade, como se poderia crer, maspor um sentimento no identificado de vaidade e orgulho que o impede de entregar-se ao trabalhocom humildade, despreocupado dos resultados e s sentindo o amor que lhe inspira o dever deservir. Compreendemos que isso suceda, mas no podemos aprov-lo para o seu prprio bem. Oesprito humilde do mdium bem-intencionado coloca-se a servio sem preocupaes pessoais denenhuma espcie. Por amar o bem, pe-se a seu servio, confiante em que o Senhor prover assuas necessidades e certo de que, de sua parte, tudo far para servir ao bem. Sabe que podeapresentar muitas deficincias em seu trabalho, mas d o que tem e nada mais lhe poder serexigido. o suficiente.

    Segurana no trabalho no revela vaidade. Ao contrrio, s consegui da por quem sedispe a servir humildemente, despreocupadamente. Quem entende o Amor e o busca em sua vidatem objetivos to altos que no se prende s peias do amor-prprio, que no se submete ao examecom a confiana da f. Por que temer? Envergonhai-vos da pouca f!

    O orgulho e a vaidade so os fatores que perturbam o trabalho medinico espontneo.O mdium humilde liga-se somente necessidade do trabalho e procura produzir o que

    pode, dando de si o melhor, sem preocupaes descabidas. Se invocar o auxlio do Senhor etrabalhar para o bem, que mais o pode tolher seno o orgulho com qu