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Magia do Magnetismo Curador 92 Logo depois de surgirem as primeiras manifestações do pensamento, durante o processo evolutivo do homem primi- tivo, ele viu-se igual aos semelhantes que o cercavam, mas sentiu-se único e diferente. Em certo estágio, passou a comu- nicar-se por sons articulados, por palavras inteligíveis, adquirindo condições de transmitir aos seus descendentes imediatos os conhecimentos conquistados. Com o passar dos milênios, dominando as técnicas de obtenção dos ali- mentos e proteção da prole, supriu as suas necessidades básicas, conquistou abrigo e começou a se reproduzir. Cons- cientizou-se do fenômeno da morte e passou a questionar o porquê das coisas que o rodeavam. Os mais evidentes questionamentos foram a luz e as tre- vas, o sentido da vida e do calor, o enigma da abóbada celes- te e a supremacia do Sol. Por trás do fogo, primordial à vida de então, inconscientemente pressentiu algo imaterial, uma luz inteligente que lhe propiciava segurança; pálida lembran- ça da Suprema Divindade que o criou. Contemplando o espe- táculo do firmamento estrelado, despertou-se-lhe a curiosida- de. Quando via as folhas das árvores balançando ao vento, imaginava um ser oculto. Diante de um temporal com raios e trovões, concebia um Deus poderoso e irado. Com uma com- pulsividade nata de atribuir Divindade aos fenômenos que não compreendia, demonstrava ser a semente cósmica do Miolo - Chama Crística 23 9/28/01 12:00 AM Page 92

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Logo depois de surgirem as primeiras manifestações dopensamento, durante o processo evolutivo do homem primi-tivo, ele viu-se igual aos semelhantes que o cercavam, massentiu-se único e diferente. Em certo estágio, passou a comu-nicar-se por sons articulados, por palavras inteligíveis,adquirindo condições de transmitir aos seus descendentesimediatos os conhecimentos conquistados. Com o passardos milênios, dominando as técnicas de obtenção dos ali-mentos e proteção da prole, supriu as suas necessidadesbásicas, conquistou abrigo e começou a se reproduzir. Cons-cientizou-se do fenômeno da morte e passou a questionar oporquê das coisas que o rodeavam.

Os mais evidentes questionamentos foram a luz e as tre-vas, o sentido da vida e do calor, o enigma da abóbada celes-te e a supremacia do Sol. Por trás do fogo, primordial à vidade então, inconscientemente pressentiu algo imaterial, umaluz inteligente que lhe propiciava segurança; pálida lembran-ça da Suprema Divindade que o criou. Contemplando o espe-táculo do firmamento estrelado, despertou-se-lhe a curiosida-de. Quando via as folhas das árvores balançando ao vento,imaginava um ser oculto. Diante de um temporal com raios etrovões, concebia um Deus poderoso e irado. Com uma com-pulsividade nata de atribuir Divindade aos fenômenos quenão compreendia, demonstrava ser a semente cósmica do

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Criador, destinada a germinar. Possuindo uma noção exata dealgo superior, transcendendo ao seu entendimento, ansiavaatingir o inatingível, possuir o poder da magia. Contemplan-do o astro rei, o Sol, sentia-se seguro, em quase êxtase subli-mado, engrandecido. Essas primeiras reflexões abstratasfaziam parte daquele ser que deixava para trás a consciênciamais primitiva e tornava-se autoconsciente, que era único,fazendo parte de um Todo incompreensível.

Estavam instaladas no orbe terrícola as condições bási-cas da evolução para a influência favorável dos Maioraissiderais e das instâncias de grau mais elevado no planeja-mento cósmico, encarregados da evolução da vida nos incon-táveis planetas do Universo; e para a vinda, de outras cons-telações, de espíritos mais evoluídos, que trariam conheci-mentos e acompanhariam outros emigrados exilados, quenão tinham condições morais de permanecer naquelas ins-tâncias mais evoluídas, sendo-lhes imposta a continuidadeevolutiva em orbes mais atrasados.

Chega, então, enorme agrupamento de espíritos emigra-dos, que se estabelecem e formam colônia no Astral da anti-ga Lemúria e da Atlântida. Os sacerdotes iniciados, líderesdaquelas colônias astralinas, trazem consigo o conhecimentoesotérico Aumbandhã, significando a própria “Lei Maior Divi-na”. Eram de grande mentalismo; dominavam, com desenvol-tura rotineira, o que se designa em vosso vocabulário atualcomo transmutação alquímica, fluidologia e ectoplasmiacurativa, materialização e desmaterialização, magnetismo ecromoterapia, desdobramentos dos corpos mediadores físico,etérico, astral e mental; controlavam, perfeitamente, os ele-mentais nas suas sete gradações ou sete planos vibracionaisde manifestação do espírito. Esses elementais, formas energé-ticas neutras — não são positivos nem negativos, nem bonsnem maus —, eram utilizados pelos sacerdotes, magos bran-cos atlantes, que assim arregimentavam as forças ocultasnecessárias à magia, à construção e à evolução das criaturas.

Os lemurianos e os atlantes de pele vermelha não foramprocedentes do satélite de Capela, da constelação do Cochei-

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ro 1; vieram de um outro orbe, do sistema estelar de Sírius,ou Estrela Cão, em que o Sol é uma estrela de intenso ama-relo-ouro, inigualável em sua beleza, num mesmo movimen-to espiritual de transmigração que trouxe os capelinos. Ado-radores do Sol, irrepreensíveis magos e alquimistas, trans-mutavam os metais grosseiros em ouro.

Os capelinos, de cútis branca, tinham uma estrela distante,de minguados raios solares, como leve claridade das manhãsinvernais, a iluminá-los. Não por acaso, semelhantes em evolu-ção e em conhecimentos iniciáticos aos de pele vermelha. Essesmigrados, impostos à força coercitiva animal de corposrudes e primitivos, em diferente composição anatomofisioló-gica dos corpos originais do astro-mãe, dos quais eram pro-cedentes, teriam que adaptar-se à vida selvagem, de condi-ções climáticas inóspitas e perigosas da Terra de então.

Latentes em suas memórias astrais, todos os conheci-mentos e realizações adquiridos anteriormente, contribui-riam para a evolução dos espíritos irmãos do vosso orbe,originalmente hominais terrícolas. Por intercessão de espíri-tos superiores e amorosos, que os acompanharam nessamigração, e por deliberação dos engenheiros siderais, gene-ticistas cósmicos encarregados da criação dos corpos e dosgrupos biológicos e das raças dos diversos mundos, e quedeveriam ser, no futuro, homogêneos, permitiu-se a forma-ção dessa raça vermelha em vosso orbe.

Da amálgama dessas duas raças provenientes de outrasparagens no Cosmo, enxotadas do Éden remoto, após oscataclismas que afundaram as civilizações lemuriana e atlan-te, obrigando-as à migração, constituiu-se em solo brasileiroo tronco indígena Tupi, mais avermelhado, e do outro lado dooceano, o tronco dos Árias, um misto dessas duas raças-mãe, cujos descendentes foram os celtas, os latinos e os gre-gos. Conforme dissertado alhures, esse movimento migrató-rio espalhou-se aos quatro cantos do orbe terrícola, ato sidé-

1 — Vide “Os Exilados da Capela”, de Edgar Armond (Editora LAKE), e “ACaminho da Luz”, de Emmanuel (Editora FEB), sobre o exílio compulsório doscapelinos para a Terra.

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reo que contribuiu para a busca da homogeneidade étnica ecultural ao longo de toda a História da humanidade e quedeverá desaguar no Terceiro Milênio, quando chegar a horada depuração espiritual da Terra, da separação do joio dotrigo e da transmigração, agora, dos exilados terrícolas,enviados a outras constelações planetárias, num processoanálogo ao ocorrido na época da antiga Lemúria e Atlântida.

A sua pele avermelhada, que originalmente fazia parteda configuração perispiritual dos emigrados, se fez presentequando da reencarnação daqueles exilados, num processomarcante de interferência das mentes poderosas e criadorasresponsáveis por esta programação, repercutindo vibrato-riamente na formação do novo equipo físico e, sobremanei-ra, na cor da epiderme. Desventuradamente, deixaram-selevar pela ambição desmesurada e pela magia negra, quan-do utilizaram todos os conhecimentos iniciáticos milenares,gananciosamente, em proveito próprio e para o mal.

Os lemurianos e os atlantes eram exímios curadores.Hodiernamente, cessado o período de maior convencimentodos incrédulos materialistas, com o término das materializa-ções fenomenológicas e das curas com incisão e cortes cho-cantes, sensacionais aos olhos do leigo e muito trabalhosaspara a Espiritualidade, chega o momento do despontar damediunidade de cura.

Muitos espíritos daqueles antigos lemurianos e atlantesda raça vermelha, hoje encarnados, que em vidas passadasforam alquimistas a serviço das organizações trevosas e dosseus maquiavélicos magos negros, e que muito manipularamos elementais da natureza, forças neutras e puras das sete fai-xas vibratórias do Cosmo, despolarizando as correspondên-cias vibracionais daqueles que queriam atingir, em proveitopróprio, estão reencarnados e comprometidos com o deside-rato curativo dos semelhantes dos dois lados da vida.

Tiveram seus corpos perispiríticos sensibilizados antesde reencarnar, com maior afastamento do duplo etérico, pro-positalmente distanciado do corpo físico, quando do acopla-mento do espírito reencarnante, miniaturizado no momento

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conceptivo da união dos dois gametas. Decorrência naturalda influência desse magnetismo modelador, imantado desdea concepção e durante a formação do novo corpo físico, portoda a vida até o desencarne, se forma verdadeira “abertura”por onde o corpo etérico, hipersensibilizado, exsuda abun-dante ectoplasma. O metabolismo corpóreo é a ininterruptaágua corrente do rio que enche a represa, como se fosse umagrande turbina geradora de energia numa hidrelétrica, quenunca pára de trabalhar.

Esse médium é uma antena viva do mundo astral, poiso duplo etérico mais afastado do corpo físico torna-o maissensível às impressões transmitidas pelo corpo astral ouperispírito, provenientes dele próprio ou de agentes espiri-tuais externos. Facilita-se a rememoração do que ocorre,quando em desdobramento provocado, nas incursões desocorro ou cura, no baixo Umbral, nos subterrâneos trevo-sos do orbe, nas cavernas úmidas e fétidas, nos locais lama-centos, inimagináveis para vós.

Nessas ocasiões, o cerébro físico guarda impressões,condicionado que está aos estímulos constantes, oriundosda janela vibratória que potencializa o duplo etérico e docabo de ligação que é o cordão de prata, retendo mais facil-mente as impressões do cérebro perispiritual. Em muitoscasos, não permitimos ao médium a vista ampla desse cená-rio dantesco, pois ele pode se desequilibrar diante do quechamais de “inferno”.

Essas incursões, em desdobramento provocado, fazemparte do resgate daqueles irmãos mais sofridos e deforma-dos pela deterioração ocasionada por terem ficado longotempo sem reencarnar. Alguns irmãos socorridos encon-tram-se tão desvitalizados, com sérias deformações perispi-rituais, que temos dificuldade de expressar os seus formatosem palavras inteligíveis para vós. O magnetismo do orbe vaideteriorando seus perispíritos gradativamente.

Há irmãos com tais deformações, que mostram-se comoseres teratólogicos, escatológicos, abomináveis à primeiraimpressão, mas dignos de todo o nosso amor. Outros socor-

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ridos encontram-se tão desvitalizados e enrijecidos, que sãocomo rochas humanas, pessoas calcificadas, tristes estátuasa ornar um vale petrificado.

Em mensagens anteriores, abordamos as repercussõesvibratórias do acoplamento áurico e a função do perispíritodo médium como novo modelo organizador do períspiritodeformado do socorrido. Além do magnetismo normal doperispírito do médium, o ectoplasma abundante exaladopelo duplo etérico contribui para a revitalização e o retornoà forma perispiritual original do atendido.

Como semelhante cura semelhante, e como nós, emespíritos, não possuimos ectoplasma, que é o fluido anima-lizado produzido no duplo etérico e decorrente do metabo-lismo biológico do equipo físico, não podemos intercedernesses níveis mais densos e pesados, sendo, portanto, neces-sário um médium de cura desdobrado nessas cidades degra-dantes, abaixo da crosta terrestre. Como explanamos alhu-res, não há nada de excepcional no fato de utilizarmos osfluidos dos encarnados para tais intentos. Precisamos dealgo tão ou mais denso que os fluidos existentes nessasregiões, e somente os fluidos animalizados do metabolismofísico lhes são semelhante ou os superam em densidade.

Há uma certa complexidade nessas movimentações.Primeiramente, temos que preservar a segurança da instru-mentação mediúnica, pois trata-se de um trabalho assistidode caridade, eminentemente de interesse altruístico. Segun-do, temos, em alguns casos mais difíceis, de desdobrarsomente o duplo etérico do medianeiro em decorrência davolumosa quantidade de fluidos animalizados utilizada.Nessas ocasiões, os cuidados são redobrados. É extrema-mente desenvolvida a sensibilidade desse corpo intermedia-dor e os assédios das organizações trevosas são contumazes.Elas tentam atacar o corpo físico inerte ou abalar a estrutu-ra do cordão de prata, órgão elástico e hipersensível a qual-quer estímulo brusco, que, rompendo-se, desliga o corpoastral dos corpos etérico e físico, havendo o desencarneabrupto, como ocorre em vossos acidentes automobilísticos.

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O duplo etérico desdobrado, por Lei de Afinidade, só sedesloca para locais, no Astral, de grande densidade, em comu-nidades que encontram-se mais abaixo da crosta planetária.Não entraremos em maiores detalhamentos quanto a essaspaisagens, pois não são a finalidade desta singela exposição 2.O medianeiro fica em desdobramento provocado pelos jatosmagnéticos que lançamos, contrários ao campo vibracionalque imanta o positivo com o negativo na vida densa. É umtranse cataléptico letárgico, baixando-lhe a temperatura e ometabolismo do corpo, à noite, durante o sono físico. Issoocorre porque ele fica sem o corpo etérico que o liga ao corpoastral, tornando-se um amontoado de carne sem comando,pois o verdadeiro propulsor de tudo é a mente, que encontra-se desligada do órgão físico, que é o cerébro.

Trabalhamos em grupo para segurança dos intentosincursionistas de socorro. Há vários técnicos, cada um den-tro de sua especialidade. Os nossos amigos índios peles-ver-melhas oferecem apoio e retaguarda nessas verdadeiras bata-lhas astrais do bem contra o mal. São eles oriundos da colô-nia espiritual de Juremá, espíritos de grande evolução e que,por amor aos terrícolas, adotam as configurações perispiri-tuais em que foram muitos felizes há milênios atrás. Já estan-do libertos do cárcere da carne, laboram incessantemente nacaridade, dando-nos grande apoio, seja na manipulação deoutros fluidos curativos, que são agregados ao fluido animaldo médium, seja na movimentação de verdadeiras falangesque vão à frente “abrindo os caminhos”: um neologismo daUmbanda, definindo bem esta movimentação estremada.Estabiliza-se uma gigantesca manta magnética, uma bolhacontornando o corpo etérico do instrumento mediúnico, àsimilitude de um cisco que escorre através de uma gota deágua na vidraça. Os caciques chegam a mobilizar até 5 milíndios, armados com lanças e dardos magnéticos, pois asentidades malévolas que se fazem presentes nesses locais tre-

2 — Para descrição dessas paragens e comunidades trevosas, vide a obra “AVida Além da Sepultura”, de Ramatís e Atanagildo (Editora do Conhecimento),bem como “O Abismo”, de R. A. Ranieri (Editora Eco).

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vosos somente respeitam a força e a atitude coercitiva.Na maioria das vezes, quando coordenamos esses traba-

lhos, elas não podem nos ver. Utilizamos o corpo astral, masnão é possível condensá-lo totalmente, pelo fato de, hámuito, termos nos desvencilhado do grilhão da carne e doego aprisionador. Os pretos-velhos também se fazem inte-grantes, pois são exímios nos desmanches de bases de feiti-çaria e magia dos magos negros.

Nos trabalhos direcionados ao desmanche e varreduraenergética das bases dos magos negros, que, muitas vezes, uti-lizam-se de aparatos tecnológicos ainda desconhecidos dasmesas mediúnicas e escravizam os irmãos deformados 3,potencializa-se a substância ectoplásmica, deslocando-a aoslugares onde está a origem dos instrumentos de magia negra,objetos vibratoriamente magnetizados e que captam a fre-qüência vibratória do alvo visado — geralmente irmãos encar-nados — como se desse a leitura das coordenadas para a rea-lização do feitiço correspondente 4. Com este recurso, desmag-netiza-se, neutraliza-se e desmancha-se essas aparelhagens, em

3 — Nota de Ramatís: Os nossos irmãos com deformações nos corposastrais, quer seja pela força mental de indução dos magos negros, quer seja porestarem por longa data fugindo do magnetismo reencarnatório do orbe, são classi-ficados por alguns escritores e ativistas da mediunidade, espíritas e espiritualistas,inadvertidamente, como EXUS, palavra que, em sânscrito (EXUD), é tão antigaquanto a civilização terrícola, sendo originária da Atlântida. Historicamente, des-viou-se de sua denominação original, quando passaram-se a designar como EXUSos sacerdotes banidos das fraternidades brancas, que utilizavam-se dos elementaisda natureza para o mal, para a magia negra. Como esses elementais, agentes e veí-culos da magia, originariamente formas energéticas neutras, são acinzentados,quando vistos pelos clarividentes, criou-se essa interpretação errônea.

Essas formas energéticas existem nas sete faixas vibratórias do Cosmo, e sãoagentes da magia universal, receptivos ao pensamento, tanto para o bem comopara o mal. Indevidamente, associaram-nas ao mal, à feitiçaria e à magia negra.Não adentraremos em maiores pormenores quanto à utilização desses elementais,pois fugiríamos do escopo da presente abordagem.

A Umbanda atual, praticada no Brasil, pela caridade que realiza, é importan-te para a Espiritualidade, sendo um dos instrumentos de união das religiões no Ter-ceiro Milênio, a Nova Era que se delineia, e para a religiosidade como um todo.Não é “baixo espiritismo”, e os nossos irmãos com deformações em seus corposastrais,“soldados do mal”, escravizados pelos magos negros, não são o que alguns,com ar de superioridade, costumeiramente denominam de EXUS.

4 —Vide a obra “Magia de Redenção”, de Ramatís (Editora do Conhecimento),que elucida, clara e integralmente, o mecanismo do feitiço.

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verdadeiras tempestades astrais, que vão varrendo e higieni-zando esses laboratórios do mal, antros da anarquia.

Muitas vezes, ao acordar, o médium se lembrará dosfatos; sentir-se-á cansado, exaurido de energia, com apetiteaguçado. Essa situação ocorre em grande parte e em varia-da amplitude, conforme a quantidade doada e retirada deectoplasma. É um acontecimento natural, facilmente resol-vido com a ingestão de água, sucos, comestíveis ricos emcarboidratos e glicose e, se possível, um repouso a contento,que nem sempre é viável, pois nosso obreiro, às vezes, tem alabuta do dia seguinte pela frente. Tentamos programaressas ações nas noites que antecedem a folga dos medianei-ros nos seus trabalhos profanos, mas nem sempre é possíveldiante da urgência socorrista.

Os lamas tibetanos curam com a concentração mental,produzindo ondas de energia, fazendo com que os espíritosengendrem esta energia ao redor do emissor e a canalizemàqueles que são objeto da assistência. Na cura aos encarna-dos, utilizamo-nos dos recursos ectoplásmicos para a mate-rialização e desmaterialização de tecidos humanos. As ener-gias fluídicas manipuladas do ectoplasma do médium e danatureza são usadas em um processo de desintegração atô-mica das células doentes e a imediata reintegração de célu-las sadias na área afetada. Com o magnetismo, afrouxamosos laços que mantêm coesa a estrutura molecular originaldas células doentes, como se essa massa compactada seexpandisse e retornasse ao fluido cósmico universal, já quenada se perde no Cosmo, tudo se transmuta.

Esses enxertos ectoplásmicos, com novas células sadias,são verdadeiros trabalhos de magia curativa. Essas prótesesectoplásmicas têm que ser imantadas à mesma freqüênciado campo magnético do encarnado. Cria-se na aura doórgão substituído, enxertado parcial ou totalmente, umaforça magnética de retenção. Como um molde colocado, aordenar novo pedaço ou conjunto a ser constituído, norma-lizamos a disfunção vibratória perispirítica e favorecemos aforça centrífuga do modelo organizador biológico, que pre-

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pondera em todo e qualquer corpo astral, especificamenteno local da área desmaterializada, anteriormente doente.Evita-se a rejeição e favorece-se a reprodução de célulassadias, construindo-se, definitivamente, um tecido recupera-do saudável. Observamos os tipos histológicos e sangüíneos,o grau de temperatura e o padrão vibratório da peça a serimplantada. É tudo muito rápido para vós, questão desegundos. A extrema plasticidade do ectoplasma semimate-rializado no interior do organismo permite que desmateria-lizemos o tecido doente e, concomitantemente, moldemos onovo tecido orgânico sadio. Neste tempo, o ectoplasmasemimaterializado passa a materializado.

Esses procedimentos, ainda desconhecidos de vossa ciên-cia médica, já dão sinal em alguns laboratórios terrícolas depesquisa científica. A criação de pedaços ou até órgãos intei-ros, dentro do corpo de uma pessoa doente, a partir do uso depróteses biodegradáveis, de uma cultura das mesmas célulasdo órgão afetado pela moléstia, respeitando-se a Lei das Cor-respondências Vibracionais, que há entre os semelhantes, eevitando-se a rejeição, já é uma realidade. Com o auxílio devossos computadores, os médicos terrenos já conseguem pro-jetar essas próteses naturais, que são absorvidas pelo corpodo paciente quando da formação de novas células saudáveis,e, através de sua reprodução, acabam ocupando o espaço daprópria prótese, que se biodegrada.

Nessas operações espirituais de cura, magia do magnetis-mo curador, também nos utilizamos de aparelhos polarizado-res para novas técnicas ainda desconhecidas das mesas mediú-nicas, por onde jorram luzes de cores variadas. A luz brancaalivia as dores, acalma e neutraliza os miasmas; a vermelhaauxilia nas trocas magnéticas, do positivo para o negativo evice-versa, reequilibrando as polaridades em vosso plano eanulando as células cancerosas; o verde, em seus diversosmatizes, elimina os coágulos e evita as tromboses; o amarelovibrante, tendendo ao alaranjado e dourado, higieniza o corpoastral e regulariza todas as cargas desequilibradas em suaspolaridades, além de exterminar os miasmas e as imantações

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de feitiços. E, na transmutação de todos os fluidos manipula-dos, seja os do médium como os da natureza, alguns prove-nientes de outros orbes e de outras estrelas do Infinito cósmi-co, está o violeta. Nessas manipulações cromáticas de cura, asnuanças são infinitas, proporcionais às escalas do Cosmo.

Em todas essas ações da magia do magnetismo de cura,está o imenso amor de Deus, a Divindade Suprema que nosguia a todos. E através do seu maior representante na auraterrícola, o Cristo-Jesus, temos os exemplos grandiosos decura. É inesquecível a cura definitiva de um leproso: Jesusse deslocava para Jerusalém, quando dez leprosos vieram aoseu encontro e pediram compaixão ao Mestre. Jesus, ao vê-los, disse:“Ide apresentar-vos aos sacerdotes”e, no trajeto, osdez ficaram curados das chagas leprosas. Somente um, aoperceber que estava curado, voltou para agradecer a Jesus,e o Mestre lhe disse:“Levanta-te e vai, tua fé te curou”.

Muita paz e muita luz!

Ramatís.

�Nota do médium:A magia fez parte de todas as religiões e raças de que se

tem conhecimento na História da humanidade. Quanto aos fei-tiços e amuletos colocados à frente das portas, nas encruzilha-das e nos cemitérios e túmulos, encontramos na Grécia antigaum trecho de Platão — Leis, livro XI — que diz o seguinte:

“Há entre os homens duas espécies de malefícios, cujadistinção é muito embaraçante. Uma é a que acabamos deexpor, claramente, quando o corpo prejudica ao corpo, pelosmeios naturais. O outro, por meio de certas práticas, deencantamentos e daquilo que é chamado de ligaduras, aosque empreendem fazer mal aos outros, que assim lhespodem fazer e aos que, empregando essas espécies de male-fício, realmente os prejudicam. É muito difícil saber ao certo

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o que nisto há de verdadeiro; e quando se soubesse, não seriamais fácil convencer aos outros. É mesmo inútil tentar pro-var a certos espíritos, fortemente prevenidos, que não devemse inquietar com pequenas figuras de ceras, que tivessemposto à sua porta, ou nas encruzilhadas, ou no túmulo deseus antepassados e exortá-los a os desprezar, porque têmuma fé confusa na verdade destes malefícios. Aquele que seserve de magia, de feitiços e de quaisquer outros malefíciosdesta natureza, com o fito de prejudicar prestígios, se for adi-vinho ou versado na arte de observar prodígios, que morra!Se, não tendo nenhum conhecimento dessas artes, estiverconvicto de haver usado malefícios, o tribunal decidiria oque deve sofrer na sua pessoa ou nos seus bens.”

O que Platão chama de ligadura são imantacões mag-néticas na mesma freqüência do alvo visado, que, efetiva-mente, pegam nos seus pontos fracos, brechas vibratórias, seo atingido não tiver uma conduta reta, de elevada moral euma fé robusta.

No que tange à participação dos pretos-velhos nasmesas mediúnicas,“exímios nos desmanches de bases de fei-tiçaria e magia dos magos negros”, segundo Ramatís, recen-temente tivemos uma experiência um tanto incomum. Mani-festou-se num trabalho mediúnico, através da psicofonia,um mago negro, exímio manipulador destas forças ocultas ehábil feiticeiro, que escraviza outros irmãos com deforma-ções perispirituais, que, obrigatoriamente, se tornam seusguardas e asseclas do mal, numa verdadeira legião. Duran-te o diálogo estabelecido com o doutrinador, os mentoresque dão apoio ao grupo — muitos sendo índios, caboclos epretos-velhos — procederam ao desmanche com varreduraectoplásmica do trabalho de rua, que tinha sido feito porencomenda em encruzilhada.

Igualmente, foi retirado amuleto imantado de um túmu-lo no cemitério, onde encontrava-se uma pobre entidadesofredora presa aos despojos carnais, não conseguindo des-ligar-se por causa da ação magnético-vibratória contínua epertinaz do amuleto, que lhe tinha sido colocado minutos

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antes da descida do caixão à tumba mortuária. Esta irmã foitrazida por um médium de transporte até a mesa, proceden-do-se o choque fluídico despertador ao seu esclarecimento esocorro. A pobre irmã, imantada aos despojos cadavéricos,era torturada, ininterruptamente, por um bando de malfei-tores e soldados daquele mago negro.

Após a manifestação do líder, feiticeiro do Astral, e doresgate da irmã enfeitiçada, fez-se presente o mandante dofeitiço, espírito ainda encarnado, desdobrado, manifestando-se em psicofonia num dos médiuns. O dirigente doutrinador,não percebendo a amplitude do trabalho, talvez pelo poucoconhecimento teórico de magia negra, e conhecendo somen-te as obras básicas de Kardec, manteve-se inativo, em silên-cio, faltando-lhe argumentos diante da situação inusitadaaté que um preto-velho, através de outro médium, apresen-tou-se em auxílio, iniciando diálogo direto com o mandantecruel da feitiçaria, e doutrinou-o no seu linguajar típico, comenorme magnetismo, conhecimento de causa, bastante ener-gia e ênfase. O dirigente ficou durante o tempo da conversacomo mero observador.

Todo o desencadeamento deste trabalho socorrista dedesmanche de despacho e amuleto, instrumentos de magia efeitiçaria do mago negro contratado por mandante aindaencarnado, foi conseqüência do apelo de um filho da pobremulher torturada pelo feitiço, desencarnado ainda muitojovem. Não nos foi dado saber os motivos que levaram atodo aquele ódio, ressentimento e dor entre os envolvidos.

A lição que prevaleceu é que a Espiritualidade nuncanos deixa desassistidos, agindo por misericórdia e, em mui-tos casos, por intercessão de um espírito merecedor, inde-pendente do arrependimento ou do perdão dos envolvidos,que continuarão as suas caminhadas evolutivas e, com cer-teza, a saldar seus débitos na balança cármica em outrosmomentos existenciais.

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