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"" im,. ui-. de- ec- as,.. iro- em· eia. sso. por qμe: ANO JJ-N.o 52 23 de FEVEREIRO de 1946 Preço 1$0(, 0BRA OE. PELOS RAPAZ lldacçlo, 1 Pr1prl1tà1t1-Casa do ltlalo •• l'trlt-1'111 á lma DIRECTOR E EDITOR-PADRE AMtRICO Co111poslçio 1 l1Jnss10-ltp. da Casa llan' Alvares-A. Santa Cttulna, 628·P6rte Vl!<11 . t10 Dl'l 11 d.." í'Pnqure. , f.lUl l!a uru rôr óe anos, saiu A .... _____ - --=---- um jornal de Lisboa, a dizer que certa colóoi11 re11lisada na Serra da E&trela, naquela era a primeira que se fazia no pi.i:1, para rapazes pobres. Eu li. Podia refilar, porquanto a obra < 'olt nias de Campo do GaftÓCo da tinha assoa- lhado centenas dtlts, das roas de Ooimbra. : Podia pedir .meças, sim, mas ia per- der tempo a discutir e antes quero ganha-lo a trabalhar. Aqui é que bate o ponto. . Ora a11 Cc.fonia., de Campn, foi a obra precussora dae Casas do G11iato, mM tDOrreu, com a vid1' destas. Elas vivem a P"r, tendo as Cvlóoias, nos mêses q11e lhe silo dado1-, gr11nde pujdnça. Os leitores, sabem muito bem o que elas são e repres1-ntam, pelo que se relah no em seu tempo, acêrca dos garotos de Coimbra, a respirar fundo, no Santuário da Se- nhora da Ptedade de T11buas, actual Lar das Colónias e terão oportunidade de obsbrvar o que vai ser para os garotos das ruas do Porto, o próximo verão em Paço-de-Sousa. O antigo cooveoto que abandonamos, fica , sen .o o Lar das l'ulóniaa de Qarflpo do G.iroto da ] lha. Üd nossos rapazes que vivem na C"sa do Porto, já: têm para alistar o coh no e estão devidamente informados das .,i, ·tuth8 que ele deve possuir. As mes- mas que êles, os noseos rapazes, pos- suiam, quando se lhes abriram as portas da "Aldeia>! ::fompre discordti da opinião geral de que as colónias de Mar ou Campo, devem str um prémio para o meniflo mrii1t bem com- portad? de qualquer colectividade de rapazinhos pobres. Não leio por essa cartilha. Que se premeiem 011 b dm está muito certo. E q•1e fazer aos mal comportadob?! Pvis estes são os nossos. 0d mal comportados. Q3 qne nilo frequentam escolas nem catt:queses. Üd endiabrados. Üi su}is. O.i mentiro· sos. 0d Tudo aquilo que não presta. . . para que om dia venham a prestar! Muito tive que sofrer nos primeiros êempoa, em Coia.bra, da opinião de cer- tas almc.:a piedosas: (1m ia a dizer pega_ - nhoea!!) a1/ o que ele levai Edpera-1.1e que hoje,· no Porto, não haj-\ esses reparos. Contamos principiar no l. 0 de J ulbo e ir até ao fim de Setembro, em gru- pos de 40 garotos, com a de 20 dias cada grupo. Não convém mais de 40 A vPrdade nunca esteve nas mulLiÔÕds. T.:mos de ouvir, couhecer, ensinar. O pequenino nunca mais esquece aqueles dias. .Mais tarde, desa· brocham e orientam. Sào almabl Ora é necessário que eles s"jam bem orien- tados naqueles poucos dias, e desta sorte, serão forma de vid3, pela vida fora. Nós queremos qu11lidade, que não quantidude. O grupo, é maia facil de ·estudar do que o. chusma. Quem sabe se naqui-le turno de 40 não está escondido .o homem honesto que so determinou a sê-lo agorll, e que o seria se t.ivP'l!em vindo 400 dt:les - quem?! . O Mestre q111z dozP, Ele o Se- nhor de tudo e de todos! Edêes grupos hão-de ser conduzidos, não por qualquer, mas sim somente, por quem souber. Nos princip•oP, em Coimbra, eram estudautt:s da Uuiver· sidade. hoje deles no Império, Magistrados, Advogados, M1ht .. res, Profüss.Jree, que for11m os am1g11s dos farral'Õcs da rua, naquele tempo. Um deles, hvj., em Vila C11bral, ofJCia l do Exercito, ficou de uma vez mais 1 Õ dias, só com uw para curar até ao fim uma chi.gll que tinba, por saber que Ulãe e que casa o espe- ravam. Eu pas mava da Caridade destes vertladeiros apostolo&! Bram assim, na- quele tempo, 011 conduloreti dasc11lonias. O. a const1>·me que no Porto umJ Universidadti e uola, ei.tudantes. Dese- j .. ria que alg11ns de eotretlrs q11izl'ssem ser um amigo do pequ1 nino vadio da roa, psra f,.zH dde um Como não gotit&v11ru Od de Coimbra, de ser acompaobados e acon11elhados r pelo senhor Dot<,r/ Para tudo e Pºi tudo era o aet1hor D. to'!'! Pois aqu será na mesma, se os Dotor es qoizere m vir. São ios três para cada estÃgio. Faremos cinco estágios. Podem apitar 15 deles. Nào lhes dou nada para que a mercê de cada um venha de Deus. No campo do verdadeiro apostolado, quem espera paga, não merrce o nome de apostolo. V uu falar nos Grémios para segurar mantimentos. Na Intendencia, por fr ni'lha. Nos comhoiOP 4 por fi.cilidades. E a ti, querido, por dinheiro para camas e i'oupae e loiças e todo. E tudo virá! Benção da nossa capela Nada em contrário. t' no dia 24 de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os vasos de oiro e de preta que aerv•m ao culto. (Nio creio que o luiz. falte!) Um nadinha abaixo, um 9•a11de cêslo de boca aberta, para o que der e vier . .. Osrar e Zé, vigiem. E' primavera. As acacias da nossa mata, rescendem - O.iem não vier nio sabe o que uma deputação de Miranda. t: uma deput.,ção ae Coimbra. Está U'11a deputdçio do Porto. Nio se há-de loldr noutra coi11t, por muito fempol Oulá n feita aquele admi•áv.I anó· nimo dos 50 contos repetidos, para que com os SEUS o lhos onde e como eles se Tóc(l a esfregar a baixela CONSOLAClO 'IC!'U e ta'!o. ao dos pedrt>iros qao l.f;iJ lavravam a pedra mai-las cola- nae do nosPo altar e prometi-lhes que havii\m de comigo quando acabusem a obra, de coo ente, - São homens tienados do tempo e mortifi· cados dos teupos. Escut11ram e um de entre elh levanta a vez para dizer e:n nome de todos, que ficariam .4 /} muito cont(lntes com uma {)Onsoladela lf?I:' 4ê> de p!l'.o. A seguir, o lavra nte de pedra conta de como lhes é difioil obter o pãó ne-• cessário para cada dia. De como o da tabela &. insuficiente e chega tarde. De como os lavradores pedem muito dinheiro. Eld há·o• p'raí que t1i1-.,,ttJ mil..,.tit p'-la "ºZflj qutm po1elt O humild: fooutor : l11nça os olhos em redor, implorando novament e: nos 1equer um" C-On•oladela. de pllo,JW' til e ajusta o molde à pedra, para não errar as linh.fle. Virei eo. tas e d"sandei. Aquele homem é da ,LJJP1:!_ma terra. h 7- .W falando aos outros da sua pobreza: ao mernus de pâo1rif'lho tinha m(W jilhus mimosos! O boroas ao visinho O necessitado era servido com Todos estavam mimoFos de pAo. Beo.· dita seja a alaídbima do Evan· g• lho qoe a todos remedeia! não. Eotroo a com o arrl'f.-c1mento do Amor. Pt1dem p'raí 80$00 por uma roz'l d t$ milho. Esteis vão_ e não há. quem lhes diga, o seu pecado. Comungam o Pão do ""r> Céu e não se lhes diz do risco grave de comerem e beberem a sua própri& cond1>naçâc ! · O Evi.ng• lho não Fofre meias tinlae. A \"erJadu não é de cnft'iteb. Si...,.,,,- sit1f, Jlao, n• o. A plenitude da Lei 1 é o Amor. Quem f11z negócio com a fome do seu irmão, não ..ama a D.:u$. Ni$o a ma a ninguém.· Tive insóoius naquda noite, a rumi- de como hi.v1a de dar uma cotiao· l1 dtla de pão aoa ,pacíficos trabslha - dores. , No dia H'gnintEJ, o comboio de Lis- boa, le vava mais um passageiro. A gente não tem tempo de perde-r tempo. Atomos de amor que se desint"tram da alma, não vivificam. E' es- tupenda a eoa fôrça. Tamanha e tanta que vence arranca lágriruas, Mmistros e empurra por ai fora, vagão de 10 tone.. n · · Não aonde. está nem do que eonsta o prsia,r dos .hume11&it.hos que pedem p .or ama rasa de /J a, 9uem pr,ecisa e não Nilo .O de o ir buscar para distribuir aos precisam, sei do consta e de onde vem. .... _ - --- ... - à

RAPAZES,PAR~ RAPAZE~~ E~ CONSOLAClO...de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, D~vem estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os

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Page 1: RAPAZES,PAR~ RAPAZE~~ E~ CONSOLAClO...de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, D~vem estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os

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ANO JJ-N.o 52 23 de FEVEREIRO de 1946 Preço 1$0(,

0BRA OE. RAPAZES,PAR~ RAPAZE~~ PELOS RAPAZ E~

lldacçlo, Ad1lnlsl~o 1 Pr1prl1tà1t1-Casa do ltlalo •• l'trlt-1'111 á lma • DIRECTOR E EDITOR-PADRE AMtRICO • Co111poslçio 1 l1Jnss10-ltp. da Casa llan' Alvares-A. Santa Cttulna, 628·P6rte Vl!<11. t10 Dl'l 11 r.omi~•ilo d.." í'Pnqure.

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f.lUl l!a uru rôr óe anos, saiu A...._____ - --=----

um jornal de Lisboa, a dizer que certa colóoi11 re11lisada na

Serra da E&trela, naquela oca~ião, era a primeira que se fazia no pi.i:1, para rapazes pobres. Eu li. Podia refilar, porquanto a obra < 'olt nias de Campo do GaftÓCo da Bt1i~,,, já tinha assoa­lhado centenas dtlts, das roas de Ooimbra. : Podia pedir .meças, sim, mas ia per­der tempo a discutir e antes quero ganha-lo a trabalhar. Aqui é que bate o ponto.

. Ora a11 Cc.fonia., de Campn, foi a obra precussora dae Casas do G11iato, m M ~ão tDOrreu, com a vid1' destas. Elas vivem a P"r, tendo as Cvlóoias, nos mêses q11e lhe silo dado1-, gr11nde pujdnça. Os leitores, sabem muito bem o que elas são e repres1-ntam, pelo que se relah no jorn~lsinbo, em seu tempo, acêrca dos garotos de Coimbra, a respirar fundo, no Santuário da Se­nhora da Ptedade de T11buas, actual Lar das Colónias e terão oportunidade de obsbrvar o que vai ser para os garotos das ruas do Porto, o próximo verão em Paço-de-Sousa.

O antigo cooveoto que abandonamos, fica , sen .o o Lar das l'ulóniaa de Qarflpo do G.iroto da ] lha. Üd nossos rapazes que vivem na C"sa do Porto, já: têm instruç<S~s para alistar o coh no e estão devidamente informados das .,i,·tuth8 que ele deve possuir. As mes­mas que êles, os noseos rapazes, pos­suiam, quando se lhes abriram as portas da "Aldeia>! ::fompre discordti da opinião geral de que as colónias de Mar ou Campo, devem str um prémio para o meniflo mrii1t bem com­portad? de qualquer colectividade de rapazinhos pobres. Não leio por essa cartilha. Que se premeiem 011 bdm comportado~, está muito certo. E q•1e fazer aos mal comportadob?! Pvis estes são os nossos.

0d mal comportados. Q3 qne nilo frequentam escolas nem catt:queses . Üd endiabrados. Üi su}is. O.i mentiro· sos. 0d lad1õ~s. Tudo aquilo que não presta. . . para que om dia venham a prestar!

Muito tive que sofrer nos primeiros êempoa, em Coia.bra, da opinião de cer­tas almc.:a piedosas: (1m ia a dizer pega_­nhoea!!) a1/ o que ele levai Edpera-1.1e que hoje,· no Porto, não haj-\ esses reparos.

Contamos principiar no l. 0 de J ulbo e ir até ao fim de Setembro, em gru­pos de 40 garotos, com a âura~ão de 20 dias cada grupo. Não convém mais

de 40 A vPrdade nunca esteve nas mulLiÔÕds. T.:mos de ouvir, couhecer, ensinar. O pequenino nunca mais esquece aqueles dias . .Mais tarde, desa· brocham e orientam. Sào almabl Ora é necessário que eles s"jam bem orien­tados naqueles poucos dias, e desta sorte, serão forma de vid3, pela vida fora. Nós queremos qu11lidade, que não quantidude. O grupo, é maia facil de ·estudar do que o. chusma.

Quem sabe se naqui-le turno de 40 ~arotos~ não está escondido .o homem honesto que so determinou a sê-lo agorll, e que j~maiu o seria se t.ivP'l!em vindo 400 dt:les - quem?! . O Mestre só q111z dozP, Ele o Se­

nhor de tudo e de todos! Edêes grupos hão-de ser conduzidos,

não por qualquer, mas sim somente, por quem souber. Nos princip•oP, em Coimbra, eram estudautt:s da Uuiver· sidade. Há hoje deles no Império, Magistrados, Advogados, M1ht .. res, Profüss.Jree, que for11m os am1g11s dos farral'Õcs da rua, naquele tempo. Um deles, hvj., em Vila C11bral, ofJCial do Exercito, ficou de uma vez mais 1 Õ dias, só com uw c~lono, para curar até ao fim uma chi.gll que el~ tinba, por saber que Ulãe e que casa o espe­ravam.

Eu pasmava da Caridade destes vertladeiros apostolo&! Bram assim, na­quele tempo, 011 conduloreti dasc11lonias. O. a const1>·me que no Porto há umJ Universidadti e uola, ei.tudantes. Dese­j .. ria que alg11ns de eotretlrs q11izl'ssem ser um amigo do pequ1 nino vadio da roa, psra f,.zH dde um ami~o.

Como não gotit&v11ru Od de Coimbra, de ser acompaobados e acon11elhados

r pelo senhor Dot<,r/ Para tudo e Pºi tudo era o aet1hor D . to'!'! Pois aqu será na mesma, se os Dotor es qoizerem vir. São nece~eá1 ios três para cada estÃgio. Faremos cinco estágios. P odem apitar 15 deles. Nào lhes dou nada para que a mercê de cada um venha de Deus. No campo do verdadeiro apostolado, quem espera paga, não merrce o nome de apostolo.

V uu falar nos Grémios para segurar mantimentos. Na Intendencia, por f rni'lha. Nos comhoiOP4 por fi.cilidades. E a ti, l~it.or querido, por dinheiro para camas e i'oupae e loiças e todo. E tudo virá! •

Benção da nossa capela Nada em contrário. t' no dia 24

de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, D~vem estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os vasos de oiro e de preta que aerv•m ao culto. (Nio creio que o luiz. falte!)

Um nadinha abaixo, um 9•a11de cêslo de boca aberta, para o que der e vier ... Osrar e Zé, vigiem.

E' primavera. As acacias da nossa mata, rescendem- O.iem não vier nio sabe o que perd~l ,

E~tá uma deputação de Miranda. t : tá uma deput.,ção ae Coimbra. Está U'11a deputdçio do Porto. Nio se há-de loldr noutra coi11t, por muito fempol Oulá nãn feita aquele admi•áv. I anó· nimo dos 50 contos repetidos, para que ob~erve com os SEUS o lhos onde e como eles se ge~lam!

Tóc(l a esfregar a baixela

CONSOLAClO 'IC!'U e ta'!o. ao pá dos pedrt>iros qao l.f;iJ lavravam a pedra mai-las cola-

nae do nosPo altar e prometi-lhes que havii\m de j~ntar comigo quando acabusem a obra, de coo ente, -São homens tienados do tempo e mortifi· cados dos teupos. Escut11ram e um de entre elh levanta a vez para dizer e:n nome de todos, que já ficariam .4 /} muito cont(lntes com uma {)Onsoladela lf?I:' 4ê> de p!l'.o. •

A seguir, o lavrante de pedra conta de como lhes é difioil obter o pãó ne-• cessário para cada dia. De como o da tabela &. insuficiente e chega tarde. De como os lavradores pedem muito dinheiro. Eld há·o• p'raí que quet~ t1i1-.,,ttJ mil..,.tit p'-la "ºZflj qutm po1elt O humild: fooutor : l11nça os olhos em redor, implorando novamente: Dê nos 1equer um" C-On•oladela. de pllo,JW' til e ajusta o molde à pedra, para não errar as linh.fle.

Virei eo. tas e d"sandei. Aquele homem é da 9'1inba~a~~da~

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aos outros da sua pobreza: ao mernus de pâo1rif'lho tinha m(W jilhus mimosos! O vi~inho eupre~tava boroas ao visinho O necessitado era servido com alt~ria. Todos estavam mimoFos de pAo. Beo.· dita seja a alaídbima Po~reza do Evan· g• lho qoe a todos remedeia! Huj~, não. Eotroo a mi~éria com o arrl'f.-c1mento do Amor. Pt1dem p'raí 80$00 por ~ uma roz'l d t$ milho. Esteis vão_ à~~ e não há. quem lhes diga, qu~aior é~ o seu pecado. Comungam o Pão do ""r> Céu e não se lhes diz do risco grave de comerem e beberem a sua própri& cond1>naçâc ! · O Evi.ng• lho não Fofre meias tinlae. A \"erJadu não é de cnft'iteb. Si...,.,,,­sit1f, Jlao, n• o. A plenitude da Lei1 é o Amor. Quem f11z negócio com a fome do seu irmão, não ..ama a D.:u$. Ni$o ama a ninguém. ·

Tive insóoius naquda noite, a rumi­~nar de como hi.v1a de dar uma cotiao· l 1dtla de pão aoa ,pacíficos trabslha-dores. ,

No dia H'gnintEJ, o comboio de Lis­boa, levava mais um passageiro. A gente não tem tempo de perde-r tempo.

Atomos de amor que se desint"tram da alma, não m~taru; vivificam. E' es­tupenda a eoa fôrça. Tamanha e tanta que vence fo~res, arranca lágriruas, con~ence Mmistros e empurra por ai fora, ~m vagão de 10 tone..

•lada~I n · · Não ~ aonde. está nem do que eonsta o prsia,r dos .hume11&it.hos que pedem ~º-'.00 p.or ama rasa de milh~, /J a , 9uem pr,ecisa e não t~m. Nilo ~ .O de o ir buscar para distribuir aos ~ g~e precisam, sei do qu~ consta e de onde vem.

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Page 2: RAPAZES,PAR~ RAPAZE~~ E~ CONSOLAClO...de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, D~vem estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os

/

·-. Mais 20$ de Cabo Verde •. Mais 1 ÕO~

de visibntes. Mais 200 garrafas da Fontela. Mais de Albergaria uma encomenda de roupas, calçado e ~ escovM de dente.a. Mais da oapit11I llma groea dclas. Basta de escovas, por agora, üada um tP.m a sua, com ins­pecção regular. Ô11 oh1'h~s das casas, vigiam. o s ·enhor que 88 oferece, não quere- que o cite. G •>to de me tsque· cu· 7·api~amet1te doqu•w q1'e _tnço pelos ontro1; é a -melhor forma de continuar f"';:endo, s}iz ele. T,mho pena que sejam tam pollcos os esque· cido111 ·

Um" balança para pesar creaoças. O nosso rtlédicà seringa-me todos os dias por ela o eu tenho vergo'nha de lhe dizer que não; s~mpre é um Doll­tor 1 Dize-me tu qlle sim, na volta: E1 uma. balança de pesar crianças. Se todos fõssem como o Buch'I, a genté pesava-os com a simples vista, mas ele bá alguns, e são tantos, que nlo moi.tram o que comem !

Maia dnas notas de 50,$ que o Al­fredo e o Ernesto encontraram num monte de cisco, fora das portas da Ousa-Mãe.

Maid 250~ de une visitantes de Rio­Tinto e uma data de ronpas magn1fi(}as, e uma pttna de prestrnto, como o Elvas anunciou. Olhe '}tcf. coisn. ate• ta ia. Vivam os ele Rio Tint<,! Mais visihn· tantes a dizer que sim. ~!ais no De­pó~ito um mundo de coisas, tais como, 1001, um pacote de gravatas, um de roupas e ciiitos, um de camisolas azuis. um de brinquedos, um dito> l\m de roupas, um d~ escovas de den· tes e sabooetes e algodão de bordar e cintos e briquedos e coisas - o Chiado dentl'o dum pacote! rifais 5~ no Porto. Mais mil eaet1dos no mesmo sit io • . Mais Visitantes que se explicam muito bllm. E mt1is nada. ·

e rrrtm n rrr w

.CJantinho dos Rapazes

Muus filhos; vamos eqni tirar urna liçlo d11 zaragata qllc fizeram há poucol dias no no11110 ret • itório, o Am.imdio e -ó Periquito. E , ttl, q1Je1xou-se daquele, acusau.cio-o do lhe bot111· pouca comida no prnto, por a ndar de mal com ele. 01·a ;eu n'l\o acredito. Não posso ·acre· .dit1u Sabes porqur? Pórque ó Aman­dio tem a obrigA~âo de servir à mesa e é uma grande fi.lta de carácter abttdar alguém do seu l11gar para fazer n\al ;tOS outros.

N!iG acredito que o Amandio sPj~ tão mau oomo isso. O Amandio quere ser· bom. Anda a trabalhS\r por mere­-Oer uma colocação no Porto, e não ~stá loog1• o di'l em rpie ele vA para a Rua O. Joio IV, 682.

Toma o<, nta doete. verdade, boje, e f'al!le dda uw d istintivo: Se amanhã, quando foros homem, tiveres um cm­prrgo grande e tenhas muitos ho'llens às tua1:1 ordene, não usos nunca do teu lugar para f.izer mal aos mais. NLwca. 'Nuuca por nunca ser. O!ba que é um pecado grave l

Queres eer um cristão ·~ Um ver· dadeiro discipulo de J .,sus? Pois bem.

· Apreod0 do Mdstre 0 ~ldstre, ensi· na-nos a dizer ao P,ti que nos per­'doe a oó.>, as~im como nó3 perdoamos aos que nos fazem mal, e se tu não perdoas, como queres ser perdoado ?!

Mas a intenção do Amandio não foi seguramente a de SA vingar do Peri· quito. Não foi. O P driqui10 é que se adiantoll na acnsaçll:o que lhe fez. Espera-se qne os dois 11tl deem as

·mlos e sej am agora e·i;empre bons camaradas.

O OAIATO

- " ~ Crónica õa Casa õo Porto -~=- !ill(RuaD.JoãolVn.º682)- r/I

NorieÍ'f 8 do• nossos pobres

Q Lioini'o prdi11 mais umn vez aten­ção dn Conforêooia j)ara o estado las· timável em que se encontra a sua pobre. Disse que a cama tem um colubâ.o desfazendo-so aos booad08 e q1te o oob~rtor é um outro no mesmo eotado. Por fim o Licioio declarou que se o autorizassem daria o seu cobertor. No dia seguinte o Licínio escreveu para Paço de SoLt'la, re:iebendo esta res·· post11, apÓ.i troe dias, a qual, aqui a traneurevemos: L cínio, grsto de '"bP.r gue te in~'"' ª''' pela tua pobre da R. <U ComéJe•. So tu for i:s cap11z de te pritJar do t ,u cobertor para dar à tJelh•'nha, • lJ,n sejr.t. eu qu• te tire t.~se mérito. Dá. 7 tu amig •, P. e A rnéorico. O Licínio no dia em que fez a vieita à pGbre11ioha levou-lhe o cobertor, ficando ela muito contente. B:evem E'"nte irá ele levar-lhe um tacho e uma cafeteira.

O F.-rrcirinha contou qtt9 o neto da sua pt b ·e anda pda rua todo esfarra­pado Taro bem se escreveu para o Senhor P adre Américo para. acudir a esta miséria, respondendo.aos o se­guinte: Put/,emos receliP.r rá o 'P'que­nito da t'OBlfl P b e. V ai b revemente com os rapazes da venda do jornal.

E por (1ltimo o velhinho do Mondim que está muito doente, as palavras qlle

• • • • • • • • • • • • • À A À À À À A A À À & A

Caitas dns nussos Vicrn:inos da Casa do Porto

O Licinio escreve ainda com mui· tos erros. Os nossos rapazes, em regra, andam muito atrasado3 em letras. A vadiagem andou sempre de braço dado com o analfabetismo, dai o ·mal. Mas a doutrina não é errada. Ora oiçam:

Senhor P .sdr .! Á'llérico eu fui à po· brezinha da rua Camões aquela que o sr' Pa~re Amé•ico pediu para as meter mos na conferência 9 elas não tem nenhurna- roup11 da ceme só tem dois colchões, e d ilam um por sima del.u a é usim que dormem eu tive muita pena dtlas e se o sr P ddre Américo auto ri· sesse eu dava·lho um dos meus cobu­tores, porque é a mais necessitada da conlerê •eia· A caslll está toda e cair. E)ta pobre é muito inl6liz porque já viveu muito bsm E' uma misériit: Tem uma c.sleteira a t •zer da cant11ro um facho t >do tap~s:lo com sôlha. E el~ tinh t lá para comer todo o dia um bucaclo de pão.

Segue outra carta de um outro Vicentino. E' o Júlio de Elvas.

Primeiro de tudo pedimos a Deus pela sua seucle Em nome de confe­rência escrevo-lhe p ra tratarmos de um caso de extrem:> necessidade. Como o Snr. P ,o Américo já saba, o J=err- irinha pt d iu -lho por umas poucas de vezes pare ei receber um n.to da sna pc.bre­sinha, êlo loge à avó, f.sltc1 à escola, vai pedir, efc A cuda a este ceso, está tudo desejando e vontade do Snr- P. 0 Amé· rico. De noticia aqui chogada sabemos que o Snr. X tem mais serie que nós, já meteu dois, e nós há fanfo tempo que lhe andamos a pedir e ainda nada arranjamos.

Assim se ascendem fogueiras que ficam a iluminar uma vida in· teira, a não ser que o ;nimigo do homem apareça a lançar semente ruim nas searas do Senhor, que são estas almas.

lhe disse foram estas, quem me dera mo1·~·er, e u ~fondim animoll·O dizendo qne aojrtssf c"m prrni611ci<t.

Continuam lhe lavan fo as botijas com água qnent<>, uma de manhã e outra à noite para o velhinho ter os pés quent1'!1.

Foi sm;peu110 o pobre paralítico de Santo Izidro, visto que por detrsz da miséria da pobre criança, a família se governava. Também soubemos. llm dia de11tes que a irmí\ que anda <.;0m ele foi presa por andar a p1dir. Se as auto­ridades verificaseem isso veriam qlle os irlllãos andam de costas direitas.

Ouraote estes quinze dias receb.,mos oR seguintes donativos: de Angra do Heroi~mo um simpatizante da confe­rência enviou-nos pelo correio 50~00. Dd um Sr. Doutor tambem a me.,ma quantia, 50~00 por intermédio da Ccl· misolaodia e para terminar, para • pobre viúva do gu irda livroa recebe· mos sigans pares de sapatos e alguma& peças de roupa usadas, que vieram num ernb ulho feito de Raco. A nossa conferência agradece muito aos benfoi· tores.

Oatrae notícia•

No número debte joroal, que pRsson, numa das colunas desta cróniea vinha uma notíd a de maita nec •s.idade, ma&' que 1ünda até à data não foi atendida. Precisamos muito de uma máquina de escreve", Sl'ja o est11do dela, mau ou bom. Vamos ver se desta somos msie bem acolhidoe. Agllardamos a vontade do leitor.

Na administração do jornal, o Ave­lino foi sub3tituido pdlo F eroaudo. Agora o Avdino está emprP~11d1 no escritório da V 11cllum Oil Cumpany . Também passou para a escola noturna, que já frequentam quatro rapazes.

um dos s .. nbores directores da Flama, G Sar. P.e Cr~spo, vai-nos en­viar essa r evista. Também nos vP.m pelo corri>in toda11 as !!emanas a revista 11STADIUM··· Não sabemos q11em na manda. Só falta qnem nos mande li A n~111 " por a ijsinatura. Agradece· mos muito.

Oferta• da c.tainlletta

Em relaçlto às outras quinzenas, esta foi uma das m:.ia pt•brezinbae. As senhoras e senhores do Porto, pa­rece que não atinam com a Casa, ela é na R. O. João IV, e tem o ntímero 682, a porta ebtá sempre à vossa es· pera, e à vossa boa vontade. ·

N 1ete espaço de ló dias rPcebemos um embrnlho de r oupa11 que f1z~ram o favor de entregar em C4aa.

De um visitante lOJ~OO e de ontro 50~00 e também de ll•.n anónimo 20f$.

Agradecemos.

• ~ • • • y T ~ y y • • à À & A À À & • À A A • Â

Pão dos PoLres

E' um liuro ôo Pa!Jre ftmérlco. que lá oal no 3. º uolume. alguns aos auois em 2.ª e1'ic4o. rrn1e se conto ôe como noscerom os easos élo 6oiof o, ae como nós Deixamos cair o Pobre e He como Ele sP fomento.

fl6Qutre hoJe o lluro~ OeniJe~se nas biurortas Hd' Pot!.

-23·2-1~6 ·-

DA DO ARDINA.

Lisboa,·Calçada da Glória, 39

«O arrflua Já é capo~ de seruir de exemplo a muitos «grandes»! ...

Há dias o Ar.man1o Sá edificou­-nos com a sua atitude, graças a Deus!

Tem 15 anos, e tôdas as compli· cações psicológicas da idade, acres­cidas de grandes dificuldades fami· liares, q..ie andamos procurando vencer.

Tiveramas, havia poucos dias, uma longa conversa sobre . • . or­gulho, maneira de ele se dominar, etc.~ empenhados na mesma causa -e1e e nós-fazer do Armando Sd um homem em todo o grande sen· tido da palavra.

Nisto, propõem-nos uma nova colocação para um ardina. (Já nem temos mãos a medir-melhor, pou" cos ardinas prontos a seguir novos rumos! . . )

O Armando Sá vem ter con· nosco, insiste pAra o emprrgo.

Com o cornçào nas mãos, fala­mos· lhes .. . ao coração.

- <Não vês que ainda não estás à altura que devem estar os da cCasa do Ardina•? Nao te parece que é melhor esperarmos mais um ou dois meses?>

O Armando Sá diz nos que sim com a cabeça, pois que não está com possibilidades de talar ••.

- <Sabes quem me parece mere­cer ir é o João F11rreira, não achas? V1:1i tu mesmo dar-lhe esse recado.> Dai a 5 minutos tínhamos junto de nós o joao Ferreira, radiante. · cO Armando Sá ja me disse tudo. Que bom! A minha mãe vai ficar contente, contente! . .•

Olhamos p~ra a indumentária do nosso joao Ferreira e verificamos que a roupa que trazia estava muito rotinhR.

-11Não tens tempo de ir a casa mudar de roupa, por isso, vai lá abaixo e pregunta se algum do teu tamanho est,irá pronto a empres­tar·te roupa arranjada p:ira ires apresenhir ao teu patrão•.

Em meno~ de um quarto de hora, tínhamos o joao Ferreira muito limpo e arranjado ao nosso lado.

- <Quem te emprestou a roupa?>. - e Foi o Armando Sá . .. > Podes calcular como isto nos im­

pressionou agrddàvelmente!. . . Já não será preciso esperar muito, para deixar seguir novc1 vid::i o nosso Armando Sá I ..

Se todos os «grandes> fôssem assim: gPnerosos, compreensivos, humilde~! • .

E::.tava o mundo salvo, e a <Obra do Ardina >, também .. .

MARIA LUÍSA.

Ameixas de Elvas ·

O Zé Eduardo ou Porto, nome por que também é conhecido, veio agora aqui trazer um prato de

ameixas de Elvas, que o Eloas tinha deixado ficar no meu quarto. Lancei os olhos, fingi contar e disse :

- Faltllm duas ameixas! - Eu cá não. Ora faça, favor de

cheirar! E aproxima a cara dele da minha, a

bufar 1 Isto é a Casa do Gaiato.

-23·2;

§ílRllft!:. = E E i = = = ê ~~

DA CJ.

Por~

Num dearijio Aperar pod8'1'f11'. 6-0. Q1 redra jti

o z~ -0•1rleia CflB<J t>i'f;

Qi,ando -t10 bôls reprtenc é p11ra, a dar ai altura a daquelfl! a tJemoi estatJa fl ba,,.,.iga rectber qui'n Jo· calças 6

chtgou e Jêz f oi 1

-Sonho'l'l

O Li trouaie d do dorr, -anda t quando

As 110 doe•1tes dc.uWa ' -rem ma no eoM' -c11im11 d -.chtgti'l'a! a me111m que se p

A no1 que 16 o arida tm

O Ri Fi.guefrt outros i -gueira v A Co n L•i'l'i''• UtlR 23.9

Mc&'to ~ umpriw 1•ico.

o e ~mri .f61 ao mét p;,lo Úa

OF- f'G

-deram ' à 1n63(1

ÜflO~ comP9• tt teat• o r. Senhor q••e vitJ M•1'f'itm NoBS" ~ ala lha as6im:­que eHa

Ena ' nen~um1 a;udat·o feira e1 tabemo• para nd

Page 3: RAPAZES,PAR~ RAPAZE~~ E~ CONSOLAClO...de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, D~vem estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os

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-2l•2-1946-

Jnnu\ 11'""! m,~ 11111 1 f 111111\ f m

DA CASA DE MIRANDA -

= ê ~ E - - = g e ~111111? E ~Ili = 111W - - ;;: -

Por Cario~ Alberto Fonte.

Num Domingo dêstes jo,.mámos um desnjio com os rapaz•s da vila. A pe1<J/r de jog·ri,.em com um" linha podt'ff11t,B1imn, foram vencidos por 6-0. Q•umdo conBfgufram ju,w,. as redr1 jti pas1ava do tempo &t1.belecido.

() Z& Ma'fif& que eateve p &o na ~rzdeia da Oo1Ji1hlJ, chegou cá a cnsa vinha me1mo m ito Qtrazadinho. ·Quando estava d mesa m~teu a caNJe "'110 b8lao. Quando os outroB viram repreenderar11-no disso e ele vai aBBim: é pwra o meu Jwrnel. Há dias and.ava .a dar 8ervPntia aos pedreiros. A ceV'ta altura deu·lhe na e• brç'l. de f, zer uma daquelris que todo1 '16• jazemos quando a vemos a geito. Foi·se à bo,.iJa que estava tia M1sa do perl1 eiV'o e 1nch1u a ba,,.,.iga e J• i pa'l'a a crima. 1 eve de rectbtf' a recomptnni. O Set1hor Joa­qufot jo1: lá chamá lo, e, ele vPstiu a. calças 6 a blusfl ao conf'f'á• io. Quando chfgC1u à capela a primeira cois11 que jêz foi dizer assim. B11a-noite NooB<> .Senhor/ ••.

• O Li~boa f oi há dias a rot'mbra e

trour~e de Já lin-laB notícins. D;s•e aos do dormitório dele que o frmno que anda tlil trrpri, 116 pot/e edudar quando jôr rafaiel ( l[urrid).

• As noae1 que tlnhamoa àémo-los º"'

.doe,1tes do I1.1spital dos L ·'nf'OB. Já d<.ut9'a wz p'-dii os pri,.n noR m"n-ia­-rem mai•. R uve alg11ém que metm no cON'6ÍO uma caif»'' dtJ1<u1. M is a i;fli:xJri dfStapcu.·88 no corf'tio e sJ cá

.-cheg11,1ram duna. Agnra esperamo• que a mMma ou outV'a pet11oa mande as 25 que se pt.? deram.

• A nosta cozi11ha Í? á çer maior por­

qu6 16 o joqâo a ocupa quase tôda. Já a11da em t bras.

• O Rádio e o P reto trouvram da

Figuefra muitos e lint/os • t vi~tas e outros liuros e a~s11i11atw·as. N 1t Fi­gueira vcn1'tram 80 jo,.nais, foi pouco. A Ov 111brra, ͺ' am três meninos o Ld'l'i•i, o Porto e o CfgJ11ha venderam u nR 23.9 griintos.

Mu,tos kitores nianiln.ram mu1'tos ~ umprimet1toB para o senhor P.e Amé· rico. • O Caôlho tBtá muito doenttJ oo>n

"'..tma .f6rid.a numa perna. Ontem jr>i ao mé tico 11uma auto maca, puxado pilo Camilo, paM ser lut1cetada.

• 011 rapn•eB são tnntn11 qtM msm lhe

dtJram oom a C<•nta. Só qwmdo e~tifo à men é que se podem c.mtaV'.

• O noBAo Rádio q11e nunca esM calado,

conuç• u a n11r'l'a'I' 011 fri.ctos que v u no teat1 0 da F1gutira. Cut1tou que N 880 Senhor ia " pnsswr por uma cirtr&r/,t e q•1e viu uma mulh,r eh mada S..nta M•l'l'itana a encher u rn cânta'l'O e que NoBB" Srnh ,,. lhe p'-diu b,,bida e que ala lha f'ecmou. Então Orifltn d1ue assim:-1enho uma água mtlhor do que eHa; e que ~he e11chm o câutaro ••.

•• Em noasa cosa jti não temC's b1.otat'lB

nenhuma1, e as q ••e tínhnmos os f'utos a;ud,wam a c11mê z,.,, Como elas na feira e1tão a 60100 a arrôb 11 não eabemo1 como as havemos de 11'franjar para n&a e paV'a 01 nossos p11~r~8.

O OAIATO

A repnrt11gem ve;u no ou• ~ ~

tro número. Aqui ficam as iana,ens qoe falam eomo 'ente.

Que dizem àquela eseaJada da .Serra eob~rta de neve?

O Sér'fo• ao meio, teudo o Vellaa à e .1qae.-da e o Tó­nio, sorridente. à d reita, teem estampada"º rôato a alepia que o iocditismo do aeniraeional pa•ae;o a todos causou.

Crónica da Nossa Aldeia José por Eduardo

poR enquanto os noesoe pobres têm ido bem gr11ças a D. us. Temo.11

recrbido vários donativos oe quais nós - empregamos na compra de legumes para dar aos pobres.

• EM virtude de o S r P. 0 Crespo nos oferecer, por intermédio da

~., l ama, uma equipe, publico neste ptiquenino jorol'il as côres das ditas equipes: a camisola do guarda-redes deve ser em amarelo, com o distin­tivo da F 1 ama. As dos jogyt1011ee, axadrezados em amarelo e branco e os c1tlçõ e aznis.

E não e11quecer o boné para o guarda-redes.

• O nosso pobre de Blirroe foz ~ l

anos e Sr. P.c Américo ronvi· dou-o piua vir comer com nó~. F.ti eu que fui a ca~a d..!e chnmá-lo. SS quem já vi~itou a C11ea dll Gaiato é que p.1de for admirado a deslum­brante pllie~gem por onde serpentei!\ um lindo regato com ae suas águas límpidas e cristblinas por entre cam­pos de vPTdura. E.te regato nasce no Monte Cc1lvee, e vai desaguar ao Rio Sousa, um doe afluent~e do Douro. Para contar tudo o que ee vê por e~tas rf'duna, za~: Paço de Sousa, Cete, Iri vo, Parada, B<iltar, etc., etc, etc. seria preciPo uma página do pequeno mas fi, d{isimo jorni.l .. Q G ,ii .. to•. Foi por esse lindo caminho que eu fui buscar o nosso amigo.

• nosso campo de jogos já vai 't\diantado e ·dentro de quinze

dias ou um mês está P' o i 1. Por isso preoibamos quanto Antes d 'ª equipPB para e~triarruos no dia da inauguração da Capela.

A · nossa capela está quase pronta. O so lho catá uma marevilha

mas custou muito dinh~iro. Já nos ofereceram o Orgão mas quem o deu não quis dar o nome por isso ficou anónimt. Quem foz o suporte do missal foi o nossp carpinteiro António. O Sr . P.c Awérico ·e todos os gaiatos querem q•1e venha cá muita gente para assi .. tir à ruissa cantada, cantada pelo côro doe gaiatos. Têm um com· bóio ql1e pa1te do Porto à~ ,lC da manhã e outro às 14 47 da tard.,, Q tem tiver nutomovéis pode vir ndee porque o caminho para cá é bom

• A noasa 1 ufermaria já vai muito adiantada e df'ntro de poucos me·

ses eet va pronta. O quf\ vai ~er difícil é arranjar oe apareluue que ama casa destas precisR, para analisar os rapa­zes que vt.>nh,~cu de l& d 01 forR com muitos vícios. e dt-teitos H.icos. Quem 'los ajud1â ~· o que estamos a vêr.

• NO domingo Vt io cá jngar o grupo

de Ràt1 e tnrubém vieram 08 vermelhos de Cict~. Ü• gaiatos ficam sempre oamp1Õ.!s. l'odus se admiram de o Üocar e o Gari e o Elvas tirar a bola doe pés de bomene já grandes e de bigode.

-1-

mrn1mrn oe li · 1 (~~ li COIITTBHn

Àqueles que teem a devoçtl.o de descer comigo a êste escondido •mirante>, venho pedü apenas que me acompanhem em espírito a um dos muitos lugares selectos de piolhice.

O dia agora está lindo e os meios de comunicação são ópti· mos: linha do Norte, Estrada Nacional, linha do electrico. O progresso em pêso. Transitam pai ali diáriamente centenas, ou mes­mo milhares de pessoas e queria apostar que nem uma dezena delas deu conta de ttlo estrar.ha moradia. Ntl.o é uma ca~o; também nao é alpendre. Os de· lá chamam-(he lojão. Deve ser isso mais ou menos .

Pois êsse lojão está dividido por tapumes da altwa do rosto, em quatro compartimentos, sendo, cada um deles, a morada duma família mais ou menos numerosa, Quem vem de fora, dá de frente com a escuridão completa; mas, como só se entra ali por amor de Deus, os moradores vêm pressu­ro~os alumiar o caminho. Riscam um fúsforo e acendem um çan­dieüo fumarento de p ... tróleo, sem chaminé, para a gente vet .. . o monte de serapilheiras em que à noite se enroscam:-olhe para os nossos agasalhos,. padre! ·

Há dias um vicentino guiava até lá outro confrade. Mal chega­ram ao arco, pregunta, este estar­recido:

- Mas . .. mas aqui mora gente? -Mora sim,- entrei . -N<1o posso ... nao posso, fal-

ta-me o ar. E voltou para trás. Quem não cré na vida ete1 na

devia entrar aqui para sentir, como nós, que não poi:Je ser eterna, a escuridtl.o dos deserdados. Que o diga o pobre Láí!arol

Na ânsia ds encontrar melhor abrigo para estes mi~eráoéís, dingi os meus passos para o novo bairro em const~'pçtl.o. Em md ho a 2/i pus os pes.

- V. quere alguma coisa daqui? - Quero sim: casas para qs

pobres. Vi logo que aquilo não era para

êles. .Que1 ia lrvar alguma . espe­rança ao lojão, mas tenho de limitar-me a recome!Jdar paciencia.

Qt.fe ao menos a lue que o Pal celeste acendeu em nós, afaste um pouco as trevas destas almas caídas . .5..im, ao menos isso, meu Deus.

P.e ADRIANO.

Notícias d' Além-Mar· O Gaiato, a que alguém chamou

dn1ordo•ro, anda a ft zer das suas no U ltramar.

O Z·?'O eFCreve de Lourenço 1\[1r­quee, a pregnntar se a gt-nte quere coisas. Queremos t im senhor. Cuj11ae e aellinauteiJ. E11tu Z ro é o m"1>mo que no8 costumava ebotever de Litboa, pela lE:tra.

M"s bá mais. Um outro s~nhor> também de Lourcriço Mi<rqt1t-e, st-m nome, dá notícia de um saco de ae>1Í· car que vt-m a c11miuho. D.us úb~n· çoe e~sa Ob'l'a. R~2em ní p•los 1111t11

filhos e mi11h11, Jilhra. E' e~ta a guia de livre t1âm1ito que vem com o saco. A da .t\ltâodega nAo é assim ••.

Quando foi da Pt'qnena Guerra de 1914, eu cheguei a Libboa com dois sacos na bsg .. gem, contente ptl"" ebti· mados presentf's que ia f 11 zer. Pvguei os di1eitoe. Dd duas V(Jltae e •. . não dei presentes a ningném. Não tinha de quê!. Desde aqnda diúa, nunca mais disse mal doe Preto15.

'

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Page 4: RAPAZES,PAR~ RAPAZE~~ E~ CONSOLAClO...de M.,rço salvo qualquer cataclismo. Acto religioso, cedi ho. Pelo dia fora, romeiros, D~vem estar sobre o altor, pera que todos v• jam, os

. - 23·2-1946- O OAIATO -+-

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---EM muito boa hora fomos buscar à viela o Zézito. Tem sete anos. A sua primeira E.cçãc, depois de

devidamente instalado, foi sacar da algi­beira do Pepe o seu relógio de pulso. Fê-lo com muita limpeza e, preguntado, defendeu-se como um mestre. Pois que admira? Que outr~ escr la poder-ia t~r esta creança? De onde vem i> le? Todos 4uantos veem do mesmo sítio, trazem Aecessáriamente a mesma escola. E' ló­gico. Se o jardineiro não d~sponta, quem pode entrar no jardim ? 1 Se isto é ver­dade da vida da seiva, que dizer da v.ida das almas ? 1 E' por amor destes Zézitos que eu rr.adrugo. A sociedade, não quero bem nenhum. Quando chego a uma porta e me dizem que não, mais cresce o meu amor pelos Zézitos. Mundo que {e queixas dos ladrões, e deixa los crt:scer nas ruas, à vontade ! Infeliz M undo1

Em uma Comarca du Ribatejo, houve ttm herdeiro que pagou cinco mil contos de transmissão. Os farrapõt>sitos na vila, são enxame!?. Há qma sôpa diüia, por emergência. Pois muito bt-m : Para sustentar essa si\pa, é necessário dar festas nos salões!! Ele há muitos herdei­ros que não compreendem. A' sociedade, não quero bem nenhum. Aos farrapões, -sim. São a minha herança. São bens eternos.

••• O Amandio escreveu à Mãe.

' «0 que lhe digo é que já podia estar no Porto e não estou por

causa do meu mau génio, que você bem ao sabe. Mas agora estou pedindo a Deus a graça para eu poder vencer esta matéria repugnante que sinto dentro de 1Dim». Esta creança da rua, que nunca estudou teologia, sabe e enuncia o dogma do pecado original. füt,á muito completa a definição: Pede a Deus a graça para vencer a matéria repugnante que sente dentro de si. Há dias, num combóio, um grupo de intelectuais discutia a ohra do P.e Américo. Eu estava e gozei basto; não me conheciam ! Assentou-se em que a obra tinha i .. to de bom : evitar que os rapazes da rua refinem no mal. Fttzê-los bons, não. Eles são maus por natureza. E deram a esta doutrina o caracter de dogma. Eu ouvi e cald-me. Quem pode discutir rom doutores? Só doutores!

.Mas o Aman<lio fala aqui por mim. Ninguém é mau por natureza, nem bom por natur!'za, diz o que foi garôto das ruas. Sente a matéria repugnante mas pede a Deus a graça de se vencer. Ora aqui é que está. Rep11gna-lhe o ser mau, logo, não o é por natureza. Pede a Deus que o faça bom, logo, não o é por natu­reza. R assim somos todos, inclu,,ivé os senhores doutores, a quem hlnto re­pugnam dogmas, - e fazem dogmas. Dogmasinhosl Educar consiste. salvo melhor opinião, em mortificar cada um a matéria repugnante, para que o bom venha à tôna.

••• VOLTANDO aocaso «Esclarecimento»

do d.:rradeiro número. o P.irôlo tomou a iniciativa de fugir de cá,

'provando, com isso, ser muito mais avi­sado do que aquêles que instaram para que viesse. Preguntadr , em casa, porque é que fugira, disse: chamam-me pnrôlo.

O..itro pequenino dugmatico ! O que me vale, são estes g11rot.1s a fazerem a doutrina que o respeitável púhlico se recusa a torr.ar da minha bõca.

Espera-se que as g~ntes das redondezas •. sabendo esta notfda, não se ·atre•am a mandar para o cnlégio o menino de f1ti­nha de séda e medalha pen.tente. Assim seja. ••• VEIO cá a Mãe do Rogério. O Rogé­

rio é o Ch1Jncaxé. Trouxe-lhe 6 b1 !achas .. morulhadas num papel.

Que fêz o Chancaxé? Entregou-mas. Bolachas' prós nos.sos doentes. E foi distribuir à enfermaria ! Choncaxé, nessa noite foi colocado. de pé, sõbre um môxo e ou;iu 11ssim, a notícia do prémio : ir ao

' Porto ~ais eu, tomar chá e comer bolos, na Ateneia. Outro pE'q1.1enino prt-g.dor: (êste t m 7 a1101>) Não se é mau por natureza, disse ê le, por obras suas.

••• .. F UGIU o Norberto segundo. E' de

G.:1ia. Tem 10 anos. Abalou à tar­dinha e chegou .ª cai;a_ às ~ da

noite. Tal pêta disse a sua T1a, que ela veio no dia st-guinte aqui, com o pequeno pela mão, certificar-se! O Norb erto

ficou, com plena liberdade de fugir, sim, mas já foi intimado a ficar em casa. se porventura o fizer. A mentira ! A mentira da rua ! Os estragns que ela não causa na alma destes inocentes ! Oh ! doença das doenças ! • • • O UTRA ve1 o Rogério. Chegou aqui

agora mesmo com cinco tostões na mão : foi a minha Mãe que m<•S

meteu no bolso sem eu dar fé/ Fiddidade.

••• ENTRO nêste in~tante no meu escri­

tório e dou com o seguinte e~pectá­culo: Porto, Vieira e Periquito

com a «Bola» estendida no chão e êlcs à

A gente colocou um p11pelinho escon· dido dentro do jorn11I d" últim11 quin• zen11, a dizer aos q <1e 11inda não pa­garam que iam sendo muito hc ras f •• •

Tudo isto às escondidas, já se vê, pera os livrar das bocas do mundo. E era um mundo de gente; pera cima de mil! Pois foi como se um furãi> entrasse em lura de coelhos!

Ele por cheque. Ele por vale postal. Ele no Deposito. Ele por mão própria. ~inguem quere ser caloteiro.

Dr. Leandro Carvalho Correia [1945 e 46). 40$; Maria da Encarnação Rocha, 20$; Irene dos Santos Almeida, 20$; Dr. Cazola Bastos. 50$; Jos<-fa Rojão, 50S; C. C. ê. da Extremadura, 87$5. Todos de Lisboa.

Mwino Luizinho Jard:m Pereira, Cal· das da Rai 1ha. 25$; Capitão Adelino dos Santos, Espinho. 20$; H~nrique de Oli­veira, Ei;pinho, 20$; Dr. Albano S"tlvado, 25$ Maria Isabd Trigueiros, 40$; José Trigut:iros Frazão, 20$; Maria Celestina Pereira, 20$; Man1tel Caldas, 30$; João Pereira, 20,; M!!ria José Pereira Neves, 20$; Dr. J'lsé de Carvalho, !0$; Joaquim Marques Baptiste, 10$; Manuel Març'llO Evangelista, 10$; Francisco frindade Na­bais, 10$; Alberto Granada Saraiva, 10$; Ernt:s to Serrasqut:iro das Neves, 10$; João Marques Ferro, 10$. Todos do Fundão. · Maria dos Anjos Leça, Esmoriz, 2(1$; Cândida Margarida G1>mes T cixeira, Cu­mieira, 50$; Ur.0 Aida Anigão, Pavia, 50$; Maria Augusta Vit-ira, Bdrcelos, WS; Alvaro Vt loso de Fi;?ueiredu, Castelo da M1tia 100$; P.e Domingos da Silva, Ge­mund", 50$; Pdlmira Alves PPssoa das Neves, C<111tanht:de, 50$; J osé Gonçalves Arllújo, Viana do Ca .. telo, 25$; Or Ohndo Casal Pcl&y11, 50$; Filomenrt Pereira lnício, Baltar, 50$; Aida Dias Vaz Murtosa, 3 $; Bt!atriz Al <"gro de Magalhães, Foz do Ouuro, 100$; Dr. Alvaro de Queiroz, Foz do D 1uro, 50$; Manut 1 dos ~antos Mourão, Guarda-Gire, 20$; Eng. Manuel j "sé Moreira, V1l<1 do Conde1 40~; Mdria Gonçalves P0rtal, O liveira ae Azemeis, 40$; Maria 1-abd Trigueiros Frazélo, . a­pinha, 20$; Maria de Ponce de Castro Ci.!nteno, Silves, 2.t$: M-1ria Armanda Gonçalves, F<1ro, 20$; Mdria I 1ês de Castro, P. rêdé, 25$: Artur dt> Morais Bettencourt, Ponta Delgdda, 30$; P<1dre J n11q11 im Maria de Sousa Tnrrt-s Vedras, 50$; Dr. António Ferreira, Lousada. 30$; Olivia Soc1re::s A.velar B ·tencourt, Horta, 20$; Menino Alvaro F.1rtado de Alou­querque, Bombarral, 50$; Maria Aoolónia da Cruz D. Neves, Tortozendo. 20$; Ma­ria Carolina Alçada Arnaut, 50$; Maria Beatriz G 1mt:s FerrPira, 20$; Ediberto Simões R)sa Abreu, 20$; Dr. Arnaldo de Miranda B-irbosa, 100$; )úhtt S\.lares Ca­nas. 25$. Todos de ºCuimbra.

Jose Simões China, Vila Sê.ca 20::;>; Paulina G ·raldes Nogueira Godinho, Covilhã, 50$; Eduardo Alvei;, Condt-ixa, 50$ António Pinto da Silva Favõc:s, 25$; S.erafim Caetano Martins Pereira, Gon­domar, 50$ Dr· Manuel· Pereira Branco, Santarem, 50$, Oti1ia Pinto Brochado, Porto Antigo, 140$; Dr. Dommgos de Barros, Ferm1I, 50$; Dr. Luciano Correi{!, Anadia, 50$; João Iria, Mealhada, 20$;

~'111'''''''''''''''''''''"'''.''''''''''m11111111111111m11•111111m1111111111111111111111•1111111111111111111111111111mm1v roda, a C"atar notícias do futebol. Olha os gajos/ Os gajos são os jogadores. Seis a zero I ••• O Periquito é o futuro Mestre da

nossa barbearia; anda a praticar para isso. J á rapa os nossos.

E' no campo de futebol. Leva consigo uma espingarda de buchas de papel e nos intervalos dá tiros ! Se a gente tenta pr• i'bir a ê~tes rapazes que o sejam, êle::i nunca serão homens.

\HOUVE Rqui hoje no refe itório um caso muito i-ério. Foi que o Aman­dio, o da mqléria repugnante, anda

Joaquim Caeiro Correia, Reguengos de Monsaraz, 50$; Delfina Santana Carlos, Sdubal, 25$; Rufina de Sousa Amaral, Cete, 20$; Arminda de Sousa, 20$; Félix Moura ( l meses), 10$; António Peixoto Júnior (2 mest>F-), 10$; Padre Alfpio Quin­tas Nevei<, 4D$; M11ria José Fernandes Lopes, 30$; Maria Adelaide Azevedo Moura, 20S; Delfina de Iy\agalhães Vas­concelos, ~0$; Is11be-l Ferraz, 25$, Mttria de Abreu Valença, 25~. Todos de Braga.

António Hildebrando da Silva, Espo­rões. 25$; Maria Mesquita de Castro, Valdigem, 50$; Joaquim Simões Costa, Anadia. tOUS; Prior de Calvào, Vagos (45 e 46', 100$; Maria Antonina Sena Belo, Idanha-a-Nova, 30S; Dr. Jol'é de Sena Esteves, Castelo Braco 30$; Antó­

, nia Goucha Soares, Pôr to de Mós, 20$; Abílio Sobral, Leça da Palmeira, 25$; Belmiro Menctes de Oliveira Guimarães (2 meses), 20$, Luís Perez Lafuente, Ma· tnzinhos, 1110$; Manuel Luís da Cos•a, S. João da Mddeira, 25 ~; Maria Cândida Peixoto Alves da Silva, Macieira de Sar­nei;, 20$; Nestor Pinto Cardoso, Pêrre, 20$: Mllria T<'resa Pequito Rebelo Vasco de Carv11lho, Gavião, 250$; Padre Manuel Mendes Gaspar, Chão de Couce, 25$; Fausto Pert.·ira de Carvalho, Sangalho.,, 5 J$; Ambrósio Pereira, Lamego, 100$; Dr. B .. rnardino Campos de M<'lo, Viseu, 50$; Guilherme A•1gusto Cunha, Freixo de Numão, ) 11()$; Jo"-é M gu~l Machado Cruz, Ermezindt>, , $5; José F" rre ra de Sé, Agueda, 40$; António Henriques Vi­dai, Mourisca do Vouga, 50$.

•••••••••••••••••••••••••• . o~nõa õo Jornal

Por fulta de espaço, não nos podemos alargar DO r o l !i tO dos COtlturnados el'i- . só.hot1, o que muito me rloi. ~[ •8 a este, não foj ·: Di-1se o B,roardino, que uma l\[.11her de leo"o Jh!j eutre· gou d '" z tot1lÕ J' : 1 "m'' lá, rrenino, q•'e dr, ntt•·r' venda dP•te dois por engrmo. D.:st>j .ria conhljcê-la, para lhe b1:11j 4r a n.oâ•1, esta heroíoa qutt se não engana. ! Que a lii;ão apl'oveite ao B Jrai.1d1no.

Ó<1.tra noticia é que os dois rivaiR da venda andiim a f .,r ver: Amadl'u1 a77. 0.:1car1 37ô. Cunsta que o Amadeu, mais f11Jório do que o O~car, p .. rgunta a este qn iotos já vendeu e ele, u11j nho, cai" na lata e pt rde sempre. Não dtive dar luzes ao Amadeu. Que diga-n'in s•i, e caminhe. O Lio1nio vt:ndeu 200! Quando estava a ser elogiado pela venda, todos levantaram a voz: E' na loj' e nus ojic:inas d o Patrão." E' os E ·np?·egad"s que tle vende. Ele é um rngro~ 1dor. Que '18• nha [Yl'U. rua. Nós cá é na rua.

de mal com o Periquito, e serviu-o d~ pouco conduto. de mau. Ora o Periquito. que tambt m tem maté1 i(l repagnante~ atirou-se ao servente, a espumar pelos olhos, pelo nariz e pela bõca. · •

- Oh ! Periquito 1 . - Serve o prato dos mais pequenos IJ.'

botar fóra e a mim dá-me só isto! (E mostrava). Eu cá sou chefe. Ele anda a fazn pouco de mim, mas há-de lamhêrt

Não lambeu. O Amandio foi chamado em particular. Temos de o ajudar a ven• cer.se.

••• O «Santa» é o nosso Orlando. E' uma

das alcunhas mais acertadas dos nosso1' rapazes. Muito equilibrado,

muito mansinho, muito anjo - o Santa I E' chefe. A' hora da merenda, Santa coloca-se ao pé da senhora, enquanto a bicha desfila. Se algum dos dêle nã<>, trabalhou Santa exclama : alto I Este não trabalhou. E' uma sentença krrível

· Adeus pão e adeus figos 1 Oh ! rio de­• lágrimas 1

••• O Maximiano estava de fachina à

dispensa, por amor de umas obras que ali· se faziam e obrigavam a

vigilância por causa das moscas... Num descuido do guarda, vai o Agostinho muito sorrateiro, furta um bacalhau e raspa-se. No dia seguinte, à tardinha, grande 1ropel. Que ser-é? Era o Agosti· nho que regressava sem o bacalhau. Trazem-no aonde a mim. O A~ostinho~ que sempre fita ·a gPnte quando fala. agora põe os lindos olhos no chão para mentir. Mentiu quanto quis. E' prenda que todos trazem. Oh! tris.te realidade! Quem há &í que não minta? Só quem se não conhece.

Uma vez que o famoso Gaiato é lido de lés-a-lés e de fio-a-paoio, eu desejaria que e le fosse sobretudo alimento das almas, livro de horas, mensageiro da ~terniddde.

••• O NTEM deu uma dor de barriga no

Manuelzito. O Zé Maria, enfer­meiro que é, tratou de medicar, na

ausência do nosso Médico. Salta à cozinha, põe uma caçoila ::om azeite e alho, esfrega o ventre do Manuelzito, e a dor foi-se ! Zé Maria sobe ao meu. estritório, glorioso.

Ai! que se a Ordem dos Médico& vem a i;aber, estás def'graçado, rapaz !

- Que é isso de Ordem dos Médicos~ - Olha. Vai ao Porto e pergunta ó

Ibraím. Ele sabe ! '

••• O Elvas trouxe-me hoje um ca·

fêzinho muito quente e muito­odoroso. Eu dei-lhe um bocadinho

de pão· com nata, da que vinha no tabu­leiro. O rapaz act-ita e mastiga. O óptimo sabor da vianda, puxa naturalmente, conversa. Começou por ele. Oi médico~ dizem que o café faz mal ó fígado, mas: eu acho que é léria I De onde se conclui a pouca aceitação que os Doutores pare-­cem ter por cá !

••• O S nossos andam agora com os den·

tes a espelhar, graças às muitas e óptimas escova::1 que nos deram.

E' com sabão que des os lavam. Oi chefes das seis moradias inspecionam, e ai dos preguiçosos! O hábito de lavar a cera e as rnàus e oq dentes com sabão,.. todos os dias, é antídoto moral. ...... , .... ···•··· . . . . . . .. .

A venda tl'tal foi do 1700 e oa acréscimos, subiram a 50..iiJJO. Muite> b~m. .

B •aga, pelos modo3, oontinua for& das t~is apertadas de raoionàmento.

Fui nozes e joi mel e joi carne 6

b·1t tas com muito azeit1' e pilo e que­t·iam que a gente comesse mais !

-Quem? '-Üd Stmhores. F1oa a g1mte sem saber quem elle>

os l:Jenhorts, que eles também sabem. A1111im é melbol'.

ANC

àut dum m do Evf absolet.

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01 pequen instalar vidos a para o bater à mais e g randei estende maior, aquilo 1

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Ho nidade1 A de : Paço-d temos . um La do Pai quem

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86: pazes, jurista tree di prata mas o das mi

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