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RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A. RUA MANUEL PINTO DE AZEVEDO, 272 • 4100-320 PORTO • TEL. 226 194 600 • FAX 226 194 692 • e-mail: [email protected] • www.rara.pt CAPITAL SOCIAL EUR 21 000 000 • MATRIC. 2ª C.R.C. PORTO / N.I.P.C. 500 225 559 RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A. Relatório e Contas 31 de dezembro de 2013

RAR REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A. · Investimentos em empresas associadas 7 25.335.514 25.335.514 Investimentos em empresas participadas 8 227.504 227.504 Ativos por impostos

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RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

RUA MANUEL PINTO DE AZEVEDO, 272 • 4100-320 PORTO • TEL. 226 194 600 • FAX 226 194 692 • e-mail: [email protected] • www.rara.pt

CAPITAL SOCIAL EUR 21 000 000 • MATRIC. 2ª C.R.C. PORTO / N.I.P.C. 500 225 559

RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

Relatório e Contas 31 de dezembro de 2013

1

ÍNDICE RELATÓRIO DE GESTÃO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 11 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 41 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 44

RELATÓRIO DE GESTÃO

3

RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2013

EXERCÍCIO DE 2013

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Em 2013, a evolução da economia portuguesa continuou significativamente condicionada pelo processo de correção dos desequilíbrios macroeconómicos, o qual envolveu a adoção de um conjunto de medidas de consolidação orçamental que resultaram numa forte contração da procura interna. Este conjunto de medidas encontra-se enquadrado pelo Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), cuja implementação se tem desenrolado num contexto macroeconómico internacional particularmente desfavorável, nomeadamente com uma situação recessiva na área do euro que só começou a ser ultrapassada em meados de 2013. Neste contexto, tem-se registado uma correção assinalável dos desequilíbrios económicos internos e externos da economia portuguesa, particularmente a consolidação estrutural muito significativa das contas públicas, a melhoria do saldo das contas externas, bem como uma reafetação de recursos no sentido dos setores produtores de bens e serviços transacionáveis. O enquadramento externo da economia portuguesa permaneceu desfavorável em 2013, na sequência do abrandamento da atividade económica à escala global observado em 2012. A dualidade no ritmo de crescimento entre regiões tem-se mantido com as economias dos mercados emergentes a registarem taxas de crescimento significativamente superiores às das economias avançadas. No entanto, refira-se que estas economias têm registado uma desaceleração acentuada, num enquadramento internacional dominado pelo abrandamento da procura nas economias avançadas, pela descida dos preços das matérias-primas, e pela adoção de medidas das autoridades relacionadas com existência de riscos sobre a estabilidade financeira. ENQUADRAMENTO DO SETOR DE ATIVIDADE O mercado europeu de açúcar, além da produção total da sua quota com origem na beterraba teve, em 2012/13, uma oferta mais adequada das origens preferenciais do que a verificada na campanha anterior, e ainda, e sem que a situação o justificasse, uma oferta adicional, decorrente de medidas excecionais adotadas pela Comissão Europeia, através de reclassificação de açúcar de beterraba fora de quota e de importações adicionais, ambas com tarifa reduzida. Esta combinação conduziu a que, no final da campanha de 2012/13, o mercado europeu se apresentasse com um dos mais elevados níveis de inventários de que há memória nos últimos anos. O mercado mundial de açúcar também registou um incremento da oferta, o que, inevitavelmente, conduziu à descida da cotação do preço do açúcar, já iniciada no final de 2012, tendo-se situado ao longo de todo o exercício de 2013 em níveis inferiores aos dos respetivos preços de referência europeus. Esta situação conduziu o mercado a uma correção acentuada dos preços, dando origem a uma desvalorização expressiva do produto. Com a Reforma da PAC efetuada em Junho de 2013, as autoridades europeias decidiram prolongar o regime de quotas até final da campanha de 2016/17. De referir que foi uma reforma muito orientada para os interesses dos produtores tradicionais europeus de açúcar de beterraba, tendo defraudado totalmente as expectativas de correção dos desequilíbrios da atividade dos refinadores independentes face aos beterrabeiros. Mantemos a nossa convicção de que só um tratamento equilibrado entre refinadoras e produtores de beterraba poderá assegurar o equilíbrio no mercado e a sua competitividade. Porém, verificamos que o desequilíbrio no tratamento que é dado às duas maiores fontes de abastecimento de açúcar da Europa, a refinação de ramas de cana-de-açúcar e a produção de beterraba, se mantém. Apesar do atual excesso de oferta, as autoridades europeias parecem determinadas em voltar a aprovar medidas excecionais de disponibilização de açúcar no mercado, o que é de todo incompreensível.

4

ATIVIDADE Em 2013, fruto do panorama desfavorável que vive o setor, e do contexto macroeconómico geral, as vendas registaram um decréscimo de cerca de 1,4 por cento, tendo os proveitos operacionais diminuído 0,6 por cento. Num contexto de contração da atividade económica e de deterioração da procura, agravado por um ambiente de competitividade exacerbada, a atividade da RAR foi fortemente condicionada pela descida acentuada do preço do açúcar, e pela dificuldade em refletir o custo da matéria-prima nos preços de venda. Esta situação é agravada pelo facto da RAR Açúcar concorrer com os fabricantes de açúcar europeus, que, para além da reduzida exposição aos preços do açúcar no mercado mundial, são ainda protegidos pelo sistema regulamentar comunitário. Continuamos a fomentar em toda a organização um forte espírito de contenção de custos, tendo os resultados operacionais, quando comparados com os do exercício anterior, apresentado uma melhoria significativa, apesar dos desafios e dificuldades impostos pela conjuntura. A componente financeira apresenta uma melhoria considerável quando comparada com o exercício anterior, reflexo não só de condições de financiamento menos restritivas, mas essencialmente do estudo e implementação de soluções que nos têm permitido maximizar o desempenho desta variável. O resultado líquido do exercício foi negativo em 4.573.114,25 euros, sendo a nossa proposta de aplicação do resultado líquido do exercício o da sua transferência para Resultados Transitados. A empresa tem a sua situação contributiva regularizada perante a Autoridade Tributária e a Segurança Social, nos termos da legislação em vigor. De acordo com os artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais, informamos que os membros do Conselho de Administração, bem como os membros do órgão de fiscalização, não são detentores de ações da empresa em 31.12.2013, nem detiveram quaisquer ações durante o exercício de 2013. Único acionista: RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. – 100% do capital Porto, 31 de janeiro de 2014 O Conselho de Administração João Alberto de Lima Martins Pereira João Miguel Geraldes da Silva Carvalho Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS POSIÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Montantes expressos em Euro)

ATIVO Notas 2013 2012

ATIVOS NÃO CORRENTES:

Ativos fixos tangíveis 5 11.014.983 12.015.787

Ativos intangíveis 6 6.706.514 6.726.499

Investimentos em empresas associadas 7 25.335.514 25.335.514

Investimentos em empresas participadas 8 227.504 227.504

Ativos por impostos diferidos 9 731 1.467

Outros ativos não correntes 10 20.875 20.875

Total de ativos não correntes 43.306.121 44.327.646

ATIVOS CORRENTES:

Inventários 11 24.490.292 9.856.608

Clientes 12 4.020.670 11.655.952

Estado e outros entes públicos 13 5.263.514 5.130.853

Outras dívidas de terceiros 14 6.172.942 4.576.691

Outros ativos correntes 15 356.337 257.475

Caixa e equivalentes de caixa 16 41.813 418.726

Total de ativos correntes 40.345.568 31.896.305

Total do ativo 83.651.689 76.223.951

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital social 17 21.000.000 21.000.000

Reserva legal 3.448.905 3.448.905

Reservas de reavaliação 1.854.625 4.046.643

Reservas de conversão e de cobertura - (113.143)

Outras reservas 4.380.541 4.380.541

Resultados transitados (12.371.676) (6.128.040)

Resultado líquido do exercício (4.573.114) (8.480.340)

Total do capital próprio 13.739.281 18.154.566

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Credores por locações financeiras 19 59.847 117.893

Passivos por impostos diferidos 9 1.072.571 1.298.944

Provisões não correntes 25 3.212 3.212

Total de passivos não correntes 1.135.630 1.420.049

PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 20 9.792.628 18.536.859

Credores por locações financeiras 19 57.916 108.352

Fornecedores 21 34.442.292 6.342.933

Estado e outros entes públicos 22 662.955 1.600.717

Outras dívidas a terceiros 23 22.569.233 27.719.154

Outros passivos correntes 24 1.251.754 2.341.321

Total de passivos correntes 68.776.778 56.649.336

Total do capital próprio e passivo 83.651.689 76.223.951

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

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DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

Notas 2013 2012

Rendimentos operacionais:

Vendas 29 92.607.065 93.945.778

Prestações de serviços 29 2.483.710 441.223

Outros rendimentos operacionais 30 1.608.698 2.911.412

Total de rendimentos operacionais 96.699.473 97.298.413

Gastos operacionais:

Gastos das vendas 31 92.298.505 88.336.385

Variação da produção 31 (14.934.673) (5.371.202)

Fornecimentos e serviços externos 32 15.326.494 13.351.202

Gastos com o pessoal 33 4.359.203 4.300.996

Amortizações e depreciações 5 e 6 1.506.560 1.689.572

Provisões e perdas por imparidade 25 6.669 (98.736)

Outros gastos operacionais 34 1.045.296 1.260.602

Total de gastos operacionais 99.608.054 103.468.819

Resultados operacionais (2.908.581) (6.170.406)

Rendimentos financeiros 35 274.977 63.671

Gastos financeiros 35 3.542.646 5.348.770

Resultados relativos a empresas associadas 36 1.050 4.900

Resultados antes de impostos (6.175.200) (11.450.605)

Imposto sobre o rendimento 37 (1.602.086) (2.970.265)

Resultado líquido do exercício (4.573.114) (8.480.340)

Resultados por ação:

Básico (0,22) (0,40)

Diluído (0,22) (0,40)

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS E DO OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

Itens que serão reclassificados por resultados

Variação do justo valor dos instrumentos financeiros de

cobertura - (113.143)

Variação das diferenças de conversão cambial e outras - -

- (113.143)

Itens que não serão reclassificados por resultados

Variação das reservas de reavaliação 44.686 -

Outras variações no capital próprio - -

44.686 -

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio - (113.143)

Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período (4.528.428) (8.593.483)

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

2013 2012

Resultado líquido do período (4.573.114) (8.480.340)

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

ATIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 2013 2012

Recebimentos de clientes 93.339.308 102.914.720

Pagamentos a fornecedores 79.441.546 89.156.541

Pagamentos ao pessoal 4.366.938 4.388.781

Fluxos gerados pelas operações 9.530.824 9.369.398

(Pagamento)/recebimento do imposto sobre o rendimento 1.713.747 551.806

Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à atividade operacional (1.146.612) (1.921.220)

Fluxos das atividades operacionais (1) 10.097.959 7.999.984

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis 4.200 22.950

Juros e rendimentos similares 70.874 62.249

Empréstimos concedidos 28 6.335.000 4.507.500

Dividendos 1.050 4.900

6.411.124 4.597.599

Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis 406.463 515.655

Ativos intangíveis 2.827 22.500

Empréstimos concedidos 28 8.678.000 4.625.000

9.087.290 5.163.155

Fluxos das atividades de investimento (2) (2.676.166) (565.556)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 82.905.000 116.210.000

82.905.000 116.210.000

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 77.535.000 130.160.000

Juros e gastos similares 3.315.992 3.929.700

Amortizações dos contratos de locação financeira 108.483 111.904

80.959.475 134.201.604

Fluxos das atividades de financiamento (3) 1.945.525 (17.991.604)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 9.367.318 (10.557.176)

Caixa e seus equivalentes no início do período 16 (13.118.133) (2.560.957)

Caixa e seus equivalentes no fim do período 16 (3.750.815) (13.118.133)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euro)

Reservas

Notas Capital social

Legal Reavaliação Conversão

e cobertura

Outras Resultados transitados

Resultado líquido

do exercício Total

Saldo em 1 de janeiro de 2012 21.000.000 3.448.905 4.046.643 - 4.380.541 (3.768.547) (2.359.496) 26.748.046

Aplicação do resultado líquido de 2011:

Transferência para resultados transitados - - - - - (2.359.496) 2.359.496 -

Variação reservas conversão e cobertura (113.143) (113.143)

Outras variações capitais próprios - - - - - 3 - 3

Resultado líquido do exercício de 2012 - - - - - - (8.480.340) (8.480.340)

Saldo em 31 de dezembro de 2012 21.000.000 3.448.905 4.046.643 (113.143) 4.380.541 (6.128.040) (8.480.340) 18.154.566

Aplicação do resultado líquido de 2012:

Transferência para resultados transitados - - - - - (8.480.340) 8.480.340 -

Variação reservas conversão e cobertura - - - 113.143 - 113.143

Outras variações capitais próprios - - (2.192.018) - - 2.236.704 44.686

Resultado líquido do exercício de 2013 - - - - - (4.573.114) (4.573.114)

Saldo em 31 de dezembro de 2013 21.000.000 3.448.905 1.854.625 - 4.380.541 (12.371.676) (4.573.114) 13.739.281

O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

12

RAR – REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euro)

1. NOTA INTRODUTÓRIA A RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, S.A. (“Empresa” ou “RAR Açúcar”) é uma sociedade anónima, com sede no Porto, constituída em 20 de março de 1962 e que tem como atividade principal a refinação de açúcar.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos da Empresas, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”) em vigor em 1 janeiro de 2013 tal como adotados pela União Europeia. Com exceção do referido no parágrafo seguinte, não existem IFRS, ou interpretações do IFRIC que sejam de aplicação efetiva nos exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2013 que tenham um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Empresa. Foram aplicadas nestas demonstrações financeiras, as emendas à IAS 1 endossadas pela Comissão Europeia em junho de 2012, aplicáveis aos exercícios com início em 1 de janeiro de 2013. As referidas emendas vêm requerer a apresentação separada, relativamente às rubricas respeitantes a outro rendimento integral do período, entre aquelas que serão reclassificadas nos resultados (ajustamentos de reclassificação) e as que não serão.

2.2. Investimentos em empresas associadas

As partes de capital em empresas associadas são registadas ao custo de aquisição adicionado de eventuais despesas de compra. É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registado como gasto as perdas de imparidade que se demonstrem existir.

Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros (dividendos recebidos) são registados na demonstração de resultados do exercício em que é decidida e anunciada a sua distribuição.

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2.3. Ativos fixos tangíveis

a) Imóveis para uso próprio

Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e/ou perdas de imparidade acumuladas. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efetuadas aos bens capitalizados foram registados por contrapartida de capital próprio. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios, enquanto os terrenos não são depreciáveis.

b) Outros ativos fixos tangíveis

Os outros ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registados de acordo com a nova base do custo (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade. Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade. As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pela Empresa, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica. As taxas de depreciação utilizadas correspondem a períodos que variam entre:

Terrenos e recursos naturais 20 a 25 Edifícios e outras construções 2 a 50 Equipamento básico 1 a 20 Equipamento administrativo 1 a 20 Equipamento de transporte 2 a 12 Ferramentas e utensílios 1 a 20 Outros ativos fixos tangíveis 1 a 17

As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos fixos incorridos pela Empresa são adicionadas aos respetivos ativos fixo tangíveis, sendo o valor líquido das componentes substituídas desses ativos abatido e registado como um gasto na rubrica de “Outros gastos operacionais”. As despesas de conservação e reparação que não aumentam a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem. O investimento em curso representa ativo fixo tangível ainda em fase de construção/instalação, encontrando-se registado ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Este investimento é depreciado a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam disponíveis para utilização. As mais ou menos valias resultantes da venda do ativo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros rendimentos operacionais” ou “Outros gastos operacionais”. As perdas resultantes do abate do ativo fixo

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tangível são igualmente registadas pelo seu valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros gastos operacionais”.

2.4. Ativos intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, se a Empresa os puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso, e para as quais seja provável que o ativo criado irá gerar benefícios económicos futuros são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram com estes critérios são registadas como gasto do exercício quando incorridas. Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como gastos na demonstração de resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações estes gastos são capitalizados como ativos intangíveis. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente ao período de três a quatro anos. Nos casos de marcas e patentes, com vida útil indefinida, não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual.

2.5. Ativos e passivos financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a Empresa se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de “Perdas de imparidade em contas a receber”, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido. Usualmente as dívidas de terceiros não vencem juros.

b) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos da Empresa após dedução dos passivos. c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo “gasto amortizado”. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas, ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com a taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, incluindo prémios a pagar são

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contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.

d) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal.

e) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco de alteração de valor insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Empréstimos bancários”, na demonstração da posição financeira.

2.6. Locações

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o gasto do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo são registados como gastos na demonstração de resultados do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

2.7. Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de fatura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o gasto de matérias-primas incorporadas, mão-de-obra direta e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Ao longo do exercício é utilizado o custo padrão, o qual é ajustado no final do exercício para o custo efetivo. As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de inventários refletem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado dos inventários, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos gastos de comercialização.

2.8. Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que, para a resolução

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dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e que o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

2.9. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de ativos fixos tangíveis, são registados nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às depreciações dos ativos fixos tangíveis subsidiados. Os subsídios à exploração são registados como rendimentos do exercício, quando obtidos, independentemente da data do seu recebimento.

2.10. Imparidade dos ativos não correntes É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou uma alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica “Outros gastos operacionais”. A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como “Outros rendimentos operacionais”. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.11. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

2.12. Rédito e especialização de exercícios Os rendimentos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos são transferidos para o comprador e o montante dos rendimentos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros gastos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

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Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data da demonstração da posição financeira. Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou acionistas. Os juros e rendimentos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efetiva aplicável. Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os gastos e os rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas cujos gastos ou rendimentos respeitam a exercícios futuros e que serão imputados aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.13. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sua sede.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correção por parte da Administração Tributária durante um período de quatro anos e, deste modo, a situação fiscal dos anos de 2010 a 2013 poderá ainda vir a ser sujeita a revisão e eventuais correções. O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisão por parte da Administração Tributária à situação fiscal e parafiscal da Empresa, em relação aos exercícios em aberto, não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas. A Empresa está integrada no grupo de sociedades dominado pela SIEL, SGPS, S.A. (acionista da RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.) tributado de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS). Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura.

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Os impostos diferidos são registados como gasto ou proveito do exercício, exceto se resultarem de itens registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.14. Classificação da demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os impostos diferidos ativos e as provisões para riscos e encargos são classificados como ativos e passivos não correntes.

2.15. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

As transações em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transação. Em cada data da demonstração da posição financeira, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. Ativos e passivos não monetários registados de acordo com o seu justo valor denominado em moeda estrangeira são transpostos para Euros utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como rendimentos e gastos na demonstração de resultados do exercício, exceto aquelas relativas a itens não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.

2.16. Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.17. Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (“adjusting events”) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

2.18. Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados no exercício em que o respetivo acordo é concluído. Caso o acordo não seja assinado no mesmo período em que produz efeitos, é constituída uma provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pela Empresa.

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2.19. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 incluem: a) Vidas úteis do ativo fixo tangível e intangível; b) Análises de imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis (nomeadamente das marcas e

patentes, com vida útil indefinida); c) Registo de ajustamentos aos valores do ativo e provisões; e d) Estimativas para descontos/rappel a conceder a clientes.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO A atividade da Empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos financeiros, tais como o risco de mercado, o risco de crédito e o risco de liquidez. Estes riscos resultam da incerteza subjacente aos mercados financeiros, a qual se reflete na capacidade de projeção de fluxos de caixa e rendibilidades. A política de gestão dos riscos financeiros da Empresa, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes destas incertezas características dos mercados financeiros, recorrendo em determinadas situações a instrumentos derivados de cobertura.

3.1. Risco de mercado

a) Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro é essencialmente resultante de endividamento indexado a taxas variáveis. O endividamento da Empresa encontra-se sobretudo indexado a taxas de juro variáveis, expondo o gasto da dívida a um risco de volatilidade. O impacto dessa volatilidade nos resultados e no capital próprio da Empresa não é significativo em virtude do relativo baixo nível de endividamento e da possível correlação entre o nível de taxas de juro de mercado e o crescimento económico, com este a ter efeitos positivos nos resultados operacionais da Empresa, por essa via parcialmente compensando os gastos financeiros acrescidos (“natural hedge”). A 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa apresenta um endividamento líquido de aproximadamente 28 milhões de Euros e 35 milhões de Euros, respetivamente, divididos entre empréstimos correntes e não correntes (Notas 20 e 23) e caixa e equivalentes de caixa (Nota 16) contratados junto de diversas instituições. Análise de sensibilidade de taxa de juro A análise de sensibilidade abaixo foi determinada com base na exposição da Empresa a variações na taxa de juro em instrumentos financeiros tendo por referência a estimativa de endividamento médio em 2013. Para os instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis, a análise foi preparada considerando-se que as alterações nas taxas de juros de mercado apenas afetam o proveito ou gasto financeiro dos instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis. Se a taxa de juro tivesse sido 50 pontos base superior e as restantes variáveis mantidas constantes, o resultado financeiro negativo do exercício findo em 31 de dezembro de 2013 viria aumentado em cerca de 235 mil Euros.

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b) Risco de taxa de câmbio Na sua atividade operacional, a Empresa realiza transações diversas expressas em outras moedas que não Euro. Este risco de taxa de câmbio resulta essencialmente de transações comerciais, decorrentes da compra e venda de produtos e serviços em moeda diferente da moeda funcional da Empresa. A política de gestão de risco de taxa de câmbio de transação da Empresa procura minimizar ou eliminar esse risco, contribuindo para uma menor sensibilidade dos resultados da mesma a flutuações cambiais. Sempre que possível, a Empresa procura realizar coberturas naturais dessas exposições cambiais, compensando os créditos concedidos e os créditos recebidos expressos na mesma divisa. Quando tal não é possível, recorre-se a outros instrumentos derivados de cobertura, fundamentalmente “forwards” de taxas de câmbio. Nos casos em que os instrumentos derivados de cobertura, embora contratados com o objetivo específico de cobertura dos riscos cambiais, não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração dos resultados. c) Risco de preço A Empresa adquire a sua matéria-prima, rama de açúcar, apenas nas origens internacionais permitidas pela regulamentação europeia do setor, não existindo, portanto, livre acesso a este mercado. O atual enquadramento regulamentar define preços mínimos para a compra da matéria-prima, mas não prevê mecanismos adequados de proteção em caso de subida do preço da mesma. Simultaneamente, a Empresa concorre com operadores cuja matéria-prima é a beterraba açucareira, que não é transacionada internacionalmente e cujo preço não depende do preço internacional do açúcar. Neste contexto, a exposição da Empresa ao preço internacional da matéria-prima é significativo e obriga a empresa a continuamente monitorizar este preço e avaliar a sua capacidade de refletir variações significativas do custo da sua matéria-prima no preço de venda do produto acabado.

3.2. Risco de crédito

A exposição da Empresa ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua atividade operacional. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, resultando uma perda para a Empresa. O risco de crédito decorrente da atividade operacional está essencialmente relacionado com dívidas de vendas realizadas e serviços prestados a clientes (Nota 12). A gestão deste risco tem por objetivo garantir a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos sem afetar o equilíbrio financeiro da Empresa. Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo que o objetivo da gestão é (a) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo médio de recebimento de cada cliente, (b) monitorar a evolução do nível de crédito concedido, e (c) realizar análise de imparidade aos valores a receber numa base regular. A Empresa não apresenta risco de crédito significativo com algum cliente em particular, ou com algum grupo de clientes com características semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por diversos clientes, diferentes negócios e diferentes áreas geográficas. A Empresa obtém garantias de crédito, sempre que a situação financeira do cliente assim o recomende. Para os clientes em que o risco de crédito o justifique, essas garantias consubstanciam-se em seguros de crédito e garantias bancárias. Os ajustamentos para contas a receber são calculados considerando-se (a) o perfil de risco do cliente, (b) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio, e (c) a condição financeira do cliente. Os movimentos destes ajustamentos para os exercícios findos a 31 de dezembro de 2013 e 2012 encontram-se divulgados na Nota 25.

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A 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa considera que não existe a necessidade de perdas de imparidade adicionais para além dos montantes registados naquelas datas e evidenciados, de forma resumida, na Nota 25. Os montantes relativos aos ativos financeiros apresentados nas demonstrações financeiras, os quais se encontram líquidos de imparidades, representam a máxima exposição da Empresa ao risco de crédito.

3.3. Risco de liquidez

O risco de liquidez é definido como sendo o risco de falta de capacidade para liquidar ou cumprir as obrigações no prazo estipulado e a um preço razoável. A existência de liquidez implica que sejam definidos parâmetros de gestão dessa liquidez que permitam maximizar o retorno obtido e minimizar os gastos de oportunidade associados à detenção dessa liquidez de forma segura e eficiente. A gestão do risco de liquidez da Empresa tem por objetivo:

- Liquidez – garantir o acesso permanente e de forma eficiente a fundos suficientes para fazer face aos pagamentos corretos nas respetivas datas de vencimento;

- Segurança – minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos; e

- Eficiência financeira – garantir a minimização do gasto de oportunidade da detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

A Empresa tem como política compatibilizar os prazos de vencimento de ativos e passivos, gerindo as respetivas maturidades de forma equilibrada. Por política, gerindo a sua exposição ao risco liquidez, a Empresa assegura a contratação de instrumentos e facilidades de crédito de diversas naturezas e em montantes adequados à especificidade das suas necessidades, garantindo níveis confortáveis de folga de liquidez. Também por política, essas facilidades são contratadas sem envolver concessão de garantias. A informação constante neste anexo inclui os montantes em dívida não descontados e os prazos de vencimento foram determinados com base na data mais próxima em que a Empresa pode ser solicitada a liquidar aqueles passivos (“worst case scenario”), no pressuposto do cumprimento de todos os requisitos contratualmente definidos.

4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, não se verificaram alterações significativas de políticas contabilísticas nem a necessidade de proceder à correção de erros fundamentais.

5. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2013

Terrenos

e rec. naturais

Edifícios e outras

construções

Equip. básico

Equip. de transporte

Equip. administrativo

Ferram. e utensílios

Taras e vasilhames

Outros ativos fixos

tangíveis

Ativos fixos

tangíveis em curso

Total

Ativo bruto:

Saldo inicial 2.281.651 5.833.459 46.526.374 1.744.998 5.606.297 309.229 12.000 1.981.221 960.243 65.255.472

Adições - 42.303 205.002 9.550 10.187 646 - 23.120 195.331 486.139

Alienações - - (5.463) (11.045) - - - (62.513) - (79.021)

Abates - - (16.809) - (748.247) (379) - - - (765.435)

Transferências - 405.401 287.139 647 10.015 1.386 - - (707.416) (2.828)

Saldo final 2.281.651 6.281.163 46.996.243 1.744.150 4.878.252 310.882 12.000 1.941.828 448.158 64.894.327

Depreciações e perdas de

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 125.352 4.956.730 40.606.606 1.306.909 4.610.423 272.074 12.000 1.349.591 - 53.239.685

Depreciações exercício - 180.489 1.029.331 122.598 52.473 8.549 - 90.308 - 1.483.748

Alienações - - (5.464) (11.045) - - - (62.145) - (78.654)

Abates - - (16.809) - (748.247) (379) - - - (765.435)

Transferências - - - - - - - - - -

Saldo final 125.352 5.137.219 41.613.664 1.418.462 3.914.649 280.244 12.000 1.377.754 - 53.879.344

Valor líquido 2.156.299 1.143.944 5.382.579 325.688 963.603 30.638 - 564.074 448.158 11.014.983

2012

Terrenos

e rec. naturais

Edifícios e outras

construções

Equip. básico

Equip. de transporte

Equip. administrativo

Ferram. e utensílios

Taras e vasilhames

Outros ativos fixos

tangíveis

Ativos fixos

tangíveis em curso

Total

Ativo bruto:

Saldo inicial 2.281.651 5.778.143 46.135.108 1.677.806 5.561.607 314.055 12.000 1.966.597 241.230 63.968.197

Adições - 33.473 202.903 207.543 16.732 24.724 - 12.259 924.349 1.421.983

Alienações - (9.680) - (174.254) (2.422) - - (29.000) - (215.356)

Abates - - - - - (29.843) - - - (29.843)

Transferências - 31.523 188.363 33.903 30.380 293 - 31.365 (205.336) 110.491

Saldo final 2.281.651 5.833.459 46.526.374 1.744.998 5.606.297 309.229 12.000 1.981.221 960.243 65.255.472

Depreciações e perdas de

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 125.352 4.620.872 39.529.815 1.340.892 4.541.370 296.531 12.000 1.280.386 - 51.747.218

Depreciações exercício - 345.538 989.171 140.198 71.475 5.386 - 98.205 - 1.649.973

Alienações - (9.680) - (174.181) (2.422) - - (29.000) - (215.283)

Abates - - - - - (29.843) - - - (29.843)

Transferências - - 87.620 - - - - - - 87.620

Saldo final 125.352 4.956.730 40.606.606 1.306.909 4.610.423 272.074 12.000 1.349.591 - 53.239.685

Valor líquido 2.156.299 876.729 5.919.768 438.089 995.874 37.155 - 631.630 960.243 12.015.787

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Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o valor líquido contabilístico dos bens adquiridos com o recurso a locação financeira totalizava:

31.12.13 31.12.12

Equipamento de transporte 135.716 185.222

135.716 185.222

Em 31 de dezembro de 2013, a Empresa não tinha hipotecado ou penhorado quaisquer ativos fixos tangíveis. O ativo fixo tangível em curso apresentava, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Edifícios e outras construções 1.050 400.024

Equipamento básico 442.558 557.122

Equipamento de transporte - 744

Ferramentas e utensílios 4.550 1.288

Equipamento administrativo - 1.065

448.158 960.243

A Empresa utiliza na sua atividade imóveis detidos por empresa do Grupo RAR onde se insere. As condições subjacentes ao respetivo contrato de arrendamento permitem que o mesmo seja, de acordo com o entendimento da Empresa, classificado como locação operacional. O montante total dos gastos com as rendas destes imóveis no exercício de 2013 ascendeu a aproximadamente 1.720 milhares de Euros (1.314 milhares de Euros no exercício de 2012) e estão registados na rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” (Nota 32).

6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade, foram os seguintes:

2013

Despesas

desenvolv. Propriedade

industrial Software Total

Ativo Bruto:

Saldo inicial 75.344 6.638.542 210.174 6.924.060

Adições - - 2.827 2.827

Transferências - - - -

Saldo final 75.344 6.638.542 213.001 6.926.887

Amortizações e perdas de

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 20.092 - 177.469 197.561

Amortização do exercício 7.534 - 15.278 22.812

Saldo final 27.626 - 192.747 220.373

Valor líquido 47.718 6.638.542 20.254 6.706.514

25

2012

Despesas

desenvolv. Propriedade

industrial Software Total

Ativo Bruto:

Saldo inicial 75.344 6.638.542 187.673 6.901.559

Adições - - 22.501 22.501

Transferências - - - -

Saldo final 75.344 6.638.542 210.174 6.924.060

Amortizações e perdas de

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 12.558 - 145.404 157.962

Amortização do exercício 7.534 - 32.065 39.599

Saldo final 20.092 - 177.469 197.561

Valor líquido 55.252 6.638.542 32.705 6.726.499

O saldo da rubrica “Propriedade industrial” inclui gastos com direitos sobre marcas de produtos produzidos e/ou comercializados pela Empresa, os quais, por não terem vida útil definida, não são amortizados, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade anuais.

7. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS

Os investimentos em empresas associadas, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de dezembro de 2013 e 2012, são os seguintes:

Empresas Sede

2013 2012

% Capital detido

Valor de aquisição

% Capital detido

Valor de aquisição

Acembex – Comércio e Serviços, Lda. Porto 5,00 41.234 5,00 41.234

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. Porto 100,00 999.399 100,00 999.399

RAR Imobiliária, S.A. Porto 38,17 21.477.178 38,17 21.477.178

S.A.V. – Soc. de Águas de Valadares, S.A. Monção 32,67 182.000 32,67 182.000

Sucral – Soc. Industrial de Açúcar, S.A. Lisboa 71,78 2.635.703 71,78 2.635.703

25.335.514 25.335.514

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os principais indicadores destas empresas eram como segue:

Empresas

2013 2012

Capital próprio

Resultado líquido

Capital próprio

Resultado líquido

Acembex – Comércio e Serviços, Lda. 1.234.834 113.370 1.142.465 22.499

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. 416.487 (181.180) 597.667 (268.671)

RAR Imobiliária, S.A. 49.609.385 34.240 49.545.284 (548.847)

S.A.V. – Soc. de Águas de Valadares, S.A. (48.620) (6.169) (42.452) (14.912)

Sucral – Soc. Industrial de Açúcar, S.A. 2.994.675 (3.564) 2.998.239 (2.846)

26

8. INVESTIMENTOS EM EMPRESAS PARTICIPADAS

A rubrica “Investimentos em empresas participadas” é composta essencialmente pelas seguintes participações:

31.12.13 31.12.12

CLIP – Colégio Luso Internacional, S.A. 24.940 24.940

Sinaga, S.A. 506.266 506.266

Outros 24.110 24.110

555.316 555.316 Perdas de imparidade acumuladas em outros

investimentos financeiros (Nota 25) (327.812) (327.812)

227.504 227.504

Em 31 de dezembro de 2013, o montante registado em “Perdas de imparidade acumuladas em outros investimentos financeiros” respeita à imparidade apurada pela empresa relativamente à sua participação na Sinaga, S.A.. Relativamente à Sinaga, S.A. a sua sede social e a proporção do capital detido em 31 de dezembro de 2013 são os seguintes:

Empresa Sede Valor de 2013 % controlo

2013 Capital próprio 2012 Resultado líquido 2012

Sinaga, S.A. P. Delgada 186.228 15,54 3.002.652 (3.297.429)

9. IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

Ativos por impostos

diferidos

Passivos por impostos diferidos

31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

Diferenças na base tributável do ativo fixo 731 1.467 1.072.571 1.298.944

731 1.467 1.072.571 1.298.944

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 foi como segue:

Ativos por impostos

diferidos

Passivos por impostos diferidos

2013 2012 2013 2012

Saldo inicial 1.467 2.573 1.298.944 1.444.730

Efeito em resultados (Nota 37):

Difer. na base tributável dos ativos fixos (736) (1.106) (181.686) (145.786)

Sub-total (736) (1.106) (181.686) (145.786)

Efeito em capital:

Variação da taxa – reav. livres ativos fixos - - (44.687) -

Sub-total - - (44.687) -

Saldo final 731 1.467 1.072.571 1.298.944

27

10. OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Prestações suplementares:

S.A.V. – Soc. de Águas de Valadares, Lda. 20.875 20.875

20.875 20.875

11. INVENTÁRIOS Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 1.200.175 1.314.046

Mercadorias 154.340 111.728

Produtos e trabalhos em curso 17.529.581 481.665

Sub-produtos, desperdícios, resíduos e refugos 19.060 16.201

Produtos acabados e intermédios 5.597.328 7.943.160

24.500.484 9.866.800

Perdas de imparidade acumuladas em inventários (Nota 25) (10.192) (10.192)

24.490.292 9.856.608

12. CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Clientes” tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Clientes, conta corrente 4.020.670 11.655.952

Clientes de cobrança duvidosa 487.595 480.927

4.508.265 12.136.879

Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 25) (487.595) (480.927)

4.020.670 11.655.952

Durante o ano de 2013, foi formalizado um contrato de factoring sem recurso com a entidade Eurofactor, o que explica a diminuição significativa da rubrica de clientes. A exposição da Empresa ao risco de crédito é atribuível, às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a antiguidade das contas a receber de clientes é como segue:

31.12.13 31.12.12

Saldo não vencido 3.131.930 8.878.304

Saldo vencido

Entre 0 e 90 dias 848.521 2.706.362

Entre 90 e 180 dias 6.976 49.578

Mais de 180 dias 33.293 21.708

4.020.670 11.655.952

28

13. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Imposto sobre o rendimento 14.339 14.339

Imposto sobre o valor acrescentado 5.249.175 5.116.514

5.263.514 5.130.853

14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outras dívidas de terceiros” tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Outros devedores 425.282 959.666

Adiantamentos a fornecedores 39.403 9.626

Empresas do Grupo (Nota 28) 5.712.453 3.611.595

6.177.138 4.580.887 Perdas de imparidade acumuladas em outras

dívidas de terceiros (Nota 25) (4.196) (4.196)

6.172.942 4.576.691

O saldo da rubrica de “outros devedores” inclui ainda, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o montante de aproximadamente 19.471 Euros, respetivamente, relativos a liquidações adicionais em sede de IRC impugnadas (Nota 37). Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a antiguidade destas dívidas de terceiros é como segue:

31.12.13 31.12.12

Saldo não vencido 1.905.880 3.721.691

Saldo vencido

Entre 0 e 90 dias 2.069.480 855.000

Entre 90 e 180 dias 1.167.982 -

Mais de 180 dias 1.029.600 -

6.172.942 4.576.691

15. OUTROS ATIVOS CORRENTES Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Rendas e alugueres pagos antecipadamente 158.567 149.306

Seguros pagos antecipadamente 47.173 102.167

Outros gastos diferidos 120.379 6.002

Acréscimos de rendimentos 30.218 -

356.337 257.475

29

16. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 o detalhe de caixa e seus equivalentes era o seguinte:

31.12.13 31.12.12

Numerário 3.036 3.000

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 38.777 415.726

Caixa e equivalentes de caixa 41.813 418.726

Descobertos bancários (Nota 20) (3.792.628) (13.536.859)

(3.750.815) (13.118.133)

A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Em descobertos bancários estão registados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras.

17. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS Em 31 de dezembro de 2013, o capital social está representado por 21.000.000 ações ordinárias, totalmente subscrito e realizado, com o valor nominal de 1 Euro cada. A RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. detém 100% do capital subscrito em 31 de dezembro de 2013. A rubrica “Reservas de reavaliação” resulta da reavaliação do ativo fixo tangível efetuada nos termos da legislação aplicável. De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos acionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou em situações específicas na legislação. Em 2013, foi transferido para resultados transitados o valor de 2.236.704 Euros, correspondente à parcela da reserva de reavaliação realizada. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, podendo ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas ou incorporada no capital.

18. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Derivados de fixação de preço na aquisição de rama A RAR Açúcar contratou também instrumentos financeiros derivados para cobrir o risco de variação de cash-flows futuros associados aos contratos de aquisição de rama celebrados com produtores brasileiros. Estes instrumentos de derivados foram contratados com o objetivo específico de cobertura de cash-flows futuros enquadram-se nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura. As variações de justo valor resultantes dos mesmos afetam diretamente capitais próprios. No final de 2013 não existia nenhum instrumento derivado ativo.

30

19. CREDORES POR LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Pagamentos mínimos da Valor presente dos

pagamentos

locação financeira

mínimos da locação

financeira

31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

Montantes a pagar por locações financeiras:

2013 - 115.974 - 108.352

2014 62.105 62.375 57.916 57.921

2015 48.045 48.273 46.052 46.159

2016 14.022 14.053 13.795 13.813

124.172 240.675 117.763 226.245

Juros futuros (6.410) (14.430) - -

117.762 226.245 117.763 226.245

Componente de curto prazo (57.916) (108.352)

Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 59.847 117.893

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos. Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico. As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados. No quadro acima entende-se que a diferença entre os pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras) e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras excluindo o montante de juros) corresponde ao valor de juros a pagar. Os contratos de locação financeira respeitam a equipamento de transporte.

20. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os empréstimos bancários obtidos tinham o seguinte detalhe:

Entidade financiadora

31.12.13 31.12.12

Limite Montante utilizado

Limite Montante utilizado

Corrente Não

corrente Corrente

Não corrente

Montepio Geral 4.500.000 - 5.000.000 -

Banco BIC 1.500.000 - - -

Descobertos bancários 3.792.628 - 13.536.859 -

9.792.628 - 18.536.859 -

31

21. FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Empresa.

31.12.13 31.12.12

Fornecedores, conta corrente 34.067.684 5.893.850

Fornecedores, faturas em receção e conferência 374.608 449.083

34.442.292 6.342.933

Em 31 de dezembro de 2013, o Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a antiguidade dos saldos a pagar a fornecedores é como segue:

31.12.13 31.12.12

Até 3 meses 4.601.414 4.714.706

Entre 3 e 4 meses 1.060.393 846.748

Mais de 4 meses 28.780.485 781.479

34.442.292 6.342.933

22. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Imposto sobre o rendimento 114.264 103.158

Imposto sobre o valor acrescentado 477.798 1.430.249

Contribuições para a segurança social 70.893 67.310

662.955 1.600.717

23. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Empresas do Grupo (Nota 28) 22.224.883 18.107.063

Fornecedores de investimentos 154.962 75.287

Adiantamento de clientes - 9.380.080

Outros credores 189.388 156.724

22.569.233 27.719.154

32

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a antiguidade destes saldos a pagar é como segue:

31.12.13 31.12.12

Sem vencimento 6.703.649 15.436.565

Com vencimento

Entre 0 e 90 dias 883.600 6.669.198

Entre 90 e 180 dias 6.449.985 5.605.827

Mais de 180 dias 8.531.999 7.564

22.569.233 27.719.154

24. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Acréscimos de gastos:

Gastos com o pessoal 436.134 458.558

Trabalhos especializados 4.000 3.912

Encargos financeiros a pagar 53.748 67.314

Outros fornecimentos e serviços externos 64.880 59.000

Descontos de quantidade (rappel) 533.131 1.167.787

Outros 93.232 518.121

1.185.125 2.274.692

Rendimentos diferidos:

Outros proveitos diferidos 66.629 66.629

66.629 66.629

1.251.754 2.341.321

O valor relativo a outros inclui, em 2012, 382.312 Euros relativos ao justo valor dos derivados, detidos pela RAR Açúcar, para cobrir o risco de variação de cash-flows futuros associados aos contratos de aquisição de rama celebrados com produtores brasileiros (Nota 18).

25. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas de imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 foi o seguinte:

Rubricas Saldo inicial

31.12.12 Reforço Utilização Redução

Saldo final

31.12.13

Perdas de imparidade acum. em inventários (Nota 11) 10.192 - - - 10.192 Perdas de imparidade acum. em contas a receber

(Nota 12) 480.926 6.669 - - 487.595 Perdas de imparidade acum. em outras dív. de

terceiros (Nota 14) 4.196 - - - 4.196

Provisões para outros riscos e encargos 3.212 - - - 3.212 Perdas de imparidade acum. em invest. em empresas

participadas (Nota 8) 327.812 - - - 327.812

826.338 6.669 - - 833.007

As perdas de imparidade estão deduzidas ao valor do correspondente ativo. A variação das perdas de imparidade em inventários foi registada por contrapartida da rubrica de gasto dos inventários vendidos e consumidos (Nota 31).

33

26. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

31.12.13 31.12.12

Garantias prestadas:

Supremo Tribunal Administrativo - 7.481.969

Alfândega do Porto 3.321.600 3.321.600

Direção Geral de Impostos 179.509 179.509

Meritíssimo Juiz do Trabalho 7.182 -

Tribunal do Trabalho 1.690 1.590

EDP Gás 1.500 1.500

3.511.481 10.986.168

27. COMPROMISSOS ASSUMIDOS E NÃO REFLECTIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a Empresa não tinha assumido compromissos não refletidos na demonstração da posição financeira.

28. PARTES RELACIONADAS Os saldos e transações efetuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2013 e 2012 podem ser detalhados como segue:

Vendas e prestações de serviços

Compras e serviços obtidos

Transações: 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

Acembex – Comércio e Serviços, Lda. 488.092 146.293 18.000 19.800

Centrar – Centro de Serviços de Gestão, S.A. - - 371.710 394.773

COMP-RAR – Central de compras, S.A. - - 50.409 31.523

Imperial – Produtos Alimentares, S.A. 1.511.434 1.566.122 277 -

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. 812.833 814.356 6.113.582 5.389.632

RAR Imobiliária, S.A. - - 1.719.812 1.328.176

RAR – Serviços de Assistência Clínica, Lda. - 243 79.253 81.459

RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. - - - 41.184

Colep Portugal, S.A. - 5.428 - -

2.812.359 2.532.442 8.353.043 7.286.547

Juros debitados Juros suportados

Transações: 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. 95.836 36.735 - -

RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. - - 1.916.025 2.068.447

Sucral – Soc. Industrial de Açúcar, S.A. 744 538 - -

96.580 37.273 1.916.025 2.068.447

34

Contas

a receber Contas a pagar

Saldos: 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

Acembex – Comércio e Serviços, Lda. 31.156 29.997 3.690 3.690

Centrar – Centro de Serv. Gestão, S.A. 10.527 6.763 38.220 42.039

COMP-RAR - Central de compras, S.A. 571 216 3.808 -

Colep Portugal, S.A. 7.283 4.044 - -

Imperial – Produtos Alimentares, S.A. - 23.756 414 -

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. 674.215 185.001 3.459.746 3.053.892

RAR Imobiliária, S.A. - - 343 79

RAR – Serv. Assistência Clínica, Lda. 639 431 11.562 38.297

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A. - - 15.562 7.132

RASO – Viagens e Turismo, S.A. - - 10.901 11.492

SIEL, SGPS, S.A. 37.402 - - -

761.793 250.208 3.544.246 3.156.621

Empréstimos obtidos Empréstimos concedidos

Saldos: 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. - - 3.185.000 845.000

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A. 21.320.000 16.950.000 - -

Sucral – Soc. Industrial de Açúcar, S.A. - - 13.000 10.000

21.320.000 16.950.000 3.198.000 855.000

Outras dívidas

a receber Outras dívidas

a pagar

Saldos: 31.12.13 31.12.12 31.12.13 31.12.12

RAR Cogeração Unipessoal, Lda. 66.357 18.775 - -

Sucral – Soc. Industrial de Açúcar, S.A. 302 225 - -

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A. - - 904.883 1.157.063

SIEL, SGPS, S.A. 2.447.794 2.737.595 - -

2.514.453 2.756.595 904.883 1.157.063

Empréstimos obtidos: Saldo

31.12.12 Aumentos Diminuições

Saldo 31.12.13

RAR – Soc. de Controle (Holding), S.A.

16.950.000 52.805.000 (48.435.000) 21.320.000

Empréstimos

concedidos: Saldo

31.12.12 Aumentos Diminuições

Saldo 31.12.13

RAR Cogeração Unipessoal, Lda.

845.000 8.665.000 (6.325.000) 3.185.000

Empréstimos

concedidos:

Saldo 31.12.12

Aumentos Diminuições Saldo

31.12.13

Sucral – Soc. Industrial de Açúcar, S.A.

10.000 13.000 (10.000) 13.000

Em 31 de dezembro de 2013, os empréstimos obtidos tinham o seguinte plano de reembolso e pagamento de juros previsto:

31.12.2013 2014

Amortização 21.320.000

Juros 703.532

22.023.532

35

A remuneração da Administração pode ser decomposta como segue:

31.12.13 31.12.12

Remuneração fixa 83.440 133.440

Remuneração variável - 26.547

83.440 159.987

29. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As vendas e as prestações de serviços nos exercícios de 2013 e 2012 foram como segue:

31.12.13 31.12.12

Vendas:

Mercado interno 50.986.456 50.633.476

Mercado intracomunitário 41.541.084 43.312.302

Mercado externo 79.525 -

92.607.065 93.945.778

Prestações de serviços:

Mercado interno 4.503 41.328

Mercado intracomunitário 2.479.207 399.895

2.483.710 441.223

95.090.775 94.387.001

30. OUTROS RENDIMENTOS OPERACIONAIS

A repartição dos outros rendimentos operacionais nos exercícios de 2013 e 2012 é a seguinte:

31.12.13 31.12.12

Rendimentos suplementares 1.179.386 1.200.680

Ganhos na alienação de ativo fixo tangível 4.121 22.957

Descontos de pronto pagamento obtidos 1.397 2.183

Diferenças de câmbio 433 89.834

Outros 423.361 1.595.758

1.608.698 2.911.412

31. GASTO DAS VENDAS E VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

Os gastos das vendas, nos exercícios de 2013 e 2012, foram determinados como se segue:

2013 2012

Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de consumo

Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de consumo

Saldos iniciais 111.728 1.314.046 99.376 14.325.803

Compras 908.573 91.318.673 1.304.092 74.032.888

Saldos finais 154.340 1.200.175 111.728 1.314.046

Perdas de imparidade (Nota 25) - - - -

Gastos do exercício 865.961 91.432.544 1.291.740 87.044.645

36

A rubrica “Variação da produção” nos exercícios de 2013 e 2012 pode ser detalhada como segue:

2013 2012

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos, desperdícios,

resíduos e refugos

Produtos e trabalhos em

curso

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos, desperdícios,

resíduos e refugos

Produtos e trabalhos em curso

Saldos iniciais 7.943.160 16.200 481.665 2.868.033 2.422 302.856

Regularização de inventários (229.729) - - (103.488) - -

Saldos finais 5.597.328 19.060 17.529.581 7.943.160 16.200 481.665

Variação da produção (2.116.103) 2.860 17.047.916 5.178.615 13.778 178.809

32. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A rubrica “Fornecimentos e serviços externos”, nos exercícios de 2013 e 2012, pode ser detalhada como segue:

31.12.13 31.12.12

Outros fluidos 6.114.031 5.390.307

Transportes de mercadorias 2.463.556 1.911.081

Rendas e alugueres 2.421.312 1.857.591

Outros fornecimentos e serviços externos 1.038.104 877.806

Eletricidade 979.514 906.184

Trabalhos especializados 756.366 804.844

Conservação e reparação 643.820 687.728

Água 393.663 302.938

Seguros 157.411 192.260

Deslocações e estadas 145.127 169.773

Publicidade e propaganda 71.349 74.674

Subcontratos 42.333 64.959

Comunicação 40.672 31.096

Combustíveis 31.136 31.234

Honorários 28.100 48.726

15.326.494 13.351.202

33. GASTOS COM O PESSOAL A repartição dos gastos com o pessoal nos exercícios de 2013 e 2012 é a seguinte:

31.12.13 31.12.12

Remunerações órgãos sociais 71.520 156.533

Remunerações do pessoal 2.926.015 2.863.532

Encargos sobre remunerações 670.776 669.919

Seguros 42.749 36.237

Encargos com saúde 126.718 138.306

Indemnizações 201.176 99.597

Outros gastos com pessoal 320.249 336.872

4.359.203 4.300.996

37

Durante os exercícios de 2013 e 2012 o número médio do pessoal foi de 162 e 168, respetivamente.

34. OUTROS GASTOS OPERACIONAIS A rubrica “Outros gastos operacionais” nos exercícios de 2013 e 2012 pode ser detalhada como segue:

31.12.13 31.12.12

Imposto sobre o valor acrescentado 53.136 13.987

Imposto municipal sobre imóveis 379 123

Imposto selo 81.339 149.895

Taxas e licenças 257.372 214.624

Quotizações 41.183 39.151

Ofertas 232.077 55.730

Donativos 18.000 15.000

Perdas na alienação de ativos fixos tangíveis 290 -

Multas e penalidades 105.435 13.348

Diferenças de câmbio desfavoráveis 10.096 324.275

Serviços bancários 245.989 414.443

Outros - 20.026

1.045.296 1.260.602

35. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros têm a seguinte composição: 31.12.13 31.12.12

Gastos e perdas:

Juros suportados:

Relativos a descobertos e empréstimos bancários 724.891 1.357.634

Relativos a contratos de locação financeira 7.090 9.561

Relativos a factoring 201.469 -

Relativos a empréstimos empresas do Grupo 1.916.025 2.068.447

Outros 16.164 241.102

2.865.639 3.676.744

Diferenças de câmbio desfavoráveis 159.392 1.253.993

Comissões relativas a factoring 187.931 -

Outros gastos e perdas financeiras 329.684 418.033

3.542.646 5.348.770

Resultados financeiros (3.267.669) (5.285.099)

274.977 63.671

Rendimentos e ganhos:

Juros obtidos:

Relativos a empréstimos empresas do Grupo 96.580 37.273

Outros 21.979 24.976

Diferenças de câmbio favoráveis 156.418 1.422

274.977 63.671

38

36. RESULTADOS RELATIVOS A EMPRESAS ASSOCIADAS

Os resultados relativos a empresas associadas têm a seguinte composição:

31.12.13 31.12.12

Dividendos:

Acembex – Comércio e serviços, Lda. 1.050 4.900

1.050 4.900

37. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 são detalhados como segue:

31.12.13 31.12.12

Imposto corrente (1.421.136) (2.825.585)

Imposto diferido (Nota 9) (180.950) (144.680)

(1.602.086) (2.970.265)

A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como segue:

31.12.13 31.12.12

Resultado agregado antes de impostos (6.175.200) (11.450.605)

Resultado base para cálculo de imposto (6.175.200) (11.450.605)

Deduções:

Menos valias fiscais - (22.171)

Mais valias contabilísticas (3.731) (22.877)

Benefícios fiscais (31.004) (22.378)

Dividendos recebidos (1.050) (2.450)

Reversão de provisões (252.341) (238.964)

Outros (1.444) -

(289.570) (308.840)

Acréscimos:

Depreciações e amortizações não aceites como gastos 530.575 582.064 40% do aumento depreciações. resultantes de reavaliação de

ativo fixo tangível 3.616 3.913

Multas 4.545 13.348

Correções relativas a exercícios anteriores - 9.789

Mais-valias fiscais 1.851 -

Ajustamentos 5.247 -

Outros 5.991 1.447

551.825 610.561

Resultado tributável (5.912.945) (11.148.884)

Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal

Taxa reduzida - -

Taxa normal 25% 25%

Imposto calculado (1.478.236) (2.787.221)

Tributação autónoma 49.399 56.113

Impostos diferidos (Nota 9) (180.950) (144.680)

Excesso/insuficiência de estimativa de imposto 7.701 (94.477)

Imposto sobre o rendimento (1.602.086) (2.970.265)

39

Liquidações adicionais em sede de IRC impugnadas

Conforme mencionado em exercícios anteriores, até 31 de dezembro de 2005 a RAR Açúcar manteve em contas a receber o montante global de aproximadamente 3.195.000 Euros associado a pagamentos de impostos efetuados nos exercícios de 1997 e 2002 ao abrigo do Decreto-Lei n.º 124/96 e do Decreto-Lei n.º 248-A/2002, relativos a liquidações adicionais de IRC dos exercícios de 1990 a 1997, impugnadas judicialmente por ser entendimento do Conselho de Administração da Empresa que a fundamentação apresentada pela administração tributária relativamente àquele assunto não está de acordo com a legislação portuguesa, tendo estas impugnações sido julgadas procedentes em primeira instância. No entanto, a Fazenda Pública apresentou recursos e em consequência do desfecho desfavorável para a RAR Açúcar dos processos de impugnação judicial já concluídos, foram anulados os respetivos montantes registados em contas a receber (736.180 Euros até 31 de dezembro de 2009) e, numa ótica de prudência, foram registadas perdas de imparidade para os montantes a receber associados a processos de impugnação judicial ainda em curso de natureza similar (740.378 Euros em 31 de dezembro de 2008) (Notas 14 e 25).

RETGS

Pelo facto da Empresa estar integrada no grupo de sociedades dominado pela SIEL, SGPS, S.A. (acionista da RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.) tributado de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS), registou-se em rendimentos no exercício de 2013, o montante de 1.431.647 Euros, por contrapartida de conta a receber da SIEL, SGPS, S.A., relativamente ao seu contributo para o apuramento do lucro do grupo fiscal.

38. RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados por ação do exercício foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

31.12.13 31.12.12

Resultado: Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por

ação básico (resultado líquido do exercício) (4.573.114) (8.480.340)

Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído (4.573.114) (8.480.340)

Número de ações: Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo

do resultado líquido por ação básico 21.000.000 21.000.000

Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação diluído 21.000.000 21.000.000

39. EVENTOS SUBSEQUENTES

Após 31 de dezembro de 2013 não ocorreram factos relevantes para apresentação.

40. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 21 de janeiro de 2014, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.

40

41. OUTRAS INFORMAÇÕES

Nos últimos anos, a Empresa incorreu em despesas de Investigação e Desenvolvimento (“I&D”) suscetíveis de serem elegíveis para efeitos da obtenção de benefícios fiscais ao abrigo (i) do Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (“SIFIDE”), previsto na Lei n.º 40/2005, de 3 de agosto, entretanto alterada pela Lei n.º 10/2009, de 10 de março e pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril e (ii) do Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial II (“SIFIDE II”), aprovado pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, entretanto alterada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro. Decorrente da candidatura apresentada ao abrigo do SIFIDE referente ao exercício de 2010, a Comissão Certificadora dos Incentivos Fiscais à I&D Empresarial emitiu a sua decisão final, no decurso do exercício de 2012, que se traduziu na certificação de um montante de despesas elegíveis de I&D de Euro 362.664,95 e na atribuição à Empresa de um crédito fiscal de Euro 117.866,11. No que respeita aos exercícios de 2011 e 2012, a Empresa apresentou, de igual modo, uma candidatura à Comissão Certificadora, de forma a obter a declaração comprovativa de que as atividades realizadas corresponderam efetivamente a ações de I&D. Tal candidatura correspondeu a um montante de investimento elegível em I&D de Euro 205.175,36 e 195.919,79, respetivamente e a um crédito fiscal associado de Euro 66.681,99 e 63.673,93, respetivamente, sendo que a Empresa encontra-se ainda a aguardar a decisão final por parte da Comissão Certificadora. Por fim, e no que respeita ao exercício de 2013, a Empresa encontra-se, de igual modo, a preparar uma candidatura ao sistema de incentivos supra referido, contudo, ainda não foi apurado o valor da despesa de I&D suportada, nem a estimativa do benefício fiscal correspondente. Não obstante, a Empresa prevê finalizar o processo de candidatura até à data da submissão da Declaração de IRC (Modelo 22) relativa ao exercício de 2013, pelo que o valor do benefício fiscal que venha a ser solicitado deverá ser refletido nesta declaração.

Porto,31 de janeiro de 2014 O Conselho de Administração João Alberto de Lima Martins Pereira João Miguel Geraldes da Silva Carvalho Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

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que são membros da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069 - 316 Lisboa, Portugal

Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o nº 9077

Certificação Legal das Contas Introdução 1 Examinámos as demonstrações financeiras da RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, S.A., as quais compreendem a Demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2013 (que evidencia um total de 83.651.689 euros e um total de capital próprio de 13.739.281 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 4.573.114), a Demonstração do rendimento integral, a Demonstração das alterações no capital próprio e a Demonstração de fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação do Relatório de gestão e de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto, o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 6 Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, S.A. Centrar, em 31 de dezembro de 2013, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adotadas na União Europeia. Relato sobre outros requisitos legais 8 É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. 31 de março de 2014 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por: José Pereira Alves, R.O.C.

RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

Relatório e Parecer do Fiscal Único Senhores Acionistas 1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a atividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório de gestão e as demonstrações financeiras apresentados pelo da RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, S.A. relativamente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013. 2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a atividade da Empresa. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respetiva documentação bem como a eficácia do sistema de controlo interno, apenas na medida em que os controlos sejam relevantes para o controlo da atividade da Empresa e apresentação das demonstrações financeiras e vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos. 3 Como consequência do trabalho de revisão legal efetuado, emitimos a respetiva Certificação Legal das Contas, em anexo. 4 No âmbito das nossas funções verificámos que: i) a Demonstração da posição financeira, a Demonstração dos resultados por naturezas, [a Demonstração do rendimento integral, a Demonstração das alterações no capital próprio, a Demonstração de fluxos de caixa e o correspondente Anexo, exceto nos aspetos mencionados na Certificação Legal das Contas, permitem uma adequada compreensão da situação financeira da Empresa, dos seus resultados, do rendimento integral, das alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa; ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados são adequados, exceto nos aspetos mencionados na Certificação Legal das Contas; iii) o Relatório de gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos negócios e da situação da Empresa evidenciando os aspetos mais significativos; iv) a proposta de aplicação de resultados não contraria as disposições legais e estatutárias aplicáveis (só aplicável no caso das individuais). 5 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do (Conselho de Administração, Direção ou Gerência) e Serviços e as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas, somos do parecer que: i) seja aprovado o Relatório de gestão; ii) sejam aprovadas as demonstrações financeiras; iii) seja aprovada a proposta de aplicação de resultados. 6 Finalmente, desejamos expressar o nosso agradecimento ao Conselho de Administração, e a todos os colaboradores da Empresa com quem contactámos, pela valiosa colaboração recebida.

31 de março de 2014 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por: José Pereira Alves, R.O.C.