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RASO, SGPS, SA Sede: Avenida do Colégio Militar, 37 F 5º “Torre Oriente” 1500 – 180 Lisboa Capital Social 25.000.000 euros Matriculada na Conservatória Registo Comercial sob o número único de matrícula e identificação fiscal nº 508 708 559 RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS 31 DE DEZEMBRO DE 2013

RASO, SGPS, SA - rar.com · económico que tem vindo a ser realizado ... Depois de dez trimestres consecutivos de ... disponibiliza serviços de lazer aos seus clientes todos os dias

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RASO, SGPS, SA

Sede: Avenida do Colégio Militar, 37 F 5º “Torre Oriente”

1500 – 180 Lisboa

Capital Social 25.000.000 euros

Matriculada na Conservatória Registo Comercial sob o número único de matrícula e identificação

fiscal nº 508 708 559

RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS

31 DE DEZEMBRO DE 2013

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 2

GRUPO RASO

Relatório de Gestão

Nos termos da Lei e dos Estatutos, apresentamos a Vossas Exas., o Relatório e Contas Consolidado relativo ao exercício de 2013.

Enquadramento macroeconómico e de mercado

Em 2013, a economia mundial voltou a desiludir pelo terceiro ano consecutivo, apresentando um crescimento real de apenas 3%, ritmo historicamente baixo. O ano foi sendo marcado por sucessivas revisões em baixa do cenário de crescimento global, ainda que em menor escala do que no passado recente, sobretudo devido a algum arrefecimento do crescimento nas economias emergentes e em desenvolvimento.

Na Zona Euro e nos EUA, os fatores de ordem política também condicionaram a evolução da atividade, num contexto em que a economia ainda se encontrava fragilizada pelo legado da crise financeira de 2008-09. A ocorrência de eleições em alguns países europeus - com destaque para Itália e Alemanha – e o impasse orçamental nos EUA, bem assim como o anúncio de que a reserva federal se preparava para iniciar a redução dos estímulos de política monetária, acabaram por ter implicações na confiança das famílias e empresas e, em última análise, na economia. Recorde-se que há cerca de um ano, o cenário da OCDE para 2013 antecipava uma contração na zona euro de 0,1%, enquanto as mais recentes previsões apontam para uma queda de 0,4%; nos EUA antecipava-se um crescimento de 2% que compara com as atuais expectativas de 1,7%. Não obstante, o final do ano foi mais positivo, com os EUA a registarem maior dinamismo e a zona Euro a sair da recessão no segundo trimestre ainda que com crescimentos ténues.

Em Portugal, o ano de 2013 foi marcado pela consolidação do processo de ajustamento económico que tem vindo a ser realizado desde 2011 sob a égide da TROIKA. A economia voltou a contrair, com o PIB a cair 1,5% em termos reais, mas o desempenho acabou por surpreender favoravelmente, contrariando a generalidade das previsões que inicialmente apontavam para uma queda da atividade superior a 2%.

O desempenho económico em 2013 acabou por beneficiar no curto prazo de algum relaxamento orçamental, ligado à devolução dos subsídios de férias dos funcionários públicos e pensionistas, cujo corte foi considerado inconstitucional pelo Tribunal Constitucional, mas também de sinais de alguma recuperação cíclica da atividade económica.

O ano terminou, aliás, com algum otimismo em torno do processo de ajustamento da economia portuguesa. Depois de dez trimestres consecutivos de contração do PIB, a economia apresentou a partir do segundo trimestre de 2013, crescimentos em cadeia positivos, saindo da recessão técnica. Para este desempenho contribuiu o menor ritmo de contração do consumo privado (-2,0%, contra -5,4% em 2012) e a continuação do dinamismo do comércio externo. De facto, a performance das exportações juntamente

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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com a queda das importações, conduziram a um dos mais positivos resultados do ajustamento: a evolução das necessidades de financiamento externo da economia que rondavam os 10% do PIB na última década passaram para um excedente de 3%.

Enquadramento operacional

Em Julho de 2008, os Grupos RAR e Sonae formalizaram um acordo para juntar as suas operações de viagens, Geotur e Star, criando a RASO, SGPS, S.A., participada a 50% por cada um dos Grupos e dotada de gestão conjunta. O acordo vigora desde Outubro do mesmo ano.

Esta integração foi um importante passo para a consolidação de um sector excessivamente fragmentado e a nova empresa passou a deter uma dimensão que lhe concede uma melhor capacidade de resposta aos crescentes desafios de competitividade desta área de negócio.

No decorrer de 2009 realizou-se a fusão da Star e Geotur, em que a sociedade Geotur foi incorporada na sociedade Star, tendo esta, alterado a sua designação social para Raso – Viagens e Turismo, S. A., e passando a atuar no mercado sob a marca GeoStar.

O Grupo RASO está entre os três grupos com maior expressão no sector das viagens. Através de equipas especializadas em viagens de lazer, viagens de negócios, incoming, congressos e incentivos, tem uma resposta completa e adequada, garantindo um serviço com qualidade a todos quantos gostam de viajar sem fronteiras. Com balcões de norte a sul do País, disponibiliza serviços de lazer aos seus clientes todos os dias da semana, em horários alargados. No segmento de viagens de negócios, conta com dois modernos Business Travel Centers, com atendimento dedicado exclusivamente a empresas, para além de um conjunto de implantes localizados nas próprias empresas, procurando assim ir de encontro às necessidades específicas de cada cliente.

Gestão de Risco

Os princípios gerais de gestão de riscos da empresa encontram-se descritos em detalhe na Nota 3 do Anexo às Demonstrações Financeiras.

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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Estrutura do Grupo

O Grupo RASO é constituído pelas seguintes empresas e suas participações.

Em 2013 o volume de negócios consolidado do Grupo cifrou-se em 40,4 milhões de euros.

O EBITDA consolidado ascende a 486 mil euros, e o resultado liquido consolidado atingiu 1,2 milhões de euros negativos.

No final do ano, o total do Ativo consolidado ascende a 67,4 milhões de euros. O Capital Próprio é de 28,7 milhões de euros.

Conforme evidenciado nas Demonstrações Financeiras da empresa em 31 de dezembro de 2013, o passivo corrente excede o ativo corrente em 19,1 milhões de euros e apresenta um prejuízo de 1,2 milhões de euros. A empresa conta com o apoio financeiro dos seus acionistas de forma a dar continuidade às suas operações e satisfazer as suas responsabilidades.

2013 2012 VOLUME DE NEGÓCIOS 40.371.507 38.485.066 MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) 486.124 -2.830.260 RESULTADOS OPERACIONAIS -204.465 -3.750.510 RESULTADOS LÍQUIDOS -1.150.223 -5.646.985

Equador & Mendes, Lda. Movimento Viagens, Lda.Nova Equador

Internacional, Lda.

Viajes Y Turismo de Geotur

España, SL

75% 100% 100% 100%

Nova Equador PCO, Lda.

100%

RASO, SGPS

50% Sonae Investimentos

50% RAR Holding

RASO, SA

100%

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 5

RASO, SGPS

A Empresa foi constituída em 14 Outubro de 2008 sendo detida pela Sonae Investimentos SGPS S.A. e RAR – Sociedade de Controle (Holding), S. A., cada uma com 50% no capital da Sociedade.

A RASO, SGPS, S.A. é uma sociedade Gestora de Participações Sociais cujo portefólio é composto por ações da RASO – Viagens e Turismo SA.

Tratando-se de uma sociedade de gestão de participações sociais (SGPS), não apresenta volume de negócios.

RASO, SA

A Raso – Viagens e Turismo, S.A. é uma das empresas com maior expressão neste sector. Através de equipas especializadas em viagens de lazer, viagens de negócios, incoming, congressos e incentivos, a empresa tem uma resposta completa e adequada, garantindo um serviço com qualidade. Com balcões de norte a sul do País, disponibiliza serviços de lazer aos seus clientes todos os dias da semana, em horários alargados. No segmento de viagens de negócios, a Empresa conta com dois modernos Business Travel Centres, com atendimento dedicado exclusivamente a empresas, para além de um conjunto de implantes localizados nas próprias empresas, procurando assim ir de encontro às necessidades específicas de cada cliente.

No decorrer do ano a empresa incorporou por fusão a sociedade Marcas do Mundo – Viagens e Turismo, Lda.

2013 2012 VOLUME DE NEGÓCIOS 23.658.572 22.514.975 MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) 320.555 -2.643.303

Equador & Mendes, Lda.

A Empresa foi constituída em 16 de Novembro de 2000, sendo detida a 75% pela Raso – Viagens e Turismo, S. A.

A Empresa Equador & Mendes – Agência de Viagens e Turismo, Lda. tem como atividade a exploração de agência de viagens.

2013 2012

VOLUME DE NEGÓCIOS

656.327

891.703 MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) 5.068 80.858

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 6

Movimento Viagens, Lda.

A Empresa foi constituída no início do exercício de 2008 sendo detida a 100% pela RASO - Viagens e Turismo, SA.

2013 2012 VOLUME DE NEGÓCIOS 8.415.772 8.095.707 MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) 98.108 -110.261

Nova Equador Internacional, Lda.

A Empresa é detida a 100% pela Raso – Viagens e Turismo, S. A.

A Nova Equador Internacional foi constituída em 1997 e tem como objeto principal a atividade de agência de viagens e turismo.

Em 2013 a atividade da empresa centrou-se no controlo da participação da sociedade Nova Equador P.C.O e Eventos, da qual detém 100% do capital.

2013 2012 VOLUME DE NEGÓCIOS 1.147 - MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) -1.895 -6.476

Viajes Y Turismo de Geotur España, SL

A Empresa é detida a 100% pela RASO - Viagens e Turismo, SA.

2013 2012 VOLUME DE NEGÓCIOS 7.791.181 5.580.128 MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) 104.829 -115.566

Nova Equador PCO, Lda.

A Empresa é detida a 100% pela Nova Equador Internacional – Agência de Turismo, Lda.

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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A Nova Equador foi constituída em 2007 e tem como objeto principal a produção e organização de eventos.

2013 2012 VOLUME DE NEGÓCIOS 806.079 66.683 MEIOS LIBERTOS DE EXPLORAÇÃO (EBITDA) 15.411 8.683

Lisboa, 16 de maio de 2014

O Conselho de Administração,

Maria Cláudia Teixeira de Azevedo

Rui Manuel Cabral Teixeira Bastos

José António Martins de Jesus

José Henrique Pinto dos Santos

Eduardo Humberto dos Santos Piedade

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 8

ANEXO

Relatório de Gestão

De acordo com o estabelecido nos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais, declara-se que nenhum membro dos órgãos de administração e de fiscalização é titular de qualquer ação das empresas do Grupo RASO.

O Conselho de Administração,

Maria Cláudia Teixeira de Azevedo

Rui Manuel Cabral Teixeira Bastos

José António Martins de Jesus

José Henrique Pinto dos Santos

Eduardo Humberto dos Santos Piedade

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 9

Notas 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

ATIVOS NÃO CORRENTES:Ativos fixos tangíveis 6 2.397.178 2.795.137Ativos intangíveis 7 554.714 813.168Goodwill 8 44.061.368 44.061.368Ativos por impostos diferidos 13 864.791 580.370

Total de ativos não correntes 47.878.051 48.250.043

ATIVOS CORRENTES:Clientes 5 e 9 8.906.802 8.376.385Outras dívidas de terceiros 5 e 10 6.050.590 3.741.839Estado e outros entes públicos 11 2.459.564 2.906.720Outros ativos correntes 12 1.906.737 1.780.132Caixa e equivalentes de caixa 5 e 14 211.978 192.528

Total de ativos correntes 19.535.671 16.997.604

TOTAL DO ATIVO 67.413.722 65.247.647

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 15 25.000.000 25.000.000Prestações suplementares 24.000.000 24.000.000Outras reservas (19.121.714) (13.495.549)Resultado líquido do exercício atribuível aos acionistas da empresa-mãe (1.131.734) (5.626.165)

Total do capital próprio atribuível aos acionistas da empresa-mãe 28.746.552 29.878.286Interesses sem controlo 16 (42.070) (23.583)

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 28.704.482 29.854.703

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:Provisões 20 408.557 408.557Passivos por impostos diferidos 13 78.602 101.943

Total de passivos não correntes 487.159 510.500

PASSIVO CORRENTE:Empréstimos 5 e 14 3.673.683 3.680.207Fornecedores 5 e 17 11.191.462 9.864.415Outras dívidas a terceiros 5 e 18 19.747.309 18.079.876Estado e outros entes públicos 11 662.600 688.678Outros passivos correntes 19 2.947.027 2.569.268

Total de passivos correntes 38.222.081 34.882.444

TOTAL DO PASSIVO 38.709.240 35.392.944

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 67.413.722 65.247.647

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

RASO, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

(Montantes expressos em euros)

ATIVO

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 10

Notas 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Prestações de serviços 23 40.371.507 38.485.066Rendimentos e ganhos financeiros 24 6.477 53.768Outros rendimentos 25 2.513.164 4.225.213Fornecimentos e serviços externos 26 (31.050.978) (30.138.036)Gastos com o pessoal 27 (10.187.231) (12.163.073)Amortizações e depreciações 6 e 7 (690.589) (920.250)Provisões e perdas por imparidade 20 (508.028) (1.823.708)Gastos e perdas financeiras 24 (1.035.865) (990.535)Outros gastos 28 (652.309) (1.415.721)

Resultado antes de impostos (1.233.852) (4.687.276)

Imposto sobre o rendimento 29 83.631 (959.709) Resultado líquido consolidado do exercício (1.150.221) (5.646.985)

Atribuível a:Acionistas da empresa-mãe (1.131.734) (5.626.165)Interesses sem controlo (18.487) (20.820)

Resultados por açãoBásico 31 (0,226347) (1,125233)Diluído 31 (0,226347) (1,125233)

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração

RASO, SGPS, SA

(Montantes expressos em euros)

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 11

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Resultado líquido consolidado do exercício (1.150.221) (5.646.985)

Items de Outro rendimento integral que poderão ser subsequentemente reclassificados para a demonstração dos resultados: - -

Total rendimento integral consolidado do exercício (1.150.221) (5.646.985)

Atribuível a:

Acionistas da empresa-mãe (1.131.734) (5.626.165)Interesses sem controlo (18.487) (20.820)

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração

RASO, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

(Montantes expressos em euros)

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 12

Reservas Resultado Interesses Total do

Capital Prestações e Resultados Líquido do Total Sem Controlo Capital Próprio

Social Suplementares Transitados Exercício (Nota 16)

Saldo em 1 de janeiro de 2012 25.000.000 24.000.000 (8.594.262) (4.965.131) 35.440.607 68.582 35.509.189

Total rendimento integral consolidado do exercíc io - - - (5.626.165) (5.626.165) (20.820) (5.646.985)

Aplicação do resultado líquido consolidado de 2011Transferência para resultados transitados - - (4.965.131) 4.965.131 - - -

Aquisições e alienações parciais de empresas filiais - - 63.844 - 63.844 (71.345) (7.501)

Saldo em 31 de dezembro de 2012 25.000.000 24.000.000 (13.495.549) (5.626.165) 29.878.286 (23.583) 29.854.703

Saldo em 1 de janeiro de 2013 25.000.000 24.000.000 (13.495.549) (5.626.165) 29.878.286 (23.583) 29.854.703

Total rendimento integral consolidado do exercíc io - - - (1.131.734) (1.131.734) (18.487) (1.150.221)

Aplicação do resultado líquido consolidado de 2012Transferência para resultados transitados - - (5.626.165) 5.626.165 - - -

Saldo em 31 de dezembro de 2013 25.000.000 24.000.000 (19.121.714) (1.131.734) 28.746.552 (42.070) 28.704.482

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração

RASO, SGPS,SA

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012(Montantes expressos em euros)

Atribuível aos Acionistas da Empresa-Mãe

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 13

Notas 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 145.597.657 155.549.295Pagamentos a fornecedores (136.272.525) (148.330.505)Pagamentos ao pessoal (9.920.271) (12.341.337) Fluxos gerados pelas operações (595.139) (5.122.547)

Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento (77.340) (252.648)Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional 525.458 493.055 Fluxos das atividades operacionais (1) (147.021) (4.882.140)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Ativos fixos tangíveis 2.523 5.830Ativos intangíveis 16.815 -Juros e proveitos similares 6.477 53.768

25.815 59.598Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeiros - (7.500)Ativos fixos tangíveis (61.240) (213.834)Ativos intangíveis (24.289) (18.332)

(85.529) (239.666) Fluxos das atividades de investimento (2) (59.714) (180.068)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:Empréstimos obtidos 19.600.000 32.406.379

19.600.000 32.406.379Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (18.300.000) (25.406.379)Juros e custos similares (1.067.291) (665.490)

(19.367.291) (26.071.869) Fluxos das atividades de financiamento (3) 232.709 6.334.510

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 25.974 1.272.302Efeito das diferenças de câmbio - -Caixa e seus equivalentes no início do período 14 (3.487.679) (4.759.981)Caixa e seus equivalentes no fim do período 14 (3.461.705) (3.487.679)

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

RASO, SGPS, SA

(Montantes expressos em euros)

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 14

RASO, SGPS, SA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em euros)

1 NOTA INTRODUTÓRIA

A RASO, SGPS, SA é uma sociedade anónima, constituída a 14 de Outubro de 2008, que tem a sua sede social na Avenida do Colégio Militar, nº37 F 5º “Torre Oriente”, freguesia de Benfica, concelho de Lisboa, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado na Nota 4 como Grupo Raso (“Raso”), cujas atividades principais se encontram descritas no Relatório de Gestão.

Conforme evidenciado nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013, o passivo corrente excede o ativo corrente em 18,7 milhões de euros e apresenta um prejuízo de 1,2 milhões de euros. A Raso tem o apoio financeiro dos seus acionistas de forma a dar continuidade às suas operações e satisfazer as suas responsabilidades.

2 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas foram as seguintes:

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”). Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”), que tenham sido adotadas na União Europeia à data de publicação das contas.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa e suas subsidiárias, ajustados no processo de consolidação, no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico.

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 15

Novas normas contabilísticas e seu impacto nas demonstrações financeiras consolidadas

Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras foram aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia as seguintes normas contabilísticas e interpretações, algumas das quais entraram em vigor durante 2013:

Com aplicação obrigatória no exercício iniciado a 1 de janeiro de 2013:

Data de Eficácia (exercícios iniciados ou em após)

IFRS 13 - (Mensuração ao Justo Valor) 01 jan 2013

IAS 19 - Alterações (Benefícios dos Empregados) 01 jan 2013

IAS 1 - Alterações (Apresentação de itens em Outros Resultados Integrais) 01 jul 2012

IFRS 7 - Alterações (Divulgações de instrumentos financeiros – compensação entre ativos e passivos financeiros)

01 jan 2013

IFRIC 20 - Interpretação (Custos da remoção do terreno de cobertura na fase produtiva de uma mina de superfície) 01 jan 2013

IFRS 1 - Alterações (Empréstimos do Governo) 01 jan 2013

Melhorias de algumas IFRS (2009-2011) 01 jan 2013

IFRS 1 - (Hiperinflação grave e supressão de datas fixas para adotantes pela primeira vez)

01 jan 2013

IAS 12 - Alterações (Imposto Diferido) 01 jan 2013

Alterações anuais - Emendas à IFRS 1, IAS 1, IAS 16, IAS 32 e IAS 34 01 jan 2013

A entrada em vigor durante 2013 das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas não provocou impactos significativos nas demonstrações financeiras anexas.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões foram aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia e têm aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros:

Com aplicação obrigatória após o exercício de 2013:

Data de Eficácia (exercícios iniciados em ou após)

IFRS 10 - (Demonstrações Financeiras Consolidadas) (*) 01 jan 2014

IFRS 11 - (Acordos conjuntos) (*) 01 jan 2014

IFRS 12 - (Divulgações sobre participações noutras Entidades) (*) 01 jan 2014

IAS 27 - (Demonstrações Financeiras Separadas – revista em 2011) (*)

01 jan 2014

IAS 28 - (Investimentos em Associadas e Joint Ventures) (*) 01 jan 2014

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 16

IAS 32 – (Apresentação – Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros)

01 jan 2014

IAS 36 – (Imparidade de Ativos) 01 jan 2014

IAS 39 – (Instrumentos Financeiros - Reconhecimento e Mensuração) 01 jan 2014

Emendas às normas IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12 e IAS 27 (Entidades de Investimento)

01 jan 2014

(*) De acordo com o regulamento comunitário que aprova a adoção das IFRS 10, 11 e 12 e as emendas às IAS 27 e IAS 28, as entidades deverão adotar estas normas nos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A adoção antecipada é contudo permitida;

O Grupo não procedeu à aplicação antecipada de qualquer destas normas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das mesmas.

2.2 Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais a Raso detenha, direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Acionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pela Raso), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos resultados consolidada, respetivamente, na rubrica interesses sem controlo. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.

O rendimento integral é atribuído aos proprietários do Grupo Raso e aos interesses sem controlo, mesmo que a situação resulte num saldo deficitário ao nível dos interesses sem controlo.

Os ativos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição ou tomada de controlo podendo tal mensuração ser concluída no prazo de doze meses após a data de aquisição. Qualquer excesso do preço de aquisição acrescido do justo valor de eventuais interesses previamente detidos e do valor dos interesses sem controlo face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos identificáveis adquiridos é reconhecido como goodwill. Caso o diferencial entre o custo de aquisição acrescido do justo valor de eventuais interesses previamente detidos e do valor dos interesses sem controlo e o justo valor de ativos e passivos líquidos identificáveis adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como rendimento do exercício na rubrica “Outros rendimentos” após reconfirmação do justo valor atribuído aos ativos líquidos. O Grupo Raso optará numa base de transação à transação, pelo cálculo do valor dos interesses sem controlo, (i) de acordo com a proporção do justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes adquiridos, ou (ii) de acordo com o justo valor dos interesses dos mesmos.

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Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data de tomada de controlo ou até à data da cedência de controlo.

Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pela Raso. As transações e os saldos entre empresas da Raso são eliminados no processo de consolidação.

b) Goodwill

As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos em empresas da Raso, acrescido do valor dos interesses sem controlo e o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis dessas empresas à data da concentração de atividades empresariais, quando positivas são registadas na rubrica Goodwill (Nota 8).

O valor do Goodwill não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas por imparidade. A quantia recuperável é determinada com base nos planos de negócio utilizados pela gestão da Raso. As perdas por imparidade do Goodwill constatadas no exercício são registadas na demonstração dos resultados do exercício na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

As perdas por imparidade relativas a Goodwill não podem ser revertidas.

Nas situações em que as diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo Raso, acrescido do valor dos Interesses sem controlo e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, sejam negativas, as mesmas são reconhecidas como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos ativos e passivos identificáveis.

2.3 Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o exercício de vida útil estimado para cada grupo de bens e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada dos resultados.

As perdas de imparidade detetadas no valor de realização dos ativos fixos tangíveis, são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica "Provisões e perdas de imparidade" da demonstração consolidadas dos resultados.

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As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos

Edifícios e outras construções 10 - 40

Equipamento básico 1 - 20

Equipamento de transporte 1 - 10

Ferramentas e utensílios 1 – 16

Equipamento administrativo 1 – 20

Outras imobilizações corpóreas 5

As despesas com reparação e manutenção de ativos fixos tangíveis são consideradas como gasto no exercício em que ocorrem.

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos fixos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos fixos são amortizados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam concluídos ou disponíveis para uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados como “Outros rendimentos” ou “Outros gastos”.

2.4 Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Raso, sejam controláveis pela Raso e se possa medir fiavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento, para as quais a Raso demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como gastos do exercício em que são incorridas.

Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como gastos na demonstração dos resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Raso. Nestas situações estes custos são capitalizados como ativos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem concluídos ou disponíveis para uso, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual

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corresponde genericamente a 5 anos e registadas por contrapartida da rubrica "Amortizações e depreciações" da demonstração consolidada dos resultados.

Nos casos de marcas e patentes sem vida útil definida não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual.

2.5 Locações

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o ativo fixo, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual ao justo valor ou se inferior ao valor presente dos pagamentos mínimos a efetuar até ao final do contrato. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

2.6 Imparidade dos ativos não correntes, exceto Goodwill

São efetuados testes de imparidade sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados consolidada na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efetuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como “Outros rendimentos”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização

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ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.7 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

2.8 Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, a Raso tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pela Raso sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

2.9 Instrumentos financeiros

A Raso classifica os instrumentos financeiros nas categorias apresentadas e reconciliadas com a Demonstração da posição financeira consolidada conforme identificado na Nota 5.

a) Investimentos

Os investimentos classificam-se como segue:

- Investimentos detidos até ao vencimento;

- Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;

- Investimentos disponíveis para venda;

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como “Investimentos não correntes”, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a Raso tem intenção e capacidade de os manter até essa data.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos detidos para negociação que a Raso adquire tendo em vista a sua alienação num curto período de tempo, sendo classificados no consolidado como Investimentos correntes.

A Raso classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos detidos até à maturidade. Estes ativos são classificados como ativos não correntes, exceto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

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Os investimentos são inicialmente registados pelo seu justo valor que corresponde ao valor de aquisição, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda são incluídas as despesas de transação, excetuando os investimentos mensurados ao justo valor através de resultado em que os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor e os custos de transação são reconhecidos na demonstração dos resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração dos resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) nas rubricas, “Rendimentos e ganhos financeiros” ou “Gastos e perdas financeiras” da demonstração consolidada dos resultados.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

b) Clientes e outras dívidas de terceiros

As dívidas de "Clientes" e as "Outras dívidas de terceiros" são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira consolidada deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade em contas a receber”, por forma refletir o seu valor realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa da Raso tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

- a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;

- se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;

- se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

Para determinadas categorias de ativos financeiros para as quais não é possível determinar a imparidade em termos individuais, esta é calculada em termos coletivos. Evidência objetiva de imparidade para um portfólio de contas a receber pode incluir a experiência passada em termos de cobranças, aumento do número de atrasos nos recebimentos, assim como

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alterações nas condições económicas nacionais ou locais que estejam correlacionadas com a capacidade de cobrança.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

c) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que assumem.

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos ativos da Raso após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com a sua emissão.

d) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido, líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, e contabilizados na rubrica gastos e perdas financeiras da demonstração consolidada dos resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na Nota 2.12. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não sejam liquidados durante o exercício.

e) Fornecedores e dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal, dado que não vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

f) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de Empréstimos, na demonstração da posição financeira consolidada.

2.10 Ativos e passivos contingentes

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos

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afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.

2.11 Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa da Raso.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor na data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efetuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.12 Rédito e especialização dos exercícios

O rédito deverá incluir somente os influxos brutos de benefícios económicos recebidos e a receber pela entidade de sua própria conta. As quantias cobradas por conta de terceiros, tais como impostos sobre vendas, impostos sobre bens e serviços, impostos sobre o valor acrescentado.

O reconhecimento de rendimentos verifica-se no momento da faturação ao cliente do serviço contratado. No encerramento de cada exercício contabilístico são feitos os ajustamentos necessários nas rubricas de “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes” no sentido de reconhecer o rédito associado a serviços já prestados mas cuja faturação ainda não tinha ocorrido, bem como os gastos de subcontratos associados. Nas transações em que o Grupo atua como agente o rédito refere-se à comissão, nas transações em que atua como responsável principal (Programas/Pacotes desenvolvidos em nome próprio) o rédito é o valor global faturado ao cliente.

Os dividendos recebidos ou a receber são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos pelos sócios ou acionistas das empresas participadas.

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Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os gastos e os rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.

2.13 Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

As transações são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda funcional da filial, utilizando as taxas em vigor na data da transação.

Todos os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as taxas de câmbio vigentes à data da demonstração da posição financeira de cada exercício. Ativos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como rendimentos e gastos na demonstração consolidada dos resultados do exercício, exceto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.

2.14 Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.

2.15 Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas incluem:

a) Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis;

b) Análises de imparidade de goodwill e de outros ativos fixos tangíveis e intangíveis;

c) Registo de ajustamentos aos valores do ativo e provisões e análise de passivos contingentes;

d) Recuperabilidade de ativos por impostos diferidos.

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As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das demonstrações financeiras consolidadas são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.16 Reservas legais, outras reservas e resultados transitados

Reserva legal:

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da Reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Nos termos da legislação portuguesa o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia.

3 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

3.1 Risco de Mercado

A atividade do grupo Raso encontra-se exposta essencialmente ao risco de taxa de juro e taxa de câmbio. Estes riscos resultam da incerteza subjacente aos mercados financeiros, a qual se reflete na capacidade de projeção de fluxos de caixa e rendibilidades. O principal objetivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das atividades do Grupo. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração do Grupo, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela direção de cada uma das empresas participadas.

3.1.1 Risco de taxa de juro

A Raso encontra-se exposta ao risco de taxa de juro decorrente essencialmente dos contratos de financiamento mantidos junto dos seus acionistas e instituições financeiras, os quais estão indexados à Euribor. O impacto desta volatilidade nos resultados ou no capital próprio da sociedade é mitigado pelo efeito dos seguintes fatores:

(i) alavancagem financeira controlada, sendo implementada de forma conservadora no que respeita à utilização de financiamento bancário;

(ii) provável correlação entre o nível de taxas de juro de mercado e o crescimento económico, com este a ter efeitos positivos em outras linhas dos resultados (nomeadamente

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operacionais), por essa via parcialmente compensando os custos financeiros acrescidos (“natural hedge”).

Todas as operações de financiamento devem ser individualmente aprovadas pelo Conselho de Administração, nomeadamente operações contratadas com a finalidade de otimizar o custo da dívida quando considerado adequado de acordo com as condições em vigor nesse momento nos mercados financeiros.

Análise de sensibilidade:

A análise de sensibilidade taxa de juro baseia-se nos seguintes pressupostos:

- Alterações nas taxas de juro afetam os juros a receber ou a pagar dos instrumentos financeiros indexados a taxas variáveis (os pagamentos de juros, associados a instrumentos financeiros não designados como instrumentos cobertos ao abrigo de coberturas de fluxos de caixa de risco de taxa de juro). Como consequência, estes instrumentos são incluídos no cálculo da análise de sensibilidade aos resultados;

- Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os custos e proveitos em relação aos instrumentos financeiros com taxas de juros fixas caso estes sejam reconhecidos pelo seu justo valor. Como tal, todos os instrumentos financeiros com taxas de juros fixas registados ao custo amortizado, não estão sujeitos ao risco de taxa de juro, tal como definido na IFRS 7;

- No caso de instrumentos designados para cobertura do justo valor do risco de taxa de juro, quando as alterações no justo valor do instrumento coberto e do instrumento de cobertura atribuíveis a movimentos de taxa de juro são compensados quase por completo na demonstração dos resultados no mesmo período, estes instrumentos financeiros também não são considerados como expostos ao risco de taxa de juro;

- Alterações nas taxas de juro de mercado de instrumentos financeiros que foram designados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa para cobrir as flutuações de pagamentos resultantes de alterações de taxas de juro afetam as rubricas de reservas do capital próprio, sendo por isso incluídos no cálculo da análise de sensibilidade à variação da taxa de juro com impacto no capital próprio (outras reservas);

- Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e de outros ativos e passivos financeiros são estimados descontando para o momento presente os fluxos de caixa futuros às taxas de juro de mercado existentes no final de cada ano, e assumindo uma variação paralela nas curvas de taxa de juro;

- Para efeitos da análise da sensibilidade, essa análise é realizada com base em todos os instrumentos financeiros existentes durante o exercício;

Estima-se que a exposição a este risco à data do balanço seja reduzida, de tal forma que, nos últimos 12 meses, uma subida de 75 pontos base em todas as taxas de juro do euro durante o ano de 2013 teria tido um impacto negativo nos resultados consolidados antes de impostos não superior a 57 mil euros (43 mil euros em 2012).

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3.1.2 Risco de taxa de câmbio

Os negócios da Raso são desenvolvidos em diferentes áreas geográficas, quando há transações mantidas numa divisa diferente da do país em que a participada opera, a exposição ao risco cambial é minimizada através da contratação de instrumentos derivados de cobertura, sempre que seja entendido como relevante.

A exposição do Grupo Raso ao risco da taxa de câmbio está presente ao nível do risco transação (riscos cambiais relativos aos fluxos de tesouraria e aos valores dos instrumentos registados no balanço em que mudanças nas taxas de câmbio têm um impacto sobre os resultados e fluxos de tesouraria).

Por política é eleita uma moeda funcional por cada participada, correspondente à moeda do seu ambiente económico principal e aquela que melhor representa a composição dos seus “cash flows”. Assim este risco resulta essencialmente de transações de prestação de serviços em moeda diferente da moeda funcional de cada negócio.

A 31 de dezembro de 2013 e 2012 os valores em euros dos saldos ativos e passivos denominados em moeda diferente da moeda funcional eram os seguintes:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Real Brasileiro - - 134.328 6.110

Libra Inglesa - - 244.177 56.227

Dólar Americano - - 307.226 105.533

Outras moedas 690 1.511 8.798 172

Ativos Passivos

Os montantes acima apresentados apenas incluem ativos e passivos monetários denominados em moeda diferente da moeda funcional das filiais, não representando por isso o risco de translação das demonstrações financeiras. Dada a imaterialidade da exposição ao risco cambial por via dos ativos e passivos monetários à data do balanço não é apresentada análise de sensibilidade à variação de taxa de câmbio.

3.2 Risco de Liquidez

O principal objetivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão do binómio custo-maturidade dos financiamentos.

É mantida pela Raso uma reserva de liquidez sob a forma de linhas de crédito no valor de 0,3 milhões de euros com os seus bancos de relacionamento, de forma a assegurar a capacidade para cumprir com os seus compromissos, sem ter que se refinanciar em condições desfavoráveis.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respetiva a cada classe de passivos financeiros.

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3.3 Risco de Crédito

A Raso está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua atividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Raso, estando portanto ao seu justo valor.

A Raso está ainda exposta ao risco de crédito nas suas relações com as instituições financeiras relativas a aplicações de fundos, garantias de colocação em instrumentos de dívida, derivados, entre outros.

O risco de crédito às instituições financeiras é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa seleção de contrapartes que apresentem um elevado prestígio e reconhecimento nacional e internacional e baseada nas respetivas notações de rating tendo em consideração a natureza, maturidade e dimensão das operações.

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho de Administração, estando a sua implementação e acompanhamento supervisionados pela Tesouraria da Raso.

4 EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de dezembro de 2013 e 2012, são as seguintes:

Percentagem de capital detido

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Firma Sede Social Direto Total Direto Total

Raso SGPS, SA

Lisboa MÃE MÃE MÃE MÃE

Equador & Mendes - Agência de Viagens e Turismo, Lda

a) Lisboa 100,00% 75,00% 100,00% 75,00%

1) Marcas do Mundo - Viagens e Turismo, Sociedade Unipessoal, Lda

a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Movimentos Viagens - Viagens e Turismo, Sociedade Unipessoal, Lda

a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Nova Equador Internacional, Agência de Viagens e Turismo, Lda

a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Nova Equador P.C.O. e Eventos, Sociedade Unipessoal, Lda

a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Raso - Viagens e Turismo, SA a) Lisboa 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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Viajens y Turismo de Geotur España, S.L.

a) Madrid (Espanha)

100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

a) Controlo detido por maioria de votos;

1) Filial absorvida por fusão na Raso - Viagens e Turismo, SA.

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, tendo em consideração que as subsidiárias são controladas pela Raso SGPS, S.A..

5 CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na Nota 2.9, foram classificados como segue:

Ativos financeiros Nota

Empréstimos e contas a receber

Ativos não abrangidos

pelo IFRS 7 Total

A 31 de dezembro de 2013

Ativos correntes

Clientes 9 8.906.802 - 8.906.802

Outras dívidas de terceiros 10 6.050.590 - 6.050.590

Caixa e equivalentes de caixa 14 211.978 - 211.978

15.169.370 - 15.169.370

A 31 de dezembro de 2012

Ativos correntes

Clientes 9 8.376.385 - 8.376.385

Outras dívidas de terceiros 10 3.741.839 - 3.741.839

Caixa e equivalentes de caixa 14 192.528 - 192.528

12.310.752 - 12.310.752

Passivos financeiros Nota

Passivos financeiros registados pelo custo amortizado

Passivos não abrangidos pelo IFRS 7 Total

A 31 de dezembro de 2013

Passivos correntes

Empréstimos bancários 14 3.673.683 - 3.673.683

Fornecedores 17 11.191.462 - 11.191.462

Outras dívidas a terceiros 18 19.747.309 - 19.747.309

34.612.454 - 34.612.454

34.612.454 - 34.612.454

A 31 de dezembro de 2012

Passivos correntes

Empréstimos bancários 14 3.680.207 - 3.680.207

Fornecedores 17 9.864.415 - 9.864.415

Outras dívidas a terceiros 18 18.079.876 - 18.079.876

31.624.498 - 31.624.498

31.624.498 - 31.624.498

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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6 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Terrenos e edifícios

Equipamento básico

Equipamento transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos fixos tangíveis

Ativos fixos tangíveis em

curso

Total ativos fixos tangíveis

Ativo bruto:

Saldo inicial a 1 de janeiro de 2012 641.679 3.237.095 331.033 4.271.675 342.103 61.429 8.885.014

Investimento - - - 1.241 - 89.010 90.251

Desinvestimento (113.802) (603.758) (49.644) (126.916) (23.361) (34.104) (951.585)

Transferências - 81.402 - 34.264 409 (116.313) (238)

Saldo inicial a 1 de janeiro de 2013 527.877 2.714.739 281.389 4.180.264 319.151 22 8.023.442

Investimento - - - 1.001 - 12.287 13.288

Desinvestimento (19.714) (12.802) (33.464) (21.947) (1.110) - (89.037)

Transferências - 196 - 5.846 205 (6.247) -

Saldo final a 31 de dezembro de 2013 508.163 2.702.133 247.925 4.165.164 318.246 6.062 7.947.693

Amortizações e perdas por impar. acumuladas

Saldo inicial 1 de janeiro de 2012 421.614 976.304 300.802 3.169.194 271.310 - 5.139.224

Depreciações e perdas por imparidade do exercício

33.049 209.634 10.866 222.790 19.557 - 495.896

Desinvestimento (68.043) (170.347) (49.644) (101.372) (17.409) - (406.815)

Saldo inicial 1 de janeiro de 2013 386.620 1.015.591 262.024 3.290.612 273.458 - 5.228.305Depreciações e perdas por imparidade do exercício

17.214 191.995 8.013 176.439 15.843 - 409.504

Desinvestimento (19.714) (12.204) (33.464) (20.802) (1.110) - (87.294)

Saldo final a 31 de dezembro de 2013 384.120 1.195.382 236.573 3.446.249 288.191 - 5.550.515

Valor líquido

A 31 de dezembro de 2012 141.257 1.699.148 19.365 889.652 45.693 22 2.795.137

A 31 de dezembro de 2013 124.043 1.506.751 11.352 718.915 30.055 6.062 2.397.178

Ativos fixos tangíveis

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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7 ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Ativo bruto:

Propriedade industrial

SoftwareOutros ativos intangíveis

Ativos intangíveis em

curso

Total ativos intangíveis

Saldo inicial a 1 de janeiro de 2012 1.372.748 4.312.017 2.366.923 9.400 8.061.088

Investimento - 1.000 - 7.000 8.000

Desinvestimento (19.468) - - - (19.468)

Transferências - 7.000 - (7.000) -

Saldo inicial a 1 de janeiro de 2013 1.353.280 4.320.017 2.366.923 9.400 8.049.620

Investimento - 10.748 - 12.311 23.059

Desinvestimento (25.001) (906) - - (25.907)

Transferências 5.311 7.000 - (12.311) -

Saldo final a 31 de dezembro de 2013 1.333.590 4.336.859 2.366.923 9.400 8.046.772

Amortizações e perdas por impar. acumuladas

Saldo inicial a 1 de janeiro de 2012 992.033 3.480.668 2.344.648 - 6.817.349

Amortizações do exercício 95.741 328.613 - - 424.354

Desinvestimento (5.251) - - - (5.251)

Transferências - - - - -

Saldo inicial a 1 de janeiro de 2013 1.082.523 3.809.281 2.344.648 - 7.236.452

Amortizações do exercício 75.101 197.362 8.622 - 281.085

Desinvestimento (25.001) (478) - - (25.479)

Transferências - - - - -

Saldo final a 31 de dezembro de 2013 1.132.623 4.006.165 2.353.270 - 7.492.058

Valor líquido

A 31 de dezembro de 2012 270.757 510.736 22.275 9.400 813.168

A 31 de dezembro de 2013 200.967 330.694 13.653 9.400 554.714

Ativos fixos intangíveis

8 GOODWILL

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na rubrica de goodwill, bem como nas respetivas perdas por imparidade, foi o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Valor Bruto

Saldo inicial 44.061.368 44.061.368

Aumentos - -

Saldo final 44.061.368 44.061.368

Perdas por imparidade acumuladas - -

Valor líquido 44.061.368 44.061.368

O valor recuperável líquido dos ativos não correntes aos quais a empresa aloca e monitoriza o goodwill é determinado com base no seu valor de uso. Este cálculo usa projeções de cash-flow baseadas em orçamentos a 5 anos aprovadas pelo Conselho de Administração. Os cash-flows para os períodos que excedem os 5 anos são extrapolados usando uma taxa de crescimento fixa de 1,5%. Esta taxa de crescimento não excede a taxa de crescimento de longo prazo para o negócio em que o Grupo opera. Os cash-flows são descontados a uma taxa pre-tax de 8,02%.

São efetuados testes anuais de imparidade sobre o goodwill e sempre que existam indicações que o goodwill pode estar em imparidade.

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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9 CLIENTES

O detalhe de clientes em 31 de dezembro de 2013 e 2012 é o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Clientes correntes 8.940.569 8.501.197

Clientes de cobrança duvidosa 3.056.414 3.107.308

11.996.983 11.608.505

Perdas por imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 20)

(3.090.181) (3.232.120)

8.906.802 8.376.385

Os valores apresentados acima correspondem fundamentalmente a dívidas originadas pelo curso normal da atividade da Raso. Os montantes apresentados no balanço são líquidos de perdas de imparidade, pelo que o valor registado em Clientes representa um valor próximo do seu justo valor uma vez que os mesmos não vencem juros mas o efeito de desconto é considerado imaterial.

A 31 de dezembro de 2013 e de 2012, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser analisada como segue:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Não vencido 6.514.831 6.321.412

Vencido mas sem registo de imparidade

0 - 90 dias 1.673.167 1.469.539

+ 90 dias 718.804 612.428

Total 2.391.971 2.081.967

Vencido com registo de imparidade

0 - 90 dias - 46.053

90 - 180 dias 1.344 19.016

180 - 360 dias - 15.934

+ 360 dias 3.088.837 3.124.123

Total 3.090.181 3.205.126

11.996.983 11.608.505

Clientes

Os saldos de clientes que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor.

10 OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

O detalhe das outras dívidas de terceiros em 31 de dezembro de 2013 e 2012 é o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Outros Devedores

Adiantamentos a hoteis e operadores turísticos 1.936.617 1.321.087

2.707.810 859.007

1.215.913 1.510.403

51.792 39.606

Outros ativos correntes 370.390 346.941

6.282.522 4.077.044

Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber (Nota 20) (231.932) (335.205)

Total de instrumentos financeiros (Nota 5) 6.050.590 3.741.839

Fornecedores c/c - saldos devedores

Vendas c/créditos s/terceiros

Pessoal

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A 31 de dezembro de 2013 e de 2012, a antiguidade dos saldos de Outras dívidas de terceiros pode ser analisada como segue:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Não vencido 2.702.704 1.620.087

Vencido mas sem registo de imparidade

0 - 90 dias 2.563.161 1.985.431

+ 90 dias 784.725 124.744

Total 3.347.886 2.110.175

Vencido com registo de imparidade

0 - 90 dias

0 - 180 dias 16.237 20.183

180 - 360 dias 4.628 50.900

+ 360 dias 211.067 275.699

Total 231.932 346.782

6.282.522 4.077.044

Outros Devedores

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidades é considerado como estando próximo do seu justo valor.

11 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica Estado e outros entes públicos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 é o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Valores devedores

Imposto sobre o rendimento 492.937 549.161

Imposto sobre o valor acrescentado 1.966.627 2.357.559

2.459.564 2.906.720

Valores credores

Imposto sobre o rendimento 157.017 89.255

Imposto sobre o valor acrescentado 2.028 7.318

Retenção na fonte - IRS trabalho dependente 329.217 386.874

Contribuições para a Segurança Social 174.221 205.020

Outros impostos 117 211

662.600 688.678

12 OUTROS ATIVOS CORRENTES

O detalhe dos outros ativos correntes em 31 de dezembro de 2013 e 2012 é o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Iva das viagens 426.814 290.364

Receitas comerciais 828.689 855.320

Comissões a receber 205.749 223.777

Rendas 92.660 107.257

Outros ativos correntes 352.825 303.414

1.906.737 1.780.132

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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13 IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Homogeneização de amortizações - - 78.602 101.943

41.616 13.382 - -

Anulação de ativos fixos tangiveis e intangiveis 9.875 21.362 - -

Prejuízos fiscais reportáveis 813.297 545.619 - -

Outros 3 7 - -

864.791 580.370 78.602 101.943

Provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmente

Ativos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 foi como segue:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Saldo inicial 580.370 1.356.861 101.943 130.112

Efeito em resultados:

Homogeneização de amortizações - - (16.942) (28.169)

31.631 2.735 - -

Anulação de ativos fixos tangiveis e intangiveis (10.681) (10.684) - -

Efeito de alteração de taxa de imposto (67.571) - (6.399) -

Prejuízos fiscais reportáveis 331.041 (768.542) - -

284.421 (776.491) (23.341) (28.169)

Efeito em reservas:

Outros - - - -

- - - -

Saldo final 864.791 580.370 78.602 101.943

Provisões e perdas por imparid. de ativos não aceites fiscalmente

Ativos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos

Em 31 de dezembro de 2013, nas empresas em Portugal, a taxa de imposto utilizada para o apuramento dos impostos diferidos ativos relativos a prejuízos fiscais foi de 23% (25% em 31 de dezembro de 2012). No caso dos ativos por impostos diferidos gerados por diferenças temporárias, a taxa usada foi de 24,5% (26,5% em 31 de dezembro de 2012). Para as empresas localizadas noutros países foram utilizadas as respetivas taxas aplicáveis.

De acordo com as declarações fiscais das empresas que registam impostos diferidos ativos por prejuízos fiscais, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os mesmos eram reportáveis como segue:

31 dezembro 2012

Prejuízo fiscalAtivos por

impostos diferidosData limite de utilização

Prejuízo fiscalAtivos por

impostos diferidosData limite de utilização

Gerados em 2008 117.691 27.069 2014 182.299 48.805 2014

Gerados em 2009 325.199 74.796 2015 1.241.837 310.460 2015

Gerados em 2010 36.656 8.431 2014 149.895 37.474 2014

Gerados em 2011 88.512 20.358 2015 217.106 54.277 2015

Gerados em 2012 1.841.233 423.484 2017 378.417 94.603 2017

Gerados em 2013 1.126.780 259.159 2018 - -

3.536.071 813.297 2.169.554 545.619

31 dezembro 2013

Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012 foram avaliados os ativos por impostos diferidos a reconhecer, os quais só foram registados na medida em que é provável que ocorram lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis ou até à concorrência de passivos por impostos diferidos que sejam registados pela mesma entidade e que cuja reversão seja expectável que ocorra na mesma data. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas da Raso, periodicamente revistos e atualizados, e nas oportunidades de planeamento fiscal disponíveis e identificadas.

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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Em 31 de dezembro de 2013, existem prejuízos fiscais reportáveis, cujos ativos por impostos diferidos, numa ótica de prudência, não se encontram registados e que podem ser analisados como segue:

31 dezembro 2012

Prejuízo fiscalCrédito de imposto

Data limite de utilização

Prejuízo fiscalCrédito de imposto

Data limite de utilização

Gerados em 2008 - - 2014 474.551 118.638 2014

Gerados em 2009 6.778.507 1.559.057 2015 6.067.450 1.516.863 2015

Gerados em 2010 1.681.696 386.790 2014 1.822.757 455.689 2014

Gerados em 2011 2.860.903 658.008 2015 3.258.692 814.673 2015

Gerados em 2012 2.803.820 649.623 2017 4.489.890 1.128.079 2017

Gerados em 2013 849.861 195.468 2018 - -

14.974.787 3.448.946 16.113.340 4.033.942

31 dezembro 2013

14 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Numerário 84.988 58.436

Depósitos bancários 126.990 134.092

Caixa e equivalentes de caixa no balanço (Nota 5) 211.978 192.528

Descobertos bancários (Nota 5) (3.673.683) (3.680.207)

(3.461.705) (3.487.679)Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos no balanço na rubrica de empréstimos bancários.

15 CAPITAL SOCIAL

Em 31 de dezembro de 2013, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está representado por 5.000.000 ações ordinárias, sem direito a uma remuneração fixa, com o valor nominal de 5 euros cada uma.

Em 31 de dezembro de 2013, o capital subscrito da sociedade era detido como segue:

Entidade %

Sonae Investimentos, SGPS, S.A. 50,00 %

RAR – Sociedade de Controle (Holding), SA 50,00 %

16 INTERESSES MINORITÁRIOS

Os movimentos desta rubrica durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012 foram os seguintes:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Saldo inicial em 1 de janeiro (23.583) 68.582

Aquisição parciais de filiais - (71.345)

(18.487) (20.820)

Saldo final em 31 de dezembro (42.070) (23.583)

Resultado do exercício atribuível aos interesses sem controlo

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

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17 FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica tinha a seguinte composição:

31 dezembro 2013 até 90 dias mais de 90 dias

Fornecedores conta corrente 2.265.843 2.247.516 18.327

Fornecedores, faturas em receção e conferência 8.925.619 8.884.385 41.234

11.191.462 11.131.901 59.561

31 dezembro 2012 até 90 dias mais de 90 dias

Fornecedores conta corrente 2.989.343 2.989.343 -

Fornecedores, faturas em receção e conferência 6.875.072 6.875.072 -

9.864.415 9.864.415 -

A pagar

A pagar

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica de fornecedores respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Raso. A Raso entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

18 OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

31 dezembro 2013 até 90 dias

Adiantamentos de clientes 1.431.855 1.431.855

Outras dívidas 1.132.547 1.132.547

2.564.402 2.564.402

Empresas participadas e participantes (Nota 30) 17.182.907

19.747.309

31 dezembro 2012 até 90 dias

Adiantamentos de clientes 1.152.800 1.152.800

Outras dívidas 1.047.846 1.047.846

2.200.646 2.200.646

Empresas participadas e participantes (Nota 30) 15.879.230

18.079.876

A pagar

A pagar

19 OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Gastos com o pessoal 2.388.968 1.999.347

Outros fornecimentos e serviços externos 11.171 75.632

Rendas fixas debitadas antecipadamente 45.828 42.793

Outros 501.060 451.496

2.947.027 2.569.268

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 37

A rubrica de “Gastos com Pessoal” diz essencialmente respeito a valores de remuneração a liquidar durante o exercício seguinte referente a valores de Férias e Subsídio de Férias.

20 PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os exercícios de 2013 e 2012 foi o seguinte:

RubricasSaldo em

31 dezembro 2012Aumentos Diminuições

Saldo em 31 dezembro 2013

44.675 - - 44.675

3.232.120 474.402 (616.341) 3.090.181

335.205 33.626 (136.899) 231.932

Provisões não correntes 408.557 - - 408.557

4.020.557 508.028 (753.240) 3.775.345

Perdas por imparidade acumuladas em investimentos

Perdas por imparidade acumuladas em devedores diversos correntes (Nota 10)

Perdas por imparidade acumuladas em clientes correntes (Nota 9)

RubricasSaldo em

31 dezembro 2011Aumentos Diminuições

Saldo em 31 dezembro 2012

44.675 - - 44.675

3.669.031 987.889 (1.424.800) 3.232.120

1.119.473 455.566 (1.239.834) 335.205

Provisões não correntes 195.286 380.253 (166.982) 408.557

5.028.465 1.823.708 (2.831.616) 4.020.557

Perdas por imparidade acumuladas em devedores diversos correntes (Nota 10)

Perdas por imparidade acumuladas em clientes correntes (Nota 9)

Perdas por imparidade acumuladas em investimentos

Nas diminuições estão incluídos 675.899 euros (2.350.401 em 31 de dezembro de 2012) relativos à reversão de perdas de imparidade (Nota 25).

21 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, a Raso tinha garantias prestadas de 6.139.633 euros e 10.062.922 euros, respetivamente, estas garantias incluem principalmente garantias prestadas à IATA.

22 LOCAÇÕES OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2013 foi reconhecido como gasto do exercício o montante de 1.298.124 euros (1.560.726 euros em 31 de dezembro de 2012) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional.

Adicionalmente, à data de balanço o Grupo detinha, como locatário, contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 38

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Vencíveis em:

N+1 renovável automaticamente 167.540 150.217

N+1 780.464 1.135.356

N+2 323.392 747.725

N+3 255.838 295.589

N+4 184.155 181.829

N+5 103.419 98.163

Após N+5 32.552 4.264

1.847.360 2.613.143

23 PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

As prestações de serviços nos exercícios de 2013 e 2012 foram como segue:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Portugal 27.494.578 28.117.415Espanha 7.228.866 4.509.115Restantes países 5.648.063 5.858.536

40.371.507 38.485.066

24 RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros nos exercícios de 2013 e 2012 têm a seguinte decomposição:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Gastos e perdas

Juros suportados

relativos a descobertos e empréstimos bancários (103.975) (137.710)

outros (898.531) (806.673)

(1.002.506) (944.383)

Outros (33.359) (46.152)

(1.035.865) (990.535)

Rendimentos e ganhos

Juros obtidos

relativos a depósitos bancários 744 254

outros 3.823 29.672

4.567 29.926

Outros rendimentos e ganhos financeiras 1.910 23.842

6.477 53.768

Resultados financeiros (1.029.388) (936.767)

25 OUTROS RENDIMENTOS

A repartição dos outros rendimentos operacionais nos exercícios de 2013 e 2012 é a seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Proveitos suplementares 873.424 940.545

Diferenças cambiais 431.835 602.966

Reversão de perdas de imparidade 675.899 2.350.401

Outros 532.006 331.301

2.513.164 4.225.213

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 39

A rubrica de Proveitos suplementares diz essencialmente respeito a receitas obtidas, junto dos fornecedores da Raso.

26 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e de 2012 é a seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Subcontratos 25.711.017 24.315.551

Trabalhos especializados 1.549.388 1.572.318

Rendas e alugueres 1.480.526 1.846.877

Deslocações e estadas 320.936 378.184

Publicidade e propaganda 290.873 357.390

Serviços bancários 254.327 276.049

Comunicação 258.104 276.383

Gastos com terminais pagamento automático 240.673 279.246

Conservação e reparação 171.241 130.823

Outros 773.893 705.215

31.050.978 30.138.036

27 GASTOS COM O PESSOAL

A repartição dos gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e de 2012 é a seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Remunerações 7.894.660 8.878.304

Encargos sobre remunerações 1.650.100 1.907.506

Seguros 136.209 214.518

Gastos com ação social 23.285 17.342

Outros gastos com pessoal 482.977 1.145.403

10.187.231 12.163.073

28 OUTROS GASTOS

A repartição dos outros gastos nos exercícios de 2013 e 2012 é a seguinte:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Diferenças cambiais 479.931 650.623

Perdas na alienação de ativos 1.731 523.631

Dividas incobráveis 42.991 7.871

Outros 127.656 233.596

652.309 1.415.721

29 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos no exercício de 2013 e 2012 são detalhados como segue:

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 40

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Imposto corrente 224.131 211.387

Imposto diferido (Nota 13) (307.762) 748.322

(83.631) 959.709

A reconciliação do resultado antes de imposto para os exercícios findos a 31 de dezembro de 2013 e de 2012 pode ser analisada como segue:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Resultado antes de impostos (1.233.853) (4.687.276)

Beneficios fiscais (37.532) (101.108)

Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas (20.359) (132.340)

Provisões e perdas de imparidade não aceites fiscalmente (578.207) (760.207)

Perdas de imparidade em outros ativos 1.887 669.774

Outros 420.751 386.391

Lucro tributável (1.447.313) (4.624.766)

(67.380) (4.746)

849.861 372.968

(664.832) (4.256.544)

Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal 25,00% 25,00%

(166.208) (1.064.136)

5.478 -

Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos (84.739) 854.954

Efeito da alteração da taxa de impostos diferidos (61.172) -

Impostos diferidos ativos não reconhecidos - 1.001.199

Insuficiência / (Excesso) de estimativa de imposto 66.042 154.549

Tributação autónoma e benefícios fiscais 136.021 81.429

Derrama 4.177 510

Outros 16.770 (68.796)

Imposto sobre o rendimento (83.631) 959.709

Utilização de perdas fiscais que não deram origem a ativos por impostos diferidos

Efeito da existência de taxas de imposto diferentes da que vigora em Portugal

Reconhecimento de perdas fiscais no exercício que não deram origem a Ativos por impostos diferidos

30 PARTES RELACIONADAS

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os saldos e transações com entidades relacionadas podem ser resumidos como segue:

Transações 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Empresas - Mãe 429.015 579.819 - -

Entidades parceiras e participadas 9.993.112 8.483.483 2.862.984 3.879.289

10.422.127 9.063.302 2.862.984 3.879.289

Transações 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Empresas - Mãe 834.849 706.754

Entidades parceiras e participadas - -

834.849 706.754

Prestações de serviços Serviços recebidos

Juros suportados

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 41

Saldos 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Empresas - Mãe 48.653 17.144 87.000 87.632

Entidades parceiras e participadas 1.272.211 1.044.872 396.046 448.825

1.320.864 1.062.016 483.046 536.457

Saldos 31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Empresas - Mãe 17.182.907 15.879.230

Entidades parceiras e participadas - -

17.182.907 15.879.230

Empréstimos obtidos

Contas a receber Contas a pagar

Na rubrica Entidades parceiras e participadas estão incluídas as subsidiárias e empresas conjuntamente controladas ou associadas das sociedades RAR – Sociedade de Controle (Holding), Sonae Investimentos SGPS, Sonae SGPS, Sonae Indústria, SGPS, SA e Sonae Capital, SGPS SA e outras filiais da empresa mãe Efanor Investimentos, SGPS, SA.

31 RESULTADOS POR AÇÃO

Os resultados por ação dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e de 2012 foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

31 dezembro 2013 31 dezembro 2012

Resultados

(1.131.734) (5.626.165)

Efeito das ações potenciais - -

Juro das obrigações convertiveis (líquido de imposto) - -

(1.131.734) (5.626.165)

Numero de ações

5.000.000 5.000.000

- -

5.000.000 5.000.000

Resultado por ação (básico e diluído) (0,226347) (1,125233)

Efeito das ações potenciais decorrentes das obrigaçõesconvertiveis

Número médio ponderado de ações para efeito decálculo do resultado liquido por ação diluído

Resultados para efeito de cálculo do resultado líquidopor ação básico (resultado líquido do exercício)

Número médio ponderado de ações para efeito decálculo do resultado líquido por ação básico

Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído

Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012 não existem efeitos diluidores do número de ações em circulação.

Relatório e Contas 2013 RASO, SGPS, SA

Página 42

32 APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 16 de maio de 2014, contudo as mesmas estão ainda sujeitas à aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas.

O Conselho de Administração,

______________________________________

Maria Cláudia Teixeira de Azevedo

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Rui Manuel Cabral Teixeira Bastos

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José António Martins de Jesus

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José Henrique Pinto dos Santos

_____________________________________

Eduardo Humberto dos Santos Piedade