Raul Moreira

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  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Reflexes sobre o modelo de cartes no

    Brasil e comparativos com outros pases

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Introduo

    Aes regulatrias em cartes no mundo so variadas e podem ser bem vistas, desde

    que permitam o atingimento de alguns princpios bsicos:

    Mantenha a lgica de equilbrio considerando as caractersticas de um mercado de

    duas pontas;

    Crie ambiente favorvel para investimentos num Pas com a complexidade do

    Brasil;

    Pondere aspectos importantes, intangveis ou ocultos aos usurios finais, mas que

    so fundamentais para o funcionamento e credibilidade do sistema

    (ex. garantia da transao).

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Introduo

    Existem diversas frentes de discusses em andamento em conjunto com as empresas que

    participam e investem no sistema:

    1. Autorizao de operao (UE, Brasil, Uruguai, Chile)

    2. Preos ao lojista (Inglaterra, Coria do Sul, Argentina, Espanha, Dinamarca)

    3. Determinao multilateral de tarifa de intercmbio (Itlia, Frana, Espanha)

    4. Regras de surcharge (Inglaterra, Holanda, EUA, Frana, Austrlia, UE)

    5. Prazos e processos de liquidao (Dinamarca, Frana)

    6. Incentivos expanso (Coria do Sul, Uruguai, Turquia, Mxico)

    7. Limitaes circulao de meios de pagamento em papel

    (Sucia, Bulgria, Dinamarca, Itlia, Grcia, Uruguai, Romnia, Frana)

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Introduo

    Isto significa que o sistema de cartes pode funcionar da mesma forma em nvel mundial ?

    Seguramente no.

    Anlises comprovam que:

    h diferenas nas estruturas de mercado e modelos de negcios adotados em diferentes

    pases ;

    Existem diferentes entendimentos e diagnsticos em relao aos temas que mais

    necessitam de regulao.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Introduo

    ITEP: (Nmero de Transaes Eletrnicasi PIBi) (Nmero de Transaes Eletrnicasi PIBi).

    Fonte: Banco Mundial e Bank of International Settlements. Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    UMAREFLEXOSOBREOSEUMODELO

    Como este mercado se estrutura

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    Modelo Terico

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Modelo Terico

    O sistema de cartes composto por estruturasque agregam diferentes tipos deconsumidorespara um mesmo servio;

    O valor desta plataforma para a sociedade determinadopela sua dimenso;

    Nesse sentido, quaisquer medidas regulatrias sobre quaisquer das pontas do mercadoimplicam em modificaes para todos os elos da cadeia:

    Lgica de vasos comunicantes

    Intervenes em aspectos que afetam essa estrutura tem impactosobre crescimento,investimentos e consequente agregao de valor para a sociedade.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Modelo Terico

    Qual a lgica desses vasos comunicantes ?

    Aumentar ao mximo a dimenso da plataforma, como forma de agregar valor para seus

    participantes;

    Podem existir dois momentos:

    Crescimento equilibrado entre as pontas -> plataformas maduras; ou

    Estratgias de expanso para alcance de escalas, mesmo que desequilibradas

    momentaneamente -> plataformas nascentes.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Modelo Terico

    Falando de plataformas maduras...

    Com abertura do mercado de credenciamento;

    Entrada de novas credenciadoras no mercado;

    Surgimento de novas bandeiras acirrando a concorrncia na emisso;

    Manuteno de uma forte concorrncia pela relao com os consumidores finais, sejam

    portadores (emissores) ou lojistas (domiciliadores);

    Naturalmente se espera uma mudana na dinmica concorrencial no Brasil.

    No entanto, o desafio est no balanceamento e na forma de crescimento agregado da

    plataforma, no de uma ponta ou outra.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Modelo Terico

    Como esse valor socializado ?

    Entendemos que pelo aumentoda capacidadede adio de valor em funo da escala dessa

    plataforma:

    Nesse caso, pode at se verifica uma subprecificao para permitir rpido crescimento noprimeiro momento e uma forte adio de servios no segundo momento.

    No entanto, no Brasil, estamos vendo os dois movimentos ocorrendo simultaneamente:

    reprecificao e adio de servios de valor agregado.

    Sem uma necessria interveno mais forte do regulador.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Modelo TericoLogo... precisamos continuar a estruturar um modelo que garanta uma relao em

    que todos ganham

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Anlise de xito ou no deve ser feita em vrias dimenses

    PRINCIPAIS

    DRIVERS

    DO

    MERCADO

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    Fonte: EBB Payment Statistics. Elaborao Ferrs Consultoria.

    Drivers: preos internos

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Drivers: preos ao varejo

    Preos no Brasil vem decaindo...

    Efeito composio limita percepo de queda: (i) reduo do ticket mdio; (ii) avano para

    estabelecimentos marginais; e (iii) inflao.

    Dbito Taxa bruta ao varejista

    0.80

    0.85

    0.90

    0.95

    1.00

    1.05

    1.10

    R$portransaca

    o-emv

    alores

    reais(IPCA

    ,II/2014)

    -20%

    Crdito Taxa bruta ao varejista

    3.20

    3.30

    3.40

    3.50

    3.60

    3.70

    3.80

    3.90

    R$portransac

    ao-emv

    alores

    reais(IPC

    A,II/2014)

    -13%

    Fonte: Monitor Abecs e IBGE.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Drivers: entrada e concorrncia

    E entrada de concorrentes tem pressionado taxas sensivelmente

    Novos credenciadores, bandeiras e emergncia de instituies de pagamento no financeira

    deve acentuar processo

    Comparativamente, Espanha e Frana interviram, mas no houve qualquer entrada no mercado

    Taxa transacional: receita de intercambio + anuidades rewards.

    Fonte: Monitor Abces e IBGE. Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Preo agregado nas duas pontas

    Fonte: EBB Payment Statistics, RBA, Crefia, Banamex, Arango (2009), OECD (2012), Abecs. Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Drivers: balanceamento de preos Haveria ento um desequilbrio de preos no Brasil?

    Aparentemente no, dado que as duas pontas do mercado esto crescendo vigorosamente,

    em ritmos prximos e impulsionando transaes

    Fonte: Monitor Abecs. Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Drivers: penetrao

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    Drivers: penetrao

    Penetrao no Brasil subestimada pela existncia de uma parcela relevante de gastos

    imputados (no monetrios) no PIB

    R$ 340 bilhes em 2013, referente a aluguis imputados, produo para consumo prprio e

    servios pblicos

    Fonte: IBGE/SCN. Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Drivers: penetrao Participao nas transaes monetrias das famlias (PCE) cresce sistematicamente...

    Fonte: ABCES e IBGE. Elaborao Ferrs Consultoria.

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    Impacto de mudanas nos prazos de pagamento

    PRAZOSDEPAGAMENTO

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Discusso sobre prazos de pagamento

    A reflexo precisa ser a mais ampla possvel:

    Bancos e credenciadoras no obtm receitas expressivas defloating, so os usurios do

    sistema que se apoderam desses prazos:

    A concesso de prazos de pagamento origina-se de uma demanda do prprio mercado -

    Consumidor j buscava prazos de pagamento por meio do parcelado cheque

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Discusso sobre prazos de pagamento

    Foco deveria ser na ampliao das opes para o lojista, no no engessamento de regras:

    Outros pases vem utilizando os meios eletrnicos de pagamento para viabilizar crdito

    direto entre lojistas e consumidores:

    Europa j vem utilizando cartes como forma de parcelamento (mas neste caso, o riscode crdito do lojista) e Chile vem incentivando a adoo do parcelado lojista;

    No Brasil, a ABECS j trabalha no processo de uniformizar e popularizar o CREDIRIO

    como uma opo de pagamento com cartes, acessando diretamente a linha de crditoao consumidor do banco emissor.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Discusso sobre prazos de pagamento Se lojista tem opo de receber em D+1 via carto de dbito...

    Dbito cresce mais que carto de crdito no Brasil

    ... Por que ele escolhe receber com carto de crdito?

    a) o limite de crdito do usurio concedido pelo Banco e no pelo lojista; b) defrontando-se com uma maior disposio a gastar dos clientes.

    (Wilcox et all, 2011)

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Prazos de pagamento e modelos de negcio Prazos de pagamento so opo para incentivar uso e adoo

    Para alcanar universalizao, flexibilidade de modelos fundamental;

    Com baixa densidade de uso nos menores centros populacionais, incluso de consumidores

    requer manuteno de certos incentivos.

    Fonte: Monitor Abecs e IBGE (2012). Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Prazos de pagamento e modelos de negcio

    O mesmo vale para o desafio de tornar factvel o avano do servio para as classes de renda

    mais baixas...

    Fonte: Pesquisa Datafolha/Abecs. Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Prazos de pagamento e modelos de negcio Prazos de pagamento forma de viabilizar essa soluo

    Floatinge subsdios cruzados so forma para atrair faixas mais pobres

    Lojistas se beneficiaro desse consumo e da expanso do acesso a crdito dessas famlias

    Impor regras de pagamento limitar modelos de negcios. Alternativa correta criaropes para que lojistas avalie qual modelo prefere

    Fonte: Monitor Abecs e IBGE (2012). Elaborao Ferrs Consultoria.

  • 7/25/2019 Raul Moreira

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    Prazos de pagamento e modelos de negcio

    Brasil no escapa, com processo lento de substituio despeito do crescimento do

    mercado de cartes

    Fonte: Datafolha/Abecs. Elaborao Ferrs Consultoria.

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    A dimenso do uso do dinheiro no Brasil

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    CONCLUSES

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    Concluses

    I. Estabelecer rgidos padres difcil em um mercado com tantos vasos comunicantes;

    II. Concluses sobre eficincia ou ineficincia dependem da ponderao de cada objetivo e do

    estgio dos negcios em cada Pas;

    III. Dadas as externalidades negativas sobre incluso financeira e outros meios de pagamento

    alternativos mais custosos, foco deve ser ainda pela manuteno de incentivos pr

    universalizao do servio:

    Necessrio criar solues flexveis para acelerar esse processo.

    IV. Discusso de preos e prazos insere-se integralmente nesse contexto mais amplo, assim

    como concorrncia.