RCA Guia Fiscal 2015 AO

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Guia Fiscal RCA para Angola

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  • EDITORIAL 3

    4

    IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOS DO TRABALHO 5

    IMPOSTO INDUSTRIAL 9

    IMPOSTO DE SELO 18

    IMPOSTO SOBRE APLICAES DE CAPITAIS 21

    INFRACES TRIBUTRIAS 24

    CALENDRIO FISCAL DE 2015 26

    36

    39

    42

    NDICE

    45

    IMPOSTO PREDIAL URBANO 14

    GLOSSRIO

    16IMPOSTO DE CONSUMO

  • 2 2015 RCA - ROSA, CORREIA E ASSOCIADOS (ANGOLA) - AUDITORES E CONSULTORES, LDA. Textos, Ilustraes e Fotografias - RCA

    Titulo - Guia Fiscal Angola 2015

    Design - Jump | www.digitaljump.net

    Ilustrao da Capa - Joo Pedro Trindade | Jump

  • 3EDITORIAL

    O desenvolvimento econmico de Angola h muito que reclamava pela reforma fiscal que se materializar em 2015, na sequncia da publicao de um conjunto de diplomas que sistematizam a legislao tributria. Tais diplomas so particularmente importantes para os agentes econmicos que at aqui se debatiam com uma grande disperso legislativa, em parte obsoleta face dinmica econmica do nosso tempo. Por outro lado, o Estado diversificar as fontes de receita fiscal, reduzindo a concentrao no sector petrolfero e ampliando o universo tributrio, ao nvel das empresas e dos indivduos.

    Algumas matrias dos diplomas publicados sero oportunamente objecto de regulamentao, porm aceitmos o repto e produzimos este GUIA FISCAL DE ANGOLA 2015 que oferece uma smula dos principais impostos vigentes em Angola, com especial incidncia nos impostos sobre o rendimento (II - Imposto Industrial, IAC - Imposto sobre a Aplicao de Capitais e IRT Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho) e sobre o consumo

    (IC - Imposto de Consumo), sem esquecer o vetusto mas importante IS - Imposto de Selo.

    Sendo esta a primeira edio do GUIA FISCAL DE ANGOLA 2015 chamamos a ateno dos leitores para o facto de estarmos perante uma smula de informao, por isso mesmo de natureza genrica e meramente orientativa. A leitura deste documento tem de ser sempre acompanhada da respectiva legislao, sob pena de se extrarem concluses incorrectas, por falta de contextualizao ou porque entretanto ocorreram modificaes legislativas.

    Assim, a Equipa Fiscal da RCA Auditores | Consultores est inteiramente disponvel para vos apoiar na anlise de situaes, de natureza abstracta ou concreta, que facilitem a tomada de decises, no estrito respeito das regras tributrias vigentes em Angola.

    At breve,

    Luis Pereira RosaScio Executivo

    Editorial

  • 4Glossrio

    GLOSSRIO

    II Imposto Industrial

    IRT Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho

    IAC Imposto sobre a Aplicao de Capitais

    IPU Imposto Predial Urbano

    IC Imposto de Consumo

    IS Imposto de Selo

    AGT Administrao Geral Tributria

    EGC Estatuto dos Grandes Contribuintes

    CGT Cdigo Geral Tributrio

    DAR Documento de Arrecadao de Receitas

    RF Repartio Fiscal

    VP Valor Patrimonial

    DLI Documento Liquidao de Imposto

    TA Tributao Autnoma

    DR Demonstrao de Resultados

    VV Volume de Vendas

    NIF Nmero de Identificao Fiscal

    IF Instituies Financeiras

    PF Prejuzos Fiscais

    SS Segurana Social

    BNA Banco Nacional de Angola

    CMC Comisso de Mercado de Capitais

    DEMF Decreto Executivo do Ministro das Finanas

    UCF Unidades de Correco Fiscal

  • 5Imposto sobre os rendimentos do trabalho

    IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOSDO TRABALHO

    LEI N. 18/14 DE 22 DE OUTUBRO 1

    Incidncia e base do imposto

    Rendimentos por conta prpria ou por conta de outrem auferidos por pessoas singulares residentes ou no em Angola, obtidos por servios prestados a pessoas singulares ou colectivas residentes com domcilio, sede ou direco efectiva ou com estabelecimento estvel em Angola.

    No sujeio

    No esto sujeitos a IRT, designadamente:

    As gratificaes de fim de carreira devidas no mbito da relao jurdico-laboral;

    Os abonos para falhas, em montante que no ultrapassem o limite mximo estabelecido para funcionrios pblicos;

    Os subsdios de renda de casa at ao limite de 50% do valor do contrato de arrendamento, excludos os trabalhadores sujeitos ao regime renumeratrio da funo pblica;

    As compensaes pagas a trabalhadores por resciso contratual independentemente de causa objectiva, que no ultrapassem os limites mximos previstos na Lei Geral do Trabalho;

    Os subsdios dirios, os subsdios de representao, os subsdios de viagem e deslocaes atribudos aos funcionrios pblicos, que no ultrapassem os limites estabelecidos na legislao especfica;

    Os subsdios dirios de alimentao e transporte, atribudos a trabalhadores dependentes, que no fucionrios pblicos, at ao limite de Kz: 30.000 do seu valor global mensal;

    O reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentes de entidades sujeitas a II ou a outros regimes especiais de tributao, quando deslocados ao servio da entidade patronal, desde que devidamente documentadas;

    As gratificaes de frias e o subsdio de natal at ao limite de 100% do salrio base do trabalhador.

    Isenes

    Esto isentos de IRT, designadamente:

    Os rendimentos auferidos pelos agentes das misses diplomticas e consulares estrangeiras, desde que haja reciprocidade no tratamento;

    Os rendimentos auferidos por pessoal dos servios de organizaes internacionais, nos termos estabelecidos em acordos ratificados pelo rgo competente do Estado;

    Os rendimentos auferidos pelo pessoal ao servio das organizaes no governamentais, nos termos estabelecidos nos acordos com entidades nacionais, com o reconhecimento prvio por escrito da AGT;

    Os rendimentos auferidos pelos deficientes fsicos e mutilados de guerra, cujo grau de invalidez ou incapacidade seja igual ou superior a 50%, devidamente comprovada;

    Os rendimentos auferidos pelos cidados nacionais com idade superior a 60 anos derivados do trabalho por conta de outrem.

    1 Reviso e republicao do Cdigo do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho. Entrada em vigor no dia 1 Janeiro de 2015 - Revoga o Decreto Legislativo Presidencial n. 80/09, de 7 de Agosto.

  • 6Imposto sobre os rendimentos do trabalho

    GRUPOS DE TRIBUTAO

    GRUPO A GRUPO B GRUPO C

    Enquadramento

    Remuneraes percebidas por conta de outrem, pagas por entidade patronal por fora de vnculo laboral e os rendimentos dos trabalhado-res cujo vnculo de emprego se encontra regulado pelo regime da funo pblica.

    Remuneraes percebidas por trabalha-dores por conta prpria das actividades definidas em tabela anexa ao cdigo e os rendimentos auferidos por titulares de cargos de gerncia ou administrao ou por titulares de rgos sociais de sociedades.

    Remuneraes percebi-das pelo desempenho de actividades industriais e comerciais constantes da Tabela de Lucros Mnimos em vigor. 1

    Determinao da matria colectvel

    Constituda por todas as remuneraes expressas em dinheiro, ainda que auferidas em espcie, de natureza contratual ou no contratual, peridi-cas ou ocasionais, fixas ou variveis deduzidas das contribuies para a SS e das componentes remuneratrias no sujei-tas ou isentas de IRT.

    Quando pago por pessoa colectiva ou sin-gular com contabilidade organizada, constitu matria colectvel 70% do rendimento pago.

    Quando pago por pessoa colectiva ou singular sem contabilidade organizada, a matria colectvel apura-se com base nos registos disponveis sobre compras e vendas e servios prestados pelo sujeito passivo deduzido das despesas indispensveis for-mao do rendimento. 2 Caso o trabalhador por conta prpria no tenha contabilidade organizada, as despesas correspondem a 30% do rendimento bruto.

    A determinao da matria colectvel dos rendimentos titulares dos cargos de gerncia e administrao ou titulares de rgos sociais de sociedades feita nos termos estabeleci-dos para o grupo A.

    Aplica-se a Tabela de Lucros Mnimos. 1

    Caso o volume de factu-rao exceda 4 o valor mximo correspondente sua actividade na Tabe-la de Lucros Mnimos, a matria colectvel cor-responde ao VV de bens e servios no sujeitos reteno na fonte.

    Se se tratar de servios sujeitos a reteno na fonte, a matria colect-vel corresponde ao valor do servio.

    Rendimentos em espcie

    Acrescem aos rendimentos, para efeitos da determinao da matria colectvel, as remunera-es pagas em espcie.

    Taxas

    Aplicam-se as taxas constantes da tabela anexa ao cdigo. Rendi-mentos at Kz: 35.000 encontram-se isentos.

    Aplica-se a taxa nica de 15%.

    Aplica-se a taxa de 30%. Quando o volume de facturao exceda 4 o valor mximo para a sua actividade constante da Tabela de Lucros Mnimos, aplica-se a taxa de 6,5%. Aos servios prestados su-jeitos a reteno na fonte, aplica-se a taxa de 6,5%.

    Liquidao do imposto

    Efectuada pela entidade pagadora dos rendimen-tos numa base mensal.

    - Quando os rendimentos forem pagos por pessoa colectiva ou singular com contabilidade organizada, cabe entidade pagadora efectuar a reteno na fonte do imposto.

    - Pela entidade pagadora quando se reportem a rendimentos atribudos aos titulares de cargos de gerncia ou administrao ou titulares de rgos sociais de sociedades.

    - Nos restantes casos pelo contribuinte.

    Compete ao contribuinte a liquidao do imposto respeitante a rendimen-tos auferidos no ano anterior, excepto no que respeita a rendimentos sujeitos a reteno na fonte, caso em que compete entidade pagadora a liquidao do imposto.

  • 7Imposto sobre os rendimentos do trabalho

    GRUPOS DE TRIBUTAO

    GRUPO A GRUPO B GRUPO C

    Pagamento

    At ao final do ms seguinte ao do respec-tivo pagamento, na RF competente.

    - At ao final do ms seguinte ao do respectivo pagamento para rendimentos sujeitos a reteno na fonte;

    - At ao final do ms seguinte ao do pagamento quando se reportem a rendimentos atribudos aos titulares de cargos de gerncia ou administrao ou titulares de rgos sociais de sociedades.

    - At ao final do ms em que deve ser entregue a declarao anual de rendimentos quando compete ao titular dos rendimentos liquidar o imposto.

    - At o final do ms de Fevereiro quando compete ao titular dos rendimentos liquidar o imposto;

    - At ao final do ms seguinte ao do pagamento do rendimento, pela entidade pagadora, no caso dos rendimentos sujeitos a reteno na fonte.

    Obrigaes Declarativas

    - As entidades responsveis pela liquidao e entrega do imposto devem apresentar anualmente at o ms de Fevereiro a declarao Modelo 2.

    - Compete entidade empregadora a emisso de recibos mensais de remuneraes, devidamente assinados por representante da empresa, que comprovem as remuneraes pagas e as dedues efectuadas por conta do imposto.

    - Quando excedam 3 trabalhadores (ainda que isentos de IRT) devem processar todos os salrios em mapas de remuneraes mensais.

    - Os contribuintes que pretendam exercer as profisses anexas ao IRT devem proceder sua inscrio no Registo Geral de Contribuintes antes do incio de actividade na RF competente.

    - As entidades responsveis pela liquidao e entrega do imposto devem apresentar anualmente at o ms de Fevereiro a declarao Modelo 2.

    - Os titulares de rendimentos do grupo B, residentes em Angola devem entregar at ao final do ms de Maro, a declarao Modelo 1.

    - Os contribuintes que cessarem a actividade no decorrer do ano devem entregar declarao Modelo 3.

    - As entidades responsveis pela liquidao e entrega do imposto devem apresentar anualmente at o ms de Fevereiro a declarao Modelo 2.

    - Contribuintes que o volume de facturao ultrapasse 4x o valor mximo da Tabela de Lucros Mnimos para a sua actividade devem entregar at ao final do ms de Maro declarao modelo oficial a ser aprovada por Decreto Executivo do Ministro das Finanas.

    - Os contribuintes que cessarem a actividade no decorrer do ano devem entregar declarao Modelo 3.

    1 Decreto Lei n.15/09, de 7 de Agosto. 2 Renda de instalao, remunerao de pessoal permanente no superior a 3,consumo de gua, energia elctrica, entre outros.

  • 8Tabela taxas tributao Grupo A:

    Imposto sobre os rendimentos do trabalho

    RENDIMENTO (KZ) PARCELA FIXA (KZ) TAXA (%)

    At 34.450 Isento

    De 34.451 a 35.000 excesso de 34.450

    De 35.001 a 40.000 550 7% sobre o excesso de 35.000

    De 40.001 a 45.000 900 8% sobre o excesso de 40.000

    De 45.001 a 50.000 1300 9% sobre o excesso de 45.000

    De 50.001 a 70.000 1750 10% sobre o excesso de 50.000

    De 70.001 a 90.000 3750 11% sobre o excesso de 70.000

    De 90.001 a 110.000 5950 12% sobre o excesso de 90.000

    De 110.001 a 140.000 8350 13% sobre o excesso de 110.000

    De 140.001 a 170.000 12250 14% sobre o excesso de 140.000

    De 170.001 a 200.000 16450 15% sobre o excesso de 170.000

    De 200.001 a 230.000 20950 16% sobre o excesso de 200.000

    Mais de 230.001 25750 17% sobre o excesso de 230.000

    Conservao da informao contabilstica Informao e documentao deve ser organizada e conservada por um perodo de 5 anos.

    Caducidade da liquidao

    5 anos seguintes quele a que a matria colectvel respeite; ou

    10 anos quando o retardamento da liquidao tiver resultado de infraco.

    A contagem do prazo de caducidade conta-se a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributrio.

  • 9Imposto Industrial

    PESSOAS COLECTIVAS COM SEDE, DIRECO EFECTIVA OU ESTABELECIMENTO ESTVEL EM ANGOLA

    SUBJECTIVA OBJECTIVA

    Incidncia

    Pessoas colectivas, com sede ou direco efectiva em Angola.

    Pessoas colectivas, com sede ou direco efectiva no estrangeiro com estabelecimento estvel em Angola.

    Totalidade dos lucros obtidos imputveis ao exerccio de qualquer actividade de natureza comercial ou industrial, quer no pas, quer no estrangeiro.

    Lucros imputveis ao estabelecimento estvel situado em Angola, lucros imputveis s vendas obtidas no pas e pelos lucros imputveis a outras ac-tividades comerciais no pas, da mesma natureza, ou similar, das exercidas pelo estabelecimento estvel.

    Isenes e benefcios fiscais

    - Isenes e benefcios fiscais resultantes de acordo celebrado com o Estado Angolano mantm-se em vigor. 2

    - Fundaes, Associaes e Cooperativas devidamente legalizadas e com estatuto de utilidade pblica, podem ficar isentas de II at 5 anos, mediante parecer da AGT;

    - Companhias de navegao martimas ou areas, se, no seu pas de origem as companhias angolanas de igual objecto social gozarem da mesma prerrogativa.

    GRUPOS DE TRIBUTAO

    GRUPO A GRUPO B

    Enquadramento

    - Empresas pblicas e entes equiparados

    - Sociedades comerciais ou unipessoais de capital social igual ou superior a Kz: 2.000.000 ou com proveitos totais anuais de valor igual ou superior a Kz: 500.000.000;

    - Associaes, Fundaes e Cooperativas cuja actividade gere proveitos adicionais s dotaes e subsdios recebidos dos seus associados, cooperantes ou mecenas;

    - Sucursais de sociedades no residentes em Angola;

    - Qualquer contribuinte, por opo, desde que mencione a sua pretenso at ao final do ms de Fevereiro do ano a que o II respeite (mantendo-se no Grupo A por um perodo de 3 anos).

    - Todas os sujeitos passivos no abrangidos pelo grupo A;

    - Contribuintes que devam imposto somente pela prtica de alguma operao ou acto isolado3 de natureza comercial ou industrial.

    Obrigaes declarativas

    Apresentar anualmente no ms de Maio a declarao Modelo 1.4

    Apresentar anualmente no ms de Abril a declarao Modelo 1.4 e 5

    Conservao da informao contabilstica

    Informao contabilstica e fiscal deve ser organizada e conservada por um perodo de 5 anos.

    Lucro tributvel

    O lucro tributvel reporta-se ao saldo revelado pela conta de resultados do exerccio5 e consiste na diferena entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou gastos incorridos no exerccio, uns e outros, eventualmente corrigidos no mbito do cdigo do II.

    Proveitos ou ganhos

    Proveitos ou ganhos realizados no exerccio, os provenientes de quaisquer transaces ou operaes efectuadas pelos contribuintes em consequncia de uma aco normal ou ocasional, bsica ou meramente acessria deduzidos dos proveitos sujeitos a IPU e proveitos ou ganhos sujeitos a IAC6.

    Incluem-se neste mbito, designadamente as variaes patrimoniais positivas,com excepo das que decorrem de entradas de capital ou coberturas de prejuzos, efectuadas pelos titulares do capital ou crditos de impostos.

    IMPOSTO INDUSTRIALLEI N. 19/14 DE 22 DE OUTUBRO 1

  • 10

    Imposto Industrial

    GRUPOS DE TRIBUTAO

    GRUPO A GRUPO B

    Custos ou gastos

    Custos ou gastos imputveis ao exerccio que se revelem como indispensveis manuteno da fonte produtora ou realizao dos proveitos e ganhos sujeitos a imposto.

    Os gastos suportados com assistncia social so fiscalmente dedutveis quando se destinem a todos os trabalhadores da empresa de forma indiscriminada.

    Custos no aceites

    No so aceites como custos para efeitos fiscais, designadamente:

    - Os juros de emprstimos, sob qualquer forma, dos detentores do capital, ou de suprimentos ;

    - O II, IPU, IRT, IAC e as contribuies para a SS na parte que constitua encargo do trabalhador;

    - Multas e todos os encargos pela prtica de infraces de qualquer natureza;

    - Indemnizaes pagas pela ocorrncia de eventos cujo risco seja segurvel;

    - Custos de conservao e reparao de imveis arrendados considerados como custos no apuramento do IPU;

    - Correces da matria colectvel relativas a exerccios anteriores, bem como correces extraordinrias ao exerccio;

    - Seguros de vida e sade cujo benefcio no seja atribudo generalidade do pessoal.

    Tributaes autonmas7 (acrescidas ao lucro tributvel)

    Encargos no aceites como custo fiscal e objecto de TA por acrscimo ao lucro tributvel:

    - Os custos indevidamente documentados (quando documentao de suporte apenas identifica o adquirente) - TA de 2%;

    - Os custos no documentados (quando no existe documentao vlida de suporte mas em que a sua natureza materialmente comprovvel) - TA de 4%;

    - Os custos incorridos com despesas confidenciais (quando no existe documentao vlida de suporte e em que a sua natureza no materialmente comprovvel) - TA de 30% (agravada para 50% se o sujeito passivo for isento ou no sujeito a tributao em II);

    - Donativos e liberalidades em incumprimento das regras estabelecidas pela Lei do Mecenato - TA de 15%.

    Existncias

    Valores de existncias de materiais, produtos ou mercadorias so os que resultarem da aplicao de critrios valorimtricos reconhecidos pela tcnica contabilstica como vlidos. No so permitidas dedues aos custos das existncias a ttulo de depreciao, obsolncia ou possveis perdas de valor dos seus elementos a no ser que devidamente fundamentados e aceites pela AGT.

    Amortizaes8

    So aceites como custo ou perda do exerccio, at ao limite das taxas anuais fixadas, os encargos com reintegraes e depreciaes dos elementos do activo imobilizado corpreo e incorpreo sujeitos a deperecimento, a contar da data de entrada em funcionamento. O clculo das amortizaes deve fazer-se pelo mtodo das quotas constantes.

    No so aceites para efeitos fiscais, as amortizaes que, designadamente:

    - Sejam calculadas sobre bens do activo imobilizado no sujeitos a deperecimento;

    - Excedam as taxas limite e perodos de vida til estabelecidos;

    - No caso de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, sejam calculadas sobre a parte do custo inicial ou revalorizado que exceda os Kz: 7.000.000;

    - Calculadas sobre barcos de recreio e avies ou helicpteros e de todos os encargos com estes relacionados, excepto se estiverem afectos explorao de servios de transporte ou se destinarem a ser alugados no exerccio da actividade normal da empresa;

    - No estejam inscritos e devidamente justificados nos mapas de amortizaes que devem acompanhar a declarao de rendimentos (Modelo 1 do II);

    - Sejam calculadas sobre imveis na parte correspondente ao valor do terreno (se no definido, o valor do terreno, fixado em 20% do valor global).

  • 11

    Imposto Industrial

    GRUPOS DE TRIBUTAO

    GRUPO A GRUPO B

    Provises

    So aceites como custo ou perda do exerccio as provises que:

    - se destinarem a ocorrer a obrigaes e encargos derivados de processos judiciais9;

    - tiverem por fim a cobertura de crditos de cobrana duvidosa9;

    - se destinarem a cobrir a perda de valor das existncias.

    Prejuzos fiscais

    Dedutveis matria colectvel em um, ou mais, dos 3 anos posteriores. 10

    Reinvestimen-to de reservas

    Os lucros levados a reservas de reinvestidos que num perodo de 3 exerccios seja reinvestido em instalaes ou equipamentos novos, afectos actividade produtiva ou administrativa do contribuinte, podem ser deduzidos, matria colectvel dos 3 anos imediatos ao da concluso do investimento, at metade do seu valor, no sendo prolongvel este perodo de deduo. Para o efeito, dever ser entregue um requirimento AGT at ao final do ms de Fevereiro do ano seguinte concluso do reinvestimento.

    Preos de transferncia11

    A AGT pode efetuar correces matria colectvel sempre que,em virtude de relaes especiais tenham sido estabelecidas condies diferentes das que seriam normalmente acordadas entre pessoas independentes.

    Contribuintes com proveitos anuais superiores a Kz: 7.000.000.000 devem preparar dossier em que caracterizem as relaes e preos praticados com as sociedades com as quais possuam relaes especiais at 6 meses depois da data de encerramento do exerccio fiscal.

    Neutralidade fiscal

    A fuso ou ciso por incorporao de sociedades sujeitas a II e classificadas como grandes contribuintes ao abrigo do EGC11 fiscalmente neutra desde que:

    - Os elementos patrimoniais objecto de transferncia sejam registados na contabilidade da sociedade beneficiria, ou da nova sociedade, pelos mesmos valores que tinham na contabilidade das sociedades fundidas ou cindidas, mantendo-se os respectivos valores e antiguidades fiscais;

    - Os valores relativos a elementos patrimoniais transferidos respeitem as disposies da legislao de carcter fiscal;

    - As amortizaes e reintegraes mantenham o mesmo regime que vinha a ser seguido nas sociedades fundidas ou cindidas;

    - As provises que forem transferidas mantenham o mesmo tratamento fiscal.

    - Possibilidade de deduo de PF das sociedades fundidas ou cindidas, caso a sociedade subsistente, ou a nova sociedade apresente lucros tributveis nos 6 exerccios posteriores a que os mesmos se reportam, mediante autorizao prvia obtida atravs de apresentao de requerimento AGT, at ao fim do ms seguinte ao do registo da fuso ou ciso na Conservatria do Registo Comercial.

    Liquidao pro-visria (releva na liquidao definitiva, deduzindo-se colecta final)

    - Deve ser efectuada autoliquidao provisria e pagamento de imposto at ao final do ms de Agosto mediante a aplicao de uma taxa de 2% sobre o volume total das vendas nos primeiros 6 meses do exerccio (exclu prestao de servios).

    No ano de incio de actividade no devido o pagamento provisrio.

    - Deve ser efectuada autoliquidao provisria e pagamento de imposto at ao final do ms de Julho, mediante a aplicao de uma taxa de 2% sobre o volume total das vendas nos primeiros 6 meses do exerccio (exclu prestao de servios).

    No ano de incio de actividade no devido o pagamento provisrio.

    No caso de entidades supervisionadas pelo BNA, pela entidade de superviso de seguros, ou jogos, ou pela CMC a base de clculo corresponder ao total do resultado derivado de operaes de intermediao financeira ou dos prmios de seguro e resseguro e dos jogos, respectivamente apurados nos primeiros 6 meses do exercio fiscal anterior, excludos os proveitos sujeitos a IAC.

  • 12

    Imposto Industrial

    GRUPOS DE TRIBUTAO

    GRUPO A GRUPO B

    Reteno na fonte(releva na liquidao definitiva, deduzindo-se colecta final)

    As prestaes de servios esto sujeitas a reteno na fonte taxa de 6,5%, cuja entrega deve ser efectuada at o final do ms seguinte 12.

    O pagamento do imposto provisrio e releva na liquidao definitiva, deduzindo-se colecta final do contribuinte. Com a entrega da Modelo 1 caso seja apurado imposto inferior ao imposto pago provisoriamente, esse crdito deve ser abatido colecta do exerccio seguinte e assim sucessivamente. As transaces efectuadas entre entidades relacionadas, nos termos EGC, encontram-se sujeitas a este regime.

    No esto sujeitos a reteno na fonte, os servios relacionados com Ensino, jardins-de-infncia, lactrios-barrios e estabelecimentos anlogos a estes, servios de assistncia mdico-sanitria e operaes conexas efectuadas por clnicas, hospitais e similares, quaisquer servios, cujo valor integral da prestao no ultrapasse Kz: 20.000, transportes de passageiros, locao de mquinas ou equipamentos que, pela sua natureza dem lugar ao pagamento de royalties e servios de intermediao financeira e seguradoras, de hotelaria e similiares,de telecomunicaes.

    Taxas

    A taxa de II de 30%. 5 e 13

    Aos rendimentos provenientes exclusivamente de actividades de exploraes agrcolas, aqucolas, avcola, pecurias, piscatrias e silvcolas aplica-se a taxa de 15%.A taxa de II pode tambm ser reduzida no mbito de projectos de investimento devidamente licenciados.

    Liquidao definitiva

    Efectua-se em simultneo com a entrega da declarao Modelo 1 at dia 31 de Maio.

    Efectua-se em simultneo com a entrega da declarao Modelo 1 at dia 30 de Abril.

    Caducidade da liquidao:

    5 anos seguintes quele a que a matria colectvel respeite; ou 10 anos quando o retardamento da liquidao tiver resultado de infraco.A contagem do prazo conta-se a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributrio.

    1 Revogado o Decreto Legislativo Presidencial n. 35/72, de 29 de Abril, a Lei n. 18/92, de 3 de Julho, a Lei n. 7/97, de 10 de Outubro e a Lei n.5/99, de 6 de Agosto. O Cdigo do II entra em vigor a 1 de Janeiro de 2015.

    2 Isenes e benefcios fiscais devem constar obrigatoriamente de documento escrito emitido pelas autoridades pblicas.3 Entende-se qualquer actividade comercial ou industrial que, de forma contnua ou interpolada, no tenha durao superior a

    180 dias num exerccio fiscal.4 Em conjunto com a Modelo 1, os contribuintes do Grupo A e B tem obrigatoriamente que apresentar a DR por natureza,

    Balano e Balancete do Razo e Geral Analtico , antes e depois dos lanamentos de rectificao ou regularizao e apuramento dos resultados do exerccio assinados pelo contabilista, e Relatrio tcnico elaborado pelo contabilista.

    5 Regime Transitrio (artigo 5. da Lei n. 19/14 de 22 de Outubro): Os contribuintes do grupo B que no disponham de contabilidade organizada, ficam obrigados a apresent-la, a partir do ano fiscal de 2017, sendo at ao ano anterior tributados por critrios presuntivos, nomeadamente, pelo VV de bens e servios prestados, mediante apresentao da Modelo 2. A taxa de Il a aplicar aos contribuintes abrangidos por este regime de 6,5%, a que acresce o pagamento de Kz: 500.000. A partir do ano fiscal de 2017, no cumprindo com os critrios acima, os contribuintes ficam sujeitos a suspenso do NIF.

    6 Excepto rendimentos das IF ou entidades simlares que estejam sujeitas a IAC e dele isentos.7 O Regime de TA entra em vigor a 1 Janeiro de 2017.8 Aplica-se a bens do activo que entrem em funcionamento aps 1 de Janeiro de 2015. Note-se que no caso de bens

    do activo imobilizado incorpreo sujeitos a deperecimento podem ser amortizados pelo perodo de vida esperada. Os programas informticos desenvolvidos internamente so amortizados fiscalmente por perodo de 3 anos.

    9 Taxas e limites de provises sero publicadas 90 dias aps a entrada em vigor do cdigo do II.10 No so dedutveis aos lucros de actividades sujeitas ao regime geral ou matria colectvel do contribuinte de perodos

    posteriores ao fim do perodo de iseno, os PF verificados em exerccios ou actividades nos quais beneficiou de iseno ou reduo de taxa.

    11 Decreto Presidencial n. 147/13 de 1 Outubro, define o EGC. Nos artigos 11. a 13. do EGC so definidas as regras de Preos de Transferncia para os grandes contribuintes.

    12 Entrada em vigor em 1 Janeiro de 2015.13 A taxa de Imposto industrial de 30% aplica-se ao exerccio fiscal de 2014 e seguintes.

  • 13

    Imposto Industrial

    PESSOAS COLECTIVAS QUE NO TENHAM SEDE, DIRECO EFECTIVA NEM ESTABELECIMENTO ESTVEL EM ANGOLA

    SUBJECTIVA OBJECTIVA

    IncidnciaPessoas colectivas sem sede ou direco efectiva em Angola e sem estabelecimento estvel no pas.

    Incide sobre a prestao de servios de forma acidental a favor de entidades com sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel em Angola.

    Definio de servios acidentais

    Entende-se por acto isolado de natureza comercial ou industrial a realizao de qualquer actividade comercial ou industrial, que de forma contnua ou interpolada, no tenha durao superior a 180 dias durante um exerccio fiscal.

    Matria colectvel

    constituda pelo valor global do servio prestado.

    Taxa Incide a taxa de 6,5% a ttulo de reteno na fonte com carcter liberatrio.

    Responsabilidade da liquidao

    A entidade contratante ou pagadora realiza a reteno na fonte no acto do pagamento, devendo entregar o imposto retido, at ao final do ms seguinte quele a que respeite o pagamento.

  • 14

    Imposto predial urbano

    PRDIOS URBANOS2 ARRENDADOS PRDIOS URBANOS2 NO ARRENDADOS

    Incidncia

    Incide sobre o valor da respectiva renda.

    Imposto devido pelos titulares do direito aos rendimentos dos prdios.

    Incide sobre a sua deteno, atravs do VP.

    Isenes

    - Estado, institutos pblicos e associaes que gozem do estatuto de utilidade pblica;

    - Estados estrangeiros, quanto aos imveis destinados s respectivas representaes diplomticas ou consulares, quando haja reciprocidade3;

    - Instituies religiosas legalizadas, quanto aos imveis destinados exclusivamente ao culto3.

    Matria colectvel

    Rendas4 efectivamente recebidas em cada ano, lquidas de 40% correspondentes a despesas5 relacionadas com o imvel.

    VP correspondente ao maior dos seguintes valores: valor da avaliao6 ou valor pelo qual o imvel tenha sido alienado.

    Taxa 25% (com o mnimo de 1% sobre o VP).

    VP inferior ou igual a Kz: 5.000.000 - 0%

    VP superior a Kz: 5.000.000 - 0,5% (sobre o excesso)

    Obrigaes declarativas

    Apresentao pelo contribuinte da declarao Modelo 1 no ms de Janeiro de cada ano, em separado para cada prdio, com indicao das rendas convencionadas e as efectivamente recebidas no ano anterior, com descriminao dos correspondentes encargos.7

    No caso dos prdios que se encontrarem devolutos, no todo ou em parte, os titulares dos rendimentos devero participar o facto, no prazo de 15 dias, Repartio da Fazenda competente.

    N/A

    Obrigaes acessrias

    Os senhorios so obrigados a apresentar, na respectiva repartio da fazenda, dentro de 10 dias a contar da sua celebrao, em trs exemplares, os escritos particulares de arrendamento de prdios ou parte de prdios.

    N/A

    Reteno na fonte

    Arrendatrios com contabilidade organizada, incluindo organismos pblicos e qualquer pessoa singular ou colectiva , de direito pblico ou privado devem deduzir ao pagamento o valor correspondente ao IPU taxa de 15%.8

    O IPU deve ser entregue at ao 30. dia do ms aquele a que respeita a reteno mediante preenchimento de um DLI.

    N/A

    IMPOSTO PREDIAL URBANODIPLOMA LEGISLATIVO N.4.044 DE 13 DE OUTUBRO DE 19701

  • 15

    Imposto predial urbano

    1 Diploma Legislativo N.4.044 de13 de Outubro de 1970, alterado por Diploma Legislativo n. 4183, de 20 de Dezembro de 1971, por Lei n.18/77, de 7 de Outubro, por Lei n.6/96, de 19 de Abril, e por Lei n.18/11, de 21 de Abril.

    2 Para efeito de IPU, prdio urbano toda a fraco de territrio, edifcios e construes, susceptvel, em circustncias normais, de produzir rendimento e esteja afecto a quaisquer fins que no sejam a agricultura, silvicultura ou pecuria.

    3 Iseno reconhecida por despacho da AGT, a requerimento das entidades interessadas e aps parecer favorvel do Ministrio das Relaes Exteriores e do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, respectivamente.

    4 A renda corresponde a tudo o que o senhorio receber do arrendatrio inclusive o que for pago pelo aluguer de maquinismos e mobilirios dos estabelecimentos fabris e comerciais instalados no prdio, pelo arrendamento de casas mobiladas, o preo da cedncia da explorao de estabelecimentos mercantis ou industriais e as importncias recebidas de quem utiliza quaisquer prdios para publicidade ou outros fins especiais.

    5 As despesas elegveis, resultam de encargos com assistncia tcnica e energia para elevadores, monta-cargas e elevao de gua, retribuio de porteiros e pessoal de limpeza, iluminao de vestbulos e escadas, climatizao central, a administrao de propriedade horizontal quando o nmero de condminos no for inferior a dez e prmio de seguro dos prdios.

    6 Avaliao do imvel efetuada pela RF da situao do imvel, com base em tabelas revistas e publicadas anualmente. O VP consta em cadernetas do Modelo 2 autenticadas pelo secretrio da Fazenda.

    7 Caso as rendas efectivamente recebidas no coincidam com as convencionadas, devero os declarantes justificar as divergncias existentes e provar documentalmente os motivos alegados, se a Repartio de fazenda o julgar necessrio.

    8 Aplicando a taxa de 25% ao valor da renda deduzido de 40% a ttulo de despesas.

    PRDIOS URBANOS2 ARRENDADOS PRDIOS URBANOS2 NO ARRENDADOS

    Liquidao definitiva

    Quando no haja lugar a liquidao do imposto por reteno na fonte, o IPU deve ser pago em duas parcelas iguais com vencimento em Janeiro e Julho.

    Quando for exigvel a reteno na fonte e o arrendatrio no proceda reteno, o imposto devido pelo arrendatrio e pago em duas prestaes iguais, em Julho e Outubro.

    IPU pago em duas parcelas iguais com vencimento em Janeiro e Julho (pode ser feito em 4 parcelas mediante indicao expressa no Modelo 6 a entregar at Julho do ano anterior).

    Prdios omis-sos da matriz da repartio de finanas

    Quando a avaliao de prdio omisso se torne definitiva, liquidar-se- imposto por todo o tempo durante a qual a omisso se tenha verificado, com o limite mximo dos cinco anos civis imediatamente anteriores ao lanamento.

  • 16

    Imposto de consumo

    Incidncia objectiva

    Incide sobre a produo ou transmisso de bens e servios.

    Incidncia subjectiva

    Pessoas singulares, colectivas ou outras entidades que:

    - Pratiquem operaes de produo, fabrico ou transformao de bens;

    - Procedam a arrematao ou venda em hasta pblica de bens;

    - Procedam a importao de bens;

    - Forneam servios sobre o qual incida este imposto.

    Encargo do Imposto

    O Imposto constitui encargo dos adquirentes dos bens ou servios sujeitos a IC.

    No sujeio

    No se encontram sujeitas a este imposto a produo de:

    - Produtos agrcolas e pecurios no transformados;

    - Produtos primrios de silvicultura;

    - Produtos de pesca no transformados;

    - Produtos minerais no transformados.

    Isenes

    - Os bens exportados, quando a exportao seja feita pelo prprio produtor ou entidade vocacionada para o efeito;

    - Os bens manufacturados em resultado de actividades desenvolvidas por processos artesanais;

    - As matrias-primas e os materiais subsidirios, incorporados no processo de fabrico, os bens de equipamento e peas sobressalentes, desde que devidamente certificados pelo respectivo Ministrio que superintende e da declarao de exclusividade;

    - Os animais destinados procriao mediante informao dos servios de veterinria, na qual sejam considerados como podendo contribuir para o melhoramento e progresso da produo nacional.

    - Os bens importados pelas Organizaes Internacionais;

    - Os bens importados pelas misses diplomticas e consulares, sempre que se verifique reciprocidade de tratamento;

    - Servios de locao, consultoria, fotogrficos, segurana privada, turismo e viagens2, gesto de estabelecimentos comerciais, refeitrios, dormitrios, imveis e condomnios, entre outros, quando adquiridos e destinados exclusivamente a misses diplomticas, consulares e organizaes internacionais acreditadas em Angola, desde que estas entidades estejam clara e inequivocamente identificadas na factura ou documento equivalente;

    - Servios de locao, consultoria, fotogrficos, segurana privada, turismo e viagens2, gesto de estabelecimentos comerciais, refeitrios, dormitrios, imveis e condomnios, entre outros, quando resultem de negcios jurdicos em que figurem como adquirente a sociedade investidora petrolfera, nacional ou estrangeira, que pratiquem operaes petrolferas, exclusivamente, nas reas de concesso em fase de pesquisa ou desenvolvimento, at a data da primeira produo comercial. Esta iseno depende sempre da emisso de um Certificado de Iseno emitido pela AGT. Deve ser entregue ao prestador do servio, cpia autenticada do Certificado de Iseno.

    Exigibilidade do imposto

    - Na produo, no momento em que os bens so postos disposio do adquirente;

    - Nas importaes, no momento de desembarao alfandegrio;

    - Na arrematao ou venda, no momento em que tais actos so praticados;

    - No consumo de gua e energia, no momento da sua liquidao;

    - Nos servios de gua e energia e nas prestaes de servios, no momento da sua liquidao.

    IMPOSTO DE CONSUMODECRETO LEGISLATIVO PRESIDENCIAL N. 3-A/14 DE 21 DE OUTUBRO1

  • 17

    Imposto de consumo

    Momento da liquidao

    - Quando competir aos produtores, fornecedores de bens ou prestadores de servios, no acto do procedimento das facturas ou documentos equivalentes;

    - Quando competir aos servios de arrematao ou venda, no momento em que for efectuado o pagamento ou, se for parcial, no do primeiro pagamento;

    - Quando competir aos servios aduaneiros, no acto do desembarao alfandegrio;

    - Quando competir RF, logo que efectuada a fixao do imposto.

    - No caso de servios de locao, consultoria, fotogrficos,segurana privada, turismo e viagens2, gesto de estabelecimentos comerciais, refeitrios, dormitrios, imveis e condomnios, entre outros, prestados s sociedades investidoras petrolferas, que no gozem de iseno, competindo entidade prestadora a liquidao do imposto no momento da emisso da factura ou documento equivalente. A sociedade investidora petrolfera deve cativar o valor correspondente ao Imposto no momento do pagamento.

    Entrega do Imposto

    A entrega do Imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes efectivamente pagas, efectuada pelas entidades obrigadas a liquidar o Imposto ou pelas sociedades investidoras petrolferas quando respeite a servios de locao, consultoria, fotogrficos,segurana privada, turismo e viagens2, gesto de estabelecimentos comerciais, refeitrios, dormitrios, imveis e condomnios, entre outros, que lhe forem prestados, at ao ltimo dia til de cada ms.

    A inobservncia da obrigao de entrega do Imposto pelas sociedades investidoras petrolferas implica a no-aceitao do custo como dedutvel para efeitos de determinao do rendimento tributvel em sede dos respectivos impostos sobre o rendimento a que estejam sujeitas.

    Valor tributvel

    - Para os bens produzidos no pas, o preo de custo porta do armzem;

    - Para os bens importados, o valor aduaneiro;

    - Nas arremataes ou vendas, o valor porque tiverem sido efectuadas;

    - No consumo de gua e energia e nas prestaes de servios, o preo pago.

    Taxa A taxa deste imposto de 10%, excepto os casos previstos nas tabelas anexas ao cdigo.

    Obrigaes declarativas

    Dever ser entregue at ao ltimo dia de cada ms, declarao conforme modelo oficial, devendo nela constar informao relativa ao volume de operaes e servios realizados no ms anterior em que foi liquidado IC na factura ou documento equivalente.

    Para os sujeitos passivos que pratiquem operaes de produo, fabrico ou transformao de bens, estes devero apresentar, em conjunto com a declarao Modelo D, um mapa onde conste as (i) quantidades produzidas, (ii) quantidades vendidas com indicao dos respectivos compradores, (iii) quantidades exportadas e as (iv) quantidades existentes em armazm no fim de cada ms e que transitam para o ms seguinte.

    Requisitos da facturao

    Para cada uma das operaes tributveis realizadas ser obrigatrio a emisso de factura ou documento equivalente, nos termos do do previsto no Regime Jurdico das Facturas e Documentos Equivalentes.

    Organizao contabilidade

    A contabilidade dos sujeitos passivos deste imposto deve estar organizada de forma a possibilitar o conhecimento claro e inequvoco dos elementos necessrios ao correcto clculo do imposto, a permitir o seu controlo imediato e a evidenciar o cumprimento das regras de facturao.

    Simultaneamente, obrigatrio o registo no prazo de 30 dias, em livro prprio, com referncia a cada bem e em relao a cada ms das: (i) quantidades produzidas, (ii) quantidades vendidas com indicao dos respectivos compradores, (iii) quantidades exportadas e (iv) as quantidades existentes em armazm no fim de cada ms e que transitam para o ms seguinte.

    Caducidade da liquidao

    5 anos seguintes quele a que a matria colectvel respeite; ou

    10 anos quando o retardamento da liquidao tiver resultado de infraco.

    A contagem do prazo de caducidade conta-se a partir da data em que o facto ocorreu.

    1 Revogado o Decreto n. 41/99, de 10 de Dezembro, com as alteraes introduzidas pelo Decreto Legislativo n.7/11, de 30 de Dezembro, o Decreto n.29/02 de 21 de Maio e o Decreto Executivo n.333/13, de 8 de Outubro.

    2 Promovidos por agncias de viagens ou operadores tursticos equiparados.

  • 18

    Imposto de selo

    PRINICIPAIS FACTOS SUJEITOS A IS TAXA/VALOR

    Aquisio onerosa ou gratuita do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito, sobre imveis, bem como a resoluo, invalidade ou extino, por mtuo consenso, dos respectivos contratos - Sobre o valor:

    0,3%

    Arrendamento e subarrendamento:Sobre o valor, aumento da renda ou prorrogao do contrato de arrendamento e subarrendamento para fins habitacionais.

    0,1%

    Sobre o valor, aumento da renda ou prorrogao do contrato de arrendamento e subarrendamento destinados a estabelecimento comercial, industrial, exerccio de profisso em regime independente.

    0,4%

    Cheques de qualquer natureza, passados em territrio Angolano - Por cada dez: Kz: 100

    Actos societrios: Na constituio ou aumento de capital de sociedade, bem como no aumento do activo, sobre o valor real dos bens de qualquer natureza entregues ou a entregar pelos scios aps deduo das obrigaes assumidas e dos encargos pela sociedade em consequncia de cada entrada

    0,1%

    Na transformao em sociedade, associao ou pessoa colectiva que no seja sociedade de capitais, sobre o valor real dos bens de qualquer natureza pertecente sociedade data de transformao aps deduo das obrigaes e encargos que onerem nesse momento.

    0,1%

    Garantias das obrigaes, qualquer que seja a sua natureza ou forma, designadamente o aval, a cauo, a garantia bancria autnoma, a fiana, a hipoteca, o penhor e o seguro cauo, salvo quando materialmente acessrias de contratos especialmente tributados na presente tabela considerando-se como tal as que sejam constitudas no mesmo dia do contrato constitutivo da obrigao garantida ainda que em instrumentos ou ttulo diferente, ou, no caso de penhor de bens futuros desde que o mesmo seja inscrito no contrato principal sobre o respectivo valor, em funo do prazo, considerando-se sempre como nova operao a prorrogao do prazo do contrato:

    Entre 0,1% e 0,3%

    Marcas e patentes sobre o registo unitrio: Kz: 3.000

    Operaes aduaneiras:

    Sobre o valor aduaneiro da importao: 1%

    Sobre o valor aduaneiro das exportaes: 0,5%

    Pela utilizao de crditos, sob a forma de fundos, mercadorias e outros valores em virtude da concesso de crdito a qualquer ttulo, incluindo a cesso de crditos, o factoring e as operaes de tesouraria quando envolvam qualquer tipo de financiamento, considerando-se em caso de prorrogao do prazo do contrato, que o imposto recalculado em funo da durao total do contrato e deduzido do montante anteriormente liquidado sobre o respectivo valor, em funo do prazo:

    - Crdito de prazo igual ou inferior a um ano: 0,5%

    - Crdito de prazo superior a um ano: 0,4%

    - Crdito de prazo igual ou superior a cinco anos: 0,3%

    - Crdito utilizado sob a forma de conta corrente, descoberto bancrio ou qualquer outra forma em que o prazo de utilizao no seja determinado ou determinvel, sobre a mdia mensal obtida atravs da soma dos saldos em dvida apurados diariamente, durante o ms dividido por 30:

    0,1%

    - Crditos habitao sobre o valor: 0,1%

    IMPOSTO DE SELODECRETO LEGISLATIVO PRESIDENCIAL N. 3/14 DE 21 DE OUTUBRO1

    Incidncia

    O imposto incide sobre todos os actos, contratos, documentos, ttulos, livros, papis, operaes e

    outros factos previstos na Tabela do IS.

  • 19

    Imposto de selo

    PRINICIPAIS FACTOS SUJEITOS A IS TAXA/VALOR

    Operaes realizadas por ou com intermediao de instituies de crdito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas legalmente equiparadas a quaisquer outras instituies financeiras sobre o valor cobrado:

    - Juros por, designadamente, desconto de letras e por emprstimos, por contas de crditos e por crditos sem liquidao:

    0,2%

    - Prmios e juros por letras tomadas, de letras a receber por conta alheia, de saques emitidos sobre ou de qualquer transferncia:

    0,5%

    - Comisses por garantias prestadas: 0,5%

    - Outras comisses e contraprestaes por servios financeiros, incluindo as comisses pela angariao de crditos e garantias intermediadas por entidades no financeiras:

    0,7%

    Saque sobre o estrangeiro, guias emitidas, ouro e fundos pblicos ou ttulos negociveis vendidos, sobre o respectivo valor:

    1%

    Ttulos da dvida pblica emitidos por governos estrangeiros, quando sejam postos venda no pas sobre o valor nominal:

    0,5%

    Cmbio de notas em moeda estrangeiras, converso de moeda nacional em moeda estrangeira a favor de pessoas singulares:

    0,1%

    Operaes de locao financeira de bens imveis sobre o montante da contraprestao: 0,3%

    Operaes de locao financeira e operacional de bens mveis corpreos integrando a manuteno e assistncia tcnica sobre o montante da contraprestao:

    0,4%

    Letras sobre o respectivo valor, com o mnimo de 100 Kz: 0,1%

    Livranas sobre o respectivo valor, com o mnimo de 100 Kz: 0,1%

    Ordens e escritos de qualquer natureza, com excluso dos cheques, nos quais se determine o pagamento ou a entrega de dinheiro com clusulas ordem ou disposio, ainda que sob a forma de correspondncia sobre o respectivo valor, com o mnimo de 100 Kz:

    0,1%

    Recibo de quitao pelo efectivo recebimento de crditos resultantes do exerccio da actividade comercial ou industrial, em dinheiro ou em espcie, com excepo dos resultantes exclusivamente do arrendamento habitacional feito por pesssoas singulares:

    1%

    Trespasse ou cesso para explorao de estabelecimento comercial, industrial ou agrcola sobre o seu valor :

    0,2%

    1 Revogado Decreto Legislativo Presidencial n. 6/11, de 30 de Dezembro

  • 20

    Imposto de selo

    Isenes

    So isentos de IS, entre outros:

    Os crditos relacionados com exportaes, quando devidamente documentados com os respectivos despachos aduaneiros;

    Nos juros, comisses e contraprestaes devidas no mbito dos contratos de financiamento destinados ao crdito habitao;

    As comisses cobradas em virtude da subscrio, depsito ou resgate de unidades de participao em fundos de investimento, bem como as que constituem encargos de penses;

    As operaes incluindo os respectivos juros, por prazo no superior a um ano, desde que exclusivamente destinadas cobertura de carncias de tesouraria, quando realizadas por detentores de capital social a entidades nas quais detenham directamente uma participao no capital no inferior a 10% e desde que esta tenha permanecido na sua titularidade durante um ano consecutivo;

    Os emprstimos com caractersticas de suprimentos, incluindo os respectivos juros efectuados por scios sociedade em que seja estipulado um prazo inicial no inferior a um ano e no sejam reembolsados antes de decorrido esse prazo;

    As operaes de gesto de tesouraria entre sociedades em relao de grupo;

    A transmisso de imveis, no mbito de processos de fuso, ciso ou incorporao, desde que necessrios e previamente autorizados pela AGT;

    As transmisses gratuitas de direito de propriedade que se operam entre pais e filhos.

    As situaes de iseno so averbadas no documento ou ttulo, mediante indicao da disposio legal que a prev.

    Obrigaes Declarativas Os sujeitos pasivos de IS so obrigados a apresentar anualmente declarao discriminativa do IS liquidado at ao ltimo dia til do ms de Maro do ano seguinte.

    Caducidade da liquidao

    5 anos seguintes quele a que a matria colectvel respeite; ou

    10 anos quando o retardamento da liquidao tiver resultado de infraco.

    A contagem do prazo de caducidade conta-se a partir da data em que o facto ocorreu.

  • 21

    Imposto sobre apLicaes de capitais

    mbito Rendimentos provenientes da simples aplicao de capitais (dividem-se em seco A e seco B).

    Sujeito passivo

    Titular dos rendimentos (sem prejuzo da sua exigncia a outras entidades previstas no cdigo do IAC).

    RENDIMENTOS DA SECO A: RENDIMENTOS DA SECO B:

    Tipo de rendi-mento e taxas

    15%

    - Juros dos capitais mutuados, em dinheiro ou gneros qualquer que seja a forma por que o mtuo se apresente;

    - Rendimentos provenientes dos contratos de abertura de crdito;

    - Rendimentos originados pelo diferimento no tempo de uma prestao ou pela mora no pagamento ainda que auferidos a ttulo indeminizatrio ou clasula penal,estipulados no contrato.

    - Letras e livranas so consideradas como ttulos de colocao de capitais salvo quando o interessado ilida tal facto (excepto quando o sacador ou sacado seja comerciante no acto do saque, sendo consideradas como meros ttulos de pagamento, quando delas conste que provm de transaces comerciais).

    5% - Indemnizao ou outras remuneraes

    atribudas pela suspenso da actividade;

    10%

    - Lucros de qualquer natureza, espcie ou designao atribudos aos scios ou accionistas de sociedades comerciais ou civis sob forma comercial2;

    - Repatriamento dos lucros imputveis a estabelecimento estvel de no residente em Angola2;

    - Importncias ou quaisquer valores atribudos a scios de sociedades cooperativas;

    - Juros das obrigaes, ou prmios de amortizao ou reembolso 3;

    - Juros de suprimentos;

    - Lucros por comerciante participar nos seus negcios;

    - Emisso de aes com reserva de preferncia 4;

    - Royalties 5;

    - Juros de depsitos a ordem e de depsitos a prazo;

    - Juros, prmios e amortizao dos Bilhetes de Tesouro, Obrigaes de Tesouro;

    - Juros, prmios e amortizao dos Ttulos do Banco Central 3;

    - Saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias realizadas com a alienao de participaes sociais 6.

    15%

    - Juros apurados em conta corrente;

    - Prmios de jogo de fortuna ou azar, rifas, lotarias ou apostas;

    - Outros rendimentos derivados da simples aplicao de capitais no enquadrveis na seco A.

    Conta-gem dos rendi-mentos

    A contagem dos rendimentos sujeitos a IAC feita dia a dia.

    A contagem dos rendimentos sujeitos a IAC feita dia a dia (excepto no caso de rendimentos dos lucros que, tendo sido atribudos aos scios, por eles no sejam levantados at ao fim do ano da respectiva atribuio, caso que a contagem se inicia em 1 de Janeiro do ano seguinte).

    Presun-o da taxa de juro

    Nos mtuos e aberturas de crdito presume-se que vencem juros taxa anual de 6% (se outra mais elevada no constar do ttulo constitutivo ou no tiver sido declarada). Quanto ao momento de vencimento, os juros presumem-se vencidos desde a data do contrato (nos mtuos) ou desde a data de utilizao (nas aberturas de crdito) 7.

    A presuno no se aplica aos emprstimos efectuados por organismos corporativos nem aos crditos litigiosos em que tenha existido julgamento final da causa.

    N/A

    2/3

    IMPOSTO SOBRE APLICAES DE CAPITAISDECRETO LEGISLATIVO PRESIDENCIAL N. 2/14 DE 20 DE OUTUBRO1

  • 22

    RENDIMENTOS DA SECO A: RENDIMENTOS DA SECO B:

    Sujeio a IAC

    - Rendimentos gerados em Angola 8; ou

    - Atribudos a pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras que tenham residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel em Angola ao qual os rendimentos sejam imputveis.

    - Rendimentos sejam pagos ou recebidos por uma pessoa singular ou colectiva com domcilio, sede ou direco efetiva em Angola; ou

    - Rendimentos sejam postos disposio ou sejam atribudos atravs de um estabelecimento estvel em Angola;

    Exigibilidade do imposto

    - Momento em que os rendimentos comeam a vencer-se ou se presume o seu vencimento.

    - Nas aberturas de crdito consideram-se utilizadas na totalidade sempre que, segundo as clasulas do contrato, os levantamentos possam fazer-se independentemente de escritura ou instrumento notarial.

    - Para crditos que no verifiquem as condies de exigncia de imposto descritas anteriormente, a sujeio a imposto comea a partir da data em que o credor ou devedor, fixe residncia em Angola.

    - Atribuio efectiva dos rendimentos ou presuno da sua existncia;

    - Nos suprimentos, abonos e lucros atribuidos (e no levantados at ao fim do ano da respectiva atribuio) aos scios de sociedades no annimas nem em comandita por aces geram-se sempre rendimentos, cujo quantitativo no pode ser inferior ao resultante da aplicao da taxa mxima anual dos juros activos estabelecidos pelo Banco Central, para as operaes de crditos realizadas pelos bancos comerciais com as empresas.

    Iseno

    - Juros das vendas a crditos dos comerciantes relativos a produtos ou servios;

    - Juro ou qualquer compensao da mora no pagamento do preo;

    - Juros dos emprstimos sobre aplices de seguros de vida (feitos por sociedades de seguros);

    - Rendimentos das IF e das cooperativas, quando sujeitos a II, ainda que dele isentos.

    - Lucros ou dividendos distribudos por uma entidade com sede ou direco efectiva em Angola, o beneficirio seja pessoa colectiva ou equiparada com sede ou direco efectiva em Angola sujeito a II (mesmo que dele isento) que detenha uma participao social no inferior a 25%, por perodo superior a 1 ano, anterior distribuio dos lucros.

    - Juros de instrumentos que se destinem a fomentar a poupana, que sejam devida e previamente aprovados pelo Ministrio das Finanas (excepto se o capital aplicado for superior Kz: 500.000 por pessoa)6;

    - Juros de contas poupana habitao criadas pelas IF, com vista aquisio de habitao prpria e permanente.

    Obrigaes declarativas

    Declarao entregue em duplicado (conforme Modelo 1) em relao a todos os rendimentos recebidos, pagos ou colocados disposio dos seu titulares at ao final do ms de Janeiro do ano seguinte quele em que o recebimento, pagamento ou colocao disposio ocorram (excepto os emprstimos efectuados pelos rgos corporativos).

    Declarao entregue em duplicado (conforme Modelo 1) em relao a todos os rendimentos recebidos, pagos ou colocados disposio dos seu titulares at ao final do ms de Janeiro do ano seguinte quele em que o recebimento, pagamento ou colocao disposio.

    Liquidao

    A liquidao do imposto efetuada por autoliquidao, pelo: - Titular do rendimento; ou

    - Devedor do rendimento quando (i) o titular do rendimento no possuir em Angola residncia, sede, direco efetiva ou estabelecimeto estvel; ou (ii) o rendimento seja devido por pessoas colectivas ou singulares com contabilidade organizada, a favor de pessoas singulares.

    - Para todos os rendimentos da seco B, com excepo da emisso de aces com reserva de preferncia na subscrio, a liquidao por reteno na fonte efectuada pela entidade pagadora do rendimento se tiver residncia, sede, ou estabelecimento estvel em Angola.

    - No caso da entidade pagadora do rendimento no ter residncia, sede, ou estabelecimento estvel em Angola, a liquidao efectuada pelo beneficirio do rendimento;

    - Para ttulos admitidos negociao em mercado regulamentado, cujos titulares sejam isentos de IAC, compete s IF instruir o emitente para no ser efectuada qualquer reteno na fonte;

    - No caso da emisso de aces com reserva de preferncia na subscrio, o imposto liquidado pelo beneficirio do rendimento 9.

    Imposto sobre apLicaes de capitais

  • 23

    Imposto sobre apLicaes de capitais

    RENDIMENTOS DA SECO A: RENDIMENTOS DA SECO B:

    Pagamento

    At ao ltimo dia do ms seguinte quele a que respeita o imposto.

    - Rendimento no sujeito a reteno na fonte at ltimo dia do ms seguinte quele a que respeite o imposto;

    - Rendimento sujeito a reteno na fonte at ao fim do ms seguinte quele em que se verifique o facto gerador de imposto (colocao disposio, vencimento ou liquidao).

    O pagamento efectua-se pelo:

    - preenchimento e entrega na dependncia bancria ou entidade legalmente indicada para efeitos do DAR ou do meio de pagamento adequado, nos termos do CGT.

    Caducidade da liquidao

    5 anos seguintes quele a que a matria colectvel respeite; ou

    10 anos quando o retardamento da liquidao tiver resultado de infraco.

    A contagem do prazo de caducidade conta-se a partir da data em que o facto ocorreu.

    Correco pela AF

    A AF pode rever ou corrigir o valor dos rendimentos declarados pelo contribuinte que verifique quaisquer faltas, insuficincias ou inexactides.

    No falta das declaraes, a RF pode determinar o rendimento colectvel com base nos elementos disponveis.

    1 Reviso e republicao do Cdigo do IAC. Entrada em vigor 30 dias aps a data da publicao do diploma. Revoga o Decreto Legislativo Presidencial n. 36/72, de 01 de Maio.

    2 Rendimento sujeito a uma taxa de imposto de 5% se participaes sociais admitidos negociao em mercado regulamentado.

    3 Rendimento sujeito a uma taxa de imposto de 5% se os ttulos se encontrarem admitidos negociao em mercado regulamentado e maturidade igual ou superior a 3 anos.

    4 O valor das aces emitidas resulta da cotao mdia na Bolsa nos 180 dias anteriores data de encerramento da subscrio, ou no tendo cotao resulta do produto de 20 vezes o dividendo que caberia quelas aces (apurado pela mdia dos dividendos distribuidos nos ltimos 3 exerccios). No caso de transformao da sociedades por quotas em annimas, o valor das aces resulta da mdia dos lucros dos 3 ltimos exerccios correspondente a idntico capital nominal.

    5 O termo royalties significa as retribuies de qualquer natureza atribudas ou pela concesso de uso de um direito de autor sobre uma obra literria, artstica ou cientfica, incluindo os filmes cinematogrficos, bem como os filmes ou gravaes para transmisso pela rdio ou pela tv, de uma patente, de uma marca de fabrico ou de comrcio, de um desenho ou de um modelo, de um plano, de uma frmula ou de um processo secreto, bem como pelo uso ou pela concesso do uso de um equipamento industrial, comercial ou cientfico ou por informaes respeitantes a uma experincia adquirida no sector industrial, comercial ou cientfico.

    6 As mais-valias ou menos-valias so dadas pela diferena positiva ou negativa entre o preo de alienao e o preo de aquisio dos ttulos, deduzida das despesas de transaco inerentes aquisio e alienao dos ttulos. As mais-valias ou menos-valias decorrentes da alienao de (i) obrigaes, ttulos de participao ou outros ttulos anlogos emitidos por qualquer sociedade; (ii) Bilhetes de Tesouro e Obrigaes do Tesouro e (iii) Ttulos do Banco Central, quando a operao for realizada em mercado regulamentar e a emisso dos ttulos apresente uma maturidade de 3 anos, apenas releva 50% do seu valor. As mais-valias ou menos-valias decorrentes da alienao de participaes sociais, quando a operao for realizada em mercado regulamentar, apenas releva 50% do seu valor.

    7 A taxa de juro pode ser revista anualmente por DEMF. As presunes s podem ser ilididas por meio de contrato assinado e selado em data anterior ao pagamento dos juros ou por deciso judicial proferida em aco intentada, nos tribunais comuns, pelo contribuinte contra o Estado, em que se declare ter ficado provado que no foram recebidos juros antecipadamente, nem eram ou so devidos, ou sendo, tm taxa inferior a 6%.

    8 Consideram-se gerados em Angola os rendimentos que derivem de capitais a aplicados, entendendo-se sempre como tais os rendimentos pagos por entidades que a possuam residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel ao qual o pagamento deva imputar-se.

    9 O imposto liquidado, tomando por base as indicaes fornecidas pelas sociedades, cuja exactido verificada pelas RF, que devem corrigir oficiosamente quando nelas reconheam quaisquer inexactides.

  • 24

    IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOS DO TRABALHO - IRT

    Atraso na escriturao e na declarao

    De Kz: 50.000 a Kz: 500.000 (para os contribuintes dos Grupos B e C do IRT) 1

    No conservao de documentos

    Kz: 200.000 1

    Falta de reteno 35% do tributo em falta, com mnimo de Kz: 50.000 1

    Falta total ou parcial de entrega do imposto

    Dobro do imposto em falta 1

    IMPOSTO INDUSTRIAL - II

    Falta ou atraso de apre-sentao de declarao fiscal

    Kz: 200.000 2 (aplicvel a contribuintes do Grupo B que apresentem Declarao Modelo 2) ou

    Kz: 800.000 2 (aplicvel a contribuintes do Grupo A e B que apresentem Declarao Modelo 1)

    Recusa de exibio ou entrega de livros

    Kz: 200.000 2 (aplicvel a contribuintes do Grupo A) ou

    Kz: 100.000 2 (aplicvel a contribuintes do Grupo B)

    Omisses, inexatides e outras irregularidades nas declaraes fiscais

    Kz: 100.000 3 (aplicvel a contribuintes do Grupo A) ou

    Kz: 50.000 (aplicvel a contribuintes do Grupo B)

    No pagamento do imposto dentro do prazo legal

    35% do imposto em falta com o mnimo de Kz: 4.400

    IMPOSTO PREDIAL URBANO - IPU

    Falta de apresentao da declarao Modelo 1

    20% do rendimento colectvel com um mnimo de 100$

    Inexactides ou omis-ses nas declaraes, com imposto em falta

    100$ a 20.000$ 2 4

    No apresentao da declarao Modelo 5

    100$ a 2.000$

    Prdios omissos na matriz

    Dobro do imposto a liquidar

    Falta de liquidao de imposto na transmisso, demolio ou expropria-o de prdios

    100$ a 10.000$

    infraces tributrias

    INFRACES TRIBUTRIAS

  • 25

    infraces tributrias

    IMPOSTO DE CONSUMO - IC

    Falta de pagamento total ou parcial do imposto

    35% do tributo em falta, com o mnimo de Kz: 5.000.5

    Inexistncia de registos ou de escrita

    Kz: 25.000 a Kz: 35.000

    Recusa de apresentao de registos ou de escrita

    Kz: 25.000 a Kz: 500.000

    Falta de entrega ou en-trega fora de prazo da declarao de modelo oficial

    Kz: 25.000 a Kz: 50.000

    Outras infraces 6 Kz: 2.500 a Kz: 50.000

    IMPOSTO SOBRE APLICAES DE CAPITAIS - IAC

    Falta de pagamento de imposto

    35% do tributo em falta, com mnimo de Kz: 5.000 5

    1 As multas so sempre reduzidas para metade quando o cumprimento da obrigao fiscal se efectuar voluntariamente dentro de 30 dias subsequentes queles em que devesse ter sido feito.

    2 Eleva-se para o dobro em caso de dolo.3 Para os contribuintes do Grupo A que no possuam contabilidade organizada nos termos previstos no Cdigo do II,

    dever considerar-se a multa de Kz: 50.000.4 Se se provar conivncia do inquilino ou do sublocatrio, quando qualquer destes aceite recibos que mencionem quantia

    inferior efectivamente paga, o inquilino ou sublocatrio incorrero em multa que varia entre 100$ e 500$. 5 Reduo de 30% do montante mnimo aplicveis multas pagas espontaneamente pelo infractor.6 Outras infraces que no constituam falsificao dos livros e documentos referidos no respectivo diploma do IC.

  • 26

    CALENDRIO FISCAL DE 2015

    IMP. OBRIGAO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    II Pagamento provisrio (Grupo A) 31

    II Pagamento provisrio (Grupo B) 31

    II

    Apresentao do DLI e pagamento do im-posto retido relativo s remuneraes do ms anterior (sujeitos a reteno na fonte)

    30 27 31 30 29 30 31 31 30 30 30 31

    II

    Apresentao da De-clarao Modelo 1 e Pagamento Definitivo (Grupo A)

    31

    II

    Apresentao da Declarao Modelo 2 e Pagamento Definitivo (Grupo B)

    30

    IRT

    Apresentao do DLI e pagamento do imposto relativo s remuneraes do ms anterior (Conta de Outrem)

    30 27 31 30 29 30 31 31 30 30 30 31

    IRT

    Apresentao da Declarao Modelo 2 pelas entidades pagadoras de rendi-mentos por conta de outrem

    27

    IRT

    Apresentao da Declarao Modelo 1 e pagamento do imposto (Grupo B)

    31

    IRTPagamento definitivo (Grupo C) 27

    IRT

    Apresentao de declarao oficial pelos contribuintes do Grupo C que ultrapassem 4x o valor correspondente da Tabela de Lucros Mnimos

    31

    IPUApresentao da Declarao Modelo 1

    30

    IPU

    Apresentao do DLI e pagamento do imposto relativo s rendas pagas no ms anterior (sujeitas a reteno na fonte)

    30 27 30 30 29 30 30 28 30 30 30 30

    calendrio fiscalde 2015

  • 27

    calendrio fiscalde 2015

    CALENDRIO FISCAL DE 2015

    IMP. OBRIGAO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    IPU

    Apresentao do DLI e pagamento do imposto relativo s rendas pagas no ms anterior (sujeitas a reteno na fonte)

    30 27 30 30 29 30 30 28 30 30 30 30

    IPUPagamento do imposto - Prdios arrendados

    30 31 30

    IPU Pagamento do imposto - Prdios no arrendados

    30 31

    IAC Entrega de declara-o Modelo 1 30

    IACApresentao do DLI e pagamento do imposto retido no ms anterior.

    30 27 31 30 29 30 31 31 30 30 30 31

    ICApresentao da Declarao e paga-mento do imposto.

    30 27 31 30 29 30 31 31 30 30 30 31

    ISApresentao do DLI e pagamento do imposto.

    30 27 31 30 29 30 31 31 30 30 30 31

  • 28

    NOTAS

    NOTAS