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68 Revista Decifrar (ISSN 2318-2229) Manaus/AM Vol !2" n# !1 ($ul/De%-2!13) &'a Revista o ru*o e +stu os e ,es uisas e' .iteraturas e . n0ua ,ortu0uesa a & AM ANÁLISE DO POEMA / TOADA DO BOI CAPRICHOSO Francisca de Lourdes Louro* RESUMO: No presente artigo, analisa-se o poema/toada do Boi-Bumbá Caprichoso, a rela!o da "ist#ria e da Cultura de um po$o% &'esadelo dos Na$egantes( sobre os fatores de nature)a hist#rica, social e literária como artif c como se deu o processo de coloni)a!o nesta sociedade% Palavras-chave: oada "ist#ria Cultura .dentidade% Pesadelo dos Navea!"es De: Ro!aldo Bar#osa$ lar as $elas 0esaportar as cara$elas 1s2uadras do 3elho 4undo 0o oceano ao rio-mar lar as $elas 0esaportar as cara$elas Cru)adas do No$o 4undo F5, imp5rio a dilatar $ento te le$a "á $entania s noites te en$ol$e em agonia 0o grande abismo 2ue $ira 0as feras das águas 7ue seria pesadelo de um conto Na$egador . , . , . erra + $ista tracar .lha upinambarana erra dos upinambás portas nos braos do rteiro 0e 9oelhos, bra$os :uerreiros, Celebrai a grande miss!o Com sal$a de tiros de morteiro% poema-toada de ;onaldo Barbosa, &'esadelo dos na$egantes(, 2u apresentada no Festi$al folcl#rico de 'arintins <=>>6? ser$iu de m como pode $er o surgimento os $est gios da origem da erra upinam aspectos 2ue a festa do boi assume na constru!o da iden sociedade% N!o se podendo tratar de todas as 2uest@es no 2uadro de preferimos deter-nos apenas nos fatos da rela!o da "ist#ria e da festa, na cidade de 'arintins, assume di$ersas dire@es par no con9unto dos seus costumes, adota táticas di$ersas e todas agem Anica estrat5gia intelectual ampla a de inter-relacionar a cultu ma)onas, 2ue reafirma, na comemora!o da festa, a fora da identi < 6, p%D8? di) ser realmente algo formado, ao longo do tempo, através de processos inconscientes, e não algo inato, existente na consciência no momento do nascim permanecendo sempre incompleta, está sempre em processo de formação %

R.D F.L Poema- Toada

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teoria literária

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Uma possvel anlise da toada do Boi Caprichoso

Revista Decifrar (ISSN 2318-2229) Manaus/AM Vol. 02, n 01 (Jul/Dez-2013)

Uma Revista do Grupo de Estudos e Pesquisas em Literaturas de Lngua Portuguesa da UFAM

anlise do poema / toada do Boi Caprichoso

Francisca de Lourdes Louro*RESUMO:

No presente artigo, analisa-se o poema/toada do Boi-Bumb Caprichoso, apontando os fatos da relao da Histria e da Cultura de um povo. Pesadelo dos Navegantes pode ser estudado sobre os fatores de natureza histrica, social e literria como artifcio de informar sociedade como se deu o processo de colonizao nesta sociedade.Palavras-chave: Toada; Histria; Cultura; Identidade.Pesadelo dos Navegantes

De: Ronaldo Barbosa. Alar as velas

Desaportar as caravelas

Esquadras do Velho Mundo

Do oceano ao rio-mar

Alar as velas

Desaportar as caravelas

Cruzadas do Novo Mundo

F, imprio a dilatar

O vento te leva

H ventania

As noites te envolve em agonia

Do grande abismo que vira

Das feras das guas

Que seria pesadelo de um conto

Navegador

I, I, I

Terra vista

Atracar

Ilha Tupinambarana

Terra dos Tupinambs

Aportas nos braos do Orteiro

De joelhos, bravos

Guerreiros,

Celebrai a grande misso

Com salva de tiros de morteiro.

O poema-toada de Ronaldo Barbosa, Pesadelo dos navegantes, que foi apresentada no Festival folclrico de Parintins (1996) serviu de modelo sugestivo de como pode ver o surgimento os vestgios da origem da Terra Tupinambarana e os aspectos que a festa do boi assume na construo da identidade e tradio desta sociedade. No se podendo tratar de todas as questes no quadro de um pequeno estudo, preferimos deter-nos apenas nos fatos da relao da Histria e da Cultura de um povo.A festa, na cidade de Parintins, assume diversas direes para localizar o homem no conjunto dos seus costumes, adota tticas diversas e todas agem em torno de uma nica estratgia intelectual ampla; a de inter-relacionar a cultura e a tradio do povo do Amazonas, que reafirma, na comemorao da festa, a fora da identidade que Hall (2006, p.38) diz ser realmente algo formado, ao longo do tempo, atravs de processos inconscientes, e no algo inato, existente na conscincia no momento do nascimento, permanecendo sempre incompleta, est sempre em processo de formao.2 LIRISMO, MEMRIA E CULTURA POPULAR

O poema-toada pode ser analisado sobre os fatores de natureza histrica, social e literria como artifcio de informar sociedade como se deu o processo de colonizao nesta sociedade. A isso, Halbwachs, (2009, p.102) chama de memria coletiva porque, sozinho, o homem no desperta em sua conscincia o sentimento de identidade pessoal. importante lembrar que msica no literatura, todavia a cano / poema / toada apresenta um mote, cujo tema aborda o tema da viagem dos navegadores no tempo passado, valorizando o tempo presente ao incitar o povo alegria e o desejo de pertencer comunidade e reviver esse tempo. O documento que serve de base para o nosso estudo, trata da divinizao da memria e da elaborao de uma vasta mitologia da reminiscncia na Grcia arcaica passando pelo ciclo das navegaes que os Portugueses empreenderam nas descobertas do Mundo, entre estas, a do Brasil.Por maiores que sejam as coincidncias de posio de Ronaldo Barbosa, compositor do poema /toada com os assuntos anteriores, como os que apontam para o ciclo das navegaes, o poema contextualiza as aventuras da nao Tupinamb, que foi descoberta por imigrantes viajantes que buscavam alargamento do espao e da f e, principalmente, a possibilidade de tornar a lngua portuguesa a mais falada no mundo. No texto percebe-se a recapitulao de um fato histrico que a cenografia fundamenta e mostrado na arena pelos brincantes da festa. O pblico assistente (nao azul e branca) no comunga apenas uma histria, inscreve-se, tambm, no cenrio que proporcionando essa histria atribu-lhe um lugar imaginrio. Mais que um palco/arena, o local se torna um local de culto em que se renem os fieis, como acontecia na antiguidade da antiga Grcia nos palcos onde contavam nas tragdias a glria do homem grego. Como l, aqui tambm, em vez de se encenar a vida interior familiar, o palco se volta para o exterior, para o homem do tempo, para o pblico.Nessa perspectiva, compreende-se a eficcia da obra, pois tem capacidade de suscitar a adeso no plano das experincias. As ideias se apresentam atravs de uma maneira de dizer que remete a uma maneira de ser, ao imaginrio de um vivido, o ethos indissocivel de uma arte de viver que Maingueneau, (2001) chama de habitus.Essa noo primitiva do ethos remete ideia de um espao constitudo e ordenado pelo homem segundo sua razo. O ethos indica, nessa primeira expresso, um espao construdo e permanentemente reconstrudo pelo homem, no qual sero inscritos os costumes, hbitos, valores, normas e aes.

Ethos e Cultura so aes humanas, enquanto portadora de significao, a medida (mtron) das coisas, no sentido de que toda ao seja como agir (prxis), seja como fazer (poisis) constitui um universo simblico que , a um s tempo, obra (ergon) dos homens e referncia para sua prpria ao, ou seja, seu ethos. Ora, a essa obra coletiva, a essa ao criadora de objetos, signos e formas pelas quais um determinado grupo humano se reconhece como coletividade d-se o nome de cultura. Nesse sentido o ethos co-extensivo cultura.tica e etnia so termos carregados de significao que podem provocar discusses instigantes no contexto da realidade brasileira, bem como na realidade de outras naes no mundo atual. Assim, esse texto tem como pretenso desafiar o leitor a refletir sobre o fenmeno da etnia to atual e, geralmente, to mal compreendida, especialmente em nossa sociedade. O ponto de vista aqui defendido o de que a etnia dos Tupinambaranas deve ser vista como uma diferena que reala a dignidade e a cidadania na pessoa amaznica, brasileira e no como um elemento que avalia o ser humano por meio de uma escala de valores preconceituosa e superficial, com base em dicotomias como bem X mal, superior X inferior, feio X bonito e tantas outras formas. Os Tupinambaranas so um povo que valoriza e faz crescer a cultura do povo de Parintins.

A tradio crtico-potico das correspondncias, bem como a idealizao de uma e de duas artes como projeto esttico do polo dessa relao (msica como poesia / histria como poesia / e msica como tradio) se possa provar que o plano mtico esteja voltado para arte literria. Assim como est prpria literatura, quando se percebe no desejo de criao, o processo de construo a ser percorrido tambm pelo desejo de reconstruir uma ambivalncia que servir de libi para a crtica social, facultando e ilustrando na msica, uma intriga, fato comum nos textos literrios na concepo aristotlica.

O texto oportuniza variedade de intenes ofertadas nos versos. Pode-se ler com os olhos voltados para a semntica, (que estuda o sentido das palavras de uma lngua), numa perspectiva semitica, (j que o texto tem uma morfologia intencional), ou antropolgica, (cincia que estuda, principalmente, os costumes, crenas, hbitos e aspectos fsicos dos diferentes povos), ou anlise do discurso (o discurso uma prtica, uma ao do sujeito sobre o mundo e sua apario deve ser contextualizada como um acontecimento, pois funda uma interpretao e constri uma vontade de verdade) e at mesmo, busca referncias na Histria para entender a construo das sociedades.

As artes repousam, umas mais outras menos, sobre convenes que pressupem um raciocnio desenvolvido. A palavra um smbolo convencional; as flexes verbais, as cambiantes sintticas so um desenvolvimento pausado e lento dessa conveno. As reprodues das perspectivas textuais vo alm das possibilidades, uma vez que as palavras do texto adquirem movimento, sentido, cor, textura, cheiro que se traduzem em prazer de perceber todos esses movimentos evocados pelas palavras que nos fazem entender que a arte maior a arte da palavra.

Os questionamentos sobre tradies legadas e tradies perdidas cujo rompimento da tradio marca profundamente o pensamento e a histria ocidental, por ter trazido para o universo amaznico uma parte da cultura ocidental qual se enraizou e fez com que a de Parintins se fragmentasse. E, para relacionar esse rompimento da tradio surge a imposio e a aceitao que se constituem na perda da historicidade da sociedade. a negao da histria-tradio. Ao buscarmos Santo Agostinho, vemos na ciso histria e tradio os tempos; passado e presente, numa remontagem do tempo e da histria. Halbwachs, (2009, p.132) pondera que a memria coletiva retrocede nesse passado histrico e longnquo certamente para fixar as imagens e a sucesso de fatos que agora capaz de conservar. O ontem revive no texto o hoje presente e vivido.3 CANTO PICO NAS VOZES DOS VIAJANTESDissemos que h vrios sinais da Histria no aproveitamento musical, como o prprio ritmo que a msica impe fator que d-nos uma sonoridade de noturno, temor, aviso, converso. A arte de contar o conto, as crenas que envolvem o mtico, o medo noturno, etc. Assim, pode-se dizer que o mundo est ficando cada vez mais povoado de linguagens, signos, sinais, smbolos, o que analisaremos nas palavras dos versos da toada de Barbosa. A relao mediadora do signo entre o objeto e o interpretante sempre a ao de um signo, neste o signo a viagem, assunto bastante referido em grandes autores desde Homero (Ilada e Odissia) a Cames, nOs Lusadas.O tema da viagem a inferncia mais explcita na letra da msica de Ronaldo Barbosa Pesadelo dos Navegantes. Entender por que a narrativa desempenhou tal papel naquele momento histrico decisivo para elucidar a episteme (o lugar onde o homem est instalado) ento vigente. A episteme moderna elaborou o perfil do homem que faz a sua histria.No paradigma pico-narrativo de natureza hiperconceitual a ratio pica que funda o Ocidente, desde pelo menos a Odissia e os estudos aristotlicos (afinal a Potica define o texto homrico como a fonte de todas as outras histrias), encontra finalmente seu mtodo terico-analtico no estruturalismo.Homero d incio ao ciclo das grandes viagens e, Barbosa, o re-pico tema da narrao a do descobrimento da Ilha Tupinambarana. Nesta poema-toada som de instrumentos, de vozes, canto, entoao ou, em sentido figurado, rumor, notcia vaga, boato contextualizada com o percurso da viagem de Cabral do Oceano, ou de Carvajal o descobrimento do grande rio-mar das Amazonas, e faz com que tudo gire em torno da Ilha Tupinambarana, numa clara referncia ao descobrimento da Amaznia por Francisco Orellana. Talvez possam ser tambm vestgios do descobrimento do festival folclrico de Parintins, pelas empresas patrocinadoras que visam grandes lucros com o evento da festa. Afinal toda histria relata somente interesses econmicos diante da coisa explorada. O texto tem incio com a ordem alar as velas/desaportar as caravelas/esquadras do Velho Mundo/do Oceano ao rio-mar numa clara referncia da partida das esquadras dos desbravadores em aventura. O termo esquadras e velho mundo d-nos a ideia de que eram os europeus, portugueses em especial, quando chegaram ao Brasil, embora tivessem vindo muitos franceses espanhis e holandeses com a mesma ideia de conquistar o novo mundo, no caso a Amrica do Sul.Em uma leitura mais atenta podemos perceber que os versos cruzadas do novo mundo/ F, imprio a dilatar, fazem uma aluso Histria que nos mostra a invaso dos europeus em terras indgenas, momento em que tribos inteiras tiveram de se submeter cultura do branco para no serem dizimadas e terminaram por ser dominadas atravs da seduo da f, do cu.Nesta triplicidade enunciativa no verso de joelhos, bravos guerreiros sugere separar a questo em outros sentidos: bravos guerreiros podem ser os navegadores quando chegaram a salvos a terra descoberta, e, ou, bravos guerreiros uma representao articular do que a obra representa sobre o evento enunciativo que esse ato de representao constitui a festa. Maingueneau, (2008, p.156) aponta para a festa, a msica como um jogo de imagens especulares. O que acontece um mergulho na ansiedade que as convenes comuns da vida cotidiana mantm sob controle e que so demonstrveis nesses trs dias de festa. O refazer histrico da nao azul e branca, reconstruo do passado que glorifica um povo. As navegaes desse perodo eram permeadas de crendices populares como na expresso pesadelos de um conto navegador. A gua, como o espelho, d reflexo de si e do outro, e simboliza a soma universal das virtualidades, reservatrio de todas as potencialidades de existncia, (ELIADE, 1991, p.151) como as crenas de que antigamente, no mar, habitavam seres monstruosos que engoliam homens e caravelas. Esse mesmo verso tambm enfatiza ao que chamamos de tradio oral. A memria resgatada por meio das invenes da tradio oral gerando os mitos de fundao da sociedade amaznica que cultuada, na arte Parintinense, pela ancestralidade.A histria acrescenta continuamente novos significados, sem que esses ltimos destruam a estrutura do simbolismo que ela representa. Na Amaznia, hbito do caboclo pescador ser contador de histrias de vises dos seres que habitam as guas: Cobra grande que se transforma em navio; Iara, mulher metade peixe que seduz o homem na canoa e o Boto namorador que seduz as moas em noites de festas.O medo dos navegantes, principalmente s noites tempestuosas como est no verso; o vento te leva, h ventania. O simbolismo do vento est ligado a fora elementar que pertence aos Tits. Por outro lado o sopro do esprito de origem celeste por ser o sopro de Deus que deu anima ao homem, apesar de dar vida, tambm castiga. Mas, a ventania tambm pode ser a positividade de que conduz o homem a seu destino. Por todo o texto procuramos a festa, considerando que a msica para o festival, e em referncia a essa encontramos os seguintes versos: Terra vista / Atracar/ Ilha das Tupinambaranas/ Terra dos Tupinambs (e) Celebrai a grande misso/ com salva de tiros de morteiro.

Nos versos anteriormente citados se percebe a chegada dos brincantes da nao azul e branca no festival folclrico para contar a viagem que dura trs dias de festa. Pode-se tambm tecer um paralelo com o descobrimento do Brasil e os invasores que aportaram no Orteiro como patrocinadores da festa. O uso da expresso invasores (primeiramente o colonizador e no presente os patrocinadores) deve-se ao fato de que o festival deixou de ser um evento do povo e para o povo, passou a ser um produto comercial de exportao aps a entrada estrangeira na organizao da festa. H uma variedade intencional no jogo das ideias textuais, isso o carter dialgico da lngua e que por ora no vamos discutir. De joelhos, bravos / Guerreiros,/ Celebrai a grande misso / Com salva de tiros de morteiro. Versos que convidam a Nao da Raa Azul e Branca a participarem das comemoraes. Entende-se, tambm, que o povo se tenha ajoelhado aos patrocinadores quando permitiram na mudana da data tradicional do evento, de joelho bravos, guerreiros ajoelharam-se diante dos interesses econmicos. Isso fez com que a cultura perdesse o ponto primordial: a tradio dos dias 28, 29, 30 de junho. Hoje, a festa acontece no ltimo final de semana do ms de junho. Portanto, a cultura, mais uma vez dominada morre com a supresso brutal da tradio. Morre a tradio, nasce a submisso. 4 CONSIDERAES FINAIS

A leitura aqui proposta municiada pela captao de detalhes interpretativos que a letra da msica / poema / toada suscita. E esse exerccio varia de acordo com o grau de leitura e de conhecimento de mundo que o leitor possui. O teor conflituoso da msica-toada oferece-nos um quadro permeado pela ao das instituies mediadoras como os estrangeiros, as misses religiosas, todos os que vieram exprimem a essncia do contato do ndio com o branco. Percebe-se, no campo discursivo, o discurso de discursos anteriores no mesmo campo: O relato da viagem. Observou-se e pesquisou-se sobre a palavra Orteiro. O dicionrio Houaiss acusa Outeiro que quer dizer pequeno monte, colina. No mesmo dicionrio define esta troca de fonema como Barbarismo, pela forma inexistente na norma culta, ou um neologismo intencional do autor.Pode-se dizer que o texto de Homero, de Cames, de Caminha foram desconstrudos dentro deste determinado contexto que traz a ambivalncia de uma reflexo e que desmobiliza campos constitudos de sentidos, quando, por essa mesma via, possibilita outro desempenho aos sujeitos falantes, escreventes multiplamente atuantes. Reconstruir o texto sob a perspectiva dos outros textos. REFERNCIASARENDT, Hanna, Condio Humana. Trad. Celso Lafer. 11 ed. So Paulo: Forense, Editora Universitria, 2010.

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Notas

*Doutora em Potica e Hermenutica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal). Mestre em Potica e Hermenutica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Portugal (2010). Professora de Lngua Portuguesa da Escola Superior Batista do Amazonas (ESBAM)[email protected]

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