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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português JUNTA REGIONAL DE COIMBRA Departamento Regional de Protecção Civil Área D Módulo D 2.1 Segurança em Actividades Escutistas Serpins 2011

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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS

Escutismo Católico Português

JUNTA REGIONAL DE COIMBRA

Departamento Regional de Protecção Civil

Área D – Módulo D 2.1

Segurança

em

Actividades Escutistas

Serpins 2011

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Conhecer os Princípios de Segurança aplicáveis à “Vida Escutista”.

Objectivos

Saber aplicar as regras de segurança no dia a dia das Actividades Escutistas.

Saber agir perante uma situação de risco.

Enunciar as Regras gerais de segurança.

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CONCEITO DE RISCO

Situação em que está ameaçada a existência

de uma pessoa ou de uma coisa.

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Tudo aquilo que pode produzir um dano ou uma deterioração da

qualidade de vida individuo ou "coisa" (materiais, equipamentos, etc.)

É uma ocorrência anormal que contem um evento danoso.

É o resultado de um evento (podem existir mais do que uma consequência para um determinado evento)

É a ocorrência de um conjunto específico de circunstâncias.

Acção de evitar ou reduzir os riscos de uma determinada actividade

através de um conjunto de medidas tomadas durante a preparação

e realização da actividade escutista.

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REGRAS DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA

NA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS.

Nas Actividades Escutistas há materiais, utensílios e equipamentos em que a utilização

necessita de alguns cuidados e regras, devido aos perigos que comporta o seu

manuseamento, levando a um maior risco potencial.

Vamos referenciar alguns cuidados e regras a observar nos materiais, utensílios e

equipamentos que parecem ser os mais significativos pelo maior grau de perigosidade:

P

Serrote

Canivete

Faca de mato

Machado

Fogão e candeeiro a gás

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Gás – fogões e candeeiros

O gás é um produto tóxico e inflamável.

As botijas deverão ser guardadas ao ar-livre, sem serem expostas à chuva nem ao sol.

Deve-se verificar com frequência se apresentam fugas.

No caso de existirem mangueiras, deve verificar-se com frequência se estas estão em

bom estado.

Acoplar a botija ao fogão, ao petromax num local arejado.

Verificar também o estado do vidro e das "camisas" do candeeiro "petromax".

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Demorar o mínimo possível entre a abertura do gás e o acender da chama.

Pousar o fogão num local plano, abrigado do vento e onde não possa tombar

com o peso das panelas.

Depois de apagar a chama, não tocar nas partes metálicas do fogão nem

vidro do candeeiro para evita queimaduras.

Manter os fogões limpos de gordura.

Cuidados a ter em conta com os fogões a gás

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O Machado / A Machada

A diferença entre o machado e a machada (ou machadinha) está no tamanho.

O machado é grande e usa-se com as duas mãos. A machada é mais pequena

e basta uma mão para a manobrar.

O Escuteiro costuma usar a machada.

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A machada, usada só com uma mão, requer mais pontaria do que força. Os golpes

com a machada são dados pausadamente, calculando sempre o local do golpe, e

sem excesso de força.

O machado, apesar de ser utilizado com 2 mãos, usa-se também pausadamente,

sem força excessiva e apostando sempre na pontaria.

A machada, por ser usada apenas com uma mão,

deve ser agarrada na ponta e não a meio do cabo.

Tem-se melhor balanço, e é necessário fazer-se

menos força.

SIM NÃO

O Escuteiro deve saber usar

o machado e a machada correctamente.

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Verificar:

1- se a cunha está bem fixa; mergulhar o machado em água faz inchar a

madeira, garantir assim melhor a fixação do cabo na lâmina;

2- se não há ninguém à volta que possa ser atingida por um golpe;

Cuidados a ter em conta antes de cada utilização

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O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo

possível. Nunca se deve desferir golpes com o machado sobre um ponto

do ramo que esteja sem apoio, pois o efeito será muito pouco e o ramo

ao vibrar pode fazer com que o machado salte.

SIM NÃO

A inclinação do machado é importantíssima para os efeitos dos golpes. Nunca se

devem dar os golpes com a lâmina num ângulo de 90º, ou seja, na vertical. Deve-se

inclinar sempre o machado para fazer aproximadamente um ângulo de 60º.

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Segurança com machado

Para além de saber manejar correctamente o machado, o Escuteiro deve igualmente

saber tomar todas as medidas de segurança relativamente a esta ferramenta.

Tal como a faca de mato ou outra qualquer ferramenta cortante, o machado não

deve ser deixado abandonado no chão, encostado a uma árvore e muito menos

cravado no tronco vivo de uma árvore.

O seu manejo devem ser observadas as regras de segurança tanto para o

utilizador, como para pessoas que se encontrem por perto.

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Deve ter-se todo cuidado ao usar o machado para que este não atinja uma perna

ou um braço.

O mesmo cuidado deve ter com as pernas.

Deverá, conforme a posição em que esteja a cortar, abrir as

pernas de modo a que o machado nunca a atinja.

Se estiver a segurar com a mão livre no tronco ou ramo

que corta, verifique se a mão não fica ao alcance do

machado. NÃO

NÃO

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Transporte do machado

SIM NÃO

O transporte do machado é outro factor importante na segurança. Quando o

transportar na mão, segure-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Se o

machado for grande pode levá-lo ao ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado

para fora.

Quando passa o machado a outra pessoa, deve entregá-lo sempre segurando na

lâmina, para que lhe possam pegar facilmente no cabo.

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A Serra

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Tipos de Serra

Para pequenos cortes utiliza o serrote de

mão que possui uma pega e uma lâmina

larga.

Há também o serrote de lenhador utilizado para árvores de grande porte, devido

ao comprimento da lâmina. Este serrote é utilizado por duas pessoas, uma em

cada ponta.

Existem vários modelos de serras, cada uma

com a sua função, mas a melhor é a de tubo

metálico com lâmina sueca.

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A serra de carpinteiro de fabrico artesanal, possuiu um

esticador de corda para manter a lâmina esticada. Tem

as mesmas funções que a serra de tubo metálico.

O serrote de podar utiliza-se para pequenos

galhos e, tal como o nome indica, é o mais

adequado para a poda das árvores e das

plantas.

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Como Utilizar a Serra

Segure a serra com a mão mais perto possível da lâmina. É preciso que a palma

da mão fique quase no prolongamento da lâmina.

A ferramenta é sempre o prolongamento da mão.

O primeiro corte deve ser feito puxando a serra para si.

Mantenha sempre a serra direita para que o corte saia bem e evitar que a

lâmina se parta.

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Apesar de ser fácil transportar, é necessário ter em conta o seguinte:

- Nunca pegue na serra pela lâmina mesmo estando esta protegida;

- No caso da serra de tubo metálico, pode transportá-la às costas mas sempre

com a lâmina para trás;

- Utilizar sempre a protecção da lâmina da serra;

- Nunca deixar a serra à chuva ou em locais húmidos;

- Sempre que não esteja em uso, a serra ou serrote devem ter a lâmina untada

com óleo para evitar a ferrugem e, de preferência, protegida.

Cuidados com a Serra

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Exemplos de uso perigoso da serra ou serrote

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A Faca de Mato

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NÃO

SIM

Para evitar que se corte um dedo ou uma mão, os

movimentos da faca devem ser sempre feitos para fora

do nosso corpo, no sentido oposto à mão com que

seguramos no pau ou ramo.

Assim, a lâmina da faca nunca vem contra nós.

Como cortar um pau com a Faca de Mato

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Cuidados a ter com a Faca de Mato

A faca deve andar sempre na bainha, quando não estiver a ser usada. No fim dos

acampamentos e actividades deve-se guardar numa gaveta ou caixa onde ficará em

segurança.

NUNCA deve espetar a faca numa árvore viva

nem na terra (lembre-se da Lei do Escuta).

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Nunca devemos esquecer que quando

alguém espeta uma faca num cepo, deve ser

apenas por alguns segundos ou minutos, e

que o local não pode ser frequentado por

outras pessoas, pois alguém se pode cortar.

Quando começar a usar a faca de mato, tal como no caso do machado, deve ter a

preocupação de verificar se há pessoas junto a si, que possam vir a ser vítimas de

algum deslize da lâmina.

Se transportar a tua faca de mato dentro da mochila, deve ter cuidado para não a

enfiar à força no meio das coisas, pois o bico da faca pode furar a bainha e rasgar o

material ou mesmo a mochila.

Deve ter-se o cuidado de deixar a faca de forma a que ninguém se corte na lâmina.

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Como entregar a faca de mato a outra pessoa

Alguns escuteiros acabam sempre por se cortar com facas de mato (e mesmo

canivetes) ao receberem-nas de outra pessoa.

Não há uma maneira única de entregar a faca de mato, apenas é preciso ter cuidado

para ninguém se cortar na lâmina.

NÃO - ao dar a faca com a lâmina para a frente, a pessoa

que a recebe pode cortar-se, mesmo que lhe vá pegar no

cabo.

NÃO - quando a pessoa que recebe puxar a

faca, a lâmina desliza sobre os dedos de

quem está a entregar, cortando-os de

imediato.

Uma faca deve sempre ser entregue com o cabo livre para se pegar.

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SIM - a pessoa que entrega a faca de mato nunca se corta, porque os dedos

estão fora do alcance da lâmina. Por seu lado, a pessoa que a recebe, tem o cabo

completamente livre para lhe pegar, ficando igualmente fora do alcance da

lâmina.

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O INCÊNDIO

“Chama-se incêndio à presença de um fogo não controlado, que pode ser

extremamente perigoso.

Expormo-nos a tal perigo sem protecção pode levar-nos à morte, o que não quer

dizer que as protecções a evitem, já faleceram bastantes bombeiros em

incêndios e estes encontravam-se protegidos.

As mortes em incêndios são causadas em maioria por inalação de gases ou

fumos, e também posteriormente por queimaduras graves provocadas pelo

calor.”

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Local bem limpo;

Clareira larga;

Usar madeira apropriada (tamanho e quantidade);

Delimitar a fogueira;

No final verificar se a fogueira está apagada e cobrir o local com terra.

Fogueira ao ar livre

Aspectos a ter em conta quando fizermos uma fogueira:

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Fogo e Extintores

Classes de fogos

Os fogos possuem características diferentes consoante a sua origem e o material

que está a sofrer a combustão. É importante o seu conhecimento, uma vez que cada

tipo de fogo é extinto com um diferente tipo de extintor.

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CLASSE A • Fogo em materiais sólidos;

CLASSE B • Fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;

CLASSE D • Fogo em metais (alumínio, antimónio, magnésio, etc.)

CLASSE C • Fogo em materiais/equipamentos eléctricos;

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Pode ser sólido, líquido e gasoso

Sólidos: Madeira, papel, tecido, algodão, …

Líquidos: Gasolina, álcool, óleo ….

Gasosos: Vapores, … (os líquidos se transformam primeiramente em gás

pelo calor e depois inflamam).

Combustível, Comburente e Fonte de Ignição

Compõe o ar atmosférico na percentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para

sustentar a combustão é de 13%.

Combustível: É todo o material que arde.

Comburente: (Oxigénio)

Fonte de Ignição: (Calor)

É o elemento que dá início ao fogo, sendo ele que o faz propagar.

Pode ser uma faísca, uma chama ou até um sobreaquecimento em máquinas ou

aparelhos eléctricos.

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Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível,

comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o

quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência de uma reacção em

cadeia, para extinguirmos o fogo, basta retirar um desses elementos.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos

os seguintes métodos de extinção:

• extinção por retirada do material;

• por abafamento;

• por arrefecimento;

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Extinção por retirada do material (Isolamento)

Esse método consiste em duas técnicas:

• retirada do material que está queimando

• retirada do material que está próximo ao fogo

Extinção por retirada do comburente (Abafamento)

Este método consiste na diminuição ou impedimento do

contacto de oxigénio com o combustível.

Extinção por retirada do calor (Arrefecimento)

Este método consiste na diminuição da temperatura e eliminação

do calor, até que o combustível não gere mais gases ou vapores e

se apague.

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Agentes Extintores

Cada agente extintor está adaptado a um ou mais tipos de fogos nos diversos

materiais. Deste modo torna-se aconselhável conhecer os diversos agentes

extintores.

Água (Em jacto ou pulverizada)

Fogos da Classe A

Areia Fogos das Classes A e D

Dióxido de carbono (sob pressão) - dióxido de carbono solidifica quando se expande bruscamente

Fogos das Classes B e C

Pó Químico É o agente extintor indicado para combater incêndios da classe B;

Pó ABC (Polivalente)

É o agente extintor indicado para incêndios das classes A,B e C;

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Espuma física (Produzida a partir de uma mistura de água e substâncias

tensioactivos por injecção mecânica de ar)

-Classes de Fogos: A e B

Agentes Extintores

Vantagens:

Muito bom para líquidos extremamente

inflamáveis ;

Pode ser utilizada em situações de incêndio

iminente com acção preventiva;

A cobertura de espuma evita re-ignições.

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Recomenda – se:

• Manter a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias;

• Alertar o Corpo de Bombeiros mais próximo;

• Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo;

• Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos;

• Comunicar o facto à chefia da área envolvida ou ao responsável pela actividade;

• Existindo muito fumo no ar, usar o lenço como máscara (se possível molhado),

cobrindo o nariz e a boca;

• Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter

molhadas as roupas, cabelos, sapatos ou botas.

INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE INCÊNDIO

•Procure sair dos lugares onde haja muito fumo;

•Mantenha-se agachado, bem próximo ao chão, onde o calor é menor e há mais

oxigénio;

•No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas

e calçado, encharque uma peça de roupa e enrole-se nela, molhe um lenço e

tape à boca e o nariz.

•Atravesse o mais rápido possível.

Se ficar cercado pelo fogo

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• Não suba, procure sempre descer (faça-o somente se o perigo for menor);

• Não respire pela boca, somente pelo nariz;

• Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. (Com queimaduras

ou asfixias, o homem ainda se pode salvar);

• Não tire as roupas, pois elas protegem o corpo e retardam a desidratação (tire

apenas roupas de nylon);

OUTRAS RECOMENDAÇÕES

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SEGURANÇA EM ACTIVIDADES

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Os riscos mais comuns em Actividades:

Quedas

Ferimentos/cortes

Fracturas

Intoxicações

Afogamentos

Insolação

Enregelamento

….

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Para podermos elaborar um Plano de Segurança para Actividade Escutista,

devemos ter em conta vários factores:

o Identificar e classificar potenciais perigos;

o Remover/Evitar/Minimizar;

o Planear (formas de resolução de situações perigosas);

o Alertar (para os perigos);

o Conhecer e cumprir a legislação em vigor.

Visitar: http://protecaocivil.wordpress.com

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PERIGO

Situação que ameaça a vida de alguém.

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PLANEAR PARA PREVENIR

Devemos admitir que qualquer acidente também nos pode acontecer.

Será mais fácil de encarar e resolver qualquer situação se estivermos

prevenidos para a sua ocorrência.

PLANEAR ANTECIPADAMENTE é uma boa política para que a nossa

actividade decorra da melhor forma.

PLANEAR – Saber como reagir perante uma situação de perigo ou de acidente,

de forma quanto possível a evitá-la.

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PARA IDENTIFICAR OS PERIGOS:

Devemos fazermo-nos “MUITAS VEZES” a pergunta:

“E se ….?”

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DEPOIS DE IDENTIFICADOS E “CATALOGADOS” OS

PERIGOS

Alertar os nossos elementos, avisando-os as vezes necessárias para que fiquem

conscientes dos mesmos.

Se for possível, devemos fazer esforço para que o perigo seja removido.

Se não for possível a sua eliminação, uma solução será um novo Plano e, em

última instância cancelar a actividade.

O confronto com o perigo pode ter aspectos positivos, mas atenção, tem que

existir o

CONTROLO PERMANENTE DA SITUAÇÃO

caso contrário poderemos estar perante um acidente.

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EM RESUMO:

Para planificar a SEGURANÇA de uma actividade, devemos:

Planear antecipadamente

Identificar os Perigos

Alertar para os perigos

Remover os perigos

Evitar os perigos

Defrontar os perigos Avaliar o RISCO de ocorrer um acidente

Estimar a probabilidade de perda (número/força)

Justificar a perda/risco de vida (aceitável e ou recuperável)

Proceder com extrema precaução ao planear.

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PLANEAR ANTECIPADAMENTE

Em todas as actividades do nosso dia-a-dia há risco. Nas Actividades

Escutista também. Quer decorram na sede, em locais isolados, nas vias

públicas, na água, …. Será necessário que em qualquer uma haja um bom

planeamento de possíveis riscos de acidente.

Devemos ter em mente que um acidente NOS pode realmente acontecer.

Não devemos pensar: “será que acontece?”, mas sim “quando vai

acontecer?”.

Logo devemos estar sempre prontos a responder ao que vai acontecendo

no decorrer da actividade.

Planear antecipadamente é primordial para que não existam acidentes ou sejam

minimizados os riscos, sabendo como reagir perante eles.

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IDENTIFICAR OS PERIGOS

Fazer uma “listagem” e análise prévia dos possíveis riscos de

acidente no decorrer da actividade ajuda a que os mesmos

sejam minimizados ou mesmo eliminados.

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ALERTAR PARA OS PERIGOS

Depois de identificados, devemos alertar (chamar a atenção)

os elementos participantes da actividade.

Nos de origem humana (como por exemplo a distracção, a pressa de

chegar primeiro) a probabilidade de acidente poderá ser reduzida

ou mesmo anulada, chamando a atenção para o mesmo e/ou

levando a uma mudança de comportamentos.

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REMOÇÃO DOS PERIGOS

Se a chamada de atenção para o perigo não for o suficiente

para a não ocorrência do acidente, devemos considerar a

hipótese da sua remoção, mas tendo sempre o cuidado de

não criarmos outra situação com outro perigo de acidente.

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EVITAR OS PERIGOS

Se a remoção do perigo não for possível ou não resolver a

situação, podemos optar por “contorná-lo”, ou mesmo evitá-lo.

A nossa opção pode passar por um novo plano de actividade,

por um ajuste ao plano, por uma reorganização de estratégia

ou mesmo pelo cancelamento da actividade.

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ENFRENTAR OS PERIGOS

Se não se poderem remover ou evitar os perigos, o mais correcto será enfrentá-los.

Como já os identificamos, devemos saber como agir perante eles, de forma a reduzir ou anular o risco de acidente.

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AVALIAR O RISCO DE ACIDENTE

No caso de não se poder evitar o risco, devemos avaliá-lo para

melhor concluir se o acidente poderá ou não ocorrer.

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ESTIMAR A PROBABILIDADE DE PERDA

Se o risco acidente parece provável, mas não temos a certeza

absoluta, devemos escolher “do mal o menos” ou seja

enveredar por um método em que a probabilidade de

ocorrência o acidente seja menor e com resultados

minimizados.

Ex.: Se numa actividade de campo formos apanhados por uma tempestade e o

material de campo prejudicar a nossa “fuga”, então deixemo-lo e mais tarde

voltaremos para o recolher.

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AO PLANEAR

PROCEDER COM EXTREMA PRECAUÇÃO

Se a previsão do risco for de um acidente com ferimentos,

devemos efectuar o pré-planeamento do socorro e evacuação

do acidentado, nunca esquecendo que quando este estiver

em prática há necessidade de continuar com a actividade,

logo procurar evitar que novos perigos possam surgir.

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O PAPEL DO DIRIGENTE

Ao dirigente pede-se “tudo”.

A responsabilidade é sempre dele.

Deve ser conhecedor de todas as áreas relevantes para a

segurança em actividades.

Não deve descurar a segurança dos seus elementos.

Estejam atentos principalmente ao transporte do material individual dos

elementos e ao manuseamento de pesos excessivos relativos à capacidade

do transportador.

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VAMOS COLOCAR EM PRÁTICA

ALGUMAS NOÇÕES

O teu Agrupamento está a programar uma actividade de Páscoa.

Uma vez que estás com os conteúdos “fresquinhos”, o CA delegou em ti a

elaboração do Plano de Segurança. Como contas com a ajuda da tua EA (a

tua patrulha), põe mãos à obra.

Vamos elaborar um Plano de Segurança para a Actividade.

Elementos – as 4 secções

Local – à escolha – campo

Actividades – à escolha – Várias situações

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ALGUMA LEGISLAÇÃO Dec.Lei n.º 124/2006 – Defesa da Floresta Contra Incêndios (revoga Decreto-Lei nº 156/2004)

Lei n.º 14/2004 – Cria as comissões municipais de defesa da floresta contra incêndios

Por taria n.º 1185/2004 – Estabelece a estrutura tipo do plano de defesa da floresta contra incêndios

Dec.Lei n.º 17/2009 – Segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho, que estabelece as

medidas e acções a desenvolver no âmbito do Sistema Defesa da Floresta contra Incêndios.

Resolução do Conselho de Ministros nº 65/2006 – Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI)

Dec.Reg. N.º 17/03 – Actividades em Áreas Protegidas

Dec.Reg. N.º 18/99 – Actividades em Áreas Protegidas

Dec.Lei n.º 310/2002 – Acampamentos Ocasionais

Decreto-Lei n.º 423/93 – Regula a elaboração e aprovação dos Planos Municipais de Intervenção na Floresta (PMIF) que visam assegurar medidas de protecção das florestas contra incêndios.

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