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ÁREAS AMBIENTAIS DEGRADADAS: CAUSAS E RECUPERAÇÃO Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade Fernanda Kohlrausch [email protected] Carlos Fernando Jung [email protected] Resumo: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade analisar as contribuições científicas a partir de estudos sobre áreas ambientalmente degradadas e ações para recuperação. Para tanto, foram selecionadas 54 publicações nas plataformas Scielo, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Entre os resultados obtidos, verificou- se que 28% das publicações são oriundas do Estado de Minas Gerais, Brasil. Os artigos analisados apontaram como principais causas do surgimento de áreas degradadas a agricultura, a mineração da fração areia/argila/caulim e a mineração de metais (ouro, ferro, bauxita). Embora o enfoque seja, por vezes, diverso, todas as publicações referiram a necessidade de um meio ambiente preservado e de processos que otimizem a recuperação das áreas degradadas. Palavras-chaves: área degradada; meio ambiente; recuperação de áreas degradadas. ISSN 1984-9354

ÁREAS AMBIENTAIS DEGRADADAS: CAUSAS E RECUPERAÇÃO · 4 degradadas oriundas destes impactos ambientais, geralmente está relacionado à falta de planejamento ... Barragens de captação

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ÁREAS AMBIENTAIS DEGRADADAS: CAUSAS E

RECUPERAÇÃO

Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade

Fernanda Kohlrausch

[email protected]

Carlos Fernando Jung

[email protected]

Resumo: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade analisar as contribuições

científicas a partir de estudos sobre áreas ambientalmente degradadas e ações para recuperação. Para tanto, foram

selecionadas 54 publicações nas plataformas Scielo, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Entre os resultados

obtidos, verificou- se que 28% das publicações são oriundas do Estado de Minas Gerais, Brasil. Os artigos analisados

apontaram como principais causas do surgimento de áreas degradadas a agricultura, a mineração da fração

areia/argila/caulim e a mineração de metais (ouro, ferro, bauxita). Embora o enfoque seja, por vezes, diverso, todas as

publicações referiram a necessidade de um meio ambiente preservado e de processos que otimizem a recuperação das

áreas degradadas.

Palavras-chaves: área degradada; meio ambiente; recuperação de áreas degradadas.

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

A necessidade de um meio ambiente preservado é essencial para a manutenção e

qualidade de vida. Tomos temos o direito de viver em um local que não esteja poluído nem degradado

e de exigir que nossa água seja potável, que nosso ar seja limpo, que nosso solo esteja conservado e

que todas as formas de vida sejam preservadas, não só pelo patrimônio genético que abrigam, mas pelo

simples fato de serem formas vivas.

O surgimento de áreas degradadas leva o ser humano a conviver com as consequências

oriundas do impacto ambiental que acaba prejudicando sua saúde, seu ambiente e, consequentemente,

sua qualidade de vida. Provavelmente ninguém quer ter sua moradia ao lado de uma área poluída,

degradada ou que degrade sua saúde, mas o planeta é um só. Mesmo que a área degradada, que os

poluentes da água, do solo e do ar estejam a quilômetros de distância, os resultados ambientais afetam,

muitas vezes outras partes do planeta.

Neckel, Fanton e Bortoluzzi (2009) explicam que o processo de expansão da cidade e a

incorporação de novos espaços para edificações, altera a natureza, modificando-a cada vez mais no

meio ambiente urbano o que poderia elucidar o surgimento da urbanização, da presença de

construções, mas não justifica a degradação caracterizada pela eliminação desnecessária ou mal

planejada da vegetação e da depauperação do solo e da água em áreas urbanas.

Barbisan et al. (2009) afirmam que durante muitos anos foram adotadas políticas públicas

municipais de desenvolvimento urbano sem que os aspectos relacionados ao planejamento urbano e de

meio ambiente fossem considerados, entretanto, a variável ambiental tem assumido gradualmente um

papel relevante na orientação de futuras políticas de gestão urbana, principalmente em função da

legislação vigente e das ações de órgãos governamentais e não-governamentais, o que evidencia a

importância desse tema.

Albuquerque (2007) refere que os problemas socioambientais não podem ser considerados um

desequilíbrio de uma relação entre o homem e a natureza. O autor também afirma que não é porque a

natureza esteja revoltada com o homem que, por isso, quer exterminá-lo. A natureza possui uma

dinâmica própria de transformação, mas a é relação homem/natureza que está causando os problemas

ambientais que ameaçam extinguir nossa própria espécie, afinal os resultados vem de uma relação do

homem com ele mesmo.

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Este artigo tem por finalidade analisar as recentes publicações sobre áreas degradas, causas que

levam ao surgimento das áreas degradadas, a localização das mesmas e a ocorrência de ações para a

recuperação das áreas degradas. O artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 apresenta o

referencial teórico sobre os temas meio ambiente, área degradada, tipos de degradação ambiental,

histórico das áreas degradadas e necessidade da preservação, a seção 3 apresenta os procedimentos

metodológicos, a seção 4 os resultados, a seção 5 a análise e a seção 6 traz as conclusões do estudo.

2. Referencial teórico

2.1 Área degradada

O conceito de área degradada ou de paisagens degradadas pode ser compreendido como locais

onde existem (ou existiram) processos causadores de danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem

ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como a qualidade produtiva dos recursos naturais

(DECRETO FEDERAL 97.632/89).

Botelho (2007) refere que um ecossistema degradado é aquele que após distúrbios, teve

eliminados, com a vegetação, os seus meios de regeneração biótica. Seu retorno ao estado anterior

pode não ocorrer ou ser bastante lento. Nesse caso, a ação antrópica é necessária para a sua

regeneração em curto prazo.

Nascimento (2007) inclui a degradação ambiental como consequência das atividades que direta

ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições

adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente os fatores bióticos; afetem as

condições estéticas ou sanitárias do Meio Ambiente e lancem matérias ou energia em desacordo com

os padrões ambientais estabelecidos.

A degradação ambiental pode estar, de acordo com Neto, Angelis e Oliveira

(2004) situada nas

zonas rurais, mas também em zonas urbanas. Mais de 15% dos solos do mundo encontram-se

degradados ou em processo de degradação. Na região tropical, a situação é ainda pior: mais da metade

dos solos tropicais possuem algum grau de degradação.

Das áreas degradas, 98,8% estão relacionadas às atividades de produção e extrativismo, e 1,2%

a ações como mineração, construção de estradas, represas, áreas industriais, disposição do lixo urbano

de forma incorreta, e erradicação da mata ciliar e de galeria, entre outras, resultando em impacto

imediato sobre o solo (EMBRAPA, 2004 apud NETO, ANGELIS e OLIVEIRA, 2004).

Um dos principais problemas relacionados à ocupação das áreas urbanas, segundo Nascimento

(2007), são os impactos ambientais, quase sempre notados através das inundações, deslizamentos,

desmoronamentos, produção de lixo, erosões, entre outros. Muitas vezes, o surgimento de áreas

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degradadas oriundas destes impactos ambientais, geralmente está relacionado à falta de planejamento

urbano. Este autor também afirma que o impacto ambiental não é só um resultado da ação humana

sobre o ambiente, mas sim a relação entre as mudanças sociais e ecológicas em constante movimento,

portanto estudar um determinado impacto ambiental é estudar um movimento que continua.

A Resolução 01/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama– cita algumas

atividades antrópicas que são potencialmente causadoras de alterações no meio ambiente, Neto,

Angelis e Oliveira

(2004) consideram que algumas dessas atividades são de maior ocorrência em áreas

urbanas, e outras em áreas rurais e até mesmo em escalas regionais ou nacionais.

Moreira (1993) apud Neto, Angelis e Oliveira

(2004) apresenta uma série destas atividades,

destacando a necessidade de se agrupar e estabelecer a classificação por porte, potencial de impacto,

tipo de atividade e localização, ver Quadro 1.

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1. Obras de saneamento 2. Urbanização 3. Transporte e

transmissão 4. Extração mineral

Sistemas de abastecimento

de água Pólos industriais Rodovias Areia

Sistemas de esgotamento

sanitário Distritos industriais Ferrovias Argila, saibro

Sistemas de drenagem Pólos turísticos Hidrovias Pedreiras de brita

Estações de tratamento de

esgoto Loteamentos Metropolitanos Pedreiras de blocos

Adutoras Condomínios Ferrovias urbanas Carvão mineral

Troncos coletores de esgotos Desmembramentos Oleodutos Chumbo

Emissários Aterros Gasodutos Turfa

Barragens de captação e

reservação Aterros hidráulicos Minerodutos Calcário

Dragagem de corpos d’água Obras de contenção de

encostas Linhas de transmissão Petróleo e gás natural

Retificação de rios Conjuntos habitacionais Torres de transmissão Amianto

Aterros sanitários Hotéis Estações de transmissão

de energia elétrica Xisto

Aterros de resíduos

industriais Clubes Camping

Outros minerais e

minérios

Incineradores Marinas Piers e cais

Usinas de compostagem Residências

Garagens de empresas de

lixo urbano

5. Agropecuária 6. Comércio e serviços 7. Usinas de geração de

energia

9. Instalações

terminais

Obras de irrigação e

drenagem Hospitais Hidrelétricas Portos

Reflorestamento econômico Supermercados Termoelétricas Aeroportos

Extração de madeira e

carvão vegetal Centros comerciais Termonucleares Terminais de minério

Plantações extensivas Cemitérios

Terminais de petróleo

e derivados

Criação de animais Lavanderias 8. Indústrias de

transformação Helipontos

Parcelamentos agrícolas Armazenagem de produtos

tóxicos perigosos Todos os gêneros Garagens

Aquicultura

Terminais rodoviários

Quadro 1: Classificação de atividades causadoras de impactos ambientais - por porte, potencial de impacto e tipo de

atividade. Fonte: Moreira (1993) apud Neto, Angelis e Oliveira (2004)

Falar de degradação ambiental e sua relação com o homem é falar da história da humanidade.

De acordo com Albuquerque (2007), desde seu surgimento na Terra, o homem tenta compreender e

transformar o mundo à sua volta.

Silva (2011) descreve que o homem desde a pré-história interfere consciente ou

inconscientemente no meio ambiente, mais especificamente na distribuição da vegetação, seja pela

dispersão de sementes durante processos migratórios, pela proteção de espécies consideradas úteis ou

sagradas, pela seleção de espécies para domesticação, pela caça ou domesticação de animais

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necessários à polinização de espécies da floresta ou através de outros processos que envolvem fatores

bióticos e abióticos.

No Brasil, assim como em grande parte do planeta, segundo Serato e Rodrigues (2010), o

processo de desenvolvimento é baseado em uma intensa exploração do meio ambiente. Estes mesmos

autores afirmam que a enorme demanda por recursos naturais ocasionou uma exploração desmedida,

uma rápida degradação desse meio e o aumento da degradação ambiental.

Mohr et al. (2012) esclarecem que o Brasil, desde seu descobrimento, sofreu um processo de

desbravamento extrativista e que conceito de progresso e desenvolvimento significou, durante séculos,

explorar ao máximo a flora e a fauna.

Albuquerque (2007) afirma que os problemas ambientais já ocorrem há milênios: os romanos já

reclamavam da poluição do ar antes de Cristo, mas o autor elucida que, mesmo que o homem tenha

sempre interferido na natureza, agora ele está causando um aumento dos problemas socioambientais. O

autor afirma igualmente que o desmatamento e a exploração dos recursos florestais, nas áreas de

colonização, foi obra das primeiras gerações de imigrantes, mas que a poluição em maior escala, do

solo e dos recursos hídricos, ocorreu a partir das últimas gerações, com a introdução de herbicidas e

agrotóxicos nas lavouras, o que alterou profundamente as propriedades físico-químicas do solo e de

fontes de água.

A ampliação dos problemas ambientais, entre eles o crescimento do número de áreas

degradadas, faz com que necessitemos de uma legislação que nos garanta, de acordo com Abreu e

Gonçalves (2013) um ambiente ecologicamente equilibrado, visto que é um direito fundamental, uma

vez que tem por finalidade a qualidade e a manutenção da vida.

Silva (2011) afirma que a política ambiental brasileira passou a estruturar-se somente a partir

da década de 30 do século XX com a elaboração do Código Florestal, do Código de Caça e Pesca e o

do Código das Águas e posteriormente, através do ordenamento jurídico brasileiro, como com a Lei

6938/81.

3. Procedimentos metodológicos

Para realizar esta pesquisa foram utilizados critérios para busca e seleção dos estudos em bases

de dados, a saber: (i) conter a expressão “degradada” ou “degradadas” no título; (ii) possuir texto ou

resumo em língua portuguesa ou espanhola; (iii) estar relacionado ao contexto de degradação

ambiental; (iv) ser artigo científico; (v) ter sido publicado de 2004 a 2014; (vi) fazer alusão ao local da

área degradada em estudo; e (vii) citar a causa da degradação ambiental da área em estudo.

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Em uma segunda etapa foram pesquisados artigos a partir das palavras-chave e critérios nas

seguintes bases de dados: (i) Scielo, (ii) Periódicos CAPES e (iii) Google Acadêmico. Isso permitiu o

acesso a mais de mil artigos que satisfaziam os critérios de inclusão. Na sequência foram selecionados

100 artigos em cada base de dados e descartados os trabalhos que não possuíam enfoque em fatores

bióticos, por exemplo, excluiu-se trabalhos sobre solo degradado. Desta forma, os artigos utilizados

para esta revisão totalizaram 54 estudos.

A partir da leitura dos artigos selecionados construiu-se uma planilha eletrônica como

instrumento de organização das seguintes informações: (i) ano da publicação; (ii) título; (iii) autores;

(iv) local da área degradada – em estudo; (v) causa da degradação; (vi) periódico; (vi) local de

publicação; (vii) classificação Qualis e ISSN. Após a coleta de dados, foram conceituados os objetos

desse estudo, organizadas as percepções dos autores acerca dos mesmos e criados gráficos para a

organização dos resultados e para uma melhor compreensão da análise desta revisão sistêmica.

4. Resultados

4.1 Publicações sobre áreas degradadas

Os artigos foram listados por ano de publicação, referente ao período de 2004 a 2014, com a

descrição dos respectivos locais de estudo, ver Quadro 2.

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ANO AUTORES LOCAL DA ÁREA EM ESTUDO

2004 SANTOS, L. D.T. et al. Leopoldina, Minas Gerais - Brasil

2004 MARINHO, N. F.; CAPRONI, A. L.; FRANCO, A. A.;

BERBARA, R. L.

Porto Trombetas, Pará - Brasil

2005 GUEVARA, R Granada - Venezuela

2005 GONÇALVES, R. M. G.; GIANOTTI, E.; GIANOTTI, J. D. G.;

SILVA, A. A.

Santa Gertrudes, São Paulo - Brasil

2005 ARAÚJO, F. S.; MARTINS, S. V.; NETO, J. A. A. M.; LANI, J.

L.; PIRES, I. E.

Brás Pires, Minas Gerais - Brasil

2005 MIKICH, S. B.; BIANCONI, G. V. Fênix, Paraná - Brasil

2005 COUTINHO, M. P. et al. Campos dos Goytacazes, Rio de

Janeiro - Brasil

2005 GUEVARA, R.; ROSALES, J.; SANOJA, E. Región Guayana, Estado Bolívar -

Venezuela

2006 DE LIMA, H. M.; FLORES, J. C. do C.; COSTA, F. L. Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais

- Brasil

2006 COSTALONGA, S. R. et al. Paula Cândido, Minas Gerais - Brasil

2006 SALOMÃO, R. P.; ROSA, N. A.; CASTILHO, A.; MORAIS, K.

A. C.

Porto Trombetas, Pará - Brasil

2007 ROSOT, N. C.; DLUGOSZ, F. L.; ROSOT, M. A. D.; KURASZ,

G.; OLIVIERA, Y. M. M.

Caçador, Santa Catarina - Brasil

2007 FERREIRA, W. C.; BOTELHO, S. A.; DAVIDE, A. C.; FARIA,

J. M. R.

Camargos, Minas Gerais - Brasil

2007 MELLO, U. P. Fraiburgo, Santa Catarina - Brasil

2007 BARBISAN, A.O. et al. Passo Fundo, Rio Grande do Sul -

Brasil

2007 BITENCOURT, F.; ZOCCHE, J. J.; COSTA, S.; SOUZA, P. Z.;

MENDES, A. R.

Criciúma, Santa Catarina - Brasil.

2007 PEREIRA, C. R. et al. Turmalina, Minas Gerais - Brasil

2007 FILHO, J. A. A.; SOUZA, F. B.; SILVA, N. L.; BEZERRA, T.

S.

Quixeramobim, Ceará - Brasil

2008 REGENSBURGER, B.; COMIN, J. J.; AUMOND, J. J Doutor Pedrinho, Santa Catarina -

Brasil

2008 FÁVERO, C.; LOVO, I. C., MENDONÇA, E. DE S. Vale do Rio Doce, Minas Gerais -

Brasil

2008 MARTINS, S. V.; ALMEIDA, D. P.; FERNANDES, L. V.;

RIBEIRO, T. M.

Brás Pires, Minas Gerais - Brasil

2008 SILVA-JÚNIOR, R. L.; WANDERLEY, L. J. DE B.; PEREIRA,

M.

Ituverava, São Paulo - Brasil

2008 CECONI, D. E.; POLETTO, I.; LOVATO, T.; SCHUMACHER,

M. V.

Butiá, rio Grande do Sul - Brasil

2009 JÚNIOR, N. A. S.; CARDOSO, V. J. M.; BARBOSA, J. M.;

RODRIGUES, M. A

Baixada Santista, São Paulo - Brasil

2009 BARBISAN, A. O. et al. Passo Fundo, Rio Grande do Sul -

Brasil

2009 KLEIN, A. S.; CITADINI-ZANETTE, V.; LOPES, R. P.;

SANTOS, R.

Urussanga, Santa Catarina - Brasil

2009 PINHEIRO, C. C.; GANADE, G. São Francisco de Paula, Rio Grande

do Sul - Brasil

2009 NECKEL, A.; FANTON, G.; BORTOLUZZI, E. C. Passo Fundo, Rio Grande do Sul -

Brasil

2009 MACIEL, V. R.; LEME, M. K. Rio Claro, São Paulo - Brasil

2009 FIDALGO, A. O.; ALCÂNTARA, R. P.; CALDIRON, G. T. São Vicente, São Paulo - Brasil

2009 FILHO, B. C.; ANDRADE, A. G.; POLIVANOV, H.;

GUERRA, A. J. T.; FILHO, A. R.

Tombos, Minas Gerais - Brasil

2010 DALMASSO, A Malargue, Mendoza - Argentina

2010 FERREIRA, W. C.; BOTELHO, S. A.; DAVIDE, A. C.; FARIA,

J. M. R.

Camargos, Minas Gerais - Brasil

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2010 SERATO, D. S.; RODRIGUES, S. C. Uberlândia, Minas Gerais - Brasil

2010 VICENTE, N. M. F.; CURTINHAS, J. N.; PEREZ, A. L.;

PREZOTTI, L.

Governador Valadares, Minas Gerais

- Brasil

2011 NERI, A. V.; SOARES, M. P.; NETO, J. A. A. M.; DIAS, L. E. Paracatu, Minas Gerais - Brasil

2011 VENTUROLI, F.; VENTUROLI, S. Brasília, Distrito Federal - Brasil

2011 BELLUTA, I. et al. Botucatu, São Paulo - Brasil

2012 SANTOS, P. L.; FERREIRA, R. A.; ARAGÃO, A. G.;

AMARAL, L. A.; OLIVEIRA, A. S.

São Cristóvão, Sergipe - Brasil

2012 GRIS, D.; TEMPONI, L. G.; MARCONI, T. R. Paraná - Brasil

2012 FIGUEIREDO, M. A; BAETA, H. E.; KOSOVITS, A. R. Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais

- Brasil

2012 PEREIRA, J. S.; RODRIGUES, S. C. Uberlândia, Minas Gerais - Brasil

2012 VENTUROLI, F. et al. Brasília, Distrito Federal - Brasil

2012 FIALHO, V. G.; ZANZINI, E. S. Guarulhos, São Paulo - Brasil

2012 FERNANDES, M. M.; FERNANDES, M. R. M.; LIMA, R. P.;

CRUZ, N.N. L.

Santa Luz, Piauí - Brasil

2012 CARNEIRO, R. F. V.; JÚNIOR, F. M. C.; PEREIRA, L. F.;

FERREIRA, A. S.

Gilbués, Piauí - Brasil

2013 SOUZA, M. C. S.; RODRIGUES, F. C. M. P. Paraty, Rio de Janeiro - Brasil

2013 AFFONSO, I. P.; GAMBALE, P. G.; HIROIUKI, F.; BASTOS,

R. P.

Paraná - Brasil

2013 FILHO, N. L.; SANTOS, G. R.; FERREIRA, R. L. Urucu, Amazonas - Brasil

2013 SHIRASUNA, R. T.; FILGUEIRAS, T. S.; BARBOSA, L. M. São Paulo, São Paulo - Brasil

2013 LAURENTINO, I. C.; SOUZA, S. C. Mossoró, Rio Grande do Norte -

Brasil

2013 MARCUZZO, S. B.; GANADE, G.; ARAÚJO, M. M.; MUNIZ,

M. F. B.

Porto Alegre, Rio Grande do Sul -

Brasil

2014 SCHNEIDER, P. R.; ELESBÃO, L. E. G.; SCHNEIDER, P. S.

P.; LONGHI, R. V.

Rio Grande do Sul - Brasil

2014 CARNEIRO, V. A.; PAULO, P. O.; MELO, E. M. L. Palmelo, Goiás - Brasil

Quadro 2: por ano de publicação, referente ao período de 2004 a 2014, com a descrição dos respectivos locais de estudo

Na Figura 1 é apresentada uma síntese do número de estudos em função do ano de publicação.

Figura 1: Número de estudos sobre áreas degradadas em função do ano de publicação

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4.2 Publicações em função das causas da degradação

Após análise, foi constatado que dos 54 trabalhos 94,4% foram publicados no Brasil. As causas

da degradação, ver Figura 2, estão organizadas pelo tipo, ou seja, pela origem comum de degradação, a

saber: (i) As 5 primeiras que estão listadas compreendem os processos relacionados à mineração

(extração de petróleo, mineração da fração areia/argila/caulim, mineração de sal, mineração de carvão

e mineração de metais/ouro, ferro, bauxita); (ii) As 3 causas de degradação que seguem listadas no

Figura 2 são as pertinentes à produção agrossilvipastoril (agricultura, agropecuária e silvicultura); (iii)

As 3 causas subsequentes são as ligadas à manutenção da vida urbana (descarte de resíduos, ocupação

irregular – moradias e obras de infraestrutura/Usina/ETE); e (iv) A última causa representada é a que

reúne degradações de origem natural em ambientes antropizados ou não

(deslizamentos/erosão/voçoroca).

Figura 2: Matriz de publicações, por estado, em função das causas de degradação ambiental no Brasil Legenda:

__=nenhuma publicação; __= 01publicação; __= 02 publicações; __= 03 publicações e

__= 05 publicações

Os artigos que citam como as causas de degradação a mineração (extração de petróleo,

mineração da fração areia/argila/caulim, mineração de sal, mineração de carvão e mineração de

metais/ouro, ferro, bauxita), totalizam 43% das publicações. Causas ligadas à origem agrossilvipastoril

são mencionadas em 28% das publicações, seguida pelas causas de manutenção da vida urbana com

20% e pelas de origem natural com 9%.

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A mineração é a causa de degradação mais ocorrente na amostra de artigos selecionados,

entretanto não há uma concentração em um local específico. Os estados com maior número de

publicações, conforme Figura 2, como Minas Gerais e São Paulo possuem publicações que se

enquadram nos 4 agrupamentos por tipo/origem comum, não apresentando nenhuma causa de

degradação que seja única ou exclusiva. Entre as 7 publicações que referiram áreas localizadas no Rio

Grande do Sul a ocupação irregular é citada em 3, enquanto em Santa Catarina, 3 dos 5 trabalhos citam

áreas degradadas pela mineração. Entre as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal) do

Brasil, mais de 50% tiveram artigos que referiram a presença de áreas degradadas. As 4 publicações

que referiram áreas degradadas em outros países, 3 citaram com a causa da degradação a mineração.

A análise revelou que apenas 4 publicações trataram de causas da degradação em outros países,

ver Figura 3.

Figura 3: Publicações sobre causas de degradação em outros países

4.3 Publicações em função da recuperação de áreas degradadas

Dentre os artigos analisados, ver Figura 4, 52% não realizou nenhuma forma de recuperação ou

regeneração da área identificada como degradada, mas descreveu processos, listou e catalogou os seres

vivos (nos analisados: fungos, plantas ou animais) encontrados na área ou em seu entorno.

A regeneração natural da área foi descrita em 9% das publicações e em 39% delas houve relato

de procedimentos para a recuperação das áreas com plantio de mudas, dispersão de sementes,

distribuição de fungos, etc.

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Figura 4: Classificação dos artigos quanto ao tipo e em relação às áreas degradadas

5. Análise

A maioria dos artigos foi publicada nos anos de 2009 e 2012, Ferreira et al. (2010) citam que

no Brasil são poucos os trabalhos que tratam da avaliação do sucesso dos reflorestamentos e da

eficiência das técnicas utilizadas até então.

A taxa de 28% dos trabalhos analisados ter a área em estudo localizada em Minas Gerais pode

estar vinculada ao Vale do Rio Doce, que Fávero, Lovo e Mendonça (2008) afirmam que, de acordo

com a história, os solos deste vale, localizado em Minas Gerais, foram utilizados, em sua maioria, para

pastagens com a utilização constante do fogo como técnica de renovação destas, além de ser um solo

com a ocorrência de minérios. Neri el al. (2011) afirmam que o crescimento econômico brasileiro e a

criação de Brasília geraram forte pressão sob extensas áreas de Cerrado em Minas Gerais, sendo este

último fator importante que implicou a criação de estrutura viária em regiões ocupadas por Cerrado,

principalmente a Rodovia Rio-Brasília. O autor também afirma que nas duas últimas décadas, a região

do Cerrado tem sido opção preferencial para a expansão da fronteira agrícola, mas que além dessa

atividade, há nessa região um aumento na demanda dos setores industriais e minerais. Talvez em

função da exploração que vem sofrendo há séculos não só da mineração, mas também da agricultura,

algumas cidades de Minas Gerais apresentam áreas com estados avançados de degradação.

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5.1 Causas da degradação

Segundo Botelho et al. (2007) a avaliação da extensão de áreas degradadas é um processo

complexo, pois o conceito de solo degradado não está claramente definido. Após atividades que

causam grandes distúrbios, como a mineração e em áreas de empréstimo para a construção de

barragens e aterros, a caracterização torna-se óbvia, mas em áreas em que a degradação ocorre de

forma lenta e gradual, como nas atividades agrícolas, a caracterização é mais difícil. A classificação

“Mineração” que totalizou 43% das áreas das publicações analisadas agrega a extração de petróleo, a

mineração da fração areia/argila/caulim, a mineração de sal, de carvão e de metais como ouro, ferro e

bauxita podem ser, conforme descrição de Botelho et al. (2007), provavelmente, caracterizadas como

atividades que geram grandes distúrbios.

Carvalho (2011) cita que a exploração mineral é uma das atividades que mais contribui para a

qualidade de vida da sociedade contemporânea, sendo considerado um dos setores básicos para o

desenvolvimento econômico e social de muitos países, inclusive o Brasil, entretanto apesar da

expressiva participação na economia, a mineração gera muitos impactos, como os inerentes à própria

atividade e como os que podem ser minimizados se houver manutenção adequada. A autora

complementa afirmando que, quando não são bem administrados, os impactos ambientais causados

pela mineração podem provocar um conjunto de efeitos indesejáveis relativos à poluição ambiental,

aos conflitos de uso e ocupação de solos, à geração de áreas degradadas, etc.

Filho, Santos e Ferreira (2013) citam que na Amazônia brasileira, a agropecuária, a abertura de

estradas e a mineração promovem distúrbios em áreas extensas e que na exploração de petróleo o

distúrbio ocorre em grande número de pequenas áreas isoladas de difícil restauração devido à elevada

temperatura interna, aos processos erosivos, ao solo naturalmente adensado, de baixa infiltração e

fertilidade e à situação agravada pela compactação promovida pela movimentação de máquinas em seu

interior.

A taxa de 27% das áreas das publicações na classificação “Agrossilvipastoril”, que inclui a

agricultura, a agropecuária e a silvicultura, podem estar expressando, possivelmente, de acordo com

Mohr, Périco, Fonseca e Mohr (2012) uma relação com a história de desbravamento extrativista na

colonização do Brasil visto que o que conceito de progresso e desenvolvimento significou, durante

séculos, explorar ao máximo a flora e a fauna. Os autores complementam esclarecendo que a

destruição da Mata Atlântica, por exemplo, que em 2011 apresentava menos de 8% de sua cobertura

original, pode ser atribuída à ação de industriais, mineradores, madeireiros, agricultores, pecuaristas,

índios e missionários. No Rio Grande do Sul a disponibilidade, o acesso e o uso dos recursos naturais

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são parte de um contexto histórico por meio do qual as formas de apropriação da natureza

transformaram de maneira drástica o ambiente.

Piña-Rodrigues e Souza (2013) afirmam que no final do século XVIII, praticamente toda a área

de Floresta Ombrófila Densa no Município de Paraty, RJ, foi removida para o plantio de cana-de-

açúcar.

Gris, Temponi e Marcon (2012) expressam que a colonização no Estado do Paraná culminou na

devastação de grandes áreas florestadas em todo o Estado. Os programas de restauração de áreas

degradadas enfatizam a utilização de espécies nativas mas, muitas vezes, não se conhecem as espécies

indicadas para reflorestamentos locais, uma vez que essas áreas são pouco conhecidas floristicamente.

Rosot, N. R. et al. (2007) explicam que a expansão antrópica tem intensificado as pressões

sobre áreas com florestas naturais. A cobertura florestal, que originalmente ocupava grandes áreas, foi

cedendo espaço para atividades antrópicas, com maior destaque para a agricultura e pecuária. O atual

cenário encontrado é composto por fragmentos de remanescentes florestais – em sua grande maioria

apresentando tamanhos reduzidos – cercados por áreas antropizadas.

Araújo et al. (2005) considera que as áreas de terras tropicais degradadas têm aumentado nas

últimas décadas devido à alta demanda de terras agricultáveis, produtos extraídos das florestas,

crescimento da população humana e maior habilidade tecnológica para modificar paisagens. O autor

também afirma que podem-se acrescentar ainda as atividades de mineração como fortes modificadoras

da paisagem, pois degradam extensas áreas, muitas vezes de difícil recuperação, pois, além da

vegetação, há degradação de solos e águas.

A implantação de obras de infraestrutura totalizou cerca de 9% das áreas degradadas citadas

pelos artigos analisados. De acordo com Ferreira et al. (2010), obras como as usinas hidrelétricas

também causam impactos sobre a vegetação, além da supressão total ou parcial da mata ciliar pela

formação do reservatório, pelo uso de equipamentos pesados, que compactam o solo, permanecendo

sem qualquer condição para que nele se processe a regeneração natural, exigindo, portanto, o emprego

de técnicas adequadas de recuperação como forma de amenizar o impacto ambiental.

A ocupação irregular, a construção de moradias em áreas irregulares e a formação de áreas

degradadas urbanas, que foi citada em 9% dos artigos analisados, pode ser justificada por Marcuzzo et

al. (2013) que afirmam que o desenvolvimento dos grandes centros urbanos resultou na supressão e

degradação das áreas florestais, podendo-se citar, como exemplo, a redução da Mata Atlântica, que

antes ocupava grande parte da costa litorânea brasileira, restando, atualmente, de sua área original,

apenas fragmentos.

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5.2 Recuperação de áreas degradadas

Dos trabalhos analisados 39% estavam diretamente relacionados a ações reais de recuperação

de áreas degradadas. De acordo com Ferreira et al. (2010) no Brasil são poucos os trabalhos que tratam

da avaliação do sucesso dos reflorestamentos e da eficiência das técnicas utilizadas até então.

Santos et al. (2012) afirma que a falta de planejamento no uso dos recursos naturais tem

resultado na degradação dos ecossistemas florestais. Diante disso, nos últimos anos surgiram vários

programas visando à recuperação desses ambientes, os quais consideram vários fatores, entre eles o

ecológico, o silvicultural, o social e, especialmente, o econômico. A partir destes fatores, surge a

preocupação em desenvolver técnicas que visam reduzir ao máximo os custos com a implantação de

espécies florestais nativas para a recuperação de ecossistemas fortemente antropizados ou degradados.

Diferente da recuperação, o processo de regeneração natural foi acompanhado em 9% dos

artigos analisados, Klein et al. (2009) citam que esta forma de recuperação pode sofrer influências

ambientais e que para sua descrição deve ser analisado em uma série de fases consecutivas, as quais

afetam o seu êxito e o resultado final. De acordo com o autor, entre as influencias estão a fenologia de

uma espécie, sua estratégia de polinização, sistema de cruzamento e dispersão de frutos e de sementes.

Estes processos são fundamentais para regeneração de áreas e distúrbios naturais ou antrópicos que

criam hábitats heterogêneos, proporcionando o recrutamento de diferentes espécies de plantas e trazem

diferentes formas de regeneração.

Artigos que estudaram áreas degradadas por disposição incorreta de resíduos, totalizaram

apensa 2%, Alberte, Carneiro e Kan (2005) afirmam que teoricamente a recuperação de uma área

degradada por deposição inadequada de lixo envolve a remoção total dos resíduos depositados,

transportando-os para um aterro sanitário, seguida da deposição de solo natural da região na área

escavada. Contudo, ações deste porte compreendem elevados custos, inviabilizado economicamente

este processo e forçando a adoção de soluções mais simples e econômicas de modo a minimizar o

problema como intervir em um aterro com o intuito de encerrar a sua operação, requalificando-o

ambientalmente ao espaço onde está inserido, reduzindo os impactos ambientais negativos sofridos

pela área e dando-lhe outra finalidade ou transformando-o em de aterro comum em aterro

controlado/sanitário. Esta prática, que promove a recuperação gradual da área degradada mantendo sua

operação, objetiva, entre outros motivos, minimizar os seus impactos socioambientais.

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6. Conclusões

Este artigo apresentou os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade analisar as

recentes publicações sobre áreas degradas, causas que levam ao surgimento das áreas degradadas, a

localização das mesmas e a ocorrência de ações para a recuperação destas áreas.

A amostra de artigos analisados sobre áreas degradadas identifica a distribuição de um

problema ambiental que pode ser decorrente de um planejamento de desenvolvimento econômico,

social e ambiental falho ou inexistente, entretanto a relação entre o homem e o meio ambiente depende

da percepção que o homem tem dele mesmo da natureza e da vida.

O desenvolvimento econômico não só pode, como deveria estar sempre aliado à preservação

ambiental. A existência de áreas degradadas que necessitam de recuperação indica que indivíduos,

empresas ou o poder público (que nada mais são do que o próprio homem) não planejaram ou não

executaram de forma eficiente o processo, seja ele produtivo (como nas atividades agrossilvipastoris),

de extração (como a mineração) ou de manutenção da vida (infraestrutura e gestão de resíduos).

Lopes, Silva e Tavares (2013) afirmam que a natureza do risco ambiental é universal e que

problemas muitas vezes são locais, contudo os resultados produzidos são globais. Um exemplo citado

pelos autores é a contaminação atmosférica que afeta primeiramente a saúde das comunidades locais,

mas que acaba por contribuir globalmente para o processo de mudança climática do planeta. Grande

parte dos problemas ambientais, entre eles a ocorrência de áreas degradas afetam não apenas as

gerações presentes, mas também as futuras, na medida em que interferem nas condições essenciais de

sua sobrevivência.

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