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recicla - pontoverde.pt · na dúvida os consumidores coloquem as embalagens no ecoponto. No caso de haver um engano, na central de triagem proceder-se-á à correcção desse erro

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ANO 2 | N.º5 | TRIMESTRAL | JULHO•AGOSTO•SETEMBRO 2005 1€

SEPARARESTÁMAIS FÁCIL

SEPARARESTÁMAIS FÁCIL

OPINIÃO RUI BERKEMEIER • BRISA COM FROTA ECOLÓGICA

NOVO PROGRAMA NA TVITodas as manhãsde segunda a sexta-feira

ENTREVISTARui Toscano,

Director-Geral da Selenis

SOCIEDADE PONTO VERDE

Joana Santos

Responsável de Comunicação da Sociedade Ponto Verde

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Aactual sociedade de informação obriga-nos a um esforço diário deassimilação das mais diversas mensagens. Através de processoscognitivos mais ou menos complexos, o nosso cérebro selecciona as

mensagens que lhe interessam e elimina de forma imediata aquelainformação que, por alguma razão, o sujeito não está predisposto areceber.

Se pensarmos que uma edição de fim-de-semana do jornal New YorkTimes contém mais informação do que a média adquirida por umapessoa ao longo da sua vida no séc. XVII, temos uma pequena noção daquantidade de informação que nos chega diariamente através dos maisdiversos meios: televisão, rádio, jornais, Internet e sobre os mais diversosassuntos.

Fazer valer uma mensagem entre uma tão vasta concorrência, aindamais quando essa mesma mensagem tem como objectivo um acréscimode tarefas que não resultam num benefício directo para o cidadão, é umdesafio cheio de barreiras a transpor.

Pedir às pessoas que separem as embalagens usadas é pedir-lhes que nosdêem algum do pouco tempo que têm, e este tempo é tanto maiorquantas mais regras e restrições incluirmos na informação veiculada.

Simplificar a mensagem é a única forma de angariar adesões para umacausa que é de todos, visto que, de entre todos, apenas o cidadão nãotem um benefício palpável resultante do seu esforço.

Ao mesmo tempo que simplificamos a mensagem, libertamos oconsumidor do peso da culpa em fazer mal, porque se ele se enganar“não há nenhum problema”. O sistema de recolha tem os meios e acapacidade para emendar os eventuais erros que possam surgir, sendotambém verdade que por vezes acertamos mais quando deixamos de termedo de errar.

Para que a participação do cidadão aconteça e assim seja possívelalcançar as ambiciosas metas de reciclagem definidas para 2011, há quepassar a mensagem de que Separar as Embalagens Usadas éextremamente simples. E é mesmo!

EDITOR

IALTornar simples,o que se quer simples

Fazer valer umamensagem entre

uma tão vastaconcorrência,

ainda mais quandoessa mesma

mensagem temcomo objectivo um

acréscimo detarefas que não

resultam numbenefício directopara o cidadão, éum desafio cheio

de barreiras atranspor.

PROPRIEDADESociedade Ponto Verde,S.A.Edifício Infante D.HenriqueRua João Chagas,n.º53,1.º Dtº1495-764 Cruz-QuebradaDafundo • PortugalTelef.: (+351) 21 010 24 00Fax:(+351) 21 010 24 99N.º de Atendimento ao Cliente Verdoreca:808 10 20 21Atendimento ao Cliente:Embalador:21 010 24 90Fax emb/Verde;21 010 24 [email protected] Ponto Verde:808 500 045

DIRECTORJoana Santos

DIRECTORA ADJUNTATeresa Cortes

EDIÇÃO, REDACÇÃO, DESIGN E PUBLICIDADEXMP - Gestão de Meios de Comunicação, LDAAv. de Roma, 16-5.º Esq.1000-265 LisboaTelef.: (+351) 21 845 91 00Fax: (+351) 21 845 91 [email protected]

ESTUDO GRÁFICOCarlos Jorge

IMPRESSÃOHeska Portuguesa, S.A.

TIRAGEM20.000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL215010/04

ICS124501

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ReciclacontémSEPARAR ESTÁ MAIS FÁCIL

Envolver cada vez mais os portuguesesna reciclagem e melhorar os seus hábitos

de separação de embalagens usadas, éobjectivo da Sociedade Ponto Verde, coma adopção e divulgação de novas regras e

de uma nova sinalética, maissimplificadas.

A SPV, em comunicado, explica quetomou esta decisão por considerar que“o número de cidadãos com hábitos de

reciclagem continua a subir de formasustentada”. PÁGINA 6

▼PORTUGUESES ENVIARAM 233 MIL TONELADAS

PARA RECICLAGEMAs famílias portuguesas separaram

e enviaram para reciclagem umtotal de 233.318 toneladas de

embalagens usadas nos primeirosnove meses deste ano, anunciou a Sociedade Ponto Verde (SPV).Este resultado representa uma

subida de 16,4% face a igualperíodo do ano passado. PÁGINA 22

BRISA MAIS ECOLÓGICAA Brisa procura cada vez mais

conciliar as exigências operacionaiscom a defesa do meio ambiente. Éesta a razão da aposta da empresa

em veículos híbridos para a sua frota.PÁGINA 29

CRIANÇAS ENSINAM A SEPARAR EMBALAGENSEnsinar ao público a forma correcta de separar asembalagens usadas é o principal objectivo do novospot publicitário da Sociedade Ponto Verde (SPV),com as crianças como protagonistas.Os mais pequenos assumem neste anúncio um papelpedagógico, com vista à consolidação dos hábitos dereciclagem dos portugueses. PÁGINA 10

DOIS NOVOS SISTEMAS ADEREM AO PONTO VERDEOs Sistemas Multi-Municipaisde recolha RESITEJO eAMBILITAL aderiramrecentemente à SociedadePonto Verde (SPV) e alargarama cobertura nacional doSistema Ponto Verde a umtotal de 293 concelhos queabrangem 98 por cento doterritório e 98,7 por cento dapopulação. PÁGINA 12

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UM PEQUENO GESTO PODE FAZERMUITO PELO AMBIENTE

Na “Antiga Confeitaria de Belém” jáexiste, faz alguns anos, o hábito da

correcta separação de embalagens. Em2004, este estabelecimento, lar dos

famosos “Pasteis de Belém”, viu reunidasas condições e aderiu ao Sistema

Verdoreca. Porque “é importante que oscomerciantes tenham sensibilidade

ambiental e que se apercebam que comum pequeno gesto estão a fazer muito

pelo Ambiente”, diz-nos Vítor Domingos,Director da confeitaria, em conversa com

a RECICLA. PÁGINA 20

▼PLASVERDE APRESENTATÉCNICA INOVADORA

DE RECICLAGEMA Plasverde, empresa do GrupoPlastimar, apresentou no dia 17

de Outubro, no InstitutoPortuário e dos Transportes de

Pesca em Peniche, umainovadora Unidade Móvel para

reciclagem de EPS – Poliestireno Expandido

(Esferovite). PÁGINA 18

PONTO VERDE PROMOVESISTEMA VERDORECA

Dar a conhecer as exigênciaslegais e as vantagens de adesão

ao Sistema VERDORECA é oobjectivo da campanha de

sensibilização promovida pelaSociedade Ponto Verde (SPV)

nas lojas Makro. PÁGINA 19

EMBALAGENS DE ÓLEOSALIMENTARES JÁ PODEM SERRECICLADASAs embalagens de óleosalimentares, até agoraconduzidas para aterros ouincineradas, já podem serrecicladas em Portugal, graçasao desenvolvimento de umanova tecnologia de reciclagem,anunciou a Sociedade PontoVerde (SPV).PÁGINA 14

Pedir às pessoas que separem as embalagens usadas é pedir-lhes que nos dêem algum do pouco tempo que têm, e este tempo é tanto maior quantas mais regras e restrições incluirmos na informação veiculada.

UMA SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL“Transformar o problema das embalagens de óleosalimentares numa solução para o desenvolvimentosustentável”.Assim explica Rui Toscano, Director-Geral doSelenis, a aposta da Selenis Ambiente na reciclagem deembalagens de óleos alimentares, uma iniciativa inédita emPortugal e um importante contributo para as metas dereciclagem. PÁGINA 16

6

tema simplificação das regras de separaçãoa Sociedade Ponto Verde adoptou, além de novas regras, também uma nova sinalética.

a recomendação da SPV é para que na dúvidaos consumidores coloquem as embalagens noecoponto. No caso de haver um engano, nacentral de triagem proceder-se-á à correcçãodesse erro.

Separar está mais fácil

Envolver cada vez mais os portuguesesna reciclagem e melhorar os seus hábitosde separação de embalagens usadas, éobjectivo da Sociedade Ponto Verde,com a adopção e divulgação de novasregras e de uma nova sinalética, maissimplificadas. A SPV, em comunicado, explica quetomou esta decisão por considerar que“o número de cidadãos com hábitos dereciclagem continua a subir de formasustentada. No entanto, subsistem algunscomportamentos (e ideias pré-concebidas) que não são os maiscorrectos e que complicam algo que émuito simples”. Ao tornar mais simples a informação quepassa para os consumidores, menosdúvidas são suscitadas. Por isso, asociedade gestora de resíduos deembalagem deliberou simplificar asregras e criar uma nova sinalética, mais

PONTO VERDE COM NOVAS REGRAS E NOVA SINALÉTICA

informal, mas que mantém oactual código de cores (Azul:Papel/ Cartão; Verde: Vidro;Amarelo: Plástico e Metal). Para não perder um grandepotencial de embalagens, comosucede quando as pessoas, porterem dúvidas, deitam asembalagens no contentor do lixoindiferenciado, agora arecomendação da SPV é para quena dúvida os consumidorescoloquem as embalagens no

ecoponto. No caso de haver umengano, na central de triagemproceder-se-á à correcção desseerro. Continuam, no entanto, a existir as embalagens que não vão parareciclagem. Assim, o conselho da SPV é para que quem já sabe essas regras continue amantê-las.Para reforçar esta mensagem, aSociedade Ponto Verde adoptou,além de novas regras, também

uma nova sinalética, desenvolvidapela agência criativa SERIES, quevai ser promovida junto daspopulações através de diferentessuportes de comunicação,incluindo um guia simplificado.A Sociedade Ponto Verdeconsidera que estas medidaspodem contribuir para umsignificativo aumento daquantidade de embalagensrecicladas e da participação dosportugueses na reciclagem. ■

estas medidas podem contribuir para um significativo aumento da quantidade de embalagensrecicladas e da participação dos portugueses na reciclagem.

Ao tornar mais simples a informação que passa para os consumidores, menos dúvidas são suscitadas.tema simplificação das regras de separação

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tema

Os «Certos» e «Errados»da separaçãoAs embalagens de

óleos alimentaresjá podem ter como

destino final areciclagem,

deste modo podemser depositadas nocontentor amarelo

do ecoponto.

simplificação das regras de reciclagem

“Para que todos possamosmelhorar mais os hábitos deseparação”, a SPV deixa naRecicla algumas noções do queestá certo e errado nesse gestosimples de separar as embalagensusadas.

Designar o contentor amarelo de embalão é correcto?Não, porque em todos oscontentores se podem colocarembalagens: de vidro, de papel,

de plástico e de metal, de acordocom as diversas cores.

No contentor amarelo colocam-seembalagens?Sim, mas não quaisquerembalagens, apenas as de plásticoe metal.

É mesmo necessário retirar tampase rótulos das embalagens?Não, porque o processo dereciclagem já prevê a remoção

dos mesmos, não sendonecessário ao consumidor efectuaressa tarefa.

Qual a cor do contentor em quedevem ser colocadas asembalagens de cartão para líquidosalimentares?As embalagens de cartão paralíquidos alimentares sãoconstituídas na sua maioria (cercade 75%) por cartão, logo, devemser colocadas no contentor azul

tema

Não é necessário lavar a embalagem, apenas reduzir ao máximo o produto que ela conteve para que não contamine asoutras embalagens, e também para evitar os maus cheiros enquanto as embalagens estão armazenadas em casa.

simplificação das regras de reciclagem

do ecoponto. Essa é também aindicação da maioria dos sistemasmunicipais do país. No entanto,alguns municípios recomendamque essas embalagens devem sercolocadas no contentor amarelo ese é esse o caso da sua autarquiadeverá seguir essa indicação.

Devem lavar-se as embalagensantes da sua colocação noEcoponto?Não é necessário lavar aembalagem, apenas reduzir aomáximo o produto que ela

conteve para que não contamineas outras embalagens, e tambémpara evitar os maus cheirosenquanto as embalagens estãoarmazenadas em casa.

O que é que se pode colocar nosEcopontos?Nos Ecopontos devem sercolocadas apenas e sóembalagens, desde que usadas evazias, com a excepção dasrevistas e jornais que tambémpodem ser colocadas no contentorazul do ecoponto.

Devemos espalmar as embalagensantes de as colocarmos noEcoponto?Sim, pois dessa forma ocupa-semenos espaço em casa e noEcoponto.

Onde se devem colocar asembalagens de óleo alimentar ou azeite, em plástico?Estas embalagens já podem tercomo destino final a reciclage.Deste modo podem serdepositadas no contentor amarelodo ecoponto. ■

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CONTENTOR VERDE:VIDROEmbalagens de Vidro – Garrafas, frascos eboiões

LIXORestos orgânicos e tudo o que NÃO é embalagem.

Em caso de dúvida, coloque as embalagensusadas e vazias no Ecoponto.

O que SE DEVEcolocar E ONDE?

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campanha

NOVA CAMPANHA DE PUBLICIDADE DA SPV

os pequenos esclarecem: na dúvida, qualquer embalagem deve ir para o ecoponto e não ser desperdiçada junto do lixo orgânico.

Crianças ensinam a separar embalagensEnsinar ao público a formacorrecta de separar asembalagens usadas é o principalobjectivo do novo spotpublicitário da Sociedade PontoVerde (SPV), com as criançascomo protagonistas. Os mais pequenos assumemneste anúncio um papelpedagógico, com vista àconsolidação dos hábitos dereciclagem dos portugueses. Depois de na campanha anterior

da SPV terem incentivado opúblico a fazer a separação dolixo em casa, com recurso aoecoponto doméstico, as criançasexplicam agora que tipo deembalagens corresponde a cadacor do ecoponto e que, em casode dúvida, todas as embalagensusadas e vazias devem aí sercolocadas.Neste novo anúncio, a SociedadePonto Verde pretende tambémmostrar que é comum surgirem

incertezas quanto ao local ondedepositar certas embalagens,como é o caso de enlatados,sacos de plástico ou boiões devidro. Assim, os mais pequenosesclarecem: na dúvida, qualquerembalagem deve ir para oecoponto e não ser desperdiçadajunto do lixo orgânico. Todo o filme gira em torno dosenganos das crianças durante arodagem do spot – enganos delinguagem e percepção – fazendo

Neste novo anúncio,a Sociedade Ponto

Verde pretendetambém mostrar

que é comumsurgirem

incertezas quantoao local onde

depositar certasembalagens, como é

o caso deenlatados, sacos

de plástico ouboiões de vidro.

campanhaProduzido pela Ministério Filmes, o spot tem duas versões, uma de 30 segundos e outra de 45.

um paralelismo entre anaturalidade desses enganos eaqueles cometidos quando seaprende a separar as embalagens. Joana Santos, Responsável deComunicação da SPV, explica que“esta campanha surgiu da análisede vários estudos em queverificámos que ainda há muitasdúvidas no processo de

reciclagem, mesmo por partedaqueles que já separam asembalagens”, e deixa um alerta:“Se todas as embalagens de quemjá separa fossem aproveitadas, areciclagem doméstica poderiacrescer cerca de 25 por cento, oque seria um grande contributopara alcançar as metas definidaspela União Europeia”.

A nova campanha de publicidadefoi concebida pela agênciaTBWA/EPG e representa uminvestimento de tabela a rondar os5 milhões de euros. Produzidopela Ministério Filmes, o spot temduas versões, uma de 30 segundose outra de 45, e está no ar naRTP1, 2:, TVI e SIC Notícias, atéDezembro de 2005. ■

Depois de na campanha anterior da SPV terem incentivado opúblico a fazer a separação do lixo em casa, com recursoao ecoponto doméstico, as crianças explicam agora quetipo de embalagens corresponde a cada cor do ecoponto eque, em caso de dúvida, todas as embalagens usadas evazias devem aí ser colocadas.

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sistemasos diversos Sistemas Municipais e Autarquias efectuam o trabalho de colocação, manutenção e recolha de ecopontos

SPV COBRE 98% DO TERRITÓRIO PORTUGUÊS

Dois novos sistemasaderem ao Ponto VerdeOs Sistemas Multi-Municipais derecolha RESITEJO e AMBILITALaderiram recentemente àSociedade Ponto Verde (SPV) ealargaram a cobertura nacional doSistema Ponto Verde a um total de293 concelhos que abrangem 98por cento do território e 98,7 porcento da população.A AMBILITAL congrega os

municípios de Alcácer do Sal,Aljustrel, Ferreira do Alentejo,Grândola, Odemira, Santiago doCacém e Sines e serve umapopulação de 116 mil habitantes.O sistema possui aterro sanitário eestação de triagem, com a recolhaa ser feita através de Ecopontos eEcocentros.A RESITEJO serve uma população

superior a 216 mil habitantes eabrange os concelhos de Alcanena,Chamusca, Constância,Entroncamento, Ferreira do Zêzere,Golegã, Santarém, Tomar, TorresNovas e Vila Nova da Barquinha.Este sistema também tem aterrosanitário e estação de triagem e arecolha é feita por meio deEcopontos e Ecocentros.

A SPV abrange todoo território

nacional, nãoapenas para obter

melhoresresultados

quantitativos dereciclagem, mas

também porobjectivos de

desenvolvimentocomunitário.

cobertura

A celebração destes contratos deadesão entre a SPV e osOperadores de Recolha (SistemasMunicipais e Autarquias ouEmpresas Concessionárias)estabelece o compromisso, porparte dos operadores, de realizaçãoda recolha selectiva e triagem dosresíduos de embalagens produzidosna sua área de intervenção e daentrega destes resíduos à SociedadePonto Verde, que paga pelosmateriais recebidos o denominado

Valor de Contrapartida.A colocação, manutenção erecolha de ecopontos e outrosequipamentos para recolhaselectiva de resíduos não sãoresponsabilidade directa daSociedade Ponto Verde.Consoante a zona do país, são osdiversos Sistemas Municipais eAutarquias que efectuam essetrabalho.A SPV abrange todo o territórionacional, não apenas para

obter melhores resultadosquantitativos de reciclagem, mastambém por objectivos dedesenvolvimento comunitário.“É importante que todos oshabitantes tenham um papelactivo em questões ambientais e oacesso ao sistema de recolhaselectiva é fundamental, mesmopara o desenvolvimento local”,defende António Barral, Administrador da Sociedade PontoVerde. ■

O Sistema Ponto Verde abrange98,7% da população • 98% do território • 95,1% dos concelhos

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reciclagem de embalagens de óleos alimentares

As embalagens de óleosalimentares, até agora conduzidaspara aterros ou incineradas, jápodem ser recicladas em Portugal,graças ao desenvolvimento deuma nova tecnologia dereciclagem, anunciou aSociedade Ponto Verde (SPV).De acordo com a SPV, não erapossível reciclar embalagens deplástico que tivessem óleos noseu interior porque a suareciclagem não eraambientalmente vantajosa faceao produto que contiveram.A Selenis, empresa que fornecematéria-prima de PET (tipo de

plástico utilizado para produzirgarrafas de água, óleo,refrigerantes, etc.) às indústrias deembalagens e à indústria têxtilatravés de fibras, desenvolveu nasua unidade industrial (SelenisAmbiente) uma tecnologia quepermite reciclar os resíduos deembalagens de óleos alimentares.Trata-se de um novo processo delavagem que permite remover agordura dessas garrafas. Assim, depois de um extensoprograma de investimento einvestigação, iniciado há mais dedois anos, e de algumasalterações relacionadas com o

impacto da introdução desteprocesso no meio ambiente, a empresa Selenis Ambiente estáagora habilitada a reciclar osresíduos de embalagem de óleosalimentares.Para a Sociedade Ponto Verde,esta iniciativa é fundamentalporque permite a separação ereciclagem de uma significativapercentagem das embalagensutilizadas pelos consumidores. A SPV acredita que, com a retoma das embalagens de óleos alimentares, a reciclagemurbana do plástico pode crescersignificativamente. ■

esta iniciativa éfundamental porquepermite a separaçãoe reciclagem de umaelevada percentagemdas embalagensutilizadas pelosconsumidores.

Embalagens de óleos

alimentares já podem ser recicladas

reciclagem de embalagens de óleos alimentares

A SPV acreditaque, com a retomadas embalagens deóleos alimentares,a reciclagemurbana doplástico podecrescersignificativamente.

O PLÁSTICO PET

O PET, em cuja produção a Selenis Ambiente seespecializou ao longo dos últimos 40 anos, éum dos materiais plásticos mais versáteis quese conhecem. Permite fabricar embalagens nasmais diversas formas, cores e graus detransparência, para os produtos mais diversos.Conhecida e utilizada em todo o mundo, aembalagem PET tem um ciclo de vidacompleto e amigo do ambiente.O PET é o material plástico que mais temcrescido e evoluído em termos de aplicações. Écada vez mais utilizado, não só em embalagenspara água e outras bebidas, mas também ecada vez mais, em embalagens para produtosalimentares, cosméticos, detergentes,brinquedos, chapas para matrículas esinalética, tubos de ensaio, linhas e redes depesca, etc.As principais características das embalagensproduzidas com PET são a sua transparência,grande resistência ao impacto, a sua leveza e obrilho intenso. Para reconhecer as embalagensde PET, basta verificar se na base têm onúmero 1 ou a sigla PET no centro das setas.Os outros números correspondem a outrostipos de plásticos.

A SELENIS

Fundada em 1964, resultado deuma joint-venture entre a ICI e ogrupo Fino, a Finicisa – FibrasSintéticas SARL, iniciou aprodução de fibras de poliésterem 1966, para fornecer asindústrias nacionais de lanifícios.Em 2002, na sequência daaquisição pelo Grupo Imatosgil,assumiu a denominação actual:Selenis. Este passo implicou aalteração das marcas, quepassaram de Polyclear e Trevirapara Selenis PET e Selenis Wear.É no campus industrial daSelenis, em Portalegre, que fica aSelenis Ambiente, a unidadeindustrial em Portugal parareciclagem de PET e tambémRetomador Acreditado pelaSociedade Ponto Verde. Nas suasinstalações, as embalagens

usadas são transformadas emPET reciclado (R-PET), utilizadona produção de fibras depoliéster reciclado ou mesmo naprodução de novas embalagens.De acordo com a SociedadePonto Verde, as embalagens dePET são uma das principaisfracções da reciclagem deplástico com origem na recolhados resíduos pós-consumoatravés do porta-a-porta e dosecopontos. Logo a seguir aosfilmes e sacos de plástico, asembalagens de PET são as maisutilizadas, as mais separadas etambém as mais recicladas.Em 2004, a Selenis Ambientereciclou cerca de 4 mil toneladasde embalagens de PET (mais de7% das embalagens PETlançadas no mercado).

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rui toscano, director-geral do grupo selenis

Porquê esta aposta da SelenisAmbiente na reciclagem deembalagens de óleos alimentares?As embalagens para óleosalimentares representam cerca de12% do mercado português dePET. Até ao momento em que aSelenis iniciou este processo, estasembalagens eram encaminhadas

Transformar o problema das

embalagens de óleos alimentares

numa solução para o

desenvolvimento sustentável.

Assim explica Rui Toscano,

Director-Geral da Selenis, a

aposta da Selenis Ambiente na

reciclagem de embalagens de

óleos alimentares, uma iniciativa

inédita em Portugal e um

importante contributo para as

metas de reciclagem.

Uma solução sustentávelentrevista

As embalagens para óleos alimentares representam cerca de 19% do mercado português de PET.entrevista

lavagem do material, efectuadacom maiores tempos de ciclo,equilibrando a quantidade dedetergente, racionalizando oconsumo de água.Que vantagens traz esta novavalência?A reciclagem das embalagenspara óleos alimentares permite umaumento significativo daquantidade de resíduos PETrecuperáveis por via dareciclagem e aporta,naturalmente, valor ao embaladordos óleos alimentares que passa adispor de uma solução dereciclagem para o destinoadequado do seu resíduo deembalagem.A Selenis Ambiente já fazia na suaunidade industrial reciclagem deoutro tipo de embalagens PET. Quetipo de estudos, adaptações einvestimentos foram necessáriospara acolher esta nova linha?Os estudos foram obviamente deavaliação de impacte ambientalpara este tipo de reciclagem,nomeadamente a contaminaçãode águas residuais por via demaiores consumos de detergentese matéria oleosa.Qual a capacidade e quantidade deembalagens recicladas pela fábricada Selenis Ambiente? A Selenis Ambiente tem umacapacidade instalada que permiteprocessar 10.000 tons de resíduosde PET por ano. Durante o ano de2004 foram recebidas nestasinstalações cerca de 5.000 tons,provenientes do sistema derecolha. As embalagens de PET são de

escala que está, ainda, aquém doesperado Esta situação onera

Os vários investimentosefectuados na Selenis Ambiente

A reciclagem dasembalagens paraóleos alimentarespermite um aumentosignificativo daquantidade deresíduos PETrecuperáveis porvia da reciclagem

A Plasverde, empresa do GrupoPlastimar, apresentou no dia 17de Outubro, no Instituto Portuárioe dos Transportes de Pesca emPeniche, uma inovadora UnidadeMóvel para reciclagem de EPS – Poliestireno Expandido(Esferovite).Luís Miguel Almeida, da DirecçãoGeral do Grupo Plastimar,apresenta este equipamentocomo “uma solução devalorização dos resíduos decaixas de peixe em EPS que

viabilidade do projecto. Reduz ovolume do EPS, entre 50 e 60vezes; Retira o cheiro das caixasde peixe; Garante a obtenção dePS – Poliestireno Cristal, comviável utilização industrial apósreciclagem (Fabrico de madeirasintética, por exemplo) e permiteuma grande mobilidade, poispode facilmente deslocar-se aoslocais onde existir EPS parareciclar.Luís Miguel Almeida explicou àRecicla que “motivado pelas

pela Plastimar, já adoptadas empaíses como a Inglaterra ou aAlemanha, apresentavam custosde investimento proibitivos para aempresa portuguesa, além de nãohaver garantias de bomfuncionamento. Só depois de ter contactado comum equipamento de origemjaponesa e comprovado no localda sua disseminação e bomfuncionamento, é que a Plastimardecidiu elaborar um projecto deaquisição deste tipo de

plasverdeuma solução que permitirá mais que duplicar as quantidades de resíduos de EPS valorizados anualmente.

motivado pelasobrigações sociaisde reciclar as suas

embalagens, oGrupo plastimarprocurou obteruma tecnologia

capaz de reciclarum dos produtos

com maior volumede produção, as

caixas de peixe emEPS

PARA O EPS – POLIESTIRENO EXPANDIDO

Plasverde apresenta técnicainovadora de reciclagem

verdorecaEsta foi a primeira acção de uma campanha nacional da SPV dirigida aos clientes Horeca

Dar a conhecer as exigênciaslegais e as vantagens de adesãoao Sistema VERDORECA é oobjectivo da campanha desensibilização promovida pelaSociedade Ponto Verde (SPV)nas lojas Makro. Entre os dias 5 e 16 deSetembro, uma equipa estevenas lojas de Alfragide e Palmelapara informar que a adesão aoVERDORECA é gratuita e sóexige, por parte dos aderentes, aseparação e deposição selectivade embalagens vazias.A SPV abordou 21.500 clientesda Makro e registou, paraposterior contacto, os númerosde telefone de 1.620responsáveis deestabelecimentos Horeca queainda não tinham celebrado ocontrato VERDORECA.Esta foi a primeira acção deuma campanha nacional da

Ponto Verde promoveSistema VERDORECA

NAS LOJAS MAKRO

A Sociedade PontoVerde pretendeatingir em 2005, coma adesão de 10 milnovosestabelecimentosHoreca, a meta dos25 milestabelecimentoscom certificadoVERDORECA, o quecorresponde a 35%do total existente emPortugal.

vítor domingos, director da «antiga confeitaria de belém»

entrevista verdoreca

Um pequeno gesto pode fazer muito pelo Ambiente

Na “Antiga Confeitaria de

Belém” já existe, faz alguns

anos, o hábito da correcta

separação de embalagens. Em

2004, este estabelecimento, lar

dos famosos “Pasteis de

Belém”, viu reunidas as

condições e aderiu ao Sistema

Verdoreca. Porque “é

importante que os

comerciantes tenham

sensibilidade ambiental e que se

apercebam que com um pequeno

gesto estão a fazer muito pelo

Ambiente”, diz-nos Vítor

Domingos, Director da

confeitaria, em conversa com a

RECICLA. Como teve conhecimento doVERDORECA?O VERDORECA foi-nos divulgado

que com um pequeno gesto estãoa fazer muito pelo ambiente.Há quanto tempo tem certificado

21

entrevista verdorecaÉ gratificante saber que estamos a contribuir para melhorar as nossas condições de vida.

Desde 2001 fazemosa separaçãointegral e a partirde 2002 começámosa dar formaçãonessa área a todosos colaboradores.Só no ano passado,foram dadas 160horas de formaçãoa todo o pessoal.

no ano passado, foram dadas 160horas de formação a todo opessoal. Podemos assegurar que,neste momento, todos osfuncionários têm formação naárea do Ambiente, onde tambémse inclui o VERDORECA.Que alterações trouxe oVERDORECA ao funcionamento da“Antiga Confeitaria de Belém”?Foi criado o hábito da correctaseparação de embalagens atravésdo recurso a pequenosecopontos, colocados em diversasáreas do estabelecimento. Claroque em 2001 tivemos muitasdificuldades em sensibilizar ehabituar o pessoal aos novosmétodos de separação dos lixos eembalagens de tara perdida. Noentanto, depois da criação de umDepartamento de Qualidade,tudo se tem normalizado e hojeem dia separar é já uma rotina. Tem a preocupação de que todosos funcionários cumpram com asregras de separação e deposiçãoselectiva das embalagens?Tivemos sempre a preocupaçãode dar condições para se cumpra.Posso garantir que actualmentetodas as pessoas nesteestabelecimento fazem umacorrecta separação dos resíduosde embalagens. Dada a existênciade um departamento próprio,saem com regularidadeinformações internas, no âmbitoda qualidade no estabelecimento. Nessas informações corrigemtambém procedimentos?Sempre que necessário vamosfazendo correcções dentro doestabelecimento, até pelo facto deque temos vários locais detriagem dos resíduos. Noarmazém, na cozinha, na zona deconfecção/pastelaria e no espaçopúblico, onde circulam osclientes.Como é feita a separação dosresíduos de embalagens?Na área comum aos clientes, osempregados têm fácil acesso aos

mini-ecopontos distribuídos pelasdiferentes zonas doestabelecimento. O pessoal delimpeza é também obrigado arespeitar a triagem dos materiais eencaminhá-los para os ecopontosda Câmara Municipal de Lisboa.No nosso caso, temos a hipótese derecorrer a dois que se situampróximos do estabelecimento e pornorma, só ao final do dia é que ládepositamos os diferentes materiais.

Além de estar a cumprir com a Lei,que outros benefícios lhe traz ofacto de ter um estabelecimentoVERDORECA?É gratificante saber que estamos acontribuir para melhorar as nossascondições de vida, ao mesmotempo que zelamos pelo bomambiente no local de trabalho,lugar onde passamos umasignificativa parte do nossotempo. ■

reciclagemOs portugueses têm dado provas quando se empenham numa determinada causa.

13%, com um total de 21.397toneladas recuperadas parareciclagem. As retomas de açorondaram as 10 mil toneladas e asde alumínio 325. Quanto àmadeira, foram encaminhadas

RECORDE NAS RETOMAS 19,4 MIL TONELADAS PARA RECICLAGEM

A taxa de participação das famílias portuguesas nareciclagem continua a aumentar e em Julho, mais doque nunca, esse crescimento fez-se notar, com aquantidade de embalagens depositadas nos ecopontosa disparar para um valor recorde.Num único mês, os portugueses entregaram parareciclagem mais de 19,4 mil toneladas de embalagens,um novo máximo para a Sociedade Ponto Verde. Oanterior recorde era de 17,6 mil toneladas e havia sidoregistado em Agosto de 2004.A Sociedade Ponto Verde considera que “a populaçãotem vindo a mostrar que está, cada vez mais,sensibilizada para a importância da reciclagem napreservação ambiental”.

Materiais Retomas (toneladas) Variação entre retomas de 2004 e 2005 (Jan. a Set.)Vidro 91.559,2 13,6%Papel/Cartão 105.933,5 22,9%Plástico 21.397,1 13%Aço 10.621 -4,8%Alumínio 325 -8,2%Madeira 3.482,5 10,4%

Total 233.318,3 16,4%

Entre os materiaismais separados,destaque para aretoma dePapel/Cartão, comum crescimento de22,9%, seguida doVidro que registouuma subida de13,6%, mas quecontíinua, a nívelurbano, a ser omaterial maisseparado.

para reciclagem 3 mil toneladasdeste material.Joana Santos, responsável decomunicação da Sociedade PontoVerde, considera que “osresultados alcançados demonstramque as retomas têm vindo a crescerde forma sustentada. Ainda assim,apesar de cerca de 40% populaçãoportuguesa referir que já faz aseparação das embalagens usadas,existe ainda uma fatia considerávelda população que não participa narecolha selectiva.”A responsável da SPV acredita que“com a simplificação das regras dedeposição – já em vigor – e com acriação da linha telefónica PontoVerde, muitas dúvidas possam serdevidamente esclarecidas e asquantidades de embalagens usadasenviadas para reciclagem possamatingir novos recordes”. ■

Fonte: SPV

reciclagem

Portugueses enviaram 233 mil toneladas

i l

As retomas do Papel/Cartão ultrapassaram as 105 mil toneladas e as de Vidro atingiram as 91.559.

NO PRIMEIROS 9 MESES DE 2005Joana Santos,responsável de

comunicação daSociedade PontoVerde, considera

que “os resultadosalcançados

demonstram que asretomas têm vindo a

crescer de formasustentada”.

«separar toca a todos»Manuel Luís Goucha é o apresentador de uma série de programas para a SPV que passa diariamente na tvi.

“Separar Toca a Todos” tem

reportagens de exterior, com o

“Sr. Ponto Verde” a interpelar as

pessoas nos seus lares sobre a

separação selectiva de embalagens, e

reportagens a partir das várias

infra-estruturas ligadas à

reciclagem. Em estúdio, convidados

conhecidos do grande público (um

por programa) vão jogar o “Jogo da

Reciclagem”.

Nas manhãs da TVI

«Separar Toca a Todos»

DE SEGUNDA A SEXTA

Chamar a atenção para a “Ponto por Ponto Reciclar é Reciclagem”

ALEXANDRE BORDALO

SÍLVIA RIZZO FOI UMA DAS CONVIDADAS

liporNa cerimónia, defendeu-se a necessidade de continuar a apostar numa cultura de excelência.

LIPOR inaugura nova central de valorização orgânica

A LIPOR – ServiçoIntermunicipalizado de Gestãode Resíduos do Grande Porto,inaugurou em Setembro umanova central de valorizaçãoorgânica Na cerimónia que

continuar a apostar numa culturade excelência, assente emprocessos de certificação dequalidade integrados, gestãoprofissional econcepção/desenvolvimento desoluções ambientais inter-municipalizadas. O ministro Nunes Correia, no seudiscurso, reconheceu o trabalhode excelência desenvolvido pelaLIPOR na gestão dos resíduos doGrande Porto. A nova central de valorizaçãoorgânica tem capacidade paratratar 60 mil toneladas por anode resíduos orgânicos e efectuaruma produção anual de cerca de22 mil toneladas de composto.A LIPOR é a entidaderesponsável pela gestão,valorização, tratamento e destinofinal dos resíduos sólidos urbanosproduzidos pelos oito municípiosque a integram: Espinho

A nova central de valorizaçãoorgânica tem capacidade para tratar

60 mil toneladas por ano deresíduos orgânicos e efectuar umaprodução anual de cerca de 22 mil

toneladas de composto.

MINISTRO DO AMBIENTE INAUGUROU ANOVA CENTRAL DA LIPOR

JOÃO LIMA

Os hábitos de reciclagem têmcada vez mais expressão junto dasfamílias portuguesas e temaumentado o número de laresonde se separa correctamente asembalagens. Estas são asconclusões da Sociedade PontoVerde decorridos os primeiros seis

número de visitas efectuadas nacampanha do ano passado, oSeparar Toca a Todos 2005 registouum crescimento de 13% no totalde lares que reciclam, bem comoum aumento de 83% nas famíliasque já separam as embalagens deforma correcta” refere a Sociedade

satisfeita com os resultados dainiciativa: “Notamos acima detudo que, pouco a pouco, oshábitos dos portugueses estão amudar, bem como asmentalidades. Contudo, há aindauma taxa muito grande deportugueses a separar parareciclagem um único tipo dematerial, na maioria dos casos oVidro. O importante é que estaspessoas passem também a levarpara o ecoponto todas as outrasembalagens que utilizam. Se estasfossem aproveitadas, a reciclagemdoméstica poderia crescer cerca de25%, contribuindo assimfortemente para o cumprimentodas metas europeias”.

RASPADINHA E GUIAAs equipas de monitores jápercorreram as zonas de Gaia, Sta.Maria da Feira, Lisboa, Oeiras,Sintra, Cascais, Porto, Zona Oeste,Litoral Centro, Vale do Minho,Évora, Vale do Lima e BaixoCávado. Até Dezembro, o “Sr. Ponto Verde” vai continuar aincentivar os portugueses aefectuarem a separação dasembalagens de uma forma correctapara a posterior reciclagem. O objectivo da Sociedade PontoVerde é visitar, até ao final do ano,mais de 1 milhão de lares, com ointuito de ensinar os portugueses aseparar as embalagens e premiar asfamílias que já o fazem. Assim, aos que já separam, aSociedade PontoVerde oferece um

«separar toca a todos»

Famílias portuguesasseparam mais e melhor

Separar Toca aTodos 2005

registou umcrescimento de

13% no total delares que separam

as embalagensusadas, bem como

um aumento de 83%nas famílias que já

separam asembalagens de

forma correcta

«SEPARAR TOCA A TODOS» 2005

reciclagemÉ preciso, por exemplo, uma fita métrica para saber qual o contentor onde depositar uma velha cafeteira.

Kamikatsu, uma cidade de 2200habitantes situada nas montanhasde Shikoku, a mais pequena dasquatro principais ilhas do Japão,decidiu este ano aumentar de 34para 44 o número de categorias deresíduos. Assim, no centro deseparação selectiva onde oshabitantes devem levar o seu lixo,44 contentores diferentes recebem“tofu”, embalagens de ovos, tampasde garrafas em plástico, pauzinhosdescartáveis, entre outros.Além da dificuldade de separaros resíduos em tão elevado

número de categorias é precisosaber bem o que pôr em cadacontentor. É preciso, porexemplo, uma fita métrica parasaber qual o contentor ondedepositar uma velha cafeteira. Setiver menos de 30,5 centímetrosde diâmetro deve ir para ocontentor de pequenos objectosmetálicos, se tiver mais vai para odos resíduos pesados. No caso dos sapatos, é precisoter em conta que se for apenasum, vai para o contentor dosresíduos incineráveis, se for um

par e não estiver roto, vai para ocontentor das roupas velhas.Este impressionante número decategorias de resíduos é resultadode uma campanha nacional quevisa diminuir os lixos e aumentara reciclagem. No Japão, ninguémescapa à separação e quem otenta fazer é alvo da repreensão ereprovação dos vizinhos. Existeaté um exército de voluntáriosque vigia as ruas e remexe sacosabandonados à procura de algoque permita identificar osinfractores. ■

Reciclagem à japonesaNo Japão, ninguémescapa à separaçãoe quem o tentafazer é alvo darepreensão ereprovação dosvizinhos. Existe atéum exército devoluntários quevigia as ruas eremexe sacosabandonados

linha ponto verdeA Sociedade Ponto Verde pretende oferecer aos consumidores um serviço completo, com a nova Linha ponto verde.

Dar resposta às inúmerassolicitações que chegam àSociedade Ponto Verde via e-mail ou telefone é oobjectivo do novo serviço deatendimento “Linha PontoVerde”, lançado no passadodia 17 de Outubro.Através do número 808 500 045, osconsumidores podem obterresposta às mais variadasquestões sobre separação deembalagens usadas.A Sociedade Ponto Verdeexplica que diariamentechegam às suas instalaçõesdezenas de solicitações, viatelefone e e-mail, acerca dediversos assuntosrelacionados comreciclagem, embalagens ouambiente em geral. Questõescomo “que embalagensposso colocar nosecopontos?” ou “onde possoadquirir o ecopondodoméstico?”, são algumas dasperguntas que passam a serrespondidas no novo serviço.A nova Linha Ponto Verdeoferece aos consumidores um

i l t

A nova Linha PontoVerde engloba

atendimentotelefónico,

respostas via e-maile envio de material

informativo.

SPV cria «Linha Ponto Verde»PARA RESPONDER A DÚVIDAS DOS CONSUMIDORES

DÚVIDAS NA SEPARAÇÃO?

ambientebrisa aposta em veículos híbridos para a sua frota.

A Sanyo vai ser uma empresa100% reciclável, anunciou anova presidente do grupo,Tomoyo Nonaka. O grupo deelectrónica japonês vai centrar as

um total de 96.000. Um quintodas fábricas japonesas vão serextintas e um quinto dosassalariados que permanecerãono grupo vão ver alteradas as

ligados à ecologia e aodesenvolvimento sustentável(baterias e painéis solares), àsaúde (sistemas médicos eparamédicos), aos transportes(ajuda à navegação e sistemaselectrónicos para automóveis) e àelectrónica.Estes produtos, anunciados para aPrimavera de 2006, serão 100%recicláveis e livres de componentes

Sanyo 100% reciclável

A Brisa procura cada vez maisconciliar as exigênciasoperacionais com a defesa do meioambiente. É esta a razão da aposta

da empresa em veículos híbridospara a sua frota. Os primeiros 13 automóveis commotorizações híbridas, de um lote

de 28 unidades, já circulam nasauto-estradas concessionadas pelaBrisa e são facilmente identificáveispelos paneis de cor verde-claracom a mensagem “Eco-Preservamos o futuro” pintadanas portas traseiras. O modelo escolhido foi o CivicIma da Honda, cuja tecnologia quecombina duas fontes de energia(gasolina e electricidade) permitereduções de consumo na ordemdos 40%, por comparação com osveículos equipados com motoresde combustão.Os restantes 15 automóveis do loteencomendado pela Brisa serãoentregues até ao final do ano eelevarão para 4,3 por cento apercentagem de veículos híbridosno total da frota da empresa. ■

Brisa mais ecológica

opinião

rui berkemeiercoordenador do centro de

informação de resíduos da quercus

As novas regras simplificadasestabelecidas pela SociedadePonto Verde para a colocaçãode embalagens nos ecopontosvêm facilitar a adesão doscidadãos à recolha selectiva.A partir de agora deixou de serpassada a mensagemdesmotivadora “se tem dúvidasnão coloque”, sendo substituídapela mensagem mais positiva“mesmo com dúvidas coloque!”.Em termos práticos, o cidadãonão tem de se preocupar tantocom a identificação de algumasembalagens específicas que nãoeram recicláveis e assim o seutrabalho de separação estáfacilitado.Este novo tipo de mensagem jáera defendida há muito pelaQuercus, mas só agora, fruto doempenhamento da SPV, surgiu anecessária alteração.As novas regras resultam

tipos de polímeros.Com a nova abordagem a estesplásticos, normalmentedesignados por “plásticosmistos”, a SPV vai gradualmentepassar a receber lotes deplásticos mistos provenientesdos sistemas e enviá-los parafábricas que procedem à suareciclagem.Tanto quanto se sabe, o destinoinicial desses plásticos será aEspanha, mas existem emPortugal duas empresas da zonado Porto que poderãobrevemente ser também umdestino possível.Igualmente, existe um projectomuito interessante que está a serdesenvolvido por uma empresade Leiria, que consiste nareciclagem de plásticos mistospara a produção de tubos paradrenagem de águas residuais oude águas de rega.

existe a possibilidade derecuperar estes plásticos atravésde um sistema designado porTratamento Mecânico eBiológico.Neste processo, os resíduos nãoseparados em casa vão sofrerum tratamento que permite,entre outros materiais, obteruma fracção de plásticos mistosque poderão ser enviados parareciclagem.A conjugação das novas regrasde deposição selectivaestabelecidas pela SPV e ainstalação de unidades deTratamento Mecânico eBiológico para os resíduosindiferenciados, vão garantir oaumento significativo da taxa dereciclagem de embalagens, comespecial destaque para asembalagens de plástico.A Quercus sempre defendeuque a SPV já deveria ter tomado

Simplif icação de regras facilita separação

A conjugação dasnovas regras de

deposição selectivaestabelecidas pelaSPV e a instalação

de unidades deTratamentoMecânico e

Biológico para osresíduos

indiferenciados,vão garantir o

aumentosignificativo da

taxa de reciclagemde embalagens com