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Marilene & Rafael Advogados Rua Padre Cícero, 730, sala 101 Juazeiro do Norte/CE – CEP 63.010020 Fones: (88) 512.5504 – 9948 9152 – EXMO. SR. DR. JUIZ DA VARA FEDERAL DO TRABALHO DA REGIÃO DO CARIRI- ESTADO DO CEARÁ. MÁRCIO GAMA MOREIRA, brasileiro, casado, atleta profissional de futebol, devidamente inscrito no CPF(MF) nº 006.056.853-82, portador da C.I. nº 96002497420 SSP/CE e da CTPS nº 2889098-001-CE, PIS nº 131.78409.19-9 residente na Rua tenente Luiz Coelho nº 572, bairro Lagoa seca em em Juazeiro do Norte-CE, pela advogada que a esta subscreve, com escritório no endereço tipografado no rodapé, onde receberá intimações/notificações, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de CLUBE DO REMO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 04.887.097/0001-57, entidade de prática desportiva de futebol filiada à Federação

RECLAMAÇÃOTRABALHISTA PANDA X REMO

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EXMO. SR. DR. JUIZ DA VARA FEDERAL DO TRABALHO DA REGIÃO DO CARIRI- ESTADO DO CEARÁ.

MÁRCIO GAMA MOREIRA, brasileiro, casado, atleta profissional de futebol, devidamente inscrito no CPF(MF) nº 006.056.853-82, portador da C.I. nº 96002497420 SSP/CE e da CTPS nº 2889098-001-CE, PIS nº 131.78409.19-9 residente na Rua tenente Luiz Coelho nº 572, bairro Lagoa seca em em Juazeiro do Norte-CE, pela advogada que a esta subscreve, com escritório no endereço tipografado no rodapé, onde receberá intimações/notificações, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de CLUBE DO REMO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 04.887.097/0001-57, entidade de prática desportiva de futebol filiada à Federação PARAENSE DE FUTEBOL, com sede na Avenida nazaré nº 962, bairro Nazaré na cidade de Belém-PA, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

Declara o reclamante, sob a égide da Lei, que é hipossuficiente para demandar em qualquer órgão do Poder Judiciário, não tendo condições de arcar com o ônus

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das custas processuais e demais emolumentos sem prejuízo do sustento próprio e de seus dependentes, pelo que requer se digne V.Exa a conceder os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, tudo em conformidade com o art. 790, § 3°, da CLT, as Leis n°s 1.060/50, 7.115/83 e 5.584/70.

Igualmente, requer o Reclamante que todas as notificações e intimações alusivas a este processo sejam remetidas a advogada signatária, com endereço na Rua Padre Cícero nº 730 – sala nº 101 - Centro, fones: (88) 3512-5544 e (88)9948-9152, e-mail: [email protected], sob pena de NULIDADE, requerimento este que faz embasado nos ditames da Lei consolidada e nos arestos dos Tribunais pátrios.

Requer, igualmente, sejam feitas as devidas anotações na capa dos autos para todos os fins de direito.

O reclamante, atleta profissional de futebol, estava sob o vínculo de trabalho com a Reclamada que detém a sua sede em Belém-PA, contratado para prestar serviços laborais de futebol, conforme se comprova nos docs., em anexo.

Ocorre Exa., que a atividade laboral do

jogador de futebol tem natureza especial itinerante, rotativa, de entretenimento, sendo prestada em várias localidades fora da sede do Reclamado, análoga a espécie de trabalho circense, artística, cultural e teatral, em que os trabalhos são realizados em grande parcela fora do local da contratação. Nesse caso, deve-se aplicar o art. 651, § 3°, da CLT, para em ressonância do princípio da proteção, reforçar a competência primária desse juízo no julgamento dessa presente reclamatória. Vejamos o dispositivo consolidado, ipsis verbis:

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços

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ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro....§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Ainda que não tivesse prestado serviço laboral em Juazeiro do Norte/CE, pelo estado de hipossuficiência, em que o Reclamante passa, retornando a terra natal, por ajuda financeira de amigos, em decorrência do seu exercício trabalhista de natureza específica, como já descrevemos alhures, continuaria com a prerrogativa de ajuizar a ação laboral neste MM. Juízo.

Nesse sentido se deu a decisão da Desª Maria Inês Cunha Dornelles abaixo descrito:

Competência territorial - contratação de atleta profissional - propositura da demanda fora do local da celebração do contrato - hipótese de cabimento"Competência territorial. Atleta profissional de futebol. Cedência. Acesso à Justiça. 1. A competência territorial encontra-se regulada no art. 651 da CLT, segundo o qual o critério definidor dessa competência é o local da prestação de serviços pelo empregado (caput). Hipótese em que o autor, atleta profissional de futebol, estava vinculado ao Sport Club Internacional e foi cedido ao Paysandu Sport Club, de Belém do Pará. O local da contratação do demandante por este clube e a alegada prestação de serviços em diversas cidades do País, dada a sua participação em jogos de futebol, não o exclui da regra do caput do art. 651 citado, nem o inclui na hipótese de seu § 3º. 2. Não obstante tal realidade, o julgamento da ação por uma das Varas do Trabalho de Belém do Pará inviabilizaria o acesso do autor à Justiça, considerando-se residir atualmente nesta capital, já que não teria condições para arcar com os custos dos deslocamentos e demais despesas, frente à declaração da fl. 63 (reclamante desempregado e sem condições de arcar com os custos do processo sem prejuízo de seu sustento). Na hipótese, é o clube-reclamado quem tem considerável estrutura e melhores condições financeiras para o deslocamento a esta cidade. Recurso do autor provido para declarar a competência da Comarca de Porto Alegre para

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julgamento da demanda." (TRT 4ª R. - RO 00231-2008-019-04-00-1 - 7ª T. - Relª Desª Maria Inês Cunha Dornelles - DJe 26.11.2008).

Ainda concernente a esta questão, faz-se mister trazer à colação, o entendimento do ilustre Sergio Pinto Martins, que preconiza, in verbis:

"O art. 651 da CLT não viola o acesso à Justiça, pois o empregado pode propor a ação onde quiser. A matéria será analisada sob o ângulo da competência se o empregador apresentar exceção de incompetência. As regras, quanto à competência em razão do lugar, são disciplinadas pelo art. 651 da CLT e não pelo CPC, pois não há omissão na CLT (art. 769 da CLT). Não se observa, portanto, que a ação deve ser proposta no domicílio do réu. (Comentários à CLT. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2008. p. 707-710)

Nesse esteio, Exa., requer-se o reconhecimento inicial e primordial deste MM. Juízo para julgar a presente demanda trabalhista, Viabilizando o acesso do reclamante à justiça, calcado no princípio da proteção, aparando com justa medida a desigualdade social do plano fática entre Reclamante e Reclamado.

O reclamante firmou contrato de trabalho com a reclamada em 13/11/2011 sob CTPS anotada com o reclamado, sendo o termo inicial no dia 13/11/2011 e o termo final no dia 30/11/2012, para exercer a função de ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL, recebendo mensalmente o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais e cinco mil reais), sendo R$ 1.000,00 (hum mil reais) na CTPS e 5.000,00 por fora.

No entanto, apesar de o atleta ter cumprido com todas as suas obrigações contratuais laborais até o presente momento, participando de treinos, preparações e 9 jogos

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oficialmente registrados, o Reclamado não cumpriu com suas obrigações básicas, de efetuar o pagamento da RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO com o reclamante.

O Reclamado nada depositou em valores pecuniários do FGTS, e com repleto descaso irresponsável, apenas efetuaram um adiantamento de verbas trabalhista no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), valor este para o reclamante se deslocar de Belém-PA com sua família e fixa residência em Juazeiro do Norte-CE, sua cidade Natal..

Impende destacar, que o contrato foi violado completamente pelo Reclamado, quando o reclamante foi demitido em 18 de maio de 2012, importando na chamada quebra contratual.

Que, por ocasião da demissão do reclamante o reclamado firmou TERMO DE QUITAÇÃO onde lhe pagaria o valor de R$ 15.574,00 (quinze mil quinhentos e setenta e quatro reais) em duas parcelas sendo a primeira no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) no ato da assinatura do termo de rescisão e a segunda parcela através de NOTA PROMISÓRIA no valor de R$ 7.574,00 (sete mil quinhentos e setenta e quatro reais) pagamento para o dia 28 de junho de 2012, promissória esta devidamente assinada pelo Sr. Presidente do Clube na pessoa do Sr. SÉRGIO CABEÇA BRAZ, que também não foi paga.

Ocorre Exa., que o Clube além da quebra do

CONTRATO COM O RECLAMANTE, também não pagou o valor

acordado da rescisão, conforme se infere da documentação

acostada, incidindo assim em uma outra QUEBRA DE CONTRATO.

Que, por diversas vezes o reclamante tentou

receber o saldo remanescente junto ao Reclamado mas foram em

vão seus intentos.

DA DISPENSA ANTECIPADA E

IMOTIVADA

Em 18 de maio de 2012 o reclamado

dispensou antecipada e imotivadamente o reclamante, não bastante

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tenha lhe obrigado a assinar documentos sugerindo que a rescisão

tenha sido “ em comum acordo” .

As contradições verificadas nos referidos

documentos, as noticias divulgadas pela mídia local e nacional é

prova testemunhal que comprovam que o reclamante foi

efetivamente dispensado de forma antecipada e imotivada pelo

reclamado.

Não obstante o “TERMO DE RESCISÃO”

elaborado pela reclamada tenha apurado o valor das verbas

rescisórias num montante de R$ 1.650,01 a própria reclamada

optou por lhe pagar o valor de R$ 15.574,00 (quinze mil quinhentos

e setenta e quatro reais) para efetivar a rescisão conforme

“CONTRATO DE TRANSAÇÃO COM A FINALIDADE DE

PREVINIR LITIGÍO” . O RECLAMANTE FOI OBRIGADO A

ASSINAR sob pena de não receber a liberação junto a

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL e ficar impedido de

sequer negociar com outro clube prolongando ilegalmente o seu

desemprego.

Se a reclamada tivesse agido corretamente e

se a rescisão tivesse sido realmente em COMUM ACORDO

EVIDENTEMENTE QUE a reclamada pagaria ao reclamante tão

somente os valores das verbas rescisórias por ela calculadas e não

os 15.574,00 (quinze mil quinhentos e setenta e quatro reais).

Mais ciente de que dispensou antecipada e

imotivadamente o reclamante, o reclamado tentou encontrar uma

forma de evitar esta reclamação trabalhista pagando muito além

das verbas rescisórias que seriam devidas em caso de rescisão por

“ comum acordo” e muito aquém das verbas rescisórias que seriam

devidas em caso de dispensa antecipada e imotivada.

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A ilegalidade dos documentos impostos ao

reclamante pela reclamada se ratifica pele renúncia aos direitos

trabalhistas da clausula 3ª do “ CONTRATO EXTRA-JUDICIAL”

Finalmente, as noticias vinculadas em todos os meios de comunicação não só local, mas também nacional, confirmam que o reclamado dispensou o reclamante para diminuir as despesas com salário de atletas, conforme algumas noticias abaixo descritas:

Remo inicia organização para a disputa da Série D do Campeonato BrasileiroAzulino garantiu vaga após desistência do Cametá

Por Maximilian Pimenta CabralFUTNETDepois de ser confirmado na Série D do Campeonato Brasileiro, com a desistência do Cametá (campeão paraense), o Remojá iniciou o planejamento para a competição. Nesta segunda, a diretoria confirmou a dispensa de seis atletas: o goleiro Dida, os laterais Cássio e Panda, o volante Jean Marcelo, os meias Deivisson e Franklin, além do atacante Marciano.(http://www.futnet.com.br/futebolparaense/remo/noticias/?223342-remo-inicia-organizacao-para-a-disputa-da-serie-d-do-campeonato-brasileiro)

Remo inicia reformulação do elenco visando a Série DClube dispensou seis jogadores e fechou a contratação de dois reforços. Ao menos cinco atletas são esperados para a Série D

Craque do Futuro - 21/05/2012 - 10:39 Belém (PA)Após a confirmação pela CBF da vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, o Remo começou a reformular o elenco que fracassou no Campeonato Paraense. A diretoria azulina já anunciou a dispensa de seis atletas, são eles: o goleiro Dida, os laterais Cássio e Panda, o volante Jean Marcelo, os meias Deivisson e Franklin e o atacante Marciano.(http://www.lancenet.com.br/minuto/Remo-inicia-reformulacao-visando-Serie_0_704329577.html#ixzz2BTIToXlM)

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DA NULIDADE DA RESCISÃO EM COMUM

ACORDO

Conforme indicado na exposição fática

inexoravelmente inverídica a elaboração dos documentos de

rescisão contratual com a informação de que ocorreu por “COMUM

ACORDO”

Ao ser dispensado antecipada e

imotivadamente pelo reclamado, o reclamante estava acompanhado

de outro empregado do reclamado que será oportunamente

arrolado como testemunha para restabelecer a verdade dos fatos.

A própria mídia local e nacional noticiou que

o reclamado dispensou o reclamante para diminuir as despesas

com salário de atleta.

Não obstante a análise dos acontecimentos

não permite outra conclusão senão que o reclamante foi

efetivamente dispensado antecipada e imotivadamente pelo

reclamado.

Ao efetuar os cálculos dão valor das verbas

rescisórias tendo como primícia a ruptura contratual “ EM COMUM

ACORDO” a reclamada apurou o montante de R$ 1.650,01

conforme documento anexo.

Apesar do valor calculado, o reclamado se

comprometeu a pagar ao reclamante pela rescisão contratual o

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montante de 15.574,00 (quinze mil quinhentos e setenta e quatro

reais) não cumprindo com o acordado, impondo-lhe ainda a

assinatura de renuncia de direitos com a menção de que os valores

pagos servem de antecipação ao pagamento devido

O Reclamante, após a quebra de contrato unilateralmente pelo reclamado, vem insistentemente tentando receber o que foi acordado entra as partes no ato da rescisão sem obter êxito. Já se passaram mais de seis meses sem qualquer resolução da situação.

Nesse panorama, o Reclamado permanece com descaso, violando uma série de postulados constitucionais, deixando o Reclamante sem condições de honrar os seus compromissos financeiros.

Em face deste descaso ocasionado pelo empregador, o Reclamante passou por inúmeras situações vexatórias, impossibilitado de arcar com as despesas próprias e de sua família (mulher e filho), além de sofrer danos psíquicos e morais na falta de provimento próprio, recorrendo ao auxílio financeiro de familiares e amigos, contraindo inclusive com estes, empréstimos e consequentemente dívidas.

Assim sendo, o Postulante requer a reparação por danos morais, através da observância da Lei Suprema e da aplicação subsidiária do código civil (art. 8º, parágrafo único da CLT), em seus arts. 5º, X, 186, 187 e 927, ipsis litteris:

Art. 5º da CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

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igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(…)X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Art. 186 do CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187 do CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.(…)Art. 927 do CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem .

Grifos do Reclamante.

A ofensa do Reclamado decorre da falta de compromisso daquilo que foi acordado no ato de rompimento do enlace empregatício, o que não impede o dever de reparação ao Reclamante ofendido, sofredor de abalos morais e psicológicos, sendo, portanto, devida uma indenização por danos morais, em que a competência para se apreciar tais danificações abstratas é da própria Justiça do Trabalho (art. 114, VI da CF/88). Sustenta Alice Monteiro de Barros e Maurício Godinho Delgado:

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A conduta ilícita praticada pelo empregador e capaz de gerar compensação por dano moral poderá ocorrer na fase pós-contratual. Persiste a competência da Justiça especializada sempre que a ofensa tenha vinculação com o contrato de trabalho rompido. Dessa forma, se o empregador invoca situação que importa afronta à honra da pessoa enquanto trabalhador, como no caso da improbidade, compete à Justiça do Trabalho apreciar o feito, assim como quando o dano advier de informações desabonatórias e inverídicas fornecidas pelo ex-empregador ao futuro empregador. Embora a conduta danosa seja posterior à ruptura do pacto laboral, guarda estreito nexo de causalidade com ele, capaz de atrair a competência da Justiça do Trabalho . (BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2007, p. 639-640.)...Podemos, então, dizer diante do que ficou exposto, que o dano moral requer indenização autônoma, cujo critério será o arbitramento, ficando este a cargo do Juiz, que usando do seu prudente arbítrio fixará o valor do quantum indenizatório. Para isso deverá levar em conta as condições das partes: o nível social, o grau de escolaridade, o prejuízo sofrido pela vítima, a intensidade da culpa e os demais fatores concorrentes para a fixação do dano. (SANTINI, José Rafaelli. Dano Moral. São Paulo, 1997, p. 51.).

Grifos do Reclamante

Por fim, como afronta à dignidade do homem trabalhador, assim como a presunção de sofrimento do empregado,

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em virtude da quebra de contrato e consequentemente o não cumprimento do acordado entre as partes, requer-se uma compensação, indenização compatível com os infortúnios morais sofridos.

A Lei n. 12.395/11 inseriu em nosso ordenamento a novidade da Cláusula Compensatória Desportiva para ajustar o desequilíbrio da conhecida unilateralidade da extinta Cláusula Penal Desportiva, que somente era devida ao Clube.

Atualmente, com a mudança já em vigor existe a Cláusula Indenizatória Desportiva devida somente aos Clubes pela rescisão contratual e a Cláusula Compensatória Desportiva devida somente aos Atletas quando o seu clube empregador rescinde unilateralmente e imotivadamente o pacto laboral, ou por Rescisão Indireta, ou ainda, pelo denominado Inadimplemento Remuneratório (Moral Salarial).

Nesse caso, o Reclamado não descreveu o valor determinado e líquido da cláusula compensatória desportiva,

A Lei Pelé determina que o valor da cláusula compensatória desportiva deve ser formalizada no contrato especial de trabalho. Art 28:

Art. 28.  A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração pactuada em contrato especial de trabalho desportivo, firmado com entidade de prática desportiva, no qual deverá constar, obrigatoriamente:...§ 3º O valor da cláusula compensatória desportiva a que se refere o inciso II do caput deste artigo será livremente pactuado entre as partes e formalizado no contrato especial de trabalho desportivo, observando-se, como limite máximo, 400 (quatrocentas) vezes o valor do salário mensal no momento da rescisão e, como limite mínimo, o valor total de salários mensais a que teria direito o atleta até o término do referido contrato.

Sendo assim, a Lei impõe a obrigatoriedade de inserção do valor da cláusula compensatória desportiva , pois não havendo previsão expressa, revelada na prática desse caso, o valor a ser majorado e aplicado como penalidade pelo Juiz do Trabalho deve ser o teto subscrito na própria Lei – quatrocentas (400)

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vezes o valor do salário mensal do atleta no momento da rescisão.

Em suma, , será devido ao Reclamante a aplicação do valor máximo da referida cláusula, ainda mais nesse caso, em que o motivo de ruptura contratual se deu por dispensa antecipada e imotivada do Empregador Desportivo (r

:

O vocábulo Arena, que advém do latim, significa areia, utilizado no âmbito desportivo, desde a Antiguidade, como local coberto de areia em que os gladiadores combatiam entre si ou com animais.

Antes da criação do Direito de Arena no Brasil os clubes nada recebiam pelas imagens geradas em razão do espetáculo esportivo, que eram transmitidos pelos meios de comunicações a toda coletividade.

Inicialmente o Direito de Arena foi introduzido em nosso ordenamento jurídico com o advento da Lei n°. 5.988/73, que regula os direitos autorais, mais especificamente em seu artigo 100, estabelecendo que o direito de autorizar ou proibir a transmissão ou retransmissão do espetáculo desportivo pertence ao Clube, que repassara vinte por cento (20%) do preço total da autorização aos atletas participantes do espetáculo, nos seguintes termos: "Art. 100. A entidade a que esteja vinculado o atleta, pertence, o direito de autorizar, ou proibir, a fixação, transmissão ou retransmissão, por quaisquer meios ou processos de espetáculo desportivo público, com entrada paga. Parágrafo único. Salvo convenção em contrário, vinte por cento do preço da autorização serão distribuídos, em partes iguais, aos atletas participantes do espetáculo ". (grifos)

Com a posterior promulgação da Constituição Federal de 1988, no título "Dos Direitos e Garantias Fundamentais", ao tratar sobre os direitos e deveres individuais e coletivos (cláusula pétrea), restou assegurado, em seu artigo 5º, inciso XXVIII, "a proteção às participações individuais em obres coletivas e à reprodução de imagem e voz humana, inclusive nas atividades desportivas”.

Todavia, o Direito Desportivo tutelou o Direito de Arena, apenas com a promulgação da Lei n°. 8.672/93 (Lei Zico), em seu artigo 24 que assim decretava: “Art. 24. Às entidades de prática desportiva pertence o direito de autorizar a fixação, transmissão ou retransmissão de imagem de espetáculo desportivo de que participem. §1º Salvo convenção em contrário, vinte por cento do preço da autorização serão distribuídos, em partes iguais, aos atletas participantes do espetáculo”.

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Nota-se que à época da Lei Zico não havia a expressão como mínimo na legislação!

Atualmente, ante a revogação da Lei nº 8.672/93, o Direito de Arena Desportivo, enquanto instituto de Direito Desportivo, está regido pelo artigo 42, da Lei nº 9.615/98 (Lei Pelé), que para o primeiro período de trabalho do reclamante, contava com a seguinte normativa: "Art. 42 - Às entidades de prática desportiva pertence o direito de negociar, autorizar e proibir a fixação, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetáculo ou eventos desportivos de que participem. § 1º - Salvo convenção em contrário, vinte por cento do preço total da autorização, como mínimo, será distribuído, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo ou evento. " (grifos).

Aqui vale a pena fazer um parêntese para destacar que o legislador se preocupou em acrescentar a expressão COMO MÍNIMO no texto legal atual, justamente para assegurar que eventual convenção em contrário não reduzisse o patamar de 20% (vinte por cento), estipulado por lei.

Para o período de trabalho acima especificado, a normativa alterada da referida Lei Pelé pela lei n. 12.395/11, já subscrevia: “Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem. § 1º - Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% (cinco por cento) da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas profissionais, e estes distribuirão, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo, como parcela de natureza civil. (grifos).

Por oportuno, destacamos que a primeira redação do dispositivo legal lançado no parágrafo anterior é exatamente a que vigorava antes do dia 16 de março de 2011. A nova alteração acima descrita foi inserta à Lei Pelé onde restaram reduzidos os percentuais destinados aos atletas pelo direito de arena dos 20% para apenas 5%.

Porém, denota-se do texto legal que o Direito de Arena é um direito conferido às Entidades de Prática Desportiva (Clubes ou Associações Desportivas) de negociar a transmissão ou retransmissão da imagem coletiva do espetáculo esportivo, de qualquer evento de que participe sua equipe, com a exceção dos flagrantes para fins jornalísticos, cabendo aqui uma interpretação extensiva do excerto legal no que pertine ao vocábulo “atletas participantes do espetáculo”. Eis que, o Reclamante participou de nove (9) partidas pelo campeonato paraense 2012.

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Nesse diapasão, o Reclamante detém direito às parcelas repassadas à título de Direito de Arena das quatorze (9) partidas que disputou, ou seja, participou, efetivamente entrando em campo ou permanecendo como suplente, em harmonia com o subscrito na lei, art. 42, § 1º, “atletas participantes do espetáculo”.

Segundo o professor Antonio Chaves, in "Direito de Arena", Julex Livros, São Paulo, 1988, "apartando-nos do conceito legal, que atribui não ao atleta, mas a entidade de prática desportiva ao qual ele pertence, podemos definir o direito de arena como uma prerrogativa que compete ao esportista de impedir que terceiros venham, sem autorização, divulgar tomadas de sua viagem ao participar de competição, ressalvados os casos expressamente previstos em lei".

Vale acrescentar que, o direito de arena previsto na lei Pelé não pode ser confundido com o direito de imagem, aquele é determinado na lei e inerente à promoção do espetáculo desportivo, se constituindo “direitos desportivos audiovisuais”, conforme a própria redação nova do art. 42, §1°, veio esclarecer. Enquanto, o direito de imagem é pactuável (determinável) em contrato entre partes, individual ou coletivo, de atletas com o próprio empregador ou terceiros que explorem a imagem atlética para propaganda, marketing, publicidade, comercial, licenciamento de produtos, tudo, menos quanto à exploração da imagem durante o espetáculo, esta propriedade do direito de arena. Para realizar essa distinção, a novel redação do art. 42, §2°, III, clarifica: “... III - é proibida a associação das imagens exibidas com base neste artigo a qualquer forma de patrocínio, propaganda ou promoção comercial.” (grifos).

Dessa forma, nos termos da Lei, o Reclamante tem direito ao recebimento de sua quota do valor mínimo de 5% (cinco por cento) sobre valor total negociado pelo Reclamado, a título de Direito de Arena, para transmissão e retransmissão dos espetáculos desportivos em que o Reclamante participou nesse Campeonato paraense de 2012.

O Campeonato Paraense de 2012 teve transmissão televisiva. Assim noticiou o portalcultura.com.br, portal este, da empresa que deteve os direitos de transmissão do campeonato paraense 2012.Descrevo abaixo a noticia:

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Contrato de transmissão do Parazão será assinado

No próximo final de semana começará mais uma disputa do Parazão 2012, envolvendo oito clubes paraenses. E como a Rede Cultura de Comunicação/Funtelpa transmitirá os jogos, ao vivo, será assinado o contrato de transmissão entre a emissora e a FPF (Federação Paraense de Futebol). A assinatura será nesta quarta-feira, 11, às 19h, no Pará Clube. Os valores do contrato são os mesmos do Parazão 2011, e envolve um total de R$2.464.000,00, incluindo os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série C dos times paraenses que se classificarem. Atualmente, só o Paysandu e o Águia têm vaga garantida na Série C.Pelo contrato, os dois principais clubes do Estado, Remo e Paysandu, receberão, cada um, R$ 690.500,00, divididos em duas etapas iguais. As outras seis equipes receberão R$ 98.500,00. O contrato também prevê um bônus por meritocracia aos quatro primeiros colocados de cada turno. O contrato também prevê uma cláusula social com a inclusão pelos clubes da capital de crianças atendidas pelo Pró-Paz. A ideia é que crianças em situação de risco, atendidas pelo Programa, possam ser absorvidas pelos clubes na categoria Sub-15.A abertura da rodada do ‘Parazão’ será no próximo sábado, 14, às 16 horas, na Curuzú, com a partida entre Paysandu e Cametá. No mesmo dia, às 20h, se enfrentam Independente e Tuna Luso, em Tucuruí. Em santarém, jogam São Francisco e São Raimundo, às 19h. No domingo, 15, completando a primeira rodada da Taça Cidade de Belém, jogam Remo e Águia, às 9h45, no Baenão. Acompanhe os jogos do Parazão pela TV Cultura ou aqui pelo Portal Cultura. Você tem escolha, você tem Cultura!(http://www.portalcultura.com.br/node/7375)

Somente a título elucidativo, os 5% sobre o total negociado para transmissão de cada espetáculo desportivo,

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devem ser divididos igualitariamente entre atletas que participaram do espetáculo desportivo.

Contudo, a parcela determinada no §1º do

art. 42, que determina o rateio entre os atletas, é uma parcela remuneratória, embora seja dita como de natureza cível pela nova mudança da Lei, e, portanto, divisível por determinação da própria Lei, enquanto pagamento remuneratório aos atletas. Melhor explicitando: enquanto pagamento pela transmissão/retransmissão e exploração do espetáculo/evento desportivo aos clubes promotores é um direito indivisível e determinado no caput do art. 42 (Autentico Direito Desportivo), por outro lado, se transforma em parcela divisível e remuneratória quando se transforma em remuneração a ser rateada aos atletas, por determinação do próprio art. 42, §1º e assim deixa de ser Direito Desportivo e passa a ser autentico Direito Trabalhista Desportivo.

Ademais, como o reclamante não tem condições de exibir o contrato entre a negociação dos direitos televisivos do campeonato paraense de 2012 firmado entre Clubes e Rede de Comunicação, requer que se digne V.Exa. em determinar que os reclamado juntem aos autos o referido contrato entre o reclamado e a empresa que transmitiu os jogos do paraense 2012.

Da mesma forma como ocorria com os depósitos do FGTS, o reclamado jamais realizou corretamente os pagamentos relativos ao INSS.

Dessa forma, deve o reclamando ser condenado ao pagamento dos depósitos do INSS relativamente aos dois períodos trabalhados, com base na real remuneração do reclamante.

Requer ainda, seja o reclamado intimado a apresentar todos os comprovantes de pagamentos do INSS relativo aos relatados períodos trabalhados, sob pena de configurar-se a ausência total de recolhimentos, nos termos do artigo 359 do CPC.

O artigo 467 da CLT determina que o empregador deve pagar as verbas rescisórias incontroversas em primeira audiência, sob pena de pagá-las com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento), em caso de não fazê-lo. Assim sendo, requer seja o reclamado quando comparecer a vara do trabalho para a primeira audiência, compelido a realizar o

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pagamento das verbas rescisórias incontroversas devidas ao reclamante, sob as penalidades previstas no artigo citado.

Requer, outrossim, a aplicação da multa imposta pelo artigo 477 da Consolidação das leis do trabalho, uma vez que as verbas rescisórias não foram pagas no prazo legalmente estabelecido.

O artigo 355 do Código de Processo Civil estampa que: “Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se ache em seu poder.”.

Os contratos com as emissoras de televisão estão em poder do reclamado, que jamais forneceu cópia ao reclamante.

Além de ser facultado ao juiz determinar a exibição de documentos, o reclamado deve apresentar os documentos requeridos, sob pena de ser aplicado o disposto no artigo 359 do Código de Processo Civil, ou seja, serão admitidos como verdadeiros os narrados pelo Reclamante.

Desse modo, deve o reclamado apresentar junto com a contestação, os contratos firmados com as emissoras de televisão para transmissão das partidas que disputou no campeonato paraense do ano de 2012, sob as penas da lei.

Hodiernamente, na Justiça do Trabalho, também, são devidos honorários advocatícios pelo inadimplemento de obrigação trabalhista, por aplicação subsidiária dos artigos 389 e 404 do Código Civil vigente, tendo também como amparo a Constituição Federal, o Código de Processo Civil em seu art.20 e a Lei 8.906/94 em seu art.22, cuja inovação deve ser prestigiada, como forma de reparação dos prejuízos sofridos pelo trabalhador, que para receber o crédito trabalhista necessitou contratar advogado às suas expensas, causando-lhe perdas financeiras.

Com efeito, a Constituição Federal de 1988, que em seu art. 5º, inciso LXXIV, dispõe que “...é dever do Estado prestar assistência jurídica gratuita aos que alegarem insuficiência de recursos financeiros para custear despesas

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processuais em detrimento de seu próprio sustento e de sua família”.

E não se erija o argumento de que o reclamante “teria desprezado a assistência sindical” que sucumbe ante o disposto no texto legal acima, acrescido do que determina o Art.18. da mesma Lei, “in litteris”: “A assistência judiciária, nos termos da presente lei, será prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo sindicato.”. Como se percebe, tamanha a meridiana clareza do dispositivo legal, o reclamante tem ao seu socorro todo o aparato legal acima explicitado e apresentou em juízo todos os documentos que o credenciam a ter deferido tal pedido

Ademais disso, a concessão de honorários advocatícios por descumprimento de obrigação trabalhista vem ao encontro do novo paradigma da Justiça do Trabalho que abriu a sua Casa para atender a todos os trabalhadores, empregados ou não, independentemente de se tratar de uma lide de relação de emprego ou de mera relação de trabalho.

De sorte que, o reclamadao deve responder pelos honorários advocatícios, a fim de que a reparação do inadimplemento da obrigação trabalhista seja completa, isto é, a reparação deve incluir juros, atualização monetária e ainda os honorários advocatícios, cujo ideal está em perfeita sintonia com o princípio fundamental da proteção ao trabalhador. Honorários advocatícios de inadimplemento devidos a favor do trabalhador não se trata de honorários de sucumbência.

Destaque-se, por oportuno, que a Constituição Federal, no seu art.133, elege o advogado como ente/partícipe indispensável ao funcionamento da Justiça, o art. 20 do CPC ao tratar da sucumbência processual e o art. 22 da Lei nº8.906/94 que dispõe da obrigatoriedade de advogado em qualquer procedimento administrativo e/ou judicial.

O Egrégio TRT da 7ª Região, em incontáveis arestos, há decretado a inclusão dos honorários, ou sua mantença quando molestados nos julgados monocráticos, asseverando, inclusive, que a imperiosidade legal sequer dá azo a que se questione a condição financeira do beneficiário porquanto o advogado é peça indispensável perante a Justiça Obreira deixando antever que o “jus postulandi” fora derrogado por incompatibilidade com os dispositivos da Magna Carta, “in litteris”: “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. A condenação dos honorários advocatícios decorre da melhor interpretação dos textos legais, especialmente, do art.133 da C.F. que encerra o princípio da

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indispensabilidade do advogado e do art.20 do CPC que, por sua vez, encerra o princípio da sucumbência.”.(Ac. nº2389/97 do TRT da 7ª Reg. no R.O. nº869/97, Rel. Juiz Erle Ximenes Rodrigues, public. in DOJT de 01/07/1997, pág.2771).; “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PARCELA DEVIDA MESMO DESASSISTIDO DO SINDICATO. A Lei nº5.584/70, art.14, confere obrigação ao Sindicato de prestar assistência ao empregado, mas não obriga este a só ser assistido pelo Sindicato da categoria.”(Ac.Un. nº3879 do TRT da 7ª Reg. no R.O. nº2787/95, relª. Juíza Maria Irisman Alves Cidade, public. in DJCE de 18/11/1996. NOTA: Recurso provido para incluir na condenação honorários advocatícios de 15%).; “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O princípio do “jus postulandi” não exclui a verba honorária, tampouco há vedação legal, ao contrário, a condenação em referida parcela alicerça-se na C.F./88(art.133 e legislação infraconstitucional(art.20 do CPC e art.22 do Estatuto da OAB).”.(Ac.nº2363/97 do TRT da 7ª Reg. no R.O. nº4449/96, Relator Juiz Manoel Arízio E. de Castro, public. in DOJT de 01/07/1997, pág.2775).; “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Aplica-se no processo trabalhista o princípio da sucumbência assentado no art.20 do CPC.”.(Ac. nº2904/96 do TRT da 7ª Região no R.O. nº1861/96, Rel. Juiz Jacintho Moreira Salles, public. in DJCE de 16/09/96).; “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Independentemente da situação econômica do empregado, devida é a verba honorários advocatícios, por aplicação do princípio da sucumbência assentado no art.20 do CPC subsidiário.”.(Ac. nº2565/96 do TRT da 7ª Reg. no R.O. nº1433/96, Rel. Juiz João Nazareth Pareira Cardoso, public. in DJCE de 06/09/96).; “HONORÁRIOS — ADVOGADO. Os honorários advocatícios, arbitrados em 15%, são sempre devidos pela parte sucumbente, conforme tem decidido, diuturnamente, este Sétimo Regional, com arrimo no art.20 do CPC e art.133 da Constituição Federal.”.(Ac. nº2851/96 do TRT da 7ª Reg. no R.O. nº1986/96, Rel. Juiz Tarcísio Melo Amora, public. in DJCE de 06/09/96).; “HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Assente a jurusprudência desta corte regional que, sucumbindo, o reclamado, são devidos os honorários advocatícios, independentemente da condição econômica do reclamante.”.(Ac. nº2834/96 do TRT da 7ª Reg. no R.O. nº1919/96, Rel. Juiz Jacintho Moreira Salles, public. in DJCE de 20/08/96).; "ACÓRDÃO Nº 004269/93 - REM.EX E REC.VOLUNTÁRIO Nº 02534/93 - RECORRENTE: DOMINGOS SAVIO RIBEIRO PONTES - RECORRIDO: MUNICIPIO DE BARBALHA - JUIZ RELATOR: FRANCISCO TARCISIO GUEDES LIMA VERDE -

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ADVOGADOS: MARIA EDNA NORONHA MATOS - JOSE GURGEL - PROCURADORIA DO MUNICIPIO. EMENTA: HONORÁRIOS DE ADVOGADOS (Quando devidos). "Data vênia" do Enunciado no 219 do C. TST, os honorários de advogados são devidos, pela parte sucumbente, pouco importando a situação econômico-financeira do Reclamante-empregado, que, como qualquer cidadão, tem o direito de escolher como advogado, pessoa de sua estrita confiança (Recursos Official e voluntário conhecidos, com improvimento do Oficial e provimento do Voluntário). ACORDAM os Juízes do Tribunal Regional do Trabalho da 7a Região, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, negar provimento ao oficial e dar provimento ao Recurso Voluntário do Reclamante para incluir na condenação honorários advocatícios em 15%. (Pub. DJCE no 16254 de 11.03.94)."; "ACÓRDÃO NO 004468/93 - REM. EX. E REC.VOLUNTÁRIOS NO 03151/93 - RECORRENTE: MUNICÍPIO DE QUIXADÁ E VALDENORA B. INÁCIO - RECORRIDO: OS MESMOS RECORRENTES - JUIZ RELATOR: FRANCISCO TARCÍSIO G.L.VERDE - ADVOGADOS: ANTONIA CERLENE A. DO CARMO-ANTONIO JOSÉ SAMPAIO FERREIRA - PROCURADORIA DO MUNICÍPIO. EMENTA: HONORÁRIOS DE ADVOGADOS (Fixação). Cabe ao Juiz o fixá-los, entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%), do valor da condenação, atendidos entre outros, o zelo do profissional, a qualidade do serviço e a natureza da causa. Fixado, pois, esse percentual, pelo MM Juízo "a quo", tal não pode ser modificado pelo r. Juízo "ad quem". (Recursos Oficial e Voluntários conhecidos, com improvimento do Oficial e do Voluntário da Reclamada).” (Pub. DJCE no 16246 de 01.03.94).

Não obstante os argumentos acima expostos, o Eminentíssimo Juiz do TRT da 7ª Região – Dr. José Ronald Cavalcante Soares – com os conhecimentos jurídicos e a sensibilidade de julgador que lhe é peculiar, em recentíssimo artigo publicado na Revista do Sétimo Regional, assim articulou em torno do “JUS POSTULAND I”: "O Jus Postulandi conferido às partes no processo judiciário do trabalho, que não se justifica nos dias que correm, quando é absolutamente imprescindível buscar-se os serviços de um profissional, mantém o trabalhador numa verdadeira orfandade processual, "entregando o ouro" e, pior que isso, ao final, dividindo os parcos vinténs que recebe com um advogado. Ora, aferrar se ao entendimento de que a assistência judiciária deve ser prestada pelos sindicatos, quando a Constituição da República

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veda a intervenção do Estado nas entidades sindicais (art.8º-I) e atribui ao Estado a obrigação de prestar assistência judiciária gratuita aos necessitados (art.5º, LXXIV) é postura realmente anacrônica e incompatível com o “lex legum”.”.

Continuando seu magistério, afirma: “Não faz muito tempo, no Suplemento Trabalhista da LTR nº149/99, Eduardo Gabriel Saad abordou o assunto, fazendo um raio-x de um Acórdão da SBDI-1, do TST no julgamento do AG-E-RR 292.840/96 (in Revista LTR n ° 63-OS/635), cuja Ementa é a seguinte: "Jus Postulandi. Recurso. Ato Privativo de advogado. Lei n° 8906/94. A simples personalidade jurídica ou capacidade de ser parte não são suficientes para autorizar o exercício, por si, de atos processuais, próprios e especificados em lei, privativos de advogados. O disposto no art. 791 da CLT, jus postulandi, concede apenas, o direito de as partes terem o acesso e acompanharem suas reclamações trabalhistas pessoalmente, nada mais. Uma vez ocorrido o acesso, o juiz fica obrigado por lei (artigos 14 a 19 da Lei n° 5584/70) a regularizar a representação processual. 2. Nos termos do art. 1º da Lei n° 8906/94, o ato de recorrer é privativo de advogado". A decisão em comento, na verdade, abre uma janela para a questão da obrigatoriedade do advogado no processo do trabalho.”.

Recentíssimo aresto do Sétimo Regional abaixo transcrito traz esclarecimentos definitivos sobre o assunto em tablado: “Justiça Gratuita. A partir da edição da Lei nº 7.115, de 1983, presume-se verdadeira a declaração destinada a fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada pelo próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da Lei. A teor da Orientação Jurisprudencial SDI-1, do Tribunal Superior do Trabalho, nº 269 e 331, o benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso; sendo desnecessária a outorga de poderes especiais ao patrono da causa para firmar a declaração de insuficiência econômica. Assim, tomando-se em conta o permissivo legal e a respectiva interpretação abalizada, do Tribunal Superior do Trabalho, é de se concluir pelo direito dos recorridos aos benefícios da justiça gratuita. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Premido pela circunstância de que o artigo 14 da Lei nº 5.584/70, que deu ensejo a edição das

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Súmulas TST 219 e 329, foi revogado pela Lei nº 10.288/01, posto que regulasse a assistência judiciária gratuita ao encargo do sindicato da categoria profissional do reclamante, com a introdução do parágrafo 10º ao artigo 789, da CLT, considerando o fato de que referido dispositivo consolidado foi integralmente reformulado pela Lei nº 10.537/02, e sopesando o disposto quanto aos institutos jurídicos da revogação e da repristinação, de que trata a Lei de Introdução ao Código Civil, hei por bem considerar superado o entendimento jurisprudencial acerca da limitação dos honorários advocatícios à hipótese de assistência pelo sindicato de classe. Ademais, tomando-se em conta a Resolução TST 126/2005, que editou a Instrução Normativa nº 27, pela qual, dispondo sobre normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho em decorrência da ampliação da competência da Justiça do Trabalho pela Emenda Constitucional nº 45/2004, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência, de se concluir necessário pronunciamento uniforme acerca do direito do patrono na causa aos honorários advocatícios. Portanto, no presente feito e doravante, reformando o meu entendimento anterior, passo a agasalhar a pretensão de honorários advocatícios por reclamante, ainda que desassistido pelo sindicato da sua categoria. Assim, mantenho, igualmente, a condenação em honorários advocatícios de 15%.” (acórdão do TRT 7ª Região no processo nº 01668/2005-003-07-00-8; public. no DOJT de 31/08/2008, Rel. Des. Cláudio Soares Pires).

Em face do acima exposto se apresenta a planilha de cálculos das verbas REQUERIDAS:

NOME: MARCIO GAMA MOREIRA ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL

VIGÊNCIA CONTRATO 13/11/2011 A 30/11/2012ADMISSÃO – 13/11/2011

RESCISÃO INDIRETA: 18/05/2012

REMUNERAÇÃO: R$6.000,00 (salário base) VERBA RECLAMADA VALOR

CLÁUSULA COMPENSATÓRIA DESPORTIVA (ART. 28. § 3°, LEI PELÉ

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400X6.000,00) = 2.400.000,00

FÉRIAS INTEGRAIS 7.980,00 13º SALÁRIO PROPORCIONAL 2011 1.000,0013º SALÁRIO INTEGRAL 2012 6.000,00FGTS NÃO DEPOSITADO 6.240,00MULTA DO ART.477 DA CLT 6.000,00MULTA 40% DO FGTS 2.496,00INDENIZAÇÃO AO SEGURO DESEMPREGO 24.000,00

AVISO PRÉVIO 6.000,00

TOTAL GERAL 2.459.716,00

TOTAL DAS VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS: R$ 2.459.716,00 (DOIS MILHÕES QUATROCENTOS E CINQUENTA E NOVE MIL E SETECENTOS E DEZESSEIS REAIS).

Ante todo o exposto, se requerer:

A) A citação do reclamado, para que, querendo, apresentem defesa, em audiência, sob pena de confissão e efeitos da revelia;

B) A determinação para que o reclamado apresente, no mesmo prazo para apresentação da contestação, os contratos com a emissora televisiva.

D) A condenação do reclamado ao pagamento do Direito de Arena, 13º salários, férias mais 1/3, FGTS, 40% do FGTS, INSS, Cláusula Compensatória Desportiva, Indenização por Danos Morais e demais verbas rescisórias;

E) Expedição de ofício à Delegacia Regional do Trabalho a fim de se apurar eventuais infrações;

F) Expedição de ofício à Receita Federal a fim de verificar a correta retenção do Imposto de Renda na fonte;

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G) Expedição de ofício ao INSS a fim de se verificar o correto recolhimento da contribuição previdenciária;

H) Incidência de correção monetária e juros legais sobre todas as parcelas postuladas;

I) Condenação do reclamado ao pagamento das verbas de sucumbência e honorários advocatícios, que desde já fica sugerida a fixação de 20% (vinte por cento) do valor da causa.

J) A condenação do reclamado ao pagamento de uma indenização pelos danos morais sofrido pelo reclamante, no valor a ser arbitrado pelo juiz da causa.

K) Aplicações das multas expostas no artigo 467 e 477 da CLT.

Requer, outrossim, que todas as publicações/intimações saiam conjuntamente em nome da Dra. MARILENE GONÇALVES DE ALENCAR, advogada inscrita na OAB/CE sob o nº 9.466, Dr. MARCIANO HEDELSON ESTEVÃO DE SOUSA, advogado inscrito na OAB/CE sob o nº 26.662 , ambos com escritório profissional na Rua Padre Cícero nº 730 – sala nº 101 – Centro, Juazeiro do Norte/CE, sob pena de nulidade.

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, notadamente depoimento pessoal do representante legal da reclamada, sob pena de confesso, oitiva de testemunhas, juntada posterior de documentos ou sua requisição em poder da reclamada e/ou de terceiros que os detenham, perícias e vistorias, enfim, tudo que for necessário ao deslinde da demanda, fica logo requerido.

Dá-se à causa, o valor total de R$ 2.459.716,00 (DOIS MILHÕES QUATROCENTOS E CINQUENTA E NOVE MIL E SETECENTOS E DEZESSEIS REAIS).

Nestes Termos, P. Deferimento.

Juazeiro do Norte-CE,.07 de dezembro de 2012.

MARILENE GONÇALVES DE ALENCARADVOGADA-OAB/CE N° 9.466

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MARCIANO HEDELSON ESTEVÃO DE SOUSAADVOGADO- OAB/CE N° 26.662