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Recomeço

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livro de poema

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RECOMEÇO

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Edson Pereira da Silva

1a Edição 2012Bauru, SP

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S8763rSilva, Edson Pereira daRecomeço / Silva. - - Bauru, SP: Canal 6, 2012.160 p. ; 21 cm.ISBN 978-85-7917-203-81. Literatura brasileira. 2. Poesia. I. Silva, Edson Pereira da.II. Título.CDD: 869BCopyright© Autor, 2012-----------------------------------------------------------------------------

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Sumário

9 Achava que era igual11 Busca13 De volta estou17 Escolhido ou chamado21 Fé23 Genealogia29 Ilusão33 Me... Socorre!35 Minha avó41 Não desista45 O nativo49 Os casamentos55 Poço

Page 6: Recomeço

61 Recomeço65 Rocha67 Senhor de todos71 Susto73 Velocidade75 A luz79 Branca usada85 Correto87 Diamante91 Egoísmo93 Flutuante95 Geleira97 Homem satisfeito101 Instrução103 Lamento105 Medo107 Não correspondido109 O desejo113 Pensamento115 Pote de ouro

Page 7: Recomeço

121 Resgatado125 Sabedoria127 Tempo dividido133 Véu misterioso135 A verdade137 Consolada139 Dúvida143 Escritor147 Forte e fraco149 Homem guerreiro;151 Arrependimento155 Traição157 Nunca é tarde

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Achava que era igual

Achava que era igualBatalhava incansavelmente,Num esforço inconsequente,E nem perto chegava,Já mais, brilhava como valente.

A luz que o conduzia se destorcia,Não parava e nem descansava,Até mesmo fechada continuava,Estando acordado, nunca parava.

Por causa do tropeço,A informação que chegava,Fora de ordem atrapalhava,De tanto que misturava,O entendimento se condenava.

Quando a luz olhava,Ele não entedia,O que elas queriam dizer,Não tinha jeito,Elas continuavam a se mexer.

Como iria ajuntar,Não parava no lugar,Uma indo para lá,Outro pra cá,

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Estavam vivas a se movimentar.

Mas no seu mundo estava,Tudo parecia mágico e não parava.Olhando para ele era normal,Só a luz destorcia o real.

Agora a decisão de um valente,Como um coronel,Convocou o cabo e o tenente,Colocariam em ordem os combatentes.

Da caixa do coronel saiu,O cabo auxiliou,O tenente fixava,Cada um no seu lugar,Não mais movimentava.

O entendimento respirou aliviado,A sabedoria contemplou,Estando ali do lado,A luz olhou admirada,Como conseguiu prender com a mão,Aquela que antes era vilão.

E agora tudo mudou,Mais diferente ficou,Além de as ajuntar,Também as dava a vida,Nunca mais quis ser igual,Aos que dizem ser normal.

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Busca

Vida!...Que vida!...Honra!...Que honra!...Luta!...Que luta!Viver!...Onde?...Trabalhar!...Como?...Estudar!...Aonde?...Comprar!...O quê?...Onde você está?...Para onde vai?...O que quer?...O que pensa?...Ache-se.Busque-se.Encontre-se.Depois viva.

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De volta estou

De volta estou onde nasci.Meus filhos levei,Minha mulher não deixei.Achei que a história fosse mudar,Por isso tirei todos de lá.Perto da geradora estava,O sentimento que me rodeava,Furiosamente esmagava-me,Devido escuridão da separação.Um choro sem consolação,Abraçou forte minha alma.Colocando fim na separação,Traçada muito tempo pelo sertão.Num lugar atrás da habitação,Um vazio, uma terra batida.Tapava com remendo a ferida,Marcada por falta de chão.Quatro palanques cravados.Varas trançadas dos quatros lados,Com barro prendia os cipós amarrados,

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Devagar com força marcava,Um lugar que entrava,E outro que olhava,Por cima estendeu a palha.Ninguém mais atrapalhou.E nem sem quer importou,Com a luta de um inocente,Que chegou de repente,Pra lutar como valente.Pouco tempo se passou.A esperança diluiu,E a tristeza consumiu,Toda a alegria trazida,Presa num barril.A fome não bateu, mas entrou,Sem lamentar ela abraçou,Os filhos e a mulher.As lágrimas que rolaram,O chão batido molhou.O sertão lamentou:– Porque você voltou,Aqui não há nada,Nem o resto da manada,Que foi dizimada,Por falta de cevada.14