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.\ RECOMENDAÇOES PARA O PLANTIO DE SORGO SACARINO Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo - MG -

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RECOMENDAÇOES PARA O PLANTIO DE

SORGO SACARINO

Centro Nacional de Pesquisa deMilho e Sorgo

- MG -

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RECOMENDAÇOES PARA O PLANTIO DE SORGO SACARINO

1•.INTRODUÇÃO

A utilização do sorgo sacarino como materla-prima destinada à produçãode álcool, e-uma das alternativas que vem sendo estudada visando-se a comple-mentação da cana-de-açúcar, cultura que tradicionalmente tem sido utilizada pa-ra a obtenção do etanol.

O Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo - EMBRAPA, inicioll em1976 os trabalhos de pesquisa e estudo da viabilidade da utilização do sorgo sacarino para produção de álcool. Os resultados obtidos durante quatro anos depesquisas conduzidas em várias regiões brasileiras, têm confirmado o potencialdesta cultura, que apresenta uma série de características favoráveis ao seu a-prnveitamento, tais corno: elevada eficiência fotossintética; ciclo produtivo r~lativamente curto (100 a 130 dias) possibilitando um manejo mais adequado d~ á-rea; condições favoráveis à mecanização e ampla adaptabilidade. Além disso, coma utilizaçãolde cultivares que apresentem insensibilidade ao Íotoperiodismo, apossibilidade de aproveitamento da rebrota aumenta consideravelmente a produ-çao anual de álcool por hectare.

O objetivo deste documento, é sumarizar as informações básicas disponí-veis, necessárias à condução da cultura do sorgo sacarino.

, )

2. aJL TIVARES

A escolha de cultivares adequadas, constitui um dos fatores de malorimportância no cultivo do sorgo sacarino para produção de álcool. Uma boa cultivar de sorgo sacarino deve apresentar as seguintes características:

a) Alta capacidade de rendimento de colmo (comprimento e diâmetromédio a grande);

b) Boa capacidade de desenvolver perfilhos uniformes (de dois a quatro);

de

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c) Resistência ao acamamento;d) Alta percentagem de caldo extraívele) Alto conteúdo de sólidos solúveis totais (Brix) no caldo, principal

mente açúcares;f) Resistência às p\incipais doenças;g) Tolerância à seca e ao encharcamento;h) Tolerância à inseticidas.As cultivares disponíveis mostram distintas diferenças nessas caracte-

rísticas e nas suas reações às condições de solo e clima, além de aprese~tarem___ --sensibilidade ao fotoperiodismo (dias curtos), o que limita o estabelecimento

~ da cultura em regiões onde o período ltuninoso normal seja menor que 12 horas. OCNPMS está desenvolvendo cultivares insensíveis ao fotoperiodismo e com caract~rÍsticas agronômicas superiores, o que permitirá maior flexibilidade na época deplantio e melhor aproveitamento de regiões aptas, porém caracterizadas por diascurtos.

Atualmente, encontram-se disponíveis e recomendadas para estabelecimento de lavouras extensivas, as seguintes cultivares, baseando-se nos resultadosmostrados na Tabela 1.

a) Preferenciais: B~' 501, BR 602, BR 500 e BR 503.b) Como opção na falta das preferenciais: Sart e BR 601.

TABELA 1. Resultados comparativos de maturação, rendimento de cOlmos despalha-dos, Brix, Açúcares Redutores e Totais (ART) e quantidade decaldollaScultivares recomendadas, obtidos em quatro locais, durante tres anos.

Cultivares Locais* Maturação Rendimento de Brix ART Quantidade de(n9) (dias) colmo (t/ha) o· % caldo (%)'ó

BR 500 4 122 . 35,2 18,4 16,4 58BR 501 4 133 39,0 20,1 17,3 58BR 503 4 114 37,4 15,1 14,4 61BR 602 4 128 47,5 17,8 15,4 59Sart 4 118 39,4 15,4 13,3 56BR 601 4 118 40,2 17,8 15,3. 57* Sete Lagoas (MG) , Araras e Ribeirão Preto (SP) e Pelo tas (RS) •

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As sementes poderão ser adquiridas através do Serviço de Produção deSementes Básicas (SPSB) da ~ffiRAPA que funciona anexo ao CNPMS. para tanto, elaborou-se uma programação para se produzir 80 t de sementes dessas cul tivares, e~ceto a Sart que poderá ser adquirida através de companhias particulares, para oano agrícola de 1980/31.

A determinação do numero de cultivares a ser utilizado, dependerá da irea a ser plantada, do ciclo e do período de utilização industrial de cada cul-tivar. Um arranjo entre esses fatores permitirá um escalonamento racional da pr~dução.

3. PRATICAS aJLTIlRAIS

3.1. Fertilidade do solo

Um dos probl enas fundamentais na química do solo é a obtenção de umíndice de disponibilidade do elemento no solo que permita a interpretação dosresultados para recomendação econômica dos fertilizantes. Estes índices ficamna dependência de UQ~ série de fatores, como: solo, relação solo/solução, ex-trato químico, cultura, etc, e requerem uma série de trabalhos. Entretanto, devido ao fato do sorgo sacarino estar em fase de introdução, as adubações reco-mendadas têm sido aquelas utilizadas para o sorgo granífero e forrageiro, ml-lho e cana-de-açúcar. Frequentemente as respostas têm sido quase que constan-tes para fósforo e, especialmente, para nitrogênio. As respostas para potássiotêm ocorrido com menor frequência. Entretanto, acredita-se que as ex 1genc iasdo sorgo sacarino sejam maiores do que ~s do sorgo granÍfero e forrageiro, tendo em vista a sua importância para fins energéticos.

Os níveis de fertilidade do solo usados pelos laboratórios de MinasGerais, são os apresentados na Tabela 1.

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TABELA 1. Níveis de fertilidade do. solo para recomendação da adubação quími-*ca •

Níveisp -ppm ** Ca ++ Mg ++

solo soloargiloso arenoso eq.mg/lOO cc de solo

BaíxoMédioAlto

0-56 - 10> 10

c - 1011 - 20

> 20

o - 3030 - 60

>60

o - 1,5 ri - 0,5v

1,6 - 4 0,6 - 1>.4 > 1

Fonte: Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Ge-rais - 39 aproximação - 1978.

~ ** Extrator Norte Carolina.

*

Os fertilizantes usados para o sorgosacarlllo são uma mistura .homogênea de nitrogênio, fósforo e potássio e a relação entre tais nutrientes variacom os resultados de análise do solo e com o histórico da área. Na Tabela 2 es. .

tão apresentadas as recomendações de nutrientes.para sorgo sacarino.

TABELA 2. Recomendações de nutrientes (N, P, K), em kg/ha**.

N

no plantioK20 N*

Nível de P no solo Nível de K no solo em cobertura

Baixo Médio Alto Baixo i>1édio Al to20 70 50 30 60 45 30 40

* Nitrogênio em cobertura, 30 - 45 dias após a germinação das sementes.** Adaptado: Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Ge-

rais - 3? aprox./1978.

OBSFRVAÇÂO: E recomendável a aplicação de 20 - 25 kg de sulfato de zinco/ha, por,~ ocasião do plantio, principalmente em áreas com deficiência deste

elemento.

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3.2. Corretivos

A acidez do solo ê expressa ....pelos teores de H+ e AI +++. Os teoresde AI +++ , na maioria dos solos, apresentam-se tóxicos para as culturas, sendonecessaria sua neutralização.

Diversas metodologiás são usadas para calcular as quantidades de calcâr í.o necessárias ã neutralizacão deste elemento. A mais usual considera os teo~ -res de AI +++ e os teores de Ca ++ + Hg++, revelados pela extração de KC1 lN e

expressos em eq.mg/lOOcc. Para neutralização do alumÍiliotrocavel do solo multiplica-se seu valor pelo fator 2, e soma-se o necessario para elevar os teo-res de Ca++ e Mg++ para 2 eq, mg,

Exemplo: Resultado de análise de solo 1 eq.mg de AI +++ e 1,5 eq.mg de (C.a++ +Mg++).

Cálculo: [2 x (1 eq.mg de AI+++) + 2J - 1,5 eq.mg de (Ca++ + Mg++) = 2,5 deca.lcár.io/ha,

Os calculos sao feitos para calcario com PRNT 100%. As quffiltidadesde corretivo com PRNT acima ou abaixo de 100% devem ser ajustadas.

Uma das funções do calcario no solo é a neutralização do AI+++. Ocalcario, em contato com a agua ê solubilizado e um dos produtos da solubili~a-ção neutraliza o AI+++. Para que haja efeito do calcario, ê conveniente sua a-plicação 2 - 3 meses antes do plantio.

Recomenda-se aplicar, ã superfície do solo metade do nível de calca-rio indicado, antes da araçao e a outra metade antes da gradagem.

Deve-se ressaltar que o Mg++ ê um dos principais problemas em solossob vegetação de cerrado e que a aplicação de grandes doses de calcario calcí-tico pode provocar desiquilíbrio entre Ca ++ e Hg ++ na planta, com o aparecimento de deficiências de Mg++.

3.3. Plantio

A época de plantio ê muito importante quando são utilizadas cultiva-res sensíveis ao fotoperiodisrno. À medida que se retarda o plantio ou se avan-

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ça para menores latitudes, ocorrem reduções no ciclo da cultura, com reflexosnegativos sobre o rendimento.

Na região Centro-Srl , melhores rendimentos têm sido obtidos com plantios realizados nos meses de outubro e novembro. l1n Sete Lagoas (MG) as culti-vares BR 500, BR 501, BR 503 e Sart plantadas em 05-11-1977, apresentaram um,rendimento de colmo 22% maior'do que aquelas plantadas em 12-12-1977.

Nas regiões Norte e ~ordeste, a menor latitude ê o fator que tem de-terminado baixos rendimentos na cultura do sorgo sacarino. Deve-se ressaltar,entretanto, que se encontra em execução, programa de melhoramento visando aobtenção de cultivares adaptadas a estas regiões.

Devido ao tamanho reduzido da semente é necessário que o solo sejabem preparado, de forma a facilitar a emergência e a obtenção de um "stand" a-dequado. A plantadeira deve ser regulada para distribuir as sementes entre 2,5a 4,O em de profundidade. O cálculo do número de sementes a ser distribuido pormetrode sulco, deverá ser baseado no poder germinativo da semente e no pesode 1.000 sementes da cultivar. Alem disso, recomenda-se considerar uma margemde segurança da ordem de 30% visando-se a compensação de eventuais reduções no"stand", determinadas pela existência de condições adversas.

Com relação à regulagem da plantadeira, devem ser considerados os seguintes fatores:

- Encontrar a relação ideal entre o l1úmerode furos e a rotação dodisco, de modo a proporcionar UTIill distribuição contínua e uniformedas sementes; ,

, )

- Evitar a ocorrência de folga excessiva entre o'disco e a base, im-pedindo deste modo que as sementes sejam trituradas.

Com relação ao espaçamento e densidade, recomenda-se a utilização de0,70m de espaçamento entre fileiras, com densidade variando entre 100 a 140mil plantas por hectare, em função das condições de umidade e fertilidade do so10.

Resultados de pesquisas evidenciaram a necessidade 'de se realizar acompactação da camada de solo que cobre a semente. Tal pratica proporcionamaior contato da semente com o solo, reduz a evaporação mantendo, por mais tempo, a umidade do solo.

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3 ~4. Controle de ervas daninhas

o sorgo sacar ino , apos atingir um det ermínado estagio de desenvolvi-mento não sofre mais a influência da competição das ervas daninhas. Entretan-to, e necessário que a cultura seja mantida em terreno limpo durante os está-gios iniciais de desenvolvimento, mediante a utilização de controle manual, mecânico ou químico das invasoras.

Com relação ã utilização de herbicidas, deve-se atentarpara o produ-to utilizado, uma vez que os herbicidas atualmente~isponíveis no mercado revelaram-se tóxicos ao sorgo sacarino, ã exceção da Atrazina que, aplicado ã base

_~e 2,0 kg do produto comercial por hectare, controlou razoavelmente as invaso-ras de folhas-largas.

~or outro lado, a utilizacão de antídotos visando atenuar a acão do~ ~herbicida sobre a planta de sorgo sacarino, abre perspectivas para que, a me-dio prazo seja, ampliado o número de produtos que possam ser utilizados.

4. CONTROLE DE PRAGAS E OOEt\JÇAS

4.1. Pragas

Dentre as pragas que podem ocorrer na cultura do sorgo sacarlno, destacam-se as seguintes:

a) Broca do colo (EZasmopaZpus ZignoseLZus). As lagartas atacam as pl~tas recem-emergidas, provocando o dano conhecido como "coração morto". Seu con-trole deve ser, preferencialmente preventivo, aplicando-se Carbaril 7,5% (20-30kg/ha) no sulco de plantio. Períodos de estiagem, imediatamente após a emergên-cia das plantas, podem propiciar a ocorrência da praga. Neste caso, o controledeve ser realizado rapidamente, pela aplicação de Endrin 20% (1,0 kg/ha) em pu!verização.

b) Lagarta do cartucho (Spodpptera frugiperda). Esta praga pode atacaras plantas durante todo o ciclo vegetativo, destruindo grande parte da área fo-liar. O controle deve ser feito atraves de pulverizações dirigidas para o cartucho das plantas, com Carparyl 85 PM (1,0 kg/ha) ou Endrin 20 (1,0 Ilha).

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c) Broca da cana-de-açúcar (Diatraea spp). As lagartas penetram no colmo onde abrem galerias que podem prolongar-se por mais de um internôdio, causando danos pela perda de peso dos colmos e propiciando a ocorrência de podridões.O "screening" das cultivares de sorgo sacarino para resistência a esta praga permitiu a identificação de bons níveis de resistência nas cultivares BR 501 e BR504.

4.2. Doenças

No Brasil, a antracnose (ColZetotrichwn graminicola) e o mildio do sor, -go (ScZerospora sorghi) são consideradas, atualmente, as doenças mais importan-

----tes para a cultura de sorgo. A primeira, pela sua ocorrência sistemática e gen~ralizada, e a segunda, pela importância que ela representa também para a cultu-ra do milho. Doenças como a helminthosporiose, cercosporiose, ferrugem e podri-dões do colmo, têm sua importância variando com os anos e locais.

As práticas recomendadas visando o controle de doenças são:a) uso de cultivares resistentesb) plantio de sementes sadiasc) rotação de culturaAs reaçoes às doenças, das cultivares de sorgo sacarino recomendadas p~

ra o plantio, são:

Cultivar Antracnose Mildio Ferrugem Helminthosporiose Cercosporiose

BR 500 MS* MR MR R RBR 501 R R R MS RBR 503 MR MR MS R RBR 602 R R R MR RBR 601 MR R R MR RSart S R MR R R

-,o

* R = resistente; MR = moderamente resistente; MS = moderamente suscetível; S =suscetível.

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Outra doença que poderá adquirir importância para a cultura dosorgos~carino, é o mosaico da cana (SCM), principalmente se considerar seu plantio emáreas próximas a canaviais. Até' o momento, não se conhecem os reflexos dessa doença sobre o rendimento das cultivares de sorgo sacarino, em nossas condições.Dados experulentais obtidos no CNPMS em 1979/80 vi?ando a determinação da rea-ção das cultivares ao virus do mosaico, mostraram reação de tolerância nas cul-tivares BR soa e BR Sal.

5. COLHEITA

A planta de sorgo sacarino após atingir o florescimento, inicia o pro-cesso de acÚffiulode açúcares em uma taxa mais elevada, até atingir a maturação.Normalmente nessa época ocorre o máximo no conteúdo de açucares redutores totais(ART) no caldo e na percentagem de caldo extraível. Entretanto, estes dois par~metros constituem um método aproximado de determinação do ponto ótimo de colheita, que pode variar, dependendo da cultivar e das condições ambientais. Desta maneira, torna-se necessarlO que se estabeleça wn critério para se determinar comprecisão, o ponto ótimo de colheita e o período de utilização industrial sem quehaja perda em açúcares. Essa determinação poderá ser feita através do acompanh~mento da evolução dos valores de Brix, açúcares redutores totais e percentagemde caldo, na curva de maturação de cada cultivar, em verificações semanais, apartir do décimo dia após o floreSCUlento até o estágio de grão maduro.

Atualmente, não se dispõe de máquinas perfeitamente adequadas que pos-sibilitem a colheita mecânica. Entretanto, encontram-se em fase de desenvolvi-mento, protótipos que permitirão efetuar essa ope!açao fracionando os colmos emtoletes de aproxilladamente 20em.

No momento, a colheita deverá ser feita manualmente, cortando-se os colmos a lOem do solo, eliminando-se as folhas, e as panículas. Os grãosobtidosp~derão ser aproveitados para produção de álcool ou na indústria de rações.

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6. INTERAÇÃO CN~-DE-AÇOCAR - SORGO SACARINO

Face à inexistência de informações sobre o comportamento das culturasdo sorgo sacarino e da cana-de-açúcar quando cultivadas em áreas adjacentes, oCNPMS e o PLANALSUCAR vêm conduzindo diversos experimentos em Araras (SP) , ondeestão sendo avaliadas as possíveis implicações, principalmente em relação à o-corrência de pragas e doenças.

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