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Associação Brasileira de Sistemas Prediais
RECOMENDAÇÃO TÉCNICA
NBR 15575
Setembro 2014 – 22 páginas
ABRASIPMG-2014-004-RT-DSP-R00
ABRASIP-MG
Associação Brasileira de Sistemas Prediais
REALIZAÇÃO
ABRASIP-MG Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais, Regional de
Minas Gerais
COORDENAÇÃO
Carla de Paula Amaral Macedo Vice-Presidente de Atividades Técnicas
ABRASIP-MG
ELABORAÇÃO
Comissão de Estudos da ABRASIP-MG - NBR 15.575
Carla de Paula Amaral Macedo JVP Projetos e Consultoria Ltda.
Fernanda Basques Moura Quintão Viabile Planejamento e Projetos
Ítalo Batista Proerg Engenharia e Projetos Ltda.
Normando Virgílio Borges Alves Termotécnica Para Raios
Rodrigo Cunha Trindade Agência Energia Projetos e Consultoria em Energia Solar
Weber de Freitas Carvalho Projelet Projetos de Sistemas Prediais Ltda.
COLABORADORES
Danielle Silva Felipe Projelet Projetos de Sistemas Prediais Ltda.
Renato Pereira Aboim Tavares Proerg Engenharia e Projetos Ltda.
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ABRASIP-MG
Diretoria Executiva Biênio 2014/2015
PRESIDENTE
Breno de Assis Oliveira
VICE-PRESIDENTES
Fernando Emídio Rodrigues Gomes Administrativo-financeiro
Carla de Paula Amaral Macedo Atividades Técnicas
Bruno Gonçalves Marciano de Oliveira Comunicação e Recursos Associativos
Rodrigo Cunha Trindade Relações Institucionais
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1. INTRODUÇÃO
A ABRASIP-MG, consciente do impacto que a Norma de Desempenho
ABNT NBR 15575 provoca nos projetos de sistemas prediais, nas obrigações e
recomendações exigidas nos serviços prestados por seus associados, lança
esta Recomendação Técnica (RT) aos seus associados com o objetivo de
disseminar as formas de atendimento aos requisitos dessa norma,
esclarecendo novos conceitos relacionados às informações de vida útil de
projeto e sua manutenibilidade e conforto.
Apesar de haver divergências quanto à data para a aplicabilidade desta
norma para os projetos em desenvolvimento, recomendamos que sejam
considerados os projetos protocolados nos órgãos competentes após a data da
entrada em vigor da NBR 15575.
A partir dos critérios propostos pela NBR 15575, os projetos passarão a ser
utilizados como método de avaliação dos desempenhos exigidos. Portanto, é
importante que os associados cerquem-se das providências necessárias para o
atendimento à referida Norma em seus projetos e memoriais descritivos.
Esta recomendação técnica não tem como objetivo substituir a norma NBR
15575 e sim destacar e evidenciar as recomendações técnicas para os itens
julgados como pertinentes aos projetos de sistemas prediais. Dessa forma,
dentre os 18 itens presentes em cada caderno da norma e seus respectivos
subitens, alguns tópicos não foram mencionados, ficando a cargo dos
associados a leitura e o entendimento particular. Outros itens também não
foram mencionados em função da suficiência pelo atendimento às normas
prescritivas vigentes.
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2. RESUMO E CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA
Esta RT - Recomendação Técnica, apresenta os principais pontos a serem
abordados nos projetos de instalações de sistemas prediais, atendendo ao
estabelecido pela Norma de Desempenho (NBR 15575-2013 Edificações
Habitacionais – Desempenho 2013), no que refere aos requisitos mínimos para
sua aplicação.
A norma de desempenho – Partes 1 a 6 – foi publicada em 19/02/13, com
validade a partir de 19/07/2013. Estabelece os requisitos e critérios de
desempenho aplicáveis às edificações habitacionais de forma integrada, bem
como avaliados de forma isolada para um ou mais sistemas específicos. As
seis (6) partes serão brevemente descritas a seguir.
A parte 1 da NBR 15575 – Requisitos Gerais – refere-se às exigências dos
usuários e aos requisitos gerais comuns aos diferentes sistemas,
estabelecendo as diversas interações e interferências entre estes.
A parte 2 da NBR 15575 – Requisitos para os Sistemas Estruturais (SE) –
trata dos requisitos para os sistemas estruturais aplicáveis às edificações
habitacionais. O texto estabelece quais são os critérios de estabilidade e
resistência da edificação, indicando, inclusive, métodos para medir quais os
tipos de impacto que a estrutura deve suportar sem que apresente falhas ou
rachaduras.
A parte 3 da NBR 15575 – Requisitos para os Sistemas de Piso (SP) – diz
respeito ao desempenho do sistema de pisos destinados para área de uso
privativo ou de uso comum, visando a segurança dos usuários aos riscos de
acidentes pelo uso antropodinâmico do ambiente, a durabilidade dos materiais
aplicados (repercutindo na qualidade da construção) e nas normas prescritivas
adotadas na construção dos mesmos. A norma não contempla requisitos de
limpeza e alterações de cores dos materiais de acabamento.
A parte 4 da NBR 15575 – Requisitos para os Sistemas de Vedações
Verticais Internas e Externas (SVVIE) – trata dos sistemas de vedações
verticais internas e externas das edificações habitacionais, que além da
volumetria e da compartimentação dos espaços da edificação. Esses sistemas
integram-se de forma muito estreita aos demais elementos da construção,
recebendo influências e influenciando o desempenho da edificação
habitacional.
A parte 5 da NBR 15575 – Requisitos para os Sistemas de Coberturas (SC)
– estabelece os requisitos e critérios de desempenho exigidos dos sistemas de
coberturas para edificação habitacional. Os SC ao integrarem-se perfeitamente
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ao corpo das edificações, interagem com os demais sistemas, tais como, os
sistemas de instalações hidrossanitárias, de proteção contra descargas
atmosféricas, sistemas de isolação térmica, de suporte dos sistemas de ar
condicionado e aquecimento solar, dentre outros.
A parte 6 da NBR 15575 – Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários
(SH) – refere-se à responsabilidade do projeto hidrossanitário, quanto às
especificações técnicas dos materiais, níveis de ruídos de equipamentos,
segurança ao fogo, resistência mecânica dos sistemas hidrossanitários e das
instalações e sua manutenibilidade.
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3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIAS
Norma Brasileira ABNT - NBR 15575-1 a 6 “Edificações habitacionais –
Desempenho – Parte 1 a 6”;
Norma Brasileira ABNT – NBR 13531 – Elaboração de Projetos de
Edificações – Atividades Técnicas
Atas de reunião de Fóruns ABRASIP-MG;
Desempenho de Edificações Habitacionais - Guia Orientativo Para
Atendimento à Norma ABNT 15575/2013 - CBIC (Câmara Brasileira da
Indústria da Construção)
Recomendação Técnica da ABRASIP (SP) – RT-HID-007;
Manuais de Escopo para Contratação de Projetos e Serviços para a
Indústria Imobiliária – SECOVI/SP;
Artigo “A Cidade Para o Idoso - Espaços edificados para o idoso: condições
de conforto” http://saci.org.br/?modulo=akemi¶metro=17030
Artigo “Manutenibilidade e manutenção no chão de fábrica”
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/2855-
manutenibilidade-no-chao-de-fabrica/
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4. TERMOS E DEFINIÇÕES
Seguem abaixo a definição de alguns termos das seis (6) partes da norma,
selecionados de acordo com os assuntos abordados nesta RT:
Antropodinâmico: refere-se aos movimentos requeridos pelas diversas
atividades humanas;
Desempenho: comportamento em uso de uma edificação e de seus
sistemas;
Elemento: parte de um sistema com funções específicas. Geralmente, é
composto por um conjunto de componentes (exemplo: parede de vedação
de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado e estrutura de cobertura);
Manutenibilidade x Manutenção: Manutenibilidade inclui todo o processo
desde a identificação da falha até o reparo. Refere-se a probabilidade de
um sistema ou equipamento ser reparado sob uma determinada condição e
em um dado período de tempo, quando a manutenção é feita dentro dos
parâmetros desejáveis. A manutenção é uma série de ações específicas
tomadas para restauração do status operacional completo;
Requisitos de desempenho: Condições que expressam qualitativamente
os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas devem possuir a
fim de que possam satisfazer as exigências do usuário;
Sistema: a maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e
componentes destinados a cumprir com uma macrofunção que a define
(exemplo: fundação, estrutura, vedações verticais, instalações
hidrossanitárias e cobertura);
Vida Útil (VU): período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se
prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos,
considerando a periodicidade e a correta execução dos processos de
manutenção. VU ≠ garantia legal;
Vida Útil de Projeto (VUP): período estimado de tempo para o qual o
sistema é projetado, a fim de atender aos requisitos de desempenho
estabelecidos, considerando as normas aplicáveis, o estágio do
conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da
periodicidade e execução dos processos de manutenção. VUP ≠ VU ≠
durabilidade ≠ garantia legal/contratual;
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Sistema de Cobertura (SC): Conjunto de elementos/componentes,
disposto no topo da construção, com as funções de assegurar a
estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas
da edificação da deterioração por agentes naturais e contribuir
positivamente para o conforto termoacústico da edificação.
5. LISTA DE SIGLAS
Seguem abaixo a definição de algumas siglas adotadas nesta
Recomendação Técnica:
RT: recomendação técnica;
RC: recomendação;
VU: vida útil;
VUP: vida útil de Projeto;
SC: sistema de cobertura;
SE: sistema estrutural;
SP: sistema de piso;
SVVIE: sistemas de vedações verticais internas e externas;
SH: sistema hidrossanitário.
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6. RECOMENDAÇÕES GERAIS
Serão efetivamente apresentadas a seguir as recomendações técnicas,
atribuídas a cada parte específica, mantendo-se as respectivas referências
originais da norma.
6.1. NBR 15575 – PARTE 1 – REQUISITOS GERAIS
Item 5 – INCUMBÊNCIAS DOS INTERVENIENTES
Os projetistas devem estabelecer a VUP de cada sistema ou subsistema
que compõe esta Norma, com base na Seção 14. Na ausência de indicação
em projeto da VUP dos sistemas, serão adotados os valores relacionados
na Tabela 7 para o desempenho mínimo. Caso sejam adotados valores
superiores aos da tabela 7, deve estar explícito em projeto.
Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e
processos que atendam o desempenho mínimo estabelecido nesta norma
com base nas normas prescritivas e no desempenho declarado dos
produtos a serem empregados no projeto;
Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho,
quando não existirem normas específicas ou quando o fabricante não
publicar o desempenho de seu produto, é recomendável ao projetista
solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de
especificação.
Item 9 – USO E OPERAÇÃO
Os Projetos devem ser concebidos de forma a evitar o risco de acidentes
dos usuários, quer seja por quedas de alturas ou desníveis, por ferimentos
oriundos de falha no acabamento das terminações, por vazamentos ou
confinamentos de gases combustíveis.
Item 13 – DESEMPENHO LUMÍNICO
13.3 Iluminação Artificial:
O projeto de instalações elétricas abrange apenas os circuitos de
alimentação da iluminação, não sendo responsável pelo nível de iluminamento
dos ambientes.
RC-1: Recomendamos aos associados que citem em seus projetos os níveis
de iluminamento geral para iluminação artificial, conforme Anexo E.
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Item 14 – DURABILIDADE E ESTANQUEIDADE
Projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos
valores teóricos de VUP que podem ser confirmados por meio de
atendimento às normas Brasileiras ou Internacionais.
O valor final atingido de VU será uma composição do valor teórico calculado
como VUP influenciado positivamente ou negativamente pelas ações de
manutenção, intempéries e outros fatores internos de controle do usuário e
externos (naturais) fora de seu controle.
O projeto deve especificar o valor teórico para a VUP para cada um dos
sistemas que o compõem, não inferiores aos estabelecidos na Tabela 14.1
e Tabela C.5, devendo-se ser elaborado para que os sistemas tenham uma
durabilidade potencial compatível com a VUP.
O projeto deve indicar a necessidade e periodicidade de manutenção,
conforme normas dos fabricantes, buscando atender a VUP proposta.
Recomendamos aos associados a inserção das seguintes informações no
projeto, quer sejam como notas, tabelas ou observações:
RC-2: Inserir tabela com a informação da VUP e periodicidade de
manutenção de cada especialidade fornecida;
RC-3: Informar que é necessário que sejam respeitados todos os critérios e
especificações do projeto, bem como a operação e instalação correta
dos equipamentos e sua manutenibilidade, para que os sistemas
atinjam a VUP.
RC-4: Os planos de manutenibilidade e operação dos sistemas deverão ser
passados para o usuário final (pela construtora /incorporadora) de
forma a garantir a utilização, limpeza, operação, conservação e
manutenção adequadas, para atender o período mínimo de VUP. Este
plano de manutenção deverá conter os prazos de substituições e
manutenções periódicas dos componentes, produtos e equipamentos
dos sistemas.
RC-5: Os ambientes onde serão acomodados os equipamentos que
necessitem de manutenção ou substituição devem possuir acesso com
condições para tal (exemplo: caixa d´água de fibra de vidro, gerador,
transformadores, bombas).
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RC-6: Todas as definições e combinações com o cliente deverão ser
documentadas através de atas de reunião com as assinaturas dos
presentes, principalmente decisões referentes a especificações,
escolha de soluções, materiais e fornecedores. Via de regra, essas
decisões são do projetista, porém eventuais exigências de clientes
deverão ser registradas em ata para sanar futuras dúvidas.
ANEXO C
Para determinar a VUP deve-se utilizar a relação entre o impacto das falhas
na segurança, na sua facilidade e no seu custo de manutenção. Os parâmetros
a serem adotados para essa correlação e determinação da VUP são
detalhados nas tabelas C1, C2, C3 e C4 do Anexo C da parte 1. Para alguns
exemplos de VUP, aplicando os conceitos citados acima, ver tabela C6.
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6.2. NBR 15575 – PARTE 2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS
Item 7 – SEGURANÇA ESTRUTURAL
7.2 Estabilidade e resistência do sistema estrutural e demais
elementos com função estrutural;
RC-7: Os sistemas que interagem com o SE devem informar as cargas e
esforços de cada elemento ou componente ao projetista responsável,
tais como: reservatórios, equipamentos e suas fixações em geral, entre
outros;
RC-8: Todas e quaisquer furações, fixações ou colagens em lajes e vigas
devem ser informadas ao projetista estrutural para que sejam validadas
e incorporadas ao projeto estrutural;
Item 14 – DURABILIDADE E MANUTENIBILIDADE
14.2 Manutenção do sistema estrutural
RC-9: Sugerimos a inserção de nota explicativa informando a necessidade de
manutenção periódica do sistema de instalação predial que interfira no
SE, evitando a redução da VUP estrutural. O projeto de instalações
prediais deve indicar as manutenções necessárias ao sistema de
SPDA, Sistema Hidrossanitário, Sistema de Projeto e Combate à
Incêndio, entre outros sistemas que possam interferir na
estanqueidade, resistência ou desgaste da estrutura.
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6.3. NBR 15575 – PARTE 3 – SISTEMAS DE PISO
Item 7 – DESEMPENHO ESTRUTURAL
7.2 Estabilidade e resistência estrutural
RC-10: Recomendamos aos associados que consultem o projetista de
estrutura quanto à possibilidade de inserção das tubulações nas lajes.
Item 8 – SEGURANÇA AO FOGO
8.2 Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada
RC-11: O projeto deve informar a classificação dos SP da edificação com
relação à resistência ao fogo.
8.3 Dificultar a propagação do incêndio, da fumaça e preservar a
estabilidade estrutural da edificação
RC-12: O projeto deve informar o tempo de resistência ao fogo do SP.
RC-13: O projeto deve incluir especificações de materiais e/ou metodologia de
execução para a selagem dos furos dos shaft’s ou considerar o
enclausuramento das prumadas como solução alternativa, não
comprometendo a compartimentação vertical.
RC-14: Recomendamos aos associados que em casos de dutos de
ventilação/exaustão permanente de banheiros indiquem a classificação
de resistência ao fogo dos materiais de composição, bem como seja
especificada grade de material intumescente ou a aplicação de registro
corta-fogo para proteção das derivações.
RC-15: Os dutos de exaustão de lareiras e churrasqueiras devem ser
integralmente compostos por materiais incombustíveis e devem ser
dispostos de forma a não implicarem em risco de propagação de
incêndio entre pavimentos.
Item 12 – DESEMPENHO ACÚSTICO
RC-16: Recomendamos que o projetista verifique o SP radiante, quando
aplicável, com relação ao ruído gerado no piso (velocidade da água).
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6.4. NBR 15575 – PARTE 4 – SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS E EXTERNAS
Item 7 – DESEMPENHO ESTRUTURAL
7.3 Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas atuantes
nos sistemas de vedações internas e externas
RC-17: Sempre que houver instalações fixadas nas vedações verticais
recomenda-se a indicação dos dispositivos e sistemas de fixação,
incluindo detalhes típicos.
RC-18: O projeto deve estabelecer as cargas de uso ou de serviço a serem
aplicadas a cada situação específica, os dispositivos ou sistemas de
fixação previstos e os locais permitidos para a fixação de peças
suspensas, se houver restrições, devendo mencionar também as
recomendações e limitações de uso.
Item 8 – SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
8.2 – Dificultar a ocorrência de inflamação generalizada
RC-19: O projeto deve informar a classificação dos sistemas de vedações
verticais da edificação com relação à resistência ao fogo.
8.4 – Dificultar a propagação do incêndio e preservar a estabilidade
estrutural da edificação
RC-20: Os projetos devem indicar o tempo de resistência ao fogo das
alvenarias conforme cada uso e ocupação.
Item 10 – ESTANQUEIDADE
10.1 – Infiltração de água nos sistemas de vedações verticais externas
(fachadas)
Qualquer elemento que interferir nas vedações verticais externas deve
indicar os detalhes construtivos para as interfaces e juntas entre componentes
a fim de facilitar o escoamento da água e evitar a sua penetração para o
interior da edificação. Os detalhes devem considerar as solicitações que os
componentes da vedação externa estarão sujeitos durante a VUP da edificação
habitacional.
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RC-21: O projeto deve contemplar solução de proteção no entorno da
construção a fim de evitar o acúmulo de água nas bases das fachadas
da edificação.
10.2 – Umidade nas vedações verticais externas e internas decorrente
da ocupação do imóvel
RC-22: O projeto deve indicar a necessidade de manutenção e VUP dos
sistemas prediais que possam impactar na estanqueidade das
vedações verticais.
Item 12 – DESEMPENHO ACÚSTICO
RC-23: Recomendamos que todo sistema que contribua no nível de ruído da
edificação seja indicado em projeto. Toda fonte de ruído deverá ser
adequadamente tratada, tais como tubulações embutidas no sistema
de vedação vertical, casa de bombas, casa de maquinas, entre outros.
Item 14 – DURABILIDADE E MANUTENIBILIDADE
RC-24: O projeto deve mencionar o prazo de substituições e manutenções
periódicas para qualquer componente que apresente VUP menor do
que aquelas estabelecidas para o SVVIE.
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6.5. NBR 15575 – PARTE 5 – SISTEMAS DE COBERTURAS
Os SC, ao integrarem-se perfeitamente ao corpo das edificações, interagem
com os demais subsistemas, tais como, os sistemas de instalações
hidrossanitárias, de proteção contra descargas atmosféricas, de isolação
térmica, de suporte dos sistemas de ar condicionado e aquecimento solar,
dentre outros.
Diante deste conceito, é importante perceber que apesar do SC ser
contemplado pelos projetos arquitetônicos e estruturais, depende diretamente
dos sistemas prediais, que de uma forma ou de outra interfere no mesmo.
Item 7 – DESEMPENHO ESTRUTURAL
Para atender as necessidades ao desempenho estrutural, os projetos de
cobertura devem estabelecer, dentre outras informações:
7.1 Resistência e deformabilidade
RC-25: O projeto de SC deve prever detalhes de fixação que levem em
consideração a ação dos ventos, principalmente na zona de sucção. A
ação dos ventos deve considerar as influências das platibandas e o
emprego de lastros sobre seus respectivos sistemas de
impermeabilização.
7.2 Solicitações de montagem ou manutenção
RC-26: Os sistemas que interagem com o SC devem informar as cargas e os
esforços de cada elemento ou componente ao projetista do SC que
deverá apresentar sua respectiva memória de cálculo.
7.4 Solicitações em forros
RC-27: Mencionar a carga máxima a ser suportada pelo forro, bem como as
disposições construtivas e sistemas de fixação das peças, tais como
luminárias, sonorização, entre outros.
Item 8 – SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
8.2 Reação ao fogo dos materiais de revestimento e acabamento
RC-28: O projeto deve informar a classificação dos SC da edificação com
relação à resistência ao fogo.
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Item 9 – SEGURANÇA NO USO E NA OPERAÇÃO
Para atender às necessidades de segurança no uso e operação, os projetos
de cobertura devem estabelecer, dentre outras informações, que:
9.2 Manutenção e operação
RC-29: Os projetos devem inserir dados que permitam ao incorporador e/ou ao
construtor indicar no Manual de Operação, Uso e Manutenção a
possibilidade ou não de fixação de andaimes suspensos através de
ganchos e às condições de utilização de dispositivos destinados à
ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos
de segurança para o uso de proteção individual ou coletiva.
RC-30: Os projetos devem delimitar as posições dos componentes dos
telhados que não possuem resistência mecânica suficiente para o
trânsito de pessoas, bem como indicar a forma das pessoas
deslocarem-se sobre os telhados.
Item 10 – ESTANQUEIDADE
10.1.2 Critério – Estanqueidade do SC
Durante a VUP do SC, não deve ocorrer penetração ou infiltração de água
que acarrete escorrimento ou gotejamento, considerando-se todas as suas
confluências e interações com componentes ou dispositivos (parafusos, calhas,
vigas-calha, lajes planas, componentes de ancoragem, arremates, regiões de
cumeeiras, espigões, águas furtadas, oitões, encontros com paredes, tabeiras
e outras posições específicas, e subcoberturas), bem como os encontros de
componentes com chaminés, tubos de ventilação, claraboias e outros, em face
das movimentações térmicas diferenciadas entre os diferentes materiais em
contato, aliados aos componentes ou materiais de rejuntamento.
RC-31: Os projetos devem apresentar detalhes de fixação e furação que
interfiram no sistema de cobertura principalmente informando ao
responsável pelo projeto de impermeabilização as interferências e
soluções que deverão ser adotadas para garantir a estanqueidade do
SC.
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6.6. NBR 15575 – PARTE 6 – SISTEMAS HIDROSSANITÁRIOS
Item 2 – REFERÊNCIAS NORMATIVAS
RC-32: Recomendamos que se faça referência nas especificações de projeto,
bem como nas recomendações executivas e de manutenibilidade o
atendimento às normas elencadas na NBR 15575.
Item 7 – DESEMPENHO ESTRUTURAL
RC-33: Recomendamos que sejam considerados detalhamentos,
especificações, tabelas e notas que permitam o atendimento ao
desempenho estrutural (resistência mecânica) do SH, no que tange a:
Fixadores ou suportes para tubulações suspensas, aparentes ou
não;
Integridade das tubulações enterradas;
Integridade das tubulações embutidas, inclusive com as devidas
proteções nas transições entre elementos (parede x piso, parede x
pilar, entre outros);
Proteção contra impactos para as tubulações aparentes fixadas até
1,50m acima do piso.
Item 8 – SEGURANÇA AO FOGO
RC-34: Recomendamos aos associados que referenciem nas especificações
de projeto o uso de tubulações não propagantes de chama.
Item 9 – USO E OPERAÇÃO
9.1 Risco de choques elétricos e queimaduras em sistemas de
equipamentos de aquecimento e em eletrodomésticos ou eletro
eletrônicos
RC-35: Sugerimos a inserção em projeto de notas que especifiquem chuveiros
elétricos, aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas em
conformidade com as ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016 de forma
que as correntes de fuga dos equipamentos, quando ensaiados, não
excedam a 15 mA.
RC-36: Recomendamos que, em caso de aquecedores elétricos de
acumulação, se faça a previsão de dispositivos de alívio de
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sobrepressão e também de dispositivo de segurança que corte a
alimentação da energia em caso de superaquecimento.
9.2 Risco de explosão, queimaduras ou intoxicação por gás
RC-37: Recomendamos que, em caso de aquecedores de acumulação a gás,
faça a previsão de dispositivos de alívio de sobrepressão e também de
dispositivo de segurança que corte a alimentação de gás em caso de
superaquecimento.
RC-38: Sugerimos a inclusão da nota:
"Deverá ser verificado no projeto de arquitetura a ventilação
permanente do ambiente sempre que houver aparelho a gás instalado,
em conformidade com os requisitos da ABNT NBR 13103".
9.3 Permitir utilização segura aos usuários
RC-39: Recomendamos que referencie nas especificações de projeto as
normas de fabricação dos diversos componentes dos SH que são
manipulados pelos usuários.
9.4 Temperatura de utilização da água
As possibilidades de mistura de água fria, regulagem de vazão e outras
técnicas existentes no SH, no limite de sua aplicação, devem permitir que a
regulagem da temperatura da água na saída do ponto de utilização atinja
valores abaixo de 50°C.
RC-40: Deverá ser projetado no sistema predial de água quente dispositivos /
conceitos que limitem a temperatura de forma que a condição acima
seja atendida.
Item 12 – DESEMPENHO ACÚSTICO
A norma estabelece em seu Anexo B, de caráter informativo, um método de
medição dos ruídos gerados por equipamentos prediais e também apresenta
valores de níveis de desempenho de caráter não obrigatório.
RC-41: Recomendamos aos associados que projetem SH capazes de
minimizar os ruídos visando atender os valores mencionados no Anexo
B desta parte 6. Cuidados especiais devem tomados com os
detalhamentos e especificações de itens tais como: base de apoio para
bombas hidráulicas, transmissão de ruídos por meio de fixadores
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metálicos, tubulações em entre forros sobre ambientes de permanência
prolongada, entre outros.
RC-42: É recomendado aos associados que alertem o construtor/incorporador
sobre o nível de ruído que os equipamentos possam gerar (exemplos:
trafos em pedestal, bombas, grupo motor gerador, entre outros).
Item 15 – SAÚDE, HIGIENE E QUALIDADE DO AR
15.1 Contaminação da água a partir dos componentes da instalação
RC-43: Sugerimos a inclusão da nota:
“Os componentes do sistema hidrossanitário deverão assegurar a não
existência de substâncias nocivas ou a presença de metais pesados”.
Item 17 – CONFORTO TÁCTIL E ANTROPODINÂMICO
RC-44: Recomendamos aos associados que referenciem nas especificações
de projeto as normas de fabricação dos diversos componentes dos SH
que são manipulados pelos usuários, visto que o atendimento à norma
de desempenho se dá pelo atendimento às normas de fabricação
enumeradas em 17.2.1.
Item 18 – ADEQUAÇÃO AMBIENTAL
18.1 – Uso racional da água
RC-45: Recomenda-se que as peças de utilização possuam vazões que
permitam tornar o mais eficiente possível o uso da água nelas
utilizadas, o que implica na redução do consumo de água à valores
mínimos necessários e suficientes para o bom funcionamento dessas
peças e para o atendimento dos requisitos do usuário.
RC-46: Recomendamos aos associados que referenciem nas especificações
de projeto, as normas de fabricação dos metais e louças que fazem
parte do SH, visto que o atendimento à norma de desempenho se dá
pelo atendimento às normas de fabricação enumeradas em 18.1.1.1 e
18.1.2.1.
RC-47: Recomendamos que os projetos informem os dados de vazões
previstos nos cálculos para as peças e louças.
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ANEXO A (normativo)
Lista de verificações para os projetos
A lista de verificação apresentada na norma tem total alinhamento com a
norma da ABNT NBR 13531: Elaboração de projetos de edificações –
Atividades técnicas de novembro de 1995. A norma trata objetivamente da
atividade de projeto e seu conhecimento e domínio por parte das empresas de
projeto é fundamental.
Observa-se que a própria norma de projetos NBR 13531 faz referência que
a mesma deve ser contemplada levando em consideração a complexidade de
cada disciplina ou objeto do projeto.
O documento “Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Instalações
Prediais – Hidráulica”, elaborado pelo SECOVI é citado como referência.
RC-48: Recomendamos que conheçam o site www.manuaisdeescopo.com.br
onde podem ser encontrados diversos manuais de escopos.
RC-49: Recomendamos aos associados que avaliem seus contratos de forma
a adequar o escopo às exigências da NBR 13531.