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recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie E · do Consolador no mundo, espalhando, por toda parte, conhecimento e consolação, parece ser hora de preparar o terreno

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“[...] recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espéciepermanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação.”

EMMANUEL

(Estude e Viva, cap. 40)

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SUMÁRIO

Lista de siglas e abreviaturas ................................9

Apresentação da primeira edição em 1995 ....... 11

Introdução ....................................................... 13

Vocábulos e conceitos/definiçõesA ............................................................ 17B ............................................................ 83C.......................................................... 103D ......................................................... 175E .......................................................... 227F .......................................................... 349G ......................................................... 397H ......................................................... 411I ........................................................... 435J ........................................................... 469K.......................................................... 487L .......................................................... 491M......................................................... 519N ......................................................... 611O ......................................................... 623P .......................................................... 649Q ......................................................... 743R .......................................................... 747S .......................................................... 781T.......................................................... 837U ......................................................... 875V.......................................................... 883X .......................................................... 905Z .......................................................... 909

Referências ..................................................... 913

Índice dos vocábulos ...................................... 933

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

cap. – Capítulo

Comp. – Compilador

Coord. – Coordenador

ed. – Edição

Epíl. – Epílogo

et. al. – Et alii

FEB – Federação Espírita Brasileira

Glos. – Glossário

il. – Ilustração, Ilustrado

Introd. – Introdução

it. – Item

L. – Livro

NBR – Norma Brasileira

Org. – Organizador

pt. – Parte

Pref. – Prefácio

Pról. – Prólogo

q. – Questão

seç. – Seção

t. – Tomo

trad. – Tradutor

últ. – Última

v. – Volume

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APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA EDIÇÃO EM 1995

Ganha dimensões impressionantes a literatura espírita no mundo.

No Brasil, aproxima-se de 2.000 o número de livros ditos espíritas, dos quais so-mente a Federação Espírita Brasileira detém em seu acervo cerca de 400 títulos.

Como seria possível alguém, por melhor dotado que seja, dominar ou reter essa gamaimensurável de idéias, pensamentos, descrições, teorias e sensações expressos nessa vasta lite-ratura, máxime considerando-se que, no decorrer de uma existência na Terra, há que sededuzir o período da infância e o tempo destinado a atender às inúmeras obrigações deordem pessoal impostas pela vida?

Dir-se-ia tarefa impossível.

Diante da vastidão dos conhecimentos expressos nos livros e das limitações naturaisde cada um de nós, impunha-se encontrar um método prático capaz de obviar os inconve-nientes de não se dispor de nenhuma informação sintética a respeito de cada obra espírita.

Na vida moderna generalizou-se a especialização, com suas conveniências einconveniências.

A complexidade dos conhecimentos, o progresso contínuo das ciências e da tecnologia,a necessidade de prontas soluções de problemas variados impuseram a especialização naMedicina, no Jornalismo, na administração pública e privada, nos estudos científicos e,praticamente, nas diversas atividades humanas.

Entretanto, o processo da divisão dos conhecimentos para sua melhor aplicação nãoexclui o conhecimento genérico dos assuntos, pelos especialistas.

Do mesmo modo, a leitura ou o estudo mais aprofundado de muitas obras essenciaispara o conhecimento da Doutrina Espírita, o que é imprescindível, não impede que oestudioso perlustre centenas de outras, através de notícias sintéticas a respeito de cada uma,elegendo o próprio leitor, de acordo com seu interesse ou necessidade, aquelas que pretendaconhecer mais a fundo.

Daí a idéia, na FEB, de facilitar aos estudiosos espíritas o conhecimento de suasobras, pelo menos através de alguma notícia a respeito de cada título, que lhes facilite umcontato sumário, do qual possa surgir um aprofundamento em cada caso específico.

O Projeto Série Bibliográfica surgiu, assim, do objetivo de indexar as informaçõescontidas nos livros publicados pela Federação Espírita Brasileira, “facilitando o acesso aelas por parte daqueles que estudam o Espiritismo”.

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O Livro Espírita na FEB – compreendendo o Catálogo Geral das obras febianas –foi a primeira etapa do Projeto, publicado em 1994.

Agora surge O Espiritismo de A a Z, dentro do cronograma do referido Projeto.

É um alentado trabalho constituído de conceitos e definições compilados das obrasmediúnicas e de autores encarnados publicados pela FEB, nesse século de sua existência aserviço da divulgação da Doutrina Espírita.

Para sua elaboração foi necessária a leitura atenta de cada obra, com a identifica-ção e levantamento dos conceitos e definições transcritos na indexação.

A ordem alfabética e a indicação da obra, seções e capítulos tornam fácil e produtivaa consulta, como convém a todos os leitores.

Às vésperas do início do terceiro milênio da Era Cristã, decorrido quase século e meiodo Consolador no mundo, espalhando, por toda parte, conhecimento e consolação, pareceser hora de preparar o terreno para a semeadura que compete às novas gerações de obreirosque já estão a caminho.

As obras auxiliares para o conhecimento da vasta literatura espírita serão de proveitoevidente para oradores, escritores, pesquisadores e todos os estudiosos do Espiritismo.

Resta-nos a grata satisfação de agradecer aos que tornaram possível esta realização.Não somente a Direção da FEB, por seu Presidente, mas todos os que se beneficiarão, nofuturo, desta obra que ora entregamos ao público, expressam aqui seu reconhecimento.

Seus autores, na maioria jovens, coordenados por Geraldo Campetti Sobrinho, colo-caram-se a serviço da FEB movidos pelo ideal de servir, no anonimato. Servir, no caso,significa dedicação e amor a uma Causa de excepcional importância.

Rio, 20 de agosto de 1995.

JUVANIR BORGES DE SOUZA

Presidente da Federação Espírita Brasileira

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INTRODUÇÃO

O Projeto Série Bibliográfica foi elaborado com o propósito de selecionar eindexar as informações espíritas contidas nos livros publicados pela editora da FEB.

O cronograma do referido Projeto definiu o desenvolvimento dos índicestemático e onomástico simultaneamente ao do glossário, que ora é colocado à dispo-sição do leitor com o título de O Espiritismo de A a Z.

Este trabalho foi realizado inteiramente com conceitos/definições compila-dos de obras não mediúnicas, escritas por estudiosos, quando encarnados, sobre aDoutrina Espírita e seus postulados, bem como da rica produção literária de autoresespirituais.

Excluídas as obras em outros idiomas, a equipe responsável pela seleção detextos, referentes aos aspectos científico, filosófico e religioso da Terceira Revelação,examinou mais de 300 (trezentos) títulos de circulação corrente editados pela FEBaté maio de 2006.

As fases pelas quais, impreterivelmente, a elaboração transcorreu, permiti-ram períodos de reexame dos conceitos/definições a compilar, compreendendo:

• leitura das obras selecionadas para estudo;• identificação e levantamento dos conceitos/definições constantes nessa lite-

ratura (indexação);• avaliação preliminar dos dados;• transcrição;• digitação e controle de qualidade; e• avaliação final.

Do ponto de vista metodológico, evitou-se a criação ou introdução de con-ceitos/definições estranhos ao estudo do Espiritismo, ressalvadas apenas as correçõesde ordem ortográfica ou tipográfica, bem assim qualquer referência contrária à temáticadoutrinária.

Em sua estrutura, o Glossário desenvolve-se por meio de vocábulos, definiçõese fontes.

Os vocábulos aparecem, algumas vezes, seguidos de desdobramentos. Os pri-meiros estão registrados em letras maiúsculas e em negrito; os segundos, em letrasminúsculas, também em negrito. Utilizou-se o singular preferencialmente ao plural

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e preservou-se termos simples ou compostos conforme aparecem na literatura compi-lada. A adjetivação dos vocábulos só foi utilizada quando realmente necessária à clare-za da definição. Em caso de dois ou mais vocábulos referentes à mesma definição,optou-se por um deles, sem prejuízo dos demais serem registrados na ordenaçãoalfabética do termo empregado. (Exemplo: LEI DE AÇÃO E REAÇÃO ver LEI DE CAU-

SA E EFEITO). Vocábulos referentes a conceitos inter-relacionados surgem ali, também,com a indicação dos seus correspondentes em significação. (Exemplo: LIBERDADE

ver também LIVRE-ARBÍTRIO; LIVRE-ARBÍTRIO ver também LIBERDADE).

As definições ou conceitos estão registrados em letras minúsculas, exceção feitaaos nomes próprios, cujas iniciais anotou-se em maiúsculas. Os destaques em negritoe sublinhado dos originais foram substituídos por itálico, com o objetivo de manter apadronização e identidade visual desta obra. Mantiveram-se as aspas internas às cita-ções; as demais aspas foram dispensadas, uma vez que o trabalho constituiu-se inte-gralmente de transcrição. Houve inserção de reticências entre colchetes quando daomissão de dados considerados desnecessários. Para facilitar o entendimento, asinterpolações foram inseridas entre colchetes, em obediência à normalização técnicasugerida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Por exemplo, no conceito de REENCARNAÇÃO abaixo:

[...] o maravilhoso instrumento que Ele [Deus] nos oferece para nossa pró-pria redenção. [...] (147, cap. 21)

A omissão [...] refere-se a informações constantes do mesmo parágrafo de onde seextraiu o conceito, e a interpolação [Deus] visa a esclarecer o sentido do pronome Ele.

As fontes estão anotadas entre parênteses logo após a definição ou conceito.Os principais elementos indicadores das fontes de onde se extraíram as definições/conceitos são: número relativo ao título do livro examinado, cujas referências figuramno final desta publicação; e número ou título do capítulo (para sintetizar esse campo,optou-se em adotar o número, incluindo a designação do título apenas quando a obranão apresenta numeração de capítulo). Além desses, outros elementos foram inseri-dos, sempre que necessários, para tornar instantânea a busca do que se pretendeencontrar, tais como, parte, seção, tomo, livro, item e questão.

Prestando-se o vocábulo a inúmeras definições, dentre as quais alguma origi-nada da obra de Kardec, esta foi sempre relacionada em primeiro lugar. As demais,desse vocábulo, foram registradas na seqüência numérica determinada pelas referên-cias. Por exemplo:

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PRECE

[...] é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filhaprimogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. [...] (105,cap. 27, it. 23)

A prece é verdadeiro alimento espiritual. (163, cap. 10)

A prece é silêncio que inspira. (262, Ora e Serve)

Em caso de a mesma definição ter constado de inúmeras obras, registrou-se afonte em que esta aparece em primeira mão (fonte primária), dispensando-se as de-mais (fontes secundárias).

Esperamos que O Espiritismo de A a Z possa constituir-se em instrumento depesquisa para todos aqueles que desejam estudar o Espiritismo mais profundamentee, ao mesmo tempo, inspirar iniciativas semelhantes, com a finalidade de catalogar ovasto conteúdo da Doutrina Espírita.

Agradecemos as sugestões do prezado leitor no sentido de aperfeiçoarmoseste trabalho.

Brasília, 1 de janeiro de 2007.

GERALDO CAMPETTI SOBRINHO

Coordenador

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AABISMO

[...] O abismo é a imensidade. Para osEspíritos impuros, semelhante locuçãotinha uma significação precisa: a imen-sidade onde o Espírito criminoso erraisolado, condenado às trevas e às angús-tias causticantes do remorso, [...] abis-mo que a vossa imaginação vosrepresenta como sendo uma fornalha ar-dente a devorar carnes fictícias, semjamais as consumir. (182, v. 2)

Ver também GEENA, INFERNO, REGIÃOINFERIOR e UMBRAL

ABNEGAÇÃO

A abnegação, em toda parte, é sempreuma estrela sublime. Basta mostrar-separa que todos gravitemos em torno desua luz. (231, cap. 16)

ABORRECER

Aborrecer é uma expressão que, na vos-sa linguagem, tem uma força, um vi-gor de que carece o termo que lhecorresponde no idioma hebraico e queneste passo foi empregado, significandoapenas não fazer da vida objeto de culto,não sacrificar o que a honra, o respeitoe o amor a Deus concitam o homem ater em conta. O que Jesus quis dizer,servindo-se daquele vocábulo, foi quecumpre ao homem conservar a sua vidaespiritual, para caminhar nas sendas queconduzem à perfeição. (182, v. 4)

ABORTO

Dado o caso que o nascimento da crian-ça pusesse em perigo a vida da mãe dela,

haverá crime em sacrificar-se a primeirapara salvar a segunda?Preferível é se sacrifique o ser que ain-da não existe a sacrificar-se o que jáexiste. (106, q. 359)

O receio de não gerar um filho saudávele perfeito é comum a todos os casais. Aevolução da Ciência permite hoje que sefaçam exames detalhados sobre a saúdedo bebê, mesmo antes do nascimento.O que provoca apreensão nos que com-preendem a vida como algo que vai alémdos limites de uma única encarnação, éo fato de alguns pais, assim que detec-tam, através dos exames preventivos, queseu futuro filho tem problemas de or-dem genética ou de qualquer outra es-pécie, decidem provocar o abortoprogramado, para não terem de sofrercom a presença de uma criançadeformada e carente de atenção por lon-gos anos de existência.Não poderia ser pior essa forma de lidarcom os recursos tecnológicos. A Ciênciaavança para ampliar, sobretudo, a cons-ciência do homem, tornando-o capaz deassimilar a grandeza do que significa vi-ver. Ter nas mãos a possibilidade de de-cidir sobre o nascimento ou não de umacriança é sempre um ato de extrema res-ponsabilidade, o que, por si só, justificaa necessidade da busca permanente deconhecimentos sobre o que existe alémda vida, para que nossas decisões não se-jam caracterizadas pelo imediatismo epela pequenez de um horizonte egoísta,que permite vejamos somente até a pon-ta de nossos próprios dedos. (1, O pre-sente é minha realidade)

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A A visão materialista da vida e a ausênciados princípios de fraternidade legítimaconcorrem para a onda sombria e cres-cente do aborto injusto.Este ato abominável é a prova mais con-tundente do desprezo pela vida, a qualvem de Deus, que é a sua causa primei-ra. Neste crime a vítima é totalmenteindefesa, pois não tem condição nenhu-ma de se proteger, defender ou fugirdas mãos dos algozes. [...]O aborto provocado destrói não somen-te o corpo do bebê, mas também o san-tuário divino das formas humanas namulher. [...]O aborto provocado não será crime antea Justiça Divina, quando se tem por fina-lidade salvar a vida da mãe, quando seuorganismo não possuir condições de darseqüência ao desenvolvimento fetal. [...]O crime do aborto não é simplesmenteo de destruir um corpo que está se for-mando, mas também o de interferir nodireito do Espírito reencarnante querealmente está dando vida ao feto, poisa partir do momento da concepção, oEspírito passa a atuar profundamenteno crescimento do embrião. [...]A mulher que cometeu aborto delituosopassa a sofrer conseqüências desagradáveisimediatas em seu próprio organismo, sejapelo surgimento de enfermidades variadasou pelos processos sombrios da obsessão,em virtude da antipatia nascida noEspírito reencarnante, que vê seu tentamefrustrado. [...] (12, cap. 20)

[...] o aborto é crime, que pode ter ate-nuantes ou agravantes, como todo des-

respeito à lei. Antes de ser transgressãoà lei humana, o abortamento provoca-do constitui crime perante a Lei Divinaou Natural, ficando os infratores sujei-tos à infalível lei de ação e reação.Interromper a gestação de um filho édecisão de grande responsabilidade.Entretanto, há quem o faça sem quais-quer considerações de natureza médi-ca, legal, moral ou espiritual, porqueconsidera a gestação um fato meramentebiológico e que somente as pessoas neladiretamente envolvidas têm o direito dedecidir pelo seu desenvolvimento na-tural ou pela interrupção, sem culpalegal ou moral.Com a prática do aborto, os envolvidosassumem débitos perante a Lei Divina,por impedir a reencarnação de um Es-pírito necessitado da oportunidade deprogresso que a ele é concedida. (54,Introdução)

[...] o aborto é um verdadeiro infanticídioque se abriga nas malhas do materialis-mo e dos interesses inconfessáveis. (54,cap. 1)

[...] o aborto é uma desencarnação vio-lenta. A partir do momento em que oóvulo, fecundado por um espermato-zóide, se transforma num embrião ve-rifica-se sua ligação com um Espíritoreencarnante que vem habitar o ventrematerno, onde, por cerca de nove me-ses, estará abrigado e protegido, em faceda sua fragilidade, até que ganhe con-dições de enfrentar o mundo exterior.Ao desalojar o feto, o aborto provoca,

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Ade forma violenta, sua desencarnação.[...] o aborto é a violação do direito básicoda vida. Se o analisarmos, criteriosamen-te, o aborto é um crime da pior espécie,uma vez que é cometido contra um serfrágil que não tem nenhuma condiçãode defesa. É a violação total daquilo queestá prescrito na Constituição brasilei-ra: o direito à vida. (54, cap. 1)

Sobre o aborto, André Luiz [Evoluçãoem dois mundos, pt. 2, cap. 14], nos as-segura que “o aborto provocado, semnecessidade terapêutica, revela-se ma-tematicamente seguido por choquestraumáticos no corpo perispiritual [...],mergulhando as mulheres que o perpe-tram em angústias indefiníveis, alémda morte [...]”. E, mais adiante, com-plementa, aquele autor espiritual, queas conseqüências mais comuns daíresultantes são a ocorrência, em encar-nações posteriores, da gravidez tubária,das hemorragias gestacionais, da maiorpropensão para as infecções do sistemagenital, dos tumores de útero e ováriose, muitas vezes, da impossibilidade to-tal para a procriação. (94, pt. 2, cap. 6)

A Doutrina Espírita preceitua que oaborto é um crime horripilante, tão con-denável quanto o em que se elimina aexistência de um adulto. (161, cap. 14)

Aborto delituoso – ignominioso ato deanular, consciente e brutalmente, umavida que se inicia, prenhe de esperan-ças, e que encontra formal repulsa emtodos os princípios espírita-cristãos.

[...] O aborto delituoso é a negação doamor. (164, cap. 18)

[...] o aborto provocado [...] [é] dolo-roso crime. Arrancar uma criança ao ma-terno seio é infanticídio confesso. Amulher que o promove ou que venha acoonestar semelhante delito é constran-gida, por leis irrevogáveis, a sofrer alte-rações deprimentes no centro genésicode sua alma, predispondo-se geralmentea dolorosas enfermidades, quais sejam ametrite, o vaginismo, a metralgia, oenfarte uterino, a tumoração cancerosa,flagelos esses com os quais, muita vez,desencarna, demandando o Além pararesponder, perante a Justiça Divina, pelocrime praticado. [...] (231, cap. 15)

Crime estarrecedor, porque a vítima nãotem voz para suplicar piedade e nembraços robustos com que se confie aosmovimentos da reação.Referimo-nos ao aborto delituoso, emque pais inconscientes determinam amorte dos próprios filhos, asfixiando--lhes a existência, antes que possam sor-rir para a bênção da luz. (266, cap. 19)

ABSTINÊNCIA

Abstinência, em matéria de sexo e celi-bato, na vida de relação pressupõe ex-periências da criatura em duas faixasessenciais – a daqueles Espíritos queescolhem semelhantes posições volunta-riamente para burilamento ou serviço,no curso de determinada reencarnação,

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A e a daqueles outros que se vêem força-dos a adotá-las, por força de inibiçõesdiversas. (294, cap. 23)

Ver também EUNUCO

ABUSO

[...] Toda destruição que excede oslimites da necessidade é uma violaçãoda Lei de Deus. Os animais só destroempara satisfação de suas necessidades; en-quanto que o homem, dotado de livre--arbítrio, destrói sem necessidade. Teráque prestar contas do abuso da liber-dade que lhe foi concedida, pois issosignifica que cede aos maus instintos.(106, q. 735)

[...] o abuso [da alimentação] é o piormal que o homem pode fazer a si mes-mo. (2, cap. 9)

[...] Tudo o que está fora da lei de amore da caridade é abuso. É abuso tudo oque esteja fora da lei de fraternidade, deigualdade e de liberdade [...]. (182, v. 3)

Abuso é desequilíbrio. (304, cap. 7)

AÇÃO

[...] A ação inteligente do homem é umcontrapeso que Deus dispôs para resta-belecer o equilíbrio entre as forças daNatureza e é ainda isso o que o distin-gue dos animais, porque ele obra comconhecimento de causa. [...] (106, q. 693)

[...] a ação edificante é geratriz da me-cânica do progresso e da felicidade dospovos. [...] (76, cap. 36)

As ações humanas são resultantes dopensamento. Pensar em desacordo como que se faz é um contra-senso. Nossasexperiências exteriores passam antes pornossa mente. (207, cap. 44)

A boa ação é sempre aquela que visa aobem de outrem e de quantos lhe cer-cam o esforço na vida. (273, q. 185)

Ação é voz que fala à razão. (292,O argumento)

ACASO

[...] O acaso é a ausência de plano, dedireção inteligente, é a própria negaçãode toda lei. [...] (45, cap. 10)

[...] o acaso é a falta de direção e a au-sência de toda inteligência atuante. É,pois, o acaso inconciliável com a noçãode ordem e de harmonia. (50, cap. 6)

É este um enigma que nenhum Édipoconseguirá decifrar; uma interrogaçãoa que nenhum sábio saberá responder.O acaso é a força inteligente que tudorege; é a origem providencial de ondetudo mana.O acaso é uma palavra; debaixo dessapalavra está uma incógnita.Os crentes chamam a essa incógnita Deus;os ecléticos, Providência; os fatalistas, Des-tino; os descrentes, Lei. (117, v. 3, cap. 15)

[...] O acaso é a vossa ignorância da ra-zão de ser, da causa do fato queobservais. (182, v. 4)

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A[...] O acaso é uma palavra inventadapelos homens para disfarçar o menoresforço. [...] (269, cap. 16)

ACEITAÇÃO

Aceitação é a prática da humildade.Cumpre-nos amar ao Criador e aceitarsua criação, tal como se apresenta. Todaa grandeza do Universo, embora não acompreendamos integralmente ainda,toda a diversificação da Criação, nosdiversos reinos da Natureza, estão con-tidas na aceitação. Nela incluímos nósmesmos, como somos; nela respeitare-mos sempre nosso semelhante, qualquerque seja sua condição evolutiva, suaposição na sociedade, sua crença, suacor, sua raça, seu sexo, sua idade. (208,cap. 31)

Ver também RESPEITO

ACERTO

[...] os acertos [são] um acréscimo daMisericórdia Divina a beneficiar-nos.(100, Acertos)

Ver também ERRO

ACREDITAR

Acreditar é uma expressão de crença,dentro da qual os legítimos valores dafé se encontram embrionários. (273,q. 355)

ADÃO

Adão personifica a Humanidade [...].Está hoje perfeitamente reconhecido que

a palavra hebréia haadam não é um nomepróprio, mas significa: o homem em ge-ral, a Humanidade, o que destrói toda aestrutura levantada sobre a personalida-de de Adão. (101, cap. 12, it. 16)

O homem, cuja tradição se conservousob o nome de Adão, foi dos que sobre-viveram, em certa região, a alguns dosgrandes cataclismos que revolveram emdiversas épocas a superfície do globo, ese constitui tronco de uma das raças queatualmente o povoam. As Leis da Na-tureza se opõem a que os progressos daHumanidade, comprovados muito tem-po antes do Cristo, se tenham realizadoem alguns séculos, como houvera suce-dido se o homem não existisse na Terrasenão a partir da época indicada para aexistência de Adão. Muitos, com maisrazão, consideram Adão um mito ouuma alegoria que personifica as primei-ras idades do mundo. (106, q. 51)

Ver também RAÇA ADÂMICA

ADIVINHAÇÃO

[...] nesse tempo [de Moisés] as evoca-ções tinham por fim a adivinhação, aomesmo tempo que constituíam comér-cio, associadas às práticas da magia e dosortilégio, acompanhadas até de sacrifí-cios humanos. Moisés tinha razão, por-tanto, proibindo tais coisas e afirmandoque Deus as abominava. (104, pt. 1, cap.11, it. 4)

A clarividência ou adivinhação é essafaculdade, que possui a alma, de perce-

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A ber no estado de vigília os acontecimen-tos passados e futuros, no mundo inte-lectual como no domínio físico. Essedom se exerce através do tempo e dadistância, independentemente de todasas causas humanas de informação. (48,pt. 2, cap. 13)

[...] do respeito aos irmãos de Humani-dade que se consagram ao mister da adi-vinhação, não se infere que devemosaceitar-lhes cegamente as afirmativas.Especialmente no que se reporte a pro-fecias inquietantes, é imperioso ouvi-los[os adivinhadores] com reserva e discri-ção, porquanto estamos informados pelaDoutrina Espírita de que não existe apredestinação para o mal. (251, cap. 6)

Ver também CLARIVIDÊNCIA

ADOLESCÊNCIA

A adolescência é o período que se es-tende desde a puberdade – 12-13 anos,até atingir o estado adulto pleno – 22-25 anos. É variável entre os pesquisa-dores da personalidade juvenil, emvirtude das diferenças na idadeemocional e mental nos adolescentes.Período da existência que se caracterizapor transformações acentuadas de com-portamento, acompanhando as muta-ções físicas, apresenta, muitas vezes,dificuldades de relacionamento com ospais e problemas complexos no carátere no sentimento, desafiando orientado-res e psicólogos.[...] O Espírito, ao sair da fase infantil epenetrar na adolescência, passa a apre-

sentar mudanças bruscas e imprevisíveisno seu comportamento, em virtude dofardo de estímulos sexuais que já carre-ga em si mesmo, como herança de sipróprio, oriunda de séculos de experiên-cia. Na fase da adolescência, o organis-mo passa a dar melhores condições paraa manifestação mais profunda da alma.Começa a funcionar com mais intensi-dade o instinto sexual. A libido, de quefala a Psicanálise, não é nada mais doque a carga dos impulsos sexuais arqui-vados no Espírito imortal. [...]Os problemas psicológicos de soluçãodifícil nos jovens adolescentes são o re-sultado das transgressões morais e dosabusos sexuais de vidas passadas, quenaturalmente surgem no hoje, requisi-tando reeducação, a fim de aprender adirigir suas próprias emoções e desejos.[...] Na atualidade, a fase da adolescênciacaracteriza-se por uma maior liberdadeque o progresso da civilização proporcio-nou com as mudanças rápidas doscostumes, as facilidades dos meios decomunicação de massa universalizandonovos hábitos, a complexidade social comos conglomerados humanos, a imprensamaterialista, a pregação sistemática deliberdade por parte de escritores e filósofos,o conforto excessivo das horas livres semocupação edificante, o requinte nasdiversões e no lazer. O mundo dasnovidades, hoje, cativa muito mais osjovens do que a vida afetiva dos pais, nocalor humano do reduto doméstico.O mundo mental do jovem não está apri-sionado às fronteiras do recinto familiar,como se encontrava na fase infantil.

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AA fase da adolescência é muito maisperigosa do que a infantil. O jovem écomo um filhote de pássaro que aban-dona o seu ninho, ensaiando os primei-ros vôos, e passa a enfrentar maioresperigos, em virtude dos vôos baixos dafraqueza, da incompetência e inexperiên-cia. A criança pode ser vigiada, corrigidae limitada nas suas liberdades, o quenão é possível junto aos adolescentes,principalmente agora, no mundo dasfacilidades atuais. [...]A fase da adolescência precisa assim, nãomais de sentinelas vigiando e amparan-do seus passos, mas, sim, de muito apoioe orientação dos pais no sentido de esclare-cimento espiritual e diálogo evangelizado.O que acontece, normalmente, é o aban-dono dos pais, no campo da orienta-ção, julgando que os filhos com essaidade já possuem condições para en-frentar e superar, por si mesmos, todasas circunstâncias da vida, dispensandoaté mesmo o simples diálogo. (12,cap. 12)

[...] período de desenvolvimento orgâ-nico e mental do Espírito encarnado,que segue ao da infância, e, após o qual,esse “Espírito retoma a natureza que lheé própria e se mostra qual era” na en-carnação precedente. [...] (129, v. 1)

Adolescência e puberdade

Precisamos distinguir a puberdade daadolescência. O fenômeno da puberda-de é algo que acompanha o ser humanodesde os seus primórdios, pois resultade determinações naturais. A adolescên-

cia, ao contrário, não é algo determina-do pela nossa própria natureza, mas re-sulta de condições sociais. Embora aadolescência já fosse delimitada pelosgregos e romanos na época clássica, al-guns estudiosos afirmam que, antiga-mente, as pessoas não tinham idéia doque chamamos adolescência. O fenô-meno, como nós o caracterizamos, só setornou amplamente comentado após aPrimeira Guerra Mundial. (204, Ado-lescência – tempo de transformações)

ADOLFO BEZERRA DE MENEZES verBEZERRA DE MENEZES

ADORAÇÃO

[A adoração consiste] na elevação dopensamento a Deus. Deste, pela adora-ção, aproxima o homem sua alma.[...] A adoração verdadeira é do cora-ção. Em todas as vossas ações, lembrai--vos sempre de que o Senhor tem sobrevós o seu olhar. (106, q. 649 e 653)

A adoração está na lei natural, pois re-sulta de um sentimento inato no ho-mem. [...] (106, q. 652)

Ver também LOUVAÇÃO

ADORADOR

Os verdadeiros adoradores que o Pai re-clama, seus adoradores em espírito everdade, são todos aqueles que, seja qualfor o rito que a encarnação os tenha le-vado a praticar, fazendo-os nascer emtal ou tal meio, repelem a materialização

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A do culto, não reconhecendo, como tem-plo único do Pai, senão o coração dohomem, nem outro santuário que nãoa consciência do homem. São todos osque se elevam para o Pai, prestando--lhe as homenagens do pensamento, docoração e dos atos, empregando sérios eporfiados esforços por praticar o amora Deus acima de tudo e o amor ao pró-ximo como a si mesmos. São todos osque, vendo nos outros homens irmãosseus, têm fé em Deus e praticam a cari-dade sob todas as formas, segundo a leido amor. São todos os que se esforçamsempre, com sinceridade, por não fazeraos outros, no terreno físico, como noterreno moral e intelectual, seja porpalavras, seja por atos, o que não quere-riam que lhes fizessem e se esforçamigualmente por fazer aos outros, doponto de vista do bem, do que é justo,verdadeiro e bom, seja por palavras, sejapor atos, tudo o que desejariam que lhesfosse feito. (182, v. 4)

ADORAR

Adorar a Deus em espírito e verdadeé adorá-lo conforme a sua verdadeiranatureza, isto é, adorá-lo no íntimode nossos corações, no recôndito denossas almas.Adorar a Deus em espírito e verdade écultivar a sinceridade e a pureza desentimentos, requisitos indispensáveisà revelação de Deus em nós mesmos.Adorar a Deus em espírito e verdade éviver segundo as grandes Leis Divinas,gravadas em caracteres indeléveis no

âmago das nossas consciências, e que setraduzem em amor e justiça.Adorar a Deus em espírito e verdade écolaborar, por pensamentos, palavras eobras, no estabelecimento do seu reinoneste mundo; reino de fraternidade, deigualdade e de liberdade.Adorar a Deus em espírito e verdade étornar-se progressivamente melhor,opondo embargos às expansões doegoísmo, cultivando a mente e o coração.Adorar a Deus em espírito e verdade éreconhecê-lo em todas as manifestaçõesda vida, em todos os esplendores da suainfinita criação.Adorar a Deus em espírito e verdade ésentir-se ligado à Fonte Geradora da vida,reconhecendo, ao mesmo tempo, que avida que em nós palpita é a mesma quepalpita em todos os indivíduos.Adorar a Deus em espírito e verdadeé servir à Humanidade, é querer obem de todos os homens, é renunciarà sua personalidade em favor dacoletividade.[...] adorar a Deus em espírito e verda-de é adorá-lo no templo vivo, que so-mos nós próprios; é escoimar o nossocoração de toda a impureza, transfor-mando-o em custódia sagrada, onde seostente, em realidade, sua augusta ima-gem, a cuja semelhança fomos criados.(220, Em Espírito e Verdade)

ADEPTO

Há [...] três categorias de adeptos: osque se limitam a acreditar na realidadedas manifestações e que, antes de mais,buscam os fenômenos. Para eles o

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AEspiritismo é uma série de fatos maisou menos interessantes.Os segundos vêem algo mais do que fa-tos; compreendem o seu alcance filosó-fico; admiram a moral que dele resulta,mas não a praticam. Para eles a carida-de moral é uma bela máxima, e eis tudo.Os terceiros, enfim, não se contentamem admirar a moral: praticam-na e acei-tam todas as suas conseqüências. Bemconvencidos de que a existência terrenaé uma prova passageira, tratam de apro-veitar esses curtos instantes para mar-char na senda do progresso que lhestraçam os Espíritos, esforçando-se porfazer o bem e reprimir suas inclinaçõesmás. Suas relações são sempre seguras,porque suas convicções os afastam detodo pensamento mal. Em tudo a cari-dade lhes é regra de conduta. São estesos verdadeiros espíritas, ou melhor, osespíritas cristãos. (110, Resposta de AllanKardec...)

ADULTÉRIO

A palavra adultério não deve absoluta-mente ser entendida aqui no sentidoexclusivo da acepção que lhe é própria,porém num sentido mais geral.Muitas vezes Jesus a empregou por ex-tensão, para designar o mal, o pecado,todo e qualquer pensamento mau [...].(105, cap. 8, it. 6)

O ensino moral [...] é que não bastanos abstenhamos do mal; que precisa-mos praticar o bem e que, para isso,mister se faz destruamos em nós tudo oque possa ser causa de obrarmos mal,

seja por atos, seja por palavras, seja porpensamentos, sem atendermos ao sacri-fício que porventura nos custe a purifi-cação dos nossos sentimentos.[...] a concupiscência, no dizer de Je-sus, [está] equiparada ao adultério.Para Deus, o Espírito, em quem ela semanifestou, cometeu falta idêntica àque teria caído se houvera consumadoo adultério, mesmo porque, as mais dasvezes, só uma dificuldade materialqualquer impede que o pensamentoconcupiscente se transforme em ato.(190)

Ver também MAL e PECADO

ADÚLTERO

[...] O homem pode ser enquadradocomo adúltero, não apenas quando des-respeita os compromissos conjugais, mastambém quando alimenta o desejo defazê-lo, cobiçando outra mulher. (199,O quarto mandamento)

ADVERSÁRIO

[...] significa o solo a trabalhar, espe-rando por nós [...]. (80, L. 1, cap. 3)

O adversário, para o espírita, não é uminimigo, mas um irmão colocado, tem-porariamente, em posição de antagonis-mo, e com o qual, mais cedo ou maistarde, tem o dever de reconciliar-se.(164, cap. 12)

[...] em relação à vida na Terra, o co-meço é sempre o berço, mas, na verda-

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A de, na ótica espírita, nascer é renascer,reencontrar antigos afetos. Alguém po-deria objetar que se pode também en-contrar antigos desafetos, renascendoentre os adversários do passado. Isso éverdadeiro, mas repetindo algo queAndré Luiz afirmou certa feita, diríamosque “o ódio é o amor que adoeceu”, entãoos desafetos são, na realidade, afetos quese contaminaram pela mágoa, ressenti-mento e outros sentimentos negativos.[...] (204, Para encontrar o caminho...)

O adversário é tudo o que nos afaste aenergia do serviço real com o Cristo. (248)

[...] é justo considerar nossos adversárioscomo instrutores. O inimigo vê juntode nós a sombra que o amigo não desejaver e pode ajudar-nos a fazer mais luzno caminho que nos é próprio. [...](244, cap. 4)

Ver também INIMIGO

Adversários do Espiritismo

Se uns combatem o Espiritismo por ig-norância, outros o fazem precisamenteporque lhe sentem toda a importância,pressentem o seu futuro e nele vêemum poderoso elemento regenerador. Háque se persuadir de que certos adversá-rios estão perfeitamente convertidos. Seestivessem menos convencidos das ver-dades que ele encerra, não lhe fariamtanta oposição. Sentem que o penhorde seu futuro está no bem que faz. Fa-zer ressaltar esse bem aos seus olhos,longe de os acalmar, é aumentar a cau-sa de sua irritação. [...]

[...] Há um fato constante: os adversá-rios do Espiritismo consumiram mil vezesmais forças para o abater, sem o conse-guir, do que seus partidários para o pro-pagar. [...] (103, cap. 22)

[...] podemos classificá-los em três ca-tegorias. 1ª – A dos que negam siste-maticamente tudo o que é novo, oudeles não venha, e que falam sem co-nhecimento de causa. A esta classe per-tencem todos os que não admitem senãoo que possa ter o testemunho dos senti-dos. Nada viram, nada querem ver e ain-da menos aprofundar. Ficariam mesmoaborrecidos se vissem as coisas muito cla-ramente, porque forçoso lhes seria convirem que não têm razão. Para eles, oEspiritismo é uma quimera, uma loucu-ra, uma utopia, não existe: está dito tudo.São os incrédulos de caso pensado. Aolado desses, podem colocar-se os que nãose dignam de dar aos fatos a mínimaatenção, sequer por desencargo deconsciência, a fim de poderem dizer: Quisver e nada vi. Não compreendem que sejapreciso mais de meia hora para alguém seinteirar de uma ciência. 2ª – A dos que,sabendo muito bem o que pensar da rea-lidade dos fatos, os combatem, todavia,por motivos de interesse pessoal. Para es-tes, o Espiritismo existe, mas lhe receiamas conseqüências. Atacam-no como a uminimigo. 3ª – A dos que acham na moralespírita uma censura por demais severaaos seus atos ou às suas tendências. To-mado ao sério, o Espiritismo os embara-çaria; não o rejeitam, nem o aprovam:preferem fechar os olhos. Os primeiros sãomovidos pelo orgulho e pela presunção;

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Aos segundos, pela ambição; os terceiros,pelo egoísmo. [...] (106, Conclusão)

ADVERSIDADE

[...] A adversidade é uma grande esco-la, um campo fértil em transformações.Sob seu influxo, as paixões más con-vertem-se pouco a pouco em paixões ge-nerosas, em amor do bem. [...] (46, pt.5, cap. 50)

AERÓBUS

[...] Não era máquina conhecida na Ter-ra. Constituída de material muito flexí-vel, tinha enorme comprimento,parecendo ligada a fios invisíveis, em vir-tude do grande número de antenas natolda. [...] Carro aéreo, que seria na Ter-ra um grande funicular. (270, cap. 10)

AFEIÇÃO

Duas espécies há de afeição: a do corpoe a da alma, acontecendo com freqüên-cia tomar-se uma pela outra. Quandopura e simpática, a afeição da alma éduradoura; efêmera a do corpo. Daí vemque, muitas vezes, os que julgavamamar-se com eterno amor passam aodiar-se, desde que a ilusão se desfaça.(106, q. 939)

AFETIVIDADE

Provavelmente a função mental maisabrangente e importante para a vidapsíquica seja a afetividade. É a faculda-de de se experimentar emoções e senti-

mentos. Segundo Delay, “na esferatímica, que engloba todos os afetos, ohumor representa um papel similar aoque a consciência tem na esfera noética,que engloba todas as representações”.Essa afirmação peca por uma excessivaredução do significado do conceito deconsciência que de modo algum excluios afetos. Com essa assertiva concordaBleuler ao dizer que “o humor ouafetividade consiste na soma total dossentimentos presentes na consciênciaem dado momento”. [...] (9, cap. 2)

AFINIDADE

A afinidade é uma faixa de união emque nos integramos uns com os outros.(248)

Ver também SINTONIA

Afinidade eletiva

Explica Bozzano, com irresistível lógi-ca, que o médium entrará em relaçãocom os fatos ligados àquele (possuidor)cujo fluido se evidenciar mais ativo emrelação com o sensitivo.A esse aspecto do fenômeno psicomé-trico, Bozzano denominou de “afinida-de eletiva”. (161, cap. 39)

Ver também PSICOMETRIA

AFLIÇÃO

[...] as aflições constituem fenômenosnormais da maquinaria em que se tran-sita, projetando para a realidade as cons-truções mentais e emocionais edificadas.(75, O sofrimento)

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A Aflição, na essência, é reflexo intangíveldo mal forjado pela criatura que a expe-rimenta, e todo mal representa vírus daalma, suscetível de alastrar-se ao modode epidemia mental devastadora. (219,Sê um reflexo do Cristo)

[...] Às vezes, a aflição é véspera da fe-licidade [...]. (236, pt. 2, cap. 4)

[...] é um incêndio que nos consome [...].(252, cap. 37)

Freqüentemente, aflição é a nossa própriaansiedade, respeitável mas inútil, projeta-da no futuro, mentalizando ocorrênciasmenos felizes que, em muitos casos, nãose verificam como supomos e, por vezes,nem chegam a surgir. (291, cap. 51)

A aflição sem revolta é paz que nos re-dime. [...] (298, cap. 18)

AFLORAÇÃO

Alguns autores chamam […] afloração[em magnetismo, à ação de passar a mãosobre o corpo] quando feita por meiode um contato muito superficial e porcima das roupas. (141, cap. 12)

AGAPÊ

[...] é o amor – benevolência, que se diri-ge, como força construtiva do bem, emfavor do próximo, diferente, portanto, doamor passional e egoísta. (145, cap. 2)

Ver também AMOR e CARIDADE

AGÊNERE

[...] é uma variedade de aparição tangí-vel. É o estado de certos Espíritos quepodem revestir momentaneamente asformas de uma pessoa viva, ao pontode causar completa ilusão. (Do grego a,privativo, e – geine, geinomaï, gerar; quenão foi gerado.) (107, it. 125)

A palavra, então cunhada pela SocietéParisienne des Études Spirites, já per-tence, hoje, igualmente ao nosso idio-ma. O Dicionário de Laudelino Freiredefine-a assim: “S. f. Espiritismo. Apa-rição tangível, em que o espírito assu-me a forma de pessoas vivas”.O Vocabulário Ortográfico também dácomo s. f., isto é, substantivo feminino,mas nos parece que o certo deve sers. m., por isso escrevemos Os Agêne-res, como escreveu Kardec: un Agénère;porque está subentendido o substan-tivo homem no artigo de Kardec, e nãoforma, como supuseram os dicionaris-tas do Brasil e Portugal. Trata-se deum homem não-gerado como os outros,e não de forma não-gerada. GuillonRibeiro empregou o substantivo comomasculino.[...] é somente um homem como osoutros; sua aparição corporal, quandonecessário, pode ser de duração bastan-te longa para que ele possa estabelecerrelações sociais com um ou diversosindivíduos.[...] Os exemplos clássicos na Bíblia sãoo do anjo que viajou com Tobias e o doaparecimento de Jesus Cristo sobre aTerra. (26, cap. 4)

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