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Carregadores também querem ganhar com a "slow steam"

A guerra entre armadores e carregadores, assumida em 2010, continua ao rubro: as tarifas de frete aumentaram novamente e, apesar de um crescimento significativo da capacidade, os armadores mantêm a política da baixa velocidade dos navios, a famosa “slow steam”. Trata-se, argumentam os carregadores, de uma evidente diminuição da qualidade do transporte. Para estes, é difícil aceitar que aumentem simultaneamente as taxas de frete e as

disponibilidades de transporte, pelo elevado número de navios de grandes dimensões que têm vindo a ser alinhados e pela recuperação dos navios “congelados” no auge da crise. No mínimo, trata-se de um estranho fenómeno, que contraria as leis da oferta e da procura. A explicação só pode ser esta: os armadores não querem abandonar a prática de "slow steam", insistindo em colocar os novos navios em serviço a praticar baixas velocidades, e assim obterem uma interessante poupança em combustível. Mas que deixa alguns carregadores profundamente agastados por não verem eles, também, benefício dessa prática. E o certo é que, hoje, os pouco mais de 50 dias de uma viagem entre a Ásia e a Europa do norte, por exemplo, faz-se em 70 dias. E a preços tão altos quanto os dias anteriores à crise, ou muito perto disso.

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Porto de Portimão atrai grandes companhias de cruzeiros

Portimão continua a atrair as grandes companhias de cruzeiros, de que é exemplo a Princess Cruises, umas das maiores operadoras a nível mundial, que ali vai estrear as escalas no dia 26 de agosto, com o navio “Ocean Princess”. A Princess Cruises possui uma frota de 18 navios, assegura 115 itinerários e liga mais de 350 destinos à volta do mundo, apostando no porto de Portimão devido à sua posição estratégica, entre o Atlântico e o Mediterrâneo, e às condições de

atracagem e de segurança que o caracterizam. Construído em 1999, o “Ocean Princess” transporta 680 passageiros e 373 tripulantes, numa viagem que se iniciou no dia 21 do corrente em Dover e que terminará em Civitavecchia, o porto de Roma, a 1 de Setembro. Tem um comprimento de 181 metros, uma boca de 25,46 metros e um calado de 5,80 metros. Em 2009, Portimão consolidou a sua posição de terceiro porto deste segmento a nível nacional em número de passageiros, cerca de 51 mil, repartidos pelos cruzeiros e pela ligação regular semanal à Madeira e Canárias por ferry-boat, afirmando-se como a maior plataforma logística de transporte de passageiros entre a Península Ibérica e as ilhas atlânticas. Relativamente a 2008, quando contabilizou 26 escalas e 11.217 visitantes, Portimão recebeu no ano passado um total de 38 escalas (mais 46%) e de 23.588 visitantes (mais 110%), sendo as expectativas para 2010 igualmente bastante positivas: estão previstas 68 escalas, representando um acréscimo de 79%, enquanto no que concerne ao número de passageiros, deverá aproximar-se dos 60 mil visitantes, o que significará um aumento de 154%.

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