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Centro Comunitário de Gestão Ambiental Integrada RELATÓRIO DA OFICINA RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE NASCENTES MATAS NASCENTES MATAS NASCENTES MATAS NASCENTES MATAS CILIARES CILIARES CILIARES CILIARES Dias 12 e 13 de Dezembro de 2006 Comunidade Nazaré Carlinda, MT Instrutor: Eng. Flor. Pablo Marimon

RECUPERAÇÃO DE NASCENTES MATAS CILIARESCILIARES … · Centro Comunitário de Gestão Ambiental Integrada RELATÓRIO DA OFICINA RECUPERAÇÃO DE NASCENTES MATAS CILIARESCILIARES

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Centro Comunitário de

Gestão Ambiental Integrada

RELATÓRIO DA OFICINA

RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE NASCENTES MATAS NASCENTES MATAS NASCENTES MATAS NASCENTES MATAS

CILIARESCILIARESCILIARESCILIARES

Dias 12 e 13 de Dezembro de 2006

Comunidade Nazaré Carlinda, MT

Instrutor:

Eng. Flor. Pablo Marimon

Centro Comunitário de

Gestão Ambiental Integrada

1. OBJETIVO GERAL DA OFICINA

A oficina teve como objetivo geral capacitar os moradores do setor Nazaré para o

planejamento e a definição das melhores estratégias para a recuperação das

nascentes e matas ciliares das propriedades das comunidades envolvidos com o

projeto “Centro Comunitário de Gestão Ambiental Integrada”. Os objetivos específicos

da oficina foram:

a) Compreender a importância das matas ciliares para a manutenção do

ecossistema.

b) Identificar os principais fatores de degradação das matas ciliares e

estratégias para minimizar seus efeitos.

c) Planejar as estratégias mais eficazes e eficientes para recuperação das

matas ciliares considerando a realidade específica do setor Nazaré, em

Carlinda, MT.

2. CONTEÚDO TRABALHADO

Para cumprir com os objetivos, a oficina foi estruturada conforme a tabela

abaixo:

Tabela 01. Conteúdo da oficina sobre controle biológico

Dia Hora Tema

08:00 – 12:00 Apresentação da oficina. Apresentação dos participantes. O

mundo secreto das plantas.

1

13:00 – 17:00 O mundo secreto dos solos. Definições importantes sobre as

matas ciliares. Principais técnicas de recuperação.

08:00 – 12:00 Avaliação prática de matas ciliares e nascentes existentes na

comunidade.

2

13:00 – 17:00 Planejamento das técnicas a serem aplicadas na comunidade.

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3. METODOLOGIA APLICADA

A oficina foi desenvolvida através de diferentes técnicas, a saber:

a) Apresentação da oficina e apresentação dos participantes: grupo de discussão

(o ministrante abriu uma rodada de discussão para compreender o processo de

colonização da região e como se chegou a atual condição de degradação).

b) A dinâmica da vida das plantas e do solo: para esta parte o instrutor reproduziu

dois vídeos (“o mundo secreto das plantas” e “o mundo secreto dos solos”).

Após cada reprodução foi aberto um debate com todos os participantes

c) Definições importantes sobre as matas ciliares: palestra dialogada, utilizando

como recurso auxiliar o projetor multimídia.

d) Avaliação prática de matas ciliares e nascentes existentes na comunidade:

atividade prática na qual os participantes fizeram a avaliação de 02 nascentes

e propuseram, junto com o instrutor, medidas corretivas.

e) Planejamento das técnicas a serem aplicadas na comunidade: grupo de

discussão (debate em grupo, monitorado pelo instrutor da oficina).

Como material de apoio, o instrutor disponibilizou aos participantes livros e material

digital (CD com informações). Além do material deixado com os participantes foram

tiradas mais cópias destes materiais para serem deixados no Centro Comunitário de

Gestão Ambiental Integrada.

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4. PARTICIPANTES

Participaram dos dois dias de atividade da oficina 24 pessas. Os Gráficos 01, 02 e 03

apresentam a especificação destes participantes.

Gráfico 01. Relação dos participantes da oficina de Recuperação de Matas Ciliares

e Nascentes em relação a comunidade.

4%8%

34%

29%

17%

4% 4%

Palestina

Monte das Oliveiras

Nazaré

Rio Jordão

Monte Sinai

Emaús

Outras

Gráfico 02. Relação dos participantes da oficina de Recuperação de Matas Ciliares

e Nascentes em relação ao sexo.

25%

75%

Mulher

Homem

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Gráfico 03. Relação dos participantes da oficina de Recuperação de Matas Ciliares

e Nascentes em relação a idade.

21%

79%

de 15 a 24 anos

Mais que 24 anos

5. AVALIAÇÃO DA OFICINA

A avaliação da oficina foi realizada em dois momentos: ao final das atividades, através

de um debate com os participantes, que indicaram os principais pontos positivos e

negativos, e pelo grupo gestor, em reunião posterior, avaliando os mesmos pontos. Os

principais pontos avaliados foram:

a) Com referência aos novos conhecimentos trazidos pela oficina: a oficina contribuiu

de forma decisiva para sanar as principais dúvidas sobre as matas ciliares e proteção

as nascentes, tais como:

- Porque aparentemente há um aumento das águas logo após um

processo de desmatamento.

- Porque deve-se plantar diversos tipos de árvores para a

recuperação das nascentes e não apenas 1 tipo.

- Porque é importante considerar os solos como um elemento vivo

dentro da propriedade.

- Quais as principais técnicas de recuperação de nascentes e

matas ciliares.

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.

b) Com referência a praticidade das técnicas trabalhadas: os avaliadores foram

unânimes em indicar a parte prática da oficina como sendo fundamental para

consolidar os conhecimentos trabalhados.

.

c) Produto gerado: a oficina foi produtiva na medida em que possibilitou à comunidade

planejar suas estratégias para iniciar a recuperação das nascentes e das matas

ciliares. Estas Estratégias estão listadas no Anexo A.

d) Instrutor da Oficina: os participantes consideraram o instrutor muito bom, com

muitos conhecimentos e alta credibilidade.

e) Local da oficina: a oficina foi realizada na escola estadual Frei Caneca, na

comunidade Nazaré, que colocou a disposição do projeto a sala de vídeo, equipada

com videocassete, cadeiras, lousa e ar condicionado. Todos os participantes citaram

que o local foi adequado para a realização das atividades.

g) Ponto negativo/ Sugestões: novamente o ponto negativo foi por conta de uma

suposta baixa participação, principalmente dos membros do conselho gestor do

projeto. A melhoria nos sistema de convites e a maior cobrança para que os

moradores participem foram lembrados como estratégias para resolver o problema.

6. CONCLUSÃO GERAL

A oficina cumpriu com seu objetivo central com grande qualidade e com todos os

objetivos específicos. Deve-se dar um destaque especial para as atividades práticas,

que possibilitaram que todos os participantes pudessem aplicar os conhecimentos.

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7. IMAGENS DA OFICINA

Participantes avaliam o principal fator de degradação das nascentes (no caso, o pisoteio do gado).

Participantes discutem a situação de uma das nascentes que abastece o setor.

Instrutor da oficina mostra uma semente coletada em área de nascente.

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Participantes indicam propostas para iniciar a recuperação de uma das nascentes da comunidade.

Instrutor discute com os participantes alternativas para a recuperação das nascentes.

Participantes avaliam mata ciliar em um dos córregos da comunidade.

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Instrutor chama a atenção para a importância das aves e outros animais para o restabelecimento do ecossistema.

Participantes fazem coleta de sementes para iniciar reflorestamento.

Participantes identificam a cigarrinha das pastagens em área de nascente.

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Anexo A: Estratégias Definidas para a Recuperação das Nascentes e Matas Ciliares

1. Mapeamento das nascentes consideradas prioritárias para a comunidade

2. Proteção das nascentes através de:

a. Cercas b. Contenção das águas das chuvas

3. Fazer a coleta comunitária de sementes 4. Iniciar, dentro do possível, atividades de reflorestamento, avaliando a

possibilidade e viabilidade de estruturação de um viveiro comunitário. a. Espécies consideradas prioritárias para os moradores: jenipapo,

castanheira, flor de paca, itaúba, buriti, jaca, manga, sangra d´água, mangaúba, mescla amoreira, angico, ipê, canela, abacateiro, cacau, cupuaçu, jatobá e jequitibá.

5. Envolver mais moradores e difundir o conhecimento através de:

a. Formação de um grupo específico para coordenação das atividades b. Material escrito para maior informação das pessoas c. Incluir matérias no jornal comunitário d. Divulgar os mapas da comunidade com as nascentes e córregos e. Realizar reuniões em cada comunidade f. Visita periódica aos moradores para verificação da situação