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PAULO CARVALHO FILHO CRBio n° 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e MSc em Geociências área de concentração em Gestão Ambiental 1 Angra dos Reis, 10 de abril de 2012. Ao Ilmo. Sr. Júlio Cesar Lopes de Avelar Superintendente do INEA na Baía da Ilha Grande SUPBIG Angra dos Reis RJ NESTA Assunto: Recurso de Impugnação ao Auto de Infração SUPBIGEAI/00136036. Ref: Processo n° E-07/510905/2011. Prezado Sr: Vimos mui respeitosamente apresentar à V.Sª., Recurso de Impugnação ao Auto de Infração supra, informando primeiramente que o referido Auto somente foi retirado no INEA/SUPBIG em 29/03/12, enquanto a data de emissão do mesmo é de 08/11/2011 e por isso o aparente descumprimento do prazo de 15 dias estabelecido no documento. No entanto, estamos respeitando um prazo de 15 dias após o recebimento do referido documento para a apresentação de recurso, que ocorreu em 29/03/2012 e por isso pedimos à V.Sª., que aceite as justificativas e considere este documento como prova de que não houve desrespeito a Lei n° 3467 de 14/09/2000 e nem houve qualquer dano direto a Unidade de Conservação, como descrito no Campo 03 do Auto de Infração. Sendo assim, pedimos com base na legislação ambiental vigente, que o Auto de Infração n° SUPBIGEAI/00136036 seja arquivado e a multa cancelada. Cordialmente, Paulo Carvalho Filho RG n° 28.612.458-1 / DETRAN-RJ Procurador

RECURSO DE IMPUGNAÇÃO AO AUTO DE INFRAÇÃO

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CRBio n° 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e

MSc em Geociências – área de concentração em Gestão Ambiental

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Angra dos Reis, 10 de abril de 2012.

Ao Ilmo. Sr. Júlio Cesar Lopes de Avelar Superintendente do INEA na Baía da Ilha Grande – SUPBIG Angra dos Reis – RJ NESTA Assunto: Recurso de Impugnação ao Auto de Infração n° SUPBIGEAI/00136036. Ref: Processo n° E-07/510905/2011.

Prezado Sr:

Vimos mui respeitosamente apresentar à V.Sª., Recurso de

Impugnação ao Auto de Infração supra, informando primeiramente que o

referido Auto somente foi retirado no INEA/SUPBIG em 29/03/12, enquanto a

data de emissão do mesmo é de 08/11/2011 e por isso o aparente

descumprimento do prazo de 15 dias estabelecido no documento. No entanto,

estamos respeitando um prazo de 15 dias após o recebimento do referido

documento para a apresentação de recurso, que ocorreu em 29/03/2012 e por

isso pedimos à V.Sª., que aceite as justificativas e considere este documento

como prova de que não houve desrespeito a Lei n° 3467 de 14/09/2000 e nem

houve qualquer dano direto a Unidade de Conservação, como descrito no

Campo 03 do Auto de Infração. Sendo assim, pedimos com base na legislação

ambiental vigente, que o Auto de Infração n° SUPBIGEAI/00136036 seja

arquivado e a multa cancelada.

Cordialmente,

Paulo Carvalho Filho RG n° 28.612.458-1 / DETRAN-RJ

Procurador

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Recurso de Impugnação ao Auto de Infração n° SUPBIGEAI/00136036.

1.0 APRESENTAÇÃO:

Em 19 de março do corrente ano, dei entrada em um documento nessa

SUPBIG/INEA, solicitando informação sobre o n°, o motivo, o conteúdo e o

andamento de todos os processos em nome de Leonice do Carmo Froes, sito à

Praia de Araçatiba n° 501, Ilha Grande, RJ, com o objetivo de inventariar e

conhecer todos os processos em nome desta Sra., iniciando assim Prestação de

Serviço para Legalização do seu estabelecimento comercial.

Em 27 de março próximo passado, solicitei vistas ao Processo n° E-07/

510905/11 e autorização para copiá-lo e em 29/03/12 recebi em nome da Sra.

Leonice do Carmo Froes, o Auto de Infração que adiante passo a contestar.

2.0 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA INTIMADA E DO PROCURADOR:

Nome/Nome Empresarial: Leonice do Carmo Froes-ME.

CPF/CNPJ: 107930908-06 I.E.: 21203964-7

Nome Fantasia: Chalés, Camping Bem Natural.

Endereço: Rua da Praia, 501 – Praia Grande de Araçatiba, Ilha

Grande, Angra dos Reis, RJ.

Endereço para Correspondência: Caixa Postal 73.179 – Praça

Lopes Trovão, Centro, Angra dos Reis, RJ. CEP: 23.900-970.

Tel: (24) 3377-6826.

Email: [email protected]

Nome do Procurador: Paulo Carvalho Filho.

RG: n° 28.612.458-1 / DETRAN-RJ.

CPF: 618.932.347-20.

Endereço para Correspondência: Estrada do Contorno, n°

4320 – Casa 28, Vila Velha, Angra dos Reis, RJ.

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CEP: 23.909-300.

Email: [email protected]

3.0 DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO:

Iniciar ampliação de atividade sem licença ambiental, com corte de

morro sem licença ambiental, na Ilha Grande e causando Dano Direto em UC,

infringindo os artigos 46 e 64 da Lei 3467/00.

4.0 DESCRIÇÃO DO ENQUADRAMENTO LEGAL E DATA DA OCORRÊNCIA:

Verificada infração à legislação de controle ambiental do Estado do Rio

de Janeiro no Auto de Constatação Manual n° 01002118 e no relatório de

vistoria n° 3239/11, é lavrado o presente Auto de Infração, conforme a Lei n°

3467 de 14/09/2000 e que implica na aplicação da(s) penalidades(s): Multa

Simples. Conforme o disposto no art. 2°, inciso II da mesma Lei.

Data e Hora da Ocorrência: 19/10/2011 – 13:50h.

5.0 INTRODUÇÃO:

A Área de Proteção Ambiental de Tamoios (APA Tamoios) foi criada

através do Decreto n° 9.452, de 05 de dezembro de 1986 e o seu Plano Diretor

foi regulamentado através do Decreto n° 20.172, de 01 de julho de 1994.

A APA de Tamoios está dividida em duas partes, uma que engloba todas

as terras emersas da Ilha Grande e das demais ilhas que integram o Município

de Angra dos Reis, nas baías da Ilha Grande, da Ribeira e Jacuecanga e outra,

que envolve os terrenos de marinha e seus acrescidos no continente, de

conformidade com o Decreto-Lei Federal n° 9.760, de 05 de setembro de

1.946.

A vegetação da Ilha Grande, fitogeograficamente é denominada de

Floresta Ombrófila Densa insular ou Mata Atlântica insular em vários estágios

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de regeneração, uma vez que sua floresta original foi retirada para dar lugar ao

plantio de cana de açúcar e café durante os dois primeiros ciclos econômicos do

Brasil, desde a época do descobrimento.

Nas áreas mais preservadas da ilha, a floresta se encontra em equilíbrio

dinâmico, porém nas áreas mais ocupadas, localizadas nas bordas da ilha e nos

locais próximos aos vilarejos ou próximos a ocupações isoladas, a floresta já

apresenta sinais de desequilíbrio face a ocupação humana desordenada, onde

muitas vezes podemos observar a retirada da vegetação original e a sua

substituição por uma vegetação natural pioneira ou por um tipo de vegetação

tida como cosmopolita, própria de áreas que já sofreram grandes intervenções

humanas e onde ocorrem diversas espécies características do uso caiçara da

terra, tais como jaqueiras, mangueiras, goiabeiras, bananeiras e diversas outras

espécies vegetais, incluindo os bambus.

Estudos realizados por diversos autores demonstram o grau de

modificação das matas vizinhas aos povoados na Ilha Grande, enquanto que

outros estudos mais específicos em seus objetivos por exemplo, apresentam

observações e análises comparativas entre a anatomia do lenho de

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (espécie muito comum na Ilha Grande,

conhecida como Cobi ou Angico branco), em diferentes fisionomias da Floresta

Atlântica no Estado do Rio de Janeiro.

As árvores cortadas e/ou descritas no Auto de Infração em tela são

exemplares de Cobi, identificados pelo porte, tronco e córtex dos vegetais

apresentados nas fotografias do Relatório de Vistoria (fl. 07 do processo E-

07/510.905/11) e no anexo fotográfico, muito embora o Técnico do INEA não

tenham sido capaz de identificar a espécie, nem tão pouco de mencioná-la.

6.0 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

O Auto de Infração relaciona como Atividade Principal da Intimada

IMPLANTAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS (DOCAS,

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MURALHAS DE CAIS, ATRACADOUROS, MARINAS ETC) com Código de

Atividade descrito como 33.22.40.

Na Resolução CONEMA n° 018, de 28 de janeiro de 2010, o Código de

Atividade descrito acima (33.22.40) corresponde a “Implantação ou ampliação

de instalações portuárias com capacidade de até 150 embarcações” o que não

é o caso, pois Leonice do Carmo Froes – ME caracteriza-se por desenvolver

Atividade de Cantina e Camping, conforme está descrito no Comprovante

de Inscrição e de Situação Cadastral do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

(CNPJ) da Secretaria de Receita Federal.

Soma-se a isto, o agravante de que as infrações supostamente

cometidas pela Intimada e/ou que foram descritas no Auto de Infração n°

SUPBIGEAI/00136036 como causadoras de Dano Direto em UC, no nosso ver

estão demasiadamente exageradas, haja vista que não houve corte de morro e

nem anelamento de árvore por parte da Intimada, conforme serão

demonstrados adiante e o início da obra de ampliação da pousada, ocorreu em

virtude de desinformação da Sra. Leonice, por considerar que o seu processo

de legalização junto o INEA (Processo n° E-07/203064/06) estava em vias de

aprovação, conforme informação que recebera na época do início da obra, do

Sr. Dennys da Rosa, Técnico da FEEMA que analisava a questão e mantinha a

Sra. Leonice do Carmo Froes informada.

Fato interessante que também questiono neste Recurso de Impugnação

é a montagem do Processo n° E-07/510905/2011, que se utiliza de peças de

outro processo aberto contra a Intimada, demonstrando que o Técnico do INEA

que atendeu a denúncia, sequer se deu ao trabalho de preparar um Relatório

de Vistoria próprio para a Vistoria realizada, misturando no processo

informações do Processo n° E-07/203064/2006, que é de Legalização de

Ampliação da residência. Embora esta situação não tenha qualquer relevância,

pois a lei permite a inclusão no processo de peças verídicas constantes de

outros processos, a montagem do Processo n° E-07/510905/2011 revela o não

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cumprimento ao estabelecido no §4° do art. 22 da Lei n° 9.784, de 29 de

janeiro de 1999, que diz que “o processo administrativo deverá ter suas

páginas numeradas sequencialmente e rubricadas”, pelo menos no âmbito da

Administração Federal. E em sendo uma regra federal, a estadual não deve ser

muito diferente.

7.0 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES QUE DÃO SUSTENTAÇÃO A SOLICITAÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DO AUTO DE CONSTATAÇÃO N° SUPBIGCON/01002118: A Ilha Grande desde a época do descobrimento do Brasil foi ocupada por

uma população que no transcorrer dos anos, no início do Século XX era Caiçara,

pelo seu isolamento geográfico e pela cultura relacionada à exploração da terra

e dos recursos naturais. Na bibliografia consultada, a história da Ilha Grande é

contada dizendo que “com a decadência da agricultura, inicia-se a regeneração

de capoeiras nas áreas abandonadas e etapas superiores de sucessão vegetal.

Hoje a atividade pesqueira veio substituir a agricultura decadente, e teve inicio

na década de 30 do século XX, com a salga de peixe. Na década de 50, a pesca

chega ao auge, quando chega a vinte o número de "fábricas de sardinha"

instaladas na Ilha Grande.

GUIMARÃES (2009) em seu estudo, diz que os Cobis ou Angicos branco

(Anadenanthera colubrina – Leguminosae Mimosoidae) são vegetais fartamente

encontrados na Ilha Grande ocupando áreas degradadas, sendo espécie

considerada pioneira primária nos locais que serviram como roçados caiçaras.

“Quanto à utilização de A. colubrina no cotidiano humano, destaca-se o uso da

casca para o tingimento de redes de pesca pelos caiçaras na Ilha Grande

(Oliveira 2001) extração de compostos tânicos que são usados na produção de

fármacos (Monteiro 2005) e utilização da madeira para pavimentação e

construção pesada (Lewis et al. 2005). Sobre a importância ecológica, Oliveira

(2001) destaca que é provável que a alta dominância e densidade relativa

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dessa espécie, na Ilha Grande, podem ser responsáveis pela restauração do

solo das roças caiçaras em tempo relativamente curto.”

O local em questão, embora hoje se encontre vegetado, no início dos

anos 90 era coberto por sapê, devido as características do solo, que desprovido

de floresta era degradado, com elevado grau de acidez. O sapê é uma espécie

vegetal que é indicadora de solo degradado, pela sua rusticidade e alta

resistência a solos ácidos, secos e mineralizados.

Uma característica importante de ser considerada e bastante peculiar aos

Cobis é que são árvores de rápido crescimento, com troncos volumosos e muito

frágeis aos ventos incidentes, sendo sua madeira facilmente atacada por pragas

(térmitas/cupins e brocas), o que corrobora com os resultados do trabalho

descrito acima de autoria de GUIMARÃES (2009) sobre a anatomia do lenho

dos Cobis.

Assim pauto-me na importância de questionar o Auto de Constatação n°

SUPBIGCON/01002118, constante a fl. 02 do Processo n° 510.905/11,

considerando que:

Ninguém em sã consciência cortaria verticalmente a borda do

talude/barranco se não tivesse um propósito convincente, que era o

de implantar um sistema de tratamento de efluentes com fossa

filtro e sumidouro, o que colabora com a qualidade ambiental da

unidade de conservação (APA) e não o contrário, como foi

apresentado pelo Técnico do INEA. Todos os projetos que a

Intimada tentou implantar estão aprovados na PMAR;

A Intimada respeitou todos os embargos de atividades que o INEA

emitiu e todas as suas obras encontram-se paralisadas;

As informações contidas no trabalho de GUIMARÃES (2009)

descrito acima e as informações por mim adicionadas no texto

sobre os Cobis, me fazem achar demasiadamente exagerada a

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imputação da responsabilidade pelo anelamento de uma árvore a

Sra. Leonice do Carmo Froes, pelo Técnico do INEA;

Como afirmar que foi a Sra. Leonice do Carmo Froes ou alguém ao

seu mando que anelou a árvore, se qualquer pessoa que se utilize

da servidão vizinha a sua propriedade poderia promover tal

barbaridade?

Como afirmar que o anelamento foi feito com o objetivo de suprimir

o vegetal, se GUIMARÃES (2009) informa sobre os hábitos culturais

dos caiçaras ao utilizarem-se da casca dos Cobis para o tingimento

das redes de pesca ou como fármacos?

A localidade de Araçatiba pelo Plano Diretor Municipal é uma Área

de Desenvolvimento de Núcleo de Pescadores (AEDNP);

Dias antes da vistoria do INEA, fortes chuvas incidiram sobre a

localidade de Araçatiba, na Ilha Grande, o que provocou a queda

do Cobi. O Cobi foi cortado depois que caiu sobre a rede elétrica.

A Sra. Leonice do Carmo Froes obteve Autorização da Secretaria de

Meio Ambiente da Prefeitura de Angra dos Reis para o corte de 3

árvores (Autorização n° 037/2011, em anexo), em 18 de abril de

2011, ficando a Empresa Ampla e Serviço S/A autorizada a cortá-

las.

O Decreto n° 20.172/94 cuida do zoneamento ambiental para fins

de ocupação urbana nas áreas da APA de Tamoios, não tratando de

atividades que envolvam o corte e/ou poda de vegetais. Quem

cuida dessas questões no município é a Prefeitura Municipal de

Angra dos Reis, através do seu órgão ambiental.

8.0 COMPARATIVO FOTOGRÁFICO DA PROPRIEDADE DA SRA. LEONICE DO CARMO FROES ENTRE OS ANOS DE 1991 E 2011: Melhoramento Ambiental.

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A fotografia aérea apresentada a seguir datada do ano de 1991,

pertencente ao acervo fotográfico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Urbano, da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, mostra o

local onde está a propriedade da Sra. Leonice do Carmo Froes.

Nela observamos com facilidade que a área era degradada, desprovida

de vegetação arbórea em grande parte e revestida por sapezal.

Conforme veremos no anexo fotográfico deste trabalho, na época do

sobrevoo de 1991, já existia uma residência no local atribuída a Sra. Leonice do

Carmo Froes, o que garante a esta Sra., o direito adquirido de estar no local

desenvolvendo atividades, pela antiguidade da ocupação que é anterior ao

Plano Diretor da APA de Tamoios (ver anexo fotográfico).

Na fotografia da página seguinte, datada do ano de 2011, a área aparece

totalmente revegetada, confirmando a informação cedida pela Sra. Leonice do

Carmo Froes, de que realizou o plantio de espécies arbóreas e herbáceas,

frutíferas de Mata Atlântica (nativas) e outras exóticas. As espécies

Local da propriedade de Leonice do Carmo Froes – ME.

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selecionadas pela Intimada foram escolhidas por possuírem frutos comestíveis

pelo homem, pelos pássaros e outros animais e por questões estéticas. O

quadro apresentado a seguir mostra a relação de espécies utilizadas na

revegetação da área. A revegetação teve como critério, o sombreamento do

solo para amenizar as altas temperaturas e a insolação e incentivar a atração

de avifauna, criando pasto para diversas espécies.

A título de complemento de informação, digo que a Intimada mantém

prática de agricultura orgânica no quintal da sua propriedade; promove coleta

seletiva de resíduos com aproveitamento dos restos orgânicos para

transformação em estrumeira, servindo a adubação do solo; e mantém nas

áreas comuns do Camping, placas alusivas a conservação ambiental, com o

objetivo de promover a educação ambiental informal dos visitantes.

Os fatos descritos no parágrafo anterior, no entanto, não foram capazes

de sensibilizar o Técnico do INEA que calculou o valor da multa, pois ele não

considerou como atenuantes os itens I, II, IV e subsequentes do art. 9° da Lei

n° 3.467/00 e que incidem diretamente sobre o valor calculado e cobrado, haja

vista que a Sra. Leonice do Carmo Froes é pessoa rude, nascida no ano de

1964 em Cambuí, região Sul do Estado de Minas Gerais, com grau de instrução

Ginasial incompleto e que há duras penas se instalou na localidade de

Araçatiba, e promove recuperação ambiental de área outrora degradada,

colaborando com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental

e promovendo precariamente (sem orientação de qualquer técnico e com

recursos ínfimos) programa de educação ambiental e de gestão ambiental, ao

praticar a revegetação da área.

A imagem do Google apresentada a seguir, datada do ano de 2011,

mostra o local onde está a propriedade da Sra. Leonice do Carmo Froes

totalmente recoberto por vegetação arbórea. No anexo fotográfico serão

apresentadas outras fotografias que mostram a área e a vegetação hoje

existente.

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Esses dados por si só já seriam suficientes o bastante para servirem

como atenuantes no cálculo da multa, porém pela precariedade de informações

e instrumentos de medição disponíveis aos Técnicos do INEA para mensurar

altitudes, declividades, distâncias etc, fica fácil de entendermos que eles não se

encontram apropriadamente capacitados para trabalharem com análise

ambiental, aplicando ao caso, o Princípio Constitucional da Proporcionalidade, o

que poderia influir na redução do valor cobrado, no cálculo efetuado.

RELAÇÃO DAS ESPÉCIES UTILIZADAS PARA REVEGETAÇÃO DO LOCAL PELA SRA. LEONICE DO CARMO FROES.

NOME VULGAR FAMÍLIA BOTÂNICA NOME ESPECÍFICO

Araçá Myrtaceae Psidium catteianum Goiaba Myrtaceae Psidium guajava Grumixama Myrtaceae Eugenia brasiliensis Jambo Myrtaceae Syzigium sp. Cambucá Myrtaceae Plinia edulis

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Jaca Moraceae Artocarpus heterophyllus

Ipê Amarelo Bignoniaceae Tabebuia crisotrycha Ipê Rôxo Bignoniaceae Tabebuia sp. Cedro Meliaceae Cedrela sp. Sapucaia Lecythiadaceae Lecythis pisonis Jatobá Leguminosae

Caesalpiniaceae Hymenae coubaril

Pau-brasil Leguminosae Caesalpiniaceae

Caesalpinia echinata

Palmito Jussara Palmae Euterpe edulis Abiu Sapotaceae Pouteria ramiflora Manga Anacardiaceae Mangifera indica Graviola Annonaceae Annona sp. Acerola Malpighiaceae Malpighia glabra Pitanga Myrtaceae Eugenia uniflora Maracujá Passifloraceae Passiflora spp. Mamão Caricaceae Carica papaia Tangerina Rutaceae Citrus reticulata Caju Anacardiaceae Anacardium occidentale Fruta-Pão Moraceae Artocarpus sp. Jurubeba Solanaceae Solanum paniculatum Amora Rosaceae Morus sp. Jabuticaba Myrtaceae Myrciaria cauliflora Banana Pão Musaceae Musa sp. Banana São Tomé Musaceae Musa sp. Banana Prata Musaceae Musa sp. Banana Ouro Musaceae Musa sp. Banana Santa Luzia Musaceae Musa sp. Banana Nanican Musaceae Musa sp. Noz Macadâmia Proteaceae Macadamia integrifolia Quaresmeira Melastomataceae Tibouchina spp. OBS: O plantio das espécies utilizadas para a revegetação da área, não seguiu qualquer

orientação técnica de profissional capacitado, porém pela antiguidade do plantio e porte da vegetação é de se esperar que o INEA não solicite a remoção da vegetação, uma vez que até a

presente data nenhum inconveniente foi registrado, a não ser a utilização de espécies não

características da Mata Atlântica original. A Intimada, agiu de boa fé, pensando que estava fazendo um bem a natureza local. Por isso peço que seja usado o critério da razoabilidade no

julgamento em tela.

9.0 ENQUADRAMENTO LEGAL DA ÁREA OBJETO DA INTIMAÇÃO:

A propriedade da Sra. Leonice do Carmo Froes e o seu estabelecimento

comercial estão inseridos na APA Tamoios, na cota máxima altimétrica de 38

metros em relação ao nível do mar. O Relatório de Vistoria constante da fl. 04

do Processo n° E-07/510905/2011, informa-nos que a propriedade ocupa duas

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categorias de zonas estabelecidas no zoneamento do Plano Diretor: ZOC-1 e

ZCVS.

Para a categoria de zoneamento ZOC-1, não existem restrições de uso

desde que respeitados os índices urbanísticos, as áreas de preservação

permanente e as diretrizes de uso para a categoria de zoneamento nas áreas

com possibilidade de ocupação.

Para as ZCVS, o Plano Diretor da APA de Tamoios no seu art. 3°

estabelece que são áreas que se caracterizam por possuir uso moderado e

auto-sustentado da biota, não dispondo de atributos ecológicos que justifiquem

seu enquadramento como ZVS, mas que apresentam potencial para

recuperação ou regeneração futura. Há de se lembrar, no entanto, que um solo

degradado não se recupera com facilidade, a não ser que sejam feitos trabalhos

direcionados a essa recuperação.

A imprecisão gráfica existente durante a elaboração do zoneamento

ambiental da APA de Tamoios, não permite afirmar a precisão das coordenadas

geográficas definidoras da linha divisória entre as cotas/zonas e a falta de

equipamentos adequados corrobora com a dúvida.

Há de se notar também, que o Decreto n° 20.172/94 reconhece a

capacidade de ocupação nas ZOC estabelecidas na APA de Tamoios, e sem

definir que compete única e exclusivamente ao INEA o licenciamento de

atividades nas áreas nela incluídas, descreve no seu artigo 4° que “Respeitadas

as disposições deste Decreto, a ocupação (o grifo é meu) e o parcelamento do

solo serão feitos nas condições fixadas pela legislação municipal pertinente”.

Assim para complementar o entendimento do descrito na legislação, incluo o

artigo 30 da Constituição Federal, que diz que “Compete aos Municípios: I –

legislar sobre assuntos de interesse local; II – suplementar a legislação federal

e estadual no que couber”. Daí a importância da consideração por parte do

INEA das leis municipais que regulam o uso do solo e as atividades de

licenciamento de corte e poda de árvores.

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10.0 PROVA DA ANTIGUIDADE DA OCUPAÇÃO DO LOTE PELA SRA. LEONICE DO CARMO FROES.

A prova da antiguidade da localização do imóvel está apresentada em

nível de montagem fotográfica no item 13.0 (Memorial Fotográfico) deste

Recurso. É uma prova irrefutável, pois mostra claramente que no ano de 1991

já existia uma edificação no local. A fotografia a seguir mostra a edificação.

11.0 CONCLUSÃO:

Avaliar tecnicamente uma situação requer dentre outros parâmetros, o

bom censo e o conhecimento prévio da situação da área investigada, a fim de

que não sejam cometidos erros contundentes, como os que neste Recurso são

apontados.

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A Lei em geral, quando imputa a cobrança de multas decorrentes de

infrações ambientais remete-se ao princípio do Poluidor-Pagador, que imputa a

quem poluiu, a obrigação de pagar pela poluição causada ou que pode ser

causada. Somado a isto, outros princípios devem ser observados

concomitantemente, quais sejam: Princípio do Equilíbrio, Princípio da

Precaução, Princípio da Responsabilidade, Princípio do Limite, Princípio da

Proporcionalidade e Princípio da Razoabilidade.

Durante a exposição que fizemos neste Recurso Administrativo, que

solicita Impugnação de Auto de Infração, pudemos apresentar vários

motivos que nos dão certeza absoluta em afirmar que o cálculo do valor da

infração não considerou circunstâncias que poderiam atenuar a penalidade, não

considerando que a categoria de unidade de conservação em tela é uma APA,

que os espécimes vegetais não estavam em área de preservação permanente e

que os motivos descritos como responsáveis pelo enquadramento legal que

gerou a infração, não são suficientes para impor um valor de multa tão elevado.

Além do mais, o que foi alegado no Auto de Infração n° SUPBIGEAI/00136036

como desrespeito a Lei n° 3.467/2000 justificando a aplicação da multa é

simplesmente inadequado, haja vista que ao consultar o “Guia prático de

fiscalização ambiental do INEA, 2010”, verifiquei que a pena relativa ao art. 46

(se cabe ao caso), não é plenamente aplicável, pois a Sra. Leonice do Carmo

Froes possuía autorização do Poder Público local para proceder pela supressão

dos vegetais e o sistema de tratamento de efluentes sanitários da pousada

encontra-se aprovado pelo Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (SAAE). A

Intimada não agiu de má fé, não desrespeitou nenhum embargo de atividade e

por isso não é reincidente. Apenas desconhecia a necessidade de também

aprovar os projetos no INEA.

Com relação a aplicação do artigo n° 64 da Lei n° 3.467/2000, por

construção e corte de morro, em 1° lugar devemos considerar o que foi

alegado no texto deste Recurso e em 2° lugar, devemos questionar o caput do

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artigo n° 64 da referida Lei, haja vista que apresenta-se inconstitucional. A

Lei Estadual não pode abranger áreas além dos limites estaduais de sua

jurisdição, estabelecendo impedimentos legais “em todo o território

nacional”. Esta competência recai única e exclusivamente sobre o Poder

Público Federal. O Estado do Rio de Janeiro não tem competência para legislar

sobre o território nacional.

12.0 BIBLIOGRAFIA:

GUIMARÃES, Rosana Cardoso Anatomia do lenho de

Anadenanthera Colubrina em diferentes fitofionomias da Floresta

Atlântica no Estado do Rio de Janeiro: Ilha Grande e Itatiaia – Rio

de Janeiro, 2009. 44 folhas ix, : il. Dissertação (Mestrado) –

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/Escola

Nacional de Botânica Tropical, 2009.

INEA Guia prático de fiscalização ambiental. Rio de Janeiro, 2010.

VIEIRA DE MELLO, C.E.H. Apontamentos para a história do Rio de

Janeiro, Angra dos Reis e Ilha Grande (www.ilhagrande.org).

Angra dos Reis, 10 de abril de 2012.

PAULO CARVALHO FILHO Biólogo

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13.0 MEMORIAL FOTOGRÁFICO:

PROVA DE LOCALIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA DA SRA. LEONICE DO CARMO FROES – 1991.

Foto 1: Detalhe, mostrando localização de residência da Sra. Leonice do Carmo Froes na

localidade de Araçatiba, no ano de 1991.

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Foto 2: Área de sapezal.

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Foto 3: Barranco que sofreu a intervenção. Não apresenta risco de desmoronamento e a vegetação já se encontra em processo de regeneração.

Foto 4: Servidão.

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Foto 5: Cobi na margem da servidão. Esta árvore foi a que caiu sobre a rede elétrica durante

as fortes chuvas de outubro de 2011.

Foto 6: Servidão.

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Foto 7: Casa antiga. Observar que na área não existia cobertura florestal.

Foto 8: Casa antiga com melhorias.

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Foto 9: Parte da área destinada ao Camping. Ao fundo praia de Araçatiba.

Foto 10: Outra parte da área destinada ao Camping. Banheiro ao fundo. Exemplares de Cobi.

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Foto 11: Vegetação costeira intacta.

Foto 12: Servidão com vegetação intacta.

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Foto 13: Gramado destinado à camping. Caixa d’água.

Foto 14: Área destinada a camping.

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Foto 15: Área destinada a camping. Flamboyant.

Foto 16: Banheiro. Mata preservada ao fundo.

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Foto 17: Educação ambiental informal.

Foto 18: Educação ambiental informal. Tratamento de esgoto.

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Foto 18: Estrumeira.

Foto 19: Coleta seletiva.

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Foto 20: Vegetação. Fruta-pão, Guapuruvú, Quaresmeira.

Foto 21: Flamboyant e vegetação de jardim. Ao fundo mata.

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Foto 22: Árvore nativa com liquens, atacada por praga (cupim/broca).

Foto 23: Programa Cinturão Verde.