Redação Empresarial

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  • REDAO EMPRESARIAL

  • www.ResumosConcursos.hpg.com.br Apostila: Redao Empresarial por Prof Cilmar Tadeu Silva

    Resumo de Portugus

    Assunto:

    REDAO EMPRESARIAL

    Autor:

    Professor Cilmar Tadeu Silva

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    APRESENTAO

    Cilmar Tadeu SILVA1 Os ltimos anos tm sido marcados em nosso pas por uma vigorosa reflexo crtica sobre a problemtica educacional e pela busca de caminhos para a promoo de uma ao educativa realmente comprometida com a construo de uma sociedade mais justa e democrtica. Com esse propsito, preparamos este material para anlise, debate e elaborao de atividades durante as aulas para que, juntos, possamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a escrita de textos em Lngua Portuguesa. Os textos aqui apresentados, em sua maioria, so ilustrativos e pertencem a diversos autores que esto relacionados na bibliografia bsica e de referncia no final deste material e que devem ser sistematicamente consultados para a elaborao de trabalhos e para as avaliaes que sero solicitas durante o curso. Este material no pretende ser um livro, muito menos uma apostila definitiva. Estamos cientes de que para um melhor aprofundamento das questes sobre a Lngua, os acadmicos devero visitar periodicamente as bibliotecas, no s da FACEL, mas tambm as bibliotecas de outras Instituies de Ensino e mesmo as da rede internacional de informaes - INTERNET -, assim como todo material disponvel pertinente ao estudo das tcnicas de comunicao.

    1 Licenciado em Lngua Portuguesa e Literaturas - UFPR; Mestrando em Educao - Teoria e Prticas Pedaggicas na Educao Superior - PUC/PR; Especializao em Metodologia do Ensino Superior - Formao de Professores e Prticas Interdisciplinares pelo IBPEX - Instituto Brasileiro de Pesquisa e Extenso; Professor de Lngua Portuguesa do Colgio e Faculdade BAGOZZI;

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    Professor de Didtica, Teoria da Literatura e Lngua Portuguesa das Faculdades FACEL.

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    DOCUMENTOS EMPRESARIAIS A correspondncia empresarial moderna. A correspondncia empresarial tem sofrido modificaes ao longo do tempo tanto em relao forma quanto em relao ao estilo da linguagem impostas pela dinamicidade exigida pelas organizaes modernas. Assim, h um cuidado cada vez maior para compatibilizar a eficincia da mensagem com a sua forma. Isso tem provocado adaptaes que variam de empresa para empresa, no sentido de adequar as normas da correspondncia realidade da tramitao de informaes em cada organizao, em funo de sua cultura interna, seus valores e seu fluxograma. A correspondncia empresarial , hoje em dia, no s um meio de comunicao. Ela um instrumento de marketing, pois se insere na realidade de um mercado competitivo em que todas as nuanas de comportamento adquirem sentido: a comunicao empresarial a responsvel pela imagem da organizao perante seu pblico, interno ou externo.

    As mudanas mais importantes nos documentos empresariais das empresas privadas relacionam-se ao estilo da linguagem e disposio dos elementos, conforme o quadro a seguir:

    Dcada de 60 Dcada de 90 Estilo PROLIXO uso e abuso

    de vocabulrio mais sofisticado, clichs, subterfgios.

    OBJETIVA apresentao das informaes necessrias com clareza.

    Disposio dos Elementos

    DENTEADO com espaos na margem esquerda e na abertura de pargrafos.

    BLOCO uma nica margem vertical do lado esquerdo.

    A CARTA

    A carta moderna sofreu muita influncia dos modelos americanos, tanto na forma quanto no estilo. No inicio da dcada de 60, o modelo que vigorava entre ns era o chamado denteado, por causa das aberturas de pargrafos. Com a influncia norte-americana, essa esttica sofreu variaes, at que, no final da dcada de 80, foi assimilado totalmente o estilo em bloco, como est demonstrado no quadro a seguir:

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    Dcada de 60 Dcada de 90

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa

    Aaaaaaa Aaaaaaaaaaaaaaaaaa

    Aaaaaaaaaaa A aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaa

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa A

    Aaaaaaa Aaaaaaaaaaaaaaaaaa

    Aaaaaaaaaaa A Aaaaa

    a aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    Aaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

    A aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaa

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaa

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa A Aaaaaaa Aaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa A aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaa Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa A Aaaaaaa Aaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa A Aaaaa a aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa A aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaa Aaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaaaaaa A Aaaaa

    N de expedio Pode aparecer isolado, combinado ao setor ou abreviatura de espcie do documento: 657, STRE/ 657, SETRE 675 Por tradio, tem sido posto esquerda, mas tambm se pode coloc-lo direita, para facilidade de arquivo. Data

    dia sem zero esquerda: Porto Alegre, 3 de maio de 2000. Em relao data no meio do texto, pode-se optar por escrev-la com dois dgitos, ou com um digito s: Em resposta a sua carta de 03-05-2000 ou Em resposta a sua carta de 3-5-2000 nome do ms em minscula, inclusive a letra inicial: So Paulo, 1 de janeiro de 2000. no ano, no h o ponto ou espao depois do milhar; depois da data, ponto final. S na carta com pontuao aberta ele ser

    dispensvel.

    Pontuao aberta um recurso norte-americano que consiste em no se colocar nenhum sinal de pontuao em trs elementos: data, vocativo e fecho.

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    Em nossa cultura, esse recurso no foi bem aceito, portanto, no aconselhamos o seu uso.

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    Destinatrio Endereamento Na carta moderna no se coloca o endereo do destinatrio, por uma questo de lgica: por que a pessoa que recebe a correspondncia precisa saber de seu prprio endereo? claro que caber a cada empresa organizar os seus arquivos de forma a associar o destinatrio a seu endereo. A nica situao em que ser pertinente o uso do endereo no prprio corpo da carta ser no caso de envelopes janelados. Eis algumas variaes de como se pode estruturar o destinatrio: -> facultativo Petrleo Brasileiro S.A. PETROBRAS (observe o uso do a com crase, mesmo se tratando de letra maiscula, sempre que ficar subtendida a palavra empresa) ou Ao -> facultativo Banco do Brasil S.A. Agncia Centro ou ainda -> facultativo Sul Amrica Capitalizao Setor de Treinamento E quando se quiser dirigir a correspondncia a uma pessoa especfica? Usa-se Att.,At. ou A/C? Att -> no, porque no estamos redigindo em lngua inglesa, em que a palavra attention. A/C-> este cdigo deve ser utilizado somente no envelope, quando uma terceira pessoa estiver envolvida na transmisso da informao, ou seja, ele recebe a carta e a direciona a quem de direito. At. -> a nica abreviatura possvel dentro da carta, significando ateno. Pode vir junto ao destinatrio ou logo abaixo: Petrleo Brasileiro S.A. PETROBRAS Setor de Treinamento At.: Sra. Eliana de Souza

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    ou

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    Petrleo Brasileiro S.A. PETROBRAS Setor de Treinamento At.: Sra. Eliana de Souza Referncia Assunto A referncia diz respeito ao nmero do documento mencionado enquanto o assunto se refere ao tema que ser tratado na correspondncia. Assim, embora seja o que mais encontramos, errado: Referncia: Instalao de microcomputadores O certo ser: Assunto: Instalao de microcomputadores Quando houver a necessidade de se colocar o assunto e a referncia, a melhor soluo : Assunto: Instalao de microcomputadores Sua Carta-Resposta n 22 Vocativo Uma vez que o vocativo, como o prprio nome indica, trata de uma invocao ao destinatrio, ele deve concordar em gnero e nmero com este. Veja os exemplos: Sul Amrica Capitalizao Setor Treinamento Prezados Senhores importante ressaltar que, depois do vocativo, usa-se a vrgula, por determinao da IN n 4/92. constante no Manual de Redao da Presidncia da Repblica. Convm observarmos que o uso dos dois-pontos, embora no recomendado, estaria correto do ponto de vista gramatical. Em muitas cartas oportuno usar o vocativo personalizado quando se deseja fazer um apelo mais direto e que contenha maior fora de venda. Texto

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    O texto inicia-se sempre sem abertura de pargrafo e no mais imprescindvel o alinhamento pela margem direita (conforme IN n 133/82). Embora depois do

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    incremento do uso dos computadores seja mais usual esse alinhamento, pois basta clicar o cone justificar. A separao dos pargrafos fica demonstrada por um espao maior entre uma linha e outra. Observe-se que mesmo o fecho Atenciosamente vem alinhado na mesma margem esquerda.

    Nome e cargo/funo Modernamente no se coloca mais a linha para a anteposio de assinatura, pois todos so capazes de assinar corretamente independentemente da linha. importante ressaltar que no se antepe ttulo ao nome do signatrio. (Como veremos mais adiante, nos ofcios o nome vir em letras maisculas). No se deve deixar de registrar o nome de quem est assinando, pois a assinatura sempre de uma pessoa e no de um setor ou diviso:

    Errado:

    Setor de Cobrana

    Certo: Jairo da Silva

    Setor de Cobrana

    Anexos A palavra anexo no canto esquerdo da carta tem a finalidade de apontar, de forma simplificada, a incluso de outros documentos. Como ela tem por objetivo a conferncia dos documentos inclusos, no faz sentido o uso j disseminado da expresso os citados, pois a pessoa teria de ler todo o texto para, s depois, saber se os documentos esto de acordo. Portanto, embora no se tenha esse costume, o mais lgico colocar-se o nome do documento citado ou a quantidade dos documentos includos. anexos: Comunicado AMB n 7 Tabela de Honorrios Mdicos ou anexos:2 Como vocs podem verificar, so muitas as modificaes de forma que a carta sofreu. Veja no final do captulo um modelo de carta moderna.

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    MEMORANDO OU COMUNICAO INTERNA O memorando o instrumento empresarial para as comunicaes de carter rotineiro. Usava-se at pouco tempo atrs a distino entre memorando e comunicao interna, sendo esta usada em um fluxo descendente (da diretoria ou gerncia para os demais funcionrios) e aquele para o fluxo horizontal ou ascendente. Hoje em dia, porm, no h mais essa distino, sendo o memorando ou o comunicado interno usado de forma ampla para todos os fluxos de comunicao. H dois modelos bsicos de memorando (ou comunicao interna): um mais sinttico, para comunicaes mais rotineiras, elaborado em meia folha de papel A4, j impresso; outro, em folha inteira, para esclarecimentos e informaes mais detalhadas. importante ressaltar que essa correspondncia interna j est, em muitas empresas, estabelecida pelo correio eletrnico, porm, esse fato no altera em nada o que iremos falar sobre o memorando, uma vez que o correio s um meio informatizado de estabelecer as mesmas comunicaes. Observaes Identificao do Destinatrio e do Emissor Deve vir preferencialmente pelo nome do setor, normalmente na forma de sua sigla, ou pelo cargo. Quando se desejar realar o nome de um destinatrio especfico, ele vem depois da identificao do setor. Exemplo: PARA: Gerente de RH Aurlio DE: Chefe do Treinamento No modelo sinttico, muitas empresas j colocam em primeiro plano o destinatrio (PARA) e no o emissor (DE). No modelo de memorando mais extenso (ou comunicado interno), a grande novidade quando identificao do emissor: ela pode vir junto numerao do memorando: MEMO n 23/GEREC

    Mas a forma antiga: DE: GEREC PARA: Todas as Gerncias

    ainda bem utilizada. Introduo No mais necessrio fazer a introduo pelo vocativo; o texto pode ser iniciado sem o vocativo (pois este j estar presente no destinatrio).

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    Fecho No preciso colocar o fecho normal; ele pode ser mais descontrado. O mais consagrado pelo uso o Saudaes, nas comunicaes rotineiras, ou o Abraos, no correio eletrnico. Modelos Apresentaremos a seguir um modelo bsico de carta moderna, de memorando sinttico e de um memorando (ou comunicao interna) mais extenso. Modelo de carta:

    Ct 23 DIVIRH Rio de janeiro, 6 de maro de 2000. Empresa Tal S.A. At.: Dr. Flvio de Castro Assunto: Padro Datilogrfico Prezado Senhor, Esta carta ilustra o preenchimento das novas correspondncias das empresas. As instrues que se seguem devem ser repassadas a todos os funcionrios, responsveis pela manuteno da imagem de modernidade da Empresa. A nica margem aceita, a partir dos anos 90, a da esquerda, comeando-se com a data e s terminando com a assinatura. No deve haver nenhum elemento do lado direito, exceo da padronizao recomendada para o Ofcio e para o Memorando das reparties pblicas. Observe-se que no se usa mais colocar o endereo do destinatrio no corpo da carta, a menos que o envelope seja janelado. Entretanto, pode ser discriminado o setor ao qual a carta est sendo enviada. Em relao margem direita, ela pode, conforme Instruo de 1982, no estar alinhada. Porm, com o uso do computador cada vez mais disseminado, a tendncia manter o alinhamento, clicando-se o cone justificar. Registre-se que a entrada de cada pargrafo j deixou de existir e a separao entre pargrafos feita por uma linha em branco. Essa orientao vlida inclusive para o ultimo pargrafo, cuja tendncia resumir-se na palavra atenciosamente. Esperando que as novas normas reflitam o esprito de modernidade da Empresa, desejamos sucesso. Atenciosamente, Miriam Gold

    Observe:

    a) No h o ano junto numerao da carta, que vem com a sigla do departamento. b) A data vem esquerda, junto com todo o resto do texto, e fecha-se com o ponto

    final. c) O ms vem com inicial maiscula. d) No se coloca o endereo na folha da carta, s no envelope.

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    e) No se usa o pronome senhorita.

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    f) No h abertura de pargrafos. g) Toda carta deve vir assinada por algum que possa ser identificado.

    Quanto ao memorando de assuntos rotineiros, segue abaixo um dos modelos mais utilizados em papel. Com a informatizao dos escritrios, muitas empresas j utilizam s o correio eletrnico para tais mensagens. Modelo de memorando sinttico: LOGOTIPO DA EMPRESA

    MEMORANDO PARA: Gerente de RH DATA: 29-10-2000DE: Chefe do treinamento N: 45 ASSUNTO: Dados para a elaborao do Manual da Secretria Estou enviando, para sua anlise e comentrios, os dados colhidos entre as secretrias da Empresa, visando elaborao do Manual da Secretria. Atenciosamente,

    Modelo de memorando extenso:

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    TIMBRE AS EMPRESA MEMO 23/GEREC Porto Alegre, 5 de maio de 2000. A: TODAS AS GERNCIAS Assunto: Padres de Correspondncia Encaminhamos em anexo os novos padres de correspondncia interna e externa que sero utilizados por nossa Empresa. Essa reformulao faz parte do processo de modernizao que estamos implantando e trata implicaes tanto na agilidade das tomadas de deciso internas quanto na melhoria da qualidade da relao com o cliente. Esclarecemos que cada novo padro encontra sua aplicao detalhada, conseqncia dos estudos elaborados pela consultoria externa em conjunto com nossos colaboradores internos. Solicitamos, ento, a divulgao para todos os setores com a recomendao de utilizao imediata.

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    Agradecemos sua colaborao. Atenciosamente,

    Fulano de Tal Aplicao Vamos modernizar a carta a seguir, tanto nos aspectos formais quanto no texto, fazendo as modificaes necessrias. CT- 43/2000 DIVPES 18 de Abril de 2000 ASSOCIAO COMERCIAL DE VITRIA A/C: sr. Fernando Matos Ass.: suas cartas 114/2000 e 117/2000 reunio 22 ABR 2000 Prezado senhor Informamos que o sr. Paulo Garcia Jnior estar acompanhando a comitiva do Governo do Estado ao Chile. Estaremos enviando dois representantes para a reunio referenciada, so os senhores: CARLOS JOS DA SILVA e JURANDIR DE SOUZA. Em relao solicitao de um coordenador para o projeto TURISMO ESPETACULAR, esclarecemos que para este prezado evento estaremos indicando o sr. Antonio Moura Brasil. Sem mais para o momento. Atenciosamente Paulo Garcia Jnior Presidente

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    Carta corrigida: DIVPES 43 Rio de Janeiro, 18 de Abril de 2000. ASSOCIAO COMERCIAL DE VITRIA At.: Sr. Fernando Matos Ref.: suas cartas 114/2000 e 117/2000 reunio 22-04-2000 Prezado senhor, Informamos que o Sr. Paulo Garcia Jnior no poder estar presente reunio de 22 de abril do corrente, pois estar acompanhando a comitiva do Governo do Estado ao Chile. Assim, enviaremos dois representantes: os senhores Carlos Jos da Silva e Jurandir de Souza. Em relao solicitao de um coordenador para o projeto TURISMO ESPETACULAR, indicamos o Sr. Antonio Moura Brasil. Atenciosamente, Paulo Garcia Jnior Presidente Uma curiosidade Esta carta foi redigida por Rubem Braga em maro de 1951. Veja como atual! Ela endereada ao diretor da Companhia Telefnica e o autor utiliza-se, alm da ironia, de verbos e pronomes na 2 pessoa do plural vs como se estivesse se dirigindo a um deus.

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    O TELEFONE Honrado Senhor Diretor da Companhia Telefnica: Quem vos escreve um desses desagradveis sujeitos chamados assinantes; e do tipo mais baixo: dos que atingiram essa qualidade depois de uma longa espera na fila. No venho, senhor, reclamar nenhum direito. Li o vosso Regulamento e sei que no tenho direito a coisa alguma, a no ser a para a conta. Esse Regulamento, impresso na pgina 1 de vossa interessante Lista (que meu livro de cabeceira), mesmo uma leitura que recomendo a todas as almas crists que tenham, entretanto, alguma propenso para o orgulho ou soberba. Ele nos ensina a ser humilde; ele nos mostra o quanto ns, assinantes, somos desprezveis e fracos.

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    Aconteceu, por exemplo, senhor, que outro dia um velho amigo deu-me a honra e o extraordinrio prazer de me fazer um visita. Tomamos uma modesta cerveja e falamos de coisas antigas mulheres que brilharam outrora, madrugadas dantanho,m flores doutras primaveras. Ia a conversa quente e cordial ainda que algo melanclica, tal soem ser as parolas vadias de cupinchas velhos quando o telefone tocou. Atendi. Era algum que queria falar com meu amigo. Um assinante mais leviano teria chamado o amigo para falar. Sou, entretanto, um severo respeitador do Regulamento; em vista do que, comuniquei ao meu amigo que algum lhe queria falar, o que infelizmente eu no podia permitir; estava, entretanto, disposto a tomar e transmitir qualquer recado. Irritou-se o amigo, mas fiquei inflexvel, mostrando-lhe o artigo 2 do Regulamento, segundo o qual o aparelho instalado em minha casa s pode ser usado pelo assinante, pessoas de sua famlia, seus representantes ou empregados. Devo dizer que perdi o amigo, mas salvei o Respeito ao Regulamento; dura lex sed lex; eu sou assim. Sei tambm (artigo 4) que, se a minha casa pegar fogo, terei de vos pagar o valor do aparelho mesmo se fosse esse incndio (artigo 9) for motivado por algum circuito organizado pelo empregado da Companhia a com o material da Companhia. Sei finalmente (artigo 11) que se, exausto de telefonar do botequim da esquina a essa distinta Companhia para dizer que meu aparelho no funciona, eu vos chamar e vos disser, com lealdade e com as nicas expresses adequadas, o meu pensamento, ficarei eternamente sem telefone, pois o uso de linguagem obscena constituir motivo suficiente para a Companhia desligar e retirar o aparelho. Enfim, senhor, eu sei de tudo; que no tenho direito de nada, que no valho nada, no sou nada. H dois dias meu telefone no fala, nem ouvem nem toca, nem tuge, nem muge. Isso me trouxe, certo, um certo sossego ao lar. Porm amo, senhor, a voz humana; sou uma dessas criaturas tristes e sonhadoras que passa a vida esperando que de repente a Rita Hayworth me telefone para dizer que o Ali Khan morreu e ela est ansiosa para gastar com o velho Braga o dinheiro de sua herana, pois me acha muito simptico e insinuante, e confessa que em Paris muitas vezes se escondeu em uma loja defronte do meu hotel s para me ver sair. Confesso que no acho tal coisa provvel: Ali Khan ainda moo, e Rita no tem o meu numero. Mas sempre doloroso pensar que se tal coisa acontecesse eu jamais saberia porque meu aparelho no funciona. Pensais nisso, senhor; pensais em todo o potencial tremendo de perspectivas azuis que morrem diante de um telefone que d sempre sinal de ocupado cum, cum, cum quando na verdade est quedo e mudo na minha modesta sala de jantar. Falar nisso, vou comer; so horas. Vou comer contemplando tristemente o aparelho silencioso, essa esfinge de matria plstica; na verdade algo que supera o rdio e a televiso, pois transmite no sons nem imagens, mas sonhos errantes no ar. Mas batem porta. Levanto o escuro garfo do magro bife, e abro. Cus, um empregado da Companhia! Estremeo de emoo. Mas ele me estende um papel: apenas o cobrador. Volto ao bife, curvo a cabea, mastigo devagar, como se estivesse mastigando meus pensamentos, a longa tristeza de minha humilde vida, as decepes e remorsos. O telefone continuar muda; no importa; ao menos certo, senhor, que no vos esquecestes de mim.

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    A CORRESPONDNCIA OFICIAL Uniformizao da Correspondncia Oficial No servio pblico no se podia, at pouco tempo atrs, falar em unidade dos padres de correspondncias relacionadas aos atos administrativos oficiais. Porm, em 1991, foi criada pela Presidncia da Repblica uma comisso que visava uniformizao e simplificao das normas de redao de atos e comunicaes oficiais. A partir do trabalho dessa comisso, foi elaborado, em 1992, o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, com a finalidade de racionalizar e padronizar a redao das comunicaes oficiais. Desse estudo, resultou a Instruo Normativa n 4, de 6 de maro de 1992, que Isa consolidar aquelas normas e torn-las obrigatrias no mbito federal. Vamos, ento, estudar a nova padronizao do Ofcio correspondncia externa e, depois, a do Memorando correspondncia interna dos rgos pblicos. OFCIO

    Forma de correspondncia oficial trocada entre chefes ou dirigentes de hierarquia equivalente ou enviada a algum de hierarquia superior daquele que assina.

    Tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos rgos da

    Administrao Pblica entre si e tambm com particularidades.

    Circula entre Agentes Pblicos ou entre um Agente Pblico e um Particular.

    A linguagem deve ser formal sem ser rebuscada, pois as comunicaes que partem dos rgos pblicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro (Manual de Redao da Presidncia da Repblica).

    A finalidade informar com o mximo de clareza e preciso, utilizando-se o padro

    culto da lngua. ANOTE SUAS OBSERVAES:

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    Modelo de Ofcio: Ofcio n 1/sigla do setor

    Rio de Janeiro, .... de ..................................... de 2000. Senhor Cargo do destinatrio, ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 2. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 3. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Secretaria da Receita Federal do Estado do Rio de janeiro

    Av. Presidente Antonio Carlos, 356 Rio de Janeiro RJ 20020-010

    Observao: quando o Ofcio tiver mais de uma pagina, como este, a continuao se dar na pagina seguinte, com o fecho e a assinatura. O destinatrio e o endereamento ficam sempre na primeira pgina. continuao do Ofcio:

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    2/2 4. .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    Atenciosamente,

    Nome Cargo do signatrio

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    Como se pode observar, h muita diferena em relao aos ofcios que vemos normalmente, pois cada secretaria, estadual ou municipal, cria os seus modelos, o que contraria a disposio federal de padronizar os documentos oficiais. Minha recomendao a de que se passe agora a empregar esta padronizao recomendada pela Secretaria de Administrao Federal. As principais observaes so:

    No h mais o ano junto numerao do Ofcio. H ponto final aps a data.

    O assunto facultativo.

    O vocativo segue a seguinte formalizao:

    Senhor + Cargo (em maiscula) do destinatrio Exemplo: Senhor Chefe da Diviso de Servios Gerais

    O primeiro e o ultimo pargrafos (que o fecho) no so numerados. A numerao dos outros pargrafos feita a 2,5 cm da margem esquerda d a

    folha, seguida de ponto, e deve-se alinhar o comeo do pargrafo pelo primeiro.

    Quanto ao endereamento no envelope, se as comunicaes forem dirigidas

    autoridades tratadas por Vossa Excelncia, ter a seguinte forma: Excelentssimo Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10 Vara Cvel Rua ABC, n 123 01010 So Paulo/SP A IN n7 4/92 diz textualmente que fica abolido o uso do tratamento Dignssimo (...) pois a dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria a sua repetida evocao. Quando ao destinatrio no se empregar o tratamento de Excelncia, deve-se dirigir a ele como Vossa Senhoria e o endereamento ficar assim: Senhor Eduardo Maia Secretrio Municipal de Sade Rua XYZ, n 789 012301 Rio de Janeiro/RJ

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    Conforme o texto da IN, j citada, fica dispensado o emprego do superlativo ilustrssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. H ainda uma observao interessantssima sobre o uso do j convencional titulo doutor: Acrescente-se que doutor no forma de tratamento e, sim, titulo acadmico. No deve ser usado indiscriminadamente. Seu emprego deve restringir-se a pessoas que tenham tal grau por terem concludo curso universitrio de doutorado. (grifo nosso)

    os fechos, que devem estar centralizados na folha, foram simplificados e uniformizados da seguinte forma:

    Respeitosamente para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica E Atenciosamente para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

    o sinal de pontuao que se segue ao fecho , obrigatoriamente, a vrgula. MEMORANDO OFICIAL

    O memorando uma modalidade de comunicao entre unidades administrativas de um mesmo rgo, que podem estar hierarquicamente em um mesmo nvel ou em nvel diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicao eminentemente interna.

    Sua principal caracterstica a gil;idade. A tramitao do memorando em

    qualquer rgo deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocrticos.

    Para evitar desnecessrio aumento no numero de comunicaes e de papel,

    os despachos ao memorando devem ser dados no prprio documento. ANOTE SUAS OBSERVAES

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    Modelo de Memorando oficial: Memorando n 19/DJ Em 12 de abril de 2000. Ao Sr. Chefe do departamento de Administrao Assunto: Administrao, Instalao de microcomputadores Nos termos do Plano Geral de Informatizao, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados trs microcomputadores neste Departamento.

    2. Sem descer a mais detalhes tcnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rgido e de monitor padro EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos e outro gerenciador de banco de dados.

    3. Devo mencionar, por fim, que a informatizao dos trabalhos deste Departamento ensejar

    uma mais racional distribuio de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos servios prestados.

    Atenciosamente,

    Nome Cargo do signatrio

    Observaes:

    Na numerao do documento no consta o ano, tal como j vimos no Ofcio. Consta o rgo de origem.

    A data deve figurar na mesma linha do numero e identificao do

    memorando.

    O destinatrio do memorando mencionado pelo cargo que ocupa. Quanto ao emissor, j foi mencionado na numerao e vir explicito na assinatura.

    O assunto esclarece o teor da comunicao.

    Em relao ao texto, ele segue o mesmo padro do Ofcio.

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    O fecho tambm segue a mesma normatizao que o Ofcio.

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    Aplicao O memorando que se segue talvez esteja na forma recomendada por alguma instituio, mas certamente est fora dos padres oficiais. Veja como ficaria se estivesse de acordo com a IN n 4/92. Memorando fora da padronizao: Memorando FJG/DOP/CCP n 14 Em 18/05/2000 Senhor Diretor da Diviso de Apoio Administrativo Solicitamos a V.S cientificar os interessados de que o curso de Lngua Portuguesa, programado para o ms de maio, somente comear no dia 4 de agosto, permanecendo o horrio anteriormente estabelecido. Encaminhamos, em anexo, o contedo programtico do curso. Atenciosamente,

    Nome Cargo do signatrio

    Memorando oficial:

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    Memorando n 14/CCP Em 18 de maio de 2000 Ao Sr. Diretor da Diviso de Apoio Administrativo Assunto: Adiantamento de curso Solicitamos a V.S cientificar os interessados de que o curso de Lngua Portuguesa, programado para o ms de maio, somente comear no dia 4 de agosto, permanecendo o horrio anteriormente estabelecido. 2. Encaminhamos, em anexo, o contedo programtico do curso.

    Atenciosamente,

    Nome

    Cargo do signatrio

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    Uma curiosidade Uma funcionria de repartio pblica eficiente secretaria brigou com o noivo e, arrependida, ficou imaginando uma forma de se retratar. Tentou escrever um a carta vem delicada e carregada de palavras de amor, mas por vcio profissional acabou redigindo um requerimento. O documento chegou ao noivo ofendido no dia seguinte e este, chefe de seo de outra repartio pblica, apressou-se em indeferir o pedido, alegando, carinhosamente, nada ter a perdoar. Para tanto, redigiu um ofcio. Veja que interessante... Requerimento: Ilm. Senhor Diretor do meu corao Amlia Amlia da Silva, residente e domiciliada em So Paulo, na Rua do Tijuco Preto, n 13, portadora da Carteira de Identidade e R.G. n 500 631 421, vem respeitosamente requerer o perdo de V. Sa. para as rudes palavras que proferiu ao final da Festa do Vinho do Atltico Clube Pinheirense, no domingo, dia 8 de maio. A requerente reconhece que exorbitou quando jogou o garrafo de vinho sobre a capota do carro de V. As. e que assim agiu movida pelas forcas desconhecidas do cime. Reconhece ainda que muito o ama e declara que jamais pensou em ofend-lo.

    Nestes termos,

    Pede deferimento.

    So Paulo, 13 de maio de 2000.

    Amlia Amlia da Silva

    AMLIA AMLIA DA SILVA

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    Ofcio: IBIP INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMACAO PROFISSIONAL Ofcio n 19/DEDIV

    So Paulo, 14 de maio de 2000. Assunto: Reconciliao Amlia Amlia Senhora minha noiva, Em ateno ao pedido constante de requerimento datado de 13 de maio passado, levamos ao conhecimento de V. S. que nada consta neste Departamento em nome da Festa do Vinho do Atltico Clube Pinheirense.

    1. O incidente a que se refere o requerimento no aconteceu da maneira como foi exposto e pode ser considerado como acidente sem vitimas e sem prejuzo para as partes.

    2. Baseado na idia popular de que amar jamais ter que pedir perdo, a solicitao contida

    no requerimento no se justifica.

    Atenciosamente

    Orozimbo de Oliveira

    ORIZOMBO DE OLIVEIRA

    Chefe de Departamento

    Srta. Amlia Amlia da Silva Futura Dama do meu Lar So Paulo Capital

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    ESCREVENDO RELATRIOS E MONOGRAFIAS Relatrios e monografias podem agrupar-se em um mesmo captulo pois, embora se dirijam a pblicos diferentes, ambos os textos apresentam a mesma estrutura e os mesmos encaminhamentos didticos. Justifica-se ainda a incluso de orientaes sobre a redao de monografias neste livro uma vez que as empresas tm orientado seu quadro pessoal a se aperfeioar constantemente, freqentando ps-graduaes e MBAs, em que os participantes se vem s voltas com a produo de monografias finais de curso. Por Onde Comear? O primeiro passo para se redigir um bom relatrio ou uma monografia fixar o objetivo do que se vai escrever. Fixar o objetivo selecionar a linha de pensamento que orientar a conduo das idias. Esse procedimento fundamental no sentido da seleo de idias pertinentes ao assunto e para no haver disperso e confuso quanto s informaes a serem transmitidas. Vamos imaginar que tenhamos de redigir um relatrio ou uma monografia sobre os principais meios de comunicao. Temos vrias possibilidades de desenvolvimento, como, por exemplo:

    fazer uma comparao entre o radio e a televiso; analisar o apelo popular dos meios de comunicao e suas conseqncias; ou

    ainda abordar a ampla difuso de informaes que esses dois meios promovem.

    Assim, para cada possibilidade, ou seja, para cada objetivo, haver um texto completamente diferente. No caso de um relatrio empresarial cujo assunto seja a visita feita pelo Gerente de Qualidade ao Setor de Atendimento de outra empresa, a pessoa que ir redigir o relatrio dever ter em vista a funo da visita para poder comear a pensar por onde iniciar. Por exemplo, a funo da visita :

    verificar a melhor disposio dos aparelhos e atendentes, de forma a criar um leiaute mais eficiente?

    analisar o funcionamento da nova tecnologia implantada? Ou recomendar ao diretor o modo de operao do setor visitado?

    Como se v, por meio da fixao do objetivo que sero relacionadas as idias afins ao assunto em pauta, mantendo-se o controle do pensamento para que o relatrio e a monografia sigam na diretriz desejada. Segundo Momento Depois de fixar o objetivo, para escrever o seu relatrio ou a sua monografia voc pode seguir dois caminhos, ambos igualmente vlidos.

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    Um dele simplesmente comear a escrever o texto para trabalh-lo depois. O outro listar as vrias idias que lhe ocorram sobre o assunto para posteriormente estrutur-las em um texto.

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    No se pode afirmar que um desses caminhos seja melhor que o outro. meramente questo de estilo ou, at mesmo, de momento. Uma pessoa pode se sentir mais confortvel listando primeiramente aquilo que pretende escrever ou passando direto para o papel (ou tela) o desenvolvimento de sua idia. De qualquer forma, o importante saber que, qualquer que seja o caminho escolhido, este apenas o segundo momento. daqui que o relatrio e a monografia comearo a se definir, exigindo uma organizao. Terceiro Momento: Planejando o Texto Depois do segundo momento importante planejar a apresentao das informaes. Mesmo para quem j escreveu o texto, vale a pena saber que tanto o relatrio quanto a monografia devem primar pela organizao e unidade. Organizao e unidade esto relacionadas idia central. Sempre, em qualquer tipo de texto, deve haver uma idia central que orienta toda a redao. Alem disso, todas as idias devem ser relevantes para a idia central e devem convergir para ela. Portanto, para obter um texto bem escrito, mostraremos como voc deve proceder tanto no caso de j ter feito a redao do texto quanto no de ter efetuado primeiramente uma listagem das idias: Hiptese 1: Se voc trabalhou com a lista de idias acerca do assunto, leia-as com ateno e organize-as em grupos. Cada grupo deve ter uma idia nuclear, mesmo que haja vrias frases e vrios enfoques. Depois de agrupar as idias, elimine as que forem redundantes ou desnecessrias. Exemplo 1: Em um texto que queira apresentar argumentos contra a pena de morte, foram listados os seguintes itens:

    ningum tem o direito de tirar a vida do homem; no se deve castigar um crime com outro crime; a ameaa de castigo nunca evitou que erros fossem cometidos; s o temor da morte poder afastar certos homens do crime.

    Na leitura atenta, percebemos que o ltimo item no adequado para argumentar contrariamente pena de morte, trazendo, inclusive, a idia a favor da pena capital. Assim, ele ser descartado, no entrando no texto final. Exemplo 2: Para um relatrio ou monografia sobre o desemprego nos centros urbanos, foram listados os seguintes itens:

    imigrao dos habitantes da rea rural para os centros urbanos; surgimento de favelas; fome, doenas; falta de habilitao profissional; grande nmero de camels nas ruas; aumento do trafico de drogas; vadiagem, roubo, crimes;

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    crescente substituio do homem pela maquina.

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    Ao analisar os itens, comeamos por verificar que o surgimento de favelas conseqncia da imigrao dos habitantes da rea rural para os centros urbanos. O grande nmero de camels pode ser considerado tambm uma conseqncia da falta de qualificao profissional. Ento, observamos que podemos ter dois grandes grupos: o das causas e o das conseqncias: Grupo das Causas:

    imigrao dos habitantes da rea rural para os centros urbanos; falta de habilitao profissional crescente substituio do homem pela maquina.

    Grupo das Conseqncias:

    surgimento de favelas; fome; doenas; grande numero de camels nas ruas; vadiagem, roubo, crimes.

    Desse conjunto, sobra aumento ro trafico de drogas, que no est relacionado diretamente com a questo do desemprego. Portanto, ele no ser includo no texto. O relatrio ou monografia em questo ter ento o seguinte planejamento textual: Introduo a questo do desemprego nos centros urbanos Desenvolvimento causas e conseqncias Concluso um fecho sobre o assunto tratado Hiptese 2: Se voc j redigiu o texto, releia-o e retire (sem piedade) as frases ou partes de frases que fogem ao objetivo que voc fixou. Voc dever ficar bem atento interpretao das palavras. Por exemplo, cuidado com a mudana de foco dentro do pargrafo. Exemplo 1: Programas violento, cuja transmisso foi proibida em alguns pases, tm grande sucesso no Brasil. Os filmes de Kojak e a srie Police woman so um exemplo. O motivo da proibio fora do Brasil so os efeitos negativos que os seriados policiais tm sobre os telespectadores, principalmente crianas. Nos Estados Unidos, a presso popular muito forte e consegue exercer presso nas redes de televiso. Como a idia central do pargrafo a critica s redes brasileiras de televiso, a ltima frase est deslocada do assunto, pois seu foco a sociedade americana e seu mecanismo de presso. Esta idia ento no cabe neste pargrafo. No mximo, ela poderia entrar em outro que mostrasse a falta de reao da sociedade brasileira, em contraste com a americana.

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    Outro cuidado que se deve ter na releitura do texto a eliminao de detalhes desnecessrios. Exemplo 2: O secretrio nacional de Vigilncia Sanitria, Roberto Chabo, apresentou uma lista de trinta e quatro medicamentos, divididos em quatro grupos: protetores do fgado, estimulantes neuropsquicos, polivitamnicos e estimulantes sexuais, que tero a fabricao suspensa e sero retirados do mercado na semana que vem por serem considerados sem efeito teraputico. Como voc pode notar numa leitura atenta, a parte divididos em quatro grupos: protetores do fgado, estimulantes neuropsquicos, polivitamnicos e estimulantes sexuais atrapalha o leitor na compreenso da idia-ncleo. Portanto, todos os segmentos que ameacem a quebra da unidade do pargrafo e do texto devem ser retirados. A Estrutura Agora fundamental estruturar a apresentao das informaes. A estruturao nada mais do que a organizao de blocos ou grupos de informao. Dependendo do tipo de relatrio (h vrios), voc pode seguir por diversas maneiras de estruturar o texto, desde aquela mais simples, em que h uma exposio de idia por meio de seqncia de introduo-desenvolvimento-conclusao, at as mais elaboradas, com analises parciais e comentrios de pontos positivos e negativos. Em relao s monografias, a nica distino entre elas e os relatrios quando apresentao de sumrio ou resumo, logo no incio o texto. O sumrio a enumerao das principais sees, artigos ou contribuies mais importantes de um fascculo, feita na mesma ordem em que nele se sucedem. (ABNT NB-62) J o resumo, indicado para monografias menos formais, a apresentao concisa e freqentemente seletiva do texto de um artigo, obra ou outro documento, pondo em relevo os elementos de maior interesse e importncia, sendo freqentemente redigido por outras pessoas que no o autor. (ABNT NB-87) A estrutura fundamental, pois ela revela a organizao do pensamento que ser seguida, bem como facilita ao leitor seguir uma linha de compreenso. Portanto, no h como descuidar dessa etapa essencial. Vamos analisar, ento, como compor a estrutura nas diversas situaes.

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    Composio da Estrutura

    1. Estrutura Bsica Um relatrio ou monografia simples, abordando a exposio de um motivo ou de um tema, pode seguir a estrutura bsica de introduo-desenvolvimento-conclusao. Na introduo apresenta-se o assunto, delimitando-o e estabelecendo suas coordenadas gerais. Na verdade, a introduo apresenta um cenrio em que sero inseridas as informaes prestadas. No desenvolvimento, as informaes seguem o prometido na introduo, tendo-se o cuidado de caminhar na direo de um fecho, sem idas e vindas que atrapalhem o leitor. As informaes devem ser trabalhadas de forma que se apresentem em um andamento cronolgico (um relatrio de atendimento, por exemplo) ou lgico (um relatrio de gesto semestral, por exemplo). O fecho elemento essencial e retoma, de forma diferenciada, a proposta da introduo, concluindo sobre os dados que foram informados. Seguem dois exemplos de relatrio e demonografia com estruturao bsica que contm apresentao tanto cronolgica quanto lgica das informaes. Exemplo 1:

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    Relatrio apresentado por um empregado da Empresa A a seu superior imediato, em que relata o treinamento tcnico que ofereceu a pessoal de outra agencia, tambm da Empresa A.

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    Titulo

    A introduo consta de dois pargrafos e apresenta o assunto do relatrio, ou, como muitos preferem chamar hoje em dia, o cenrio.

    Aqui comea a apresentao das idias a serem desenvolvidas.

    Observe que o texto comea fazendo referncia situao cronolgica.

    O texto continua, acrescentando abordagem cronolgica uma ordem lgica. H uma seqncia que ressalta o trabalho como um todo.

    Introduo, fazendo a

    apresentao da idia que ser desenvolvida no texto. Repare na expresso esto dizendo, que abre possibilidade para um contraponto.

    Desenvolvimento

    O primeiro pargrafo apresenta

    exemplos que concretizam a correlao apresentada na introduo.

    interessante abrir a concluso com uma expresso ou palavra que remeta a essa idia.

    Observe que se encaixa aqui um comentrio.

    Relatrio de treinamento tcnico Introduo O objetivo deste relatrio efetuar um relato do treinamento de Power Point solicitado pela Agncia Centro. O treinamento foi programado, conforme solicitao, para um pblico-alvo de 16 pessoas, nos dias 14 e 15 de setembro, em instalaes da prpria agncia. Desenvolvinento No dia 14, primeiro dia do treinamento, constatou-se, logo ao chegar ao local, a pouca afluncia dos participantes. Dos 16 previstos, achavam-se no local somente 4 empregados. O trabalho transcorreu normalmente, com adaptaes das dinmicas programadas para atender realidade de uma quantidade menor de pessoas do que a prevista. Nas avaliaes de reao passadas ao final do segundo dia de treinamento, foi unnime a satisfao dos participantes, assim como a constatao da necessidade de uma maior nmero de empregados participar desde curso, uma vez que ele diretamente aplicvel sobre as tarefas do dia-a-dia. Concluso Podemos concluir que o treinamento realizado foi ao encontro das expectativas dos treinandos, conforme constatado nos exerccios tcnicos, em que muitas dvidas foram eliminadas, e na avaliao de reao, com comentrios sempre positivos sobre o trabalho.

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    Sugerimos, entretanto, que seja estabelecido um contato com a coordenao de cursos da Agncia Centro para uma melhor programao da disponibilidade dos participantes.

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    Exemplo 2:

    Ttulo: como uma pergunta, deve-se esperar apresentao tanto de aspectos a favor como de aspectos contrrios.

    O segundo pargrafo desenvolve os aspectos de similaridade que suportam a comparao.

    Apresentao de argumentos que se contrapem idia

    Concluso: retorna a idia apresentada na introduo e, junto aos argumentos levantados, estabelece o fecho do artigo.

    Violncia americana: tambm globalizada?

    Muitos brasileiros esto dizendo que o recente e indito assassinato em massa ocorrido no cinema de um shopping em So Paulo o mais novo produto americano importado pelo Brasil. O estudante de medicina que matou trs pessoas e feriu cinco um rapaz de classe media alta, solitrio, perturbado, fantico pela Internet. Um perfil que tipifica p franco-atirador americano. Como se no bastasse, a verso brasileira do serial killer americano revelou-se no ano passado na figura do Manaco do Parque. O Brasil um terreno frtil para esse tipo de acontecimento. Esta uma sociedade em que crimes violentos, hediondos, correm todos os dias. E em que o acesso s armas e s drogas to amplo quanto nos Estados Unidos. (O estudante de medicina citado, tendo consumido cocana, comprou a submetralhadora do seu mecnico). Essas condies levam o brasileiro a desconfiar que o massacre do cinema no uma ocorrncia isolada, mas um trailer sombrio do que est por vir. O Brasil, porm, no se parece tanto com a sociedade americana. Basicamente porque valoriza a famlia como sua instituio mais importante e mima (em vez de negligenciar) seus filhos. Laos familiares fortes fazem com que os brasileiros sejam muito mais gregrios do que americanos. muito mais comum que os jovens pertenam a turmas saudveis aqui no Brasil do que nos Estados unidos, o que provoca maior estabilidade emocional e at segurana econmica os brasileiros arranjam

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    emprego no apenas pelo que conhecem, mas por quem conhecem. Talvez seja realmente um equvoco entender o massacre do cinema como uma ocorrncia isolada. Mas certamente equvoco maior deixar esse particular surto psicopatolgico eclipsar a verdadeira e problemtica violncia do Brasil: aquela que transformou as periferias urbanas em zonas de guerra civil. (adaptado de Michael Kepp, revista Exame, 17-11-99)

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    2. Estrutura por Grupos de Idias Primeiramente vamos entender o que seja uma organizao das idias por grupos. A estruturao por grupos se concretiza a partir da afinidade de algumas informaes, que passam a constituir determinado grupo. O grupo de idias nada mais do que um conjunto de informaes ao qual voc capaz de dar o mesmo titulo. importante ressaltar tambm que a organizao da estruturao sempre depender das informaes a serem registradas. Vamos analisar uma situao normalmente presente na vida institucional das pessoas demonstrando como a estruturao por grupos auxilia a organizao e a eficcia das idias. Imaginemos que voc participou de uma reunio (um grupo de trabalho, por exemplo) em que foram discutidos vrios assuntos relativos a melhorias que devero ser implantadas em seu setor. Evidentemente, esse tipo de assunto provocar intensos debates, com apresentao de argumentos favorveis s hipteses levantada, argumentos contrrios, retorno a idias j faladas em outras ocasies e descartadas, mas que no momento parecem vlidas, egos se vangloriando, egos feridos, e muitas outras variadas situaes. Como ento apresentar um relatrio claro das idias que foram discutidas? A nica soluo em casos com muitas informaes a serem transmitidas a estruturao por grupos de idias. Uma das possibilidades de estruturar o relatrio proveniente de uma pauta de melhorias no setor seria:

    1. Introduo 2. Cenrio Atual 3. Melhorias Sugeridas

    3.1 Melhoria A 3.1.1 apresentao 3.1.2 benefcios

    3.2 Melhoria B 3.2.1 apresentao 3.2.2 benefcios

    4. Sugestes descartadas 4.1 Sugesto A e conseqncias negativas 5. Concluso

    Mas essa no a nica estruturao possvel e, voltamos lembrar, a estruturao dependente das informaes a serem transmitidas. Assim, se, no caso da reunio citada, as melhorias s poderiam ser aprovadas em relao a seu custo, por exemplo, seria necessrio incluir no relatrio uma anlise dos custos dcada melhoria, ou delas com um todo. Nesse caso, o esquema ficaria da seguinte forma:

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    1. Introduo 2. Cenrio Atual 3. Melhorias Sugeridas

    3.1 Melhoria A 3.1.1 apresentao 3.1.2 benefcios 3.1.3 custos

    3.2 Melhoria B 3.2.1 apresentao 3.2.2 benefcios 3.2.3 custos

    4. Sugestes descartadas 4.1 Sugesto A 4.1.1 custo 5. Concluso Muitos relatrios do dia-a-dia empresarial seguem o esquema de blocos de informao. Podemos citar como exemplo os relatrios de analise de investimentos, atualizaes sobre processo de qualidade, relatrios de anlise e pesquisa etc. Tambm encontramos a estruturao por grupos de idias na parte central das monografias, quando o desenvolvimento apresenta vrias anlises e as informaes se desdobram em blocos. Essa determinao de partes esquematiza a informao, trazendo a possibilidade de um melhor encadeamento lgico.

    Tipos de Planos para Relatrios H muitas possibilidades de planos (ou esqueletos) de relatrios ou monografias divididos em grupo. Seguem abaixo algumas possibilidades. Entretanto, cada relatrio tem a sua particularidade e o seu conjunto de informaes. Portanto, cabe ao redator do texto analisar e escolher qual a melhor maneira de estruturar as suas idias. Exemplo 1 Introduo Apresentao dos itens observados Comentrios Concluso Exemplo 2 Introduo Relato cronolgico dos acontecimentos Apresentao dos itens observados Anlise de causas Proposta de solues Concluso Exemplo 3 Cenrio Enumerao de fatos

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    Relaes de conseqncia

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    Comentrios Concluso Exemplo 4 Cenrio Aspectos Positivos Aspectos Negativos Consideraes gerais Concluso Aplicao Os pargrafos abaixo foram escritos a partir do tema: O processo de Formao da Opinio do indivduo. Porm, as vrias idias foram escritas sem nenhuma preocupao com o planejamento e a estrutura. Depois de ter os pargrafos, ordene-os, relacionando-os em seqncia lgica e ao final organize um esqueleto do plano geral do texto.

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    Esse processo educativo envolve no apenas a educao informal conjunto de experincias que as pessoas vo adquirindo pelo fato de viverem em sociedade mastambm a educao formal aquela proporcionada pela escola, pela universidade. No processo de formao das opinies individuais, que depois se convertem no fenmeno da Opinio Pblica, ns encontramos fatores bsicos e fatores complementares. A educao fator fundamental, porque vai conformando a mentalidade dos indivduos e abrindo-lhes horizontes especficos. Desde o momento em que nasce e se incorpora sociedade, o cidado participa de todo um processo educativo, que vai moldando o seu comportamento e delineando normas de conduta. Entre os fatores bsicos esto a educao, a vida familiar e a participao nos grupos primrios. Outro fator importante a vida familiar, que se insere no prprio contexto da educao informal. Da famlia, o individuo recebe uma srie de padres de comportamento, ao quais se vai acostumando, e em torno dos quais vai girar a sua atividade social. Toda a sua vida em sociedade estar orientada pelos marcos de referencia que advm da vida familiar e condicionam a adoo de opinies e atitudes. Os grupos de presso procuram galvanizar a ateno das pessoas que compem a sociedade e orientar a Opinio Pblica num determinado sentido. Vejamos, agora, os fatores complementares na formao das opinies individuais: os grupos de presso e a propaganda. A seguir, adquire importncia a participao do individuo nos grupos primrios: vizinhana, clubes, trabalho, associaes, etc. O individuo se integra nesses grupos, porque as suas normas esto de acordo com os seus prprios padres de comportamento. Ele aprende a cumprir as normas do grupo e a receber as sanes delas

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    decorrentes. A formao da Opinio Pblica constitui realmente um processo complexo, que est condicionado por diversos elementos, ademais dos problemas de personalidade que tem o indivduo. A propaganda, por sua vez, busca persuadir os indivduos para a mudana de atitudes ou conservao dos padres existente. (Jos Marques de Melo, Comunicao, opinio, desenvolvimento) Texto reestruturado:

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    Introduo: No processo de formao das opinies individuais, que depois se convertem no fenmeno da Opinio Pblica, ns encontramos fatores bsicos e fatores complementares. Desenvolvimento: Entre os fatores bsicos esto a educao, a vida familiar e a participao nos grupos primrios. A educao fator fundamental, porque vai conformando a mentalidade dos indivduos e abrindo-lhes horizontes especficos. Desde o momento em que nasce e se incorpora sociedade, o cidado participa de todo um processo educativo, que vai moldando o seu comportamento e delineando normas de conduta. Esse processo educativo envolve no apenas a educao informal conjunto de experincias que as pessoas vo adquirindo pelo fato de viverem em sociedade mas tambm a educao formal aquela proporcionada pela escola, pela universidade. Outro fator importante a vida familiar, que se insere no prprio contexto da educao informal. Da famlia, o individuo recebe uma srie de padres de comportamento, ao quais se vai acostumando, e em torno dos quais vai girar a sua atividade social. Toda a sua vida em sociedade estar orientada pelos marcos de referencia que advm da vida familiar e condicionam a adoo de opinies e atitudes. A seguir, adquire importncia a participao do individuo nos grupos primrios: vizinhana, clubes, trabalho, associaes, etc. O individuo se integra nesses grupos, porque as suas normas esto de acordo com os seus prprios padres de comportamento. Ele aprende a cumprir as normas do grupo e a receber as sanes delas decorrentes. Vejamos, agora, os fatores complementares na formao das opinies individuais: os grupos de presso e a propaganda. Os grupos de presso procuram galvanizar a ateno das pessoas que compem a sociedade e orientar a Opinio Pblica num determinado sentido. A propaganda, por sua vez, busca persuadir os indivduos para a mudana de atitudes ou conservao dos padres existente.

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    Fecho: A formao da Opinio Pblica constitui realmente um processo complexo, que est condicionado por diversos elementos, ademais dos problemas de personalidade que tem o indivduo. Plano geral (ou esqueleto): 1 Introduo 2 Fatores bsicos

    2.1 Educao 2.2 Vida familiar 2.3 Grupos primrios

    3 Fatores complementares 3.1 Grupos de Presso 3.2 Propaganda 4 Concluso REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS AZEREDO, J.C. Letras & Comunicao Uma Parceria no ensino de Lngua Portuguesa. Ed. Vozes. Petrpolis 2001. BARROS, A.J.S.; LEHFELD, N.A.S. Fundamentos de Metodologia Cientfica Um guia para a iniciao cientfica. 2. Ed. Makron Books. So Paulo 2000 CAMARA. J.M. Estrutura da Lngua Portuguesa. 35. Ed. Vozes. Petrpolis 2002. ____________ Manual de Expresso Oral e Escrita. 20. Ed. Vozes. Petrpolis 2001 CEREJA, W.R.; MAGALHES, T.C. Texto e Interao Uma proposta de produo textual a partir de gneros e projetos. Atual Editora. So Paulo 2000. FARACO, C.A.; TEZZA C. Oficina de Texto. Ed. Vozes. Petrpolis 2003 _____________________ Prtica de Textos para Estudantes Universitrios. 10. Ed. Vozes. Petrpolis. 2002 FAULSTICH, E.L.J. Como Ler, Entender e Redigir um Texto. 16. Ed. Vozes. Petrpolis 2003 GOLD, M. Redao Empresarial. 2. Ed. Makron Books. So Paulo. 2002 MANDRICK, D.; FARACO, C.A. Lngua Portuguesa Prtica de redao para estudantes universitrios. 10. Ed. Vozes 2002 MEDEIROS, J.B. Redao Cientfica A Prtica de Fichamentos, Resumos e Resenhas. Ed. Atlas. 2000

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    SOUZA, L.M.; CARVALHO, S.W. Compreenso e Produo de Textos. 6. Ed. Vozes. Petrpolis 2001