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1 REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS Nome do pesquisador: Rossana Brandão Tavares. E-mail e telefone de contato: [email protected]; 21 25367350 / 94314533. Município: Bom Jesus de Itabapoana. Número da lei: Lei complementar, nº1 de 06 de novembro de 2006. Data da aprovação do Plano Diretor: 06 de novembro de 2006. Estado: Rio de Janeiro. A. Informações gerais do município. 1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor. Além disso, se possível, buscar situar o contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi elaborado. a) população urbana e rural (Contagem 2007 IBGE) e sua evolução nos últimos 20 anos. População Urbana 1980 1991 2000 Feminina 8.687 10.991 14.243 Masculina 8.065 10.189 13.182 Total 16.752 21.180 27.425 População Rural 1980 1991 2000 Feminina 5.385 4.158 2.954 Masculina 5.831 4.535 3.276 Total 11.216 8.693 6.230 População Total 1980 1991 2000 Urbana 16.752 21.180 27.425 Rural 11.216 8.693 6.230 Total 27.968 29.873 33.655 Estimativa de população residente 2006: 33.450 segundo o IBGE (TCE-RJ). A primeira análise que se pode fazer a partir destes dados é que a população rural vem diminuindo sistematicamente nos últimos 20 anos, fato este que contribuiu para o aumento crescente da população urbana e contribuindo para o processo de conurbação com a cidade de Bom Jesus do Norte - ES. Segundo o relatório do TCE-RJ de 2007, a população total do município corresponde a 11,3% da Região Noroeste Fluminense, com densidade demográfica de 58 habitantes por km², contra 56 na região onde se localiza, sendo a proporção de homens de 95,7 para 100 mulheres. A taxa média geométrica de crescimento entre 1991 a 2000 foi de 1,33% ao ano e sua taxa de urbanização é de 81,5%. A distribuição de cor ou raça é de 11,8% de pretos, 0,1% amarelos, 26,3% de pardos, 0,1 indígenas e 61,2% de brancos.

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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS

PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

Nome do pesquisador: Rossana Brandão Tavares.

E-mail e telefone de contato: [email protected]; 21 25367350 / 94314533.

Município: Bom Jesus de Itabapoana.

Número da lei: Lei complementar, nº1 de 06 de novembro de 2006.

Data da aprovação do Plano Diretor: 06 de novembro de 2006.

Estado: Rio de Janeiro.

A. Informações gerais do município.

1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município. Para essa

caracterização podem ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio

diagnóstico utilizado no Plano Diretor. Além disso, se possível, buscar situar o

contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi elaborado.

a) população urbana e rural (Contagem 2007 – IBGE) e sua evolução nos últimos 20

anos.

População

Urbana

1980 1991 2000

Feminina 8.687 10.991 14.243

Masculina 8.065 10.189 13.182

Total 16.752 21.180 27.425

População

Rural

1980 1991 2000

Feminina 5.385 4.158 2.954

Masculina 5.831 4.535 3.276

Total 11.216 8.693 6.230

População

Total

1980 1991 2000

Urbana 16.752 21.180 27.425

Rural 11.216 8.693 6.230

Total 27.968 29.873 33.655

Estimativa de população residente 2006: 33.450 – segundo o IBGE (TCE-RJ).

A primeira análise que se pode fazer a partir destes dados é que a população rural vem

diminuindo sistematicamente nos últimos 20 anos, fato este que contribuiu para o

aumento crescente da população urbana e contribuindo para o processo de conurbação

com a cidade de Bom Jesus do Norte - ES.

Segundo o relatório do TCE-RJ de 2007, a população total do município corresponde a

11,3% da Região Noroeste Fluminense, com densidade demográfica de 58 habitantes

por km², contra 56 na região onde se localiza, sendo a proporção de homens de 95,7

para 100 mulheres. A taxa média geométrica de crescimento entre 1991 a 2000 foi de

1,33% ao ano e sua taxa de urbanização é de 81,5%. A distribuição de cor ou raça é de

11,8% de pretos, 0,1% amarelos, 26,3% de pardos, 0,1 indígenas e 61,2% de brancos.

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b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos. 1991 –2000 para município (Censos)

e 2002-2007 PME (2002 em diante) e PNAD site do IBGE para RMRJ.

Pessoas de 10 anos ou mais de idade por grupos de idade, condição de atividade na

semana de referência, sexo e situação do domicílio (1991)

Economicamente ativa 11.753 48,85

Não economicamente

ativa 12.307 51,15

Total 24.060 100

Pessoas de 10 anos ou mais de idade por grupos de idade, condição de atividade na

semana de referência, sexo e situação do domicílio (2000)

Economicamente ativa 15.479 55,2

Não economicamente

ativa 12.562 44,8

Total 28.041 100

c) estratificação da população por renda e sua evolução nos últimos 10 anos. Censo

2000, PNAD para RMRJ (estudos e diagnósticos PD ou sítio BME) Informações FJP ou

Centro da Metrópole.

Faixas de renda mensal familiar (em salários-mínimos)

Até 3 Mais de 3 a 5 Mais de 5 a 10 Mais de 10 Total

Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %

381 79,21 66 13,72 24 4,99 10 2,08 481 100,00

O município de Bom Jesus de Itabapoana concentra uma população com renda inferior

a 4 salários mínimos. De acordo com o relatório do TCE-RJ, o setor da construção civil

e agropecuária teve grande importância no PIB (2005), perdendo apenas para alugueis e

administração publica. Pode-se concluir que os dois primeiros setores têm empregado

grande parte da mão-de-obra local, que pela faixa de renda deve ser de baixa a média

qualificação; e parte significante pela máquina publica local.

d) déficit habitacional e déficit de acesso aos serviços de saneamento ambiental.

(Fundação João Pinheiro).

Domicílios

improvisados Famílias conviventes Cômodos Domicílios rústicos (2)

Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

12 12 0 529 430 99 39 39 0 0 0 0

(2) O total dos domicílios rústicos das regiões, unidades da Federação, microrregiões e regiões metropolitanas inclui

as estimativas inferiores a 50 unidades.

Déficit habitacional básico (2) Domicílios vagos

Absoluto % do total dos domicílios Total Urbana Rural

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Total Urbana Rural Total Urbana Rural 1.395 897 498

580 481 99 6,00 5,90 6,55

De acordo com o relatório do TCE-RJ, dos 11.549 domicílios, 1.825 não são ocupados e

19% possui uso ocasional, o que podemos concluir que parte significativa dos

domicílios é utilizada sazonalmente.

Apesar dos números diferenciados do TCE, baseados no IBGE, e da Fundação João

Pinheiro não é difícil afirmar que o número de vazios urbanos em Bom Jesus de

Itabapoana é maior (quase o dobro) que o déficit habitacional projetado. Neste sentido,

uma política de aplicação de instrumentos do Estatuto da Cidade que garanta a função

social da propriedade e de recursos para a adequação habitacional, solucionaria em

médio prazo o problema no município, tendo em vista o fluxo da população rural para o

meio urbano.

2. Localização do município em tipologia a ser utilizada na metodologia de avaliação.

Utilizaremos (i) a tipologia municipal produzida pelo Observatório das Metrópoles

(trabalho coordenado pela Tânia Bacelar) e reformulada pela Ermínia Maricato para

o Planab, e (ii) a tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração

dos municípios às metrópoles, especificamente para os municípios situados em

regiões metropolitanas.

Código UF PLANHAB Tipologia utilizado no PlanHab

3300605 RJ G

G - Centros urbanos em espaços rurais de média

renda

No capítulo do Uso do Solo do relatório do TCE-RJ, Bom Jesus de Itabapoana é

distribuída da seguinte maneira: 18% de vegetação secundária, 4% de área agrícola e

77% de pastagem. Segundo a Fundação CIDE, o município se classificaria como IQUS

RODEIO, ou seja, “maior percentual de pastagem; presença de pequenas manchas

urbanas; pequena influencia de formações originais e de áreas agrícolas” (TCE-RJ,

2007; p.16). Assim sendo, a associação das características de ocupação e da média de

faixa de renda do município corresponde a sua classificação de tipologia no

PLANHAB.

3. Solicitar a prefeitura/câmara os diagnóstico/estudos que subsidiaram a elaboração

do Plano Diretor, caso estes estejam disponíveis.

R. Não foi disponibilizado pela prefeitura, apesar de constar como anexo do Plano

Diretor.

4. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.

R. Pela pesquisa realizada a partir do relatório do TCE, até 2007 o município não

possuía Plano Diretor.

5. Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro,

solicita-se uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano,

procurando responder às seguintes questões:

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(i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o

desenvolvimento do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia? Caso

não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o

sentido do plano?

R. O plano apresenta clara tendência a preparar o município urbana, ambiental, social e

economicamente para atividade ecoturística, uma vez que há diversas ações previstas

que sinalizam claramente este foco, com destaque para os capítulos do Turismo e

Cultura, Meio Ambiente e do Crescimento Socioeconômico Sustentável. Há estratégias

claras para garantia de qualidade ambiental que pode ser verificado nas diretrizes, do

ultimo capítulo aqui citado, quanto à necessidade de ajustes e minimização dos

impactos ambientais das atividades econômicas do município, além da preocupação no

capítulo referente tanto ao meio ambiente quanto ao saneamento sobre a concessão da

CEDAE, e a necessidade de criação de comitê de bacia. Além disso, pode-se afirmar

que todas as diretrizes sociais, principalmente a habitacional, vêm de encontro com as

premissas da garantia do direito à cidade, sendo colocado claramente como pressuposto

básico para a sustentabilidade da cidade e à garantia de êxito do desenvolvimento

municipal.

(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo.

Verificar se a linguagem predominante no plano, é excessivamente técnica, dificultando

sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível.

R. A linguagem do Plano é bastante acessível, por esta razão é possível que se tenha

dispensado a necessidade de glossário, ao contrario, por exemplo, do Código de Obras

do município que apresenta um glossário ao final do documento.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define

prioridades de investimentos, relacionando-as ao ciclo de elaboração orçamentária

subseqüente.

R. No titulo sobre as Disposições Gerais e Transitórias é posto que durante a vigência

do Plano, devem-se constar rubricas específicas da lei complementar, nas Leis de

Diretrizes Orçamentárias, Orçamentos Anuais e Planos Plurianuais.

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o

município seja atingido por algum investimento importante em infraestrutura de

logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e

seus impactos.

R. O Plano leva em consideração o impacto das usinas hidrelétricas no meio ambiente

da Bacia do Rio Itabapoana, mencionado algumas vezes nas diretrizes específicas sobre

a problemática da sua implementação.

B. Acesso à terra urbanizada

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD

a1. Planejamento do desenvolvimento das cidades.

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ESTATUTO DA CIDADE PLANO DIRETOR BOM JESUS DE

ITABAPOANA

Art 2o - A política urbana tem por objetivo

ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e da propriedade

urbana, mediante as seguintes diretrizes

gerais:

IV – planejamento do desenvolvimento

das cidades, da distribuição espacial da

população e das atividades econômicas do

município e do território sob sua

influencia, de modo a evitar e corrigir

distorções do crescimento urbano e seus

efeitos negativos sobre o meio ambiente;

Art. 36 - Consoante as prioridades gerais

apontadas para a política urbana, o

zoneamento obedecerá às seguintes

diretrizes:

I - Planejamento do desenvolvimento da

Cidade, da distribuição espacial da

população e das atividades econômicas do

Município, de modo a evitar e corrigir as

distorções do crescimento urbano e seus

efeitos negativos sobre o meio ambiente;

a2. Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção

especulativa de terrenos.

ESTATUTO DA CIDADE PLANO DIRETOR BOM JESUS DE

ITABAPOANA

Art. 2o - A política urbana tem por

objetivo ordenar o pleno desenvolvimento

das funções sociais da cidade e da

propriedade urbana, mediante as seguintes

diretrizes gerais:

VI – ordenação e controle do uso do solo,

de forma a evitar:

e) a retenção especulativa de imóvel

urbano, que resulte na sua subutilização ou

não utilização;

Art. 36 - Consoante as prioridades gerais

apontadas para a política urbana, o

zoneamento obedecerá às seguintes

diretrizes:

III. Ordenação e controle do uso do solo,

de forma a combater e evitar:

d. A retenção especulativa de imóvel

urbano, que resulte na sua sub-utilização ou

não utilização;

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como

objetivos ou diretrizes do plano aos seguintes temas:

Garantia do direito à terra urbana e moradia.

Gestão democrática por meio da participação popular.

Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção

especulativa de terrenos.

Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

Recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a

valorização de imóveis urbanos.

Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa

renda.

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b1. Garantia do direito à terra urbana e moradia.

ESTATUTO DA CIDADE PLANO DIRETOR BOM JESUS DE

ITABAPOANA

Art 2o

- A política urbana tem por objetivo

ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e da propriedade

urbana, mediante as seguintes diretrizes

gerais:

I – garantia do direito a cidades

sustentáveis, entendido como o direito à

terra urbana, à moradia, ao saneamento

ambiental, à infra-estrutura urbana, ao

transporte e aos serviços públicos, ao

trabalho e ao lazer, para as presentes e

futuras gerações;

Art. 2°

- Este Plano Diretor Participativo

rege-se pelos seguintes princípios:

III - Direito ao desenvolvimento humano,

compreendido este como o direito ao

desenvolvimento sustentável; à terra

urbana e à moradia; ao trabalho; à

circulação e ao transporte; ao esporte; ao

lazer; à memória; e à qualidade de vida;

VIII - Função social da cidade,

correspondendo ao direito à cidade para

todos, o que compreende os direitos a terra

urbanizada, à moradia, ao saneamento

ambiental, à infra-estrutura e serviços

públicos, ao transporte coletivo, ao

ambiente ecologicamente equilibrado para

as presentes e futuras gerações, ao

desenvolvimento humano, à mobilidade

urbana e acessibilidade, ao trabalho, à

cultura, esporte e ao lazer, tomando como

base à necessidade de intervenção em todo

o território municipal no sentido de buscar

um modelo de desenvolvimento mais

equânime e mais justo, assim como a

integração das políticas locais com a dos

demais municípios vizinhos e com o

planejamento estadual e federal; territorial;

regional e por bacia hidrográfica.

b2. Gestão democrática por meio da participação popular.

ESTATUTO DA CIDADE PLANO DIRETOR BOM JESUS DE

ITABAPOANA

Art 2o - A política urbana tem por objetivo

ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e da propriedade

urbana, mediante as seguintes diretrizes

gerais:

II – gestão democrática por meio da

participação da população e de associações

representativas dos vários segmentos da

Art. 2°

- Este Plano Diretor Participativo

rege-se pelos seguintes princípios:

I - Gestão participativa, integrada e

democrática, com a garantia da

participação da população nos processos de

decisão, planejamento e gestão;

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comunidade na formulação, execução e

acompanhamento de planos, programas e

projetos de desenvolvimento urbano;

b3. Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de

urbanização.

ESTATUTO DA CIDADE PLANO DIRETOR BOM JESUS DE

ITABAPOANA

Art. 2o - A política urbana tem por

objetivo ordenar o pleno desenvolvimento

das funções sociais da cidade e da

propriedade urbana, mediante as seguintes

diretrizes gerais:

IX – justa distribuição dos benefícios e

ônus decorrentes do processo de

urbanização;

Art. 3º - A propriedade cumpre sua função

social quando, respeitadas as funções

sociais da cidade, for utilizada para:

VI - Promover a distribuição de usos e

intensidades de ocupação do solo de forma

equilibrada em relação à infra-estrutura

disponível, aos transportes, às políticas

rurais e ao aproveitamento racional e

adequado, de modo a evitar ociosidade e

sobrecarga dos investimentos coletivos;

b4. Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de

baixa renda.

ESTATUTO DA CIDADE PLANO DIRETOR BOM JESUS DE

ITABAPOANA

Art. 2o A política urbana tem por objetivo

ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e da propriedade

urbana, mediante as seguintes diretrizes

gerais:

XIV – regularização fundiária e

urbanização de áreas ocupadas por

população de baixa renda mediante o

estabelecimento de normas especiais de

urbanização, uso e ocupação do solo e

edificação, consideradas a situação

socioeconômica da população e as normas

ambientais;

Art. 19 - São diretrizes para a política de

Habitação e de Regularização Fundiária:

I - Ênfase na Habitação Popular;

Art. 50 - O Executivo Municipal poderá

autorizar o proprietário de imóvel urbano,

público ou privado, a exercer em outro

local, ou alienar, mediante escritura

pública, o direito de construir previsto

neste Plano Diretor ou em legislação

decorrente, quando o referido imóvel for

considerado necessário para fins de:

I. Servir a programas de regularização

fundiária, urbanização de áreas ocupadas

por população de baixa renda e habitação

de interesse social.

I. Função social da propriedade

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1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da

propriedade? De que forma?

R. O Plano Diretor aponta inicialmente no art1º que o instrumento tem como objetivo o

cumprimento da função social da cidade e da propriedade, referindo-se aos artigos da

Constituição, 182 e 183, além do próprio Estatuto da Cidade.

Todos os capítulos, que são específicos à cidade e os temas que tangenciam a

problemática urbana, citam questões referentes ao Estatuto da Cidade, com maior ênfase

para gestão democrática, prevendo fórum de participação para a concretização das

diretrizes impostas pelo Plano, assim como audiências publicas para qualquer alteração

na legislação urbanística; garantia ao direito à moradia prevendo diretrizes sobre a

regularização fundiária (como o usucapião urbano); determinação da política de

habitação e regularização fundiária do município; elaboração de programa de habitação

popular, definição de zonas de especial interesse, etc.; e instrumentos como, outorga

onerosa, IPTU progressivo, desapropriação, ressarcimento financeiro quando implique

beneficio financeiro ao usuário para priorizar a construção onde haja infraestrutura para

tal.

O Plano não apresenta contradição ao este disposto no decorrer da lei. No entanto, as

especificidades do cumprimento e da aplicação dos instrumentos são em diversos

aspectos bastante superficiais, visto que sempre é remetida a necessidade de

detalhamento de determinada política em lei específica.

Cabe destacar que, o Plano transparece uma clara necessidade de ocupar vazios urbanos

na região central do município, onde provavelmente se concentra grande parte da

infraestrutura urbana existente (há um trecho da lei que é mencionada a distribuição de

usos e de ocupação a fim de evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos

coletivos), cumprindo a função social da propriedade, a partir de programas de

habitação de interesse social específicos.

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?

R. O Plano não estabelece macrozoneamento objetivo, com definições especificas e as

ações prioritárias. Apenas oferece mapa de bairros e setores que devem constar no

anexo do Plano. Mas apresenta 4 tipos de zonas, a saber: Zona de Ocupação Prioritária

(ZOP); Zona de Ocupação Secundária (ZOS); Zona Prioritária de Reagriculturalização

(ZPR); Zona Prioritária de Proteção Ambiental (ZPPA). A delimitação da ZOP está

descrita, assim como a ZOS, mas apontam para uma generalidade, não demarcando

limites entre uma zona e outra, por exemplo. Além disso, a ZPR será estabelecida por

legislação especifica. No entanto, há uma especificação para a ZPPA que corresponde à

faixa determinada pela legislação federal nas margens do Rio Itabapoana, e seus

afluentes, onde não serão parcelados os terrenos: as cachoeiras; outras áreas de

preservação permanente, como topos de morro, nascentes, mananciais, olhos d’água,

microbacias e fragmentos de florestas (deverá também ser feito estudo para instalação

de unidades de conservação).

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?

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R. O objetivo não é explicitado. Apenas apontado regras gerais sobre a inter-relação

entre zonas e áreas. Quanto à questão da zona rural e urbana, não pode ser atestada, pois

não foi disponibilizado o anexo referente ao mapa do perímetro urbano do município.

Outro ponto a ser destacado é que o Zoneamento Territorial serve, segundo a lei, para

instituir regras de uso e ocupação do solo como metodologia de planejamento territorial.

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

R. O Plano remete-se ao anexo de setorização e do perímetro urbano, mas não pode ser

verificado pela ausência do material.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do

uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do

solo?

R. No capítulo dos instrumentos da política pública é mencionada a necessidade de

elaboração ou revisão da lei de uso e ocupação do solo urbano; lei de parcelamento do

solo urbano. No entanto, não há como afirmar a existência das respectivas leis

elaboradas ou revisadas visto que a prefeitura não disponibilizou os materiais

necessários para análise. O que se pode afirmar é que segundo o relatório do TCE de

2007, Bom Jesus de Itabapoana possui lei de parcelamento e uso do solo além de lei de

zoneamento ou equivalente.

III. Perímetro e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a

extensão do perímetro? Qual?

R. Não é possível responder devido à falta de informação no plano e do anexo referente

ao mapa do perímetro urbano com o qual poderia ser feito algum tipo de comparação.

Mas, segundo o documento relativo ao estudo socioeconômico 2007, elaborado pelo

Tribunal de Contas do Estado do RJ, a partir da erradicação do plantio de café como

atividade econômica principal até o inicio de século XX e com isso, o deslocamento da

população rural para a cidade, o município se caracterizou por um processo de

urbanização acelerado fato que ocasionou a intensificação a ocupação urbana e

conseqüente ultrapassagem dos limites do perímetro urbano legal. Além disso, a grande

proximidade do município de Bom Jesus de Itabapoana com Bom Jesus do Norte no

Espírito Santo, segundo o TCE-RJ, se distingue por um processo de conurbação.

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para

legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse

social?

R. No capítulo sobre habitação esta questão é deixada a cargo da política de habitação e

regularização que ainda não existe, de acordo com pesquisa feita na página eletrônica do

município. Do mesmo modo, é posto que deverão ser elaborados e revisados: Lei de uso

e ocupação do solo urbano; Lei de parcelamento do solo urbano; Lei de Estudo de

Impacto de Vizinhança; Código de Obras; Código de Posturas; Código de Meio

Ambiente. Sendo que de acordo com o relatório do TCE de 2007, o município já possui

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lei de parcelamento do solo urbano, conclui-se então que este deverá ser revisado de

acordo com as diretrizes do Plano.

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

R. Esta questão está prevista unicamente no capítulo referente à política de habitação

que deverá definir áreas de reserva de terra para habitação popular nas áreas definidas

como expansão urbana, a saber “art. 20, V- A definição e o apontamento das áreas

públicas e/ou particulares prioritariamente compreendidas nas áreas definidas como de

expansão urbana, que passarão a servir de reserva de terra para implantação de

habitações populares ou conjuntos habitacionais para suprir o déficit habitacional

gerado por catástrofes”.

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever percentuais

para área de habitação de interesses social.

R. Não estabelece nenhum percentual e nenhuma diretriz com relação aos novos

loteamentos.

IV. Coeficientes e Macrozonas

1. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem

definidos esses coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle

do uso e ocupação do solo).

R. Não há definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo, apenas

coeficientes para a identificação de solo urbano não edificado e subutilizado. Este tipo

de definição é apresentado no Código de Obras (Lei nº 546, de 14 de setembro de

1999), a partir da especificação de taxa de ocupação máxima e de gabarito máximo.

Para zona paisag., gabarito máximo de 7m, para zona de ocupação prioritária, 21m.

Referente a taxa de ocupação máxima: até 7m , 60%; de 7m a 21m, 40%. Os

afastamentos para lotes de até 7m em suas dimensões deverão ser de 3m frontalmente e

para os fundos, e 1,5m, lateralmente; para os lotes com dimensões de 7m a 21 m, os

afastamentos frontal e de fundos de 5m, e lateral de 3m.

No entanto, serão dispensados de afastamento lateral e frontal unidades residenciais

unifamiliares que não possuir aberturas laterais e de fundos. Já os lotes para fins

industriais nunca poderão ser inferior a 800m² e cuja largura do lote seja menor que

20m. Os afastamentos mínimos serão de 3m, sendo que deverá ser de 5m quando de

frente ao passeio público, devendo a prefeitura definir o sentido do mesmo.

2. Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

R. A definição no Plano Diretor está especificada a partir da caracterização da

metragem quadrada e seu coeficiente: solo urbano não edificado e sub-utilizado. Para o

chamado solo urbano não edificado, se caracteriza em terrenos com área superior a 250

m² onde o coeficiente é zero. Para os sub-utilizados, se caracterizam em terrenos com

área superior a 250 m² onde o coeficiente de aproveitamento não atingir o mínimo de

0,3, com exceção de: imóveis de uso não residencial cujas atividades econômicas

necessitarem de instalações diferenciadas; imóveis sujeitos a disposições legais

específicas por interesse ambiental ou histórico-cultural.

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3. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

R. Não há esta informação, mas possui o parâmetro a partir da metragem quadrada

mínima quando da especificação dos imóveis não edificados, não utilizados ou sub-

utilizados, situados na Zona de Ocupação Prioritária – ZOP.

4. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de

utilização.

R. Não define macrozonas, zonas e seus respectivos coeficientes e parâmetros de

utilização, apenas nomeia as zonas, a saber: 1 – Zona de Ocupação Prioritária (ZOP); 2

– Zona de Ocupação Secundária (ZOS); 3 – Zona Prioritária de Reagriculturalização

(ZPR); 4 – Zona Prioritária de Proteção Ambiental (ZPPA). Já para as AEI (Áreas

Especiais) há a definição de que compreendem parcelas do território que exigem

tratamento especial na definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo,

podendo sobrepor-se ao zoneamento. Os seus coeficientes e parâmetros, segundo a lei,

deverão ser delimitados em lei municipais posteriores. Classificam-se em: I. Áreas

Especiais de Interesse Social - AEIS; II. Áreas Especiais de Interesse Ambiental -

AEIA; III. Áreas Especiais de Interesse Comercial - AEIC; IV. Áreas Especiais de

Interesse do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico – AEIPH; V. Áreas Especiais

de Interesse do Desenvolvimento Sócio Econômico – AEIDSE.

5. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas

centrais e sítios históricos.

R. O Plano transparece uma política clara de ocupação de vazios urbanos

infraestruturados que possivelmente estão situados nas áreas centrais, a chamada ZOP,

mas que só poderá ser verificada através dos anexos.

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção

ambiental.

R. Áreas especiais de interesse ambiental e zona prioritária de proteção ambiental.

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

R. O Plano aponta que, em lei posterior, o Executivo, num prazo de 6 anos, deverá

encaminhar a Câmara Municipal, as definições das Áreas Especiais, bem como a

identificação, delimitação e parâmetros urbanísticos do mesmo. Isto inclui as áreas

especiais de interesse social.

Cabe ressaltar que a nomenclatura utilizada se diferencia: ao invés de ZEIS, o Plano

aponta as Áreas Especiais, mas que possuem a mesma função segundo o Estatuto da

Cidade.

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro.

R. No primeiro parágrafo do artigo 43, é apontado que as mesmas deverão ser definidas

em lei específica.

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3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

R. Não há referência quanto à população que acessa, somente critérios.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

R. Não.

5. A remissão para lei específica.

R. Remete-se a um código de obras especifico para habitações populares que deve ser

criado.

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da

zona definido no plano.

R. Por não ter tido acesso aos anexo dos mapas, não é possível responder esta questão.

7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS,

tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.

R. Não. O plano aponta para definições e apontamentos que precisam ser feitos. Como

necessidade de um estudo específico para tal. “Art.43 § 1º. Os parâmetros urbanísticos

para as Áreas Especiais, bem como a delimitação e identificação das mesmas serão

definidas em leis municipais posteriores que o Poder Executivo encaminhará para a

Câmara Municipal, no prazo máximo de seis anos a partir da publicação da presente

lei, oportunidade na qual será regulamentada cada uma das classes nomeadas nos

incisos de I a V”.

VI- Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso à terra urbanizada.

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra

urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que

porções do território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento

se favorece o acesso à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se

favorece a utilização das áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para

classes médias e altas). Para fazer esta leitura, atentar para as seguintes

características: tamanhos mínimos de lote, usos permitidos (incluindo possibilidades

de usos mistos na edificação) e possibilidade de existência de mais de uma unidade

residencial no lote.

R. Como não há acesso aos mapas do Plano, a resposta se baseia no que está

especificado na lei. O texto transparece que o zoneamento tem como premissa

contribuir para o planejamento visando à distribuição espacial da população, assim

como as atividades econômicas para que o crescimento urbano não seja desordenado e

não prejudique o meio ambiente. Além disso, no art.36 no item III, quando mencionado

sobre a ordenação e controle do uso do solo, o zoneamento tem como premissa

combater e evitar o uso que impacte negativamente na infraestrutura urbana da cidade,

bem como o processo especulativo dos imóveis urbanos a fim de coibir a não utilização

e a sub-utilização da terra urbana. Conseqüentemente, este tipo de diretriz possibilita o

processo de garantia da função social da propriedade. No entanto, não é possível avaliar

precisamente a grau aplicabilidade, uma vez que não é sabido se os mapas e anexos

oferecem dados mais específicos para as zonas, visto que o plano apenas descreve as

áreas correspondentes a cada zona, definindo os locais, de maneira geral, onde há

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restrição de parcelamento do solo. Além do mais, é mencionado que há necessidade de

lei específica para definição de parâmetros urbanísticos para as Áreas Especiais.

Quanto à integração dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade e as Zonas

definidas no Plano, são determinadas restrições na ZOP (Zona de Ocupação Prioritária)

a partir do parcelamento, edificação e utilização compulsórios, IPTU progressivo no

tempo, outorga onerosa, direito de construir e alteração de uso do solo, e operações

urbanas consorciadas. O ultimo instrumento também aplicável a ZOS (Zona de

Ocupação Secundária).

2. Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo (percentual do território

urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de

baixa renda no município) e qualitativo ( localização deste território no município)

R. Por não ter tido acesso aos anexos, não é possível responder esta pergunta.

VII. Instrumentos de Política Fundiária

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário

verificar:

a. Edificação/Parcelamento Compulsórios /IPTU progressivo no tempo:

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados

ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

R. Sua forma de aplicação está prevista no Titulo IV sobre os Instrumentos da Política

Pública e sua especialidade em lei especifica a ser elaborada.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à

legislação complementar específica ou se é auto-aplicável através do próprio plano.

R. A forma de aplicação está especificada a partir dos artigos do Estatuto da Cidade 5º,

6º, 7º e 8º, e especifica parâmetros de coeficientes de aproveitamento para solos urbanos

não edificados e subutilizados, mas as condições, prazos e critérios para a sua aplicação

deve ser definida em lei especifica. Assim, podemos dizer que não é auto-aplicável.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua

edição/regulamentação e qual é este prazo.

R. Não há prazo definido de forma específica para o instrumento. No entanto, no art.44,

inicial do Título IV sobre os Instrumentos da Política Pública, estabelece que com base

tanto nos princípios como nas diretrizes do Plano, a legislação urbanística e ambiental

terá o prazo de dois anos para revisão e/ou elaboração.

- Se é auto-aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se

esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

R. Não é auto-aplicável, mas define que os parâmetros do instrumento não aplicáveis na

Zona de Ocupação Prioritária.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

objetivo/estratégia do plano ou o seu macrozoneamento. Qual?

R. Está vinculada ao macrozoneamento, pois delimita a zona de aplicação a partir da

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ZOP, e está de acordo com a premissa do art.36 no item d que menciona a necessidade

de reter a especulação do imóvel urbano. Além disso, o item VI do art. 4 sobre a função

social da propriedade afirma como pressuposto do Plano: Promover a distribuição de

usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em relação à infra-

estrutura disponível, aos transportes, às políticas rurais e ao aproveitamento racional e

adequado, de modo a evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos.

- Caso auto-aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a

norma atual vigente e o novo plano.

R. Não é auto-aplicável e não prevê prazo de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

R. Não há este tipo de identificação.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

R. Não há definições para a sua revisão futura.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

R. Não está definido.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

R. Os procedimentos não estão definidos, apenas os indica quando cita os artigos do

Estatuto da Cidade que define minimamente os procedimentos de cobrança e prazos

para a aplicação do IPTU progressivo e a desapropriação com pagamentos em títulos.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos

critérios de isenção.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar para onde vão os recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

R. Não há este tipo de definição. A priori, a gestão é de responsabilidade do executivo

municipal, conforme o Estatuto da Cidade.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em

questão.

R. O Plano prevê lei específica para o instrumento de parcelamento, edificação e

utilização compulsório, IPTU progressivo no tempo e desapropriação com pagamentos

em títulos.

- Identificar se estão definidos prazos.

R. Não há este tipo de definição para a lei específica, apenas que a legislação

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urbanística seja elaborada ou revisada no prazo de dois anos.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

R. Não há este tipo de definição.

b. Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados

ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

R. Sua forma de aplicação está prevista no Titulo IV sobre os Instrumentos da Política

Pública e sua especialidade em lei especifica a ser elaborada.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à

legislação complementar específica ou se é auto-aplicável através do próprio plano.

R. A forma de aplicação está especificada a partir dos artigos do Estatuto da Cidade, 28,

29, 30 e 31, e especifica as condições gerais para a sua aplicação, sendo minimamente

regulamentada a fórmula de cálculo de cobrança, os casos de isenção e a contrapartida

do beneficiário. Assim, podemos dizer que não é auto-aplicável e não segue a premissas

determinadas pelo Estatuto, como a questão do coeficiente de aproveitamento e a

fixação de áreas onde poderá ser permitida a alteração de uso do solo.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua

edição/regulamentação e qual é este prazo.

R. Não há prazo definido de forma específica para o instrumento. No entanto, no art.44,

inicial do Título IV sobre os Instrumentos da Política Pública, estabelece que com base

tanto nos princípios como nas diretrizes do Plano, a legislação urbanística e ambiental

terá o prazo de dois anos para revisão e/ou elaboração.

- Se é auto-aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se

esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

R. Não é auto-aplicável, mas define que os parâmetros do instrumento não são

aplicáveis na Zona de Ocupação Prioritária.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

objetivo/estratégia do plano ou o seu macrozoneamento. Qual?

R. Está vinculada ao macrozoneamento, pois delimita a zona de aplicação a partir da

ZOP, e está de acordo com as premissas do art. 3º sobre a função social da propriedade

quando menciona no item VI: Promover a distribuição de usos e intensidades de

ocupação do solo de forma equilibrada em relação à infra-estrutura disponível, aos

transportes, às políticas rurais e ao aproveitamento racional e adequado, de modo a

evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos.

- Caso auto-aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a

norma atual vigente e o novo plano.

R. Não é auto-aplicável e não prevê prazo de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

R. Não há este tipo de identificação.

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- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

R. Não há definições para a sua revisão futura.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

R. Não está definido.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

R. Os procedimentos não estão definidos.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos

critérios de isenção.

R. Não há este tipo de definição. Apenas que a contrapartida financeira a ser prestada

pelo interessado, deve estar de acordo com o Estatuto da Cidade e que a isenção

definida em lei específica.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

R. Não há este tipo de definição, pois é remetida a uma lei específica a ser elaborada.

- Identificar para onde vão os recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

R. Não há este tipo de definição, mas o Estatuto da Cidade no artigo 30 aponta que os

recursos conquistados a partir da adoção do instrumento, deve ser aplicado conforme

artigo 26 que enumera as finalidades: regularização fundiária, execução de programas e

projetos de habitação de interesse social, ordenamento e direcionamento da expansão

urbana, implantação de equipamentos urbanos e comunitários, criação de unidades de

conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental e proteção de áreas de

interesse histórico, cultural ou paisagístico.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em

questão.

R. O Plano prevê lei específica para a outorga onerosa do direito de construir e

alteração de uso do solo.

- Identificar se estão definidos prazos.

R. Não há este tipo de definição para a lei específica, apenas que a legislação

urbanística seja elaborada ou revisada no prazo de dois anos.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

R. Não há este tipo de definição.

c. Operação Interligada: o instrumento não é tratado no Plano.

d. ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social:

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- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados

ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

R. Sua forma de aplicação está prevista no Titulo III sobre o Zoneamento Territorial,

mas definidas com Áreas Especiais de Interesse Social -AEIS cujo instrumento poderá

se sobrepor ao zoneamento previsto no Plano.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à

legislação complementar específica ou se é auto-aplicável através do próprio plano.

R. A especificação da forma de aplicação é transferida a leis municipais posteriores que

o Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal. Assim, podemos dizer que não é

auto-aplicável.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua

edição/regulamentação e qual é este prazo.

R. O prazo máximo para a elaboração, segundo o Plano, é de seis anos a partir da

publicação da lei.

- Se é auto-aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se

esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

R. Não é auto-aplicável e aponta a elaboração de lei especifica como documento onde

haverá tal delimitação.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

objetivo/estratégia do plano ou o seu macrozoneamento. Qual?

R. Está vinculada a Política de Habitação e Regularização Fundiária, Capítulo VII,

principalmente em relação ao item II do art. 20 quando mencionada as frentes de

atuação referente as ações prioritárias, a saber: a) A frente reguladora, que visa um

crescimento e desenvolvimento territorial ordenado e estratégico para o Município;.

b) A frente sistêmica, que visa atender e solucionar os problemas habitacionais e de

regularização fundiária acumulados ao longo dos anos nas áreas mais carentes do

município;

c) A frente emergencial, que visa solucionar os problemas habitacionais gerado por

grandes catástrofes e por habitações irregulares e em áreas de risco.

- Caso auto-aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a

norma atual vigente e o novo plano.

R. Não é auto-aplicável e não prevê prazo de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

R. Não há este tipo de identificação.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

R. Não há definições para a sua revisão futura.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

R. Não está definido.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

R. Os procedimentos não estão definidos.

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- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos

critérios de isenção.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar para onde vão os recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em

questão.

R. O Plano prevê lei específica para as Áreas Especiais que “deverão estabelecer

diretrizes para a compatibilizarão entre as diferentes classes de zonas especiais, na

hipótese de sobreposição das mesmas”.

- Identificar se estão definidos prazos.

R. O prazo é de no máximo seis anos.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

R. Não há este tipo de definição.

e. Operação Urbana

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados

ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

R. Sua forma de aplicação está prevista no Titulo IV sobre os Instrumentos da Política

Pública e sua aplicação específica referente às zonas onde é aplicável, de acordo com

parecer técnico do Fórum da Cidade estabelecido pelo Plano Diretor.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à

legislação complementar específica ou se é auto-aplicável através do próprio plano.

R. A forma de aplicação está especificada a partir dos artigos do Estatuto da Cidade

32,33, 34, reproduzindo o parágrafo 1º do Estatuto da Cidade. Além de não se remeter a

lei especifica, não pode ser considerado auto-aplicável.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua

edição/regulamentação e qual é este prazo.

R. Não há definição ou menção de lei específica e prazos.

- Se é auto-aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se

esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

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R. Não pode ser considerado auto-aplicável, pois o Estatuto da Cidade estabelece que a

lei específica deva ser baseada no Plano e o mesmo não faz referência alguma, mas

estabelece as zonas a ser aplicado o instrumento: ZOP e ZOS.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

objetivo/estratégia do plano ou o seu macrozoneamento. Qual?

R. Está vinculada ao macrozoneamento, pois delimita a zona de aplicação a partir da

ZOP e ZOS, além de estar de acordo com as diretrizes do plano em que reconhece o

direito a um meio ambiente equilibrado seja nos centros urbanos seja no meio rural,

assim como da questão da função social da propriedade.

- Caso auto-aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a

norma atual vigente e o novo plano.

R. Não é auto-aplicável e não prevê prazo de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

R. Não há este tipo de identificação.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

R. Não há definições para a sua revisão futura.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

R. Segundo o artigo 49, o Fórum da Cidade deve emitir parecer para a sua realização.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

R. Os procedimentos não estão definidos.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos

critérios de isenção.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar para onde vão os recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em

questão.

R. O Plano não prevê lei específica para as operações urbanas consorciadas.

- Identificar se estão definidos prazos.

R. Não há este tipo de definição para a lei específica, apenas que a legislação

urbanística seja elaborada ou revisada no prazo de dois anos.

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- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

R. Não há este tipo de definição.

f. Transferência do Direito de Construir:

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados

ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

R. Sua forma de aplicação está prevista no Titulo IV sobre os Instrumentos da Política

Pública, reproduzindo o artigo 35 do Estatuto da Cidade, literalmente, e deixando a

cargo do executivo municipal autorizar a sua utilização.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à

legislação complementar específica ou se é auto-aplicável através do próprio plano.

R. A forma de aplicação está especificada a partir dos artigos do Estatuto da Cidade.

Assim, podemos dizer que não é auto-aplicável.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua

edição/regulamentação e qual é este prazo.

R. Não há prazo definido de forma específica para o instrumento. No entanto, no art.44,

inicial do Título IV sobre os Instrumentos da Política Pública, estabelece que com base

tanto nos princípios como nas diretrizes do Plano, a legislação urbanística e ambiental

terá o prazo de dois anos para revisão e/ou elaboração.

- Se é auto-aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se

esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

R. Não é auto-aplicável e não define perímetro para tal.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

objetivo/estratégia do plano ou o seu macrozoneamento. Qual?

R. Está vinculada aos princípios da função social da propriedade explicita nos

princípios do Plano.

- Caso auto-aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a

norma atual vigente e o novo plano.

R. Não é auto-aplicável e não prevê prazo de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

R. Não há este tipo de identificação.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

R. Não há definições para a sua revisão futura.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

R. Afirma que o Executivo Municipal poderá autorizar a transferência do direito de

construir.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

R. Os procedimentos não estão definidos.

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- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos

critérios de isenção.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar para onde vão os recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em

questão.

R. O Plano apenas prevê lei específica para o instrumento, assim como descrito no

Estatuto da Cidade.

- Identificar se estão definidos prazos.

R. Não há este tipo de definição para a lei específica, apenas que a legislação

urbanística seja elaborada ou revisada no prazo de dois anos.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

R. Não há este tipo de definição.

g. EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança: apenas define que a Lei de EIV deve

ser revisada e/ou elaborada, conforme art.44.

h. Concessão de uso especial para moradia: o Plano não menciona o instrumento.

i. Direito de superfície: o Plano não menciona o instrumento.

j. Direito de preempção

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados

ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

R. Sua forma de aplicação está prevista no Titulo IV sobre os Instrumentos da Política

Pública, afirmando que poderá ser aplicado em qualquer localidade do município.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à

legislação complementar específica ou se é auto-aplicável através do próprio plano.

R. A forma de aplicação está especificada a partir dos artigos do Estatuto da Cidade.

Assim, podemos dizer que não é auto-aplicável.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua

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edição/regulamentação e qual é este prazo.

R. Não há prazo definido de forma específica para o instrumento, apenas que a lei

deverá ser objeto de discussão prévia com participação segundo o especificado pelo

Plano, ou seja, pelo Fórum da Cidade.

- Se é auto-aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se

esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

R. Não é auto-aplicável e não define perímetro para tal pois é aplicável em todo

território do município.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

objetivo/estratégia do plano ou o seu macrozoneamento. Qual?

R. Está vinculada aos princípios da função social da propriedade explícita nos

princípios do Plano. E entre as metas da Política de Habitação e de Regularização

Fundiária consta o direito de preempção como instrumento a ser aplicado em imóveis

que forem destinados ou apontados como essenciais para a implantação de habitação

popular ou de conjunto habitacional.

- Caso auto-aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a

norma atual vigente e o novo plano.

R. Não é auto-aplicável e não prevê prazo de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

R. Não há este tipo de identificação.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

R. Não há definições para a sua revisão futura.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

R. Afirma que o Executivo Municipal poderá exercer o direito de preempção.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

R. Os procedimentos não estão definidos.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos

critérios de isenção.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar para onde vão os recursos.

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

R. Não há este tipo de definição.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

R. Não há este tipo de definição.

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23

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em

questão.

R. O Plano apenas prevê lei específica para o instrumento, assim como descrito no

Estatuto da Cidade.

- Identificar se estão definidos prazos.

R. Não há este tipo de definição para a lei específica, apenas que a legislação

urbanística seja elaborada ou revisada no prazo de dois anos nos termos do art.44.

- No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que

estaria sujeito ao EIV.

R. Não há este tipo de definição.

Como se aplica

Onde se aplica

Quando se aplica

Edificação/Parcelamento

Compulsórios

IPTU progressivo no

tempo

A forma de aplicação está

especificada a partir dos

artigos do Estatuto da

Cidade 5º, 6º, 7º e 8º, e

especifica parâmetros de

coeficientes de

aproveitamento para solos

urbanos não edificados e

subutilizados, mas as

condições e critérios para

a sua aplicação deverá ser

definida em lei especifica.

Aplicado na Zona

de Ocupação

Prioritária - ZOP.

Não há prazo definido

de forma específica

para o instrumento.

No entanto, no art.44,

inicial do Título IV

sobre os Instrumentos

da Política Pública,

estabelece que com

base tanto nos

princípios como nas

diretrizes do Plano, a

legislação urbanística

e ambiental terá o

prazo de dois anos

para revisão e/ou

elaboração.

Outorga Onerosa (de

direitos de construção

ou alteração de usos)

A forma de aplicação está

especificada a partir dos

artigos do Estatuto da

Cidade, 28, 29, 30 e 31, e

especifica as condições

gerais para a sua

aplicação, sendo

minimamente

regulamentada a fórmula

de cálculo de cobrança, os

casos de isenção e a

contrapartida do

beneficiário.

Aplicável na Zona

de Ocupação

Prioritária.

Não há prazo definido

de forma específica

para o instrumento.

No entanto, no art.44,

inicial do Título IV

sobre os Instrumentos

da Política Pública,

estabelece que com

base tanto nos

princípios como nas

diretrizes do Plano, a

legislação urbanística

e ambiental terá o

prazo de dois anos

para revisão e/ou

Page 24: REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS ... · Apesar dos números diferenciados do TCE, baseados no IBGE, e da Fundação João Pinheiro não é difícil afirmar

24

elaboração.

Operação Interligada - - -

ZEIS – Zonas de

Especial Interesse Social

A especificação da forma

de aplicação é transferida

a leis municipais

posteriores que o Poder

Executivo encaminhará à

Câmara Municipal.

Como a AEIS

deverá ser definido

em lei específica,

não há definição

dos locais onde se

aplica.

O prazo máximo para

a elaboração, segundo

o Plano, é de seis

anos a partir da

publicação da lei.

Operação Urbana

A forma de aplicação está

especificada a partir dos

artigos do Estatuto da

Cidade 32,33, 34,

reproduzindo o parágrafo

1º do Estatuto da Cidade.

Não há definição ou

menção de lei específica.

Em bairros da

cidade, situados

em Zonas de

Ocupação

Prioritária e Zonas

de Ocupação

Secundária –

ZOPs e ZOSs.

Não há definição ou

menção de prazos.

Transferência do Direito

de Construir

A forma de aplicação está

especificada a partir dos

artigos do Estatuto da

Cidade, sem nenhuma

especificidade para o

município.

Não há este tipo de

definição no

Plano.

Não há prazo definido

de forma específica

para o instrumento.

No entanto, no art.44,

inicial do Título IV

sobre os Instrumentos

da Política Pública,

estabelece que com

base tanto nos

princípios como nas

diretrizes do Plano, a

legislação urbanística

e ambiental terá o

prazo de dois anos

para revisão e/ou

elaboração.

EIV – Estudos de

Impacto de Vizinhança - - -

Concessão de uso

especial para moradia - - -

Direito de superfície - - -

Direito de preempção

A forma de aplicação está

especificada a partir dos

artigos do Estatuto da

Cidade.

Imóveis que forem

destinados ou

apontados como

essenciais para a

implantação de

habitação popular

ou de conjunto

Não há prazo definido

de forma específica

para o instrumento,

apenas que a lei

devera ser objeto de

discussão prévia com

participação segundo

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habitacional. o especificado pelo

Plano, ou seja, pelo

Fórum da Cidade.

C. Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação,

ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade.

I – O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas.

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada

R. Não há esta dimensão no Plano.

2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração das

políticas urbanas.

R. Não há esta dimensão no Plano.

3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos

relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

R. As políticas setoriais de modo geral não apresentam contradições. Inclusive, elas se

complementam no sentido de garantir e sustentar o objetivo dessa lei já explicitada no

item A5 do roteiro. A dicotomia mais explícita, que poderia ser apontada, é a falta de

clareza e separação clara do que é política de meio ambiente e saneamento. Este ultima,

de modo equivocado, se encontra juntamente com a temática, OBRAS. Com relação aos

instrumentos previstos no estatuto citados no plano referente ao zoneamento e as

aspectos da regularização fundiária se mostram coerentes, no entanto a análise fica

manca devido à ausência das leis especificas que deveriam delimitar as políticas

urbanas do município com maior precisão, segundo o próprio Plano.

II – O Plano Diretor e a Política de Habitação.

1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com

ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional.

Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a

elaboração de cadastros de moradias precárias.

R. Por não ter tido acesso aos anexos, não é possível responder esta pergunta.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

R. As diretrizes conforme o artigo 19 estabelece a aplicação de instrumentos de

regularização como o usucapião além de construção de habitação em bairros que

podemos entender que possui alto índice de déficit habitacional – já que não temos o

diagnóstico em mãos. A saber: “I - Ênfase na Habitação Popular; II - Regularização

fundiária em todo o território municipal; III - Reforma agrária; IV - Usucapião

urbano; V - Criação de um Departamento de Engenharia e Arquitetura Pública ligada

a Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação, com os objetivos de

disponibilizar os serviços técnicos necessários para melhoria das habitações

insalubres, inadequadas ou com problemas estruturais e de legalização das construções

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irregulares; VI - construção de casas populares nos distritos de Rosal, Calheiros,

Carabuçu, Barra do Pirapetinga e Usina Santa Maria”.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual

estabelecimento de metas concretas.

R. São definidas metas, de acordo com o Parágrafo único do Capítulo VII que define a

conscientização da importância das leis relacionadas ao ordenamento urbano; a

fiscalização da conduta do setor responsável pelas obras no município; a realização de

estudo para as AEIS; a criação de condições para a aplicação de instrumentos do

Estatuto da Cidade; a definição de áreas para remanejamento de famílias em áreas de

risco; a criação de Código de Obras especifico para habitação de interesse social; e

ações que garantam a permanência do chamado, homem do campo, no meio rural, cuja

deslocação para a cidade tem aumentado o déficit habitacional, segundo o TCE.

4. A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade pela

intervenção regulatória, urbanística e fiscal na dinâmica de uso e ocupação do solo

urbano.

R. Há a sinalização da necessidade de definições, mas não aponta qual tipo de

intervenção. De acordo com o item VI do parágrafo único do capítulo em questão, é

preciso definir e apontar áreas publicas e particulares nas áreas de expansão urbana que

servirão para habitação de interesse social, gerando uma reserva de imóveis para casos

de catástrofes que aumentam o déficit habitacional.

5. A definição de instrumentos específicos visando à produção de moradia popular.

Verificar se o plano define instrumentos específicos, voltados para cooperativas

populares.

R. Entre as diretrizes do capítulo sobre a habitação é posta a necessidade de “VI -

construção de casas populares nos distritos de Rosal, Calheiros, Carabuçu, Barra do

Pirapetinga e Usina Santa Maria”. Os instrumentos enumerados estão voltados à

regulação e ordenação do uso do solo do município no sentido de gerar terras para a

produção de moradias, como a criação de ZEIS e aplicação de usucapião especial e o

direito de preempção. Cabe ressaltar, que de acordo com os dados da Fundação João

Pinheiro a oferta de imóveis vazios no município é o dobro do déficit habitacional

estimado em 2000. Cabe destacar a preocupação na adaptabilidade das construções para

os deficientes físicos.

6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de

loteamentos, etc.)

R. Não. Mas aponta que a necessidade de programas de habitação popular e ações de

regularização fundiária de acordo com as premissas da função social da propriedade,

previstas no Estatuto da Cidade.

7. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a

instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias;

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins

de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do

solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga

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onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU

progressivo – e sua relação com a política de habitação definida no plano diretor,

observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o

estabelecimento de prazos.

R. Para cada item da questão:

(i) Há a instituição da AEIS a ser especifica em lei própria no prazo de seis anos (ii) não

há esta demarcação especificada no Plano; (iii) Não há parâmetros de parcelamento para

habitação de interesse social; (iv) A outorga onerosa não está vinculada as AEIS, ou

direcionada para a geração de imóveis para redução do déficit habitacional; (v) Não há

relação direta com o instrumento.

8. O uso de outros instrumentos voltados para a política habitacional tais como

consórcios imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o

Fundo de Habitação, etc.

R. No capítulo VII é mencionada a necessidade de se gerar condições para a aplicação

do usucapião especial e o direito de preempção.

9. O estabelecimento de plano municipal de habitação, a definição de objetivos,

diretrizes e o estabelecimento de prazos.

R. Somente é mencionado sobre a necessidade de elaboração do Programa de

Habitação Popular, sem prazo para tal.

10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de

governo estadual e federal.

R. Sim. Nas disposições gerais do plano sobre os seus princípios.

11. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de

desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas

fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do

Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a

necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

R. Não é especificada esta questão.

12. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA),

como tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser

contemplado nos instrumentos orçamentários PPA, LDO e LOA ou a determinação

de prioridades de investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na

área habitacional, por exemplo.

R. Não. Nas disposições transitórias é posto: “Durante todo o período de vigência deste

Plano Diretor e até que se promova sua revisão, deverá ser explicitada nas Leis de

Diretrizes Orçamentárias, Orçamentos Anuais e Planos Plurianuais rubricas

específicas referentes à implementação das disposições desta lei”.

13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

R. Não são especificados estes critérios.

14. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.

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R. O grau de auto-aplicabilidade é baixo tendo em vista que o plano se prende apenas às

diretrizes, ações prioritárias e metas, não definindo ações especificas e diretivas para a

política habitacional. Não é apontado parâmetros para as AEIS e nem a utilização de

instrumentos para os fins habitacionais para redução das desigualdades locais.

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de

habitação.

R. Não há este tipo de definição especifica.

III- O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do

saneamento ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao

abastecimento de água, à rede de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a

situação social relativa à gestão de recursos hídricos, em especial à drenagem urbana

e seus impactos sobre as áreas sujeitas às enchentes.

R. Por não ter tido acesso aos anexos, não é possível responder esta pergunta.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se

o PD apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Aqui também é

fundamental verificar se na política de uso do solo há definições relativas à

disponibilidade de infra-estrutura de saneamento.

R. O plano apresenta um esforço de pensar a integralidade das políticas sociais, no

entanto, devemos destacar que, dos capítulos referentes ao Titulo II- Das Políticas

Sociais, há dois dos quais podemos dizer referir-se as diretrizes para a política de

saneamento ambiental, a saber: capítulo V – Do Meio Ambiente e capítulo VII – Da

Infra-estrutura Urbana e do Saneamento. As diretrizes são semelhantes em diversos

aspectos. A diferença está na especificação que o capítulo V faz. Pode parecer que os

respectivos capítulos estão integrados, mas na verdade a questão do meio ambiente

acaba tratando de questões referentes ao saneamento sem uma integração clara, uma vez

que, em todo Plano, são apresentadas diretrizes e ações prioritárias a serem

desenvolvidas e especificadas (o que pode confundir as respectivas diretrizes).

Segue as diretrizes do capítulo VII:

I – Elaborar uma política municipal de resíduos sólidos;

II – Garantir a limpeza dos espaços públicos;

III – Estabelecer sistema de drenagem das ruas e dragagens que evite as inundações;

IV – Garantir o sistema de esgotamento sanitário e de tratamento em todo o território

municipal;

V – Garantir a qualidade dos recursos hídricos;

VI - Separar completamente o sistema de coleta de águas pluviais do sistema de esgoto;

VII – Apoiar as políticas federais, estaduais e regionais de recuperação de mananciais

e microbacias.

Quanto à questão da própria integralidade, há pontos positivos em relação ao artigo 3º

sobre função social da propriedade. Refere-se a distribuição de usos e intensidades de

ocupação “de modo a evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos”.

Além disso, no titulo II- Do Zoneamento Territorial, dentre as diretrizes, podemos

destacar:

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III. Ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar:

b. A proximidade ou conflitos entre usos e atividades incompatíveis ou inconvenientes;

c. Uso ou aproveitamento excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura

urbana;

e. A deterioração das áreas urbanizadas e dotadas de infra-estrutura;

g. A poluição e a degradação ambiental.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual

estabelecimento de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição

sobre a titularidade municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão

dos serviços, se traz alguma indicação de privatização dos mesmos, ou ainda se traz

alguma informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços.

R. O plano define ações prioritárias tanto para a política de meio ambiente quanto para

infra-estrutura e saneamento sobre a questão. Dentro do que o plano se propõe1, as

ações prioritárias apresentam-se bastante objetivas, com destaque a preservação do rio

Itabapoana, regulação das usinas hidrelétricas e suas respectivas contrapartidas (sistema

de tratamento de esgoto e de captação de águas a serem operados pelo Município,

preservação das nascentes, reflorestamento de matas ciliares), regulação sobre os

resíduos sólidos produzidos pela população (verificação e correção de ETEs e das

fossas sépticas).

O plano apresenta algumas definições sobre os serviços de saneamento tanto sobre a

revisão e a criação de normas para concessão da CEDAE, como das responsabilidades

da prefeitura da SAAE e da própria CEDAE. No artigo 16, o plano refere-se “IX-

Revisão e normatização da concessão dos serviços da CEDAE”; e no artigo 22: “VI -

Discriminar, disciplinar e definir claramente os deveres e obrigações tanto da CEDAE

(Companhia Estadual de Água e Esgoto), SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto)

e da Prefeitura no que se refere ao tratamento de efluentes, construção e manutenção

de sistema de coleta de esgoto e de águas pluviais e cobranças de taxas e serviços; VII -

Elaborar um estudo de viabilidade técnico econômico do SAAE visto sua arrecadação

não cobrir suas despesas.”

4. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos

serviços de saneamento ambiental.

R. Podemos destacar os seguintes artigos sobre a questão que delineiam a temática da

universalização: i) “art 2º, V- Inclusão social, compreendida esta como garantia de

acesso a bens, serviços e políticas sociais a todos os munícipes; VIII - Função social da

cidade, correspondendo ao direito à cidade para todos, o que compreende os direitos a

terra urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura e serviços

públicos, ao transporte coletivo, ao ambiente ecologicamente equilibrado para as

presentes e futuras gerações (...)”. No entanto, não se define instrumentos para tal.

5. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a

instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias;

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins

1 Indicar diretrizes e ações prioritárias dentro das possibilidades administrativas, isto porque o

plano em alguns casos sinaliza a necessidade de uma ação, mas que ainda necessita de avaliação e

estudos.

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de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do

solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga

onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU

progressivo – e sua relação com a política de saneamento ambiental definida no

plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus

objetivos e o estabelecimento de prazos.

R. É colocado como ação prioritária elaborar a política municipal de resíduos sólidos.

São definidas zonas, a saber:

Art. 41 - A Zona Prioritária para a Proteção Ambiental corresponde:

I - A faixa determinada pela legislação Federal nas margens do Rio Itabapoana, e seus

afluentes, onde não serão parcelados os terrenos.

II – Áreas de Estudo para instalação de Unidades de conservação;

III – Cachoeiras;

IV – Outras áreas de preservação permanente, como topos de morro, nascentes,

mananciais, olhos d’água, microbacias e fragmentos de florestas.

II. Áreas Especiais de Interesse Ambiental - AEIA;

Além de colocar que:

Art. 42 - Não serão permitidos parcelamento do solo:

a – em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências

para assegurar o escoamento das águas;

b – em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem

que seja previamente saneado;

c – em terreno com declividade superior a 30%;

d – em área de preservação permanente, assim definidas por lei;

e – em terrenos cujas condições sanitárias constituam prejuízo para saúde humana.

Não há demarcação de áreas com infraestrutura e nem mapas detalhados sobre a

questão, mas define alguns parâmetros proibitivos que de certa forma controla e ordena

a ocupação no sentido também de minimizar riscos ambientais e de inundações. Além

disso, há uma preocupação também de controle a partir da bacia.

Quanto aos instrumentos, apenas menciona sobre o direito de construir a fim de garantir

o direito à cidade à população de baixa renda, os outros instrumentos não mencionam

direta e/ou indiretamente sobre a questão da urbanização. Com relação aos objetivos e

prazos para a aplicação dos instrumentos é mencionada a necessidade de elaboração de

lei específica. Cabe ressaltar que os critérios da utilização desses instrumentos é posto

como de responsabilidade do Fórum da Cidade.

6. A utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento

ambiental, tais como direito de preempção sobre áreas destinadas a implementação

de estação de tratamento de efluentes; transferência de direito de construir sobre

perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infraestrutura de

saneamento, etc.

R. Não há este tipo de indicativo de utilização de instrumentos do Estatuto da Cidade

voltadas às ações em saneamento. No entanto, há um único artigo que menciona

diretamente sobre a questão de obras relacionadas ao saneamento:

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Art. 50 - O Executivo Municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano,

público ou privado, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o

direito de construir previsto neste Plano Diretor ou em legislação decorrente, quando o

referido imóvel for considerado necessário para fins de:

III- Servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por

população de baixa renda e habitação de interesse social.

7. O estabelecimento de plano municipal de saneamento ambiental, a definição de

objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

R. É mencionada como diretriz a elaboração de política municipal de resíduos sólidos,

sem fazer outro apontamento relacionado à idéia de saneamento ambiental integrado a

partir da elaboração de um plano.

8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de

governo estaduais e federal.

R. Dentre os princípios do plano, no parágrafo sobre a função social da cidade é

mencionado: “buscar um modelo de desenvolvimento mais equânime e mais justo,

assim como a integração das políticas locais com a dos demais municípios vizinhos e

com o planejamento estadual e federal; territorial; regional e por bacia hidrográfica.”

E dentre as diretrizes do capítulo referente ao saneamento: “VII – Apoiar as políticas

federais, estaduais e regionais de recuperação de mananciais e microbacias.”

Ou seja, o plano faz um exercício de pensar o saneamento ambiental articulado aos

níveis estaduais e federais a partir da perspectiva dos recursos hídricos. E não apenas da

visão do saneamento básico que parte da idéia dos serviços de esgotamento sanitário,

abastecimento de água, limpeza urbana e manejos dos resíduos sólidos, drenagem e

manejos das águas pluviais.

9. A instituição de fundo específico de saneamento ambiental, ou de fundo de

desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado ao saneamento

ambiental), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação

dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do

Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

R. Não é especificado um fundo de saneamento ambiental e nem de desenvolvimento

urbano. O único fundo mencionado é o Fundo Municipal de Desenvolvimento

Econômico a cargo do Comitê de Fomento Empresarial. No entanto, cabe ressaltar os

seguintes aspectos do Capítulo IX – Do Crescimento Sócio-Econômico Sustentável:

“Art. 25 - São diretrizes para a política de Crescimento Sócio-Econômico Sustentável:

I - Crescimento sustentável para as áreas rurais e urbanas;

II – Elaboração do zoneamento ecológico-econômico para todo o território do

Município;

III – Consulta popular para a instalação de empreendimentos que apresentem impacto

social e/ou ambiental;

IV – Minimização de impactos ambientais causados por grandes projetos, em especial

as hidrelétricas, com Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta firmado,

visando a recuperação à pesca na região.

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32

V – Realização de Estudos de Impacto de Vizinhança, de modo a fiscalizar efetivamente

as construções de grande impacto social, ambiental e econômico implantadas no

Município.

VI – Realização de Estudos de Impacto Ambiental de todos os grandes

empreendimentos e loteamentos a se instalarem no Município;

VII – Aprimoramento da política de arrecadação tributária.”

Cabe destacar que este capítulo apresenta uma forte preocupação com relação ao meio

ambiente que certamente tem impactos no saneamento ambiental do município. Ao que

parece, a intenção é de preservação para exploração econômica.

10. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA),

como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e

investimentos concretos na área de saneamento ambiental, por exemplo.

R. O plano sobre as disposições finais e transitórias deixa claro que o Plano Plurianual,

a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei de Orçamento Anual deverão elaborados em

conformidade com os dispositivos de lei. E que no período de vigência do Plano Diretor

e até que se promova sua revisão, deverá ser explicitada nas Leis de Diretrizes

Orçamentárias, Orçamentos Anuais e Planos Plurianuais rubricas específicas referentes

à implementação das disposições da lei.

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

R. Não há especificações de tais critérios.

12. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de

saneamento ambiental.

R. O grau de autoaplicabilidade é baixo, já que não define instrumentos claros que

possam vir a regular a política de saneamento, isto por que o próprio zoneamento é

bastante generalista e não estabelece ações no território com prazos pré-definidos,

apenas apontam diretrizes e ações prioritárias que são especificas, mas não suficientes.

Além de pouca articulação entre a política de saneamento e as outras políticas.

13. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de saneamento

ambiental na expansão urbana.

R. Não este tipo de definição.

14. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de

saneamento ambiental.

R. É colocada a necessidade de implantação do comitê de bacia do Rio Itabapoana, mas

não define instrumentos e mecanismos. No decorrer do texto da lei é mencionada o

Fórum da Cidade como responsável pela aplicabilidade da lei, definindo suas

obrigações administrativas, mas não detalha e muito menos amarra/delimita seu papel

no controle das políticas. Quanto ao capítulo referente ao saneamento somente podemos

destacar sobre o comitê.

IV – O Plano Diretor e a Política de Mobilidade e Transporte.

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1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área da

mobilidade e do transporte, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso as áreas

centrais (trabalho, escola e lazer).

R. Por não ter tido acesso aos anexos, não é possível responder esta pergunta.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de mobilidade e transporte, com ênfase na

inclusão social. Identificar se há a existência de alguma política ou diretrizes relativa

às tarifas.

R. Dentre as diretrizes é apresentada a necessária criação de condições do serviço

publico de transporte a fim de garantir “respeito e tratamento diferenciado às crianças,

idosos e portadores de necessidades especiais. Entre as ações prioritárias, destaque para

o item IV – Adequar às vias públicas aos portadores de necessidades especiais.

3. Deve ser avaliado se as diretrizes e os objetivos de intervenção visam: a) conformar

o sistema de transportes pela definição de modais com funções diferentes; c)

definição do modal prioritário a ser estimulado pelo poder público; c) a existência

de princípios regulatórios; d) a existência de diretrizes para integração de modais; e)

a definição de uma hierarquização do sistema viário.

R. Há definição como diretriz priorizar as bicicletas nas áreas centrais; regularizar o

mobiliário urbano nos passeios, uma vez que o capítulo também trata de acessibilidade;

ordenar e fiscalizar o transporte público, a concessão dos serviços de transporte, das

condições físicas das vias e passeios, visando os idosos e deficientes físicos, assim

como fiscalizar as obras e seus alinhamentos, evidenciando a necessidade de ordenação

das vias da cidade e de intervenção da sua dinâmica modal.

4. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual

estabelecimento de metas concretas.

R. Pode-se ler as ações prioritárias como metas, mas as mesmas não são auto-

aplicáveis, pois são bastante generalistas, indicando melhoria de ruas, pontes e estradas,

a elaboração de plano de transporte e tráfego, assim como adequação aos deficientes

físicos. A única ação mais especifica é a de buscar recursos estaduais para o

asfaltamento da estrada entre a Usina de Sta. Maria e a sede do distrito de Serrinha e

Fazenda Matinha.

5. A definição de instrumentos específicos visando à ampliação da mobilidade da

população e promoção de serviços de transporte público de qualidade (identificando

a existência de política de promoção de ciclovias e transportes não-poluentes e/ou

não-motorizados).

R. Há definições com relação à construção de ciclovias e a previsão de ampliação para

outros distritos, a melhoria das vias (calçadas e pistas) e restrição de circulação de

automóveis na área central. No entanto, não há uma política clara de

ampliação/melhoria dos serviços no sentido de contemplar a questão da mobilidade da

população de uma forma geral. Provavelmente, haveria a necessidade de traçar

diretrizes especificas para cada distrito a partir de critérios diagnosticados durante a

leitura comunitária. Como ainda não tenho os anexos, não há como ter este tipo de

avaliação. A saber, art.23, II- Fiscalização do transporte Publico; IV- Ciclovias

iluminadas, prevendo o crescimento do 9º Distrito, Santa Isabel e Bairro Nova Bom

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Jesus, unindo-o a sede do Município; XII- Melhoria nas vias de acesso para idoso e

deficientes físicos; XIII- Adequar às larguras e níveis dos passeios de modo a atender às

necessidades dos pedestres e cadeirantes; XVI- Restringir, na área central, a veiculação

de automóveis, com o intuito de aumentar a largura das faixas de circulações dos

pedestres e dos ciclistas.

6. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a

instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias;

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins

de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do

solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga

onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU

progressivo – e sua relação com a política de mobilidade e transportes definida no

plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus

objetivos e o estabelecimento de prazos.

R. Este tipo de definição não é especificada no Plano.

7. A utilização de outros instrumentos vinculados à política de transporte/mobilidade,

tais como: operações urbanas consorciadas para viabilizar intervenções no sistema

viário e/ou sistemas de transporte coletivo, transferência de potencial construtivo de

perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infraestrutura, outorga

onerosa de potencial construtivo etc.

R. Este tipo de definição não é especificada no Plano.

8. O estabelecimento de plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário da cidade,

seus objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.

R. É mencionada a necessidade de elaboração de plano de transporte e trafego a fim de

garantir acessibilidade a todo município. No entanto, não são delineadas as diretrizes e

os prazos para tal.

9. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de

governo estaduais e federal. No caso de municípios integrantes de RM, verificar a

existência de propostas referentes à integração do sistema, integração tarifária, etc.

R. A única sinalização a respeito é sobre a necessidade de buscar recursos junto ao

Estado para o asfaltamento de uma estrada que liga a Usina Santa Maria aos distritos de

Serrinha e a Fazenda.

10. A instituição de fundo específico de mobilidade e transportes, ou de fundo de

desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado a área de transporte e

mobilidade), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação

dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do

Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

R. Não há especificação de recursos referente à Fundo direcionado ao transporte, apenas

a sinalização de buscar recursos estaduais para asfaltamento de estrada que interliga

dois distritos de Bom Jesus de Itabapoana.

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11. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA),

como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e

investimentos concretos na área de mobilidade e transportes, por exemplo.

R. Não este tipo de definição.

12. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

R. É explicitado inúmeras vezes de garantir a acessibilidade dos idosos, crianças e

deficientes físicos.

13. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de mobilidade

e transportes.

R. A auto-aplicabilidade é baixa tendo em vista que não define instrumentos, prazos e

objetivos explícitos para as diretrizes e ações prioritárias explicitas no Plano. No

entanto, pode se dizer que há duas vertentes claras: de garantir a qualidade física do

sistema viário e do tráfego na área central e a garantia da qualidade da mobilidade de

ciclistas na cidade.

14. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de transportes públicos

na expansão urbana.

R. Não há este tipo de definição.

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de

transporte e mobilidade.

R. Não há este tipo de definição.

V – O Plano Diretor e a Política de Meio Ambiente.

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do meio

ambiente, com ênfase nas desigualdades sociais relacionadas aos impactos da

degradação do meio ambiente sobre as diferentes áreas da cidade (localização de

depósitos de lixo ou de resíduos tóxicos, disponibilidade de áreas verdes, por

exemplo), na perspectiva da justiça sócio-ambiental.

R. Por não ter tido acesso aos anexos, não é possível responder esta pergunta.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de meio ambiente. Verificar

particularmente se existem dispositivos restritivos à moradia de interesse social (por

exemplo, remoções de moradias em áreas de preservação).

R. As diretrizes apontam para a despoluição do Rio Itabapoana, recuperação das

encostas, das áreas degradadas, ações sistemáticas com relação aos resíduos sólidos e

mudança nas formas de captação de água. Não há nenhum tipo de vinculação com a

questão habitacional. A saber: “I - Despoluição do Rio Itabapoana e seus afluentes; II -

Arborização nas áreas de encostas da cidade; III – Recuperação das matas ciliares, em

especial a vegetação na margem do Rio Itabapoana e afluentes; IV – Criar projeto de

reflorestamento de áreas degradadas, em especial o reflorestamento nas áreas de

nascentes e córregos; V – Política de conservação das cachoeiras da região alta; VI –

Proteção das áreas de preservação permanente; VII – Planejamento das áreas de

descarte de resíduos sólidos; VIII - Mudança de captação d’água acima da área

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urbana da cidade; IX - Criação da Unidade de controle de Zoonoses (UCZ); X -

Criação do Serviço de inspeção municipal (SIM)”.

Contudo, no capítulo sobre habitação sobre a questão da necessidade de apontamentos

de áreas públicas, destinadas à habitação é posto que: “suprir o déficit habitacional

gerado pelo remanejamento de famílias carentes que ocupam habitações que não

podem ser regularizadas por se encontrarem em áreas de risco, ou em área de

preservação permanente, ou serem insalubres ou inadequadas para a habitação”.

Assim, o referido capítulo apresenta a restrição imposta às ocupações em áreas de

preservação e risco ambiental, devendo com isso a lei de uso e ocupação de solo e o

zoneamento da cidade considerar este fator.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual

estabelecimento de metas concretas.

R. Apenas ações prioritárias cujo grau de concretude é baixo uma vez que apresenta

indicações a serem definidas, como elaboração de estudo de impacto ambiental,

implementação de zoneamento e de política de resíduos sólidos, mas não há nem

objetivos, nem ações concretas que amarrem o poder municipal a realizar o que está no

plano. A saber:

I - Definir e implantar o zoneamento ecológico-econômico em todo o Município;

II - Exigir Estudos de Impacto Ambiental para o licenciamento de projetos que possam

acarretar impacto ao meio ambiente, em especial usinas hidrelétricas e de álcool;

III - Implementar a relocação dos matadouros no Município;

IV - Elaborar política municipal de resíduos sólidos;

V - Criar parcerias que permitam implementar o Parque Interestadual Cachoeira da

Fumaça e Cachoeira do Inferno e a Unidade de Conservação do Município de Bom

Jesus do Itabapoana, situado ao lado da Hidroelétrica de Rosal;

VI - Regular, fiscalizar e compatibilizar a captação de água na época das secas e o

funcionamento das Usinas Hidrelétricas, implantadas e em implantação;

VII - Divulgar a análise das águas fornecidas pela CEDAE, SAAE ou qualquer outra

empresa que venha atuar no Município de modo mais adequado e transparente,

incluindo análise por contaminação por produtos químicos nocivos;

VIII - Educação ambiental, em especial conscientização quanto à importância da

proteção das nascentes, córregos, olhos d’água, mananciais e microbacias;

IX - Revisão e normatização da concessão dos serviços da CEDAE;

X – Implementar e apoiar a realização fóruns e congressos na área ambiental.

XI – Construção de nova usina de reciclagem de lixo, em local apropriado e distante de

centros urbanos e que possa absorver o lixo de todos os distritos e da sede do

Município;

XII – plantio de árvores frutíferas nas rodovias de todo o território do Município.

4. A definição de instrumentos específicos visando a sustentabilidade ambiental

(zoneamento ambiental e instrumentos jurídicos e fiscais). Verificar se o plano tem

definições – e quais – e relativas aos seguintes pontos:

(i) Delimitação de Áreas de restrição ambiental.

R. Não há delimitação deste tipo de área.

(ii) Delimitação de Áreas de utilização e conservação dos recursos naturais.

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R. Como há uma preocupação em dois capítulos do plano com relação ao Rio

Itabapoana e as nascentes, podemos especular que o mapa de setores pode vir a

delimitar estas áreas, inclusive o âmbito da área especial de interesse ambiental.

(iii) Delimitação de Áreas de preservação permanente em função de situações críticas

existentes.

R. Não há delimitação de áreas com tais característica, ou seja, em função de situações

críticas. Porém, tanto a questão do parcelamento do solo quanto diretrizes da política de

meio ambiente, aponta a proteção de áreas de preservação permanente. A zona criada

no plano é a ZPPA – Zona Prioritária de Proteção Ambiental.

(iv) Delimitação de Áreas a serem revitalizadas.

R. Não.

(v) Delimitação de Áreas a serem recuperadas ambientalmente.

R. Consta no zoneamento territorial uma zona chamada de Zona Prioritária de Proteção

Ambiental e entre os itens dos artigo 36 há uma diretriz que aponta no sentido da

recuperação ambiental, mas não consta uma zona específica; a saber: II. Integração e

complementaridade entre a destinação da porção urbanizada do território e as Áreas

Naturais Protegidas e as de Recuperação Ambiental.

(vi) Delimitação de unidades de conservação.

R. Sim, mas não há material para responder esta questão. Porém, consta a delimitação

da Zona de Proteção Ambiental que consiste na faixa determinada pela legislação

Federal nas margens do Rio Itabapoana, e seus afluentes, onde não serão parcelados os

terrenos. II – Áreas de Estudo para instalação de Unidades de conservação; III –

Cachoeiras; IV – Outras áreas de preservação permanente, como topos de morro,

nascentes, mananciais, olhos d’água, microbacias e fragmentos de florestas.

(vii) Delimitação de zonas de transição entre as Áreas a serem preservadas, conservadas

e ocupadas.

R. Ainda não há material para responder esta questão.

(viii) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção da Fauna e Flora.

Não.

(ix) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção de Recursos Hídricos.

R. Ainda não há material para responder esta questão.

5. A compatibilizarão do planejamento territorial com o diagnóstico ambiental, através

das seguintes definições:

(i) Delimitação de Áreas de Risco de Inundação.

(ii) Delimitação de Áreas de Risco Geológico.

(iii) Mapeamento da geomorfologia dos solos e aptidões.

(iv) Mapeamento de declividades.

(v) Delimitação de Áreas com restrição de impermeabilização dos solos.

(vi) Delimitação de Áreas de ocupação e de expansão urbana, considerando as

condições dos ecossistemas locais e a capacidade de suporte da infra-estrutura.

(vii) Delimitação de Áreas de risco à ocupação humana.

(viii) Delimitação de Áreas de atividades agrícolas.

(ix) Delimitação de Áreas de atividades de exploração.

(x) Localização preferencial de comércio, indústria e serviços.

(xi) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades econômicas

geradoras de impacto nos ecossistemas locais.

(xii) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades de infra-estrutura

urbana geradoras de impacto nos ecossistemas locais

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R. Por não ter tido acesso aos anexos, não é possível responder esta questão.

6. O estabelecimento de plano municipal de meio ambiente, seus objetivos, suas

diretrizes e o estabelecimento de prazos.

R. Não.

7. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de

governo estaduais e federal.

R. No capítulo sobre saneamento e obras, entre as diretrizes, há o seguinte item que

sinaliza alguma integração com relação aos recursos hídricos da região: VII- Apoiar as

políticas federais, estaduais e regionais de recuperação de mananciais e microbacias.

8. A instituição de fundo específico de meio ambiente e suas fontes de recursos,

observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere

o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação

específica; (v) prazos estabelecidos.

R. Não.

9. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA),

como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e

investimentos concretos na área ambiental, por exemplo.

R. Não.

10. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

R. Não.

11. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de meio

ambiente.

R. Acredito que o grau pode ser melhor definido quanto aos instrumentos de

zoneamento das áreas especiais e zonas de proteção, conservações e recuperação

ambiental definido em capítulo específico.

A saber:

Art. 44 – VI- Código de Meio Ambiente.

Art. 43- II. Áreas Especiais de Interesse Ambiental - AEIA; IV. Áreas Especiais de

Interesse do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico – AEIPH.

Art. 41 - A Zona Prioritária para a Proteção Ambiental (...).

12. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de meio

ambiente.

R. Não.

D – Sistema de Gestão e Participação Democrática

1. A existência de previsão de audiências públicas obrigatórias. Se sim, em que casos?

R. Não como obrigatório mas sim como evento formal de consulta a comunidade sobre

temas de seu interesse, referentes ao Plano Diretor, e quando o Fórum das Cidade

desejar debater assuntos de interesse da população, especialmente os decorrentes da

implantação do Plano.

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2. As definições relativas às consultas públicas (plebiscito; referendo popular ou

outras)

R. Não.

3. As definições relativas às Conferências (identificar quais) e sua periodicidade.

R. Somente quanto à conferência nacional, a saber: “O Fórum da Cidade de Bom Jesus

do Itabapoana terá sua composição estabelecida em lei especial, no prazo máximo de

120 dias, tomando como referência o que a Conferência Nacional das Cidades

preceituar sobre o tema.” Ou seja, apenas há referência para dizer que a composição do

Fórum da Cidade deve seguir ao das conferências.

4. A instituição de Conselho das Cidades e outros Conselhos ligados à política urbana

(Conselho Gestor do Fundo de Habitação de Interesse Social, Conselho de

Transporte, Conselho de Saneamento, de Desenvolvimento Urbano, etc.) e se

existem conexões ou mecanismos de articulação entre estes.

R. O Fórum da Cidade é a instancia de garantia da efetividade do plano, no entanto sua

atuação não é detalhada e nem é sinalizada a necessária articulação entre o debate das

políticas urbanas. Os únicos conselhos específicos mencionados na lei, mas que não tem

referência à política urbana são: o Conselho Municipal de Esporte e Lazer e os

Conselhos Municipais de Educação e Assistência Social.

5. Identificar para cada Conselho:

a) Composição por Segmento (identificar os seguintes segmentos: (i) governo, (ii)

empresários, (iii) trabalhadores e entidades de ensino e pesquisa, (iv) movimento

popular, (v) ONGs, (vi) outros – especificar, (vii) total. Anotar o número de

representantes por segmento e o percentual sobre o total de conselheiros(as).

Observação: Estão sendo considerados os mesmos segmentos que orientam a

composição do Conselho Nacional das Cidades

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

b) Composição do poder público e sociedade

Tabela – Composição poder público e sociedade

Município Composição (Poder Público

e Sociedade Civil)

Segmentos sociais

representados

Participação do

Movimento

Popular (%)

Observações: (i) Composição: anotar a composição percentual entre o poder público e a

sociedade; (ii) Segmentos sociais representados: levar em consideração dos seguintes

segmentos: poder público federal; poder público estadual; poder público municipal;

movimentos populares; entidades da área empresarial; entidades dos trabalhadores;

entidades da área profissional, acadêmica e de pesquisa; organizações não-

governamentais; (iii) Participação do movimento popular: indicar o peso relativo (%) do

segmento do movimento popular na composição total do Conselho das Cidades.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

c) Caráter (consultivo ou deliberativo ou ambos)

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R. Fórum da Cidade de Bom Jesus do Itabapoana, como colegiado consultivo,

propositivo e deliberativo, ou seja, conforme o parágrafo 4, seus membros são

considerados conselheiros do sistema municipal de planejamento.

d) Atribuições (verificar se está prevista como uma das atribuições a iniciativa de

revisão dos planos diretores)

R. As atribuições estão vinculadas ao controle do Plano e a garantia de sua aplicação, a

saber: “I - Exercer o controle social sobre os encaminhamentos para implementação do

Plano Diretor Participativo;

II - Discutir os projetos decorrentes do Plano Diretor Participativo;

III - Debater as propostas dos projetos de leis decorrentes do Plano Diretor

Participativo para envio à Câmara Municipal;

IV - Convocar audiências públicas para debates de assuntos de interesse da população,

especialmente os decorrentes da implantação do Plano Diretor Participativo;

I. Deliberar sobre alteração do uso do solo urbano, nos termos deste Plano Diretor

Participativo.”

Além disso, o Fórum deverá promover eventos de avaliação dos resultados da aplicação

do plano, publicizando os resultados.

Cabe ressaltar: Art. 5º - No sentido de garantir a efetividade do presente Plano Diretor

Participativo, todas as ações consideradas prioritárias por esta Lei Complementar

terão o prazo máximo de seis anos para sua implementação.

Não há nenhuma vinculação das atribuições do Fórum à revisão do Plano Diretor.

e) A definição da forma de eleição dos conselheiros.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

f) A definição de critérios de gênero na composição do conselho.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

6. Previsão de participação da população e de entidades representativas dos vários

segmentos da sociedade na formulação, execução e acompanhamento dos planos,

programas e projetos de desenvolvimento urbano.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

7. A definição de criação de Fóruns entre governo e sociedade para debate de políticas

urbanas.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

8. A definição de criação de instâncias de participação social no orçamento público

municipal (definir quais instâncias estão previstas: debates, reuniões periódicas,

audiências, consultas públicas, etc. e se são condição obrigatória para o

encaminhamento das propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentária

e do orçamento anual).

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

9. Verificar no plano diretor a relação que existe entre a definição de obras e

investimentos propostos com a capacidade financeira do município (se existem

definições relativas a essa relação e quais).

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R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

10. A definição de outras instâncias de participação

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

11. Identificar a existência no plano da instituição de sistema de gestão, estrutura,

composição e atribuições de cada órgão; as formas de articulação das ações dos

diferentes órgãos municipais.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

12. Identificar no plano diretor as formas de planejamento e execução das ações; se

existem definições relacionadas às formas regionalizadas e centralizadas de gestão;

Como está previsto a participação da sociedade neste processo?

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

13. Identificar, no plano, as formas de monitoramento das ações no território municipal;

Está previsto a participação da sociedade?

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

14. Identificar, no plano, a referência a existência de cadastros (imobiliário,

multifinalitário, georeferenciados, planta de valores genéricos e as formas de

atualização) e a implementação dos impostos territoriais (IPTU, ITR e ITBI).

Observação: O ITR pode não aparecer porque o plano pode ter sido aprovado antes

do ITR ser passado para o município.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

15. Identificar a previsão no plano, de revisão do código tributário.

R. Não há este tipo de definição no Plano Diretor.

Referência Bibliográfica

TCE-RJ, Secretaria de Planejamento. ESTUDO SOCIOECONOMICO 2007, BOM

JESUS DE ITABAPOANA, Outubro 2007;

SITE OFICIAL DA PREFEITURA DE BOM JESUS DE ITABAPOANA:

http://www.bomjesus.rj.gov.br.