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Rede São Paulo de Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SEESP Ensino Fundamental II e Ensino Médio São Paulo 2011

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  • Rede So Paulo de

    Cursos de Especializao para o quadro do Magistrio da SEESP

    Ensino Fundamental II e Ensino Mdio

    So Paulo

    2011

  • UNESP Universidade Estadual PaulistaPr-Reitoria de Ps-GraduaoRua Quirino de Andrade, 215CEP 01049-010 So Paulo SPTel.: (11) 5627-0561www.unesp.br

    Governo do Estado de So Paulo Secretaria de Estado da EducaoCoordenadoria de Estudos e Normas PedaggicasGabinete da CoordenadoraPraa da Repblica, 53CEP 01045-903 Centro So Paulo SP

  • O Imprio e a construo da unidade

  • sumrio tema ficha

    SumrioVdeo da Semana ...................................................................... 2

    2. O Imprio e a construo da unidade ........................................2

    2.1 A ideologia do Brasil-Colnia ...........................................................3

    2.2 O territrio no Imprio Luso-Americano ........................................4

    2.3 O Imprio Brasileiro: escravismo e fundos territoriais .......................7

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    Vdeo da Semana

    1. O documento original de 1848. Conferir bibliografia.

    2. O Imprio e a construo da unidade

    Um incio de conversa

    Apresentando o texto sobre as Memrias da Balaiada, de autoria de Gonalves de Maga-lhes e publicada originalmente na Revista do Instituto Histrico e Geogrfico, Luiz Felipe de Alencastro sintetiza o problema colocado pela unidade nacional e territorial brasileira. Pa-rodiando o texto de Magalhes, afirma que:

    O balaio de cocos provinciais atado ao cetro carioca sacudiu-se por dcadas, ameaando se esborrachar nas praias do Atlntico, num ribombo parecido com o que ecoava no Pacfico quando implodiam os vice-reinos espanhis. Entretanto, o processo histrico materializado na unidade mantida do vice-reino portugus desaparece nas brumas do passado, como se a questo tivesse sido solucionada de vez em 1822, ou melhor ainda, em 1808. (ALENCASTRO1, 1989, p. 7).

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    Como veremos, o processo histrico mencionado foi em grande parte conduzido pelo im-perativo territorial, fundamento da unidade e da identidade que se pretendia construir. Arti-cular o agregado colonial lusitano em torno de um centro de fora interiorizado foi uma das tarefas cruciais postas aos agentes centralizadores da elite imperial. Transfigurada inmeras vezes, essa tarefa continuaria em pauta para a elite brasileira durante sculos, at que a indus-trializao criasse as condies efetivas para a sua realizao.

    2.1 A ideologia do Brasil-Colnia

    Em muitas das obras voltadas para a divulgao da histria brasileira, o balaio de coco provinciais apresentado como um enigmtico Brasil-Colnia, corpo poltico e territorial relativamente coeso, depositrio do germe do futuro Estado independente. Contudo, esse cor-po poltico e territorial jamais chegou a se constituir. A Amrica portuguesa era fragmentada praticamente em diferentes colnias, cujos contornos territoriais flutuaram em funo das estratgias de administrao adotadas pela metrpole. O gegrafo Andr Roberto Martins considera que o emprego do termo Brasil nesse contexto j induz a erro, pois como se ele existisse desde sempre, cumprindo um papel predestinado (MARTINS, 1991).

    O historiador Luiz Felipe de Alencastro, por sua vez, afirma que no existe continuidade possvel entre o territrio colonial e a histria nacional, j que a colonizao portuguesa no gerou um corpo poltico e territorial articulado, mas estabeleceu um arquiplago lusfono, composto pelos diversos enclaves da Amrica portuguesa (a zona de produo escravista) e pelas feitorias de Angola (a zona de reproduo de escravos). Este arquiplago, segundo ele, se constituiria em um espao aterritorial (ALENCASTRO, 2000). Nesta perspectiva, a desagregao colonial seria um reflexo da bipolaridade social e econmica instituda pela colo-nizao da Amrica Lusitana, j que o pulmo das atividades produtivas ali instaladas eram as feitorias africanas. Os slidos vnculos estabelecidos no eixo do Atlntico Sul formavam a outra face da fragmentao das terras luso-americanas.

    De uma forma ou de outra, o longo processo de formao territorial do Brasil, que soldou o corpo poltico do pas e manteve unido o balaio de cocos provinciais, foi desencadeado a partir de um momento de ruptura, no apenas das relaes com a metrpole, mas tambm dos vnculos seculares que amarravam as possesses lusitanas dos dois lados do Atlntico. Esse

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    processo envolveu um ambicioso projeto poltico, que tinha como horizonte a construo da nao, da sociedade e do territrio brasileiros.

    2.2 O territrio no Imprio Luso-Americano

    Em muitos sentidos, a chegada da Corte portuguesa, ocorrida em 1808, representa um pon-to de inflexo importante em direo ao processo de formao do territrio brasileiro. Neste momento, instaura-se finalmente uma rede de subordinaes, comandada por um centro de foras interiorizado, representado pelo Rio de Janeiro, nova capital de todo o Estado Portu-gus, e no apenas de seus enclaves americanos. Transformada em metrpole interiorizada, a Corte portuguesa instalada no Rio de Janeiro assumia a funo de dominar, controlar e explo-rar o conjunto das possesses existentes no continente.

    Entretanto a unidade nacional e territorial do vice-reino do Brasil no poderia estar garan-tida a priori nesse momento. O territrio real trazia as marcas dos sculos de colonizao, sob a forma de uma complexa trama de interesses regionais forjados em cada um dos enclaves, que se traduziam em conflitos contra a estratgia centralizadora da Corte.

    No plano do territrio, o processo de centralizao envolveu a abertura de caminhos inte-riores, necessrios para iniciar o processo de integrao entre as diversas capitanias. Maria de Lourdes Viana Lyra aponta o esforo realizado neste sentido:

    Empenhava-se o governo em uma prtica que, por trs sculos, havia sido evitada. A abertura de novas estradas ou melhoria das antigas vias de acesso ao Rio de Janeiro e a imediata providncia sobre a comunicao entre o Rio de Janeiro e o Par so exemplos de medidas objetivas na prtica criadora de elos de unio do todo, at ento chamado genericamente Brasil. (LYRA, 1994).

    Essas iniciativas implicaram em obras relativamente custosas tais como a construo de pontes e a abertura de caminhos terrestres margeando os pontos intransitveis dos rios.

    Se o objetivo passa a ser o da integrao, at mesmo a situao geogrfica da capital passa a ser frequentemente questionada. Escrevendo de Londres, no Jornal O Correio Brasiliense, em 1813, Hiplito Jos da Costa j atenta para a inadequao do Rio de Janeiro como capital

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    do futuro imprio do Brasil. Retomando as mitologias medievais acerca do paraso terreno, ele prope que a sede do novo imprio seja deslocada para o interior central, de onde par-tiriam as rotas e caminhos destinados a estruturar o territrio em torno de um mesmo ponto de convergncia:

    O Rio de Janeiro no possui nenhuma das qualidades que se requerem da cidade que se destina a ser a capital do imprio do Brasil; e se os cortesos que para ali foram tivessem assaz patriotismo (...) se iriam estabelecer em um pas do interior central, e imediato cabeceira dos grandes rios, edificariam ali uma nova cidade; comeariam por abrir estradas que se dirigissem a todos os portos do mar e removeriam os obstculos naturais que tm os diferentes rios navegveis, e assim lanariam os fundamentos do mais extenso, ligado, bem defendido e poderoso imprio, que possvel que exista na superfcie do globo no estado atual das naes que o povoam. Este ponto central se acha nas cabeceiras do famoso Rio So Francisco. Em suas vizinhanas esto as vertentes de caudalosos rios, que se dirigem ao Norte, ao Sul, ao Nordeste, ao Sudeste, vastas campinas para a criao de gados, pedras em abundncia para toda a sorte de edifcios, madeira de construo para todo o necessrio, e minas riqussimas de toda a qualidade de metais; em uma palavra, uma situao que se pode comparar com a descrio que temos do paraso terreal (LYRA, 1994, p. 127).

    No incio do sculo XIX, enquanto o territrio real mal comeava a ser conhecido e mapeado, a utopia do poderoso imprio era fortemente assentada em um imaginrio, que ar-ticulava solidamente Norte, Sul, Nordeste e Sudeste em torno de um ponto central, pleno de potencialidades futuras.

    Entretanto, as identidades regionais, herdeiras da colonizao, ainda eram poderosas e ame-aadoras. A insurreio pernambucana de 1817, por exemplo alm de mostrar que o canto de sereia do poderoso imprio luso-brasileiro centrado no Rio de Janeiro no era capaz de seduzir o conjunto das elites regionais, deu origem a uma repblica com bandeira, hinos e leis prprias, sem quaisquer referncia ao Brasil. Na fala dos revoltosos, o Brasil no era mais do que as pro-vncias deste vasto continente, sem quaisquer unidade ou identidade.

    Esta mesma duplicidade iria aparecer aps a vitria da Revoluo Liberal do Porto, em 1820, no contexto da reunio das Cortes de Lisboa, destinadas a traar os novos rumos do imprio.

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    Jos Bonifcio de Andrada e Silva, integrante do grupo de reformistas ilustrados liderado por dom Rodrigo de Souza Coutinho, era em 1821 vice-presidente da junta provisria de So Paulo. O programa que escreveu para os deputados paulistas demonstra sua inteno de modernizar o conjunto do Estado Portugus, mas dedica particular ateno ao plano de inte-grao do territrio luso-americano. Assim, propunha que a funo de capital do imprio fosse revezada entre Lisboa e uma cidade interior, a ser edificada:

    Parece-nos tambm muito til que se levante uma cidade central no interior do Brasil, para assento da corte ou da regncia, que poder ser na latitude pouco mais ou menos de

    15, em stio sadio, ameno, frtil, e regado por um rio navegvel. Deste modo, fica a corte

    ou o a regncia livre de qualquer assalto e surpresa externa; e se chama para as provncias

    centrais o excesso de populao vadia das cidades martimas e mercantis. Desta corte central

    dever-se-o logo abrir estradas para as diversas provncias e portos do mar, para que se

    comuniquem e circulem com toda a prontido as ordens do governo e se favorea por ela o

    comrcio interno do vasto imprio do Brasil. (SILVA, 2003).

    Note-se que as relaes entre a sede do poder e o conjunto do territrio so mais uma vez consideradas determinantes, ainda que ganhem novos contornos: muito longe dos argumentos mitolgicos de Hiplito da Costa, Jos Bonifcio ressalta os vrios significados estratgicos da cidade capital a ser erguida: a defesa, o incentivo a formao de novos ncleos interiorizados de povoamento, e, principalmente, a integrao entre as provncias.

    Mas a integrao no est sequer no horizon-te da maior parte dos deputados provinciais do Norte e Nordeste enviados s Cortes lisboetas: para eles, o importante era garantir a autonomia de suas regies.

    De qualquer maneira, o desenvolvimento dos trabalhos mostrou que no havia como con-ciliar a diversidade de interesses e projetos que se delineavam tanto em Portugal quanto nas provncias luso-americanas - em torno da construo do poderoso imprio luso-brasileiro. O resultado, como se sabe, foi o rompimento.

    Sobre esse tema, consultar:

    Mrcia Regina Berbel, A nao como artefa-to: deputados do Brasil nas Cortes portuguesas (1821-1822), So Paulo, Hucitec/Fapesp, 1999.

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    2.3 O Imprio Brasileiro: escravismo e fundos territoriais

    A partir da Independncia, mais do que nunca, estava em jogo a transformao do agregado colonial em um nico corpo poltico, o imprio brasileiro. O prprio dom Pedro trata de esta-belecer os novos limites do imprio Do Amazonas ao Prata e de afirmar a importncia da unidade e integridade do territrio como fundamento constituinte da nao e da identidade brasileiras.

    Que nos resta pois, brasileiros? Resta-nos unir-nos em interesse, em amor, em esperanas, fazer entrar a augusta Assemblia do Brasil no exerccio de suas funes para que, meneando o leme da razo e da prudncia, haja de evitar os escolhos que nos mares das revolues apresentaram desgraadamente Frana, Espanha e o mesmo Portugal. [...] No se oua pois outro grito que no seja unio. Do Amazonas ao Prata no retumbe outro eco que no seja independncia. Formem todas as provncias o feixe misterioso que nenhuma fora pode quebrar (LYRA, 1994, p. 146)

    No pas real, porm, no era nem poderia ter sido em nome de vnculos nacionais, que ainda no existiam, e muito menos da liberdade braslica, que se formaria entre as elites provinciais os brasileiros do discurso do prncipe o feixe misterioso, que nenhuma fora pode quebrar. Ao contrrio. O imprio se manteria unido exatamente em nome da falta de liberdade de grande parte de seus habitantes: os escravos.

    O escravismo foi a solda que uniu as oligarquias regionais brasileiras. O interesse com-partilhado na manuteno do trabalho cativo e do trfico negreiro era ameaado pela cam-panha internacional britnica contra o comrcio de escravos. O Estado imperial centralizado funcionou como instrumento diplomtico para enfrentar as presses britnicas, conseguindo sustentar o trfico at 1850 e a escravido at 1888. Para a minoria branca de proprietrios, a acomodao das divergncias em torno da figura do imperador nasce como expresso de um pacto social fundamentado na e pela excluso.

    A Assemblia Constituinte de 1823 representou a primeira tentativa de organizao do arcabouo institucional do imprio recm criado. Em que pese a diversidade de seus projetos

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    e perspectivas, pode-se dizer que as elites regionais se uniam na busca do equilbrio entre um poder centralizado - que cuidasse da ordem social interna - e uma ampla autonomia provincial - necessria para a manuteno de suas prerrogativas no plano da economia e da poltica. A maior parte das provncias com exceo de Maranho, Par e Rio Negro e da recm incor-porada Cisplatina - enviou seus representantes para os trabalhos parlamentares.

    Mas um equilbrio nestes termos no interessava a dom Pedro. Ainda em 1823 a Constituinte foi dissolvida e, no ano seguinte, seria outorgada pelo imperador a Carta destinada a reger os destinos do imprio. Nela, a proposta de centralizao se materializa em pontos fundamentais: alm de instituir o poder moderador, a vitaliciedade do senado e o veto imperial, a Carta de 1824 previa que as provncias seriam administradas por um presidente, escolhido pelo governo central, e por um conselho eleito na prpria provncia, mas destitudo de qualquer autonomia efetiva. A partir de ento, o Estado centralizado toma para si a tarefa de direcionar a marcha de apro-priao dos imensos fundos territoriais dispo-nveis, por meio da abertura de novas rotas, da fundao de ncleos de povoamentos e de garantia de defesa das reas em disputa. Assim como o escravismo, tambm a soberania sobre o territrio funcionava como elemento de le-gitimao do Estado Imperial.

    Esse arranjo institucional no evitou contestaes do poder central que, algumas vezes, ge-raram revoltas separatistas. A Confederao do Equador, liderada pela elite pernambucana em 1824 foi um movimento liberal e republicano que eclodiu durante o processo de implantao da monarquia. Depois, no perodo regencial (1831-1840), o enfraquecimento do poder central abriu espao para revoltas populares claramente separatistas. A represso sangrenta Cabana-gem (1835-40), que proclamou a independncia do Par, deixou 30 mil mortos. Na Bahia, a Sabinada (1837-38) tambm declarou a independncia.

    Poder Moderador:

    De acordo com o artigo 98 da constituio de 1824:

    O Poder Moderador a chave de toda a organizao poltica, e delegado privativamente ao Imperador () para que incessantemente vele sobre a manu-teno da Independncia, equilbrio, e harmonia dos demais poderes polticos (...) dissolvendo a Cmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvao do Estado.

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    Porm, o mais duradouro movimento separatista foi conduzido por uma oligarquia regional marginalizada das estruturas de poder do Imprio. A Farroupilha eclodiu no Rio Grande do Sul em 1835 e chegou a formar a repblica de Piratini e, em Santa Catarina, a repblica Ju-liana. Tendo por foco as reas de fronteiras meridionais, entrelaou-se com os conflitos entre oligarquias platinas que sacudiam o Uruguai e a Argentina. O fim dos conflitos ocorreu em 1845, graas a um acordo entre o poder central e a elite gacha.

    Entretanto, a construo da unidade exigiu mais que a represso ao separatismo. Desde o incio, a elite imperial dedicou-se obra de produo de uma simbologia que fundamentas-se a unidade brasileira. Grande parte dessa tarefa coube ao Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro (IHGB), organizado em 1838 e presidido desde 1849 por D. Pedro. Foram os his-toriadores reunidos em torno do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro que produziram uma narrativa da histria colonial, capaz de conferir organicidade e sentido ao passado nacio-nal. Essa narrativa nacional relativamente pobre em figuras hericas, e se apoia fundamen-talmente na grandeza do prprio territrio, desde o incio eleito como um dos smbolos da unidade histrica e poltica do pas. A formao da conscincia nacional tambm esteve no horizonte da literatura romntica brasileira, mesmo em se tratando de um pas de analfabetos. Alis, na constituio da nacionalidade no perodo do imprio que o romantismo brasi-leiro exerce sua maior influncia. Assim como o projeto de construo do Estado, o projeto de nao encabeado pelas elites brasileiras foi tambm pautado pela idia de excluso, o que deve soar no mnimo estranho para teri-cos europeus acostumados a pensar a ideia de nao como o plebiscito dirio de um povo.

    Plebiscito Dirio:

    O pensador francs Ernest Renan, por exemplo, identifica a nao com uma conscincia moral capaz de agregar um grande nmero de homens a partir de ideais e smbolos comuns. A lealdade ao mesmo tempo fim e meio da reunio de homens e ideias que forma uma nao.

    Ver: Ernst Renan, Quest-ce quune nation? in John Hutchinson & Anthony Smith (orgs.), Natio-nalism, Oxford, OUP, 1994.

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    Autora: Regina Celia Correa de Araujo

    Ementa:A funo da Geografia enquanto cincia a de contribuir na compreenso do mundo con-

    temporneo, por meio de uma viso que parte do espao geogrfico. Nessa disciplina, o cursista ser desafiado a aplicar o corpo de conceitos da geografia na anlise do processo de formao territorial do Brasil, bem como a identificar as repercusses desse processo nas dinmicas so-ciais e nos padres espaciais do Brasil contemporneo.

    Ficha da Disciplina:

    Geografia do Brasil: formao territorial e padres espaciais

    http://lattes.cnpq.br/5039818757376272

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    Palavras chaves: Amrica Portuguesa, fundos territoriais, identidade nacional, regio, regionalizao, dom-

    nios morfoclimticos.

    Estrutura da Disciplina

    Geografia do Brasil: formao

    territorial e padres espaciais

    Tema 1 A Amrica Portu-guesa e o Brasil

    1.1. Portugal e os fundos territoriais1.2. A expanso martima1.3. Organizao poltica e administra-tiva das terras do outro lado

    Tema 2 O Imprio e a Cons-truo da Unidade

    2.1. A Ideologia do Brasil-Colnia

    2.2. O territrio no Imprio Luso--Americano2.3. O Imprio Brasileiro: escravismo e fundos territoriais

    Tema 3 A Repblica Fede-rativa do Brasil: fronteiras e limites

    3.1. A gnese das fronteiras brasileiras

    3.2. A faixa de fronteira: isolamento ou integrao?3.3. Poder central e autonomia estadual

    Tema 4 Regio e Regiona-lizao

    4.1. As regies do IBGE4.2. Os Complexos Regionais4.3. A difuso do meio tcnico cientfi-co e regionalizao

    Tema 5 A Natureza na for-mao territorial do Brasil

    5.1. Os Domnios Morfoclimticos

    5.2. Os domnios florestados5.3. Os domnios das formaes herb-ceas e arbustivas

  • Pr-Reitora de Ps-graduaoMarilza Vieira Cunha Rudge

    Equipe CoordenadoraCludio Jos de Frana e Silva

    Rogrio Luiz BuccelliAna Maria da Costa Santos

    Coordenadores dos CursosArte: Rejane Galvo Coutinho (IA/Unesp)

    Filosofia: Lcio Loureno Prado (FFC/Marlia)Geografia: Raul Borges Guimares (FCT/Presidente Prudente)

    Ingls: Mariangela Braga Norte (FFC/Marlia)Qumica: Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira (IQ Araraquara)

    Equipe Tcnica - Sistema de Controle AcadmicoAri Araldo Xavier de Camargo

    Valentim Aparecido ParisRosemar Rosa de Carvalho Brena

    SecretariaMrcio Antnio Teixeira de Carvalho

    NEaD Ncleo de Educao a Distncia(equipe Redefor)

    Klaus Schlnzen Junior Coordenador Geral

    Tecnologia e InfraestruturaPierre Archag Iskenderian

    Coordenador de Grupo

    Andr Lus Rodrigues FerreiraMarcos Roberto Greiner

    Pedro Cssio BissettiRodolfo Mac Kay Martinez Parente

    Produo, veiculao e Gesto de materialElisandra Andr Maranhe

    Joo Castro Barbosa de SouzaLia Tiemi Hiratomi

    Liliam Lungarezi de OliveiraMarcos Leonel de Souza

    Pamela GouveiaRafael Canoletti

    Valter Rodrigues da Silva

    Marcador 1Vdeo da Semana2. O Imprio e a construo da unidade2.1 A ideologia do Brasil-Colnia2.2 O territrio no Imprio Luso-Americano 2.3 O Imprio Brasileiro: escravismo e fundos territoriais

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