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Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
FICHA TÉCNICA
REDE SOCIAL DE ARGANIL Título DIAGNÓSTICO SOCIAL Conselho Local de Acção Social de Arganil Aprovado em 21-12-2010 ENTIDADE PROMOTORA Câmara Municipal de Arganil Praça Simões Dias Apartado 10 3304-954 ARGANIL Tel. 235200150 / 235200144 Fax. 235200158 http: www.cm-arganil.pt E-mail: [email protected] E-Mail: [email protected]
ÍNDICE
Introdução 4
O Diagnóstico Social enquanto componente do Processo de Planeamento:
Âmbito, Natureza e Objectivos....
4
Metodologia e Técnicas utilizadas... 5
Síntese Conclusiva. 8
Cap. I – Enquadramento Territorial do Concelho de Arganil 11
1. Enquadramento Supra-Municipal 11
2. Caracterização Genérica do Concelho de Arganil 13
3. Caracterização Demográfica 14
3.1. População Residente. 14
3.2 Evolução da População.. 15
3.3. Estrutura Etária da População.. 17
3.4. Factores geradores da Dinâmica Demográfica: Crescimento Natural e Saldo
Migratório.
19
3.5. Volume e Características da População nos próximos anos.. 20
3.6. População Imigrante . 21
4. Acessibilidades / Vias de Comunicação e Transportes... 23
5. Caracterização Sócio-Económica 25
5.1. Caracterização dos Agregados Familiares. 25
5.2. Níveis de Ensino da População 26
5.2.1. População Residente segundo o Nível de Instrução. 27
5.3. População segundo o Estado Civil... 27
5.4. Condições Habitacionais e Infra-estruturas Básicas. 28
5.4.1. Alojamentos Clássicos, segundo a forma de Ocupação.. 28
5.4.2. Alojamentos Familiares Ocupados mediante as instalações de Infra-Estruturas
Básicas. 29
5.5. Sectores de Actividade.. 32
5.6. Emprego / Desemprego. 33
5.7. Pensionistas 39
5.8. Nível de Vida / Poder de Compra 41
5.9. Taxa de Actividade, Emprego, Desemprego, Inactividade e Estimativas para Arganil
(2008-2010).
43
6. Educação / Formação .. 43
6.1. Caracterização Genérica dos Recursos Educativos. 44
6.2. Insucesso e Abandono Escolar.... 48
6.3. Cursos de Formação – Via Profissional.. 49
6.4. Oferta Formativa (2010/2011).. 53
7. Juventude – Programas/Projectos ............... 60
7.1. Empregabilidade e Empreendedorismo (População Jovem).. 60
7.2. Projectos Culturais e Artísticos / Cidadania 61
7.3. Actividades Organizadas pelo Município.... 63
7.3.1. Tempos Livres e Cidadania...... 63
8. Saúde... 65
8.1 Serviços de Saúde Privados.. 73
8.2 População Portadora de Deficiência.... 75
8.3. População com Demências... 75
8.4. Toxicodependência.... 76
8.5. Violência Doméstica... 77
9. Equipamentos / Respostas Sociais. 78
9.1. Equipamentos / respostas para a Reabilitação e Integração de Pessoas com
Deficiência 85
10. Ambiente, Lazer e Turismo.... 87
11. Aspectos Diferenciadores do Concelho 89
Cap. II – Pobreza e Exclusão Social, a Dimensão de um Território.................. 91
1. Pobreza e Exclusão Social, Dimensões / Sub-Dimensões de Análise..... 91
2. Plano Nacional de Acção para a Inclusão/PNAI (2008-2010) – Prioridades e
Estratégias...
93
3. O Concelho de Arganil – Medidas de Política Social, Programas e/ou Projectos.. 95
3.1. Rendimento Social de Inserção / RSI..... 95
3.2. Acção Social.... 106
3.3. Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados / PCAAC.... 107
3.4. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Arganil / CPCJ.. 110
3.5. Rede Nacional de Cuidados Continuados / RNCC....... 117
3.6. Progride.... 126
3.7. Projecto Integrado de Intervenção Precoce / PIIP.... 131
3.8. Projecto de Desenvolvimento Integrado de Acção Social de Arganil / PDIAS. 133
ÍNDICE
Cap. III – Identificação dos problemas Concelhios, de acordo com os Eixos de
Intervenção e Áreas Temáticas*************************.
135
Eixo I – Integração Social dos grupos mais vulneráveis à Exclusão Social: Identificação
de Problemas por Áreas Temáticas.
136
Eixo I – Necessidades Prioritárias de intervenção, por Áreas Temáticas. 139
Análise SWOT do Concelho: Eixo I - Integração Social dos grupos mais vulneráveis à
Exclusão Social... 141
Eixo II – Respostas Educativas |Formação | Empregabilidade: Identificação de problemas,
por Áreas Temáticas .
142
Eixo II – Respostas Educativas, Necessidades Prioritárias de intervenção, por Áreas
Temáticas.
144
Análise SWOT do Concelho: Eixo II - Respostas Educativas |Formação | Empregabilidade 145
Eixo III – Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial . 146
Eixo III – Necessidades Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas . 148
Análise SWOT do Concelho: Eixo III - Sistemas de Informação, Desenvolvimento e
Sustentabilidade Territorial
149
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela n.º 1 N.º de Estabelecimentos de Ensino do Concelho �������������... 44
Tabela n.º 2 População Escolar no Ano Lectivo 2008/2009 ���������������. 45
Tabela n.º 3 População Escolar no Ano Lectivo 2009/2010 ���������������. 45
Tabela n.º 4 Apoios proporcionados pela Autarquia aos alunos do Ensino Pré-Escolar e do 1º CEB ���������������������������������
47
Tabela n.º 5 Actividades Extra-Curriculares / n.º de docentes /Anos Lectivos 2008/2009 e 2009/2010 ������������������������������..
47
Tabela n.º 6 Taxas de Retenção e abandono Escolar /Ano Lectivo 2008/2009 ������.. 48
Tabela n.º 7 CEFA – Cursos de Educação e Formação de Adultos ������������ 49
Tabela n.º 8 Cursos de Aprendizagem ������������������������. 49
Tabela n.º 9 Cursos de Educação e Formação de Jovens ���������������� 50
Tabela n.º 10 Cursos de Formação Modelares Certificados ��������������� 50
Tabela n.º 11 Cursos Profissionais – Escola Secundária de Arganil������������.. 51
Tabela n.º 12 Cursos de Educação Formação – CEF – Escola Secundária de Arganil ���� 51
Tabela n.º 13 Cursos Científico – Humanísticos - Escola Secundária de Arganil ������.. 52
Tabela n.º 14 Cursos Tecnológicos - Escola Secundária de Arganil ������������. 52
Tabela n.º 15 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Arganil ����������� 53
Tabela n.º 16 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Arganil ����������� 53
Tabela n.º 17 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Coja�. ����������� 54
Tabela n.º 18 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Coja � ����������� 54
Tabela n.º 19 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil �. �����������.� 55
Tabela n.º 20 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil � �����������..� 55
Tabela n.º 21 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil �. �����������.� 56
Tabela n.º 22 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil � �����������..� 56
Tabela n.º 23 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil � �����������..� 57
Tabela n.º 24 Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil�..................................................................................................................
57
Tabela n.º 25 Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil�..................................................................................................................
58
Tabela n.º 26 Oferta Formativa – IEFP de Arganil �������������������� 58
Tabela n.º 27 Oferta Formativa – EPTOLIVA ����������������������. 59
Tabela n.º 28 Oferta Formativa – EPTOLIVA ����������������������. 59
Tabela n.º 29 Capacidade das Respostas Sociais, por Concelho do PIN����������. 78
Tabela n.º 30 Capacidade de Respostas Sociais do Concelho, por freguesia �������� 79
Tabela n.º 31 Equipamentos de Creches do Concelho, Rede Solidária e Rede Lucrativa ��� 80
Tabela n.º 32 Equipamentos do Centro de Actividades de Tempos Livres ���������.. 80
Tabela n.º 33 Lar de Idosos������������������������������ 81
Tabela n.º 34 Equipamento de Centro de Dia ���������������������� 82
Tabela n.º 35 Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) ������������������ 83
Tabela n.º 36 Centro de Actividades Ocupacionais �������������������.. 84
Tabela n.º 37 Centro de Noite ����������������������������. 84
Tabela n.º 38 Atendimento /Acompanhamento Social ������������������. 84
Tabela n.º 39 Unidade de Cuidados Continuados �������������������� 85
Tabela n.º 40 Quantidade de Bens Atribuídos ao Concelho de Arganil, para distribuição Directa
às famílias, em 2009 ��������������������������..
108
Tabela n.º 41 N.º de Agregados Familiares /Pessoas abrangidas na 1ª fase PCAAC/2009 109
Tabela n.º 42 N.º de Agregados Familiares /Pessoas abrangidas na 2ª fase PCAAC/2009 109
Tabela n.º 43 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por: Ano de Admissão/Tipologia/Grupo Etário/Género �����������������
120
Tabela n.º 44 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Região/Concelho ����.. 121
Tabela n.º 45 Diagnóstico principal dos utentes admitidos em 2009 e 2010 em ambas as tipologias�������������������������������...
123
Tabela n.º 46 Destino e motivo de alta dos utentes de tipologia de Média Duração e Reabilitação������������������������������..
124
Tabela n.º 47 Destino e motivo de alta dos utentes de tipologia dos utentes de Longa Duração e Manutenção ��������������..��������������..
125
Tabela n.º 48 Distribuição total dos utentes saídos do UCCI por tipologia de internamento�� 125
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro n.º 1 População Residente e Variação da População��������������� 14
Quadro n.º 2 Distribuição da População, por freguesia (Censos 2001) ����������... 15
Quadro n.º 3 N.º de Indivíduos Imigrantes registados no Município de Arganil, por freguesia em 2009�������������������������������
22
Quadro n.º 4 População Residente, segundo o nível de instrução������������� 26
Quadro n.º 5 Taxa de Analfabetismo do concelho�������������������� 27
Quadro n.º 6 População Residente Activa�����������������������.. 33
Quadro n.º 7 População Residente Inactiva����������������������... 33
Quadro n.º 8 Evolução do Desemprego Registado, por região, situação no final do ano���. 34
Quadro n.º 9 Evolução do Desemprego Registado, por região, segundo a variação no período de 2007-2009�����������������������������...
34
Quadro n.º 10 Desemprego Registado (Janeiro 2009 a Janeiro 2010)���������.��.. 35
Quadro n.º 11 Desemprego Registado (Janeiro – Novembro 2010) �..��������.��.. 38
Quadro n.º 12 Evolução do desemprego Registado, por Região, segundo a variação no período - Nov. 2009 a Nov. 2010�������������������������
39
Quadro n.º 13 Pensionistas por tipo de pensão e regime (2005 a 2009)����������� 39
Quadro n.º 14 Taxa de Actividade, Emprego, Desemprego e Inactividade, estimativas para Arganil��������������������������������...
43
Quadro n.º 15 Caracterização do Centro de Saúde de Arganil���������������. 65
Quadro n.º 16 Caracterização do equipamento de saúde existente – Extensões de Saúde existentes no Concelho�������������������������..
66
Quadro n.º 17 Internamentos (ano 2009)������������������������.. 68
Quadro n.º 18 Atendimentos efectuados pelo Centro de Saúde de Arganil (2009) ������.. 68
Quadro n.º 20 Ambulatório, SAP e Domicílios – Movimento do CSA (1996 a 2009) �����... 69
Quadro n.º 21 Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas (ano 2003) ��� 72
Quadro n.º 22 Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas (ano 2009) ��� 73
Quadro n.º 23 Consultórios existentes no Concelho �������������������.. 74
Quadro n.º 24 População Residente com Deficiência, segundo o tipo de Deficiência e sexo��. 75
Quadro n.º 25 População com demência registada nas IPSS do Concelho, Julho de 2010��� 75
Quadro n.º 26 Indivíduos indiciados com processo de contra-ordenação por consumo de drogas ilícitas do Concelho de Arganil ����������������������.
76
Quadro n.º 27 N.º de sinalizações – Violência Doméstica�����������������. 77
Quadro n.º 28 Taxa de Beneficiários de RSI (2007/2008/2009) ��������������.. 97
Quadro n.º 29 Distribuição de n.º de Processos Activos e n.º de pessoas abrangidas, por freguesia (1º semestre de 2010)���������������������...
99
Quadro n.º 30 Evolução do n.º de beneficiários, segundo o género ������������... 100
Quadro n.º 31 Agregado familiares por dimensão do agregado ��������������.. 101
Quadro n.º 32 Evolução do n.º de Acordos de Inserção assinados, cessados, e Beneficiários abrangidos�������������������������������
102
Quadro n.º 33 Beneficiários, por sexo e faixa etária, a frequentarem acções de inserção (2007).. 103
Quadro n.º 34 Beneficiários, por sexo e faixa etária, a frequentarem acções de inserção (2008).. 103
Quadro n.º 35 Beneficiários, por sexo e faixa etária, a frequentarem acções de inserção (2009/2010)������������������������������..
104
Quadro n.º 36 Acções contratualizadas, por área de inserção ��������������� 104
Quadro n.º 37 Certificação Escolar dos beneficiários de RSI���������������� 105
Quadro n.º 38 Frequência escolar dos beneficiários de RSI (dados de 2009 efectuados em 2010���������������������������������...
105
Quadro n.º 39 Caracterização Processual por ano (2009) ����������������� 111
Quadro n.º 40 Caracterização de Crianças e Jovens, segundo o Escalão Etário e Género��� 112
Quadro n.º 41 Caracterização Processual, por Apoio Sócio-Educativo�����������.. 112
Quadro n.º 42 Caracterização Processual, segundo Escalão Etário e Frequência Escolar���. 113
Quadro n.º 43 Distribuição Processual, segundo Entidades Sinalizadoras������.��� 113
Quadro n.º 44 Distribuição Processual, por escalão etário e problemática (volume processual global)���������������������������������
114
Quadro n.º 45 Caracterização Processual, segundo a tipologia familiar����������� 114
Quadro n.º 46 Caracterização dos agregados, segundo Sexo e Escalão Etário �������.. 115
Quadro n.º 47 Situação perante a saúde, das responsabilidades pela criança/jovem, segundo o sexo ���������������������������������..
116
Quadro n.º 48 Caracterização dos agregados, segundo Sexo e Escolaridade��������.. 116
Quadro n.º 49 Situação perante o trabalho/rendimentos, dos responsáveis pela criança/jovem, segundo o sexo�����������������������������
117
Quadro n.º 50 Acção n.º II Intervenção Social de emergência em famílias em risco”�����.. 128
Quadro n.º 51 Habitação Degradada Sinalizada (S) e Apoiada (A) por ano e freguesia����.. 129
Quadro n.º 52 Distribuição Etária por género da população beneficiária do GIMADE�����. 130
Quadro n.º 53 Distribuição de beneficiários GIMAIDE, por freguesia������������.. 130
Quadro n.º 54 Distribuição por Idades�������������������������... 132
Quadro n.º 55 Distribuição por problemática ����������������������.. 132
Quadro n.º 56 Distribuição por freguesia ������������������������. 132
Quadro n.º 57 Apoios atribuídos pelo PDIAS, por Rubrica e montante (Ano 2009) ������. 134
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico n.º 1 Evolução da População Residente ��������������������. 16
Gráfico n.º 2 Distribuição da População Residente (2001-2007-2008-2009) – Segundo grupos etários �����������������������������.
17
Gráfico n.º 3 Variação da População Residente (1991-2001-2007-2008-2009) �������. 17
Gráfico n.º 4 Índice de Envelhecimento – Concelho de Arganil��������������. 19
Gráfico n.º 5 Evolução da População Residente e Projecção da População para 2015 ���.. 20
Gráfico n.º 6 População Residente no Concelho de Arganil por Nacionalidade e Sexo ��� 21
Gráfico n.º 7 Famílias Clássicas, segundo o Tipo de Família ��������������� 25
Gráfico n.º 8 População Residente (2001), segundo o Estado Civil e Sexo 27
Gráfico n.º 9 Alojamentos Clássicos, Ocupados como Residência Habitual, Divisões famílias, Pessoas Residentes e Indicadores de ocupação�������������...
28
Gráfico n.º 10 Alojamentos clássicos concelhios, segundo o n.º de famílias���������. 29
Gráfico n.º 11 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Banho ou Duche���������������������������������
30
Gráfico n.º 12 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Água Canalizada ������������������������������
30
Gráfico n.º 13 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Electricidade������������������������������.
31
Gráfico n.º 14 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Sanitárias �������������������������������.
31
Gráfico n.º 15 Distribuição da População por Sectores de Actividade ����������� 36
Gráfico n.º 16 Desempregados Registados, segundo o nível de habilitações (Jan.2010/situação no fim do mês) ����������������������������
36
Gráfico n.º 17 Desempregados Registados, segundo o Género (Jan.2010/situação no fim do mês) ���������������������������������
37
Gráfico n.º 18 Desempregados Registados, segundo o Grupo Etário (Fim do ano 2009- Maio de 2010) ���������������������������������
37
Gráfico n.º 19 Pensionistas por tipo de pensão (%) �������������������.. 40
Gráfico n.º 20 Pensionistas por Género (%) ���������������������� 40
Gráfico n.º 21 N.º de Idosos Requerentes de Complemento Solidário de Idosos, no Concelho de Arganil, por ano���������������������������
40
Gráfico n.º 22 Evolução por poder de compra per capita por localização ���������� 41
Gráfico n.º 23 Evolução do indicador do poder de compra per capita do PIN, entre 2007 e 2009 42
Gráfico n.º 24 Evolução do ganho médio Mensal, por localização�������������.. 42
Gráfico n.º 25 Evolução da População Escolar, anos lectivos 2008/2009 e 2009/2010 ����. 46
Gráfico n.º 26 Educação para a Saúde�������������������������. 71
Gráfico n.º 27 Evolução do n.º de Agregados Familiares com Requerimento deferido não cessado e não suspenso ������������������������..
96
Gráfico n.º 28 Evolução do n.º de Beneficiários com requerimento deferido (não cessados e não suspenso) �����������������������������
96
Gráfico n.º 29 Beneficiários de RSI, por ano, segundo os Grupos Etários ��������...... 98
Gráfico n.º 30 Tipologia Familiar, por ano 2007, 2008,2009 e Maio de 2010 ��������� 100
Gráfico n.º 31 Diferenciação por ano, do n.º de acordos assinados, beneficiários abrangidos, n.º de acordos de inserção cessados e n.º de beneficiários com acordos de inserção cessados�������������������������������..
102
Gráfico n.º 32 Resumo total de intervenção do PCAAC no Concelho, nos anos 2007/2008/2009 110
Gráfico n.º 33 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por tipologia de internamento�. 119
Gráfico n.º 34 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI��������������.. 119
Gráfico n.º 35 Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI - Tipologia de Média Duração e reabilitação por grupo Etário/Género���������������
120
Gráfico n.º 36 Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI - Tipologia de Média Duração e Reabilitação por grupo Etário/Género��������������
120
Gráfico n.º 37 Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI, por Região����... 121
Gráfico n.º 38 Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI, por Região����... 121
Gráfico n.º 39 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI, por ano/origem de referenciação������������������������������
122
Gráfico n.º 40 N.º de propostas elaboradas e pessoas abrangidas (ano 2009)�������� 134
Gráfico n.º 41 N.º de propostas elaboradas e pessoas abrangidas (1º Semestre 2010)����. 134
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
4
Introdução
Combater a pobreza e a exclusão social e reduzir as desigualdades sociais, são objectivos
que têm assumido um papel central na definição de toda a estratégia de Protecção e Inclusão
Social dos últimos anos. É hoje assumido pelos principais intervenientes que a pobreza, mais do
que algo que conduz à violação dos direitos humanos, é ela própria uma manifesta violação
desses mesmos direitos.
Assim, num quadro global de protecção, o Plano Nacional de Acção para a Inclusão
(2008-2010) adopta uma estratégia multidimensional assente em três prioridades fundamentais:
• Combater e reverter situações de pobreza persistente, nomeadamente a das
crianças e dos idosos,
• Corrigir as desvantagens ao nível da educação e da formação, prevenindo a
exclusão e contribuindo para a interrupção dos ciclos de pobreza,
• Reforçar a integração de grupos específicos e promover um desenvolvimento
económico sustentado e inclusivo.
Porém, num contexto em que a economia regista uma acentuada desaceleração, em que
os níveis de desemprego se fazem sentir com maior acuidade junto dos grupos mais vulneráveis,
em que o envelhecimento demográfico se traduz num decréscimo da população jovem face ao
total da população, não será possível implementar políticas de protecção e/ou de inclusão social
que vão de encontro aos objectivos definidos no PNAI, sem antes de mais, conhecer a dimensão e
o tipo de problemas sociais de cada território.
Para fazer face a estes fenómenos e problemas que atingem transversalmente a
sociedade portuguesa, é fundamental que no planeamento social de carácter local, assim como na
rentabilização dos recursos concelhios, estejam sempre presentes medidas e acções definidas
nos diferentes documentos de planeamento.
A elaboração de um Diagnóstico Social e de um Plano de Desenvolvimento Social faz
parte dos objectivos das redes sociais locais, ao abrigo do artigo 34º do Decreto-Lei nº 115/2006,
de 14 de Junho, a fim de promover uma cobertura equitativa e adequada de serviços e
equipamentos e a rentabilização dos recursos concelhios.
Uma maior preocupação com a eficácia das políticas, programas ou medidas, com a boa
gestão dos recursos, são também razões que justificam a necessidade de recolher e analisar
todos os dados disponíveis, sobre pobreza e exclusão social por concelho.
O Diagnóstico Social é um instrumento essencial de caracterização e de análise das
problemáticas existentes, dos recursos disponíveis, definindo e priorizando necessidades,
estabelecendo linhas estratégicas para a intervenção local.
À semelhança do anterior diagnóstico Social, também este se apresenta como um
instrumento dinâmico.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
5
Esquematizando, o presente documento encontra-se estruturado em três partes. A
primeira corresponde à actualização do Diagnóstico Social do concelho, compreendendo dois
tipos de abordagem.
Por um lado, uma abordagem mais quantitativa, tendo sido efectuada a recolha e análise
de dados estatísticos mais recentes, referentes às mais diversas áreas, designadamente,
demográficos, acessibilidades, sócio-económicos, educação/formação, juventude, saúde e
equipamentos sociais.
A segunda parte refere-se a um enquadramento da pobreza e da exclusão social a um
nível mais genérico das prioridades e estratégias seguidas nacionalmente no âmbito das políticas
sociais, e bem assim, consubstanciadas nos programas e medidas implementadas localmente.
Por outro lado, o processo compreendeu também um diagnóstico qualitativo, tendo a
elaboração deste documento procurado construir uma visão global do território, efectuando, nesse
sentido, um levantamento, análise e interpretação da realidade concelhia, que revelou alguns
problemas a diversos níveis.
Na terceira parte procede-se a um balanço dos problemas e necessidades recolhidos, não
descurando os recursos e as potencialidades do território. São definidas as prioridades e
estratégias de acção a consolidar no Plano de Desenvolvimento Social.
O Diagnóstico Social do CLAS de Arganil seguirá uma lógica de actualização anual de
alguns dos seus conteúdos, salvaguardando outras actualizações a ocorrer em períodos mais
alargados, consoante a sua relevância.
O que se propõe é uma nova forma de conjugação de esforços e um novo tipo de parceria
dos agentes locais, articulada e participativa na concretização das acções anualmente definidas.
Metodologia e Técnicas utilizadas
Para a efectuar a actualização do Diagnóstico Social do Concelho de Arganil optou-se por
uma metodologia de análise capaz de fornecer o maior número de informações susceptíveis de
aprofundar e dar a conhecer pormenorizadamente a realidade social concelhia, tendo como
objectivo a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social para o período de 2010-2013 e
respectivo Plano de Acção 2010-2011.
Para conhecer a realidade social concelhia, privilegiou-se como método a análise
documental, tanto como complemento de informação obtida por outros métodos como também,
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
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como método de pesquisa que permite o acesso a informações sobre indivíduos e/ou grupos-alvo,
sem necessidade de um estudo directo.
Foram utilizadas fontes primárias (dados não trabalhados) e fontes secundárias diversas,
das quais destacamos em particular aquelas ligadas aos projectos, programas e medidas
implementadas no concelho de Arganil.
Neste Diagnóstico Social do Concelho de Arganil a metodologia seleccionada e
desenvolvida procurou articular objectivos claros de rigor e exactidão da informação, com
objectivos de utilidade e de participação alargada por parte dos vários intervenientes envolvidos
nos processos de desenvolvimento social local.
Assim sendo, a opção metodológica assumida e que conduziu aos resultados constantes neste
documento, teve por grandes prioridades assegurar que seja:
a) Um documento de planeamento coerente com as políticas e estratégias nacionais na área
da intervenção social;
b) Um diagnóstico resultante da reflexão conjunta dos intervenientes locais, no qual todos se
revejam e que traduza as diferentes sensibilidades locais;
c) Um instrumento útil e utilizável em sede de candidaturas a programas e medidas de
financiamento na área de intervenção em causa, nomeadamente em matéria de fundos
estruturais.
Assim a opção recaiu, então, sobre um conjunto de métodos de cariz quantitativo e
qualitativo, que apelassem ao envolvimento real das pessoas com responsabilidades directas ou
indirectas no desenvolvimento do concelho de Arganil. Não obstante, existiu a preocupação de
completar a informação disponibilizada pelos agentes locais com a informação quantitativa
necessária e disponível, para objectivar as percepções recolhidas.
Assim, os instrumentos concretos de recolha de informação accionados foram os que se
seguem:
● Recolha, análise e síntese de informação quantitativa, obtida a partir de fontes
nacionais oficiais (Instituto Nacional de Estatística, Instituto de Emprego e Formação Profissional,
Ministérios, Instituto de Segurança Sócia, etc.) e fontes Locais;
● Recolha, análise e síntese de informação quantitativa e qualitativa constante em
documentos diversos locais;
● Foi utilizada, também, como referência a nível da nomenclatura das problemáticas, a
grelha de suporte elaborada pela Equipa da Rede Social – ISS, IP, no âmbito da Base de Dados
da Rede Social, a qual define áreas temáticas e respectivas problemáticas, com vista à
uniformização/simplificação de terminologias.
● Foi utilizada, também, grelha de suporte elaborada pela Equipa da Rede Social – ISS,
IP, com a participação de todos os intervenientes locais e Técnicos, caracterizando-se: a Privação
Económica, Desqualificação Social e Desfiliação.
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A Recolha de informação teve por base o seguinte enquadramento lógico:
1. Área de Intervenção;
2. Problemas e Necessidades;
3. Bloqueios e Oportunidades;
4. Recursos;
A aplicação dos referidos instrumentos permitiu, num período de tempo relativamente
reduzido, registar um conjunto alargado de informação sobre a realidade do Concelho de Arganil
em matéria de intervenção Social, de natureza diversa e oriunda de fontes também elas
diversificadas, garantindo assim uma representação adequada das sensibilidades e posições em
questão.
Sendo certo que não existe uma solução única, nem a melhor solução, em processos
reais desta natureza, esta abordagem metodológica cumpre os requisitos e recomendações da
Rede Social, teve em linha de conta os constrangimentos de tempo e recursos disponíveis e
assenta numa perspectiva dinâmica e progressiva de aprofundamento do conhecimento sobre a
realidade local.
A “Nuvem de Problemas” é uma técnica de visualização que facilita a obtenção de
visões partilhadas das situações. Separando os problemas enunciados pelos parceiros, e que
permite estimular a participação de modo a que sejam concretizados os objectivos propostos.
A análise S.W.O.T. (“Strengths, Weaknesses, Opportunities and Tarts”) é uma técnica
comumente utilizada em Planeamento para conhecimento do “ambiente”, neste âmbito, da
parceria e do concelho. Consiste numa grelha que permite analisar várias problemáticas. Para
cada problema que se pretende aprofundar consideram-se as potencialidades (actuais pontos
fortes e sustentabilidade) e as vulnerabilidades (pontos fracos e riscos de permanência), que se
referem essencialmente à situação real interna do concelho, ou seja visualiza-se os pontos
positivos (“Forças”) e negativos (“Fraquezas”) endógenas, bem como as “Oportunidades” e
“Ameaças” num futuro próximo, que são tendências geralmente exteriores à realidade concelhia.
O método do Quadro Lógico (Matriz de Enquadramento Lógico), permite que um
projecto seja observado como uma cadeia de acontecimentos ligados entre si. Estes encontram-se
descritos a vários níveis: objectivo global, objectivo específico, resultados, actividades, recursos.
Por norma, é apresentado sob forma de uma matriz (MEL - Matriz de Enquadramento Lógico) que
pode ser vista como uma visualização da estrutura interna do projecto.
A matriz de enquadramento lógico, é composta por quatro linhas e quatro colunas. As
colunas apresentam a lógica de intervenção, os indicadores objectivamente observáveis, as fontes
de verificação e os pressupostos subjacentes à lógica de intervenção em todos os quatro níveis da
hierarquia, como definida no eixo vertical.
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Síntese Conclusiva
O concelho de Arganil comporta fortes desafios, inerentes aos constrangimentos
demográficos, desertificação e envelhecimento populacional existentes, evidenciando-se a
necessidade de apostar na fixação de jovens e de população em geral.
- População residente 12. 525 Indivíduos (estimativas INE 2009);
- Variação da população 2001-2009 -0,8%;
- Decréscimo Populacional acentuado;
- Aumento da população com 65 e mais anos, em 2009;
- Índice de envelhecimento de 234,2, em 2009;
- 1,5% da população residente é Imigrante (CMA - 2009);
- Taxa de analfabetismo 12,8% (Censos: 2001);
- 42% da população trabalha no Sector Terciário (INE: 2006);
- 55,2% da população Activa no Sector Secundário (INE: 2006)
- 2,8% da população activa empregados no Sector Primário (INE:2006);
- 40,6% da População Residente é Pensionista (ISS:2009);;
- 27,2% da população recebe Pensão de Velhice (ISS:2009);
- 9,9% da população é beneficiário de Pensão de Sobrevivência (ISS:2009);
- 3,5% da população é beneficiário de Pensão de invalidez(ISS:2009);
- 3,7% da população pensionista requereu o CSI em 2009,(ISS: 2009)
- 15% da População Residente; frequentou os estabelecimentos de Ensino no Ano Lectivo
2008/2009 – população crianças e jovens;
- 14,8% da População Residente; frequentou os estabelecimentos de Ensino no Ano
Lectivo 2009/2010 – população crianças e jovens;
- Decréscimo da população escolar de 0,2%;
- 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Arganil em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi
de 4%;
- 2º CEB no Agrupamento de Escolas de Arganil em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi
de 4,6%;
- 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Arganil em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi
de 10%;
- 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Côja em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi de
1,9%;
- 2º CEB no Agrupamento de Escolas de Côja em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi de
1,6%;
- 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Côja em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi de
5,7%; Verificando neste nível de ensino uma taxa de Abandono de 4,7%;
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- Na Escola Secundária de Arganil a Taxa de Retenção foi de 24,3%; ano lectivo
2008/2009, contemplando os Níveis de Ensino 9º+, 10º, 11º e 12º Anos, e Taxa de abandono
escolar foi de 1,4%
O concelho apresenta igualmente vulnerabilidades sociais específicas sobretudo ao nível
das competências pessoais, parentais e sociais, associado a uma forte componente empírica de
problemas ligados ao álcool, que transversalmente produzem consequências ao nível do
desemprego, violência doméstica, negligências, modelos de comportamento desviante,
abandono/insucesso escolar e desestruturação familiar. São patentes as dimensões de privação
económica, de desqualificação social objectiva ou mesmo de desafiliação.
Da população residente concelhia, em 2009, existem 205 famílias beneficiárias de RSI,
que correspondem a 536 indivíduos, dos quais 191 possuem menos de 18 anos. Representa esta
população 1,5% da população total do concelho, ao mesmo tempo que indicia uma percentagem
preocupante de pobreza infantil.
Da mesma forma, estão identificados 231 indivíduos beneficiários de Acção Social, por
privação económica, havendo em 2009 uma atribuição de 34 subsídios eventuais, ao mesmo
tempo 182 agregados familiares apoiados no âmbito do PCAAC, correspondendo ao universo de
520 indivíduos.
O retrato social concelhio perspectiva portanto a necessidade de convergência duma
intervenção institucional em rede articulada e integrada, que consiga responder às reais
necessidades das famílias.
Necessidade de convergência igualmente patente no Diagnóstico Social, relativamente
aos investimentos ao nível das resposta para a população idosa, permitindo um alargamento e
melhoria da qualidade dos serviços prestados, o combate ao isolamento geográfico e social e,
simultaneamente, consensos na distribuição dos investimentos de modo a criar uma cobertura de
respostas sociais equilibradas, geograficamente equitativas e economicamente viáveis.
São igualmente patentes as fragilidades no âmbito da baixa escolarização e qualificação
profissional da população concelhia, impondo-se um enfoque na efectiva inclusão ao nível das
tecnologias da informação e comunicação, na adequação da diversa oferta formativa às
necessidades de mercado por parte do tecido empresarial, apostando transversalmente nos
diferentes grupos etários da população activa.
A intervenção social nestas problemáticas específicas necessita de um elevado grau de
inovação e complementaridade entre as respostas existentes e outras a criar ao nível da escola,
dinâmica comunitária, ocupação de tempos livres, respostas educativas e profissionais.
Por outro lado os recursos naturais, paisagísticos e ambientais são muito significativos
como factor de desenvolvimento económico, sobressaindo as áreas de turismo, lazer ou produção
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
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endógena, como áreas-chave de investimento, capazes de gerar oportunidades de emprego,
qualificação pessoal ou profissional ou iniciativa empreendedora.
Os recursos locais ao nível das micro produções podem ser importante factor de
empregabilidade e inserção social se devidamente apoiados com políticas e instrumentos reais de
incentivo e suporte institucional.
A produção endógena transparece, assim, como factor crítico de sucesso, explorando a
iniciativa empreendedora, as virtualidades dos produtos e a qualidade da sua promoção,
direccionados para os mercados emergentes com um marketing territorial assertivo do Concelho
de Arganil.
É patente no Diagnóstico a inevitabilidade de uma intervenção no território numa
perspectiva de desenvolvimento integrado assente numa política concertada e articulada para
mobilizar recursos institucionais sob a forma de projectos, candidaturas ou planos integrados
capazes de gerar a mudança na paisagem organizacional que a Rede Social preconiza,
contribuindo para um efectivo desenvolvimento sustentável.
CAPÍTULO I – Enquadramento Territorial do concelho de Arganil
A elaboração de uma estratégia de desenvolvimento implica o conhecimento profundo das
realidades locais e supra-locais, ou seja um diagnóstico, como ponto de partida para a definição
de um plano de acção. A apreensão das dinâmicas e singularidades de um território é fundamental
para a construção de modelos de desenvolvimento adaptados às necessidades reais, minimizando
o risco de se criar uma ferramenta obsoleta ou desajustada.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
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Neste capítulo apresenta-se o enquadramento supramunicipal, nomeadamente no que se
refere ao contexto administrativo, institucional e territorial de Arganil, com vista ao reconhecimento
de sinergias potenciais para o desenvolvimento do Concelho. É também apresentada uma
caracterização genérica do Concelho de Arganil, focando várias temáticas, nomeadamente
demográficas, acessibilidades, sócio-económicas, sistema de educação e formação /qualificação,
juventude, sistema de saúde, equipamentos e respostas sociais, ambiente, lazer e turismo, bem
como aspectos diferenciadores do concelho.
1. | Enquadramento Supramunicipal
Este ponto visa enquadramento territorial e analisar as dinâmicas existentes entre o
Concelho de Arganil e o contexto envolvente, identificando factores exógenos que directa ou
indirectamente condicionam o seu desenvolvimento.
O Concelho de Arganil, com localização no Centro de Portugal, integra-se
administrativamente no Distrito de Coimbra e do ponto de vista do ordenamento do território,
integra-se na Sub-Região do Pinhal Interior Norte, a qual ocupa 17,86% do território da Região
Centro.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
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A Plataforma Pinhal Interior Norte é composta por 14 Municípios, designadamente Arganil,
Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Tábua, Vila
Nova de Poiares, Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão
Grande, ocupando uma área de 2.616.7 Km2.
Por outro lado, encontra-se integrada na designada Região Centro abrangendo concelhos
quer do distrito de Coimbra (9 concelhos), quer do Distrito de Leiria (5 concelhos).
A Região Centro, por sua vez representa 31,3% do território nacional, possuindo 23,7% da
população de Portugal continental e detém uma facha atlântica de 275 Km.
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Relativamente à Plataforma do PIN em 2001 detinha 137.167 habitantes e segundo os
dados provisórios do INE referentes ao ano de 2009 detém 137.050 habitantes, apresenta uma
variação 0,08%.
No que diz respeito à taxa de crescimento efectivo esta apresenta um valor de -0,21% e à
taxa de crescimento natural esta apresenta também um valor também baixo de -0,68 (valores
estimados 2009:INE).
O índice de envelhecimento no PIN é de 184,1%, superior ao registado na região Centro
que é de 149,7% (Estimativas INE – 2009).
2.| Caracterização genérica do Concelho de Arganil
O concelho de Arganil pertence administrativamente ao Distrito de Coimbra e do ponto de
vista do ordenamento do território integra-se na sub-região do Pinhal Interior Norte (NUT III), tendo
como delimitações, a Norte, os concelhos de Penacova, Tábua e Oliveira do Hospital, a sul, os
concelhos de Góis e Pampilhosa da Serra, a Este, os concelhos de Seia e Covilhã, e a Oeste, o
Concelho de Vila Nova de Poiares.
Estruturado no sentido Norte-Sul entre os rios Ceira e Alva, ambos integrados na bacia
hidrográfica do Mondego, no sentido Oeste-Este, entre a ponte da Mucela e a Serra do Açor e, no
sentido Nordeste-Sudeste, o Concelho de Arganil é dominado pelas serras do Açor e da Lousã,
que o atravessam situando-se a uma média de 516m.
Arganil
Oliveira do Hospital
Pampilhosa da Serra
Góis
Tábua
Vila Nova de Poiares
Lousã
Pedrógão Grande
Figueiró dos Vinhos
Alvaiázere
Ansião
Penela Castanheira de Pêra
Seia
Covilhã Penacova
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Com uma superfície de 332,13 Km2, o concelho é composto por 18 freguesias: Anseriz,
Arganil, Barril de Alva, Benfeita, Celavisa, Cerdeira, Cepos, Coja, Folques, Moura da Serra,
Piódão, Pomares, Pombeiro da Beira, S. Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira e Vila
Cova de Alva.
3.| Caracterização Demográfica 3.1.| População Residente
A população residente do concelho de Arganil, segundo os Censos de 2001, era de 13.
623 habitantes, distribuídos por 9.906 alojamentos.
Quando comparados os valores dos Censos 2001 e os resultados Provisórios de 2007,
2008, e 2009 verificamos um decréscimo demográfico no concelho acentuado.
Quadro n.º 1 – População Residente e Variação da População
Grupos
Etários
População Residente Variação da População (%)
1991 2001 2007 2008 2009 1991-2001 2001-2009
0 – 14 2452 1886 1607 1496 1433 -23,1 -24,0%
15-24 1677 1659 1528 1420 1389 -1,1 -16,3%
25-64 6442 6529 6359 6332 6347 -1,4 -2,7%
+ 65 3355 3549 3477 3389 3356 5,8 -5,4%
Total 13926 13623 12.799 12667 12525 -2,2 -8,0%
Fonte: INE (Censos 1991 e 2001 e Estimativas da população 2007, 2008 e 2009
sarzedo secarias
moura da serra
anseriz
vila covado alva
s. martinhoda cortiça
arganilpombeiroda beira
cepos
n nº de população residente por freguesia
(censos 2001)0.5
01 3
5 Km
limite de freguesia
limite de concelho
sede de concelho
sede de freguesia
benfeita
celavisa
pomares
piódão
teixeira
folques
1.536 hab
1.252 hab
731 hab 1.650 hab
451 hab
3.981 hab
386 hab
458 hab503 hab 224 hab
168 hab
587 hab
188 hab
cerdeira
533 hab
174 hab
283 hab
188 hab
330 hab
barril alva
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O quadro seguinte mostra-nos a distribuição da população residente por freguesia. Como
podemos verificar a freguesia de Arganil detém do maior número de residentes com 3981
indivíduos. A freguesia de Coja aparece em 2º lugar com 1650 indivíduos residentes, em 3º e 4º
lugar temos as freguesias de S. Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira que registam 1536 e
1252 indivíduos residentes, respectivamente.
Quadro n.º 2 - Distribuição da população por freguesia (Censos 2001)
Freguesia
População Residente População Presente
HM H M HM H M
Anseriz 188 89 99 180 83 97
Arganil 3981 1889 2092 3946 1858 2088
Barril de Alva 386 188 198 368 174 194
Benfeita 503 228 275 502 227 275
Celavisa 283 128 155 284 127 157
Cerdeira 174 85 89 165 81 84
Cepos 330 170 160 330 169 161
Côja 1650 789 861 1613 781 832
Folques 458 215 243 455 210 245
Moura da Serra 165 84 84 80 81 82
Piódão 224 108 116 236 116 120
Pomares 587 264 323 592 267 325
Pombeiro da Beira 1252 617 635 1264 622 642
S. Martinho da Cortiça 1536 743 793 1481 711 770
Sarzedo 731 342 389 699 321 378
Secarias 451 229 222 442 224 218
Teixeira 188 93 95 173 87 86
Vila Cova de Alva 533 260 273 516 250 266
Concelho 13623 6521 7102 13407 6388 7019
Pinhal Interior Norte 138535 66447 72088 134143 63818 70325
Fonte: INE Censos 2001
3.2.| Evolução da População
O concelho de Arganil em 2001 contava com uma população residente total de 13.623
habitantes em 2001, segundo os Censos, dos quais 6.521 (47,9%) eram do género masculino, e
7.102 (52,1%) do género feminino. Segundo as estimativas do INE de 2007, Arganil conta com
uma população residente total de 12.799 habitantes, dos quais 6.103 (47,7 %) são do género
masculino e 6.696 (52,3%) são do género feminino.
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Segundo os Censos, verifica-se que a população residente decresceu de 15.507
habitantes em 1981 para 13.926 em 1991, de 13.623 em 2001 para 12.799 em 2007, e de 12667
em 2008 para 12525 em 2009 (segundo estimativas da população do INE 2007; 2008; 2009), o
que corresponde a uma variação percentual de -10,2% no 1º período, -2,2% no segundo período,
de -6% no terceiro período e de cerca de -1% nos últimos períodos, em análise.
Gráfico n.º 1 – Evolução da População Residente
12525*12667*12799*13623
139261550715743
194382087121359
1911 1940 1960 1970 1981 1991 2001 2007 2008 2009
*Estimativas da população do INE (2007-2008-2009) Fonte: INE (Censos de 2001 e Estimativas da População
Nos últimos anos, o concelho tem vindo a perder população, não existindo renovação
efectiva da mesma, conduzindo-o a um sucessivo envelhecimento. Este fenómeno afecta de um
modo geral todas as freguesias do concelho.
Vários factores têm vindo a contribuir para a desertificação concelhia, especialmente a
inexistência de um forte dinamismo económico capaz de contrariar essa tendência. A prática de
uma agricultura não modernizada, de subsistência, com uma estrutura minifundiária, permitiu e
fomentou a transição de população activa do sector primário para o secundário e terciário,
registando as freguesias da parte mais agreste e montanhosa do concelho as perdas mais
significativas, permitindo traçar as diferenças, em termos de dinamismo demográfico:
• uma primeira, de atracção populacional, constituída pelas vilas de Arganil e Côja e
freguesias circundantes;
• e uma segunda, de repulsão populacional, que compreende as freguesias de Cepos,
Teixeira, Moura da Serra, Pomares e Piódão.
Esta diferenciação corresponde a um forte desequilíbrio regional, na medida em que a
primeira corresponde à parte do concelho com melhor acessibilidade, em especial às vias de
comunicação regionais, e a segunda corresponde à parte do concelho de menor acessibilidade,
situada na zona mais montanhosa e de menores recursos endógenos.
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3.3 | Estrutura Etária da População
Gráfico n.º 2 - Distribuição da população residente (2001-2007-2008-2009) Segundo os Grupos Etários
13,8
12,2
47,9
26,1
12,2
11,5
49,6
26,7
11,8
11,2
50,3
26,7
11,4
11,2
50,6
26,8
0-14 anos
15-24 anos
25-64 anos
65 e + anos
2009
2008
2007
2001
Com base na leitura dos gráficos, constatamos que do total da população residente, o
grupo mais representativo compreende a população activa, com idades compreendidas entre os
25-64 anos, com uma taxa de 47,9%, em 2001, e uma taxa de 50,6% em 2009, seguindo-se a
população com 65 e mais anos, com 26,1%, em 2001 e 26,8%, em 2009.
Os grupos etários com idades compreendidas entre os 0-14 anos e os 15-24 anos
apresentam uma taxa de 13,8% (2001), 11,4% (2009) e de 12,2% (2001) e 11,2% (2009),
respectivamente.
Gráfico n.º 3 - Variação da População Residente(1991- 2001-2007-2008-2009)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos 65 + Anos
1991
2001
2007
2008
2009
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A estrutura etária da população concelhia, como se pode interpretar na pirâmide etária
seguinte, é essencialmente a de uma população adulta e envelhecida.
Pirâmide Etária – Concelho de Arganil (2001)
A pirâmide etária do concelho evidência nitidamente um desequilíbrio dos seus escalões
etários por sexo, apresentando um alargamento no topo (escalões etários mais velhos) e um
estreitamento na sua base (escalões etários mais jovens). No entanto, trata-se particularmente de
uma população adulta já que 47,9% desta se situa nos escalões etários dos 25 aos 64 anos.
Nos vários escalões de idade que vão dos 0 aos 54 anos, verifica-se na relação
homens/mulheres, algum desequilíbrio numérico, ou seja, observa-se um maior número de
indivíduos do género masculino, relativamente ao género feminino. Comparativamente, nos
últimos escalões etários que vão dos 55 aos 90 e mais anos esta tendência inverte-se na relação
homens/mulheres, observando-se uma preponderância do género feminino sobre o masculino.
Denota-se uma maior taxa de mortalidade nestes escalões etários, por parte do género masculino
relativamente ao feminino.
Tendo em linha de conta os valores dos escalões etários das estimativas do INE de 2007,
2008 e 2009, a pirâmide etária alarga ainda mais topo e verifica-se um acentuar do estreitamento
na base.
Anos
90 +
85 - 89
80 - 84
75 - 79
70 - 74
65 - 69
60 - 64
55 - 59
50 - 54
45 - 49
40 - 44
35 - 39
30 - 34
25 - 29
20 - 24
15 - 19
10 - 14
5 - 9
0 - 4
HOMENS MULHERES
271 266324 313
374 338433 401418 407
380 353399 398
483 456480 428
356 393349 321
373 433445 482430 526
391 540290 485
186 312109 187
30 63
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
19
3.4| Factores Geradores da Dinâmica Demográfica: Crescimento Natural e
Saldo Migratório
Segundo os Censos de 2001, o Índice de Envelhecimento no concelho de Arganil
apresentava um valor de 183%, ou seja por cada 100 jovens existem mais 83 idosos; segundo as
estimativas do INE em 2009, o Índice de Envelhecimento no concelho de Arganil apresenta um
valor mais elevado de 234,2%, o que demonstra bem o progressivo envelhecimento concelhio
Gráfico n.º 4 - Índice de EnvelhecimentoConcelho de Arganil
234,2
142,5
226,5
218,1
190,8
160,7
1991
1995
2001
2007
2008
2009
As características demográficas de Arganil permitem antecipar uma sociedade
Arganilense envelhecida.
No que diz respeito à Taxa de Dependência Total, ao relacionar a população jovem e
idosa com a população do grupo etário dos 15-64 anos, constata-se que em 100 activos existem
66 dependentes, ou também em cada 1000 activos existem 664 dependentes, em 2001.
O Índice de Dependência Total, em 2007, é de 63,6% e em 2009 reduziu para 61,9%
O Índice de Juventude no concelho era de 53,1, ou seja, para cada 100 idosos com 65 +
anos existem 53 jovens com idades compreendidas entre os 0-14 anos, em 2001.
Quanto à Percentagem de “Potencialmente Activos” no concelho, esta é de 60,1%, sendo
o Índice de Renovação da População Activa de 89,9%, equacionando a população que está a
entrar em actividade (20-29 anos) com o volume potencial de população que está a deixar a
actividade (55-64 anos), (2001).
Por último, a Taxa de Fertilidade ou Índice de Maternidade que relaciona o número de
crianças com menos de 5 anos com o número de mulheres entre os 15-49 anos, conta com um
valor percentual muito baixo, de 18,9%, o que reflecte bem o envelhecimento da população e a
quebra da Taxa de Natalidade, em 2001.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
20
A Taxa Bruta de Fecundidade geral é de 29,0%, em 2009.
A Taxa Bruta de Natalidade é de 6,3%, em 2009.
A Taxa de Crescimento Natural é de -1,06%, em 2009.
As taxas de crescimento populacional são explicadas pelo saldo de crescimento natural,
representando o diferencial entre nascimentos e óbitos no Concelho, e pelo saldo migratório,
composto pelo diferencial entre entradas e saídas de indivíduos. A análise desta informação
relativamente a Arganil, permite evidenciar o carácter determinante do saldo natural para as
taxas de crescimento populacionais.
O crescimento negativo manifestado nas últimas décadas em Arganil teve origem, em
grande parte, no saldo negativo entre nascimentos e óbitos. De acordo com as estimativas do INE,
prevê-se que essa tendência tenha aumentado consistentemente desde 2001 atingindo o valor de
-0,93% em 2008 e de -1,06% em 2009. A taxa de mortalidade prevê-se que tenha atingido 14,4%
em 2008 e de 16,9% em 2009, acima da média do Centro e do PIN (11,2% e 13,5% em 2009). O
saldo migratório também teve um contributo negativo mas modesto para as taxas de crescimento
populacional.
A Taxa de crescimento migratório em 2008 era de -0,11% e em 2009 apresenta um valor
negativo de -0,06%
3.5| Volume e características da População nos próximos anos 2015
Gráfico n.º 5 - Evolução da População Residente e Projecção da População para
2015
15507
13467 13472
1266712799
13438 1328313187 13092
12973
13926
11000114001180012200126001300013400138001420014600150001540015800
1981
1991
2001
2000
2001
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
* Fonte: INE - Censos 1981, 1991 e 2001 / Estimativas da População
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
21
A análise de estimativas da população mais recentes permite inferir do agravamento da
evolução descrita na última década do século passado. De acordo com as estimativas da
população, efectuadas pelo INE, prevê-se que a população tenha atingido 12 525 hab. em 2009,
ou seja, - 8% relativamente ao valor do recenseamento geral da população e habitação,
correspondente a uma perda bruta de quase 1000 habitantes.
A população esperada para 2015, com base nas taxas de crescimento verificadas nos
últimos anos e de acordo com a projecção antecipa-se um decréscimo para níveis à volta dos 12
000 habitantes.
3.6| População Imigrante
Como podemos observar no gráfico seguinte, segundo os censos de 2001encontram-se a
residir no concelho de Arganil 152 indivíduos provenientes de outros países, o que representa
apenas 1,1% do total da população concelhia residente.
Gráfico nº 6 - População Residente no Concelho de Arganil por Nacionalidade e Sexo
9
0
5
12
1 9
1
4
10
1
9
11
3
4
6
22
2
6
1 6
2
10
Alemanha
Espanha
França
R eino Unido
Outros EU
Euro pa Outros
Brasil
PLOPS
Africa Outros
Ouros Países
Pa
íses
/Nac
ina
lida
des Mulheres
Homens
Fonte: INE Censos 2001
94 dos residentes são provenientes do continente europeu, sendo 91 de países da União
Europeia.
Residem no concelho 10 Brasileiros e 19 indivíduos são provenientes de outros países.
29 pessoas são provenientes do continente africano, incluindo 26 pessoas oriundas dos
PALOPS.
No que diz respeito à relação homens/mulheres podemos constatar que residem mais
indivíduos do sexo feminino, relativamente aos indivíduos do sexo masculino, verificando-se uma
diferença percentual de mais 7,9%.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
22
Como podemos observar no Quadro n.ºZ seguinte e segundo o levantamento efectuado
pelo Gabinete de Apoio ao Emigrante do Município, em 2009, registou 185 indivíduos imigrantes a
residir no Concelho, ou seja mais 21,7% de indivíduos provenientes de outros países.
Quadro n.º 3- N.º de Indivíduos Imigrantes registados no Município de Arganil, por freguesia em 2009 Freguesias Imigrantes UE Imigrantes de
outros países
Total N.º de
Famílias/Indivíduos N.º de
Famílias/Indivíduos Anseriz 0 0 0 Arganil 25 4 29 Barril de Alva 2 0 0 Benfeita 10 4 14 Celavisa 9 0 9 Cepos 6 0 6 Cerdeira 1 0 1 Coja 14 0 14 Folques 3 0 3 Moura da Serra 0 0 0 Piódão 1 1 2 S. Martinho da Cortiça
5 4 11
Pomares 6 0 6 Pombeiro da Beira
31 0 31
Sarzedo 2 0 2 Secarias 3 2 5 Teixeira 0 0 0 Vila Cova de Alva
50 2 52
TOTAIS 168 17 185 Fonte: GAE do Município de Arganil
A freguesia de Vila Cova de Alva apresenta o maior número de população imigrante, com
27,0% do total da população imigrante concelhia, seguindo-se a freguesia de Pombeiro da Beira
com 16,7% e a freguesia de Arganil com 13,5% de imigrantes.
A maioria da população imigrante no concelho é proveniente de países da União Europeia.
Estima-se que este valor seja muito superior.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
23
4. | Acessibilidades / Vias de Comunicação e Transportes
O Concelho é estruturado por dois eixos de direcção sudoeste-nordeste: N17 e N342. No
entanto, são o IP3 e o IC6 os eixos determinantes para Arganil, representando a ligação
privilegiada com Coimbra e com as vias de importância Nacional (A1 e A25). O IC6 consiste
actualmente num pequeno troço de ligação do IP3 até ao limite do Concelho de Arganil, sendo
substituído por uma via de menor perfil - a N17 (Estrada da Beira) - assim que penetra no
Concelho. O IC6 comporta-se assim como uma verdadeira porta de entrada para o Concelho.
Por sua vez, as ligações a este e a sul encontram-se muito condicionadas pela orografia do
Maciço Central, não existindo qualquer via distribuidora que possibilite uma ligação rápida aos
Concelhos dos distritos da Guarda e Castelo Branco.
Os eixos primários N17 e N342 têm um papel estruturante relativamente à rede rodoviária
interna de Arganil, sendo que a N342 atravessa o Concelho na sua parte central. Por sua vez, a
N344 estabelece a importante ligação às freguesias da parte montanhosa do leste do Concelho.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
24
Quanto a meios de transporte, a população é servida por um único operador de
transportes: a Transportes Rodoviária da Beira Litoral (Transdev). De acordo com o Plano de
Mobilidade de Arganil, este operador, em parceria com a autarquia, também serve a população
residente nas freguesias na cintura exterior do Concelho
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
25
5. Caracterização Sócio-Económica
5.1 | Caracterização dos agregados familiares
As 5.143 famílias clássicas do concelho de Arganil, como podemos constatar no gráfico
seguinte, apresentam a seguinte distribuição, tendo em conta os itens de Sem Núcleos (Isolados);
Casal “de Direito” sem filhos” (Famílias Nucleares sem filhos); Casal “de Direito” com filhos”
(Famílias Nucleares com filhos); Casal “de Facto” sem filhos (União de Facto sem filhos); Casal
“de Facto” com filhos (União de Facto com filhos); Pai com filhos (Família Monoparental Homem
com filhos); Mãe com filhos (Família Monoparental Mulher com filhos); Avós com netos, Avô com
netos, Avó com netos, com 2 núcleos, com 3 núcleos (Famílias Alargadas), existindo uma maior
relevância nos três primeiros itens.
Gráfico nº - Famílias Clássicas, Segundo o Tipo de Família
266
25
11
172
4
0
1154
1512
40
97
69
1793
Sem Núcleos
Casal de "Direito" sem fi lhos
Casal de "Direito" com fi lhos
Casal " Facto" sem fi lhos
Casal "Facto" com fi lhos
Pai com fi lhos
Mãe com fi lhos
Avós com netos
Avô com netos
Avó com netos
Com 2 núcleos
Com 3 núcleos
Fonte: INE (Censos 2001)
O tipo de família mais representativo no concelho de Arganil é o de “Casais de Direito com
filhos” contando com um valor percentual de 34,9%, seguindo-se os “Casais de Direito sem filhos”
com 29,4%. As famílias “Casais de Direito”/Famílias Nucleares “com registo” representam 64,3%
do total das famílias.
A tipologia familiar “Sem Núcleos” e/ou “Indivíduos Isolados” representam 22,4% das
famílias do concelho.
Relativamente às famílias Monoparentais estas apresentam um valor percentual de 6% no
total, sendo a família “ Mãe com filhos”/Família Monoparental Mulher com filhos a mais
representativa com 5,2%.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
26
As famílias que vivem em União de Facto/Casais de Facto com e/ou sem filhos são pouco
expressivas com um valor percentual de 3,2%.
No que diz respeito às Famílias Alargadas existentes representam 4,1% do total das
famílias clássicas, de uma maneira geral abrangem três gerações, ou seja, são compostas por
avós, filhos e netos, outras englobam dois ou três núcleos familiares, agregados familiares com
diferentes graus de parentesco entre si que coabitam.
5.2 Níveis de Ensino da População
5.2.1 | População Residente Segundo o Nível de Instrução
Quadro nº 4 - População residente segundo o nível de Instrução
Indicador N.º Indivíduos
População
Residente
Nível de Instrução Arganil PIN
HM Nenhum nível de
Ensino
2234 24054
H 813 8898
HM
1º C.E.B.
6515 60945
H 3186 30153
HM
2º C.E.B
1690 17090
H 928 9222
HM
3ª C.E.B
1305 13046
H 727 7298
HM
Ensino Secundário
1270 15352
H 612 7666
HM
Ensino Médio
35 520
H 15 236
HM
Ensino Superior
574 7528
H 240 2974
HM
Analfabetos c/ 10
ou mais anos
1594 16456
H 490 5010
M 1104 11446
Total da População 13 623 138 535
Fonte INE, Censos 2001
A taxa de analfabetismo do Concelho de Arganil é relativamente elevada no contexto
regional. Constata-se que esta taxa se situava à volta dos 13% no Concelho, próximo à média no
PIN mas acima do valor regional (10,9%). A tendência de evolução da taxa no Concelho, em
relação a outras escalas é no entanto convergente
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
27
Quadro n.º 5 - Taxa de analfabetismo do concelho
Analfabetos com 10 ou + anos Taxa de Analfabetismo (%)
HM H M 1991 2001
Arganil 1594 490 1104 17,0 12,8
PIN 16456 5010 11446 16,7 13,1
Fonte INE, Censos 2001
5.3 | População Segundo o Estado Civil
Como se pode observar no gráfico seguinte, a população residente no concelho apresenta
uma distribuição tradicional relativamente ao Estado Civil, tendo em conta os itens de casado com
registo e/ou sem registo (União de Facto), solteiro, viúvo, divorciado e separado, existindo uma
maior relevância nos dois primeiros.
Gráfico nº 8 - População Residente (2001) Segundo o Estado Civil e Sexo
181
2256
3682
72
45
285
181
1118
54
3678
105
1966Solteiro
Casado c/registo
Casado s/registo
Viúvos
Separados
DivorciadosMulheres
Homens
Fonte: INE
A maioria da população residente, 7.360 habitantes (54%), é casada com registo, sendo
3.678 (27%) do sexo feminino e 3.682 (27%) do sexo masculino, dado que a população residente
no concelho é essencialmente adulta.
A população solteira representa 31% da população total, compreendendo 4.222
indivíduos, dos quais 2.256 (16,6%) são do sexo masculino e 1.966 (14,4%) são do sexo feminino,
verificando-se que existem mais solteiros do sexo masculino relativamente ao feminino.
2,6% dos residentes são casados sem registo (União de Facto), sendo a relação numérica
homem/mulher igual.
Relativamente à população cujo estado civil é viúvo(a), verifica-se um grande desequilíbrio
na relação homens/mulheres, ou seja, num total de 1.403 indivíduos, o que representa uma
percentagem de 10,4% de viúvos, 8,3% são do sexo feminino e apenas 2,1% do sexo masculino,
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
28
o que demonstra bem a preponderância do sexo feminino relativamente ao sexo masculino.
Podemos assim, concluir que a taxa de mortalidade é muito superior no sexo masculino.
0,4% de pessoas residentes no concelho estão divorciados e 0,7% encontram-se
separados de facto; estes dois itens têm uma menor expressão no conjunto, o que demonstra que
os valores ligados ao casamento ainda se encontram bem presentes na população concelhia.
5.4 | Condições Habitacionais e Infra-Estruturas Básicas 5.4.1 | Alojamentos Clássicos segundo a forma de ocupação, como residência Habitual e nº de famílias
Relativamente ao termo Alojamento, o censo subdivide-o em “clássico”1 e “outros”2,
representando no concelho respectivamente 99,8% (9.906) e 0,2% (21).
De um total de 9.906 alojamentos clássicos, 9086 são ocupados, segundo o tipo de
ocupação 5.091 são de residência habitual ou permanente e 3.995 são de uso sazonal ou
secundário, encontrando-se 820 alojamentos vagos: 123 estão para venda, 131 para
arrendamentos, 114 são para demolir e 452 para outros fins.
Nestes alojamentos de residência permanente residem 5.122 famílias clássicas
abrangendo 13.401 pessoas residentes. (Censos 2001).
Gráfico nº 9 - Alojamentos Clássicos, Ocupados Como Residência Habitual, Divisões, Famílias,
Pessoas Residentes e Indicadores de Ocupação
5091
13401
5122
26310
1
3
5
1
Famílias
Divisões
Pessoas Residentes
Alojamentos
Média Famílias por Alojamento
Média de Pessoas porAlojamento
Média de Pessoas por Divisões
Média de Divisões porAlojamento
FONTE: Censos 2001
1.«Clássicos – A divisão ou o conjunto de divisões e seus anexos num edifício de carácter permanente, ou uma parte distinta do edifício do ponto de vista estrutural que, dado o modo como foi construído, reconstruído, ampliado ou transformado, se destina a servir de habitação familiar e que no momento do recenseamento não esteja a servir totalmente para outros fins”
2 «Outros – A construção de acaso destinada a ser habitada, feita geralmente com materiais velhos e usados, sem um plano
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
29
Como se pode constatar no gráfico, no município existem 5.091 Alojamentos clássicos
ocupados como residência habitual, compreendendo 26.310 divisões, residindo 13.401 pessoas,
ou seja 98,4% da população total. Podemos concluir que, 1,6% da população reside em “outro”
tipo de alojamentos.
• A média de famílias por alojamento no concelho é de 1 família/alojamento;
• Relativamente à média de pessoas por alojamento, constata-se que é de 3
pessoas/alojamento, sendo a média de pessoas por divisão de 1 pessoa/divisão.
• Por último, verifica-se que a média de divisões/alojamento é de 5 divisões.
Gráfico nº 10 - Alojamentos Clássicos Concelhio Segundo o Número de Famílias
243
5064
1 família
2 famílias
3 famílias
Fonte: Censos 2001\
• No Município existem 5.064 alojamentos clássicos com apenas uma família residente, ou
seja 99,5% do total;
• Existem 24 alojamentos clássicos com duas famílias, ou seja 0,1%do total;
• Existem 3 alojamentos com três famílias, 0,4% do total.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
30
5.4.2 | Alojamentos Familiares Ocupados, mediante as instalações de infra-
estruturas básicas
No concelho de Arganil, e como se pode observar no gráfico, de um total de 5.112
alojamentos, 4.655 (91,1%) dos alojamentos possui instalação de banho/duche, abrangendo 4.683
famílias e 12.531 pessoas. Contudo 457 (8,9%) alojamentos ainda não dispõem de instalações de
banho/duche, abrangendo 460 famílias e 916 pessoas.
Podemos assim concluir que uma grande percentagem de pessoas residentes, ou seja
6,8% ainda não usufrui de condições básicas no seu alojamento, fundamentais ao mínimo de
salubridade e higiene.
Como podemos observar no gráfico seguinte, de um total de 5112 alojamentos familiares,
47 (0,9%) não possuem água canalizada, abrangendo 48 famílias
e compreendendo 87 pessoas.
Com água canalizada fora do alojamento existem 28 (0,5%) alojamentos, abrangendo 29
famílias e compreendendo 60 pessoas.
Gráfico nº 11 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações de Banho ou Duche
457
4655
460
4683
916
12531
Sem Instalação deBanho/Duche
Com InstalaçãoBanho/Duche
Alojamentos
nº Famílias
nº Pessoas
Gráfico nº 12 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações de Água Canalizada
47
28
193
4844
48
29
194
4872
87
60
427
12872
Sem Água Canalizada
Com Água Canalizada fora do Alojamento
Com Àgua Canalizada no Alojamento redeparticular
Com Água Canalizada da rede pública
Alojamentos
nº Famílias
nº Pessoas
Fonte: Censos 2001
Fonte: Censos:2001
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
31
Com água canalizada no alojamento da rede particular existem 193 (3,8%) alojamentos
familiares, com 194 famílias abrangendo 427 pessoas.
Da leitura do gráfico verifica-se que a maioria dos alojamentos familiares ocupados possui
água canalizada da rede pública, 4844 (94,8%) alojamentos, abrangendo 4872 famílias e 12872
pessoas.
Como se pode observar no gráfico, 99,2% dos alojamentos familiares ocupados dispõem
de instalação de electricidade, abrangendo 99,5% das pessoas residentes. No entanto, 0,8% (41)
dos alojamentos não dispõem de instalação de electricidade, abrangendo 42 famílias e 71
pessoas o que é um número muito significativo e preocupante. (Censos 2001)
Fonte: Censos 2001
Fonte: Censos 2001
Gráfico nº 13 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações de Electricidade
5071
41
5101
42
13376
71
Com Electricidade
Sem Electricidade
Alojamentos
nº Famílias
nº Pessoas
Gráfico nº 14 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações Sanitárias
221
127
4764
224
130
4789
464
298
12685
Sem Retrete
Retrete fora Alojamento
Com Retrete
Alojamentos
nº Famílias
nº Pessoas
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
32
Relativamente às instalações sanitárias, verificamos segundo o gráfico, que apenas 93,2%
dos alojamentos dispõem de retrete no alojamento, abrangendo 94% da população. Com retrete
mas fora do alojamento existem 127 (2%) alojamentos, abrangendo 130 famílias e 298 pessoas.
Sem retrete verificam-se 221 (4%) alojamentos, com 224 famílias e abrangendo 464 pessoas.
Como podemos concluir tratam-se de números alarmantes, de famílias que vivem sem o
mínimo de condições de higiene e salubridade.
5.5 | Sectores de Actividade
De acordo com os Censos 2001 a população activa residente no concelho de
Arganil distribui-se pelo sector terciário (42,8%), sector secundário que é composto por
41,2% e o sector primário que abarca 16,2% do total da população activa.
De acordo com os resultados provisórios do INE, em 2006, dos 2153 indivíduos
com actividade económica 1086 (50%) são do sexo masculino e os restantes 1067 (50%)
pertencem ao sexo feminino.
Fonte. INE, Recenseamento Geral da População
Gráfico nº15 - Distribuição da População por Sectores de Actividade
55,2
16,2
41,2
42,8 42
2,8
0 20 40 60 80 100 120
Sector Primário
Sector secundário
Sector Terciário
%
2001
2006
Fonte. INE, Recenseamento Geral da População
Observando os dados de 2006 verifica-se uma descida bastante acentuada no sector
primário que passou a empregar 2,8%. O sector secundário foi o único que registou uma subida
do número de indivíduos empregados, registando 55,2%. O sector terciário registava 42% do total
da população empregada.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
33
Neste mesmo período é o sector terciário que continua a empregar um maior número de
mulheres, pelo contrário, o sector primário e secundário empregam na sua maioria homens.
5.6 | Emprego e Desemprego
De acordo com os Censos 2001, da população residente no concelho de Arganil, 5879
são indivíduos activos e 7744 inactivos.
Quadro n.º 6 – População Residente Activa
Unidade
Geográfica Desempregado
Serviço Militar
Obrigatório
Empregado Remunerado
Familiar Activo Não
Remunerado Total
Arganil 290 14 5478 97 5879
Coimbra 12552 192 187933 1951 202628
Fonte. INE, Recenseamento Geral da População (Censos 2001)
Da população activa residente no concelho de Arganil destacam-se os empregados
remunerados – 5478 correspondendo a 93% e os desempregados com 5%. Da população
residente inactiva destacam-se os reformados, correspondendo a 48%.
Quadro nº 7 – População Residente Inactiva
Fonte. INE, Recenseamento Geral da População (Censos 2001
Unidade Geográfica
População Inactiva Menos de 15 anos
Doméstico Estudante Incapacitado Reformado Outros casos
Total
Concelho de Arganil
1886 914 699 236 3735 274 7744
Distrito de Coimbra
61933 25739 33881 9023 97558 10442 238576
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
34
Quadro nº 8 - Evolução do Desemprego Registado, por Região Situação no Final do Ano
Observa-se no quadro superior uma tendência genérica decrescente nos valores
registados de desempregados, logo a partir do ano 2006, ao mesmo tempo que sofreram
tendencialmente um acréscimo significativo desses valores durante o ano 2009, seja ao nível do
Continente, como nas diferentes regiões ou concelho de Arganil.
Quadro nº 9 - Evolução do Desemprego Registado, por Região e Segundo Variação no
Período 2007-2009
Da mesma forma, se observarmos a evolução do desemprego registado, segundo a
variação tida no período 2007-2009, observam-se valores aproximados do concelho de Arganil
com os da Região Centro.
2005 % 2006 % 2007 % 2008 % 2009 %
continente 468 115 100 440 125 100 377 436 100 402 545 100 504775 100
norte 216 027 46,1 203 860 46 173 571 46 183 893 45,6 228494 45,3
centro 64 668 13,8 64 067 15 57 724 15,3 62 739 15,5 74346 14,7
lisboa v. tejo 148 054 31,6 135 995 31 114 686 30,4 120 664 29,9 154627 30,6
alentejo 23 543 5 20 843 4,7 17 420 4,6 18 751 4,6 21706 4,3
algarve 15 823 3,4 15 360 3,5 14 035 3,7 16 498 4 25602 5,1
arganil 437 0,09 441 0,1 343 0,09 379 0,09 424 0,08
2007 % 2008 % 2009 %
Var. %
2008/2007 2009/2008
continente 377 436 100 402 545 100 504 775 100 +6,7 +25,4
norte 173 571 46 183 893 45,6 228 494 45,3 +5,9 +24,3
centro 57 724 15,3 62 739 15,5 743 46 14,7 +8,7 +18,5
lisboa v. tejo 114 686 30,4 120 664 29,9 154 627 30,6 +5,2 +28,1
alentejo 17 420 4,6 18 751 4,6 21 706 4,3 +7,6 +15,8
algarve 14 035 3,7 16 498 4 25 602 5,1 +17,5 +55,2
arganil 343 0,09 379 0,09 424 0,08 +10,4 +11,8
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
35
Quadro n.º 10 - Desemprego Registado (Janeiro 2009-Janeiro 2010)
J F M A M J J A S O N D J
Género
Homens 177 174 177 184 192 198 205 178 164 187 202 214 232
Mulheres 204 204 186 190 162 201 189 207 195 176 212 210 224
Situação Face à Procura de Emprego:
1º Emprego
33 31 38 38 29 28 25 27 26 25 26 26 33
Novo Emprego 348 347 325 325 325 371 369 358 333 338 388 398 423
Grupo Etário:
< 25 A 59 57 66 62 59 62 62 57 53 51 60 69 72
25-34 A 83 85 78 85 69 85 77 79 81 79 98 94 99
35-54 A 180 174 158 158 150 179 181 174 154 163 185 192 207
55 e + 59 62 61 69 76 73 74 75 71 70 71 69 78
Tempo de Inscrição:
< 1 Ano 277 277 270 278 260 296 293 279 259 260 302 312 336
1 Ano e + 104 101 93 96 94 103 101 106 100 103 112 112 120
Total 381 378 363 374 354 399 394 385 359 363 414 424 456
J F M A M J J A S O N D J
Género
Homens 28991 30846 31876 32204 31866 31555 31042 31158 32063 32917 33612 33974 36716
Mulheres 39167 40262 41015 40950 40009 39669 40535 41571 41797 41515 40702 40372 44578
Situação Face à Procura de Emprego:
1º Emprego
7597 7676 7789 7436 6912 6563 6929 7584 8504 8563 8202 7607 8348
Novo Emprego 60561 63432 65102 65718 64963 64661 64648 65145 65356 65869 66112 66739 72946
Grupo Etário:
< 25 A 10793 11270 11525 11238 10588 10035 10140 10685 11675 11623 11217 10550 11707
25-34 A 17517 18430 18751 18705 18335 18152 18152 18342 18894 18817 11661 186 66 20520
35-54 A 27707 28819 29667 30072 30059 30138 30333 30607 30141 30625 30953 31521 34659
55 e + 12141 12589 12948 13139 12893 12899 12952 13095 13150 13367 13483 13609 14408
Tempo de Inscrição:
< 1 Ano 47734 50476 51853 52098 50860 50020 49945 50638 51110 51076 50622 50300 54979
1 Ano e + 20424 20632 21038 21056 21015 21204 21632 22091 22750 23356 23692 24046 26315
Total 68158 71108 72891 73154 71875 71224 71577 72729 73860 74432 74314 74346 81294
J F M A M J J A S O N D J
Género
Homens 190306 202553 210174 214536 215404 215617 216855 216790 222059 227832 233839 236791 252662
Mulheres 242843 251029 257385 260024 256952 257256 263067 268142 270928 271451 270425 267984 286468 Situação Face à Procura de Emprego:
1º Emprego 34632 34957 35148 34189 32384 31467 33631 36172 40684 41501 40209 37556 40776
Novo Emprego 398517 418625 432411 440771 439972 441873 446291 448760 452303 457782 464055 467219 498354
Grupo Etário:
< 25 A 59840 62660 63976 63640 61409 59289 60319 62022 67305 683384 67357 64116 69675
25-34 A 101602 107494 110757 112955 111761 111308 11363 114427 117169 117985 119219 119441 128890
35-54 A 188960 198086 205553 210467 211417 214141 217550 219443 219067 222177 226124 229054 244445
55 e + 82747 85342 87273 87898 87769 88135 88690 89040 89446 90737 91564 92164 96120
Tempo de < 1 Ano 286968 305756 317289 324134 321137 319416 323143 325096 328818 331251 331808 329358 351677
Concelho Arganil - Variação: 19,6
Região Centro - Variação: 19,2
Continente - Variação: 27,4
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
36
Verifica-se, relativamente aos períodos homólogos (Janeiro 2009 a Janeiro 2010), uma
variação de 19,6 no Concelho de Arganil, situando-se no valor de referência da Região Centro
(19,2), registando o total do Continente português uma variação superior (27,4).
Da análise dos dados disponíveis relativos ao número de desempregados inscritos no
Centro de Emprego local (2009), constatamos que respeitam a 3,34% da população residente,
considerando os dados dos Censos 2001. Em contrapartida, se atendermos às estimativas de
população residente para o ano 2009, do Instituto Nacional de Estatística, a percentagem de
desempregados sobe para 3,64%.
O número de pessoas inscritas no Centro de Emprego de Arganil engloba
maioritariamente mulheres, ao mesmo tempo que sobressaem significativamente as situações de
pessoas à procura de novo emprego, quando comparados com pessoas à procura do primeiro
emprego.
O grupo etário mais afectado situa-se entre os 35 e os 54 anos de idade, seguidos dos 25
aos 34 anos.
Gráfico nº 16 - Desempregados Registados, segundo o Nível de Habilitações (Jan-10/Situação no fim do
mês)
171
78
100
94
13
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Superior
Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais por Concelho
Inscrição: 1 Ano e + 146181 147826 150270 150826 151219 153457 156779 159834 164169 168032 172456 175417 187453
Total 433149 453582 467559 474960 472356 472873 479922 484932 492987 499283 504264 504775 539130
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
37
Gráfico nº 17 – Desempregados Registados, Segundo Género
(Jan-10/Situação no fim do Mês)
51%49%
Homens Mulheres
Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais por Concelho
Focando-nos no início de 2010, observa-se que os candidatos inscritos por grupo etário e
segundo o género, estes são na sua maioria homens (50,87%).
Do nível de habilitações registados no mesmo mês, salienta-se a inscrição de indivíduos
maioritariamente com o 1º ciclo de escolaridade (37,5%), seguido do 3º ciclo com 21,92%.
Gráfico n.º 18 – Desemprego registado, segundo o grupo etário (Fim Ano 2009-Maio 2010)
69 6294 92
192
242
69
99
0
50
100
150
200
250
Menos 25anos
25-34anos
35-54anos
55 anose+
Dez-09
Mai-10
Fonte: IEFP, 2010
A distribuição por idades dos inscritos no Centro de Emprego no mês de Maio de 2010,
revela o peso maioritário de pessoas com idades situadas entre os 35 e os 54 anos (48,88%),
seguidas daquelas com idades compreendidas de 55 e + anos, (20%), e ainda entre os 25 e 34
anos (18,58).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
38
Quadro n.º 11 - Desemprego Registado (Janeiro – Novembro 2010)
Da análise dos dados disponíveis relativos ao número de desempregados inscritos no
Centro de Emprego local, e considerando o último mês em análise, constata-se serem
maioritariamente do género feminino (53,69%), ao mesmo tempo que se encontram
maioritariamente inscritos há menos de um ano (70,82%). O nível de habilitações académicas
Género
Tempo de Inscrição
Nível Escolaridade Grupo Etário Total
H M < 1 Ano
1 Ano E + 1º
1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo Secund Super < 25 25-34 A 35-54A 55 A e+
Co
nti
nen
te
J 252 662 286 468 351 677 187 453 178658 103 203 108 683 101 667 46 919 69 675 128 890 244 445 96 120 539 130
F 252 662 286 468 351 677 187 453 178997 103163 110420 101798 45355 68317 128564 246695 96157 539 733
M 257 168 293 046 350 357 199 857 30 113 152 006 104 929 113 449 104 201 68 903 130 778 252 563 97 970 550 214
A 256 282 293 394 345 655 204 021 181700 104 580 114 177 104 484 44 735 67 447 130 353 253 063 98 813 549 676
M 250 636 289 321 332 060 207 897 178750 102 623 112 096 102 941 43 547 64 244 127 026 250 422 98 265 539 957
J 243 757 287 591 319 992 211 356 176866 100 403 109 853 100 902 43 324 60 497 123 768 248 757 98 326 531 348
J 239 013 288 796 314 076 213 733 175488 98 329 107 739 100 609 45 644 59 260 122 366 247 509 98 674 527 809
A 236 867 292 701 310 988 218 580 172969 97 352 107 961 102 136 49 150 61 433 122 484 247 254 98 397 529 568
S 238 069 296 921 312 021 222 969 170707 95 424 107 528 105 051 56 280 64 383 125 901 246 431 98 275 534 990
O 237 320 292 017 306 717 222 620 170279 93 931 106 611 105 563 52 953 64 041 122 498 244 052 98 746 529 337
N 238 200 286 954 304 228 220 926 169078 92 989 106 834 105 786 50 467 63 316 120 585 243 046 98 207 525 154
Cen
tro
J 36 716 44 578
54 979 26 315 25943 14 565 16 986 14 965 8 835 11 707 20 520 34 659 14 408 81 294
F 36 716 44 578
54 979 26 315 25927 14421 16997 14975 8297 11192 20101 34937 14387 80 617
M 36 628 44 885
53 563 27 950 26188 14 564 17 154 15 199 8 408 11 107 20 331 35 447 14 628 81 513
A 36 396 44 998
52 942 28 452 26065 21399 14647 17360 15177 10 702 20 266 35 603 14 823 81 394
M 35 312 43 945
50 705 28 552 25504 14 188 16 942 14 843 7 780 9 915 19 625 35 059 14 658 79 257
J 34 102 43 545
48 923 28 724 24995 13 645 16 567 14 639 7 801 9 424 19 123 34 455 14 645 77 647
J 33 208 43 349
47 742 28 815 24674 13 210 16 093 14 511 8 069 9 095 18 690 34 085 14 687 76 557
A 32 444 43 721
47 084 29 081 23832 12 790 15 923 14 816 8 804 9 482 18 510 33 694 14 479 76 165
S 32 741 44 812
47 962 29 591 23482 12 331 15 705 15 282 10 753 10 223 19 424 33 496 14 410 77 553
O 32 384 43 452
46 667 29 169 23136 12 054 15 461 15 120 10 065 10 150 18 592 32 706 14 388 75 836
N 32 476 42 402
46 114 28 764 23045 12 102 15 405 14 875 9 451 9 968 18 166 32 428 14 316 74 878
Arg
anil
J 232 224 336 120 171 78 100 94 13 72 99 207 78 456
F 232 224 336 120 191 72 108 102 15 78 100 230 82 488
M 244 284 402 126 212 87 117 97 15 64 112 264 88 528
A 253 276 401 128 218 87 112 102 10 64 99 272 94 529
M 229 266 368 127 196 70 114 104 11 62 92 242 99 495
J 201 268 342 127 173 62 118 102 14 61 91 222 95 469
J 198 279 351 126 183 55 117 105 17 62 93 225 97 477
A 199 277 341 135 178 57 116 105 20 60 90 230 96 476
S 211 268 343 136 173 58 108 113 27 62 107 219 91 479
O 210 280 361 129 172 58 109 119 32 71 107 222 90 490
N 219 254 335 138 145 69 115 116 28 65 108 213 87 473
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
39
mais expressivo entre a população desempregada corresponde ao 1º ciclo de escolaridade
(30,65%), enquanto o grupo etário que mais sobressai situa-se entre os 25 e os 54 anos (45,03%).
Quadro nº 12 - Evolução do Desemprego Registado, por Região e Segundo Variação no
Período Nov-2009 a Nov-2010
5.7.| Pensionistas
Quadro n.º 13 - Pensionistas por Tipo Pensão e Regime (Anos 2005 /2006 /2007 e 2009) – Concelho de Arganil
Pensionistas Arganil
2005 2006 2007 2009
Velhice
Regime M H M H M H M H Pensão Social 26 11 26 10 23 9 19 5
Geral 1061 1276 1119 1296 1145 1289 1245 1325
Regulamentar Rural 891 150 836 133 793 125 675 104
Rural Transitório 56 8 49 5 46 5 37 5
Total
2034 1445 2030 1444 2007 1428 1976 1439
3479 3474 3435 3415
Arganil
Sobrevivência
Regime 2005 2006 2007
2009 Pensão Social 4 4 4 1 1
Geral 877 156 875 156 896 153 891 164
Regulamentar Rural 136 95 128 88 123 87 106 83
Rural Transitório 3 3 3 3 2
Total
1020 251 1010 244 1026 240 1001 250
1271 1254 1266 1251
Invalidez
Arganil
Regime 2005 2006 2007
2009 Pensão Social 19 28 22 28 22 35 22 40
Geral 219 229 195 291 185 224 150 205
Regulamentar Rural 26 12 22 11 17 11 12 8
Rural Transitório 8 4 8 3 7 3 6 3
Total
272 273 247 333 231 273 190 256
545 580 504 446
Nov--2009 Nov-2010 Var. %
continente 504264 525154 4,14%
centro 74314 74878 0,75%
arganil 414 473 14,25%
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
40
Fonte: ISS
Gráfico n.º 19 - Pensionistas por Tipo de Pensão (%)
9%
67%
24%
Invalidez
Velhice
Sobrevivência
67% dos pensionistas beneficiam da pensão de velhice, seguindo os que recebem a
pensão de sobrevivência, com 24% e por último os beneficiários da pensão de invalidez com 9%
Gráfico n.º 20 - Pensionistas por Género (%)
62%
38%
Feminino
Masculino
A maioria dos pensionistas são do género feminino (62%), o que demonstra bem que a
predominância e que a esperança de vida no género feminino é maior, relativamente ao género
masculino.
Gráfico n.º 21 - N.º de Idosos Requerentes de Complemento Solidário de Idoso, no Concelho de Arganil, por ano
410468 469
147
49
2006 2007 2008 2009 2010
N.º Requerentes
Fonte - ISS
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
41
Nos últimos anos tem aumentado o número de idosos a requerer/beneficiar do
Complemento Solidário para Idosos -CSI, o que demonstra que os idosos constituem um dos
grupos em situação de maior risco face à pobreza e à exclusão social, no concelho de Arganil.
A criação do Complemento Solidário para Idosos é uma medida do Programa do XVII
Governo Constitucional (Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29/12), visa combater a pobreza dos idosos.
Tendo por base os indicadores de pobreza em Portugal, constata-se, ainda, que é entre os idosos
que o risco de pobreza é o mais elevado e entre os idosos isolados que este assume maior
dimensão. Em 2001, o risco global de pobreza após transferências sociais, era de 20%, entre os
Idosos de 30%, e entre os Idosos isolados de 46%.
5.8.| Nível de Vida / Poder de Compra
Outros indicadores afiguram-se como significativos numa abordagem da situação
económica do Concelho de Arganil.
Procedeu-se ao recurso ao Indicador do Poder de Compra per capita, cujos dados
disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, não possuem uma apresentação
desagregada no âmbito concelhio.
Gráfico nº 22 - Evolução do Poder de Compra per capita, por localização
100 100
60,66 58,87 60,5
100
60,52
62,2763,23
0
20
40
60
80
100
120
2004 2005 2007
59
59,5
60
60,5
61
61,5
62
62,5
63
63,5 Portugal
Arganil
PIN
O indicador do poder de compra do Município de Arganil apresenta um valor inferior ao da
média nacional, bem assim como da Região Centro e Pinhal Interior Norte.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
42
Gráfico nº 23 - Evolução do Indicador do poder de compra per capita no Pinhal Interior Norte, entre 2007 e 2009
0
200
400
600
800
2007 2008 2009
0
50
100
150
200
250
arganil ansião castanheira de pêra figueiró dos vinhos
góis lousã miranda do corvo oliveira do hospital
pampilhosa da serra pedrógão grande penela tábua
vila nova de poiares alvaiázere
Se compararmos o indicador de poder de compra per capita do concelho de Arganil com
os restantes componentes do Pinhal Interior Norte, verifica-se situar-se na média evolutiva,
ocorrida nesta zona geográfica, entre o ano 2007 e 2009.
Gráfico nº 24 - Evolução do Ganho Médio Mensal, por localização
934 963,3
639,1 657,2
907,2877,5
627,2
638,9
691,4668,5
634,7
655,6
0
200
400
600
800
1000
1200
2004 2005 2006 2007
600610
620630
640
650
660670
680690
700
Portugal
Arganil
PIN
Relativamente à evolução do ganho médio mensal, destaca-se os valores inferiores
aferidos em Arganil, comparativamente com os valores reportados ao Pinhal Interior Norte e
Portugal.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
43
5.9 | Taxa de actividade, emprego, desemprego e inactividade estimativas para Arganil Quadro n.º 14 - Taxa de actividade, emprego, desemprego e inactividade, estimativas para
Arganil Portugal 2008 2009 2010 taxa de actividade (15 e + anos) 62,5 62,1 55,6 taxa de emprego (15 e + anos) 57,8 56,6 55,6 taxa de desemprego 7,6 8,9 10,6 taxa de inactividade (15 e + anos) 37,5 37,9 37,9 Centro 2008 2009 2010 taxa de actividade (15 e + anos) 66,7 65,8 66,1 taxa de emprego (15 e + anos) 63 61,5 60,9 taxa de desemprego 5,4 6,7 7,9 taxa de inactividade (15 e + anos) 33,3 34,2 33,9 Arganil 2008* 2009* 2010* taxa de actividade (15 e + anos) 43,7 45,4 61,7 taxa de emprego (15 e + anos) 55,6 55,9 55,6 taxa de desemprego 6,7 6,1 5,3 taxa de inactividade (15 e + anos) 44,3 30,5 27,5
* Valores estimados para Arganil
*Ressalva: Nos valores estimados, relativamente ao cálculo das taxas: taxa de inactividade e taxa de emprego - não foram
contabilizados os trabalhadores da Administração Pública, Banca, Advogados e outras Profissões Liberais, tendo-se como
valor de referência, o número de trabalhadores por conta de outrém e o número de trabalhadores não dependentes, com
descontos efectuados para os regimes da segurança social, pelo que se estima que a taxa de inactividade seja menor e a
de emprego significativamente maior.
Taxa de actividade e taxa de desemprego - tendo como base as estimativas da população residente do
INE/2009, relativamente à população total/população dos 15 aos 64 anos, e tendo como referência o número de
trabalhadores que efectuam descontos para a Segurança Social no Concelho, o número de pensionistas (invalidez, velhice
e sobrevivência), o número de jovens beneficiários de prestações familiares e desempregados, estimaram-se 5 800
indivíduos activos para o Concelho de Arganil.
6.| Educação / Formação
A Carta Educativa do Município de Arganil, homologada pelo Ministério da Educação em
19 de Outubro de 2007, apresenta-se como um importante instrumento de planeamento e
ordenamento sectorial, que pretende a representação do sistema educativo dentro de um marco
geográfico, demográfico, social e económico pré-definidos. Os principais objectivos da Carta
Educativa prendem-se com a lei de Bases do Sistema Educativo e com os normativos daí
decorrentes, devendo nomeadamente:
a) Minimizar disparidades inter e intra-regionais, promovendo a igualdade de acesso ao
ensino numa perspectiva de adequação da rede escolar às características regionais e locais,
assegurando a coerência dos princípios normativos no todo nacional;
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
44
b) Orientar a expansão do sistema educativo num determinado território em função do
desenvolvimento económico, sócio-cultural e urbanístico, prevendo uma resposta adequada às
necessidades de redimensionamento da rede escolar colocadas pela evolução da política
educativa, pelas oscilações da procura da educação e pela rentabilização do parque escolar
existente:
c) Fundamentar tecnicamente as tomadas de decisão relativas à construção de novos
equipamentos, em especial do ensino básico, ao sempre difícil encerramento de escolas e à
reconversão e adaptação do parque, optimizando a funcionalidade da rede existente e a
respectiva expansão, bem como a definição de prioridades.
Com base nos princípios e orientações definidos na Carta Educativa, o Concelho de
Arganil apresenta uma boa cobertura de equipamentos na área da Educação e do Ensino. È
importante referir que no ano lectivo 2008/2009 abriu o Centro Escolar de São Martinho da
Cortiça, no ano lectivo presente entrou em funcionamento o Centro Escolar de Côja e,
actualmente, encontra-se em fase de remodelação/construção o Centro Escolar de Arganil, os
quais irão proporcionar respostas de melhor qualidade ao Concelho na área de Educação/Ensino,
já que os mesmos contam com equipamento de avançada tecnologia.
6.1 | Caracterização genérica dos Recursos Educativos
Considera-se pertinente caracterizar, de forma genérica os recursos concelhios ao nível
da Educação, proporcionando uma melhor identificação dos problemas e necessidades nestas
áreas de intervenção, fundamental, para a inserção e coesão social dos indivíduos.
A rede Escolar de Arganil é composta, na totalidade, por 23 Estabelecimentos de Ensino Pré-
Escolar, Básico, Secundário e Centro de Novas Oportunidades, tratando-se maioritariamente de
instituições Públicas. Apenas 8 Freguesias dispõem de estabelecimentos de ensino.
Tabela 1 | Número de Estabelecimentos de Ensino do Concelho
Estabelecimentos de Ensino Número Pré-Escolar - Público 8 Pré-Escolar - Privado 2 1º Ciclo do Ensino Básico - Público 8 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico - Público 2 Ensino Secundário – Público 1 APPACDM – Centro de Arganil 1 Centro de Novas Oportunidades 1
Total 23 Fonte: CMA - Educação
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
45
Tabela 2 | População Escolar no Ano lectivo 2008/2009 Nº TOTAL DE ALUNOS/ESTABELECIMENTO DE ENSINO 2008/2009
Estabelecimentos de Ensino Nº de Alunos
Agrupamento de Escolas de Arganil Agrupamento de Escolas de Côja
Jardim de Infância de Arganil 83 Jardim de Infância de Folques 11 Jardim de Infância de P. da Beira 11 Jardim de Infância de S. M. Cortiça 27 Jardim de Infância de Sarzedo 34 Jardim de Infância de Secarias 12 Escola 1º CEB de Arganil 193 Escola 1º CEB de Folques 18 Escola 1º CEB de P. da Beira 25 Escola 1º CEB de S. M. da Cortiça 40 Escola 1º CEB de Sarzedo 41 Escola 1º CEB de Secarias 11 Escola B. 2.3 de Arganil 484 Total do Agrupamento Arganil 990 Jardim de Infância de Barril de Alva 11 Jardim de Infância de Côja 39 Jardim de Infância de Pomares 11 Escola 1º CEB de Barril de Alva 12 Escola 1º CEB de Benfeita 6 Escola 1º CEB de Cerdeira 5 Escola do 1º CEB de Côja 62 Escola do 1º CEB de Pomares 11 Escola B. 2.3 de Côja 170 Total do Agrupamento Côja 327
Escola Secundária de Arganil 415 Escola Profissional Eptoliva – Pólo de Arganil 15 Casa da Criança de Arganil 98 APPACDM – Centro de Arganil 27 Total 1876
Tabela 3 | População Escolar no Ano lectivo 2009/2010 Nº TOTAL DE ALUNOS/ESTABELECIMENTO DE ENSINO 2009/2010
Estabelecimentos de Ensino
Nº de Alunos
Agrupamento de Escolas de Arganil
Agrupamento de Escolas de Côja
Jardim de Infância de Arganil 81 Jardim de Infância de Folques 7 Jardim de Infância de P. da Beira 7 Jardim de Infância de S. M. Cortiça 29 Jardim de Infância de Sarzedo 31 Jardim de Infância de Secarias 8 Escola 1º CEB de Arganil 180 Escola 1º CEB de Folques 20 Escola 1º CEB de P. da Beira 30 Escola 1º CEB de S. M. da Cortiça 42 Escola 1º CEB de Sarzedo 47 Escola 1º CEB de Secarias 13 Escola B. 2.3 de Arganil 471 Total do Agrupamento de Arganil 965 Jardim de Infância de Côja 48 Jardim de Infância de Pomares 10 Escola do 1º CEB de Côja 75 Escola do 1º CEB de Pomares 11 Escola B. 2.3 de Côja 164 Total do Agrupamento de Côja 308
Escola Secundária de Arganil 450 Casa da Criança de Arganil 90 Centro Social Paroquial de Côja 23 APPACDM – Centro de Arganil 27 Total 1863
Fonte: CMA - Educação
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
46
Gráfico n.º 25 - Evolução da População Escolar, anos lectivos 2008/2009 e 2009/2010
Evolução da População Escolar no Concelho(2008-2010)
023
98 83
221
418
634
450
0
239
424
654
415
152727
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
2008/2009 2009/2010
Creche Côja
Casa da Criança
Jardins
1º CEB
EB 2.3
E. Secundária
EPTOLIVA
APPACDM
Fonte: CMA
- Educação
Como já foi referido, os Estabelecimentos de Ensino do Concelho proporcionam uma
resposta de qualidade, quer ao nível de equipamentos, de recursos humanos afectos, bem como
de actividades dinamizadas ao longo do ano lectivo. As Escolas estão, no geral, bem equipadas,
destacando-se os Centros Escolares, constatando-se a principal lacuna ao nível dos Agentes
Educativos, sobretudo, nas áreas do Ensino Especial e de outros Técnicos Especializados, de
responsabilidade do Ministério da Educação.
Os alunos do Ensino Pré-Escolar, na área da Componente de Apoio à Família dispõem de
Actividades de Prolongamento de Horário e usufruem do serviço de almoços. Utilizam, também
uma rede de Transportes Escolares gratuitos.
Os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico beneficiam do serviço de almoços, Actividades Extra-
Curriculares promovidas pela Câmara, de Subsídio para Livros e Material Escolar e de
Transportes Escolares gratuitos.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
47
Tabela 4 | Apoios proporcionados pela Autarquia aos alunos do Ensino Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico
Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico
CAF (Almoços +
Prolongamento de Horário)
Transportes Escolares Gratuitos
Almoços
Transportes Escolares Gratuitos
Subsídio para
Livros e Material Escolar
Actividades
Extra-Curriculares
Fonte: CMA - Educação
Tabela 5 | Actividades Extra-Curriculares / Número de Docentes / Anos Lectivos 2008/2009 e 2009/2010
Actividades
Extra-Curriculares
Ano Lectivo 2008/2009
Ano Lectivo 2009/2010
Nº
Docentes
Total
Nº Docentes
Total
Inglês
4
18
4
15
Música
0
1
Actividade Física e Desportiva
7
5
Expressão Artística 7
4
Outras Actividades - TIC
0
1
Fonte: CMA – Educação
As Escolas Básicas 2.3 de Arganil e Côja e a Escola Secundária de Arganil, dispõem de
serviços de refeições, através de Refeitório Escolar próprio, assim como são proporcionadas aos
seus alunos Actividades de Ocupação de Tempos Livros, dinamizadas pelos Técnicos da Cáritas
Diocesana de Coimbra.
A Escola Secundária de Arganil oferece, ainda, Cursos de Educação / Formação Profissional,
dirigidos a jovens que optem pela via profissionalizante.
Os jovens adultos e os próprios adultos podem, ainda, recorrer ao Centro de Novas
Oportunidades (Centro de Formação de Arganil, sedeado na Freguesia de Folques) , com o
objectivo de acrescerem a sua escolaridade e/ou melhorarem a sua qualificação profissional,
através do Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) ou de Formação
Profissional.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
48
6.2 | Insucesso e Abandono Escolar
A taxa de insucesso e de abandono escolar no Concelho de Arganil constitui uma
condicionante para a alteração do quadro de baixos níveis de escolaridade. De acordo com os
dados do INE de 2001, o Concelho dispunha os valores mais elevados de todo o Pinhal Interior
Norte – taxa de abandono escolar era igual a 4,37 %.
A taxa de retenção e desistência traduz o número de alunos que não transitam para o seguinte
ano de escolaridade.
Seguidamente, apresentam-se dados referentes ao ano lectivo 2008/2009.
Tabela 6 | Taxas de Retenção e Abandono Escolar / Ano Lectivo 2008/2009
Estabelecimentos de Ensino
Níveis de Ensino
2008/2009
(%) Retenção
2008/2009
(%) Abandono
Agrupamento de Escolas de Arganil
1º CEB 4 0
2º CEB 4,6 0
3º CEB 10 0
Agrupamento de Escolas de Côja
1º CEB 1,9 0
2º CEB 1,6 0
3º CEB 5,7 4,7
Escola Secundária de Arganil 9º+1; 10º,11º e 12º 24,3 1,4
Fonte: Estabelecimentos de Ensino do Concelho de Arganil
Como se pode verificar, o Agrupamento de Escolas de Arganil não apresenta alunos em
abandono escolar, comparativamente com o Agrupamento de Côja que regista alunos que
abandonaram o ciclo de estudos, apesar de totalizar menos alunos no geral. As Taxas de retenção
são mais elevadas no Agrupamento de Escolas de Arganil. A Escola Secundária de Arganil
apresenta uma elevada taxa de retenções.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
49
6.3.| Cursos de Formação - via Profissional
Cursos de Educação Formação de Adultos, Cursos de Educação Formação de Jovens,
Cursos de Aprendizagem, Modelares Certificados, Cursos Profissionais, Tecnológicos e Cursos de
Educação Formação
Tabela 7| CEFA Cursos de Educação e Formação de Adultos –
IEFP de Arganil
Designação da
Acção de Formação
N.º de Formandos
Data Início
Data Fim
Iniciais Actuais Desist.
Produção Florestal 16 9 7 24-11-2008 16-06-2010 Cuidados de Estética do Cabelo 17 8 9 05-01-2009 08-10-2010 Geriatria 14 9 5 09-03-2009 27-08-2010 Técnicas de Cozinha e Pastelaria
16 14 2 01-09-2009 31-12-2010
Electricidade de instalações 18 14 4 11-02-2010 05-07-2011 Técnicas de Cozinha/Pastelaria EFA –NS- S3 – Percurso Flexível
16
13
3
01-02-2010
15-06-2011
TOTAIS 97 67 30 Fonte: IEFP de Arganil (2009/2010)
Estes Cursos de Educação Destinatários: Educação e Formação de Adultos _ Nível Básico: Candidatos com idade igual ou superior a 18 anos Educação e Formação de Adultos _ Nível Secundário: Candidatos com idade igual ou superior a 23 anos
Tabela 8| Cursos de Aprendizagem
IEFP de Arganil
Designação da
Acção de Formação
N.º de Formandos
Data Início
Data Fim
Iniciais Actuais Desist.
Técnico de Alimentação e Bebidas
5 3 2 18-09-2009 10-09-2010
Técnico de Electricidade de Manutenção
5 5 0 01-10-2009 01-07-2010
Animação Sócio-Cultural 5 5 0 23-02-2010 22-11-2010 Electrotecnia (1º Período) 17 10 7 14-09-2009 06-05-2010 Electrotecnia (2º Período) 10 10 0 07-05-2010 09-01-2011 Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos – 1º Período
19
19
0
08-03-2010
15-11-2010
TOTAIS 61 52 9 Fonte: IEFP de Arganil (2010)
Destinatários: Aprendizagem: Candidatos com idade igual ou superior a 15 anos e inferior a 25 anos
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
50
Tabela 9| Cursos de Educação e Formação de Jovens
IEFP de Arganil
Designação da
Acção de Formação
N.º de Formandos
Data Início
Data Fim
Iniciais Actuais Desist.
Cuidados e Estética do Cabelo 14 8 6 08-09-2009 01-03-2011 TOTAIS 14 8 6
Fonte: IEFP de Arganil (2010)
Destinatários: CEF (Educação e Formação de Jovens) : Candidatos com idade igual ou superior a 15 anos e inferior a 23 anos
Tabela 10| Cursos de Formação Modelares Certificadas
IEFP de Arganil
Designação da
Acção de Formação
N.º de Formandos
Data Início
Data Fim
Iniciais Actuais Desist.
Cuidados de Estética e do Cabelo 14 14 0 15-01-2010 30-12-2010 Processamento de Texto e Folha de Cálculo – UFCD4
16 16 0 03-02-2010 06-05-2010
Língua Estrangeira – Iniciação – CLC_Lei
13 13 0 17-03-2010 06-05-2010
Planeamento e Desenvolvimento de Actividades de Tempos Livres
13 13 0 17-03-2010 10-05-2010
Prevenção e Primeiros Socorros 15 15 0 25-03-2010 20-05-2010 Higiene e Segurança Alimentar 13 13 0 17-03-2010 19-05-2010 Sistema HACCP (Hazard Anaysis and Critical Control Points )
10 10 0 30-03-2010 04-05-2010
Processamento de Texto e Folha de Calculo
16 16 0 22-03-2010 04-06-2010
Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho
12 12 0 13-04-2010 04-05-2010
Técnicas de Acção Educativa 2 2 0 20-04-2010 12-05-2010 Cuidados Humanos Básicos – Higiene e Apresentação Pessoal
11 11 0 22-04-2010 30-06-2010
Jardinagem e Espaços Verdes 20 19 1 03-05-2010 11-08-2010 Apoio Familiar à Comunidade 12 11 1 17-05-2010 02-07-2010 Cuidados Básicos de Saúde 12 12 0 05-05-2010 24-05-2010 Expressão Dramática, Corporal, Vocal e Verbal
10 10 0 12-05-2010 05-07-2010
Animação Sóciocultural 16 13 3 07-05-2010 01-10-2010 Cuidados e estética do Cabelo de Senhora – Técnicas de ondulação
1 1 0 27-04-2010 26-05-2010
Primeiros Socorros – Tipos de acidentes e formas de Actuação
19 19 0 25-05-2010 22-07-2010
TOTAIS 225 220 5 Fonte: IEFP de Arganil (2010)
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
51
Tabela 11 CURSOS PROFISSIONAIS
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL Ano Lectivo 2009/2010
Cursos Profissionais
ÁREA VOCACIONAL
N.º de Alunos
Ano
Animador Sociocultural 17 10º Ano Multimédia 26 10º Ano Técnico de Energias Renováveis 22 10º Ano Técnico de Secretariado 24 11º Ano Técnico de Gestão e Equipamentos Informáticos
17 11º Ano
Técnico de Energias Renováveis 14 11º Ano Técnico de Turismo Ambiental e Rural
22 11º Ano
Técnico de Secretariado 12 12º Ano Informática e Gestão 10 12º Ano Técnico de Manutenção Industrial/Electromecânica
12
12º Ano TOTAIS 167
Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)
Tabela 12 Cursos de Educação Formação – CEF
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL
Ano Lectivo 2009/2010
ÁREA VOCACIONAL
N.º de Alunos
Curso de Acção Educativa 15 TOTAIS 15
Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
52
Tabela 13 CURSOS CIENTIFICO-HUMANÍSTICOS
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL
Ano Lectivo 2009/2010
ÁREA VOCACIONAL
N.º de Alunos
Ano
Ciências e Tecnologia 66 10º Ano Línguas e Humanidades 23 10º Ano Ciências e Tecnologia 73 11º Ano Línguas e humanidades 12 11º Ano Ciências e Tecnologia 70 12º Ano TOTAIS 244
Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)
Tabela 14 CURSOS TECNOLÓGICOS
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL
Ano Lectivo 2009/2010
ÁREA VOCACIONAL
N.º de Alunos
Ano
Tecnológico de Acção Social 14 12º Ano TOTAIS 14
Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
53
6.4.| Oferta Formativa para 2010/1011
Tabela 15| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Arganil
1. Agrupamento de Escolas Arganil1. Agrupamento de Escolas Arganil
ÁÁrea Vocacionalrea Vocacional AnoAno CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso
DuraDuraççãoão CondiCondiçções especões especííficasficas RequisitosRequisitos
“ Artes e
Ofícios” 5º ano- 4º ano de Escolaridade;-Frequência do 5ºano de Escolaridade (Alunos até 15 anos);
- 1 ano escolar
Baixa motivação;-Família disfuncional;-Retenções; -Absentismo escolar;-Dificuldades de aprendizagem;
- Autorização Expressa dos pais;
“ Agricultura
Biológica/
Horticultura”7º ano
- 6ºano de Escolaridade;-Frequência sem aprovação do 7º ano de escolaridade, por indicação do Conselho de Turma e Aprovação do Conselho Pedagógico;
- 1 ano escolar
-Baixa motivação;-Família disfuncional;-Retenções; -Absentismo escolar;-Dificuldades de aprendizagem;
- Autorização Expressa dos pais;
• Percursos Curriculares Alternativos :
Cursos sujeitos aprovação pela DREC
Tabela 16| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Arganil
Agrupamento de Escolas ArganilAgrupamento de Escolas Arganil
ÁÁrea Vocacionalrea Vocacional tipotipo CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso
duraduraççãoão certificacertificaççãoão SaSaíídas Profissionaisdas Profissionais
Assistente
Administrativo
Tipo 2
Nível 2- Com o 6º ano de escolaridade, 7º ou frequência do 8º ano;-Idade igual ou superior a 15 anos;
- 2 anos;-9º ano de escolaridade;-Qualificação de nível 2
-Preparar, executar e arquivar correspondência e outra;-Identificar a empresa com as suas áreas funcionais e preencher documentação Comercial;-Aplicar os princípios básicos de comunicação no acolhimento, atendimento e encaminhamento;-Executar o trabalho contabilístico mensal;Executar tarefas de actividade administrativa, utilizando meios informáticos;
Operador de
Informática
Tipo 2
Nível 2
-Com o 6º ano de escolaridade, 7º ou frequência do 8º ano;-Idade igual ou superior a 15 anos;
- 2 anos;-9º ano de escolaridade;-Qualificação de nível 2
-Proceder à Instalação, manutenção e operação de micro-computadores;
-Instalar, configurar e operar com redes locais e internet;
-Instalar, configurar e operar software de escritório;
Tipo 3
Nível 2- Com o 8º ano de escolaridade ou frequência, sem aprovação, do 9º ano;- Idade igual ou superior a 15 anos;
- 1 ano escolar
-Diploma de conclusão do 9º ano;-Certidão de qualificação profissional (nível II);
-Proceder à Instalação, manutenção e operação de micro-computadores;
-Instalar, configurar e operar com redes locais e internet;
-Instalar, configurar e operar software de escritório;
• Cursos de Educação Formação (CEF):
Cursos sujeitos aprovação pela DREC
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
54
Tabela 17| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Coja
2. Agrupamento de Escolas 2. Agrupamento de Escolas CojaCoja
• Percurso Curricular Alternativo :
Área Vocacional Ano Condições de Acesso
Condições Específicas
Duração Requisito
Hortofloricultura 7ºano
- 6º ano de Escolaridade;-Frequência do 7ºano de Escolaridade -Alunos até 15 anos);
-Baixa motivação;-Família disfuncional;-Retenções; -Absentismo escolar;-Dificuldades de aprendizagem;
1 ano -Autorização Expressa dos
Pais;
Cursos sujeitos aprovação pela DREC
Tabela 18| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Coja
Agrupamento Escolas Agrupamento Escolas CojaCoja
• Cursos de Educação e Formação:
Cursos Tipo Condições de acesso
Duração Certificação Saídas Profissionais
Técnico de Apoio Familiar e à Comunidade
Tipo 2 Nível II
-6º ano de escolaridade;-7º ano de escolaridade ou frequência do 8º ano;
2 anos -Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU);
-Instituições de Apoio à Criança;-Centros de Cuidados Humanos;-Centros de Dia;-Lares de 3ª idade;-Escolas;-Centros de ATL;-Centros de Saúde;-Centros Educativos;
Serralharia CivilTipo 2
Nível II
-6º ano de escolaridade;-7º ano de escolaridade ou frequência do 8º ano;
2 anos -Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU)
-Empresas de Serralharia Civil;-Empresas de Montagem de Estruturas e Instalações Industriais;
Cursos sujeitos aprovação pela DREC
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
55
Tabela 19| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil
3. Escola Secund3. Escola Secundáária Arganilria Arganil
• Cursos de Educação e Formação (CEF):
CursosCursos TipoTipoCondiCondiçções de ões de
AcessoAcessoDuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão
SaSaíídas das profissionaisprofissionais
* Operador/a de Máquinas
Ferramenta/ CNC
Tipo 2 Nível II
-6º ano de escolaridade ou frequência, sem aprovação do 7º ano;
- 2 anos;-Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU);
- Operador/a de MáquinasFerramenta
- Operador/a de Máquinas
Ferramenta/ CNC
*Acção Educativa
Tipo 3 Nível II
-8º ano de escolaridade;-ou frequência, sem aprovação, do 9º ano;
- 1 ano;-Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU);
Acompanhante de crianças em:-Creches; -Jardins de Infância;-Centro de Actividades d e Tempos Livres;- Baby Sitting;
* Estágio integrado assegurado pela Escola em Empresas Externas
Tabela 20| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil
Escola SecundEscola Secundáária Arganilria Arganil• Cursos Profissionais:
CursosCursos Perfil ProfissionalPerfil ProfissionalCondiCondiçções ões de acessode acesso
DuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão SaSaíídas Profissionaisdas Profissionais
Técnico de Gestão e
Equipamentos Informáticos
-Montar, instalar e utilizar sistemas informáticos;-Fazer o diagnóstico e correcção de falhas no funcionamento de um sistema informático; -- Instalar e configurar computadores isolados ou em rede, dispositivos, periféricos e programas informático;
-9º de Escolaridade ou frequência sem aprovação do 10º ano;
- 3 anos;-Diploma de conclusão do nível secundário de educação;-Certificado de qualificação profissional (Nível III-EU);
Actividades Principais:-Instalação, manutenção e administração de equipamentos informáticos e redes. A concepção e especificação do projecto, implementação, avaliação porte e manutenção de sistemas e de tecnologias de processamento e transmissão de dados e transmissões.
Técnico de Energias
Renováveis
(variante sistemas solares)
-Programar, organizar, coordenar e executar a instalação, a manutenção e a reparação de sistemas solares térmicos e de sistemas solares foto voltaicos de acordo com as normas, os regulamentos e segurança e as regras de boas práticas aplicadas;
-9º ano de escolaridade ou frequência sem aprovação do 10º ano;
-3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos;-Certidão de qualificação Profissional (nível III – EU);
Actividades Principais:-Analisar o projecto de instalação;-Preparar as condições necessárias da instalação, manutenção e reparação de sistemas solares térmicos;-- Executar e supervisionar os ensaios do sistema solar térmico;
Técnico de Contabilidade
- Organizar e efectuar o registo e o tratamento de dados contabilísticos de uma empresa ou serviço público;
-9º ano de escolaridade ou frequência sem aprovação do 10º ano;
-3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos;-Certidão de qualificação Profissional (nível III – EU);
Actividades Principais:- Organizar e classificar os documentos contabilísticos;-Efectuar o registo das operações contabilísticas;-Contabilizar as operações, registando débitos e créditos;
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
56
Tabela 21| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil
Escola SecundEscola Secundáária Arganilria Arganil• Cursos Profissionais (continuação):
Cursos Perfil ProfissionalCondições de acesso
Duração Certificação Saídas Profissionais
Técnico de Higiene e
Segurança do Trabalho e Ambiente
Profissional qualificado apto a desenvolver actividades de prevenção e de protecção contra ricos profissionais.
-9º ano de escolaridade ou frequência do 10º ano de escolaridade;
- 3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos,-Certidão de qualificação Profissional (nível III –EU),
Actividades Principais:-Colaborar no planeamento e na implementação no sistema de gestão da empresa-Elaboração de diagnósticos e do plano de prevenção; -Participar na definição dos procedimentos a adoptar em situações de emergência;-Identificar perigos associados às condições de segurança.
Técnico de Manutenção Industrial/
Electromecânica
-Interpretar desenhos e outros dados complementares relativos a equipamentos;-Controlar o funcionamento de equipamentos, detectar e diagnosticar;-Planear e proceder àinstalação e ensaio de várias máquinas;
-9º de escolaridade ou frequência do 10º ano de escolaridade;
- 3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos,-Certidão de qualificação Profissional (nível III –EU),
-Metalomecânica;-Fabrico de Máquinas e Ferramentas;-Fabrico de componentes para Automóveis;
* Todos os Cursos Profissionais têm estágio integrado, assegurado pela Escola em Empresas Externas
Tabela 22| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil
Escola SecundEscola Secundáária Arganilria Arganil• Cursos Científico-Humanísticos
Cursos Formação Específica: Saídas Profissionais
Curso de Ciências e Tecnologias
O curso de Ciências e Tecnologias permite o prosseguimento de estudos, possibilitando ao aluno ter uma forte componente de carácter científico e tecnológico;
As disciplinas dependem:
- do curso escolhido;-- da oferta da escola;-- da preferência do aluno;
Actividades relacionadas com as seguintes áreas:
Saúde ; Ambiente;Informática ; Desporto;Engenharias ; Ciência
Curso de Ciências Sócioeconómicas
-O curso de Ciências Socioeconómicas permite o prosseguimento de estudos, possibilitando ao aluno ter uma forte componente de carácter socioeconómico.
Actividades relacionadas com as seguintes áreas:Acção Social Escolar; Administração Pública;
Assistente de Administração;Ciências Políticas e Relações Internacionais;
Economia ; Contabilidade;Organização e gestão de Empresas
Curso de Línguas e Humanidades
-O curso de Línguas e Humanidades permite o prosseguimento de estudos, permitindo ao aluno ter uma forte componente nas áreas das Línguas e Humanidades.
Actividades relacionadas com as seguintes áreas:
Política Social ; DireitoPsicologia ; Estudos EuropeusJornalismo ; Relações Públicas
Ciências Politicas e Relações InternacionaisMarketing ;
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
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Tabela 23| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil
Escola SecundEscola Secundáária de Arganilria de Arganil
Actividades:Actividades:
-Diagnóstico e Encaminhamento;
-Cursos de Educação e Formação de Adultos – Técnico de Apoio à Gestão; Técnico de Gestão de Redes-Informática
-Reconhecimento de Competências – Processo de RVCC Básico e Secundário;
-Formação Modular Certificada UFCD 25h e 50h
-Vias alternativas de conclusão do Ensino Secundário – Realização de Exames e/ou UFCD 25h e 50h ;
-Aconselhamento e orientação após certificação;
-Curso de Especialização Tecnológica (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital): Gestão de Redes e Sistemas Informáticos
• Centro de Novas Oportunidades:
Tabela 24| Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional
4. Centro de Emprego e Forma4. Centro de Emprego e Formaçção de Arganilão de Arganil
Cursos Condições de Acesso Início Fim
Local de Formação
CertificaçãoSaídas
profissionais
Técnico (a) de esteticista e cosmetologia
-9º ano de escolaridade concluído;- De 15 a 22 anos;
Setembro 2010 A definir
Quinta do Mosteiro -Folques
- 12º ano de escolaridade;
Técnico (a) de esteticista e cosmetologia
Técnico/a de Comunicação –Marketing, Relações Públicas e Publicidade
-9º ano de escolaridade concluído;-menos de 25 anos;
Setembro 2010 A definir
Quinta do Mosteiro -FolquesArganil
- 12º ano de escolaridade;
Técnico/a de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade
• Cursos de Aprendizagem (Equivalência ao 12º ano)
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
58
Tabela 25| Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional
Centro de Emprego e FormaCentro de Emprego e Formaçção de Arganilão de Arganil
Cursos Nível Qualificação
Condições de Acesso Inicio Fim
Local de Formação
CertificaçãoSaídas
profissionais
Serviço de Mesa
22
--66ºº ano de ano de escolaridade escolaridade concluconcluíído;do;--Jovens: 15 e Jovens: 15 e 22 anos de 22 anos de idade;idade;
1414--0606--20102010 A A definirdefinir
Quinta do Quinta do Mosteiro Mosteiro --FolquesFolques
-- 99ºº ano de ano de escolaridade;escolaridade;
Empregado (a) Empregado (a) de Mesade Mesa
• Cursos de Educação Formação de Jovens:
--Empresas Empresas Alimentares;Alimentares;--Controlo Controlo Alimentar;Alimentar;-- HACCPHACCP
Técnico de Controlo de Qualidade Alimentar
Quinta do Quinta do Mosteiro Mosteiro --FolquesFolques
A definirA definirSetembroSetembro
-- 1212ºº ano ano completo completo (Escolar)(Escolar)
--Jovens: 15 e 22 Jovens: 15 e 22 anos de idade;anos de idade;
ProfissionalProfissionalTécnico de Controlo de Qualidade Alimentar
Saídas profissionaisCertificação
Local de Formação
FimInicioCondições de Acesso
TipoCursos
Tabela 26| Oferta Formativa – Instituto de Emprego e Formação Profissional
Instituto de Emprego e FormaInstituto de Emprego e Formaçção Profissional de Arganilão Profissional de Arganil
• FORMAÇÃO MODULAR PÓS-LABORAL (COM + 18 ANOS)
ÁÁreas:reas: MMóódulos:dulos: ObservaObservaçções:ões:
-Informática;
-Estética;
-Cozinha;
-Geriatria;
-Saúde;
-Secretariado;
-Outros
De 25 ou de 50 horas É capitalizável para a conclusão, respectivamente do 9º ano ou do 12º ano de escolaridade
Operador de Máquinas Agrícolas
- 9º ano escolaridade;
19/09/20107/06/2010- Indivíduos a partir de 18 anos;-4º ano;
- 6º ano;
Operador de Máquinas Agrícolas
SaSaíídas das profissionaisprofissionaisCertificaCertificaççãoãoFimFimInInííciocioDestinatDestinatáários:rios:Requisitos:Requisitos:Curso:Curso:
• Formação Modular – Percursos Incompletos:
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
59
Tabelas 27e 28| Oferta Formativa – EPTOLIVA
5. EPTOLIVA5. EPTOLIVA
CursosCursos LocalLocal TipoTipo CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso DuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão
SaSaíídas das profissionaisprofissionais
TTéécnico de cnico de Sistemas de Sistemas de InformaInformaçção ão GeogrGeográáficafica
ArganilArganil IIIIII --99ºº ano de ano de Escolaridade;Escolaridade;
--3 anos;3 anos;
-Curso de Nível Secundário de Educação;
-Qualificação Profissional de nível 3;
-- TTéécnico de cnico de Sistemas de Sistemas de InformaInformaçção ão GeogrGeográáficafica
TTéécnico de cnico de Gestão e Gestão e
ProgramaProgramaçção ão de Sistemas de Sistemas InformInformááticosticos
ArganilArganil
IIIIII --99ºº ano de ano de Escolaridade;Escolaridade;
--3 anos;3 anos;
-Curso de Nível Secundário de Educação;
-Qualificação Profissional de nível 3;
-- TTéécnico de cnico de Gestão e Gestão e
ProgramaProgramaçção de ão de Sistemas Sistemas
InformInformááticosticos
• Cursos Profissionais – Equivalência 12º ano
EPTOLIVAEPTOLIVA
CursosCursos LocalLocal TipoTipo CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso DuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão
SaSaíídas das profissionaisprofissionais
Técnico de Restauração – variante: Restaurante
- Bar
Tábua III -9º ano de Escolaridade;
-3 anos;- Curso de Nível Secundário de Educação;-Qualificação Profissional de nível 3;
- Técnico de Restauração –
variante Restaurante Bar
• Cursos Profissionais – Equivalência 12º ano
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
60
77 || JJuuvveennttuuddee
A criação de oportunidades no domínio da formação e empregabilidade, a disponibilização de
programas, equipamentos e espaços especificamente dirigidos aos jovens, atendendo às suas
ideias e aspirações, motivando-os a tomar iniciativas e a colaborar é um dos objectivos prioritários
da acção da Câmara Municipal de Arganil.
É cada vez mais importante ter os jovens como co-protagonistas da nossa acção e desenvolver
uma actuação integral em matéria de Juventude que conduza à criação de condições para a sua
efectiva participação, individual e colectiva, na vida pública municipal permitindo–lhes permanecer
no concelho, com Qualidade de Vida.
O Municipio de Arganil tem como linha de acção uma política juvenil coerente, sustentada,
dinâmica e objectiva, que resulta da observação atenta da realidade e da consciência dos
movimentos e mudanças que a sociedade regista de forma cada vez mais acelerada.
Acompanhar as dinâmicas sociais juvenis reflecte-se na sua linha de acção, nomeadamente na
promoção de oportunidades, apoiando e incentivando um vasto leque de acções criteriosamente
vocacionadas para os interesses dos jovens, apostando na sua continuidade e simultaneamente
na inovação.
7.1 | Empregabilidade e Empreendedorismo (População jovem)
Num contexto de dificuldades económicas e sociais sobretudo para as novas gerações, o
Municipio assume-se como promotor da inovação e da Mudança. O Emprego, a Valorização
Pessoal e Profissional e o Empreendedorismo são uma das primeiras preocupações para as quais
se procuram encontrar propostas capazes de criarem soluções e novos objectivos.
• Criação do Centro Empresarial e Tecnológico de Arganil, composto por 15 Gabinetes
disponíveis para receber projectos de empreendedorismo que possam contribuir para
potenciar o processo de desenvolvimento económico do Concelho de Arganil,
nomeadamente através de:
1. Dinamização do Concurso de Ideias de Negócio “Inov’Arganil” que pretendeu
constituir-se como um estímulo ao desenvolvimento de conceitos de negócio em
torno dos quais se perspective a criação de novas empresas, tendo concorrido
todas as pessoas singulares ou colectivas que se manifestaram interessadas. Foi
oferecido um período de incubação gratuito na Incubadora do Centro Empresarial
e Tecnológico de Arganil, a qual dará apoio na elaboração de cada um dos Planos
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
61
de Negócio ás três melhores Ideias de Negócio que saíram vencedoras deste
concurso.
2. Desenvolvimento de um Curso de Empreendedorismo, em estreita articulação
entre o Município de Arganil e o Gabinete de Apoio às Transferências do Saber da
Universidade de Coimbra, que teve como principal objectivo dotar os possíveis
empreendedores das competências pessoais e técnicas necessárias ao
desenvolvimento de projectos empresariais com viabilidade económica.
• Apresentada e aprovada pela Agência Nacional ProAlv a candidatura “ In Europe –
Inclusão de Oportunidades para os Europeus de Arganil”, do Municipio de Arganil no
âmbito do Programa de Mobilidade “ Leonardo Da Vinci” , que possibilitará que durante o
ano de 2011, treze jovens do Concelho de Arganil realizem um Estágio de 14 Semanas
em Espanha, Itália, República Checa ou Polónia. Pretendemos assim apostar na
Formação Profissional e linguística dos jovens do concelho, complementando-a com
experiências práticas internacionais de qualidades que lhes permitam melhorar a sua
capacidade de resposta a novos desafios que os prepare para um mercado de trabalho
exigente e competitivo.
7.2 | Projectos Culturais e Artísticos/ Cidadania
O Municipio deve estar atento aos movimentos espontâneos da sociedade e proporcionar os
meios necessários à concretização dos seus projectos culturais e artísticos, não devendo no
entanto divorciar-se do seu papel orientador e promotor de acções de interesse garantido,
contribuindo decisivamente para a formação cultural, intelectual e artística dos jovens.
Nesse sentido, o Municipio tem estabelecido parceria com as Associações Juvenis e Escolas do
Concelho para concretizar a realização de Eventos que perspectiva como importantes para os
Jovens.
Arganil Rock: Organizado por todas as Associações Juvenis do Concelho este projecto
comum, pela capacidade de se reinventar e de associar bandas com projecção Nacional com
bandas locais, tem-se revelado como uma mais valia cultural e comercial para a região da Beira
Serra, mais especificamente para todos aqueles que representam, os jovens. Associado ao
Festival, surge ainda um carácter solidário que pretender chamar a atenção sobre e intervir de
forma activa nas problemáticas sociais vividas no concelho e que se traduz na doação de uma
verba que depende dos apoios conseguidos, ao APPACDM de Arganil.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
62
Argus Free World: A Câmara Municipal de Arganil foi um parceiro estratégico do
Projecto “Argus Free World” da Escola Secundária de Arganil que ficou em 1º lugar na 2ª edição
do concurso “Rock in Rio Escola Solar”, tendo sido a Escola contemplada com um financiamento
de 15 mil euros para a implementação do mesmo.
O “Argus Free World” é um projecto social, ambiental e cultural da Escola Secundária de Arganil
e foi desenhado por alunos dos cursos técnicos de Animação Sociocultural e Turismo Rural e
Ambiental, tratando-se de um projecto direccionado para a conservação e preservação do
ambiente, de desenvolvimento ambiental, que pretende impulsionar o desenvolvimento social e
económico.
O projecto foi desenvolvido em torno da Agricultura Biológica e a partir deste pilar Argus Free
World criou um programa de actividades sociais, ambientais e culturais que culminou num evento
final em Arganil – ARGUS FREE WORLD – eu também VOU, realizado dia 22 de Maio de 2010 e
que se pretende continuar a realizar no Futuro com um carácter Bianual, mantendo as parcerias e
as sinergias criadas na elaboração da Candidatura e na implementação do Projecto.
Programa Cuida-te: Foi elaborada e aprovada uma Candidatura com as Associações
Juvenis ao Programa Cuida-te que pretende educar para a saúde, promovendo a aquisição de
conhecimentos e competências nesta área, de forma global e integradora, inter-relacionando as
suas diferentes componentes: somáticas, psico-afectivas e sociais.
Desenvolveram-se as Seguintes Actividades:
1. Medida 1 – Unidades Móveis - Teve como principal objectivo criar um serviço de
proximidade junto da população mais jovem. As Unidades Móveis, devidamente
apetrechadas e com uma equipa técnica especializada na área da saúde juvenil,
deslocam-se para realizar o atendimento e aconselhamento aos jovens, bem
como realizar acções de sensibilização.
2. Medida 2 - Formação - Promoveu acções de formação presencial dirigida
circunstanciadamente a cada um dos públicos que constituem os destinatários do
presente programa, devidamente adaptados e adequados: Professores e Encarregados
de Educação.
3. Medida 3 – Teatro debate - Promoveu acções de Teatro debate sobre tema de interesse
dos Jovens relacionadas com a promoção da sua saúde, que estimularam a reflexão e o
debate sobre problemas que querem discutir: " Nem muito simples, nem demasiado
complicado" . Temática abordada: Sexualidade Juvenil.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
63
7.3 | Actividades Organizadas pelo Municipio:
• Comemorações do Dia Internacional da Juventude (12 de Agosto de 2009) com o
desenvolvimento de Actividades Radicais (Paintball, Slide, Pontes Tirolesas, Piscina e
Lanche na Mata da Santa Casa da Misericórdia de Arganil).
• Candidatura ao Programa OTL no âmbito da Temática de Desporto.
• Mês da Juventude
Durante o mês de Abril o Município de Arganil programou várias actividades destinadas a dedicar
um espaço à Juventude.
O objectivo foi criar uma verdadeira agenda da juventude para o Concelho, onde se foi ao
encontro dos interesses dos jovens, conciliando áreas tão distintas como o desporto, a pintura e a
educação para a cidadania.
1. Desenvolveu-se um workshop de pintura mural no Centro de Actividades Juvenis com o
Mário Vitória que vai continuar a ser dinamizado no mês de Maio.
2. No dia 19 de Abril e em colaboração com a Associação Portuguesa de apoio à Vitima,
realizou-se no auditório da Biblioteca Municipal Miguel Torga um debate sobre a violência
e discriminação, dirigido à comunidade escolar, depois do visionamento de um filme sobre
a temática.
3. Dia 24 de Abril decorreu no Sub- Paço, em Arganil, uma tarde radical, com Paintball, slide,
parede de escalada, uma bola insuflável gigante.
A participação entusiasmada dos Jovens nas acções dinamizadas pelo Municipio durante o Mês
da Juventude revelam a importância de continuar de forma sistemática e articulada a organizar
iniciativas que se revelem simultaneamente espaços privilegiados de diversão e aprendizagem.
7.4 | Tempos Livres e Cidadania
• O Programa “Tardes de Verão” integra-se desde 2009 no Programa de Férias
dinamizado pelo Município de Arganil.
Durante os meses de Julho e Agosto são dinamizadas tardes de cinema, passeios, actividades de
expressão plástica, oficina da culinária, participação num programa de rádio, tardes de Karaoke,
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
64
informática, culminam com a entrega pelo Presidente da Câmara Municipal de Arganil de
Certificados de Participação aos Jovens mais assíduos nas actividades do Programa.
O principal objectivo do Município com a realização deste programa é possibilitar o
desenvolvimento do espírito de iniciativa, a capacidade criativa e crítica e a realização pessoal dos
Jovens, desempenhando assim, um papel determinante na sua formação pessoal e social.
• Atelier "Vamos representar com Saúde".
O Município de Arganil, pretendendo contribuir para a qualidade de vida da sua população, tem
realizado o Atelier durante os períodos de Férias Escolares (Natal, Páscoa, Verão) e desenvolve
actividades nas áreas:
• Teatro
• Actividade Física e Desportiva
• Expressão Plástica
Todas estas áreas são desenvolvidas por Profissionais especializados e os conteúdos abordados
estão naturalmente ajustados às idades das crianças (6-12 anos) que o frequentam.
Após dois anos de existência, este Atelier conta já com a participação de mais de 300 crianças, o
que nos permite verificar que o Atelier é já um hábito saudável nas Férias das crianças do
Concelho.
• Férias Desportivas
Durante os meses de Julho e Agosto Município de Arganil organiza o Programa "Férias
Desportivas" que se realiza no período das manhãs entre as 09h e as 12h30 na Escola
Secundária de Arganil.
Este programa tem como destinatários os jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 18
anos, os quais vai desenvolver actividades como: Futebol, Voleibol, Andebol, Basquetebol,
Atletismo, entre outras.
• Atribuição de Bolsas – Universidade de Verão 2010
A Universidade de Coimbra através do Programa Universidade de Verão pretende proporcionar
um primeiro contacto com o Ensino Superior, podendo cada aluno escolher a área de saber da
sua preferência (Física, Matemática, Química, Economia, Desporto, Medicina, Farmácia,
Psicologia e Educação, Letras, Direito e Tecnologias).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
65
No dia 01 de Julho realizou-se no salão Nobre da Câmara Municipal de Arganil, a Cerimónia de
atribuição de Bolsas para a Universidade de Verão 2010 aos melhores alunos de cada turma do
11º ano da Escola Secundária de Arganil.
Desta forma, o Municipio assume a responsabilidade de através da atribuição de bolsas premiar
quem se distingue pelo seu mérito, com uma experiência que lhes abre oportunidades para que
estes prossigam os seus estudos e invistam no seu futuro.
Num mercado de trabalho cada vez mais exigente, acreditamos que o desenvolvimento do
Concelho passa inequivocamente pela formação dos seus jovens e nesse sentido cabe-nos a
responsabilidade de promover acções que como esta motivem.
8.| Saúde
O centro de saúde de Arganil é constituído pela sua sede, na Vila de Arganil e as suas18
extensões, pois duas encontram-se encerradas (dependentes do centro de saúde). Está
vocacionado para a prestação de cuidados de saúde primários. A sua actuação é dirigida, nesta
data, a cerca de 15228 utentes, quer residentes no concelho quer em concelhos limítrofes.
O Centro de Saúde de Arganil assegura, alguns actos ambulatórios (consultas médicas,
enfermagem, tratamentos, vacinação, etc.), cuidados de urgência (consultas médicas, consultas
de enfermagem, tratamentos dirigidos à situação do utente), internamento (cuidados inerentes a
um serviço de internamento da área da medicina) e outros tipos de serviço, como por exemplo,
serviços de radiologia, ecografia, e laboratório de análises clínicas.
Quadro nº 15 – Caracterização do Centro de Saúde de Arganil
Unidade Saúde N.º de
Médicos N.º de
Enfermeiros N.º de
técnicos N.º de
Fisioterapeutas N.º de
Administrativos outros N.º de
camas
Centro de saúde de Arganil
10 18 10 0 17 19 12+2
Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – 2009
O Centro de Saúde de Arganil, com o número de médicos de clínica geral de que dispõe
(10), não pode fazer uma cobertura médica eficiente aos seus utentes, pois a relação
médico/utente (1/1650), não se encontra dentro dos limites estabelecidos por lei. Atendendo ao
facto de ter que manter o Serviço de Urgência Básica (SUB), aberto 24 horas por dia, os períodos
de férias tornam-se problemáticos e é difícil (sem exigir um esforço suplementar aos profissionais
de saúde), realizar uma cobertura de saúde sem reclamações.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
66
Actualmente o Centro de Saúde de Arganil dispõe de:
.1. 9 médicos de clínica geral;
.2. 1 médico de saúde pública;
(existem 3 lugares no quadro, não preenchidos);
.3. 18 enfermeiros;
Relativamente aos técnicos, administrativos e outros:
.4. 1 técnico de Saúde Ambiental;
.5. 1 técnico superior de laboratório;
.6. 2 técnicos auxiliar de laboratório;
.7. 4 técnicos de radiologia;
.8. 1 técnico de serviço social
.9. 17 administrativos;
.10. 19 auxiliares.
Os médicos, os técnicos, pessoal administrativo e auxiliar, repartem-se pelas extensões de
saúde existentes no concelho.
Relativamente às extensões do Centro de Saúde de Arganil, estas são como se pode ver no
quadro 6, em quase todas as sedes de freguesia e alguns lugares, com excepção da freguesia de
Celavisa.
Quadro n.º 16 – Caracterização do equipamento de saúde existente – Extensões de Saúde
existentes no Concelho
Extensão de Saúde N.º de utentes
inscritos N.º de
Médicos N.º de
Enfermeiros N.º de Auxiliares
N.º de Administrativos
Anceriz 101 Barril de Alva 254 Benfeita 155 Camba 38 Casal Novo 46 Cepos 112 Cerdeira 228 Coja 2858 2 2 1 2 Folques 183 Moura da Serra 76 Piodão 87 Pomares 582 Pombeiro da Beira 214 S. Martinho da Cortiça
1694 1 1 1 1
Sarnadela 80 Teixeira 141 Torrozelas 45 Vila Cova de Alva 208 Total 7102 3 3 2 3
Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM / Arquivo do CSA
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
67
Apenas as extensões de Coja e S. Martinho da Cortiça, possuem médicos a tempo inteiro,
as restantes extensões, não têm pessoal fixo. Os técnicos de saúde realizam o atendimento em
dia e hora previamente estabelecido.
Nestas extensões e no Centro de Saúde são assistidas as populações de todo o concelho
e algumas dos concelhos vizinhos, como é o caso das localidades de Ádela (concelho de Góis),
Paradela (concelho de Penacova), Avelar, Fontão, Moita da Serra e Pinheiro de Coja (concelho de
Tábua), Digueifel e Pinheirinho (concelho de Oliveira do Hospital), Vale de Pardieiros, Cavaleiros
de Baixo, Cavaleiros de Cima, Castanheira da Serra, Covanca, Porto da Balsa, Quinta da
Pequena e Ceiroco (concelho da Pampilhosa da Serra).
A sede do Centro de Saúde de Arganil presta ainda assistência às populações que
normalmente seriam servidas na extensão de Celavisa, uma vez que esta como já se referiu
encontra-se desactivada.
Igualmente, os utentes da extensão de Vinhó, uma vez que esta também se encontra
encerrada, se deslocam à extensão de saúde de Vila Cova de Alva.
As camas encontram-se distribuídas pelas duas enfermarias existentes, 6 camas na
enfermaria para homens e 6 camas na enfermaria para mulheres. Existem mais 2 camas para a
sala de observações (SUB).
Segundo as Normas do GEPAT, o número de camas deve obedecer ao seguinte critério:
1.6 camas/1000 habitantes. Recentemente com a abertura da Unidade de Cuidados Continuados,
Dr. Fernando Vale, da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, os utentes passaram a dispor de
mais de 24 camas.
Para uma população inscrita no Centro de Saúde de Arganil de 15228 utentes, o ratio
profissionais de saúde/utentes é o seguinte:
• Médico / utente – 1/1650;
• Enfermeiro / utente – 1/868;
• Administrativo / utente – 1/ 868
Relativamente à unidade de internamento a funcionar no Centro de Saúde de Arganil, no
ano de 2009, como podemos observar do quadro 24, apenas 70 utentes necessitaram de
internamento.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
68
Quadro n.º 17– Internamento (ano de 2009)
Dados genéricos do internamento / ano 2009
N.º de internamentos 70
Demora média de internamento ( em dias) 39.75
Taxa de ocupação 67.53%
Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – 2009 e Gabinete de Acção Social da C.M.A.
Com uma lotação oficial de 12 camas, foram internados no Centro de Saúde de Arganil,
durante o ano de 2009, 70 utentes.
A taxa de ocupação média foi de 67,53%, com uma demora média de 39,75 dias de internamento.
Relativamente ao Serviço de Urgência Básica (SUB), durante o ano de 2009, este serviço
prestou cuidados de saúde a 23416 utentes.
Quadro n.º 18 – Atendimentos efectuados pelo Centro de Saúde de Arganil (ano de 2009)
Total de utentes atendidos 23416
Destino
Domicílio / Ambulatório 20878
Internamento CS 111
Enviados Cuidados
Hospitalares
2401
Falecidos 26
Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – 2009 e Gabinete de Acção Social da C.M.A.
Destes 23416 utentes, 111 ficaram internados no Centro de Saúde (enfermaria ou sala de
observações), por um período superior a 24 horas. A grande maioria (20878) teve alta para o
domicílio ou foram enviados ao seu médico de família. 2401 utentes, foram enviados aos cuidados
de saúde secundários (HUC e Hospital Pediátrico de Coimbra) e 26 faleceram.
Relativamente ao serviço de ambulatório e domiciliário, durante o ano de 2009 foram
efectuadas 67157 consultas no ambulatório e foram efectuadas 89 visitas ao domicílio, e 927 de
enfermagem.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
69
Quadro n.º 20 – Ambulatório, SAP e Domicílios – Movimento do Centro de Saúde de Arganil
(1996 a 2009)
Áreas 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Ambulatório
Saúde Infantil 4007 3480 3717 3656 2754 3502 3744 3250
Saúde do Adolescente 892 831 650 912 832 931
Saúde de Adultos 47547 51265 22120 22452 17895 23377 22661 2278
6
Saúde do Idoso 24546 25610 21420 26362 26541 2638
0
Total 51554 54745 51275 52549 42719 54153 53778 5334
7
SAP
Total de
Atendimentos
27747 2439 24744 2631 23802 23921 26775 25262
Visitas ao domicílio 56 20 56 98 34 161 140 103
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
70
Áreas 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ambulatório
Saúde de Adultos 4637
9
4417
9
4142
2
3712
4
3587
5
3796
7
Saúde Infantil 3737 3447 3215 2771 2625 2630
Saúde Materna 413 493 548 519 516 590
Outras 2642
6
2790
2
2713
3
2650
1
2673
0
2597
0
Total 7695
5
7602
1
7231
8
6691
5
6574
6
6715
7
SAP/SUB
Total de
Atendimentos
25344 26883 26094 24686 24604 23565
Visitas ao domicílio 54 50 67 70 54 89
Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – Gabinete de Acção Social da C.M.A.
No que diz respeito as acções desenvolvidas pela equipa de enfermagem do Centro de
Saúde de Arganil, para além das intimamente ligadas à enfermagem propriamente dita, estas
são do tipo alimentação/nutrição, desenvolvimento do crescimento, prevenção de acidentes,
vacinação, métodos de contracepção, prevenção contra o cancro e saúde mental.
O número de utentes atendidos nestas áreas foi no ano de 2003, de cerca de 5494.
No gráfico abaixo o número de utentes atendidos é visível pelas várias áreas.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
71
Gráfico n.º 26 – EDUCAÇÃO PARA a SAÚDE
Educação para a Saúde
2167
1088
314
1158
465 217 85Alimentação/Nutrição
Desenvolv .Crescimento
Prevenção acidentes
Vacinação
Contracepção (Métodos)
Prevenção Cancro
Saúde Mental
Fonte: Gabinete de Acção Social da C.M.A (arquivo do CSA).
A vacinação é uma forma de fortalecer o organismo contra determinadas infecções, cujos
princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só tenham sido utilizados de
forma moderna e massiva neste século.
Trata-se de uma das maiores vitórias da Medicina, e também uma das menos reconhecidas.
Efectivamente, muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação.
Actualmente, no nosso País, existe um Programa Nacional de Vacinação dedicado
essencialmente às crianças, atendendo que a maioria das doenças que pretende evitar são de
maior incidência infantil. Este programa nacional consiste na administração gratuita, efectuada nos
Centros de Saúde, das seguintes vacinas:
Uma vacina contra a Tuberculose;
Uma vacina contra a Hepatite B;
Uma vacina conjunta contra a Difteria, a Tosse Convulsa e o Tétano;
Uma vacina contra a Poliomielite;
Uma vacina contra o Haemophilus influenza tipo b;
Uma vacina conjunta contra o Sarampo, a Papeira e a Rubéola;
Embora a maioria destas vacinas sejam apenas administradas em crianças, existem duas
que podem ser administradas em qualquer fase da vida adulta: a vacina isolada contra o tétano
(de 10 em 10 anos) e a vacina contra a Hepatite B (sempre que se tenha um comportamento de
risco - ex: toxicomania, promiscuidade sexual, etc.).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
72
Consultados os registos vacinais do Centro de Saúde de Arganil e tendo em conta que a
imunidade conferida por algumas vacinas tende a atenuar-se com o tempo (necessitando, assim,
de novos estímulos para a produção de mais anticorpos), podemos concluir que a cobertura
vacinal é satisfatória entre a camada mais jovem da população, mas é deficiente nos adultos e nos
idosos, em especial na protecção contra o tétano, como se pode observar no quadro 27.
Quadro n.º 21 – Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas ( ano
2003)
Vacinas Total
Tétano e Difteria (Td) 849
Difteria e Tétano (DTP) 119
Sarampo, Parotidite e Rubéola (VASPR) 307
Difteria, Tétano, Tosse Convulsa e Haemophilus Influenzae B (DTPw Hib) 383
Rubéola 0
Hepatite B (VHB) 339
Poliomielite (VAP) 375
Total 2372
Fonte: Arquivo do CSA
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
73
Quadro n. 22 – Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas (ano 2009)
Vacinas Total
Tétano e Difteria (Td) 2060
Sarampo, Parotidite e Rubéola (VASPR) 179
Difteria, Tétano, Pertussis (DTPa) 80
Difteria, Tétano, Pertussis , Poliomielite (DTPa vip) 93
Difteria, Tétano, Pertussis , Haemophilus inluenzae b, Poliomielite (DTPa Hib
Vip)
252
Hepatite B (VHB) 305
Virus Papiloma Humano (HPV) 367
Doença Meningocócica C (MenC) 246
BCG 30
Total 3612
Fonte: Arquivo do CSA
8.1 | Serviços de Saúde Privados
Em termos de serviços de saúde privada, existe em Arganil uma policlínica, com as seguintes
valências: Cardiologia, Cirurgia, Clínica Geral, Estomatologia, Gastroenterologia, Neurologia,
Obstetrícia, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia e Otorrinolaringologia.
Para além destas especialidades, efectua exames do tipo: endoscopia digestiva e
rectosigmoidoscopia.
Para além desta clínica, existem ainda 17 consultórios nas três vilas com mais população,
isto é, na vila de Arganil, Coja e S. Martinho da Cortiça.
Por especialidades, podemos encontrar nas seguintes vilas, ver quadro
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
74
Quadro n. 23 – Consultórios existentes no concelho
Consultórios Arganil Coja S. Martinho da
cortiça
Clínica Geral 2 1 0
Estomatologia 4 1 0
Ortopedia 1 1 0
Oftalmologia 1 1 0
Laboratório de Análises Clínicas (postos de recolha) 2 1 1
Medicina do trabalho 1 0 0
Total 11 5 1
Fonte: Gabinete de Acção Social da C.M.A (arquivo do CSA).
No que diz respeito às farmácias, o critério de programação refere para uma capitação
(população do último censo*1.5), que não deverá ser inferior a 4000 habitantes.
No caso em estudo, concelho de Arganil, existem quatro farmácias, duas na vila de Arganil, uma
na vila de Côja e uma em S. Martinho da Cortiça, que corresponde a uma capitação de cerca de
5109 habitantes por farmácia (o que se enquadra no valor padrão), justificando-se claramente este
número de farmácias existentes no concelho, aliás existe ainda espaço para a criação de mais
uma farmácia, cumprindo com os critérios de programação.
Uma vez que o concelho de Arganil é extenso e disperso, julgamos que se justifica o
número, uma vez que evita grandes deslocamentos por parte da população para chegar a este
tipo de serviço.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
75
8.2 | População Portadora de Deficiência
Segundo dados do INE de 2001, 679 residentes no concelho de Arganil eram portadores
de deficiência.
No que diz respeito ao tipo de deficiência verifica-se que a deficiência motora é a que
abrange um maior número de indivíduos (213), seguida pela deficiência visual (137) e mental
(114).
Quadro n.º 24 – População Residente com Deficiência, Segundo o Tipo de Deficiência e Sexo
Unidade Geográfica
Sem Deficiência
Com Deficiência
Total Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral
Outra
HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Conc. de Arganil 12944 6142 679 379 80 36 137 65 213 140 114 61 22 12 113 65
Dist. de Coimbra 32582 17118 32582 17118 4140 2196 8022 3847 8228 4689 3543 1840 686 367 7963 4179
Fonte: INE, Censos 2001 (Resultados Definitivos)
8.3 | População com Demências
Quadro n.º 25 - População com Demência registada nas IPSS do Concelho, em Julho de 2010
Instituição
Demência Défice
Cognitivo
Alzheimer Parkinson Esquizofrenia Foro
Psiquiátrico
Sindroma
Down
Total
Assistência Folquense 3 3 4 1 2 13
C.S.P.
Benfeita
2 2
Casa do Povo
Cerdeira e Moura da Serra
4
4
5
13
C. S. P.
Anseriz
1 1
C. S. P.
Sarzedo
3 6 9
C.S. P. Côja 4 3 1 8
S.C.M. Vila
Cova de Alva
1 1
S.C.M. de Arganil 48 48
Total 63 3 17 6 2 3 1 95
Fonte: Dados fornecidos pelas IPSS (Julho 2010)
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
76
8.4 | Toxicodependência
Quadro N.º 26 - Indivíduos indiciados com processos de contra-ordenação por Consumo
de Drogas Ilícitas do Concelho De Arganil
Dados de Consumos de Toxicodependência
Anos
N.º de Indivíduos
2001 0 2002 1 2003 0 2004 3 2005 4 2006 6 2007 7 2008 1 2009 11
Julho 2010 5 Total 38
Fonte: Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência Como se pode observar no quadro a maior percentagem de indivíduos com processos de
contra-ordenação por consumo de drogas ilícitas, especialmente de haxixe, situa-se no grupo
etário dos 20 aos 24 anos com 47,4%, seguindo-se o grupo etário dos 16 aos 19 anos de idade
com 34,2%.
A entidade sinalizadora é em regra a GNR.
Grupo Etário
Entidades Sinalizadoras
GNR PSP Ministério Público
PJ Total
[16 – 19 Anos] 10 0 3 0 13 [20 – 24 Anos] 11 3 4 0 18 [25 – 29 Anos] 0 1 0 0 1 [30 – 34 Anos] 0 1 0 0 1 [35 – 39 Anos] 2 1 1 1 5
TOTAL 23 6 8 1 38
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
77
7.5 | Violência Doméstica – Dados Gerais
De acordo com os dados registados pela GNR de Arganil, foram registados no Posto, os
seguintes dados sobre a Violência Doméstica:
Quadro n.º 27 – N.º Sinalizações – Violência Doméstica
Ano Nº Sinalizações
2008 56
2009 27
2010 (1º semestre) 18
TOTAL 101
Fonte: Posto Territorial da GNR de Arganil
a) Tipo de Violência:
Quanto ao tipo de violência, essencialmente trata-se de casos de ofensas à integridade
física Simples (96%), havendo a registar 2 casos em que houve ameaça com arma de fogo. Os
restantes casos cerca de 4%, sob a forma de coação/ameaça psicológica.
b) Caracterização das vítimas:
Quanto ao tipo de vitimas, na grande maioria são do sexo feminino, havendo a registar 3
casos do sexo masculino, e duas situações contra menores (2008/2010).
Quanto ao extracto social, os casos registados, aconteceram em famílias de fracos
recursos económicos, em que o álcool se encontra associado.
c) Faixa Etária:
A faixa etária mais predominante na violência doméstica ronda os 40 a 50 anos.
d) Incidência por freguesias:
Quanto ao local e freguesias em que houve mais casos registados, normalmente as
situações de violência ocorreram no interior da residência, sendo as freguesias de Arganil/Coja e
Pombeiro da Beira, onde ocorreram mais casos.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
78
9 | Caracterização Geral das Respostas /Equipamentos Sociais
A identificação dos recursos locais representa um indicador fundamental na definição de
problemas e necessidades territoriais, pelo que será caracterizado, de forma genérica, as
respostas/equipamentos sociais disponíveis no concelho de Arganil.
Tabela nº 29 | Capacidade das Respostas Sociais, por concelhos do Pinhal Interior
Norte (PIN)
Fonte: Carta Social 2009; Dados Estatísticos de 2008, dos Distritos de Leiria
e Coimbra
O Concelho de Arganil tem os dados actualizados a Janeiro de 2010
CCoonncceellhhoo Creche CAO CATL Centro
de Dia
Lar de
Idosos
UCC
Serviço
Apoio
Domiciliário
(Idosos)
Serviço
Apoio
Dom.
(deficiênci
a)
Lar
Residen
cial
Centro
de
Noite
Apoio
Domiciliário
Integrado
(Situação
Dependência
)
Centro de
Atendimento e
Acompanhamento
Psicossocial a
pessoas poradoras
VIH/Sida e suas
famílias
Interven
ção
Precoce
Lar de
Apoio
Centro de
Atendimento
e
Acompanha
mento
Psicossocial
Atendim
ento e
Acompa
nhamen
to
Social
TOTAL
AALLVVAAIIÁÁZZEERREE 53 210 20 163 217 663
AANNSSIIÃÃOO 155 15 95 205 202 672
AARRGGAANNIILL 93 30 190 581 192 24 385 13 35 1543
CCAASSTTAANNHHEEIIRRAA
DDEE PPÊÊRRAA 25 40 70 63 42 12 252
FFIIGGUUEEIIRRÓÓ DDOOSS
VVIINNHHOOSS 35 30 338
GGÓÓIISS 45 70 185 160 180 640
LLOOUUSSÃÃ 148 120 429 145 70 247 84 10 50 7 15 1325
MMIIRRAANNDDAA DDOO
CCOORRVVOO 128 45 44 612
OOLLIIVVEEIIRRAA DDOO
HHOOSSPPIITTAALL 336 765 395 351 448 2295
PPAAMMPPIILLHHOOSSAA
DDAA SSEERRRRAA 65 290 133 295 2 785
PPEEDDRROOGGÃÃOO
GGRRAANNDDEE 35 85 70 49 239
PPEENNEELLAA 73 70 105 112 90 22 472
TTÁÁBBUUAA 134 225 170 205 734
VVIILLAA NNOOVVAA DDEE
PPOOIIAARREESS 84 60 62 110 55 26 397
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
79
Tabela nº 30 | Capacidade de Respostas Sociais do Concelho, por Freguesia
Fonte: ISS, I.P. – Carta Social 2009 e Equipamentos
___________________________________________________________________________ 1) Freguesia de Moura da Serra – Encontra-se com cobertura Institucional – abrangendo as freguesias: Cerdeira e Moura da
Serra – prestada pela “ Casa do Povo de Cerdeira e Moura da Serra”;
2) Casal de Idosos (Ribeiro) – Apoiados pelo Centro Social da Freguesia de Cepos;
3) Freguesia de Colmeal – Dada a proximidade é apoiada pelo Centro Social da Freguesia de Cepos
Freguesias Creche Atendimento/
Acompanhamento
Social CATL
SAD
(Idosos) C. Dia
Lar de
Idosos CAO
Centro de
Noite UCC Total
Anseriz 10 20 30
Arganil 35 220 30 65 95 30 24 499
Barril de Alva 35 45 80
Benfeita 35 75 110
Celavisa
Cepos 12 35 47
Cerdeira 35 40 40 11 13 139
Coja 23 90 30 66 40 249
Folques 25 35 50 40 150
Moura da Serra 1
Piódão 5 15 20
Pomares 40 30 70
Pombeiro da Beira
40 30 70
S. Martinho da Cortiça
20 40 60
Sarzedo 35 60 25 35 17 172
Secarias 41 41
Teixeira 2) 1 1
Vila Cova do Alva
25 35 60
Malhadas 3) 2 2
TTOOTTAALL 9933 3355 339955 338855 662222 220033 3300 1133 2244 11880000
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
80
Tabela nº 31| Equipamentos de Creches do concelho, Rede solidária e Rede Lucrativa
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Casa da Criança de Arganil Fundação Bissaya
Barreto
Bairro do Prazo
3300-017 Arganil
35
35
07:45 – 19:00
Creche
Centro Social e
Paroquial de Coja
Av. Padre José Vicente
3306-909 Coja 23 19
07:30 – 18:30
Creche
Centro Social
Paroquial de Sarzedo
Rua Beatriz Piedade das
Neves -Sarzedo
3300-405 Sarzedo AGN
35 32
07:30 – 19:00
TOTAL 93 86
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos
Tabela nº 32 | Equipamentos de Centro de Actividades de Tempos Livres
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Centro de Actividades de
Tempos Livres de Arganil
Santa Casa da
Misericórdia de
Arganil
Rua Comendador Cruz
Pereira
3300-034 Arganil
60 63 08:00 – 19:00
ATL da Escola Secundária de
Arganil
Caritas Diocesana de
Coimbra
Av. das Forças Armadas –
Apartado 8
3304-953 Arganil
80 48 09:00 – 17:00
ATL da Escola 2,3 de Arganil
Bairro do Prazo, Ap.18 –
3300 Arganil 80 55 09:00 – 17:00
Centro ATL de Coja Escola Básica 2.3 Prof.
Mendes Ferrão 3305 Coja 45 16 07:30 – 17:00
Centro de Actividades de
Tempos Livres de Coja
Centro Social e
Paroquial de Coja
Av. Padre José Vicente
3306-909 Coja 45 16 07:30 – 18:30
Centro de Actividades de
Tempos Livres de Folques Assistência Folquense Rua José Simões Gouveia 25 17 07:30 – 18:30
Centro de Actividades de
Tempos Livres de Sarzedo
Centro Social
Paroquial de Sarzedo
Rua Beatriz Piedade das
Neves -Sarzedo
3300-405 Sarzedo AGN
60 27 07:30 – 19:00
TOTAL 395 242
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
81
Tabela nº 33 | Lar de Idosos
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Lar de Idosos da Santa Casa da
Misericórdia de Arganil
Santa Casa da
Misericórdia de
Arganil
Rua Comendador Cruz
Pereira
3300-034 Arganil
95
95
24 horas
Lar de Idosos Casa do Povo de
Cerdeira e Moura da Serra
Casa do Povo de
Cerdeira e Moura da
Serra
Cerdeira
3305-050 Cerdeira 11 11 24 horas
Lar de Idosos do Centro Social
Paroquial de Coja Centro Social
Paroquial de Coja
Rua D. Ernesto Sena de
Oliveira
3305-145 Coja
40
40
24 horas
Lar de Idosos da Assistência
Folquense Assistência
Folquense
Rua José Simões
Gouveia 300-270
Folques
40
40
24 horas
Lar de Idosos do Centro Social
Paroquial de Sarzedo
Centro Social
Paroquial de
Sarzedo
Rua Beatriz Piedade das
Neves -Sarzedo
3300-405 Sarzedo AGN
17
18
24 horas
TOTAL 192 193
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
82
Tabela nº 34 | Equipamento de Centro de Dia
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Centro de Dia de Anseriz Centro Sócio-Cultural de
Anseriz
Rua Liga de Melhoramentos, 8 - 33 20 20 08:30 – 17:30
Centro de Dia de Arganil Santa Casa da Misericórdia
de Arganil
Rua Comendador Cruz Pereira -
3300-034 Arganil
50 42 08:00 – 21:00
Centro de Dia de Secarias
41 14
Centro de Dia de Barril de Alva
Associação Humanitária e
Social da Casa do Povo de
Barril de Alva
Barril de Alva
3305-020 Ba 45 40 08:30 – 17:30
Centro de Dia de Benfeita
Centro Social Paroquial de
Benfeita
Benfeita
3305-031 Benfeita 75 67 08:30 – 18:00
Centro de Dia de Cepos
Centro Social da Freguesia
de Cepos
Cepos
3300 Cepos 35 35 09:00 – 17:30
Centro de Dia de Cerdeira e
Moura da Serra
Casa do Povo de Cerdeira e
Moura da Serra
Cerdeira
3305-050 Cerdeira 40 25 08:00 – 17:30
Centro de Dia de Coja
Centro Social Paroquial de
Coja
Rua D. Ernesto Sena de Oliveira -
3305-145 Coja
66 42 09:00 – 19:00
Centro de Dia de Piódão 15 15 08:00 – 16:00
Centro de Dia de Folques Assistência Folquense
Rua José Simões Gouveia –3300-
270 Folques
50 10 09:00 – 18:00
Centro de Dia de Torrozelas 15 12 09:00 – 18:00
Centro de Dia de Pomares
Caritas Diocesana de
Coimbra
R. Engº Horácio de Moura 3305-259
Pomares 30 15 08:30 – 17:30
Centro de Dia de Sarnadela Pombeiro da Beira
3300-318 Pombeiro da Beitra 30 19 08:30 – 17:30
Centro de Dia de S. Martinho
da Cortiça
Largo da Igreja
3300-367 S. Martinho da Cortiça 40 19 08:30 – 17:30
Centro de Dia de Sarzedo
Centro Social Paroquial de
Sarzedo
Rua Beatriz Piedade das Neves -
Sarzedo
3300-405 Sarzedo AGN
35 26 08:30 – 18:00
Centro de Dia de Vila Cova do
Alva
Santa Casa da Misericórdia
de Vila Cova do Alva
Rua Bento Susano
3305-285 Vila Cova do Alva 35 17 08:30 – 18:00
TOTAL 622 412
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos e dados fornecidos pelas IPSS´S - 2010
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
83
Tabela nº 35 | Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos)
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Anseriz
Centro Sócio-Cultural de
Anseriz
Rua Liga de Melhoramentos, 8 - 33 10 10 8:30 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Arganil
Santa Casa da Misericórdia de
Arganil
Rua Comendador Cruz Pereira -
3300-034 Arganil 25 25 * 8:30 – 18:00
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) Barril de Alva
Associação Humanitária e
Social da Casa do Povo de
Barril de Alva
Barril de Alva
3305-020 Barril de Alva 35 30 08:30 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Benfeita
Centro Social Paroquial de
Benfeita
Benfeita
3305-031 Benfeita 35 29 08:30 – 18:00
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Cepos
Centro Social da Freguesia de
Cepos
Cepos
3300-222 Cepos 15
12 09:00 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) Teixeira 1 09:00 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(idosos) Malhada – Colmeal
2 09:00 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Cerdeira e Moura
da Serra
Casa do Povo de Cerdeira e
Moura da Serra
Cerdeira
3305-050 Cerdeira 40 35 08:00 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Coja
Centro Social Paroquial de Coja
Rua D. Ernesto Sena de Oliveira -
3305-145 Coja 30 28 07:30 – 18:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Piódão
Piódão
6285 – 018 Piódão 5 5 08:00 – 16:00
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Folques Assistência Folquense
Rua José Simões Gouveia –3300-
270 Folques
35 25 09:00 18:00
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Torrozelas 5 5 09:00 – 18:00
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Pomares
Caritas Diocesana de Coimbra
R. Engº Horácio de Moura 3305-259
Pomares 40 23 08:30 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Sarnadela
Pombeiro da Beira
3300-318 Pombeiro da Beitra 40 23 08:30 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de S. Martinho da
Cortiça
Largo da Igreja
3300-367 S. Martinho da Cortiça 20 21 08:30 – 17:30
Serviço de Apoio Domiciliário Centro Social Paroquial de Rua Beatriz Piedade das Neves - 25 10 08:30 – 18:00
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
84
(Idosos) de Sarzedo Sarzedo Sarzedo
3300-405 Sarzedo AGN
Serviço de Apoio Domiciliário
(Idosos) de Vila Cova do Alva
Santa Casa da Misericórdia de
Vila Cova do Alva
Rua Bento Susano
3305-285 Vila Cova do Alva 25 25 08:30 – 18:00
TOTAL 385 309
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos
• Dos 25 utentes – 5 utentes são apoiados pela Santa Casa M. de Arganil, oriundos da
Freguesia de Celavisa
Tabela nº 36 | Centro de Actividades Ocupacionais
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Centro de Actividades
Ocupacionais
APPACDM de
Arganil
Rua Comendador Cruz
Pereira
3300-034 Arganil
30
28
08:30 – 17:30
Total 30 28
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos
Tabela nº 37 | Centro de Noite
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Cento de Noite Casa do Povo de Cerdeira e
Moura da Serra
Cerdeira
3305-050 Cerdeira
13
13
18:00 – 10:00
Total 13 13
Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos
Tabela nº 38 | Atendimento / Acompanhamento Social
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Atendimento/Acompanhamento
Social
Casa do Povo de Cerdeira e
Moura da Serra
Cerdeira
3305-050 Cerdeira 35 32
09:00 – 17:00
Total 35 32
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
85
Tabela nº 39 | Unidade de Cuidados Continuados
EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário
Unidade de Cuidados
Continuados
Santa Casa da Misericórdia
de Arganil (Hospital Dr.
Fernando do Vale)
Rua Comendador Cruz
Pereira – 3300-034 Arganil 24 24
24 horas
Total 24 24
9.1 | Equipamentos e Respostas para a Reabilitação e Integração de Pessoas com
Deficiência
A APPACDM de Arganil possui 3 valências: CAO – Centro de Actividades Ocupacionais,
Formação Profissional e CRI – Centro de Recursos Educacionais para a Inclusão, em parceria
com os Agrupamentos de Arganil e Côja, e escola Secundária de Arganil.
a) Centro de Actividades Ocupacionais – CAO
- Esta valência conta com 28 utentes, 15 do género masculino e 13 do género feminino,
com idades compreendidas dos 19 aos 63 anos.
Distribuição por idades: Idades 19 21 22 23 25 26 28 29 30 31 34 35 37 40 42 46 48 52 57 63 Nº 2 1 3 1 2 2 3 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Distribuição por Freguesias: Freguesias Nº Arganil 7 Sarzedo 5 Mouronho (Tábua) 3 Vila Cova do Alva 1 Côja 4 São Martinho da Cortiça 2 Tábua 4 Folques 1 Secarias 1 TOTAL 28 Fonte: APPACDM (2010)
b) Formação Profissional
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
86
- Esta valência tem 9 utentes, 5 do género masculino e 4 do género feminino, com idades
compreendidas entre os 17 e os 27 anos.
Distribuição por idades: Idades 17 18 19 20 22 27 Nº 1 1 2 2 2 1 Distribuição por localidades: Freguesias Nº Sanguinheda (S. Martinho da Cortiça) 3 Sarzedo 2 Pombeiro da Beira 1 Vila Cova do Alva 1 Rochel (Arganil) 1 Chapinheira (Pombeiro da Beira) 1 Total 9
c) Centro de Recursos Educacionais – CRI
- O CRI acompanha 30 alunos, 21 são do género masculino e 9 do género feminino, com
idades compreendidas entre 5 e os 18 anos.
Distribuição por idades: Idades 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Nº 1 1 2 1 3 4 4 4 1 1 2 3 2 1
Distribuição por freguesias: Freguesias Nº Arganil 19 São Martinho da Cortiça 1 Sarzedo 2 Mouronho – Tábua 1 Secarias 1 Sarnadela – Pombeiro da Beira 1 Côja 4 Pomares 1 Total 30
Em síntese:
Verifica-se que no concelho de Arganil não existe nenhuma residência para idosos.
Relativamente às pessoas adultas em situação de dependência não existe qualquer tipo
de resposta quer ao nível de apoio domiciliário integrado quer ao nível da unidade de
apoio integrado.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
87
Na área das pessoas adultas com doença de foro mental ou psiquiátrico, também, não
existem respostas sociais nomeadamente ao nível da unidade de vida apoiada, unidade
de vida protegida e fórum sócio-ocupacional.
No que respeita à área da família e comunidade não existem no concelho de Arganil
respostas ao nível da família e comunidade em geral, pessoas com VIH/Sida e suas
famílias, pessoas toxicodependentes e para pessoas vitimas de violência doméstica.
1100.. AAmmbbiieennttee,, LLaazzeerr ee TTuurriissmmoo
O Município de Arganil na área do Ambiente, Qualidade da Água e Tratamento de
efluentes, tem desenvolvido as seguintes competências:
1- Organizar e manter actualizado o cadastro das redes de abastecimento de água
municipais, para fins de conservação, estatística e informação;
2- Assegurar o cumprimento do programa de recolha de amostras de água para análises
físico-químicas e bacteriológicas e o estabelecimento das medidas de correcção que se
imponham, para assegurar a qualidade da água;
3- Proceder a uma recolha de dados periódicos com vista a possibilitar uma regular
quantificação dos custos relativos a recursos humanos no âmbito das Águas – Vigilância,
Manutenção e Obras;
4- Elaborar o cadastro dos equipamentos de abastecimento de água;
5- Organizar e manter actualizado o cadastro das redes de esgoto municipais, para fins de
conservação, estatística e informação;
6- Manter actualizado o cadastro dos equipamentos de tratamento de águas residuais;
7- Inspeccionar periodicamente os sistemas promovendo medidas necessárias à sua
conservação;
8- Proceder a uma recolha de dados periódicos com vista a possibilitar uma regular
quantificação dos custos relativos a recursos humanos no âmbito do Saneamento – Vigilância e
Obras.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
88
No âmbito do Centro Municipal de Recolha Animal: 1- Recolha e acolhimento de animais
vadios e perigosos; 2- Reabilitação de animais, tendo em vista a sua reintegração no ambiente
original ou doação.
No âmbito da Estratégica de Desenvolvimento Sustentável:
1- Colaborar na execução de medidas que visem a defesa e protecção do meio ambiente,
designadamente contra fumos, poeiras e gases tóxicos e qualidade do ar interior;
2-Colaborar na avaliação do impacto ambiental de projectos ou planos que, pela sua
natureza, possam influenciar directa ou indirectamente a qualidade de vida da população;
3- Propor medidas pró-activas em apoio à sustentabilidade, no espírito da Agenda 21 Local.
No âmbito da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos:
1- Promover medidas de sensibilização junto da população e dos agentes económicos para
a necessidade do acondicionamento adequado dos resíduos sólidos urbanos;
2- Promover acções de sensibilização para a recolha selectiva, tendo em vista a Redução,
Reutilização e Reciclagem.
3- Promover melhoria contínua do sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos no
Concelho, em parcerias com as Juntas de Freguesia.
O Concelho de Arganil beneficia de um Património Natural importante na promoção
de eventos de desporto automóvel e ainda em termos de riqueza paisagística, genuidade da flora
e fauna com elevado potencial de exploração científica e turística, na Mata da Margaraça e o seu
Centro de Interpretação – ICNB), Fraga da Pena. O relevo é acidentado que permite desfrutar a
paisagem serrana.
Exemplos dessa paisagem são as aldeias do Piódão e da Benfeita, caracterizadas pelos
percursos pedestres, Aldeias de Xisto, artesãos e suas oficinas, Centro Interpretativo de Arte
Rupestre de Chãs d´Égua, paisagem de Socalcos da Serra do Açor, praias fluviais várias.
Caracterizando-se por uma área de baixa densidade, com reduzido nível de
urbanização e poluição. Tendo a possibilidade de valorização dos produtos e competências
endógenos, criando novos produtos e proporcionando uma nova dinâmica e interesse ao
concelho.
Arganil tem uma tradição muito longa de organização de uma etapa prestigiada do
Rally de Portugal. Mais recentemente, a organização de outros eventos relacionados com o
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
89
desporto automóvel tem mantido a tradição e contribuído para a Associação dos Eventos do
desporto automóvel à marca “ Arganil”.
Em termos de animação na vila e freguesias, são vários os eventos que durante o
ano trazem múltiplos visitantes: concertos, feiras, entre outros.
O Concelho dispõe de 2 estabelecimentos classificados no Turismo de Portugal com um
total de 116 camas, 68 das quais no Hotel de Arganil (3 estrelas). Na aldeia histórica do Piódão
existem dois estabelecimentos de Turismo em Espaço Rural
1111.. AAssppeeccttooss DDiiffeerreenncciiaaddoorreess ddoo CCoonncceellhhoo
O concelho de Arganil, simultaneamente perto e longe dos grandes pólos populacionais e
centros urbanos nacionais, com especial ênfase para Coimbra e Lisboa, facto que se apresenta
com uma oportunidade estratégica na captação de fluxos turísticos.
A proximidade a um importante pólo populacional e de concentração de serviços de
suporte de base urbana, mas em perda evidente de efectivos populacionais, com uma população
em busca de alternativas habitacionais e de fixação. Também a proximidade ao pólo universitário
de Coimbra, enquanto ponto de partida de desenvolvimento de uma estratégia de reforço da
qualificação dos respectivos recursos humanos.
A inserção numa região com dinâmicas turísticas, importantes, na qual poderá assumir
relevância, nomeadamente em sectores de nicho.
A crescente sofisticação e grau de exigência dos consumidores propiciam a oportunidade
de qualificação e diferenciação por excelência no âmbito dos produtos turísticos mais explorados
na região:
a) Condições excelentes para a realização de turismo de natureza e aventura;
b) Touring cultural em torno das aldeias históricas e de xisto, do património
arqueológico e do património natural já desenvolvido.
Este património natural e paisagístico de relevo, com áreas protegidas de elevado valor
patrimonial: Reserva Natural e Reserva Biogenética do Conselho da Europa e Reserva de Recreio
da Fraga da Pena (Serra Açor).
Matriz rural preservada nos seus valores, saberes e sabores, aliada à hospitalidade
(tradição e bem receber) e segurança, permitem desenvolver o produto do Turismo Rural e
proporcionam um importante clima de segurança e tranquilidade.
Existência de produtos Turísticos num patamar razoavelmente avançado de maturação
(Aldeias Históricas e de Xisto).
Notoriedade de Arganil, relacionada com eventos como o Rally de Portugal.
Potencialidades Gastronómicas com grande variedade de produtos endógenos.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
90
Bom apetrechamento do Concelho em termos de Equipamentos Sociais, com efeitos ao
nível da actividade Turística.
Forte ligação dos emigrantes de Arganil à sua terra Natal, que tem permitido o
desenvolvimento do Concelho nas últimas décadas.
Atracção de imigrantes da Comunidade Europeia que nos últimos anos têm fixado a sua
residência a fim de beneficiarem de uma ambiência rural e da paisagem natural verdejante.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
91
Cap. II – Pobreza e Exclusão Social no Concelho de Arganil, a dimensão de
um território
1. Pobreza e Exclusão Social:
dimensões / sub-dimensões de análise
Com o desenvolvimento do programa Rede Social que visa a articulação e congregação de
esforços por parte dos parceiros sociais com o objectivo principal da erradicação da pobreza e da
exclusão social com vista ao desenvolvimento social, pretende-se que haja uma consciência
colectiva dos problemas sociais de modo a contribuir para a activação das respostas e meios de
acção nos locais. Para que se possa fazer esse trabalho é fundamental perceber quais os
fenómenos de pobreza e exclusão social que caracterizam os concelhos. O que se segue é uma
descrição das tipologias das situações de inclusão e exclusão social.
Para Paugam1 as situações de pobreza podem ser de três tipos: pobreza integrada, pobreza
marginal e pobreza desqualificante. A pobreza integrada caracteriza-se pelo elevado número de
pobres nas sociedades e por isso não está associado a um estatuto desqualificante, uma vez que
a maioria da população tem o estatuto de pobre. Apesar do nível de vida das famílias ser baixo
elas continuam inseridas nas redes sociais que são organizadas em torno da família, do bairro ou
da comunidade. A pobreza marginal diz respeito a um grupo restrito da população que não se
conseguiu adaptar ao desenvolvimento industrial. Como este tipo de pobreza se reporta a apenas
uma franja da população o seu estatuto social é desvalorizado e a relação com a sociedade é feita
através de instituições e profissionais da área do social.
A pobreza desqualificante remete para um grupo mais numeroso, em comparação com a
pobreza marginal, em que os indivíduos que são rejeitados da esfera produtiva se encontram
dependentes das instituições sociais.
Verifica-se que existe um contraste cada vez mais acentuado entre pobres e não pobres.
Estes continuam a ter acessos a todos os tipos de recursos quer materiais quer financeiros,
enquanto que os pobres se vêm privados de recursos, infraestruturas básicas, equipamentos
colectivos e de serviços públicos.
1 O estudo sobre a Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental faz referência a este autor.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
92
Para fazer a análise dos problemas existentes em cada concelho do distrito de Coimbra as
dimensões de análise consideradas foram a privação económica, desqualificação social objectiva
e a desafiliação. A noção de privação económica diz respeito ao acesso dos indivíduos a recursos
materiais de maneira a que a população tenha acesso a recursos com os quais consiga manter as
condições de vida socialmente aceites. A desqualificação social caracteriza a população que é, de
alguma forma, excluída ou considerada pobre devido a circunstâncias pessoais e sociais e que
têm algumas dificuldades nas áreas da educação, saúde, emprego e habitação. A desafiliação
enfatiza mais a questão do laço social, ou seja, o papel dos corpos intermédios e das
solidariedades formais e informais nos processos de ruptura ou protecção dos indivíduos. Esta
dimensão comporta, ainda, a questão do isolamento social e da institucionalização de idosos,
crianças e indivíduos detidos.
A descrição das situações tipo de inclusão/exclusão pode-se fazer através da caracterização
dos territórios, como tal, existem seis tipos de territórios2: territórios moderadamente inclusivos
(tipo 1), territórios de contraste e base turística (tipo 2), territórios ameaçadores a atractivos (tipo
3), territórios envelhecidos e desertificados (tipo 4), territórios industriais com forte desqualificação
(tipo 5) e territórios envelhecidos e economicamente deprimidos (tipo 6). Os territórios de tipo 1
são caracterizados por níveis de inclusão muito positivos nas áreas da educação e na integração
no mercado de trabalho, ou seja, territórios em que existem baixas taxas de abandono escolar, de
saída antecipada e baixo desemprego. Os territórios de tipo 2 apresentam, também, níveis
elevados de inclusão nas áreas da educação e do emprego, mas apresentam alguns factores de
risco, nomeadamente a elevada taxa de criminalidade, condições de alojamento deficiente e
traços de vulnerabilidade à exclusão no que respeita à população estrangeira.
Relativamente aos territórios de tipo 3 também apresentam níveis bastante positivos de
inclusão nas áreas da educação e emprego mas o que o distingue é a situação favorável em
termos de rendimento e consumo. As condições desfavoráveis neste tipo de território são os riscos
efectivos que engloba a elevada taxa de criminalidade e as más condições de alojamento. As
situações de vulnerabilidade à exclusão dizem respeito à parcela elevada da população
estrangeira e à percentagem de famílias monoparentais e de avô ou avó a viver com netos.
Os territórios envelhecidos e desertificados (tipo 4) apresentam como traços de inclusão a
fraca criminalidade, as condições de habitação e a prestação de serviços de acção social, no
entanto, os traços de exclusão estão associados ao envelhecimento da população onde se verifica
um grande desequilíbrio entre o número de pensionistas e da população empregada. Os territórios
de tipo 5 apresentam como condições favoráveis à inclusão a baixa institucionalização, baixa
percentagem de pessoas com deficiência, baixa taxa de analfabetismo e grande peso de famílias
2 Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
93
numerosas. Os factores de risco sobrepõem-se aos traços de inclusão, nomeadamente no que diz
respeito ao acentuado défice de integração escolar e de qualificações.
É, ainda, de salientar que os rendimentos e as prestações de acção social estão abaixo dos
valores médios nacionais. Relativamente ao último tipo de territórios a baixa criminalidade e a
percentagem reduzida de população estrangeira são factores facilitadores da inclusão.
Os riscos de exclusão dizem respeito aos défices de integração familiar, de formação escolar
e de integração no mercado de trabalho. A pobreza é um sinal evidente de exclusão caracterizada
pela elevada percentagem dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) e do baixo
valor médio das pensões.
2. PNAI 2008 - 2010:
prioridades e estratégias definidas
Uma das prioridades estratégicas da União Europeia e de cada um dos Estados membros é a
promoção da inclusão social. O Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI) 2008-2010 toma
como fundamental uma estreita articulação em diversas áreas de intervenção de modo a combater
a pobreza e a exclusão social.
Os principais eixos estratégicos de intervenção procuram fazer face ao impacto das alterações
demográficas, nomeadamente apoiando a natalidade e a infância, conciliação entre a actividade
profissional e a vida pessoal e familiar, promoção de um envelhecimento activo com qualidade e
prevenir e apoiar as situações de dependência. O segundo eixo estratégico está relacionado com
a promoção da inclusão social tentando reduzir as desigualdades existentes nas sociedades. O
que se pretende com este eixo estratégico é melhorar as condições de vida em territórios mais
vulneráveis, favorecer a inclusão social de grupos específicos, principalmente pessoas com
deficiências ou incapacidades, imigrantes e minorias étnicas e pessoas sem-abrigo e promover a
inclusão social activa.
Pretende-se uma garantia de acessibilidade de todos os indivíduos aos recursos, aos bens,
direitos e serviços, bem como da adaptação das políticas à evolução das necessidades e
exigência dos indivíduos assim como das sociedades modernas. A promoção de uma utilização
racional dos recursos com vista à sustentabilidade e viabilidade financeira dos sistemas no longo
prazo é, também, uma das estratégias delineadas. O PNAI 2008-2010 estabeleceu no âmbito das
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
94
prioridades e instrumentos que as políticas de igualdade de oportunidades entre homens e
mulheres se encontram inscritas de forma transversal na estratégia nacional.
A questão do emprego também merece destaque no PNAI 2008-2010. Um desenvolvimento
sustentável que gira novos empregos cria melhores condições para que as políticas activas de
combate à pobreza e à exclusão sejam mais efectivas e obtenham melhores resultados.
Para reverter as desigualdades sociais e os problemas resultantes das alterações demográficas é
necessário criar uma observação contínua e um diagnóstico actualizado das sociedades de modo
a perceber as dinâmicas societais e os problemas já instalados.
O PNAI 2008-2010 estabelece prioridades para atenuar os problemas identificados na sociedade,
ou seja, a elaboração dos diagnósticos deve acompanhar as preocupações e debruçar-se sobre
as prioridades fundamentais que o PNAI identificou. O que se pretende com a estratégia delineada
para 2008-2010 é contribuir para promover a inclusão social e prevenir as situações de pobreza e
exclusão social através da pluralização de contributos e na diversificação dos campos de
intervenção.
Uma das prioridades do PNAI 2008-2010 é o reforço no combate à persistência do problema de
pobreza e exclusão social nas crianças e nos idosos, visando uma intervenção ao nível dos
rendimentos, da empregabilidade, da habitação e do território, ou seja, da promoção das
condições sociais direccionadas para os meios de suporte das crianças e idosos. A inserção
profissional de grupos desfavorecidos, nomeadamente através das políticas activas de emprego e
formação profissional, contribui para a criação de melhores condições de vida das famílias das
crianças em situação de pobreza.
Relativamente à população idosa as principais medidas são o reforço dos seus rendimentos bem
como uma maior consolidação à rede de equipamentos e serviços de modo a dar resposta às
suas necessidades. A requalificação habitacional também proporciona aos idosos melhores
condições de vida.
Os níveis de insucesso escolar, desqualificação e impreparação para o mundo laboral
progressivamente mais exigente também contribuem para aumentar a exclusão social, deste
modo, a estratégia do PNAI contempla e reforça medidas para enfrentar este problema,
nomeadamente acesso generalizado das crianças entre os três e os cinco anos à educação pré-
escolar e qualificação de jovens e adultos através da iniciativa novas oportunidades bem como da
qualificação de adultos em idade activa.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
95
A população imigrante e a população com deficiência também estão no leque das preocupações
da estratégia, promover a sua inclusão social é apontada como uma das estratégias para 2008-
2010. Reconhece-se a importância de medidas adicionais para a inserção das comunidades
ciganas nas áreas da educação, saúde, emprego e habitação. Pretende-se também uma
intervenção reforçada na população sem-abrigo promovendo respostas que se ajustem ao perfil
de défices evidenciados. De uma maneira geral, o que se pretende é a promoção de igualdades
de oportunidades nos diferentes grupos sociais que compõem a sociedade.
3.1| Rendimento Social de Inserção - RSI
O Rendimento Social de Inserção (RSI) foi instituído pela Lei nº13/2003, de 21 de Maio
e vem substituir a Rendimento Mínimo Garantido, define-se como uma medida de política visando
garantir às famílias mais pobres um rendimento que lhes permita aceder, por um lado, a um nível
mínimo de subsistência e de dignidade, e por outro, a condições e oportunidades básicas para o
início de um percurso de inserção social. O RSI é composto por duas vertentes: uma, consiste
numa prestação pecuniária; a outra, está relacionada com um programa de inserção sócio-
profissional que os beneficiários são obrigados a subscrever (excepto em geral por motivos de
idade ou saúde). Por outras palavras, pode-se descrever o RSI como “ uma prestação incluída no
subsistema de solidariedade e num programa de inserção, de modo a conferir às pessoas e aos
seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a
satisfação das suas necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral,
social e comunitária.”
Relativamente a esta prestação pecuniária, da medida RSI, no concelho de Arganil
regista como se pode observar nos gráficos abaixo, que em 2007 existiam 165 agregados
familiares, totalizando 482 indivíduos. Comparativamente aos anos subsequentes registou-se um
aumento significativo de agregados familiares a beneficiar desta prestação, registando um
aumento de 52 agregados familiares, em Maio de 2010, totalizando 583 indivíduos, ou seja um
aumento na ordem dos 31,5% de beneficiários de RSI.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
96
Gráfico n.º 27 – Evolução do número de agregados familiares com requerimento deferido não
cessado e não suspenso
165
181
205
217
2007
2008
2009
Mai-10
Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009) e Serviços Locais de segurança Social de Arganil (2010)
Gráfico n.º 28 – Evolução do número de beneficiários com requerimento deferido (não
cessado e não suspenso):
482 510 536583
2007 2008 2009 Mai-10
Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009) e Serviços Locais de segurança Social de Arganil (2010)
O quadro seguinte apresenta a taxa de beneficiários de RSI3 nos 2007, 2008 e 2009 face
ao total da população residente no concelho de Arganil. Verifica-se que a taxa de beneficiários no
concelho é bastante superior à do Distrito de Coimbra. O que significa que no concelho de Arganil
3 (Total de Beneficiários de RSI/Total da População) x100.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
97
o número de beneficiários é superior ao número de beneficiários no distrito, face aos totais da
população.
Quadro n.º 28- Taxas de Beneficiários de RSI (2007/2008/2009)
Unidade
Geográfica
Concelho de Arganil Distrito de Coimbra
Total da
população
Total de
Beneficiárias
Taxa de
Beneficiários
Total da
população
Total de
Beneficiárias
Taxa de
Beneficiários
2007 12.799* 482 3,8 434.311* 10.544 2,4
2008 12.667* 510 4,0 426.321* 14.286 3,3
2009 12.525* 536 4,3 424.609* 11.602 2,7
*Fonte: Estimativas da população INE 2007/2008/2009
Fonte: Serviços Locais de Segurança Social de Arganil / Fonte: ISS, I.P. C. Dist. de Coimbra (2009).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
98
Gráfico n.º 29 – Beneficiários de RSI, por ano, segundo os grupos etários
187
34
39
81
65
42
34
185
42
45
86
74
51
27
191
35
58
98
93
47
14
208
48
61
97
102
52
15
<18 anos
19-24 anos
25-34 anos
35-44 anos
45-54 anos
55-64 anos
> 65 anos
Mai-10
2009
2008
2007
Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009) e Serviços Locais de segurança Social de Arganil (2010)
Como se pode constatar, relativamente aos grupos etários existe um número significativo
de crianças e jovens com < 18 anos integrados em agregados familiares beneficiários desta
medida. Tendo este valor aumentado em Maio de 2010 relativamente a 2007,11,2%.
O grupo etário dos 35-44 anos e o grupo etário dos 45-54 anos representam um número
significativo de indivíduos adultos em idade activa a beneficiar desta prestação, tendo aumentado
19,7% e 56,9%, de 2007 para 2010 (Maio 2010), respectivamente.
O grupo etário mais velho dos > 65 anos de idade apresenta um decréscimo significativo
que ronda 55,9%, de 2007 para 2010 (Maio 2010), em parte devido ao deferimento de prestações
como a Reforma de Velhice, Pensão Social de Velhice e ao Complemento Solidário de Idosos.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
99
O quadro que se segue retrata a evolução do número de processos e o número de
pessoas abrangidas pela medida RSI, por freguesia.
Quadro n.º 29 - Distribuição de N.º de Processos Activos e N.º de Pessoas Abrangidas, por
Freguesia (1º Semestre de 2009 e 1º semestre de 2010)
Freguesias 1º Semestre de 2009 1º Semestre de 2010( Maio-2010) n.º de processos
activos n.º de pessoas
abrangidas n.º de processos
activos n.º de pessoas
abrangidas Anseriz 5 12 3 5 Arganil 72 117 70 200 Barril de Alva 6 20 7 24 Benfeita 3 5 7 22 Celavisa 0 0 3 4 Cepos 1 1 3 7 Cerdeira 4 10 4 10 Coja 14 20 21 34 Folques 1 1 0 0 Moura da Serra 1 1 0 0 Piódão 1 1 3 3 S. Martinho da Cortiça
18 48 21 57
Pomares 9 27 10 28 Pombeiro da Beira
29 80 34 90
Sarzedo 9 45 15 55 Secarias 4 16 5 17 Teixeira 2 4 2 4 Vila Cova de Alva
8 22 9 23
TOTAIS 187 430 217 583
Como podemos observar a freguesia de Arganil abrange o maior número de agregados
familiares e indivíduos quer no 1º semestre de 2009 quer no de 2010, relativamente às restantes
freguesias do concelho.
Pombeiro da Beira é a segunda freguesia com maior número de famílias e indivíduos
beneficiários de RSI, nos dois semestres referenciados seguindo-se a freguesia de S. Martinho da
Cortiça em terceiro lugar e em quarto lugar a freguesia de Côja.
As freguesias de Folques e Moura da Serra em 2010 não têm famílias beneficiárias de
RSI. Contrariamente a freguesia de Celavisa que em 2009 não tinha agregados beneficiários da
medida em 2010 apresenta 3 famílias.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
100
Quadro n.º 30 – Evolução do número de beneficiários, segundo o género:
Unidade
Geográfica
2007 2008 2009 Maio 2010
Género Género Género Género
F M F M F M F M
Concelho de Arganil 243 239 266 244 262 274 288 295
Totais 482 510 536 583
Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009).
Analisando a distribuição dos beneficiários por género, verifica-se que o valor do género
feminino se sobrepõe ao género masculino, em quase todos os anos excepto em 2009.
Fazendo uma análise dos agregados familiares, verifica-se quer em 2007 quer em 2008,
que a percentagem mais elevada das famílias beneficiárias corresponde à nuclear com filhos, 42%
e 40% respectivamente.
É de salientar que os agregados familiares de tipo isolado também apresentam uma percentagem
significativa, em 2007 18% e em 2008 22%.
Gráfico n. 30- Tipologia familiar, por ano 2007, 2008, 2009 e Maio 2010
Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009).
Quadro – Agregados familiares por tipo de família
12
29
24
13
1
3
2
40
27
72
23
10
1
1
6
61
34
75
24
1
3
2
24
70
Alargada
Avós c/ netos
Desconhecido
Extensa
Isolada
Monoparental
Núclear c/ filhos
Núclear s/ filhos
Mai-10
2009
2008
2007
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
101
Analisando os agregados familiares mas relativos à sua dimensão constatamos que no
concelho de Arganil não existem muitas famílias numerosas beneficiárias do RSI, pelo contrário as
famílias mais reduzidas são as que mais beneficiam desta prestação. Os agregados familiares
compostos por apenas uma pessoa teve um aumento 31 famílias em 2007 e 43 em 2008.
Quadro n.º – Agregados familiares por dimensão do agregado
Ano
Dimensão do Agregado
1pessoa 2pessoas 3pessoas 4pessoas 5pessoas 6pessoas 7pessoas 8pessoas
2007 31 41 40 27 15 8 2 1
2008 43 43 40 29 14 9 3 0
2009
Mai-
2010
66 45 40 38 15 7 2
Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2010).
No que se refere à componente de inserção, em 2007 foram assinados 189 acordos de
inserção abrangendo 432 beneficiários. Comparativamente, em 2008, o número de acordos
assinados diminuiu para 183 abrangendo 400 beneficiários.
Comparando os acordos de inserção cessados em 2007 foram cessados 34 acordos o
que corresponde a 63 beneficiários. Em 2008 o número de acordos de inserção cessados foi de
apenas 8 tendo abrangido 20 beneficiários.
Se comparáramos com os anos transactos e à data de Maio de 2010, o número de
Acordos de Inserção Assinados aumentou para 217 contra 205 em 2009, abrangendo 536
beneficiários e 583 beneficiários, respectivamente. Um aumento de 5,8%. Relativamente ao
número de Acordos de Inserção Cessados este número sofreu uma diminuição
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
102
Quadro n.º 32– Evolução do número de Acordos de Inserção Assinados, Cessados e
Beneficiários abrangidos
2007 2008
Nº acordos
de inserção
assinados
Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção
Nº acordos
de inserção cessados
Nº beneficiários
com acordos de
inserção cessados
Nº acordos
de inserção
assinados
Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção
Nº acordos
de inserção cessados
Nº beneficiários
com acordos de
inserção cessados
189 432 34 63 183 400 8 20
2009 2010
Nº acordos
de inserção
assinados
Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção
Nº acordos
de inserção cessados
Nº beneficiários
com acordos de
inserção cessados
Nº acordos
de inserção
assinados
Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção
Nº acordos
de inserção cessados
Nº beneficiários
com acordos de
inserção cessados
205 536 14 29 217 583 12 32
Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2007 e 2008.
Gráfico n.º 31 – Diferenciação por ano, do n.º de acordos assinados, beneficiários abrangidos, nº de
acordos de inserção cessados e n.º de beneficiários com acordos de inserção cessados
0
100
200
300
400
500
600
700
Nº Acordos deinserção assinados
Beneficiáriosabrangidos
Nº acordos deinserção cessados
Nº de beneficiárioscom acordos de
inserção cessados
2007
2008
2009
2010
Fazendo uma análise comparativa tendo em conta os beneficiários por sexo e grupos
etários a frequentar acções de inserção, conclui-se que houve uma diminuição quer do número de
homens quer do número de mulheres a frequentarem acções de inserção, ainda assim, continuam
a ser as mulheres as mais abrangidas pela contratualização.
Em Dezembro de 2007, 44% dos beneficiários a frequentarem acções de inserção se
encontram em idade activa (no âmbito dos parâmetros definidos pelo IEFP para encaminhamento
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
103
para emprego – idades entre 19-54 anos). Em Dezembro de 2008, essa percentagem aumentou
significativamente correspondendo a 52% do total da população beneficiária e a frequentar acções
de inserção.
Quadro n.º 33 – Beneficiários por sexo e faixa etária a frequentar acções de inserção
2007
0-5
6-18
19-24
25-34
35-44
45-54
55-64
>65
Total
H M H M H M H M H M H M H M H M H M
24 22 61 42 13 15 11 31 29 34 24 33 15 36 22 20 199 233
46 103 28 42 63 57 51 42 432
Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2007.
Quadro n.º 34 – Beneficiários por sexo e faixa etária a frequentar acções de inserção
2008
0-5
6-18
19-24
25-34
35-44
45-54
55-64
>65
Total
H M H M H M H M H M H M H M H M H M
22 14 45 46 17 11 10 31 26 48 31 33 14 23 15 14 180 220
36 91 28 41 74 64 37 29 400
Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2008.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
104
Quadro n.º 35 – Beneficiários por sexo e faixa etária a frequentar acções de inserção
2009
0-5
6-18
19-24
25-34
35-44
45-54
55-64
>65
Total
H M H M H M H M H M H M H M H M H M
22 14 45 46 17 11 10 31 26 48 31 33 14 23 15 14 180 220
36 91 28 41 74 64 37 29 400
2010
0-5
6-18
19-24
25-34
35-44
45-54
55-64
>65
Total
H M H M H M H M H M H M H M H M H M
22 14 45 46 17 11 10 31 26 48 31 33 14 23 15 14 180 220
36 91 28 41 74 64 37 29 400
Quadro n.º 36 – Acções contratualizadas, por área de inserção
Áreas de Inserção
N.º de Acções Contratualizadas
por ano
Educação Form. Prof. Emprego Saúde A. Social Habitação Total
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
Nº
Acç
ões
Con
trat
ualiz
adas
Nº
Acç
ões
Ces
sada
s
2007 106 14 53 4 123 21 284 42 313 33 12 0 891 114
2008 92 3 44 1 121 1 253 12 310 14 18 0 838 31 2009 138 5 85 5 178 4 427 15 143 16 62 5 1330 53
2010 55 9 108 3 197 14 502 33 490 26 76 9 1428 94
Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2008.
Como podemos verificar relativamente às áreas de Inserção Contratualizadas no Acordo
de Inserção, em 2010, aparecemos a área da Saúde com 35,1%, seguindo-se a área da acção
Social com 34,3% e as áreas do Emprego e Formação Profissional com 13,7% e 7,5%,
respectivamente. Como podemos verificar relativamente às áreas de Inserção Contratualizadas no
Acordo de Inserção, em 2010, aparecemos a área da Saúde com 35,1%, seguindo-se a área da
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
105
acção Social com 34,3% e as áreas do Emprego e Formação Profissional com 13,7% e 7,5%,
respectivamente.
Quadro n.º 37 – Certificação escolar dos beneficiários de RSI
Escolaridade/
Grupo Etário
Analfabetos/Creche/pr
é-escolar
2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Licenciatura
Género Género Género Género Género
F M M F F M F M F M
0-5 18 30
6-9 23 27
10-12 19 23
13-15 2 1 20 26 3 5
16-18 4 2 6 12 1 1
19-24 1 1 6 6 8 11 8 7
25-34 3 3 20 8 10 1 4 1
35-44 6 10 26 27 6 6 2 2 1
45-54 13 13 31 38 5 3 3 0
55-65 6 7 17 16 0 1 1
» 65 7 4 1 1 0 0
Totais 94 118 125 124 38 39 18 11 0 2
Quadro n.º 38 – Frequência escolar dos beneficiários de RSI (dados de 2009, levantados em Janeiro de 2010 – fonte NLI Arganil)
Frequência Nível de
Educação/
Grupo Etário
1º e 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário
Licenciatura Formação
Profissional/com
certificação escolar
Género Género Género Género Género
F M F M F M F M F M
10-12 30 28
13-15 5 5 32 26
16-18 9 10 8 13
19-24 4 5 4 17 9
25-34 1 2 2 1
35-44 5 2 1 1 7 6
45-54 1 1 2 2 5 4
55-65 2 2
» 65
Totais 42 36 49 38 18 17 1 0 31 19
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
106
33..22.. || AAccççããoo SSoocciiaall
Acção social, tem como objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de
carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou
vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o
desenvolvimento das respectivas capacidades. Visa igualmente, assegurar especial protecção aos
grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos,
pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social. A
protecção da acção social realiza-se através da concessão de prestações pecuniárias, de carácter
eventual e em condições de excepcionalidade; prestações em espécie e acesso à rede nacional
de serviços e equipamentos sociais e/ou a programas de combate à pobreza, disfunção,
marginalização e exclusão sociais.
A Lei nº 32/2002, de 20 de Dezembro, que aprovou as Bases da Segurança Social,
estabelece no seu artigo 2º que o direito à Segurança Social é universal, ou seja, materializa-se
numa protecção social extensível a todas as pessoas e famílias. O direito à segurança social é,
assim, efectivado pelas instituições de segurança social, através do sistema de segurança social,
em estreita articulação com entidades particulares de fins análogos.
O Sistema de Acção Social prima pelos princípios da Universalidade, Diferenciação
Positiva, Solidariedade, Primado da Responsabilidade Pública, Complementaridade, Participação
e Informação.
Acção Social, tem como objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações
de carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou
vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o
desenvolvimento das respectivas capacidades. Visa igualmente, assegurar especial protecção aos
grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos,
pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social.
A protecção nas eventualidades a que se refere o Sistema de Acção Social, realiza-se,
nomeadamente, através da concessão de: prestações pecuniárias de carácter eventual e em
condições de excepcionalidade; prestações em espécie; Apoio Social; Acesso à Rede nacional de
Serviços e equipamentos Sociais; Apoio a Programas de Combate à Pobreza, Disfunção,
Marginalizações e Exclusão Social.
A implementação local do Sistema de Acção Social implica, portanto, linhas orientadoras
da Segurança Social e das Políticas Sociais Nacionais, conjugando com os Projectos Locais.
Nomeadamente o Plano Nacional de Acção para a Inclusão/PNAI, a Lei de Bases da Segurança
Social, o Plano Estratégico da Acção Social, guião operativo/ orientações técnicas para o
atendimento/acompanhamento social, elaborado pelo ISS, IP e demais legislação complementar
de medidas de inserção social e laboral, subjacentes a cada sujeito, família ou comunidade.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
107
Com a aprovação e implementação do Guião Operativo para o atendimento
/acompanhamento social, ISSS, 2004, o sistema de Acção Social e sua metodologia, levou à
uniformização de procedimentos e orientações técnicas para todos os intervenientes, numa lógica
especial de protecção aos grupos sociais mais vulneráveis.
Esta metodologia baseia-se no atendimento / acompanhamento social: “ intervenção
técnica qualificada e dinâmica, que tem como ponto de partida o pedido ou problema apresentado
e que aliado a outros modos, meios e estratégias de intervenção e com base na relação
interpessoal, possibilita o estudo, a análise e a interpretação diagnóstica, bem como a
programação de acções, o desenvolvimento da intervenção e a avaliação do processo.
Assenta em três modalidades de níveis de atendimento / acompanhamento:
- Atendimento em 1ª Linha ou Acolhimento Social, o qual implica a recepção do cidadão;
prestação básica de informação e orientação básica; recepção e a Triagem; selecciona as
situações-problema a acompanhar; em alguns casos dá respostas sociais;
- Atendimento em 2ª Linha ou Acompanhamento Social, que se refere: dá Respostas
Articuladas e qualificadas às Problemáticas Sociais Especificas; funciona complementarmente ao
Atendimento de 1ª Linha; é um Serviço especializado nas diversas áreas de Acção Social; tem
competências para contribuir para respostas articuladas e qualificadas às situações individuais e
familiares, bem como as problemáticas sociais específicas; funciona como consultoria
especializada aos pedidos de atendimento de 1ª Linha; encaminhamento a entidade recurso;
efectua Acompanhamento através de uma Intervenção Psicossocial;
- Atendimento em 3ª Linha ou Atendimento Especializado, que consiste num atendimento
que trabalha em concreto uma determinada vertente do problema detectado, no âmbito do
diagnóstico realizado durante o acompanhamento social/ intervenção psicossocial;
3.3| Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados – PCAAC
Foi criado pelo Regulamento (CEE) nº 3730, do Conselho, de 10 de Dezembro de 1987 e
está enquadrado por vários Regulamentos da Comissão.
A sua filosofia assenta em princípios humanitários, que devem nortear a respectiva execução
pelos países que a ele se candidatam.
Promovido e financiado pelo ISS, IP, dinamizado no Concelho em duas modalidades, para todas
as famílias/pessoas e instituições que se enquadrem nos Critérios de Elegibilidade aprovados por
Despacho de 06/02/96, do então Secretário de Estado da Inserção Social. Assim, para o ano de
2010 temos:
Entidades Beneficiárias: (Para consumo próprio da Instituição) | Centro Sócio –Cultural
de Anseriz, Santa Casa da Misericórdia de Arganil, Centro Social Paroquial de Benfeita, Casa do
Povo de Cerdeira e Moura da Serra, Centro Social Paroquial de Coja, Assistência Folquense,
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
108
Centro Social Paroquial de Sarzedo, Santa Casa da Misericórdia de Vila Cova do Alva, APPACDM
– Pólo de Arganil, Associação Humanitária e Social da Casa do povo do Barril de Alva..
Entidades Mediadoras: Preconiza a distribuição directa às famílias (comunidade).
Centro Sócio –Cultural de Anseriz, Centro Social Paroquial de Benfeita, Casa do Povo de Cerdeira
e Moura da Serra, Centro Social Paroquial de Coja, Assistência Folquense, Centro Social
Paroquial de Sarzedo, Santa Casa da Misericórdia de Vila Cova do Alva, APPACDM – Pólo de
Arganil, Associação Humanitária e Social da Casa do Povo de Barril de Alva, Município de Arganil
e Segurança Social.
As Instituições Concelhias poderão candidatar-se como entidades: Mediadoras e/ou
Beneficiárias, de acordo com os critérios de elegibilidade em vigor.
Tabela nº 40 | Quantidades de Bens atribuídos ao concelho de Arganil, para
Distribuição Directa às Famílias, em 2009
Produto (cx/un.) 1ª Fase 2ª Fase Total
Leite em Pó 97 66 163
Leite meio gordo 233 127 360
Leite achocolatado 94 66 160
Manteiga 98 65 163
Queijo Fatiado 123 73 196
Queijo Triângulos 20 20 40
Queijo com morangos 63 41 104
Sobremesa baunilha 101 87 188
Compota de morango 16 12 28
Esparguete 60 33 93
Pevide 20 20 40
Cotovelo 32 21 53
Macarrão 0 0 0
Bolacha Maria 22 22 44
Bolacha de Água e Sal 22 14 36
Farinha 57 40 97
Papa Láctea Farinha 12 0 12
Arroz doce 46 26 72
Arroz 319 175 494
Cereal Pequeno almoço 54 54 108
Açúcar 61 40 101
TOTAL 1550 1002 2552
Fonte: ISS,I.P. – CDSSC –UDS - NQFT
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
109
Tabela nº 41 | Nº de Agregados Familiares/Pessoas abrangidas na 1ª Fase/2009
Instituições Nº de Agregados Familiares
abrangidos Nº de Pessoas abrangidas
Centro Sócio-Cultural de Anseriz 6 12
APPACDM de Arganil 12 47
Santa Casa da Misericórdia de Arganil 2 10
Centro Social Paroquial Benfeita 3 10
Casa do Povo de Cerdeira e Moura da
Serra 4 8
Centro Social Paroquial de Coja 26 71
Assistência Folquense 7 23
Centro Social Paroquial de Sarzedo 4 14
Santa Casa da Misericórdia de Vila
Cova de Alva 3 11
Associação Humanitária e Social da
Casa do Povo de Barril de Alva 9 25
Serviço Local Arganil 55 172
Câmara Municipal Arganil 42 112
TOTAL 182 520
Tabela nº 42 | Nº de Agregados Agregados/Pessoas abrangidas na 2ª Fase/2009
Instituições Nº de Agregados
Familiares abrangidos Nº de Pessoas abrangidas
Centro Sócio-Cultural de Anseriz 6 12
APPACDM de Arganil 12 47
Santa Casa da Misericórdia de Arganil 3 11
Centro Social Paroquial Benfeita 3 9
Casa do Povo de Cerdeira e Moura da
Serra 4 8
Centro Social Paroquial de Coja 26 71
Assistência Folquense 7 23
Centro Social Paroquial de Sarzedo 3 11
Santa Casa da Misericórdia de Vila
Cova de Alva 3 11
Associação Humanitária e Social da
Casa do Povo de Barril de Alva 9 25
Serviço Local Arganil 64 180
Câmara Municipal Faltam dados Faltam dados
TOTAL 140 408
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
110
Gráfico nº 32 - Resumo Total da Intervenção do PCAAC neste Concelho, nos anos
de 2007/2008/2009
534
178
591
164
520
182
0
100
200
300
400
500
600
2007 2008 2009
N.º Indivíduos
N.º AgregadosFamiliares
3.4| Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arganil - CPCJ
Promovida e presidida pela Câmara Municipal em parceria com mais com as demais
entidades parceiras e Técnicos cooptados com intervenção no Concelho.
A CPCJ é uma instituição não judiciária com autonomia funcional, cuja intervenção
contribui para dar resposta à sentida exigência de responsabilização da comunidade pelas suas
crianças e pelos seus jovens, em total respeito pela família. Preconiza uma intervenção
interdisciplinar e interinstitucional, articulada e flexível e, o mais possível, de base local, visando
simultaneamente “ promover os direitos das Crianças e jovens e prevenir ou pôr termo a situações
susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou seja promover o
desenvolvimento integral”. (Decreto-Lei nº 147/99, de 1 de Setembro).
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arganil, foi constituída em 1995
enquanto Comissão de Protecção de menores, através da Portaria de Instalação nº 621, de 20 de
Junho de 1995.
Em 2000 é reorganizada no âmbito da criação das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens
em Risco, pela Portaria nº 1226-A, de 20 de Dezembro de 2000.
As CPCJ são constituídas e funcionam nos termos da Lei nº 147/99, de 01 de Setembro.
Funciona nas modalidades Alargada e Restrita.
A Comissão Alargada funciona em Plenário ou por grupos de trabalho para assuntos específicos,
reunindo o Plenário com a periodicidade exigida pelo cumprimento das suas funções, no mínimo
de dois em dois meses. Compete-lhe desenvolver acções de promoção de direitos das crianças e
jovens, assim como desenvolver acções de prevenção das situações de perigo.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
111
A Comissão Restrita funciona em permanência e o seu plenário reúne sempre que convocado
pelo respectivo presidente, no mínimo com periodicidade quinzenal.
O apoio logístico é assegurado pelo Município, em cujas instalações a Comissão funciona.
À Comissão Restrita intervém, especialmente, quando os pais, o representante legal ou
quem tenha a guarda de facto, ponha em perigo a segurança, formação, educação ou
desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte de acção ou omissão de terceiros ou da própria
criança e/ou jovem e quando não seja possível às entidades competentes em matéria de infância
e juventude de forma adequada e suficiente a remover o perigo em que se encontra. A sua
intervenção depende do consentimento expresso dos pais, do representante legal ou da pessoa
que tenha a guarda de facto.
No próximo quadro é descrito o volume processual e o nº de crianças / jovens abrangidas pela
CPCJ durante o ano 2009.
Quadro nº 39 - Caracterização Processual por ano (2009)
Processos Transitados
de Anos Anteriores
Processos Instaurados
Processos Reabertos
Global Arq.
Liminar Arquivados
Total Arquivados
Activos para 2010
Nº Total de Processos 33 41 10 84 14 15 29 55
Nº de Crianças e
Jovens Abrangidos
33 41 10 84 14 15 29 55
Do ano 2008 transitaram 33 Processos, sendo instaurado no decurso de 2009 41
processos e reabertos outros 10 processos, obtendo-se um volume processual global de 84
processos. Destes, 14 foram arquivados liminarmente e outros 15 processos obtiveram
arquivamento após intervenção, resultando no final do ano civil 55 processos a transitar para
2010.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
112
Quadro n.º 40 - Caracterização da Criança e Jovem Segundo Escalão Etário e Género
Sexo Idade
Processos Transitados
de Anos Anteriores
Processos Instaurados
em 2009
Processos Reabertos
Total
M F ST M F ST M F ST M F ST
0 - 2 1 0 1 4 4 8 0 0 0 5 4 9
3 - 5 4 0 4 5 2 7 1 2 3 10 4 14
6 - 10 5 7 12 2 9 11 2 2 4 9 18 27
11 - 14 3 2 5 5 4 9 1 1 2 9 7 16
15 - 17 6 5 11 2 4 6 0 1 1 8 10 18
18 - 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
TOTAL 19 14 33 18 23 41 4 6 10 41 43 84
Observa-se no quadro anterior que a maioria das situações sob acompanhamento se
situam no escalão etário compreendido entre os 6 e 10 anos (44,26%), sendo igualmente
significativa a percentagem de jovens acompanhados com idades compreendidas entre os 11 e os
17 anos (40,47%).
Quadro Nº 41 - Caracterização Processual, por Apoio Sócio-Educativo
Processos Transitados de
Anos Anteriores
Processos Instaurados em
2009
Processos Reabertos
Total
Em Casa com a Mãe
--- 4 1 5
Em Casa com Família alargada
--- 1 --- 1
Ama --- --- --- Creche / Infantário 3 4 --- 7
Jardim Infância/Pré-
Escolar 2 6 2 10
TOTAL 5 15 3 23
Observa-se que das 23 crianças inseridas no âmbito do apoio sócio-educativo possuem
na sua grande maioria enquadramento em equipamentos educativos.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
113
Quadro Nº 42 - Caracterização Processual, Segundo Escalão Etário e Frequência Escolar
Escolaridade
Processos Instaurados Processos Transitados de Anos
Anteriores Processos Reabertos Total
6-10 11-14 15-17 6-10 11-14 15-17 18-21 6-10 11-14 15-17
Frequência 1º ciclo
8 12 3 23
Frequência 2º Ciclo 3 6 4 1 1 1 16
Frequência do 3º ciclo 3 6 1 10 1 1 22
TOTAL 11 9 6 12 5 11 4 2 1 61
Dos dados acima descritos, conclui-se da não correspondência entre os ciclos de
escolaridade frequentados e os efectivos escalões etários dos menores, evidenciando-se as
retenções obtidas nos diversos percursos escolares. Assim, os níveis de escolaridade das
crianças/jovens mais significativos resumem-se: frequência do 3º Ciclo (36,07%); frequência do 2º
Ciclo (26,23%); frequência do 1º Ciclo (37,70%).
Quadro Nº 43 – Distribuição Processual, segundo Entidades Sinalizadoras
Entidades Sinalizadoras Processos
Transitados de Anos Anteriores
Processos Reabertos
Processos Instaurados em
2009 Total
Os Pais 2 1 3 6
Familiares 2 2
Vizinhos e Particulares 1 1 6 8
A própria Comissão 3 2 2 7
Autoridades Policiais 6 6
Serviços da Segurança Social
1 2 3
Estabelecimentos Saúde 3 3 6
Estabelecimentos de Ensino 16 5 8 29
Inst. Apoio à Criança/Jovem
2 2
Instituto Reinserção Social 1 1
Autarquias 1 1
Outras CPCJ’s 3 2 5
Outra (IPSS) 1 1 6 8
TOTAL 33 10 41 84
À semelhança de anos anteriores, no ano 2009, as entidades sinalizadoras à CPCJ de Arganil,
com maior expressão foram os estabelecimentos de ensino (34,52%).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
114
Quadro Nº 44 – Caracterização Processual, por Escalão Etário e Problemática
(Volume Processual Global)
Esc. Etário
Problemática
Processos Transitados de 2009
Processo Reabertos Processos Instaurados em
2009 Total
0 a 5 6 a 10 11 a 14 15 e + 0 a 5 6 a 10 11 a 14 15 e + 0 a 5 6 a 10 11 a 14 15 e +
Aband. Escolar 1 6 1 1 2 11
Exerc. Abusivo Autoridade
1 1
EMCD 4 5 1 2 2 1 1 1 2 1 20
MTF 1 1 2
Negligência 1 6 2 2 1 4 2 13 10 4 2 47
Ing. Beb. Alcoólicas
1 1
Prob. Saúde 1 1 2
TOTAL 5 12 5 11 3 4 2 1 13 7 6 84
As problemáticas da Negligência (55,95%) e da Exposição a Modelos de Comportamento
Desviante (23,81%) são aquelas que mais se evidenciam. Salientam-se igualmente 13,09% de
situações sinalizadas por risco de abandono escolar.
Quadro Nº 45 – Caracterização Processual, segundo Tipologia Familiar
Processos Transitados de 2008 Processos Reabertos Processos Instaurados em
2009 Total
Família Nuclear C/ Filhos
11 Família Nuclear C/ Filhos
5 Família Nuclear C/ Filhos
25 41
Família Monoparental
Feminina 8 Família
Monoparental
Feminina 1 Família
Monoparental
Feminina 3 12
Masculina 2 Masculina Masculina 2
Família Reconstituída 5 Família Reconstituída 1 Família Reconstituída 8 14
Família Alargada 7 Família Alargada 3 Família Alargada 5 15
Total 33
Total
10 Total 41 84
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
115
São as famílias nucleares com filhos, aquelas que caracterizam a maioria dos agregados
das crianças ou jovens (60,97%). Ainda assim, salientam-se também as famílias reconstituídas
com um valor percentual de 19,51, bem como as famílias de tipo alargada, com 17,85% das
situações.
Quadro Nº 46 – Caracterização dos Agregados, segundo Sexo e Escalão Etário
Processos Transitados
de 2008 Processos Reabertos
Processos Instaurados em 2009
TOTAL
Sexo Esc. Etários
M F ST
Sexo
Esc. Etários
M F ST
Sexo
Esc. Etários
M F ST
15 – 18 anos
15 – 18
anos
15 – 18 anos
0
19 – 24 anos
4 4 19 – 24
anos 1 1
19 – 24 anos
4 4 9
25 – 34 anos
2 2 25 – 34
anos 1 5 6
25 – 34 anos
12 20 32 40
35 – 44 anos
13 15 28 35 – 44
anos 4 2 6
35 – 44 anos
19 12 31 65
45 – 54 anos
8 8 16 45 – 54
anos 2 1 3
45 – 54 anos
3 3 6 25
55 – 64 anos
3 2 5 55 – 64
anos
55 – 64 anos
5
> 65 anos > 65 anos 1 1 > 65 anos 2 1 3 4
Total 24 31 55 Total 7 10 17 Total 36 40 76 148
As faixas etárias mais representativas dos progenitores/responsáveis das crianças e jovens
acompanhados concentram-se nos escalões dos [35 - 44] anos (43,91%), seguidos dos [25 - 34]
anos (27,02%), salientando-se ainda aqueles com idades entre os [45 - 44] anos (16,89%).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
116
Quadro Nº 47 – Situação perante a Saúde, dos Responsáveis pela Criança/Jovem, segundo
o Género
Processos Transitados de 2008 Processos Reabertos
Processos Instaurados em 2009
TOTAL
Sexo Saúde M F ST
Sexo Saúde
M F ST Sexo
Saúde M F ST
Doença Física Doença Física Doença Física 3 3 3
Deficiências Cognitivas
Deficiências Cognitivas
Deficiências Cognitivas
1 2 3 3
Doença Mental Doença Mental 3 3 Doença Mental 1 1 4
Alcoolismo 4 3 7 Alcoolismo 1 1 Alcoolismo 6 1 7 15 Total 4 3 7 Total 1 3 4 Total 7 7 14 25
Da tipologia de situações de doença sinalizadas no âmbito dos acompanhamentos processuais,
sobressai o alcoolismo como patologia maioritária.
Quadro Nº 48 – Caracterização dos Agregados, segundo Sexo e Escolaridade
Processos Transitados de 2008
Processos Reabertos Processos Instaurados
em 2009
Sexo
Escolaridade M F ST
Sexo Escolaridade
M F ST Sexo
Escolaridade
M F ST TOTAL
Sem escolaridade
1 1 Sem escolaridade 6 6 Sem escolaridade 7
Sabe Ler e Escrever
15 13 28 Sabe Ler e Escrever
Sabe Ler e Escrever
28
1º Ciclo Completo
9 13 22 1º Ciclo Completo 6 1 7 1º Ciclo Completo 13 13 26 55
2º Ciclo Completo
1 2 3 2º Ciclo Completo 1 1 2º Ciclo Completo 11 16 27 31
3º Ciclo Completo
3º Ciclo Completo 1 1 3º Ciclo Completo 10 9 19 20
Ensino secundário
1 1 Ensino secundário 1 1 2 Ensino secundário 1 3 4 7
Curso formação Profissional
Curso formação
Profissional
Curso formação Profissional
Bacharelato/ Curso Superior
Bacharelato/Curso
Superior
Bacharelato/Curso Superior
Total 25 30 55 Total 8 9 17 Total 35 41 76 148
Dos dados inscritos no quadro acima, é reveladora a baixa escolarização da maioria dos
responsáveis pelas crianças e jovens, de entre os quais 18,91% sabem ler e escrever, seguidos
do 1º Ciclo Completo com 37,16% e 1º Ciclo Completo (37,16%).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
117
Quadro Nº 49 – Situação perante o Trabalho/Rendimentos, dos Responsáveis pela
Criança/Jovem, segundo o Sexo
Processos Reabertos Processos Transitados
de 2008 Processos Instaurados
em 2009
TOTAL Sexo
Trab./Rend. M F ST Sexo
Trab./Rend. M F
ST
Sexo Trab./Rend. M F ST
Rendimentos do Trabalho
7 7 Rendimentos do Trabalho
19 13 32 Rendimentos do Trabalho
30 13 43 82
Pensão 2 2 Pensão 2 1 3 Pensão 2 1 3 8
Rendimento Social
Inserção 7 7
Rendimento Social
Inserção 1 12 13
Rendimento Social
Inserção 18 18 38
Bolsa de Formação
Bolsa de
Formação 3 3
Bolsa de Formação
1 1 4
Outros Rendimentos
Outros
Rendimentos 2 2 4
Outros Rendimentos
2 2 4 8
Sem Rendimentos
1 1 Sem
Rendimentos
Sem Rendimentos
1 6 7 8
Total 7 10 17 Total 24 31 55 Total 36 40 76 148
Verifica-se no quadro acima que 55,40% dos Responsáveis usufruem Rendimentos do Trabalho.
Simultaneamente, 25,67% dos Responsáveis vivem de Rendimento Social de Inserção.
3.5 | Rede Nacional de Cuidados Continuados – Caracterização
O envelhecimento demográfico e as alterações no padrão epidemiológico e na estrutura
social e familiar das populações das sociedades ocidentais, nomeadamente da portuguesa,
determinam a criação de respostas adaptadas às actuais necessidades dos respectivos perfis
clínicos, sociais e culturais.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), criada no âmbito do
Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, constitui a resposta
socialmente organizada no nosso País para fazer face às necessidades das pessoas com
dependência funcional, dos doentes com patologia crónica múltipla e das pessoas com doença
incurável em estado avançado.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados integrados (RNCCI), criada através do Decreto
nº 101/ 2006, de 6 de Junho, é uma resposta de cuidados globais a pessoas que,
independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.
A prestação de cuidados continuados integrados é assegurada por unidades de
internamento - Unidade de Convalescença; Unidade de Média Duração e Reabilitação; Unidade
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
118
de Longa Duração e Manutenção; Unidade de Cuidados Paliativos por unidade de ambulatório –
Unidade de Dia e de Promoção de Autonomia por equipas hospitalares –Equipa de Gestão de
Altas ; Equipa Intra-Hospitalar de Suporte EM Cuidados Paliativos e por equipas domiciliárias –
Equipa de Cuidados Continuados Integrados; Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados
Paliativos.
O acesso á RNCCI é feito através das Equipas Coordenadoras Locais que asseguram o
acompanhamento e a avaliação da Rede a nível Local, bem como a articulação e coordenação
dos recursos e actividades, no seu âmbito de referência.
Cada Equipa Coordenadora Local é responsável pela avaliação da situação de saúde e
social do doente e pela verificação do cumprimento dos critérios de referenciação para admissão
de utentes, para além de verificar o cumprimento dos requisitos enunciados no Decreto-Lei nº
101/2006 de 6 de Junho.
Assim, a ECL Pinhal tem sede no Centro de Saúde da Lousã abrangendo os concelhos de
Lousã, Miranda, Vila Nova de Poiares, Arganil e Tábua.
No Concelho Arganil a Unidade de Cuidados Continuados Integrados – Hospital Dr.
Fernando Valle, pertença da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, iniciou actividade a 16 de
Julho de 2007, integrando a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, criada pelo
Decreto-Lei n.º 101/2006 de 6 de Junho.
Trata-se de uma Unidade de Média Duração e Reabilitação para 12 camas e uma Unidade
de Longa Duração e Manutenção também para 12 camas.
O presente diagnóstico tem como base apresentar a actividade da UCCI – Hospital Dr. Fernando Valle, durante o ano de 2009 e o período compreendido entre Janeiro e Junho de 2010, incluindo este alguns dados comparativos a anos transactos.
Reflecte sucintamente o decurso de implementação e desenvolvimento da resposta interventiva da área social /saúde, as actividades desenvolvidas e os serviços prestados.
Teve como base a análise dos dados quantitativos e qualitativos disponíveis.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
119
VISÃO GLOBAL DOS CUIDADOS PRESTADOS E SEUS BENEFICIÁRIOS
3.5.1| Perfil dos utentes admitidos
Gráfico n.º 33 : Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Tipologia de Internamento
Gráfico n.º 34: Distribuição total dos utentes
admitidos na UCCI
2007
50
2008
54
2009
52
2010
29
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
120
A Unidade de Cuidados Continuados Integrados – Hospital Dr. Fernando Valle, iniciou actividade a 16 de
Julho de 2007, tendo desde então prestado cuidados de saúde e sociais a um total de 185 cidadãos
utentes. Especificamente, 133 na Tipologia de Média Duração e Reabilitação (MDR) e 52 na
Tipologia de Longa Duração e Manutenção (LDM).
Graficamente se descrevem os cidadãos beneficiários dos cuidados prestados na UCCI de Arganil, no que
diz respeito a Tipologia de Internamento, ano de admissão, grupo etário e género.
GRUPO ETÁRIO
2007
Julho a Dezembro
2008 2009 2010
Janeiro a Junho
TOTAL MDR LDM MDR LDM MDR LDM MDR LDM
M F M F M F M F M F M F M F M F
20-30 1 1
40-49 1 1 1 2 5
50-59 1 1 1 2 2 1 1 1 10
60-69 1 3 1 1 1 3 1 2 1 1 15
70-79 4 6 2 4 7 10 1 2 5 7 1 4 2 4 2 61
80-89 3 4 5 6 5 8 5 5 16 3 1 11 2 74
> 90 2 3 4 1 5 2 1 1 19
TOTAL
9 17 9 15 15 27 3 9 11 31 1 9 6 17 3 3
185 26 24 42 12 42 10 23 6
50 54 52 29
Tabela 43 : Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por: Ano de Admissão / Tipologia / Grupo Etário /Género
Naturalidade dos utentes admitidos
CONCELHO 2007 2008 2009 2010 TOTAL
Gráfico n.º 35: Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI – Tipologia de Média Duração e Reabilitação por Grupo Etário / Género
Gráfico n.º 36: Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI – Tipologia de Média Duração e Reabilitação por Grupo Etário / Género
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121
Janeiro a Junho
MDR LDM MDR LDM
REGIÃO CENTRO
Pinhal Interior Norte Arganil 13 22 18 4 9 3
120
Góis 5 7 10 4 2 Lousã 4 3 2 2 1 Miranda do Corvo 3 1 1 Oliveira do Hospital 0 4 2 5 Pampilhosa da Serra 1 2 1 Tábua 0 5 6 2 Vila Nova de Poiares 0 3 1 1
Pinhal Interior Sul Castelo Branco 2 1 3 Oleiros 1 0
Baixo Mondego Cantanhede 3 0
22 Coimbra 4 0 2 1 Montemor-o-Velho 3 0 1 Penacova 2 5 Soure 1 1
Pinhal Litoral Pombal 1 0 1
Dão-Lafões Mangualde 1 0 5 Ílhavo 2 1 Águeda 1 0
Baixo Vouga Oliveira do Bairro 1 0 3 Vagos 1 0 Ovar 1 0
REGIÃO NORTE
Entre Douro e Vouga Arouca 1 0 2 Stª Mª. Feira 1 0
42 10 23 6
TOTAL 50 54 52 29 185
Tabela 44: Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Região / Concelho
Gráfico n.º 37 : Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI por Região
Gráfico n.º 38: Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI por Região
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122
Proveniência / Origem de referenciação
Gráfico n.º 39 – Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Ano / Origem de referenciação
Relativamente à proveniência dos 185 utentes, em ambas as Tipologias de Internamento, 72,4 % destes
provêem directamente dos Hospitais (134 utentes), 24,9 % do Domicílio, somente 2,7 %, provêem de
outras respostas da RNCCI.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
123
Identificação do Diagnóstico principal da totalidade dos utentes
2009 2010
DIAGNÓSTICO PRINCÍPAL MDR LDM MDR LDM
Lepra (030) 1
Tumor maligno do cérebro (191) 1 4
Tumor maligno (192) 1 2
Diabetes Mellitus (250) 2 1 2
Transtornos de Equilíbrio de fluidos (276) 1
Psicoses afectivas (296) 1 2 11
Transtornos mentais (310) 1
Meningite bacteriana (320) 1
Degenerações cerebrais (331) 2 1 1
Doença de Parkinson (332) 1
Doença desmielizante do sistema nervoso central (341) 1
Hemiplegia e hemiparésia (342) 1
Afecções do cérebro (348) 1
Enfarte Agudo do miocardio (410) 1
Hemorragia intracerebral (431) 1 1
Oclusão das artérias cerebrais (434) 2
AVC (436) 4 1 3 1 11
Efeitos tardios de AVC (438) 1
Doença das artériase arteriolas (447) 1
Pneumonia (486) 3
Broncopneumonia (485) 1
Doença do Aparelho Respiratório (519) 1
Transtornos digestivos funcionais (564) 1
Insuficiência renal crónica (585) 1 1 3 1
Úlcera crónica da pele (707) 3 1 4
Senilidade sem menção de psicose (797) 1
Fractura da coluna vertebral (805) 1 24
Fractura de bacia (808) 1
Fractura do colo do fémur (820) 10 5
Fractura tíbia e peróneo (823) 1
Fractura de tornozelo (824) 2
Fractura de ossos não especificados (829) 1
Traumatismo crânio encefálico (853) 1
Fracturas múltiplas (894) 1
Traumatismo de nervos NCOP (957) 1
TOTAL 42 10 23 6
Tabela 45: Diagnóstico principal dos utentes admitidos em 2009 e 2010 em ambas as tipologias
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124
TAXA DE OCUPAÇÃO, TAXA MÉDIA DE INTERNAMENTO E ALTAS
Durante o período em análise, foram atribuídas na UCCI – Hospital Dr. Fernando Valle 82 altas,
especificamente 52 na Tipologia de Média Duração e Reabilitação e 16 em Longa Duração e
Manutenção.
MÉDIA DURAÇÃO E REABILITAÇÃO – ALTAS
MOTIVO DESTINO 2009 2010 Agudização Hospitais de agudos 5 3
Obtenção dos resultados previstos
Domicilio 16 9 Cuidados Institucionais – Acolhimento permanente - Lar de Idosos
6 3
Cronicidade Outras respostas da Rede 10 4 Óbito 5 5
TOTAL 42 24
Tabela 46 : Destino e motivo de alta dos utentes da tipologia de Média Duração e Reabilitação
A presente tabela permitem-nos concluir que em termos de resultados quantitativos e qualitativos obtidos em 2009,
de um total de 42 altas na Tipologia de Média Duração e Reabilitação, 22 destas foi por obtenção dos resultados
previstos, dos quais 38% para o domicílio e 14% para respostas institucionais de carácter permanente, Lar de
Idosos.
Relativamente a 2010, os destinos após alta, mantêm percentagens semelhantes a anos transactos, conseguindo
igualmente como valor maioritário o domicílio, sendo estes utentes apoiados posteriormente por familiares ou
vizinhos e por respostas de carácter parcial, nomeadamente, Centros de Dia, Serviços de Apoio Domiciliário e
serviços comunitários de proximidade.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
125
Tabela 47: Destino e motivo de alta dos utentes da tipologia de Longa Duração e Manutenção
Relativamente á tipologia de Longa Duração e Manutenção, no ano de 2009 foi possível de obter
um total de 10 altas.
Sendo que no período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2010, já se efectivaram
6 altas, das quais 1 agudização, 1 transferência para outra respostas da rede e 4 óbitos.
Tabela 48: Distribuição total dos utentes saídos da UCCI por Tipologia de Internamento
LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO – ALTAS
MOTIVO DESTINO 2009 2010 Agudização Hospitais de agudos 1 1
Obtenção dos resultados previstos
Domicilio 2
Cuidados Institucionais – Acolhimento permanente - Lar de Idosos
2
Cronicidade Outras respostas da Rede 0 1
Óbito 5 4 TOTAL 10 6
2009 2010 MDR LDM MDR LDM
DIAS DE INTERNAMENTO
Valor Médio 87,26 204,2 78,75 365 Valor Máximo 180 395 217 958 Valor Mínimo 15 33 5 8
ALTAS 42 10 24 6
52 30
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126
3.6| Progride
� Enquadramento legal
o Foi criado através da Portaria nº 730/2004, de 24 de Junho;
o Regulamentado pelo despacho nº 25/2005 de 3 de Janeiro;
o Abertura de candidaturas e definição de territórios prioritários, através do
Despacho n.º 24/05 de 3 de Janeiro
o Abertura de candidaturas e definição de grupos alvos, através do Despacho n.º
6165/05 de 22 de Março
� Quadro Lógico do Programa
� Objectivo
global
� Promover a coesão social, reduzindo ou
eliminando assimetrias e factores de exclusão
social em Portugal continental
� Objectivos
específicos
� Combater fenómenos graves de exclusão em
territórios identificados como prioritários - Medida 1
� Intervir junto de grupos confrontados com
situações de exclusão, marginalidade e pobreza -
Medida 2
� Resultados � Produto das actividades desenvolvidas pelos
projectos aprovados pela gestão do programa
� Os Projectos possuem enquadramento nas 4 áreas de intervenção definidas:
o Acesso dos cidadãos aos serviços públicos e à divulgação dos direitos, deveres e
benefícios sociais;
o Qualificação das populações através da melhoria das competências pessoais,
sociais e profissionais;
o Apoio à requalificação dos espaços, à protecção ambiental, à melhoria das
condições de habitação e das acessibilidades;
o Fomento de iniciativas económicas das populações, em particular no âmbito da
economia social, de modo a promover a inclusão pelo emprego e a fixação das populações.
� – Os objectivos do Progride de Arganil pautaram-se pelas seguintes vertentes:
o Suprir lacunas ao nível das respostas de proximidade para idosos;
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
127
o Melhorar as condições de habitabilidade das famílias mais carênciadas;
o Identificação de produtos locais com viabilidade económica;
o Reforço da capacidade associativa de pequenos produtores locais;
o Aumento da empregabilidade no sector artesanal.
A atribuição da designação de “Revitalizar um Território Rural” de Arganil ao projecto
dinamizado no âmbito do PROGRIDE – Media 1, resultou da constatação de uma realidade
concelhia dotada de características específicas.
• Metas do Projecto
Consideraram-se como prioridades a concretizar, ou pelo menos a criar as condições
para que as mesmas venham a ser concretizadas, as seguintes metas:
a) Minorar as situações de exclusão social e pobreza ainda existente no
Concelho de Arganil;
b) Contribuir para a criação de condições, locais de promoção do
desenvolvimento socioeconómico,
c ) Promover a inclusão social.
• Linhas Gerais de Actuação
Essas linhas de actuação representam pois, as “guide line” para a equipa técnica do projecto e
para os parceiros, poderem definir reajustes aos planos de actividades a elaborar.
A acção desenvolvida pelo projecto assenta em três grandes “pilares”, a saber:
a) Protecção Social – actuar junto dos idosos ou cidadãos deficientes, em situação de
isolamento, quer seja físico quer seja social, utilizando para isso recursos humanos e
materiais inscritos no projecto e abrangendo o fornecimento de um vasto leque de
serviços;
b) Intervir junto do parque habitacional e respectivas infra-estruturas, bem como
de equipamentos sociais – esta linha de intervenção visa dotar as habitações de
famílias de risco ou em risco, de condições de habitabilidade que permita criar as
condições de dignidade humana e, ao mesmo tempo, facilitar um trabalho de
acompanhamento social, de educação e prevenção. Visa ainda melhorar os
equipamentos sociais que dão apoio directo ou indirecto aos beneficiários do projecto,
nomeadamente eliminando as barreiras arquitectónicas, de modo a que todos possam
beneficiar dos serviços aí prestados.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
128
d) Promoção do Desenvolvimento Concelhio – dinamização de uma entidade associativa
capaz de juntar as sinergias concelhias para dar expressão à qualidade dos produtos
locais, e, simultaneamente, sensibilizar os, eventuais, interessados a adquirirem esses
mesmos produtos, gerando-se daí riqueza e valor acrescentado para a economia.
• Operacionalização / Acções
Assim sendo, foram consideradas três Acções:
Acção n.º I – “ Centro de Atendimento Permanente”
- Idosos em situação de isolamento geográfico e /ou social:
213 IDOSOS ( este valor resultou dum levantamento exaustivo ao nível das necessidades concelhias, não temos
registo das localidades incidentes, contudo estas localizam-se fortemente nas freguesias mais dispersas, tais
como: Pomares, Piódão, P. Beira, S. Martinho. Denota-se que estes resultados incluem idosos sem linha telefónica, motivo
pelo qual não ponderam ser apoiados).
- Idosos acompanhados pelo CAP, por ano e freguesia
De um total de 213 idosos em situação de isolamento geográfico e social foram apoiados 171
idosos no âmbito deste projecto ou sejam 80,28%
Acção n.º II – “ Intervenção Social de Emergência em Famílias de Risco”
Freguesias Anos
22000055 22000066 22000077 22000088 22000099 22001100
São Martinho da Cortiça 7 10 8 10 11 11
Pombeiro da Beira 5 9 8 8 20 20
Sarzedo 8 8 10 2 3 3
Secarias 3 3 4 6 6 6
Arganil 7 5 9 14 15 17
Celavisa 12 12 10 7 7 7
Folques 5 4 3 2 4 3
Teixeira 1 3 3 3 3 3
Cepos 4 4 4 2 2 2
Benfeita 7 11 10 9 11 11
Côja 12 12 12 10 12 11
Cerdeira e Moura da Serra 10 8 9 5 4 4
Vila Cova de Alva 4 3 3 4 3 3
Anceriz 2 4 4 4 3 4
Barril de Alva 6 8 8 7 5 6
Pomares 24 27 29 23 42 42
Piódão 24 23 21 14 17 18
Total 141 154 155 130 168 171
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
129
Como podemos verificar do total da habitação degradada sinalizada apenas 17% foi apoiada no
âmbito deste projecto.
Acção n.º III – “ Centro de Recursos ao Associativismo e Investimento”
Acção III - GIMADE
O GIMADE, acompanhou 71 beneficiários em situação de desemprego e crise económica.
A média de idades prevalente é de 39 anos, sendo que as idades são compreendidas entre os 16
e 62 anos.
Do conjunto de beneficiários, 56 pertencem ao sexo feminino, e 15 correspondem ao sexo
masculino.
Refere-se que todos os beneficiários (71) foram acompanhados no âmbito da aquisição de
competências sociais e pessoais.
A mesma população (71) foi incluindo em sessões/acções de formação / informação.
Relativamente ás acções no âmbito do empreendorismo, apresentam-se:
Quadro n.º 51 - Habitação degradada sinalizada (S) e apoiada (A) por ano e freguesia
2005 2006 2007 2008 2009 Total S* A** S A S A S A S A S A Anceriz 11 11 0 Arganil
1 1 0
Barril de Alva 4 4 1 3 1 4 12 5 Benfeita 1 1 1 3 0 Cerdeira 1 1 0 Côja 1 2 1 3 1 Piódão 1 1 0 Pomares 1 5 1 1 1 7 2 Pombeiro da Beira
2 1 4 17 1 4 3 7 34 5
S. Martinho da Cortiça
1 1 3 1 1 14 18 3
Sarzedo 1 1 1 2 1 Secarias 1 1 2 0 Vila Cova de Alva 1 2 2 5 0 Total 6 5 9 3 37 3 10 6 38 0 100 17
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
130
- Contactos com o micro -credito e IEFP; - Oficinas Terapêuticas; - 5 acções de formação / informação.
Beneficiários do CAP por Ano e Freguesias:
Quadro n.º 52 - Distribuição etária e por género da população beneficiada pelo GIMADE
Quadro n.º 53 - Distribuição de beneficiários GIMADE, por freguesia
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
131
3.7 | Projecto Integrado de Intervenção Precoce
O PIIP tem como primado a intervenção Centrada na família, isto é, numa perspectiva
ecológica / transaccional o indivíduo está em constante interacção com o meio, sendo essa
interacção bidireccional.
O ambiente relevante para o desenvolvimento não se limita ao contexto imediato,
englobando as interacções entre vários contextos: micro, meso, exo e macrosistema. É da
qualidade dessas interacções que depende, em longa medida, o bom desenvolvimento da criança.
De acordo com esta perspectiva a família deverá ser considerada como um sistema,
inserido num conjunto mais vasto de outros sistemas, sendo que, não faz sentido algum intervir
apenas na criança, devemos sim vê-la como componente de um todo. Assim, a intervenção não
deverá limitar-se à criança, mas entender a família na sua globalidade como o foco da
intervenção.
Uma intervenção centrada na família deve então, ver a família como o foco da
intervenção, reconhecer as forças da criança e da família, responder às prioridades da família,
individualizar a intervenção e basear-se nos estilos de funcionamento da família.
São diversos os serviços comunitários que podem convergir esforços para o sucesso das
intervenções, nomeadamente, serviços de Saúde, serviços de Segurança Social, serviços de
Educação, Autarquias, entre outros
A intervenção precoce enquanto pressuposto essencial da intervenção, tem subjacente a
noção de que as crianças com deficiência ou em risco de terem problemas no seu
desenvolvimento necessitam de serviços diferenciados que promovam o seu desenvolvimento e a
sua probabilidade de sucesso.
Por outro lado, as famílias das crianças com deficiência sofrem frequentemente de stress
e necessitam de cuidados especiais.
Assim, a prestação de serviços de Intervenção Precoce (IP), efectuada o mais cedo
possível, pode significar a obtenção de resultados óptimos para as crianças e para as suas
famílias.
Dadas as características únicas, necessidades e recursos de cada criança e sua família,
não se pode esperar que um curriculum ou conjunto de serviços seja apropriado às necessidades
de todos. Por isso é essencial um atendimento individualizado para planear os serviços a prestar
bem como para a sua execução. (Bailey & Wolery, 1992).
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
132
A equipa de Intervenção Directa (EID) tem assim como especiais funções: planificar a
actuação para a área geográfica de abrangência, elaborar o Plano Anual de Actividades,
seleccionar as situações para apoio em função da referência, avaliação e critérios definidos pelo
PIIP, fazer os contactos com as famílias sinalizadas, designar o responsável de caso, dar parecer
sobre a calendarização, duração e periodicidade dos apoios, fazer a Intervenção centrada na
família, organizar um dossier técnico por cada criança/família, identificar e articular a intervenção
com os serviços locais e outros, elaborar no final de cada ano lectivo a síntese do trabalho
desenvolvido com a criança/família, elaborar o relatório final de actividades desenvolvidas pela
EID, reunir semanalmente para análise discussão e planificação do trabalho a desenvolver e reunir
quinzenalmente com a Supervisão.
A sua intervenção destina-se a crianças desde o nascimento até aos 3 anos; a crianças
que evidenciam algum atraso no seu desenvolvimento; a crianças que apresentem síndromas que
se associam a problemas de desenvolvimento; a crianças que passaram por situações que as
colocam em risco de vir a ter problemas no seu desenvolvimento (crianças prematuras ou que
foram expostas à ingestão de álcool e drogas ou crianças com outras complicações peri ou
neonatais...); às crianças/famílias com problemas de ordem socio-económica e cultural e que por
circunstâncias várias estão expostas a um ambiente pouco afectivo e pouco estimulante.
No quadro abaixo descrito, podemos observar a distribuição casuística das situações acompanhadas, por idades. Quadro nº 54 - Distribuição por Idades: 9 meses 20
meses 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos
1 1 2 3 2 1 4 1
Observa-se assim um volume processual de 15 processos acompanhados durante o ano lectivo 2009/2010, com maior incidência em crianças com quatro anos de idade. Quadro n.º 55 - Distribuição por Problemática:
Risco Ambiental Risco Estabelecido Risco Biológico
5 8 2
A problemática que sobressai prende-se com o risco estabelecido.
Quadro nº 56- Distribuição por Freguesia:
Góis 2 Arganil 5 Vila Nova do Ceira 1 Benfeita 1 Sarzedo 2 Côja 1 Pombeiro da Beira 2
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
133
Torrozelas 1
A EID de Arganil possui uma área de abrangência vasta, destacando-se a freguesia de
Arganil como proveniente do maior número de situações sob acompanhamento.
3.8. | Programa de Desenvolvimento Integrado de Acção Social – PDIAS
O PDIAS de Arganil é um projecto que, congregando esforços das diferentes entidades
componentes, procura intervir junto dos indivíduos e famílias mais carenciados, contribuindo para
a satisfação das necessidades mais prementes, desenvolvendo simultaneamente diversificadas
actividades, dirigidas aos grupos populacionais de maior risco e vulnerabilidade social, com
incidência na Infância, deficiência, população Idosa, população sem escolaridade obrigatória,
desempregados e população activa.
A sua acção tem subjacente uma actuação articulada e co-responsável dos diferentes
Serviços e Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Tratando-se de um projecto com dependência distrital, ao nível do co-financiamento,
orientações técnicas e de procedimentos, encontra na esfera local e concelhia a dinâmica de
construção de respostas integradas e complementares, direccionadas à especificidade da
população residente e consequentes necessidades reconhecidas.
Entende por isso uma intervenção atempada a famílias em risco social, contribuindo
igualmente para a implementação de respostas e equipamentos adequados à população.
Nasceu em 1989, através da celebração de um Protocolo de cooperação entre diversas
Instituições, homologado pelo Secretário de Estado da Segurança Social.
Possui como entidades financiadoras o Município de Arganil e o Instituto de Segurança
Social, I.P./ Centro Distrital de Coimbra e enquanto entidade jurídica a Santa Casa da Misericórdia
de Arganil.
Ao nível da sua estrutura orgânica e funcional, é composto por três órgãos:
Conselho Geral, Conselho Coordenador e Equipa Técnica.
Localmente, o acompanhamento casuístico na esfera social está garantido por um
atendimento integrado, através de Técnicos de diferentes Instituições Particulares de
Solidariedade Social, Serviços desconcentrados da Administração Central e Autarquia,
organizando-se as respostas não apenas através dos procedimentos técnicos de Acção Social,
mas também pelo enquadramento nos projectos de parceria implementados, em articulação com o
PDIAS.
Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010
134
77
34
0
20
40
60
80
Gráfico nº40 - Número de Propostas elaboras e Pessoas abrangidas (Ano 2009)
Nº Propostas Elaboradas
Nº Pessoas Abrangidas
Quadro nº 57| - Apoios Atribuídos pelo PDIAS, por Rubrica e Montantes Atribuídos, (Ano 2009)
Rubrica Nº de Apoios Pecuniários Montante
Saúde 2 212,91€
Carência 32 5.262,17€
Total 34 5.475,08€
Foram durante o ano 2009 atribuídas 34 apoios pecuniários, envolvendo 34 agregados familiares,
no valor global de 77 pessoas abrangidas.
A rubrica que sobressai maioritariamente prende-se com as situações de carência.
40
19
0
10
20
30
40
Gráfico nº41 - Número de Propostas elaboradas e Pessoas abrangidas (1º Semestre 2010)
Nº Propostas Elaboradas Nº Pessoas Abrangidas
135
Cap. III – Identificação dos Problemas Concelhios, de acordo com os Eixos
de Intervenção e Áreas Temáticas
Eixo I - Integração Social dos Grupos mais Vulneráveis à Exclusão Social:
Identificação de Problemas por Áreas Temáticas
136
EIXO 1 – Integração Social dos Grupos mais Vulneráveis à Exclusão Social:
Identificação de Problemas por Áreas Temáticas
Áreas Temáticas Problemas Identificados
Famílias e Comunidades
● Dificuldade da família em garantir as suas funções básicas (sobrevivência,
protecção, afecto, confiança, segurança, outros);
● Dificuldades na conciliação da vida profissional e familiar;
● Enfraquecimento das redes de sociabilidade e de solidariedade primárias extra-
familiares;
● Fracas competências pessoais, sociais e parentais;
● Maus-tratos familiares e infantis;
● Rupturas das relações / Laços Familiares;
• Cultura Familiar de consumos de álcool;
• Ausência de competências parentais, pessoais e sociais;
• Desconhecimento dos pais na identificação de comportamentos de risco dos
filhos e formas de actuação perante os mesmos;
• Baixos níveis de escolarização;
• Baixos níveis qualificação profissional;
Comportamentos
Aditivos e/ou de Risco
● Consumo de álcool;
● Consumos de drogas ou outras substâncias psico-activas;
● Tabagismo
● Relações Sexuais Desprotegidas;
Criminalidade e Segurança
● Actos de Vandalismo;
● Comportamentos delinquentes / marginalidade
● Violência Doméstica;
● Tráfico de Droga;
Cultura e Interacção
Organizacionais
● Dificuldade no processo de Planeamento Estratégico
● Falta de articulação / comunicação;
● Insuficiente política de marketing Social;
● Insuficiente / inexistentes dispositivos de suporte ao exercício do trabalho em
parceria (Guia de Recursos7)
● Necessidades de formação / qualificação dos actores locais
Grupos em Situação de
Vulnerabilidades/Problemáticas
Específicas
• Famílias Monoparentais;
• Mães Adolescentes;
• Beneficiários de RSI;
• Crianças e jovens em situação de risco e/ou perigo;
• Pessoas portadoras de deficiência física e/ou mental
• Pessoas vítimas de violência doméstica;
137
• Pobreza persistente
• Inicio precoce dos consumos de tabaco, de álcool e estupefacientes nas
camadas mais jovens;
• Inexistência de Campos de Férias;
• Inexistência de actividades lúdicas em tempo não lectivo;
• - Inexistência de um “Espaço Jovem” que permita a dinamização de Workshop´s
e actividades lúdicas, bem como espaço internet, esplanada de apoio, painel de
informações, gabinete de apoio na área da saúde; (horário alargado/fins de tarde
e fins de semana);
• - Insuficiência do nº vaga disponibilizada pelo IPJ, na candidatura OTL, em
relação ao nº de jovens que o procuram;
- Falta de Articulação e de planeamento estratégico anual das políticas de
juventude no concelho;
Equipamentos/Serviços/Respostas
Sociais
• Défice de creches;
• Inexistência de Amas;
• Inexistência de Centro de Acolhimento Temporário (CAT);
● Distribuição desequilibrada dos equipamentos / Serviços / Respostas ao nível
territorial;
● Insuficientes meios materiais e/ou financeiros para o funcionamento adequado
dos equipamentos / serviços / respostas;
● Insuficientes recursos humanos especializados para o funcionamento adequado
dos equipamentos / serviços / respostas;
● Inexistência de Apoio Domiciliário Integrado;
● Inexistência de Centros Comunitários;
● Insuficiência de Centros de Actividades Ocupacionais;
● Inexistência de Centro de Apoio Familiar e aconselhamento parental;
● Inexistência de Centros de convívio;
● Inexistência de Centros de Férias e de Lazer
● Insuficiência de Centros de Noite;
● Insuficiência de equipamentos de creche;
● Inexistência de grupos de auto-ajuda
● Insuficiência de Equipamento de lar de idosos;
● Inexistência de lares residenciais para pessoas portadoras de deficiência;
● Insuficientes respostas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;
● Inexistentes serviços de acolhimento familiar para crianças e jovens;
● Inexistentes serviços de acolhimento familiar para crianças e jovens;
● Inexistentes serviços de acolhimento familiar para crianças e jovens;
● Inadequação dos serviços de ajuda alimentar;
● Insuficientes serviços de intervenção precoce;
● Insuficientes unidades de vida autónoma para pessoas com doença do foro
mental ou psiquiátrico;
Insuficientes unidades de vida protegida para pessoas com doença do foro mental
ou psiquiátrico;
● Insuficiência de serviços de transporte de pessoas com deficiência;
● Insuficiência de unidades móveis de prestação de serviços / respostas sociais
138
Saúde
● Alcoolismo;
● Deficiência Mental;
● Deficiências físicas;
● Doenças crónicas;
● Doenças do foro psiquiátrico;
● Doenças mentais;
● Forte incidência de situações de dependência;
● Insuficientes / Inexistentes equipamentos / serviços / respostas de saúde
especializados;
● Obesidade;
● Toxicodependência;
Habitação / Condições de
Habitabilidade
● Desfasamento dos encargos habitacionais face aos rendimentos da população;
● Existência de barreiras arquitectónicas nas habitações;
● Existência de habitações precárias e/ou com más condições de habitabilidade;
● Habitações \devolutas;
● Insuficiência de incentivos à habitação para fixação da população Jovem;
● Isolamento de alguns espaços habitacionais;
139
EIXO 1 – Necessidades Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas
Área Temática Necessidades Prioritárias Recursos Locais
Crianças e Jovens
- Alargamento das respostas de Creche;
- Criação de serviço de amas da Segurança Social e/ou Rede de
Creches familiares;
- Implementação de um Serviço de Acolhimento Familiar;
- Alargamento das respostas de Actividades de Tempos Livres;
através da criação de ateliers ocupacionais para crianças e jovens,
em períodos de férias lectivas, e/ou espaço de Educação e lazer
- Alargamento da Intervenção do PIIP;
- Criação de projecto concelhio de ocupação de tempos livres, com
horário alargado;
- Alargamento da Intervenção do PIIP;
- Definição de uma politica concelhia na área da juventude e
criação de um Fórum da juventude
- Dinamização de Fórum da Juventude;
- Criação de Espaço Jovem e /ou espaço de educação, cultura e
lazer;
- Criação de planos de ocupação de tempos livres para as crianças
e jovens em acompanhamento pela CPCJ em actividades de
tempos livres;
- Constituição de equipa de intervenção Directa, transversal a
várias áreas temáticas;
Câmara Municipal
(Gabinete de A. Social)
Juntas de Freguesia
IPSS´s do Concelho
- Santa Casa da
Misericórdia de Arganil
- Santa Casa da
Misericórdia de Vila Cova
do Alva
- Segurança Social –
CDSS de Coimbra
- Centro de Saúde
- IEFP
- Agrupamentos de
Escolas;
- Bombeiros Voluntários
de Arganil e Coja;
- GNR
- Associação Passo a
Passo
- Associações Juvenis
- Associações de Pais e
Encarregados de
Educação,
- Associações Culturais,
Recreativas e Desportivas
- Tecido Empresarial
- ACIC
- Agenda 21
- Iniciativa Porta 65
- DECO
Família e Comunidade
- Criação de espaço de apoio Familiar, aconselhamento e
formação Parental;
- Constituição de grupos de auto-ajuda /mediadores sociais;
- Criação de espaço para treino /desenvolvimento de
competências;
- Constituição de equipa de intervenção Directa, transversal a
várias áreas temáticas,
- Dinamização do Banco Local de Voluntariado;
- Dinamização da Loja Social de Côja e criação de novas lojas
sociais no Concelho;
- Estimular o envolvimento da comunidade para o Voluntariado;
- Criação de “loja social”;
- Implementação do sistema de gestão da qualidade nas IPSS´s;
- Alargamento / melhoria da capacidade de resposta em valências;
- Potenciar a formação em competências básicas em tecnologias
de informação e comunicação, dirigidas a crianças, jovens , adultos
e idosos
- Criação de medida de apoio social à recuperação de habitações
degradadas de famílias carenciadas
140
População Portadora de
Deficiência
E População com doença do
foro mental e ou psíquico
- Construção de Lar Residencial;
- Reforço nas respostas de apoio à população portadora de
deficiência;
- Constrangimentos nas acessibilidades e na mobilidade em
segurança das pessoas portadoras de deficiência;
- Alargamento do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO)
- Défice de respostas adequadas às necessidades dos utentes e
famílias com deficiência (Equipamentos: CAO, Lares e
Acolhimento Temporário)
- Empregabilidade da pessoa com deficiência;
População Idosa
- Défice de Apoio Domiciliário:
- Integrado ( profissionais de saúde/ Equipa multidisciplinar)
- 24 horas e fins-de-semana
- Formação dos recursos humanos
- Alargamento das valências / equipamentos de Apoio a Idosos e
maior qualificação de respostas;
-Criação de Lar para Idosos (abrangendo as freguesias: S.
Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira);
- Lar para Idosos dependentes
- Requalificação / adaptação de equipamentos já
existentes;
- Dificuldade de integração dos Utentes da Rede Nacional de
Cuidados Continuados na Rede Solidária;
- Inexistência de colónia de férias para Idosos;
- Idosos que vivem sozinhos;
- Inexistência de respostas para a patologia mental no idoso
(Alzheimer);
- Aumento da longevidade e consequente aumento da
dependência das pessoas;
Saúde
- Requalificação dos espaços do antigo Centro de Saúde;
- Ampliação do nº de camas na RNCCI;
141
Análise SWOT do Concelho, por eixo de intervenção prioritário Eixo I - Integração Social dos Grupos mais Vulneráveis à Exclusão Social
Forças
- Existência de relações de vizinhança – potenciador da coesão social e da constituição de redes informais; - Associativismo – muitas associações Constituídas; - IPSS locais; - APPACDM; Santa Casa da Misericórdia de Arganil e Vila Cova de Alva; - Câmara Municipal e 18 Juntas de Freguesia; - Gabinete de Acção Social da Autarquia - CDSS - Serviço Local de Segurança Social; - Centro de Saúde de Arganil; Agrupamento de Escolas de Arganil e Coja, Escola Secundária de Arganil - Rede de Equipamentos sociais e de saúde; - Equipamentos sociais da Rede Lucrativa (creches, jardins de infância, lar de Idosos; - Unidade de Cuidados Continuados; - Medidas de apoio social da autarquia; - Banco Local de Voluntariado de Arganil
- Insuficiente dinamismo das associações locais; -Insuficiente envolvimento e participação das parcerias locais;
- Decréscimo populacional; -Fraco envolvimento e participação da população; -Desigualdades sociais da população; -Crianças e jovens a frequentarem equipamentos sociais fora do concelho (Penacova/Mouronho/Oliv. Hospital); -Jovens sem ocupação e envolvidos em consumo de substâncias psicotrópicas; -Inexistências de respostas para a população jovens em contexto extra-escolar; -Inexistência de respostas para a população com problemáticas associadas a aditivos; - Inexistência de serviços integrados de acção social e saúde; -Idosos em situação de isolamento social Respostas tipificadas; - Necessidade de criação de novas valências de apoio social dirigidas essencialmente a crianças, jovens, famílias, idosas e população portadora de deficiência e saúde mental; - Necessidade de implementar respostas atípicas, direccionadas à satisfação das reais necessidades; - Insuficientes recursos financeiros para a criação de novas respostas e equipamentos; -Loja Social de Arganil;
Fraquezas
Oportunidades
- Elaboração de candidaturas concelhias, envolvendo diferentes parceiros locais; - Celebração de acordos com o CDSS; - Celebração de parcerias intermunicipais; - Candidaturas a programas e medidas de âmbito nacional e/ou regional – QREN | | POPH | PARES | PROGRIDE | PRODER | ESCOLHAS | Porta 65 |
- Falta de envolvimento das entidades locais em programas e projectos concelhios; - Insuficientes nº de celebração de acordos com o CDSS; - Indeferimento de candidaturas; - Insuficiência de recursos humanos qualificados; -Insuficiência de recursos financeiros.
Ameaças
142
Eixo II – Respostas Educativas | Formação | Empregabilidade: Identificação de
problemas, por Áreas Temáticas
143
EIXO 2 – Respostas Educativas | Formação | Empregabilidade: Identificação de
Problemas, por Áreas Temáticas
Áreas Temáticas Problemas Identificados
Escolarização
• Abandono/ desistência escolar;
• Absentismo escolar;
• Analfabetismo;
• Baixas expectativas dos jovens relativamente ao prosseguimento da vida escolar;
• Dificuldade do sistema educativo para lidar com alunos com problemas comportamentais/disciplinares/ emocionais;
• Alguma desvalorização da escola por parte da família;
• Inexistência/ Insuficiência de projecto educativos e/ou orientação vocacional;
• Insuficiente acompanhamento do encarregado de educação no percurso escolar do aluno;
• Insuficientes recursos para acompanhar alunos com necessidades educativas especiais;
• Insuficientes recursos humanos para o funcionamento adequado dos estabelecimentos de ensino (psicólogo, assistente social, ensino especial, &);
• Saída antecipada do sistema de ensino
Economia Local / Actividades
Económicas
• Insuficientes incentivos à produção/ investimento;
• Crise acentuada na economia local;
• Forte peso da economia informal;
• Fraca dinâmica das empresas na resolução das problemáticas sociais;
• Fracos incentivos para o empreendedorismo;
• Fraca articulação do tecido económico/ empresarial local;
• Insuficiência de serviços de proximidade;
• Insuficientes estratégias de marketing para a promoção do
território;
Emprego / Desemprego
• Desadequação da oferta e a procura de emprego;
• Desemprego;
• Desemprego de longa duração;
• Dificuldades de acesso ao emprego;
• Dificuldade de acesso/ integração na vida activa;
• Trabalho clandestino/ ilegal;
• Trabalho precário;
Formação / Qualificação
Profissional
• Baixas qualificações/ competências profissionais;
• Desadequação da qualificação profissional ao posto de trabalho;
• Desadequação entre a oferta de ensino/ formação e as necessidades do mercado de trabalho;
• Insuficiente informação sobre a oferta formativa;
• Insuficiente oferta de ensino profissionalizante.
Privação / Baixos Rendimentos
• Baixos salários/ rendimentos;
• Dependência de subsídios ou prestações sociais (RSI);
• Insuficiência de rendimentos para a satisfação de necessidades
básicas.
144
EIXO 2 – Respostas Educativas Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas
Área Temática Necessidades Prioritárias Recursos Locais
Respostas Educativas,
De Formação e de
Qualificação
Profissional
• Continuação da intervenção do CNO;
• Estabelecimento de parcerias para formação;
• Aumentar os níveis de escolarização de munícipes;
• Dinamização de Cursos de Formação e Educação para Jovens;
• Dinamização de Cursos de Educação e Formação de Adultos (Dupla
• Certificação)
• Dinamização de Planos de Inclusão e de Desenvolvimento de Competências;
• Execução de Planos de Formação e qualificação profissional de activos, em áreas diversificadas;
• Actualização da Carta Educativa;
• Reavaliação dos apoios económicos a crianças do 1º CEB;
• Diversificação das Actividades Extra-escolares;
• Cursos de formação sobre o
Empreendedorismo;
• Educação Económica e Empreendedora.
Câmara Municipal
(Gabinete de A.
Social)
Juntas de Freguesia
IPSS´s do Concelho
- Santa Casa da
Misericórdia de
Arganil
- Santa Casa da
Misericórdia de Vila
Cova do Alva
- Segurança Social –
CDSS de Coimbra
- Centro de Saúde
- IEFP
- Agrupamentos de
Escolas;
- Bombeiros
Voluntários de
Arganil e Coja;
- GNR
- Associações
Juvenis
- Associações de
Pais e Encarregados
de Educação,
- Associações
Culturais,
Recreativas e
Desportivas
- Tecido Empresarial
- ACIC
- Agenda 21
Emprego
• Dinamização do Gabinete de Inserção Profissional;
• Criação de Fórum de emprego, em
articulação com outras medidas;
• Divulgação de oferta formativa.
145
Análise SWOT do Concelho, por eixo de intervenção prioritário
EIXO 2 – Respostas Educativas | Formação | Empregabilidade
Forças
• Transportes Escolares;
• Rede Escolar;
• Centros Escolares;
• Centro de Novas Oportunidades;
• Cursos de Educação Formação;
• Bibliotecas Municipais;
• Zonas Industriais (Relvinha, S.
Martinho Cortiça e Côja);
• Produções regionais de elevada
qualidades;
• Sector público;
• Centro Empresarial e
Tecnológico (potenciar novos
empresários para o Concelho, com
investimento em indústria
especializada).
• Abandono escolar precoce;
• Fraca motivação dos indivíduos na
qualificação;
• Insucesso escolar;
• Herança cultural de insucessos e de falta
de motivação e ambição escolar e
profissional;
• Insuficientes ofertas de emprego;
• Jovens em situação de desemprego;
• Inadequação da oferta
profissional/qualificação com a procura;
• Inexistência de serviço descentralizado
de emprego e formação;
• Inexistência de cursos sobre
empreendedorismo.
Fraquezas
Oportunidades
• Programas e medidas do IEFP –
Centro de Emprego;
• Estágios
Curriculares/Profissionais;
• Parcerias regionais e nacionais;
• Candidaturas a programas e
medidas de emprego e formação
profissional;
• QREN
• POPH
• INOVSocial
• Ninho de Empresas;
• Estágios profissionais no
estrangeiro para Jovens até aos 30 anos
(Leonardo da Vinci);
• Candidatura Programa Cuida-te;
• Candidatura ao PEPAL.
• Crise económica e financeira;
• Despedimentos;
• Salários em atraso;
• Indeferimento de candidatura(s);
• Insuficiência de recursos humanos;
• Instabilidade;
• Precariedade laboral;
• Inadequação da informação ao
público alvo;
Ameaç
as
147
EIXO 3 – Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial
Áreas Temáticas Problemas Identificados
Demografia / População
● Baixa Taxa de fecundidade;
● Despovoamento / desertificação;
● Envelhecimento da população;
Acessibilidades / Mobilidade
● Existência de Barreiras Arquitectónicas;
● Incumprimento da legislação em matéria de acessibilidade /
mobilidade;
Cidadania e Participação
● Associativismo local com carências a nível dos recursos financeiros;
● Associativismo Local com carência a nível de recursos humanos
qualificados para as funções associativas;
● Baixos níveis de informação e participação nos processos de desenvolvimento social local;
• Deficiente divulgação/ informação dobre as actividades desenvolvidas pelas associações locais;
• Dificuldade de acesso aos direitos;
• Fraca mobilização por parte dos cidadãos para a actividade associativa;
• Fraca motivação dos cidadãos para o desenvolvimento de acções de voluntariado;
• Fraca participação comunitária por parte dos cidadãos;
• Info-exclusão;
• Modelos de associativismo pouco atractivos para a população a que se dirigem;
• Pouca diversidade das actividades desenvolvidas pelas associações locais.
Políticas Públicas e Sociais
● Falta de articulação entre os instrumentos de planeamentos locais;
● Falta de recursos para a operacionalização de algumas políticas
públicas;
Cultura / Lazer /Turismo
● Centralização / dificuldade no acesso às ofertas lúdicas / culturais do concelho; ● Deficiente dinâmica cultural e de lazer do concelho; ● Deficiente divulgação do Património Local e recursos naturais; ● Fraca valorização da identidade cultural, tradições, recursos naturais e património; ● Rede Deficitária de equipamentos / serviços lúdicos / culturais (cinema, teatro, centro cultural); ● Rede Deficitária de equipamentos para Turismo (turismo rural, as freguesias a norte do concelho);
• Diagnóstico e Identificação de produtos locais economicamente viáveis e de qualidade;
148
EIXO 3 – Necessidades Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas
Área Temática Necessidades Prioritárias Recursos Locais
Sistema de Informação,
de Diagnóstico,
Planeamento e
Sustentabilidade
Territorial
• Uniformização de sistemas de
informação, através da criação de plataforma
informática;
• Elaboração de guia de recursos locais;
• Criação de uma cooperativa local;
• Elaboração de um guia com os produtos
endógenos concelhios;
• Criação de marca registada do
Concelho de Arganil;
• Promover o alojamento local e o turismo
de Habitação;
• Apoio à empregabilidade nas áreas
estratégicas do concelho (turismo, agricultura,
floresta, artesanato e outras);
• Criação de um portal informático.
Câmara Municipal
(Gabinete de A.
Social)
Juntas de Freguesia
IPSS´s do Concelho
- Santa Casa da
Misericórdia de
Arganil
- Santa Casa da
Misericórdia de Vila
Cova do Alva
- Segurança Social –
CDSS de Coimbra
- Centro de Saúde
- IEFP
- Agrupamentos de
Escolas;
- Bombeiros
Voluntários de
Arganil e Coja;
- GNR
- Associações
Juvenis
- Associações de
Pais e Encarregados
de Educação,
- Associações
Culturais,
Recreativas e
Desportivas
- Tecido Empresarial
- ACIC
- Agenda 21
149
Análise SWOT do Concelho, por eixo de intervenção prioritário
EIXO III – Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial
Forç
as
- Rede Social de Arganil;
- Câmara Municipal e o seu site;
- Plano Director Municipal;
- Rede de Infra-Estruturas Básicas;
- Desenvolvimento Social de Arganil;
- Agenda 21 Local;
- Boas acessibilidades;
- Posição geográfica estratégica;
- Rede de equipamentos e serviços;
- Boas condições de comunicação com generalização da banda larga; - Pontos de interesse turístico;
- Património arquitectónico, histórico,
natural e cultural
- Insuficiência de dinâmicas de empreendedorismo no concelho - Insuficiente articulação entre os instrumentos de planeamento locais; - Ausência de Mercado de Produtos Endógenos; - Insuficiência de recursos para a operacionalização de algumas políticas públicas; - Dinâmica demográfica;
-Mão-de-Obra pouco qualificada;
- Populações com baixos rendimentos;
- Dinamismo empresarial;
- Associações de produtores locais;
- Transporte público;
- Igualdade de género;
- Ausência de Guia de recursos, Produtos e catalogação; - Abandono das terras de cultivo; - Desvalorização dos saberes tradicionais locais; - Fraca iniciativa/investimento de risco;
Fra
quezas
Oport
unid
ades
- Quadro institucional/contexto regional;
- Integração crescente dos objectivos de desenvolvimento sustentável nas políticas públicas; - Acesso a instrumentos de financiamento comunitário; - Redes e parcerias sub-regionais;
- Valorização do património natural e
cultural;
- Enfoque global na sustentabilidade;
- Novas abordagens aos desafios da sociedade contemporânea; - Potencial do sector turístico – reforçar a atracção turística pela natureza e património histórico; -Programas e medidas de âmbito nacional
-Indeferimento de candidaturas;
- Insuficiente aposta na uniformização de
Procedimentos;
- Crise económica;
- Quebra da coesão interna do PIN;
- Concorrência de outros Municípios na fixação populacional; - Inexistência de uma postura de parceria e
de planeamento concertado.
Ameaç
as
Abreviaturas
AD – Apoio Domiciliário
ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra
ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro
CAJ – Centro de Apoio à Juventude
CAP – Centro Atendimento Permanente
CASE – Centro de Apoio Social Escolar
CAT – Centro de Acolhimento Temporário (crianças)
CAT – Centro de Apoio a Toxicodependentes
CCRDC – Centro de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
CD – Centro de Dia
CDSSSC – Centro Distrital de Segurança e Solidariedade Social
CEA – Centro de Emprego de Arganil
CEB – Ciclo do Ensino Básico
CEFPA – Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil
CLASA – Conselho Local de Acção Social de Arganil – Rede Social
CMA – Câmara Municipal de Arganil
CN – Centro de Noite
CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
CRAC – Centro Regional de Alcoologia de Coimbra
DREC – Direcção Regional de Educação do Centro
EFA – Educação Formação de Adultos
EPTOLIVA – Escola Profissional de Tábua, de Oliveira do Hospital e Arganil
EQUAL – Programa de Iniciativa Comunitária
FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
GAS – Gabinete de Acção Social
GNR – Guarda Nacional Republicana
HCC – Hospital de Cuidados Continuados
HPL – Hospital Psiquiátrico do Lorvão
HUC – Hospitais da Universidade de Coimbra
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional
INE – Instituto Nacional de Estatística
IPJ – Instituto Português da Juventude
IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social
IRS – Instituto de Reinserção Social
JF – Junta de Freguesia
JVS – Programa Jovens Voluntários para a Solidariedade
LEADER – Programa de Iniciativa Comunitária de Desenvolvimento Rural
OTL – Ocupação de Tempos Livres
PAII – Projecto Integrado de Apoio a Idosos
PCAAC – Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados
PCV – Programa Concelhio de Voluntariado
PDIAS – Projecto de Desenvolvimento Integrado de Acção Social
PETI – Plano para a Eliminação do Trabalho Infantil
PIDDAC – Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da
Administração Central
PIIP – Plano Integrado de Intervenção Precoce
PLA – Problemas Ligados ao Álcool
PMPT – Plano Municipal de Prevenção da Toxicodependência
PNAI – Plano Nacional de Acção Para a Inclusão
POEFDS – Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social
PROGRIDE – Programa de Inserção e Desenvolvimento
RSI – Rendimento Social de Inserção
SOLARH – Programa de Solidariedade e de Apoio à Recuperação de Habitação
TFM – Tribunal de Família e Menores
Nomenclaturas e Conceitos
� DESENVOLVIMENTO SOCIAL
De acordo com a cimeira de Copenhaga (1995), a noção de desenvolvimento social
apresenta-se como uma componente do desenvolvimento sustentável, a par com a
noção do desenvolvimento económico e com a de protecção ambiental. Trata-se de
uma perspectiva sobre o desenvolvimento que dá particular ênfase às necessidades
dos indivíduos, das famílias e das suas comunidades, assentando em três
pressupostos básicos: o direito ao emprego, a erradicação da pobreza e a promoção
da integração social.
� DESENVOLVIMENTO LOCAL
Noção que se desenvolveu propondo-se como alternativas às perspectivas
funcionalistas do desenvolvimento territorial, que acreditavam que, investindo em
determinadas zonas-motor, a dinâmica do desenvolvimento se alastraria, por si, para
outras regiões do país, e que em Portugal, deu origem a fortes desequilíbrios
territoriais.
Passa pela valorização dos recursos endógenos e dinamização das populações e dos
actores locais, no quadro de uma noção de desenvolvimento sustentável mais
englobante, que articula o desenvolvimento social com o desenvolvimento económico
e o ambiente.
É uma dinâmica essencialmente territorializada, mas que não é fechada em si,
integrando os recursos e as oportunidades que são oferecidos ao nível nacional e
comunitário.
� POBREZA
Refere-se às deficientes condições materiais de existência, podendo ser relativa
quando a insuficiência de recursos materiais é impeditiva do acesso a condições de
vida dignas, segundo o padrão de cada país, ou absoluta quando essa deficiência é
inibidora da satisfação de necessidades de subsistência e impede o desempenho das
actividades elementares do quotidiano.
� EXCLUSÃO SOCIAL
Conceito que traduz uma situação oposta à de participação e que pode assumir
diversas acepções conforme os contextos nacionais em que ela é usada. A tradição
Anglo-Saxónica associa-a a impedimentos que impossibilitam as pessoas de exercer o
seu estatuto de cidadãos e portanto de usufruir de direitos como o direito à habitação,
ao emprego, à saúde, à educação, à posse de uma identidade positiva, etc. Nos
países Francófonos, ela refere-se à ruptura de laços sociais (institucionais com os
sistemas de emprego, habitação, etc, e informais, com a família, com vizinhos e
amigos, etc. É entendido como um processo que em fases extremas pode conduzir ao
isolamento social. Pode ainda ser entendida como o oposto de inclusão ou de
empowerment, isto é, como a privação de capacidade de intervir nas próprias
condições de vida, o que supõe o arrendamento dos excluídos dos mecanismos de
transformação societal e das decisões, inclusivamente daquelas que a eles dizem
mais directamente respeito.
� PLANEAMENTO ESTRATÉGICO (APLICADO À INTERVENÇÃO SOCIAL)
O planeamento pode entender-se como um procedimento racional, que traduz a
articulação e integração de decisões e através do qual se formalizam compromissos e
estratégias de mudança (social e territorial). Traduz uma forma participada de pensar,
agir e decidir sobre o futuro desejável.
� PARCERIA
Dinâmica de Funcionamento e intervenção, cooperativa e negociada, entre entidades
públicas e privadas e outros actores locais, com o objectivo de potenciar o
desenvolvimento local. Esta forma de funcionamento permite uma racionalização
participada da acção, reduzindo custos e riscos e promovendo trocas de experiências,
de conhecimento e de saberes. A tomada de decisão é assumida como um
compromisso colectivo.
� DIAGNÓSTICO SOCIAL
O Diagnóstico Social é um instrumento dinâmico que permite uma compreensão da
realidade social, inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas
prioritários e respectivas causalidades, bem como dos recursos e potencialidades
locais, que constituem reais oportunidades de desenvolvimento.
Por ser um instrumento resultante da participação dos diversos parceiros, é facilitador
da interacção e da comunicação entre eles, e parte integrante do processo de
intervenção, criando as condições sociais e institucionais para o seu sucesso.
Bibliografia
- Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Arganil, Rede Social (2004);
- Diagnóstico Social do Concelho de Arganil, Rede Social (2005);
- Plano de Desenvolvimento Social do Concelho de Arganil, Rede Social (2005);
- Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo em Arganil, (2009)
- Diagnóstico da Sustentabilidade do Concelho de Arganil (2009), Agenda 21 Local
- Carta Educativa, Município de Arganil (2007)
- CPCJ de Arganil – Modelo de Recolha de Dados (2009)
- PNAI (2008-2010), Plano Nacional de Acção para a Inclusão, Lisboa, ISS, I.P.
- Estratégia Nacional para a Protecção Social e Inclusão Social 2008-2010, Ministério
do Trabalho e da Solidariedade Social (2008)
- ENDS (2005-2010), Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável
- Instituto da Segurança Social (2009), Rede Social, desafios e experiências de um
programa estruturante
- Carta social, MTSS, Gabinete de Estatística e Planeamento
- Relatório de Avaliação do PROGRIDE, Medida I (2009)
- Anuário Estatístico da Região Centro, Censos (2001), Resultados Definitivos –
Região Centro, Lisboa, INE
- Anuário Estatístico da Região Centro, Estimativas 2007 – Região Centro, Lisboa, INE
- Anuário Estatístico da Região Centro, Estimativas 2008 – Região Centro, Lisboa, INE
- Anuário Estatístico da Região Centro, Estimativas 2009 – Região Centro, Lisboa, INE
- Instituto do Emprego e Formação Profissional, Estatísticas Mensais (2010)
- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Sessões Temáticas Inter-CLAS
(2008)