165
D I A G N Ó S T I C O S O C I A L Rede Social de Arganil, 2010

Rede Social de Arganil, 2010 L · 2016-01-29 · Factores geradores da Dinâmica Demográfica: Crescimento Natural e Saldo Migratório. 19 ... 2. Plano Nacional de Acção para a

  • Upload
    lymien

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

DIAGNÓSTICO

SOCIALRede Social de Arganil, 2010

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

FICHA TÉCNICA

REDE SOCIAL DE ARGANIL Título DIAGNÓSTICO SOCIAL Conselho Local de Acção Social de Arganil Aprovado em 21-12-2010 ENTIDADE PROMOTORA Câmara Municipal de Arganil Praça Simões Dias Apartado 10 3304-954 ARGANIL Tel. 235200150 / 235200144 Fax. 235200158 http: www.cm-arganil.pt E-mail: [email protected] E-Mail: [email protected]

ÍNDICE

Introdução 4

O Diagnóstico Social enquanto componente do Processo de Planeamento:

Âmbito, Natureza e Objectivos....

4

Metodologia e Técnicas utilizadas... 5

Síntese Conclusiva. 8

Cap. I – Enquadramento Territorial do Concelho de Arganil 11

1. Enquadramento Supra-Municipal 11

2. Caracterização Genérica do Concelho de Arganil 13

3. Caracterização Demográfica 14

3.1. População Residente. 14

3.2 Evolução da População.. 15

3.3. Estrutura Etária da População.. 17

3.4. Factores geradores da Dinâmica Demográfica: Crescimento Natural e Saldo

Migratório.

19

3.5. Volume e Características da População nos próximos anos.. 20

3.6. População Imigrante . 21

4. Acessibilidades / Vias de Comunicação e Transportes... 23

5. Caracterização Sócio-Económica 25

5.1. Caracterização dos Agregados Familiares. 25

5.2. Níveis de Ensino da População 26

5.2.1. População Residente segundo o Nível de Instrução. 27

5.3. População segundo o Estado Civil... 27

5.4. Condições Habitacionais e Infra-estruturas Básicas. 28

5.4.1. Alojamentos Clássicos, segundo a forma de Ocupação.. 28

5.4.2. Alojamentos Familiares Ocupados mediante as instalações de Infra-Estruturas

Básicas. 29

5.5. Sectores de Actividade.. 32

5.6. Emprego / Desemprego. 33

5.7. Pensionistas 39

5.8. Nível de Vida / Poder de Compra 41

5.9. Taxa de Actividade, Emprego, Desemprego, Inactividade e Estimativas para Arganil

(2008-2010).

43

6. Educação / Formação .. 43

6.1. Caracterização Genérica dos Recursos Educativos. 44

6.2. Insucesso e Abandono Escolar.... 48

6.3. Cursos de Formação – Via Profissional.. 49

6.4. Oferta Formativa (2010/2011).. 53

7. Juventude – Programas/Projectos ............... 60

7.1. Empregabilidade e Empreendedorismo (População Jovem).. 60

7.2. Projectos Culturais e Artísticos / Cidadania 61

7.3. Actividades Organizadas pelo Município.... 63

7.3.1. Tempos Livres e Cidadania...... 63

8. Saúde... 65

8.1 Serviços de Saúde Privados.. 73

8.2 População Portadora de Deficiência.... 75

8.3. População com Demências... 75

8.4. Toxicodependência.... 76

8.5. Violência Doméstica... 77

9. Equipamentos / Respostas Sociais. 78

9.1. Equipamentos / respostas para a Reabilitação e Integração de Pessoas com

Deficiência 85

10. Ambiente, Lazer e Turismo.... 87

11. Aspectos Diferenciadores do Concelho 89

Cap. II – Pobreza e Exclusão Social, a Dimensão de um Território.................. 91

1. Pobreza e Exclusão Social, Dimensões / Sub-Dimensões de Análise..... 91

2. Plano Nacional de Acção para a Inclusão/PNAI (2008-2010) – Prioridades e

Estratégias...

93

3. O Concelho de Arganil – Medidas de Política Social, Programas e/ou Projectos.. 95

3.1. Rendimento Social de Inserção / RSI..... 95

3.2. Acção Social.... 106

3.3. Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados / PCAAC.... 107

3.4. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Arganil / CPCJ.. 110

3.5. Rede Nacional de Cuidados Continuados / RNCC....... 117

3.6. Progride.... 126

3.7. Projecto Integrado de Intervenção Precoce / PIIP.... 131

3.8. Projecto de Desenvolvimento Integrado de Acção Social de Arganil / PDIAS. 133

ÍNDICE

Cap. III – Identificação dos problemas Concelhios, de acordo com os Eixos de

Intervenção e Áreas Temáticas*************************.

135

Eixo I – Integração Social dos grupos mais vulneráveis à Exclusão Social: Identificação

de Problemas por Áreas Temáticas.

136

Eixo I – Necessidades Prioritárias de intervenção, por Áreas Temáticas. 139

Análise SWOT do Concelho: Eixo I - Integração Social dos grupos mais vulneráveis à

Exclusão Social... 141

Eixo II – Respostas Educativas |Formação | Empregabilidade: Identificação de problemas,

por Áreas Temáticas .

142

Eixo II – Respostas Educativas, Necessidades Prioritárias de intervenção, por Áreas

Temáticas.

144

Análise SWOT do Concelho: Eixo II - Respostas Educativas |Formação | Empregabilidade 145

Eixo III – Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial . 146

Eixo III – Necessidades Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas . 148

Análise SWOT do Concelho: Eixo III - Sistemas de Informação, Desenvolvimento e

Sustentabilidade Territorial

149

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela n.º 1 N.º de Estabelecimentos de Ensino do Concelho �������������... 44

Tabela n.º 2 População Escolar no Ano Lectivo 2008/2009 ���������������. 45

Tabela n.º 3 População Escolar no Ano Lectivo 2009/2010 ���������������. 45

Tabela n.º 4 Apoios proporcionados pela Autarquia aos alunos do Ensino Pré-Escolar e do 1º CEB ���������������������������������

47

Tabela n.º 5 Actividades Extra-Curriculares / n.º de docentes /Anos Lectivos 2008/2009 e 2009/2010 ������������������������������..

47

Tabela n.º 6 Taxas de Retenção e abandono Escolar /Ano Lectivo 2008/2009 ������.. 48

Tabela n.º 7 CEFA – Cursos de Educação e Formação de Adultos ������������ 49

Tabela n.º 8 Cursos de Aprendizagem ������������������������. 49

Tabela n.º 9 Cursos de Educação e Formação de Jovens ���������������� 50

Tabela n.º 10 Cursos de Formação Modelares Certificados ��������������� 50

Tabela n.º 11 Cursos Profissionais – Escola Secundária de Arganil������������.. 51

Tabela n.º 12 Cursos de Educação Formação – CEF – Escola Secundária de Arganil ���� 51

Tabela n.º 13 Cursos Científico – Humanísticos - Escola Secundária de Arganil ������.. 52

Tabela n.º 14 Cursos Tecnológicos - Escola Secundária de Arganil ������������. 52

Tabela n.º 15 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Arganil ����������� 53

Tabela n.º 16 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Arganil ����������� 53

Tabela n.º 17 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Coja�. ����������� 54

Tabela n.º 18 Oferta Formativa – Agrupamento de Escolas de Coja � ����������� 54

Tabela n.º 19 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil �. �����������.� 55

Tabela n.º 20 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil � �����������..� 55

Tabela n.º 21 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil �. �����������.� 56

Tabela n.º 22 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil � �����������..� 56

Tabela n.º 23 Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil � �����������..� 57

Tabela n.º 24 Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil�..................................................................................................................

57

Tabela n.º 25 Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil�..................................................................................................................

58

Tabela n.º 26 Oferta Formativa – IEFP de Arganil �������������������� 58

Tabela n.º 27 Oferta Formativa – EPTOLIVA ����������������������. 59

Tabela n.º 28 Oferta Formativa – EPTOLIVA ����������������������. 59

Tabela n.º 29 Capacidade das Respostas Sociais, por Concelho do PIN����������. 78

Tabela n.º 30 Capacidade de Respostas Sociais do Concelho, por freguesia �������� 79

Tabela n.º 31 Equipamentos de Creches do Concelho, Rede Solidária e Rede Lucrativa ��� 80

Tabela n.º 32 Equipamentos do Centro de Actividades de Tempos Livres ���������.. 80

Tabela n.º 33 Lar de Idosos������������������������������ 81

Tabela n.º 34 Equipamento de Centro de Dia ���������������������� 82

Tabela n.º 35 Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) ������������������ 83

Tabela n.º 36 Centro de Actividades Ocupacionais �������������������.. 84

Tabela n.º 37 Centro de Noite ����������������������������. 84

Tabela n.º 38 Atendimento /Acompanhamento Social ������������������. 84

Tabela n.º 39 Unidade de Cuidados Continuados �������������������� 85

Tabela n.º 40 Quantidade de Bens Atribuídos ao Concelho de Arganil, para distribuição Directa

às famílias, em 2009 ��������������������������..

108

Tabela n.º 41 N.º de Agregados Familiares /Pessoas abrangidas na 1ª fase PCAAC/2009 109

Tabela n.º 42 N.º de Agregados Familiares /Pessoas abrangidas na 2ª fase PCAAC/2009 109

Tabela n.º 43 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por: Ano de Admissão/Tipologia/Grupo Etário/Género �����������������

120

Tabela n.º 44 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Região/Concelho ����.. 121

Tabela n.º 45 Diagnóstico principal dos utentes admitidos em 2009 e 2010 em ambas as tipologias�������������������������������...

123

Tabela n.º 46 Destino e motivo de alta dos utentes de tipologia de Média Duração e Reabilitação������������������������������..

124

Tabela n.º 47 Destino e motivo de alta dos utentes de tipologia dos utentes de Longa Duração e Manutenção ��������������..��������������..

125

Tabela n.º 48 Distribuição total dos utentes saídos do UCCI por tipologia de internamento�� 125

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro n.º 1 População Residente e Variação da População��������������� 14

Quadro n.º 2 Distribuição da População, por freguesia (Censos 2001) ����������... 15

Quadro n.º 3 N.º de Indivíduos Imigrantes registados no Município de Arganil, por freguesia em 2009�������������������������������

22

Quadro n.º 4 População Residente, segundo o nível de instrução������������� 26

Quadro n.º 5 Taxa de Analfabetismo do concelho�������������������� 27

Quadro n.º 6 População Residente Activa�����������������������.. 33

Quadro n.º 7 População Residente Inactiva����������������������... 33

Quadro n.º 8 Evolução do Desemprego Registado, por região, situação no final do ano���. 34

Quadro n.º 9 Evolução do Desemprego Registado, por região, segundo a variação no período de 2007-2009�����������������������������...

34

Quadro n.º 10 Desemprego Registado (Janeiro 2009 a Janeiro 2010)���������.��.. 35

Quadro n.º 11 Desemprego Registado (Janeiro – Novembro 2010) �..��������.��.. 38

Quadro n.º 12 Evolução do desemprego Registado, por Região, segundo a variação no período - Nov. 2009 a Nov. 2010�������������������������

39

Quadro n.º 13 Pensionistas por tipo de pensão e regime (2005 a 2009)����������� 39

Quadro n.º 14 Taxa de Actividade, Emprego, Desemprego e Inactividade, estimativas para Arganil��������������������������������...

43

Quadro n.º 15 Caracterização do Centro de Saúde de Arganil���������������. 65

Quadro n.º 16 Caracterização do equipamento de saúde existente – Extensões de Saúde existentes no Concelho�������������������������..

66

Quadro n.º 17 Internamentos (ano 2009)������������������������.. 68

Quadro n.º 18 Atendimentos efectuados pelo Centro de Saúde de Arganil (2009) ������.. 68

Quadro n.º 20 Ambulatório, SAP e Domicílios – Movimento do CSA (1996 a 2009) �����... 69

Quadro n.º 21 Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas (ano 2003) ��� 72

Quadro n.º 22 Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas (ano 2009) ��� 73

Quadro n.º 23 Consultórios existentes no Concelho �������������������.. 74

Quadro n.º 24 População Residente com Deficiência, segundo o tipo de Deficiência e sexo��. 75

Quadro n.º 25 População com demência registada nas IPSS do Concelho, Julho de 2010��� 75

Quadro n.º 26 Indivíduos indiciados com processo de contra-ordenação por consumo de drogas ilícitas do Concelho de Arganil ����������������������.

76

Quadro n.º 27 N.º de sinalizações – Violência Doméstica�����������������. 77

Quadro n.º 28 Taxa de Beneficiários de RSI (2007/2008/2009) ��������������.. 97

Quadro n.º 29 Distribuição de n.º de Processos Activos e n.º de pessoas abrangidas, por freguesia (1º semestre de 2010)���������������������...

99

Quadro n.º 30 Evolução do n.º de beneficiários, segundo o género ������������... 100

Quadro n.º 31 Agregado familiares por dimensão do agregado ��������������.. 101

Quadro n.º 32 Evolução do n.º de Acordos de Inserção assinados, cessados, e Beneficiários abrangidos�������������������������������

102

Quadro n.º 33 Beneficiários, por sexo e faixa etária, a frequentarem acções de inserção (2007).. 103

Quadro n.º 34 Beneficiários, por sexo e faixa etária, a frequentarem acções de inserção (2008).. 103

Quadro n.º 35 Beneficiários, por sexo e faixa etária, a frequentarem acções de inserção (2009/2010)������������������������������..

104

Quadro n.º 36 Acções contratualizadas, por área de inserção ��������������� 104

Quadro n.º 37 Certificação Escolar dos beneficiários de RSI���������������� 105

Quadro n.º 38 Frequência escolar dos beneficiários de RSI (dados de 2009 efectuados em 2010���������������������������������...

105

Quadro n.º 39 Caracterização Processual por ano (2009) ����������������� 111

Quadro n.º 40 Caracterização de Crianças e Jovens, segundo o Escalão Etário e Género��� 112

Quadro n.º 41 Caracterização Processual, por Apoio Sócio-Educativo�����������.. 112

Quadro n.º 42 Caracterização Processual, segundo Escalão Etário e Frequência Escolar���. 113

Quadro n.º 43 Distribuição Processual, segundo Entidades Sinalizadoras������.��� 113

Quadro n.º 44 Distribuição Processual, por escalão etário e problemática (volume processual global)���������������������������������

114

Quadro n.º 45 Caracterização Processual, segundo a tipologia familiar����������� 114

Quadro n.º 46 Caracterização dos agregados, segundo Sexo e Escalão Etário �������.. 115

Quadro n.º 47 Situação perante a saúde, das responsabilidades pela criança/jovem, segundo o sexo ���������������������������������..

116

Quadro n.º 48 Caracterização dos agregados, segundo Sexo e Escolaridade��������.. 116

Quadro n.º 49 Situação perante o trabalho/rendimentos, dos responsáveis pela criança/jovem, segundo o sexo�����������������������������

117

Quadro n.º 50 Acção n.º II Intervenção Social de emergência em famílias em risco”�����.. 128

Quadro n.º 51 Habitação Degradada Sinalizada (S) e Apoiada (A) por ano e freguesia����.. 129

Quadro n.º 52 Distribuição Etária por género da população beneficiária do GIMADE�����. 130

Quadro n.º 53 Distribuição de beneficiários GIMAIDE, por freguesia������������.. 130

Quadro n.º 54 Distribuição por Idades�������������������������... 132

Quadro n.º 55 Distribuição por problemática ����������������������.. 132

Quadro n.º 56 Distribuição por freguesia ������������������������. 132

Quadro n.º 57 Apoios atribuídos pelo PDIAS, por Rubrica e montante (Ano 2009) ������. 134

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico n.º 1 Evolução da População Residente ��������������������. 16

Gráfico n.º 2 Distribuição da População Residente (2001-2007-2008-2009) – Segundo grupos etários �����������������������������.

17

Gráfico n.º 3 Variação da População Residente (1991-2001-2007-2008-2009) �������. 17

Gráfico n.º 4 Índice de Envelhecimento – Concelho de Arganil��������������. 19

Gráfico n.º 5 Evolução da População Residente e Projecção da População para 2015 ���.. 20

Gráfico n.º 6 População Residente no Concelho de Arganil por Nacionalidade e Sexo ��� 21

Gráfico n.º 7 Famílias Clássicas, segundo o Tipo de Família ��������������� 25

Gráfico n.º 8 População Residente (2001), segundo o Estado Civil e Sexo 27

Gráfico n.º 9 Alojamentos Clássicos, Ocupados como Residência Habitual, Divisões famílias, Pessoas Residentes e Indicadores de ocupação�������������...

28

Gráfico n.º 10 Alojamentos clássicos concelhios, segundo o n.º de famílias���������. 29

Gráfico n.º 11 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Banho ou Duche���������������������������������

30

Gráfico n.º 12 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Água Canalizada ������������������������������

30

Gráfico n.º 13 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Electricidade������������������������������.

31

Gráfico n.º 14 Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, segundo instalações de Sanitárias �������������������������������.

31

Gráfico n.º 15 Distribuição da População por Sectores de Actividade ����������� 36

Gráfico n.º 16 Desempregados Registados, segundo o nível de habilitações (Jan.2010/situação no fim do mês) ����������������������������

36

Gráfico n.º 17 Desempregados Registados, segundo o Género (Jan.2010/situação no fim do mês) ���������������������������������

37

Gráfico n.º 18 Desempregados Registados, segundo o Grupo Etário (Fim do ano 2009- Maio de 2010) ���������������������������������

37

Gráfico n.º 19 Pensionistas por tipo de pensão (%) �������������������.. 40

Gráfico n.º 20 Pensionistas por Género (%) ���������������������� 40

Gráfico n.º 21 N.º de Idosos Requerentes de Complemento Solidário de Idosos, no Concelho de Arganil, por ano���������������������������

40

Gráfico n.º 22 Evolução por poder de compra per capita por localização ���������� 41

Gráfico n.º 23 Evolução do indicador do poder de compra per capita do PIN, entre 2007 e 2009 42

Gráfico n.º 24 Evolução do ganho médio Mensal, por localização�������������.. 42

Gráfico n.º 25 Evolução da População Escolar, anos lectivos 2008/2009 e 2009/2010 ����. 46

Gráfico n.º 26 Educação para a Saúde�������������������������. 71

Gráfico n.º 27 Evolução do n.º de Agregados Familiares com Requerimento deferido não cessado e não suspenso ������������������������..

96

Gráfico n.º 28 Evolução do n.º de Beneficiários com requerimento deferido (não cessados e não suspenso) �����������������������������

96

Gráfico n.º 29 Beneficiários de RSI, por ano, segundo os Grupos Etários ��������...... 98

Gráfico n.º 30 Tipologia Familiar, por ano 2007, 2008,2009 e Maio de 2010 ��������� 100

Gráfico n.º 31 Diferenciação por ano, do n.º de acordos assinados, beneficiários abrangidos, n.º de acordos de inserção cessados e n.º de beneficiários com acordos de inserção cessados�������������������������������..

102

Gráfico n.º 32 Resumo total de intervenção do PCAAC no Concelho, nos anos 2007/2008/2009 110

Gráfico n.º 33 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por tipologia de internamento�. 119

Gráfico n.º 34 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI��������������.. 119

Gráfico n.º 35 Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI - Tipologia de Média Duração e reabilitação por grupo Etário/Género���������������

120

Gráfico n.º 36 Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI - Tipologia de Média Duração e Reabilitação por grupo Etário/Género��������������

120

Gráfico n.º 37 Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI, por Região����... 121

Gráfico n.º 38 Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI, por Região����... 121

Gráfico n.º 39 Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI, por ano/origem de referenciação������������������������������

122

Gráfico n.º 40 N.º de propostas elaboradas e pessoas abrangidas (ano 2009)�������� 134

Gráfico n.º 41 N.º de propostas elaboradas e pessoas abrangidas (1º Semestre 2010)����. 134

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

4

Introdução

Combater a pobreza e a exclusão social e reduzir as desigualdades sociais, são objectivos

que têm assumido um papel central na definição de toda a estratégia de Protecção e Inclusão

Social dos últimos anos. É hoje assumido pelos principais intervenientes que a pobreza, mais do

que algo que conduz à violação dos direitos humanos, é ela própria uma manifesta violação

desses mesmos direitos.

Assim, num quadro global de protecção, o Plano Nacional de Acção para a Inclusão

(2008-2010) adopta uma estratégia multidimensional assente em três prioridades fundamentais:

• Combater e reverter situações de pobreza persistente, nomeadamente a das

crianças e dos idosos,

• Corrigir as desvantagens ao nível da educação e da formação, prevenindo a

exclusão e contribuindo para a interrupção dos ciclos de pobreza,

• Reforçar a integração de grupos específicos e promover um desenvolvimento

económico sustentado e inclusivo.

Porém, num contexto em que a economia regista uma acentuada desaceleração, em que

os níveis de desemprego se fazem sentir com maior acuidade junto dos grupos mais vulneráveis,

em que o envelhecimento demográfico se traduz num decréscimo da população jovem face ao

total da população, não será possível implementar políticas de protecção e/ou de inclusão social

que vão de encontro aos objectivos definidos no PNAI, sem antes de mais, conhecer a dimensão e

o tipo de problemas sociais de cada território.

Para fazer face a estes fenómenos e problemas que atingem transversalmente a

sociedade portuguesa, é fundamental que no planeamento social de carácter local, assim como na

rentabilização dos recursos concelhios, estejam sempre presentes medidas e acções definidas

nos diferentes documentos de planeamento.

A elaboração de um Diagnóstico Social e de um Plano de Desenvolvimento Social faz

parte dos objectivos das redes sociais locais, ao abrigo do artigo 34º do Decreto-Lei nº 115/2006,

de 14 de Junho, a fim de promover uma cobertura equitativa e adequada de serviços e

equipamentos e a rentabilização dos recursos concelhios.

Uma maior preocupação com a eficácia das políticas, programas ou medidas, com a boa

gestão dos recursos, são também razões que justificam a necessidade de recolher e analisar

todos os dados disponíveis, sobre pobreza e exclusão social por concelho.

O Diagnóstico Social é um instrumento essencial de caracterização e de análise das

problemáticas existentes, dos recursos disponíveis, definindo e priorizando necessidades,

estabelecendo linhas estratégicas para a intervenção local.

À semelhança do anterior diagnóstico Social, também este se apresenta como um

instrumento dinâmico.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

5

Esquematizando, o presente documento encontra-se estruturado em três partes. A

primeira corresponde à actualização do Diagnóstico Social do concelho, compreendendo dois

tipos de abordagem.

Por um lado, uma abordagem mais quantitativa, tendo sido efectuada a recolha e análise

de dados estatísticos mais recentes, referentes às mais diversas áreas, designadamente,

demográficos, acessibilidades, sócio-económicos, educação/formação, juventude, saúde e

equipamentos sociais.

A segunda parte refere-se a um enquadramento da pobreza e da exclusão social a um

nível mais genérico das prioridades e estratégias seguidas nacionalmente no âmbito das políticas

sociais, e bem assim, consubstanciadas nos programas e medidas implementadas localmente.

Por outro lado, o processo compreendeu também um diagnóstico qualitativo, tendo a

elaboração deste documento procurado construir uma visão global do território, efectuando, nesse

sentido, um levantamento, análise e interpretação da realidade concelhia, que revelou alguns

problemas a diversos níveis.

Na terceira parte procede-se a um balanço dos problemas e necessidades recolhidos, não

descurando os recursos e as potencialidades do território. São definidas as prioridades e

estratégias de acção a consolidar no Plano de Desenvolvimento Social.

O Diagnóstico Social do CLAS de Arganil seguirá uma lógica de actualização anual de

alguns dos seus conteúdos, salvaguardando outras actualizações a ocorrer em períodos mais

alargados, consoante a sua relevância.

O que se propõe é uma nova forma de conjugação de esforços e um novo tipo de parceria

dos agentes locais, articulada e participativa na concretização das acções anualmente definidas.

Metodologia e Técnicas utilizadas

Para a efectuar a actualização do Diagnóstico Social do Concelho de Arganil optou-se por

uma metodologia de análise capaz de fornecer o maior número de informações susceptíveis de

aprofundar e dar a conhecer pormenorizadamente a realidade social concelhia, tendo como

objectivo a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social para o período de 2010-2013 e

respectivo Plano de Acção 2010-2011.

Para conhecer a realidade social concelhia, privilegiou-se como método a análise

documental, tanto como complemento de informação obtida por outros métodos como também,

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

6

como método de pesquisa que permite o acesso a informações sobre indivíduos e/ou grupos-alvo,

sem necessidade de um estudo directo.

Foram utilizadas fontes primárias (dados não trabalhados) e fontes secundárias diversas,

das quais destacamos em particular aquelas ligadas aos projectos, programas e medidas

implementadas no concelho de Arganil.

Neste Diagnóstico Social do Concelho de Arganil a metodologia seleccionada e

desenvolvida procurou articular objectivos claros de rigor e exactidão da informação, com

objectivos de utilidade e de participação alargada por parte dos vários intervenientes envolvidos

nos processos de desenvolvimento social local.

Assim sendo, a opção metodológica assumida e que conduziu aos resultados constantes neste

documento, teve por grandes prioridades assegurar que seja:

a) Um documento de planeamento coerente com as políticas e estratégias nacionais na área

da intervenção social;

b) Um diagnóstico resultante da reflexão conjunta dos intervenientes locais, no qual todos se

revejam e que traduza as diferentes sensibilidades locais;

c) Um instrumento útil e utilizável em sede de candidaturas a programas e medidas de

financiamento na área de intervenção em causa, nomeadamente em matéria de fundos

estruturais.

Assim a opção recaiu, então, sobre um conjunto de métodos de cariz quantitativo e

qualitativo, que apelassem ao envolvimento real das pessoas com responsabilidades directas ou

indirectas no desenvolvimento do concelho de Arganil. Não obstante, existiu a preocupação de

completar a informação disponibilizada pelos agentes locais com a informação quantitativa

necessária e disponível, para objectivar as percepções recolhidas.

Assim, os instrumentos concretos de recolha de informação accionados foram os que se

seguem:

● Recolha, análise e síntese de informação quantitativa, obtida a partir de fontes

nacionais oficiais (Instituto Nacional de Estatística, Instituto de Emprego e Formação Profissional,

Ministérios, Instituto de Segurança Sócia, etc.) e fontes Locais;

● Recolha, análise e síntese de informação quantitativa e qualitativa constante em

documentos diversos locais;

● Foi utilizada, também, como referência a nível da nomenclatura das problemáticas, a

grelha de suporte elaborada pela Equipa da Rede Social – ISS, IP, no âmbito da Base de Dados

da Rede Social, a qual define áreas temáticas e respectivas problemáticas, com vista à

uniformização/simplificação de terminologias.

● Foi utilizada, também, grelha de suporte elaborada pela Equipa da Rede Social – ISS,

IP, com a participação de todos os intervenientes locais e Técnicos, caracterizando-se: a Privação

Económica, Desqualificação Social e Desfiliação.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

7

A Recolha de informação teve por base o seguinte enquadramento lógico:

1. Área de Intervenção;

2. Problemas e Necessidades;

3. Bloqueios e Oportunidades;

4. Recursos;

A aplicação dos referidos instrumentos permitiu, num período de tempo relativamente

reduzido, registar um conjunto alargado de informação sobre a realidade do Concelho de Arganil

em matéria de intervenção Social, de natureza diversa e oriunda de fontes também elas

diversificadas, garantindo assim uma representação adequada das sensibilidades e posições em

questão.

Sendo certo que não existe uma solução única, nem a melhor solução, em processos

reais desta natureza, esta abordagem metodológica cumpre os requisitos e recomendações da

Rede Social, teve em linha de conta os constrangimentos de tempo e recursos disponíveis e

assenta numa perspectiva dinâmica e progressiva de aprofundamento do conhecimento sobre a

realidade local.

A “Nuvem de Problemas” é uma técnica de visualização que facilita a obtenção de

visões partilhadas das situações. Separando os problemas enunciados pelos parceiros, e que

permite estimular a participação de modo a que sejam concretizados os objectivos propostos.

A análise S.W.O.T. (“Strengths, Weaknesses, Opportunities and Tarts”) é uma técnica

comumente utilizada em Planeamento para conhecimento do “ambiente”, neste âmbito, da

parceria e do concelho. Consiste numa grelha que permite analisar várias problemáticas. Para

cada problema que se pretende aprofundar consideram-se as potencialidades (actuais pontos

fortes e sustentabilidade) e as vulnerabilidades (pontos fracos e riscos de permanência), que se

referem essencialmente à situação real interna do concelho, ou seja visualiza-se os pontos

positivos (“Forças”) e negativos (“Fraquezas”) endógenas, bem como as “Oportunidades” e

“Ameaças” num futuro próximo, que são tendências geralmente exteriores à realidade concelhia.

O método do Quadro Lógico (Matriz de Enquadramento Lógico), permite que um

projecto seja observado como uma cadeia de acontecimentos ligados entre si. Estes encontram-se

descritos a vários níveis: objectivo global, objectivo específico, resultados, actividades, recursos.

Por norma, é apresentado sob forma de uma matriz (MEL - Matriz de Enquadramento Lógico) que

pode ser vista como uma visualização da estrutura interna do projecto.

A matriz de enquadramento lógico, é composta por quatro linhas e quatro colunas. As

colunas apresentam a lógica de intervenção, os indicadores objectivamente observáveis, as fontes

de verificação e os pressupostos subjacentes à lógica de intervenção em todos os quatro níveis da

hierarquia, como definida no eixo vertical.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

8

Síntese Conclusiva

O concelho de Arganil comporta fortes desafios, inerentes aos constrangimentos

demográficos, desertificação e envelhecimento populacional existentes, evidenciando-se a

necessidade de apostar na fixação de jovens e de população em geral.

- População residente 12. 525 Indivíduos (estimativas INE 2009);

- Variação da população 2001-2009 -0,8%;

- Decréscimo Populacional acentuado;

- Aumento da população com 65 e mais anos, em 2009;

- Índice de envelhecimento de 234,2, em 2009;

- 1,5% da população residente é Imigrante (CMA - 2009);

- Taxa de analfabetismo 12,8% (Censos: 2001);

- 42% da população trabalha no Sector Terciário (INE: 2006);

- 55,2% da população Activa no Sector Secundário (INE: 2006)

- 2,8% da população activa empregados no Sector Primário (INE:2006);

- 40,6% da População Residente é Pensionista (ISS:2009);;

- 27,2% da população recebe Pensão de Velhice (ISS:2009);

- 9,9% da população é beneficiário de Pensão de Sobrevivência (ISS:2009);

- 3,5% da população é beneficiário de Pensão de invalidez(ISS:2009);

- 3,7% da população pensionista requereu o CSI em 2009,(ISS: 2009)

- 15% da População Residente; frequentou os estabelecimentos de Ensino no Ano Lectivo

2008/2009 – população crianças e jovens;

- 14,8% da População Residente; frequentou os estabelecimentos de Ensino no Ano

Lectivo 2009/2010 – população crianças e jovens;

- Decréscimo da população escolar de 0,2%;

- 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Arganil em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi

de 4%;

- 2º CEB no Agrupamento de Escolas de Arganil em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi

de 4,6%;

- 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Arganil em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi

de 10%;

- 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Côja em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi de

1,9%;

- 2º CEB no Agrupamento de Escolas de Côja em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi de

1,6%;

- 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Côja em 2008/2009, a Taxa de Retenção foi de

5,7%; Verificando neste nível de ensino uma taxa de Abandono de 4,7%;

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

9

- Na Escola Secundária de Arganil a Taxa de Retenção foi de 24,3%; ano lectivo

2008/2009, contemplando os Níveis de Ensino 9º+, 10º, 11º e 12º Anos, e Taxa de abandono

escolar foi de 1,4%

O concelho apresenta igualmente vulnerabilidades sociais específicas sobretudo ao nível

das competências pessoais, parentais e sociais, associado a uma forte componente empírica de

problemas ligados ao álcool, que transversalmente produzem consequências ao nível do

desemprego, violência doméstica, negligências, modelos de comportamento desviante,

abandono/insucesso escolar e desestruturação familiar. São patentes as dimensões de privação

económica, de desqualificação social objectiva ou mesmo de desafiliação.

Da população residente concelhia, em 2009, existem 205 famílias beneficiárias de RSI,

que correspondem a 536 indivíduos, dos quais 191 possuem menos de 18 anos. Representa esta

população 1,5% da população total do concelho, ao mesmo tempo que indicia uma percentagem

preocupante de pobreza infantil.

Da mesma forma, estão identificados 231 indivíduos beneficiários de Acção Social, por

privação económica, havendo em 2009 uma atribuição de 34 subsídios eventuais, ao mesmo

tempo 182 agregados familiares apoiados no âmbito do PCAAC, correspondendo ao universo de

520 indivíduos.

O retrato social concelhio perspectiva portanto a necessidade de convergência duma

intervenção institucional em rede articulada e integrada, que consiga responder às reais

necessidades das famílias.

Necessidade de convergência igualmente patente no Diagnóstico Social, relativamente

aos investimentos ao nível das resposta para a população idosa, permitindo um alargamento e

melhoria da qualidade dos serviços prestados, o combate ao isolamento geográfico e social e,

simultaneamente, consensos na distribuição dos investimentos de modo a criar uma cobertura de

respostas sociais equilibradas, geograficamente equitativas e economicamente viáveis.

São igualmente patentes as fragilidades no âmbito da baixa escolarização e qualificação

profissional da população concelhia, impondo-se um enfoque na efectiva inclusão ao nível das

tecnologias da informação e comunicação, na adequação da diversa oferta formativa às

necessidades de mercado por parte do tecido empresarial, apostando transversalmente nos

diferentes grupos etários da população activa.

A intervenção social nestas problemáticas específicas necessita de um elevado grau de

inovação e complementaridade entre as respostas existentes e outras a criar ao nível da escola,

dinâmica comunitária, ocupação de tempos livres, respostas educativas e profissionais.

Por outro lado os recursos naturais, paisagísticos e ambientais são muito significativos

como factor de desenvolvimento económico, sobressaindo as áreas de turismo, lazer ou produção

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

10

endógena, como áreas-chave de investimento, capazes de gerar oportunidades de emprego,

qualificação pessoal ou profissional ou iniciativa empreendedora.

Os recursos locais ao nível das micro produções podem ser importante factor de

empregabilidade e inserção social se devidamente apoiados com políticas e instrumentos reais de

incentivo e suporte institucional.

A produção endógena transparece, assim, como factor crítico de sucesso, explorando a

iniciativa empreendedora, as virtualidades dos produtos e a qualidade da sua promoção,

direccionados para os mercados emergentes com um marketing territorial assertivo do Concelho

de Arganil.

É patente no Diagnóstico a inevitabilidade de uma intervenção no território numa

perspectiva de desenvolvimento integrado assente numa política concertada e articulada para

mobilizar recursos institucionais sob a forma de projectos, candidaturas ou planos integrados

capazes de gerar a mudança na paisagem organizacional que a Rede Social preconiza,

contribuindo para um efectivo desenvolvimento sustentável.

CAPÍTULO I – Enquadramento Territorial do concelho de Arganil

A elaboração de uma estratégia de desenvolvimento implica o conhecimento profundo das

realidades locais e supra-locais, ou seja um diagnóstico, como ponto de partida para a definição

de um plano de acção. A apreensão das dinâmicas e singularidades de um território é fundamental

para a construção de modelos de desenvolvimento adaptados às necessidades reais, minimizando

o risco de se criar uma ferramenta obsoleta ou desajustada.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

11

Neste capítulo apresenta-se o enquadramento supramunicipal, nomeadamente no que se

refere ao contexto administrativo, institucional e territorial de Arganil, com vista ao reconhecimento

de sinergias potenciais para o desenvolvimento do Concelho. É também apresentada uma

caracterização genérica do Concelho de Arganil, focando várias temáticas, nomeadamente

demográficas, acessibilidades, sócio-económicas, sistema de educação e formação /qualificação,

juventude, sistema de saúde, equipamentos e respostas sociais, ambiente, lazer e turismo, bem

como aspectos diferenciadores do concelho.

1. | Enquadramento Supramunicipal

Este ponto visa enquadramento territorial e analisar as dinâmicas existentes entre o

Concelho de Arganil e o contexto envolvente, identificando factores exógenos que directa ou

indirectamente condicionam o seu desenvolvimento.

O Concelho de Arganil, com localização no Centro de Portugal, integra-se

administrativamente no Distrito de Coimbra e do ponto de vista do ordenamento do território,

integra-se na Sub-Região do Pinhal Interior Norte, a qual ocupa 17,86% do território da Região

Centro.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

12

A Plataforma Pinhal Interior Norte é composta por 14 Municípios, designadamente Arganil,

Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Tábua, Vila

Nova de Poiares, Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão

Grande, ocupando uma área de 2.616.7 Km2.

Por outro lado, encontra-se integrada na designada Região Centro abrangendo concelhos

quer do distrito de Coimbra (9 concelhos), quer do Distrito de Leiria (5 concelhos).

A Região Centro, por sua vez representa 31,3% do território nacional, possuindo 23,7% da

população de Portugal continental e detém uma facha atlântica de 275 Km.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

13

Relativamente à Plataforma do PIN em 2001 detinha 137.167 habitantes e segundo os

dados provisórios do INE referentes ao ano de 2009 detém 137.050 habitantes, apresenta uma

variação 0,08%.

No que diz respeito à taxa de crescimento efectivo esta apresenta um valor de -0,21% e à

taxa de crescimento natural esta apresenta também um valor também baixo de -0,68 (valores

estimados 2009:INE).

O índice de envelhecimento no PIN é de 184,1%, superior ao registado na região Centro

que é de 149,7% (Estimativas INE – 2009).

2.| Caracterização genérica do Concelho de Arganil

O concelho de Arganil pertence administrativamente ao Distrito de Coimbra e do ponto de

vista do ordenamento do território integra-se na sub-região do Pinhal Interior Norte (NUT III), tendo

como delimitações, a Norte, os concelhos de Penacova, Tábua e Oliveira do Hospital, a sul, os

concelhos de Góis e Pampilhosa da Serra, a Este, os concelhos de Seia e Covilhã, e a Oeste, o

Concelho de Vila Nova de Poiares.

Estruturado no sentido Norte-Sul entre os rios Ceira e Alva, ambos integrados na bacia

hidrográfica do Mondego, no sentido Oeste-Este, entre a ponte da Mucela e a Serra do Açor e, no

sentido Nordeste-Sudeste, o Concelho de Arganil é dominado pelas serras do Açor e da Lousã,

que o atravessam situando-se a uma média de 516m.

Arganil

Oliveira do Hospital

Pampilhosa da Serra

Góis

Tábua

Vila Nova de Poiares

Lousã

Pedrógão Grande

Figueiró dos Vinhos

Alvaiázere

Ansião

Penela Castanheira de Pêra

Seia

Covilhã Penacova

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

14

Com uma superfície de 332,13 Km2, o concelho é composto por 18 freguesias: Anseriz,

Arganil, Barril de Alva, Benfeita, Celavisa, Cerdeira, Cepos, Coja, Folques, Moura da Serra,

Piódão, Pomares, Pombeiro da Beira, S. Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira e Vila

Cova de Alva.

3.| Caracterização Demográfica 3.1.| População Residente

A população residente do concelho de Arganil, segundo os Censos de 2001, era de 13.

623 habitantes, distribuídos por 9.906 alojamentos.

Quando comparados os valores dos Censos 2001 e os resultados Provisórios de 2007,

2008, e 2009 verificamos um decréscimo demográfico no concelho acentuado.

Quadro n.º 1 – População Residente e Variação da População

Grupos

Etários

População Residente Variação da População (%)

1991 2001 2007 2008 2009 1991-2001 2001-2009

0 – 14 2452 1886 1607 1496 1433 -23,1 -24,0%

15-24 1677 1659 1528 1420 1389 -1,1 -16,3%

25-64 6442 6529 6359 6332 6347 -1,4 -2,7%

+ 65 3355 3549 3477 3389 3356 5,8 -5,4%

Total 13926 13623 12.799 12667 12525 -2,2 -8,0%

Fonte: INE (Censos 1991 e 2001 e Estimativas da população 2007, 2008 e 2009

sarzedo secarias

moura da serra

anseriz

vila covado alva

s. martinhoda cortiça

arganilpombeiroda beira

cepos

n nº de população residente por freguesia

(censos 2001)0.5

01 3

5 Km

limite de freguesia

limite de concelho

sede de concelho

sede de freguesia

benfeita

celavisa

pomares

piódão

teixeira

folques

1.536 hab

1.252 hab

731 hab 1.650 hab

451 hab

3.981 hab

386 hab

458 hab503 hab 224 hab

168 hab

587 hab

188 hab

cerdeira

533 hab

174 hab

283 hab

188 hab

330 hab

barril alva

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

15

O quadro seguinte mostra-nos a distribuição da população residente por freguesia. Como

podemos verificar a freguesia de Arganil detém do maior número de residentes com 3981

indivíduos. A freguesia de Coja aparece em 2º lugar com 1650 indivíduos residentes, em 3º e 4º

lugar temos as freguesias de S. Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira que registam 1536 e

1252 indivíduos residentes, respectivamente.

Quadro n.º 2 - Distribuição da população por freguesia (Censos 2001)

Freguesia

População Residente População Presente

HM H M HM H M

Anseriz 188 89 99 180 83 97

Arganil 3981 1889 2092 3946 1858 2088

Barril de Alva 386 188 198 368 174 194

Benfeita 503 228 275 502 227 275

Celavisa 283 128 155 284 127 157

Cerdeira 174 85 89 165 81 84

Cepos 330 170 160 330 169 161

Côja 1650 789 861 1613 781 832

Folques 458 215 243 455 210 245

Moura da Serra 165 84 84 80 81 82

Piódão 224 108 116 236 116 120

Pomares 587 264 323 592 267 325

Pombeiro da Beira 1252 617 635 1264 622 642

S. Martinho da Cortiça 1536 743 793 1481 711 770

Sarzedo 731 342 389 699 321 378

Secarias 451 229 222 442 224 218

Teixeira 188 93 95 173 87 86

Vila Cova de Alva 533 260 273 516 250 266

Concelho 13623 6521 7102 13407 6388 7019

Pinhal Interior Norte 138535 66447 72088 134143 63818 70325

Fonte: INE Censos 2001

3.2.| Evolução da População

O concelho de Arganil em 2001 contava com uma população residente total de 13.623

habitantes em 2001, segundo os Censos, dos quais 6.521 (47,9%) eram do género masculino, e

7.102 (52,1%) do género feminino. Segundo as estimativas do INE de 2007, Arganil conta com

uma população residente total de 12.799 habitantes, dos quais 6.103 (47,7 %) são do género

masculino e 6.696 (52,3%) são do género feminino.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

16

Segundo os Censos, verifica-se que a população residente decresceu de 15.507

habitantes em 1981 para 13.926 em 1991, de 13.623 em 2001 para 12.799 em 2007, e de 12667

em 2008 para 12525 em 2009 (segundo estimativas da população do INE 2007; 2008; 2009), o

que corresponde a uma variação percentual de -10,2% no 1º período, -2,2% no segundo período,

de -6% no terceiro período e de cerca de -1% nos últimos períodos, em análise.

Gráfico n.º 1 – Evolução da População Residente

12525*12667*12799*13623

139261550715743

194382087121359

1911 1940 1960 1970 1981 1991 2001 2007 2008 2009

*Estimativas da população do INE (2007-2008-2009) Fonte: INE (Censos de 2001 e Estimativas da População

Nos últimos anos, o concelho tem vindo a perder população, não existindo renovação

efectiva da mesma, conduzindo-o a um sucessivo envelhecimento. Este fenómeno afecta de um

modo geral todas as freguesias do concelho.

Vários factores têm vindo a contribuir para a desertificação concelhia, especialmente a

inexistência de um forte dinamismo económico capaz de contrariar essa tendência. A prática de

uma agricultura não modernizada, de subsistência, com uma estrutura minifundiária, permitiu e

fomentou a transição de população activa do sector primário para o secundário e terciário,

registando as freguesias da parte mais agreste e montanhosa do concelho as perdas mais

significativas, permitindo traçar as diferenças, em termos de dinamismo demográfico:

• uma primeira, de atracção populacional, constituída pelas vilas de Arganil e Côja e

freguesias circundantes;

• e uma segunda, de repulsão populacional, que compreende as freguesias de Cepos,

Teixeira, Moura da Serra, Pomares e Piódão.

Esta diferenciação corresponde a um forte desequilíbrio regional, na medida em que a

primeira corresponde à parte do concelho com melhor acessibilidade, em especial às vias de

comunicação regionais, e a segunda corresponde à parte do concelho de menor acessibilidade,

situada na zona mais montanhosa e de menores recursos endógenos.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

17

3.3 | Estrutura Etária da População

Gráfico n.º 2 - Distribuição da população residente (2001-2007-2008-2009) Segundo os Grupos Etários

13,8

12,2

47,9

26,1

12,2

11,5

49,6

26,7

11,8

11,2

50,3

26,7

11,4

11,2

50,6

26,8

0-14 anos

15-24 anos

25-64 anos

65 e + anos

2009

2008

2007

2001

Com base na leitura dos gráficos, constatamos que do total da população residente, o

grupo mais representativo compreende a população activa, com idades compreendidas entre os

25-64 anos, com uma taxa de 47,9%, em 2001, e uma taxa de 50,6% em 2009, seguindo-se a

população com 65 e mais anos, com 26,1%, em 2001 e 26,8%, em 2009.

Os grupos etários com idades compreendidas entre os 0-14 anos e os 15-24 anos

apresentam uma taxa de 13,8% (2001), 11,4% (2009) e de 12,2% (2001) e 11,2% (2009),

respectivamente.

Gráfico n.º 3 - Variação da População Residente(1991- 2001-2007-2008-2009)

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos 65 + Anos

1991

2001

2007

2008

2009

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

18

A estrutura etária da população concelhia, como se pode interpretar na pirâmide etária

seguinte, é essencialmente a de uma população adulta e envelhecida.

Pirâmide Etária – Concelho de Arganil (2001)

A pirâmide etária do concelho evidência nitidamente um desequilíbrio dos seus escalões

etários por sexo, apresentando um alargamento no topo (escalões etários mais velhos) e um

estreitamento na sua base (escalões etários mais jovens). No entanto, trata-se particularmente de

uma população adulta já que 47,9% desta se situa nos escalões etários dos 25 aos 64 anos.

Nos vários escalões de idade que vão dos 0 aos 54 anos, verifica-se na relação

homens/mulheres, algum desequilíbrio numérico, ou seja, observa-se um maior número de

indivíduos do género masculino, relativamente ao género feminino. Comparativamente, nos

últimos escalões etários que vão dos 55 aos 90 e mais anos esta tendência inverte-se na relação

homens/mulheres, observando-se uma preponderância do género feminino sobre o masculino.

Denota-se uma maior taxa de mortalidade nestes escalões etários, por parte do género masculino

relativamente ao feminino.

Tendo em linha de conta os valores dos escalões etários das estimativas do INE de 2007,

2008 e 2009, a pirâmide etária alarga ainda mais topo e verifica-se um acentuar do estreitamento

na base.

Anos

90 +

85 - 89

80 - 84

75 - 79

70 - 74

65 - 69

60 - 64

55 - 59

50 - 54

45 - 49

40 - 44

35 - 39

30 - 34

25 - 29

20 - 24

15 - 19

10 - 14

5 - 9

0 - 4

HOMENS MULHERES

271 266324 313

374 338433 401418 407

380 353399 398

483 456480 428

356 393349 321

373 433445 482430 526

391 540290 485

186 312109 187

30 63

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

19

3.4| Factores Geradores da Dinâmica Demográfica: Crescimento Natural e

Saldo Migratório

Segundo os Censos de 2001, o Índice de Envelhecimento no concelho de Arganil

apresentava um valor de 183%, ou seja por cada 100 jovens existem mais 83 idosos; segundo as

estimativas do INE em 2009, o Índice de Envelhecimento no concelho de Arganil apresenta um

valor mais elevado de 234,2%, o que demonstra bem o progressivo envelhecimento concelhio

Gráfico n.º 4 - Índice de EnvelhecimentoConcelho de Arganil

234,2

142,5

226,5

218,1

190,8

160,7

1991

1995

2001

2007

2008

2009

As características demográficas de Arganil permitem antecipar uma sociedade

Arganilense envelhecida.

No que diz respeito à Taxa de Dependência Total, ao relacionar a população jovem e

idosa com a população do grupo etário dos 15-64 anos, constata-se que em 100 activos existem

66 dependentes, ou também em cada 1000 activos existem 664 dependentes, em 2001.

O Índice de Dependência Total, em 2007, é de 63,6% e em 2009 reduziu para 61,9%

O Índice de Juventude no concelho era de 53,1, ou seja, para cada 100 idosos com 65 +

anos existem 53 jovens com idades compreendidas entre os 0-14 anos, em 2001.

Quanto à Percentagem de “Potencialmente Activos” no concelho, esta é de 60,1%, sendo

o Índice de Renovação da População Activa de 89,9%, equacionando a população que está a

entrar em actividade (20-29 anos) com o volume potencial de população que está a deixar a

actividade (55-64 anos), (2001).

Por último, a Taxa de Fertilidade ou Índice de Maternidade que relaciona o número de

crianças com menos de 5 anos com o número de mulheres entre os 15-49 anos, conta com um

valor percentual muito baixo, de 18,9%, o que reflecte bem o envelhecimento da população e a

quebra da Taxa de Natalidade, em 2001.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

20

A Taxa Bruta de Fecundidade geral é de 29,0%, em 2009.

A Taxa Bruta de Natalidade é de 6,3%, em 2009.

A Taxa de Crescimento Natural é de -1,06%, em 2009.

As taxas de crescimento populacional são explicadas pelo saldo de crescimento natural,

representando o diferencial entre nascimentos e óbitos no Concelho, e pelo saldo migratório,

composto pelo diferencial entre entradas e saídas de indivíduos. A análise desta informação

relativamente a Arganil, permite evidenciar o carácter determinante do saldo natural para as

taxas de crescimento populacionais.

O crescimento negativo manifestado nas últimas décadas em Arganil teve origem, em

grande parte, no saldo negativo entre nascimentos e óbitos. De acordo com as estimativas do INE,

prevê-se que essa tendência tenha aumentado consistentemente desde 2001 atingindo o valor de

-0,93% em 2008 e de -1,06% em 2009. A taxa de mortalidade prevê-se que tenha atingido 14,4%

em 2008 e de 16,9% em 2009, acima da média do Centro e do PIN (11,2% e 13,5% em 2009). O

saldo migratório também teve um contributo negativo mas modesto para as taxas de crescimento

populacional.

A Taxa de crescimento migratório em 2008 era de -0,11% e em 2009 apresenta um valor

negativo de -0,06%

3.5| Volume e características da População nos próximos anos 2015

Gráfico n.º 5 - Evolução da População Residente e Projecção da População para

2015

15507

13467 13472

1266712799

13438 1328313187 13092

12973

13926

11000114001180012200126001300013400138001420014600150001540015800

1981

1991

2001

2000

2001

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

* Fonte: INE - Censos 1981, 1991 e 2001 / Estimativas da População

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

21

A análise de estimativas da população mais recentes permite inferir do agravamento da

evolução descrita na última década do século passado. De acordo com as estimativas da

população, efectuadas pelo INE, prevê-se que a população tenha atingido 12 525 hab. em 2009,

ou seja, - 8% relativamente ao valor do recenseamento geral da população e habitação,

correspondente a uma perda bruta de quase 1000 habitantes.

A população esperada para 2015, com base nas taxas de crescimento verificadas nos

últimos anos e de acordo com a projecção antecipa-se um decréscimo para níveis à volta dos 12

000 habitantes.

3.6| População Imigrante

Como podemos observar no gráfico seguinte, segundo os censos de 2001encontram-se a

residir no concelho de Arganil 152 indivíduos provenientes de outros países, o que representa

apenas 1,1% do total da população concelhia residente.

Gráfico nº 6 - População Residente no Concelho de Arganil por Nacionalidade e Sexo

9

0

5

12

1 9

1

4

10

1

9

11

3

4

6

22

2

6

1 6

2

10

Alemanha

Espanha

França

R eino Unido

Outros EU

Euro pa Outros

Brasil

PLOPS

Africa Outros

Ouros Países

Pa

íses

/Nac

ina

lida

des Mulheres

Homens

Fonte: INE Censos 2001

94 dos residentes são provenientes do continente europeu, sendo 91 de países da União

Europeia.

Residem no concelho 10 Brasileiros e 19 indivíduos são provenientes de outros países.

29 pessoas são provenientes do continente africano, incluindo 26 pessoas oriundas dos

PALOPS.

No que diz respeito à relação homens/mulheres podemos constatar que residem mais

indivíduos do sexo feminino, relativamente aos indivíduos do sexo masculino, verificando-se uma

diferença percentual de mais 7,9%.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

22

Como podemos observar no Quadro n.ºZ seguinte e segundo o levantamento efectuado

pelo Gabinete de Apoio ao Emigrante do Município, em 2009, registou 185 indivíduos imigrantes a

residir no Concelho, ou seja mais 21,7% de indivíduos provenientes de outros países.

Quadro n.º 3- N.º de Indivíduos Imigrantes registados no Município de Arganil, por freguesia em 2009 Freguesias Imigrantes UE Imigrantes de

outros países

Total N.º de

Famílias/Indivíduos N.º de

Famílias/Indivíduos Anseriz 0 0 0 Arganil 25 4 29 Barril de Alva 2 0 0 Benfeita 10 4 14 Celavisa 9 0 9 Cepos 6 0 6 Cerdeira 1 0 1 Coja 14 0 14 Folques 3 0 3 Moura da Serra 0 0 0 Piódão 1 1 2 S. Martinho da Cortiça

5 4 11

Pomares 6 0 6 Pombeiro da Beira

31 0 31

Sarzedo 2 0 2 Secarias 3 2 5 Teixeira 0 0 0 Vila Cova de Alva

50 2 52

TOTAIS 168 17 185 Fonte: GAE do Município de Arganil

A freguesia de Vila Cova de Alva apresenta o maior número de população imigrante, com

27,0% do total da população imigrante concelhia, seguindo-se a freguesia de Pombeiro da Beira

com 16,7% e a freguesia de Arganil com 13,5% de imigrantes.

A maioria da população imigrante no concelho é proveniente de países da União Europeia.

Estima-se que este valor seja muito superior.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

23

4. | Acessibilidades / Vias de Comunicação e Transportes

O Concelho é estruturado por dois eixos de direcção sudoeste-nordeste: N17 e N342. No

entanto, são o IP3 e o IC6 os eixos determinantes para Arganil, representando a ligação

privilegiada com Coimbra e com as vias de importância Nacional (A1 e A25). O IC6 consiste

actualmente num pequeno troço de ligação do IP3 até ao limite do Concelho de Arganil, sendo

substituído por uma via de menor perfil - a N17 (Estrada da Beira) - assim que penetra no

Concelho. O IC6 comporta-se assim como uma verdadeira porta de entrada para o Concelho.

Por sua vez, as ligações a este e a sul encontram-se muito condicionadas pela orografia do

Maciço Central, não existindo qualquer via distribuidora que possibilite uma ligação rápida aos

Concelhos dos distritos da Guarda e Castelo Branco.

Os eixos primários N17 e N342 têm um papel estruturante relativamente à rede rodoviária

interna de Arganil, sendo que a N342 atravessa o Concelho na sua parte central. Por sua vez, a

N344 estabelece a importante ligação às freguesias da parte montanhosa do leste do Concelho.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

24

Quanto a meios de transporte, a população é servida por um único operador de

transportes: a Transportes Rodoviária da Beira Litoral (Transdev). De acordo com o Plano de

Mobilidade de Arganil, este operador, em parceria com a autarquia, também serve a população

residente nas freguesias na cintura exterior do Concelho

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

25

5. Caracterização Sócio-Económica

5.1 | Caracterização dos agregados familiares

As 5.143 famílias clássicas do concelho de Arganil, como podemos constatar no gráfico

seguinte, apresentam a seguinte distribuição, tendo em conta os itens de Sem Núcleos (Isolados);

Casal “de Direito” sem filhos” (Famílias Nucleares sem filhos); Casal “de Direito” com filhos”

(Famílias Nucleares com filhos); Casal “de Facto” sem filhos (União de Facto sem filhos); Casal

“de Facto” com filhos (União de Facto com filhos); Pai com filhos (Família Monoparental Homem

com filhos); Mãe com filhos (Família Monoparental Mulher com filhos); Avós com netos, Avô com

netos, Avó com netos, com 2 núcleos, com 3 núcleos (Famílias Alargadas), existindo uma maior

relevância nos três primeiros itens.

Gráfico nº - Famílias Clássicas, Segundo o Tipo de Família

266

25

11

172

4

0

1154

1512

40

97

69

1793

Sem Núcleos

Casal de "Direito" sem fi lhos

Casal de "Direito" com fi lhos

Casal " Facto" sem fi lhos

Casal "Facto" com fi lhos

Pai com fi lhos

Mãe com fi lhos

Avós com netos

Avô com netos

Avó com netos

Com 2 núcleos

Com 3 núcleos

Fonte: INE (Censos 2001)

O tipo de família mais representativo no concelho de Arganil é o de “Casais de Direito com

filhos” contando com um valor percentual de 34,9%, seguindo-se os “Casais de Direito sem filhos”

com 29,4%. As famílias “Casais de Direito”/Famílias Nucleares “com registo” representam 64,3%

do total das famílias.

A tipologia familiar “Sem Núcleos” e/ou “Indivíduos Isolados” representam 22,4% das

famílias do concelho.

Relativamente às famílias Monoparentais estas apresentam um valor percentual de 6% no

total, sendo a família “ Mãe com filhos”/Família Monoparental Mulher com filhos a mais

representativa com 5,2%.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

26

As famílias que vivem em União de Facto/Casais de Facto com e/ou sem filhos são pouco

expressivas com um valor percentual de 3,2%.

No que diz respeito às Famílias Alargadas existentes representam 4,1% do total das

famílias clássicas, de uma maneira geral abrangem três gerações, ou seja, são compostas por

avós, filhos e netos, outras englobam dois ou três núcleos familiares, agregados familiares com

diferentes graus de parentesco entre si que coabitam.

5.2 Níveis de Ensino da População

5.2.1 | População Residente Segundo o Nível de Instrução

Quadro nº 4 - População residente segundo o nível de Instrução

Indicador N.º Indivíduos

População

Residente

Nível de Instrução Arganil PIN

HM Nenhum nível de

Ensino

2234 24054

H 813 8898

HM

1º C.E.B.

6515 60945

H 3186 30153

HM

2º C.E.B

1690 17090

H 928 9222

HM

3ª C.E.B

1305 13046

H 727 7298

HM

Ensino Secundário

1270 15352

H 612 7666

HM

Ensino Médio

35 520

H 15 236

HM

Ensino Superior

574 7528

H 240 2974

HM

Analfabetos c/ 10

ou mais anos

1594 16456

H 490 5010

M 1104 11446

Total da População 13 623 138 535

Fonte INE, Censos 2001

A taxa de analfabetismo do Concelho de Arganil é relativamente elevada no contexto

regional. Constata-se que esta taxa se situava à volta dos 13% no Concelho, próximo à média no

PIN mas acima do valor regional (10,9%). A tendência de evolução da taxa no Concelho, em

relação a outras escalas é no entanto convergente

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

27

Quadro n.º 5 - Taxa de analfabetismo do concelho

Analfabetos com 10 ou + anos Taxa de Analfabetismo (%)

HM H M 1991 2001

Arganil 1594 490 1104 17,0 12,8

PIN 16456 5010 11446 16,7 13,1

Fonte INE, Censos 2001

5.3 | População Segundo o Estado Civil

Como se pode observar no gráfico seguinte, a população residente no concelho apresenta

uma distribuição tradicional relativamente ao Estado Civil, tendo em conta os itens de casado com

registo e/ou sem registo (União de Facto), solteiro, viúvo, divorciado e separado, existindo uma

maior relevância nos dois primeiros.

Gráfico nº 8 - População Residente (2001) Segundo o Estado Civil e Sexo

181

2256

3682

72

45

285

181

1118

54

3678

105

1966Solteiro

Casado c/registo

Casado s/registo

Viúvos

Separados

DivorciadosMulheres

Homens

Fonte: INE

A maioria da população residente, 7.360 habitantes (54%), é casada com registo, sendo

3.678 (27%) do sexo feminino e 3.682 (27%) do sexo masculino, dado que a população residente

no concelho é essencialmente adulta.

A população solteira representa 31% da população total, compreendendo 4.222

indivíduos, dos quais 2.256 (16,6%) são do sexo masculino e 1.966 (14,4%) são do sexo feminino,

verificando-se que existem mais solteiros do sexo masculino relativamente ao feminino.

2,6% dos residentes são casados sem registo (União de Facto), sendo a relação numérica

homem/mulher igual.

Relativamente à população cujo estado civil é viúvo(a), verifica-se um grande desequilíbrio

na relação homens/mulheres, ou seja, num total de 1.403 indivíduos, o que representa uma

percentagem de 10,4% de viúvos, 8,3% são do sexo feminino e apenas 2,1% do sexo masculino,

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

28

o que demonstra bem a preponderância do sexo feminino relativamente ao sexo masculino.

Podemos assim, concluir que a taxa de mortalidade é muito superior no sexo masculino.

0,4% de pessoas residentes no concelho estão divorciados e 0,7% encontram-se

separados de facto; estes dois itens têm uma menor expressão no conjunto, o que demonstra que

os valores ligados ao casamento ainda se encontram bem presentes na população concelhia.

5.4 | Condições Habitacionais e Infra-Estruturas Básicas 5.4.1 | Alojamentos Clássicos segundo a forma de ocupação, como residência Habitual e nº de famílias

Relativamente ao termo Alojamento, o censo subdivide-o em “clássico”1 e “outros”2,

representando no concelho respectivamente 99,8% (9.906) e 0,2% (21).

De um total de 9.906 alojamentos clássicos, 9086 são ocupados, segundo o tipo de

ocupação 5.091 são de residência habitual ou permanente e 3.995 são de uso sazonal ou

secundário, encontrando-se 820 alojamentos vagos: 123 estão para venda, 131 para

arrendamentos, 114 são para demolir e 452 para outros fins.

Nestes alojamentos de residência permanente residem 5.122 famílias clássicas

abrangendo 13.401 pessoas residentes. (Censos 2001).

Gráfico nº 9 - Alojamentos Clássicos, Ocupados Como Residência Habitual, Divisões, Famílias,

Pessoas Residentes e Indicadores de Ocupação

5091

13401

5122

26310

1

3

5

1

Famílias

Divisões

Pessoas Residentes

Alojamentos

Média Famílias por Alojamento

Média de Pessoas porAlojamento

Média de Pessoas por Divisões

Média de Divisões porAlojamento

FONTE: Censos 2001

1.«Clássicos – A divisão ou o conjunto de divisões e seus anexos num edifício de carácter permanente, ou uma parte distinta do edifício do ponto de vista estrutural que, dado o modo como foi construído, reconstruído, ampliado ou transformado, se destina a servir de habitação familiar e que no momento do recenseamento não esteja a servir totalmente para outros fins”

2 «Outros – A construção de acaso destinada a ser habitada, feita geralmente com materiais velhos e usados, sem um plano

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

29

Como se pode constatar no gráfico, no município existem 5.091 Alojamentos clássicos

ocupados como residência habitual, compreendendo 26.310 divisões, residindo 13.401 pessoas,

ou seja 98,4% da população total. Podemos concluir que, 1,6% da população reside em “outro”

tipo de alojamentos.

• A média de famílias por alojamento no concelho é de 1 família/alojamento;

• Relativamente à média de pessoas por alojamento, constata-se que é de 3

pessoas/alojamento, sendo a média de pessoas por divisão de 1 pessoa/divisão.

• Por último, verifica-se que a média de divisões/alojamento é de 5 divisões.

Gráfico nº 10 - Alojamentos Clássicos Concelhio Segundo o Número de Famílias

243

5064

1 família

2 famílias

3 famílias

Fonte: Censos 2001\

• No Município existem 5.064 alojamentos clássicos com apenas uma família residente, ou

seja 99,5% do total;

• Existem 24 alojamentos clássicos com duas famílias, ou seja 0,1%do total;

• Existem 3 alojamentos com três famílias, 0,4% do total.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

30

5.4.2 | Alojamentos Familiares Ocupados, mediante as instalações de infra-

estruturas básicas

No concelho de Arganil, e como se pode observar no gráfico, de um total de 5.112

alojamentos, 4.655 (91,1%) dos alojamentos possui instalação de banho/duche, abrangendo 4.683

famílias e 12.531 pessoas. Contudo 457 (8,9%) alojamentos ainda não dispõem de instalações de

banho/duche, abrangendo 460 famílias e 916 pessoas.

Podemos assim concluir que uma grande percentagem de pessoas residentes, ou seja

6,8% ainda não usufrui de condições básicas no seu alojamento, fundamentais ao mínimo de

salubridade e higiene.

Como podemos observar no gráfico seguinte, de um total de 5112 alojamentos familiares,

47 (0,9%) não possuem água canalizada, abrangendo 48 famílias

e compreendendo 87 pessoas.

Com água canalizada fora do alojamento existem 28 (0,5%) alojamentos, abrangendo 29

famílias e compreendendo 60 pessoas.

Gráfico nº 11 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações de Banho ou Duche

457

4655

460

4683

916

12531

Sem Instalação deBanho/Duche

Com InstalaçãoBanho/Duche

Alojamentos

nº Famílias

nº Pessoas

Gráfico nº 12 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações de Água Canalizada

47

28

193

4844

48

29

194

4872

87

60

427

12872

Sem Água Canalizada

Com Água Canalizada fora do Alojamento

Com Àgua Canalizada no Alojamento redeparticular

Com Água Canalizada da rede pública

Alojamentos

nº Famílias

nº Pessoas

Fonte: Censos 2001

Fonte: Censos:2001

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

31

Com água canalizada no alojamento da rede particular existem 193 (3,8%) alojamentos

familiares, com 194 famílias abrangendo 427 pessoas.

Da leitura do gráfico verifica-se que a maioria dos alojamentos familiares ocupados possui

água canalizada da rede pública, 4844 (94,8%) alojamentos, abrangendo 4872 famílias e 12872

pessoas.

Como se pode observar no gráfico, 99,2% dos alojamentos familiares ocupados dispõem

de instalação de electricidade, abrangendo 99,5% das pessoas residentes. No entanto, 0,8% (41)

dos alojamentos não dispõem de instalação de electricidade, abrangendo 42 famílias e 71

pessoas o que é um número muito significativo e preocupante. (Censos 2001)

Fonte: Censos 2001

Fonte: Censos 2001

Gráfico nº 13 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações de Electricidade

5071

41

5101

42

13376

71

Com Electricidade

Sem Electricidade

Alojamentos

nº Famílias

nº Pessoas

Gráfico nº 14 - Alojamentos Familiares Concelhios Ocupados, Segundo Instalações Sanitárias

221

127

4764

224

130

4789

464

298

12685

Sem Retrete

Retrete fora Alojamento

Com Retrete

Alojamentos

nº Famílias

nº Pessoas

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

32

Relativamente às instalações sanitárias, verificamos segundo o gráfico, que apenas 93,2%

dos alojamentos dispõem de retrete no alojamento, abrangendo 94% da população. Com retrete

mas fora do alojamento existem 127 (2%) alojamentos, abrangendo 130 famílias e 298 pessoas.

Sem retrete verificam-se 221 (4%) alojamentos, com 224 famílias e abrangendo 464 pessoas.

Como podemos concluir tratam-se de números alarmantes, de famílias que vivem sem o

mínimo de condições de higiene e salubridade.

5.5 | Sectores de Actividade

De acordo com os Censos 2001 a população activa residente no concelho de

Arganil distribui-se pelo sector terciário (42,8%), sector secundário que é composto por

41,2% e o sector primário que abarca 16,2% do total da população activa.

De acordo com os resultados provisórios do INE, em 2006, dos 2153 indivíduos

com actividade económica 1086 (50%) são do sexo masculino e os restantes 1067 (50%)

pertencem ao sexo feminino.

Fonte. INE, Recenseamento Geral da População

Gráfico nº15 - Distribuição da População por Sectores de Actividade

55,2

16,2

41,2

42,8 42

2,8

0 20 40 60 80 100 120

Sector Primário

Sector secundário

Sector Terciário

%

2001

2006

Fonte. INE, Recenseamento Geral da População

Observando os dados de 2006 verifica-se uma descida bastante acentuada no sector

primário que passou a empregar 2,8%. O sector secundário foi o único que registou uma subida

do número de indivíduos empregados, registando 55,2%. O sector terciário registava 42% do total

da população empregada.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

33

Neste mesmo período é o sector terciário que continua a empregar um maior número de

mulheres, pelo contrário, o sector primário e secundário empregam na sua maioria homens.

5.6 | Emprego e Desemprego

De acordo com os Censos 2001, da população residente no concelho de Arganil, 5879

são indivíduos activos e 7744 inactivos.

Quadro n.º 6 – População Residente Activa

Unidade

Geográfica Desempregado

Serviço Militar

Obrigatório

Empregado Remunerado

Familiar Activo Não

Remunerado Total

Arganil 290 14 5478 97 5879

Coimbra 12552 192 187933 1951 202628

Fonte. INE, Recenseamento Geral da População (Censos 2001)

Da população activa residente no concelho de Arganil destacam-se os empregados

remunerados – 5478 correspondendo a 93% e os desempregados com 5%. Da população

residente inactiva destacam-se os reformados, correspondendo a 48%.

Quadro nº 7 – População Residente Inactiva

Fonte. INE, Recenseamento Geral da População (Censos 2001

Unidade Geográfica

População Inactiva Menos de 15 anos

Doméstico Estudante Incapacitado Reformado Outros casos

Total

Concelho de Arganil

1886 914 699 236 3735 274 7744

Distrito de Coimbra

61933 25739 33881 9023 97558 10442 238576

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

34

Quadro nº 8 - Evolução do Desemprego Registado, por Região Situação no Final do Ano

Observa-se no quadro superior uma tendência genérica decrescente nos valores

registados de desempregados, logo a partir do ano 2006, ao mesmo tempo que sofreram

tendencialmente um acréscimo significativo desses valores durante o ano 2009, seja ao nível do

Continente, como nas diferentes regiões ou concelho de Arganil.

Quadro nº 9 - Evolução do Desemprego Registado, por Região e Segundo Variação no

Período 2007-2009

Da mesma forma, se observarmos a evolução do desemprego registado, segundo a

variação tida no período 2007-2009, observam-se valores aproximados do concelho de Arganil

com os da Região Centro.

2005 % 2006 % 2007 % 2008 % 2009 %

continente 468 115 100 440 125 100 377 436 100 402 545 100 504775 100

norte 216 027 46,1 203 860 46 173 571 46 183 893 45,6 228494 45,3

centro 64 668 13,8 64 067 15 57 724 15,3 62 739 15,5 74346 14,7

lisboa v. tejo 148 054 31,6 135 995 31 114 686 30,4 120 664 29,9 154627 30,6

alentejo 23 543 5 20 843 4,7 17 420 4,6 18 751 4,6 21706 4,3

algarve 15 823 3,4 15 360 3,5 14 035 3,7 16 498 4 25602 5,1

arganil 437 0,09 441 0,1 343 0,09 379 0,09 424 0,08

2007 % 2008 % 2009 %

Var. %

2008/2007 2009/2008

continente 377 436 100 402 545 100 504 775 100 +6,7 +25,4

norte 173 571 46 183 893 45,6 228 494 45,3 +5,9 +24,3

centro 57 724 15,3 62 739 15,5 743 46 14,7 +8,7 +18,5

lisboa v. tejo 114 686 30,4 120 664 29,9 154 627 30,6 +5,2 +28,1

alentejo 17 420 4,6 18 751 4,6 21 706 4,3 +7,6 +15,8

algarve 14 035 3,7 16 498 4 25 602 5,1 +17,5 +55,2

arganil 343 0,09 379 0,09 424 0,08 +10,4 +11,8

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

35

Quadro n.º 10 - Desemprego Registado (Janeiro 2009-Janeiro 2010)

J F M A M J J A S O N D J

Género

Homens 177 174 177 184 192 198 205 178 164 187 202 214 232

Mulheres 204 204 186 190 162 201 189 207 195 176 212 210 224

Situação Face à Procura de Emprego:

1º Emprego

33 31 38 38 29 28 25 27 26 25 26 26 33

Novo Emprego 348 347 325 325 325 371 369 358 333 338 388 398 423

Grupo Etário:

< 25 A 59 57 66 62 59 62 62 57 53 51 60 69 72

25-34 A 83 85 78 85 69 85 77 79 81 79 98 94 99

35-54 A 180 174 158 158 150 179 181 174 154 163 185 192 207

55 e + 59 62 61 69 76 73 74 75 71 70 71 69 78

Tempo de Inscrição:

< 1 Ano 277 277 270 278 260 296 293 279 259 260 302 312 336

1 Ano e + 104 101 93 96 94 103 101 106 100 103 112 112 120

Total 381 378 363 374 354 399 394 385 359 363 414 424 456

J F M A M J J A S O N D J

Género

Homens 28991 30846 31876 32204 31866 31555 31042 31158 32063 32917 33612 33974 36716

Mulheres 39167 40262 41015 40950 40009 39669 40535 41571 41797 41515 40702 40372 44578

Situação Face à Procura de Emprego:

1º Emprego

7597 7676 7789 7436 6912 6563 6929 7584 8504 8563 8202 7607 8348

Novo Emprego 60561 63432 65102 65718 64963 64661 64648 65145 65356 65869 66112 66739 72946

Grupo Etário:

< 25 A 10793 11270 11525 11238 10588 10035 10140 10685 11675 11623 11217 10550 11707

25-34 A 17517 18430 18751 18705 18335 18152 18152 18342 18894 18817 11661 186 66 20520

35-54 A 27707 28819 29667 30072 30059 30138 30333 30607 30141 30625 30953 31521 34659

55 e + 12141 12589 12948 13139 12893 12899 12952 13095 13150 13367 13483 13609 14408

Tempo de Inscrição:

< 1 Ano 47734 50476 51853 52098 50860 50020 49945 50638 51110 51076 50622 50300 54979

1 Ano e + 20424 20632 21038 21056 21015 21204 21632 22091 22750 23356 23692 24046 26315

Total 68158 71108 72891 73154 71875 71224 71577 72729 73860 74432 74314 74346 81294

J F M A M J J A S O N D J

Género

Homens 190306 202553 210174 214536 215404 215617 216855 216790 222059 227832 233839 236791 252662

Mulheres 242843 251029 257385 260024 256952 257256 263067 268142 270928 271451 270425 267984 286468 Situação Face à Procura de Emprego:

1º Emprego 34632 34957 35148 34189 32384 31467 33631 36172 40684 41501 40209 37556 40776

Novo Emprego 398517 418625 432411 440771 439972 441873 446291 448760 452303 457782 464055 467219 498354

Grupo Etário:

< 25 A 59840 62660 63976 63640 61409 59289 60319 62022 67305 683384 67357 64116 69675

25-34 A 101602 107494 110757 112955 111761 111308 11363 114427 117169 117985 119219 119441 128890

35-54 A 188960 198086 205553 210467 211417 214141 217550 219443 219067 222177 226124 229054 244445

55 e + 82747 85342 87273 87898 87769 88135 88690 89040 89446 90737 91564 92164 96120

Tempo de < 1 Ano 286968 305756 317289 324134 321137 319416 323143 325096 328818 331251 331808 329358 351677

Concelho Arganil - Variação: 19,6

Região Centro - Variação: 19,2

Continente - Variação: 27,4

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

36

Verifica-se, relativamente aos períodos homólogos (Janeiro 2009 a Janeiro 2010), uma

variação de 19,6 no Concelho de Arganil, situando-se no valor de referência da Região Centro

(19,2), registando o total do Continente português uma variação superior (27,4).

Da análise dos dados disponíveis relativos ao número de desempregados inscritos no

Centro de Emprego local (2009), constatamos que respeitam a 3,34% da população residente,

considerando os dados dos Censos 2001. Em contrapartida, se atendermos às estimativas de

população residente para o ano 2009, do Instituto Nacional de Estatística, a percentagem de

desempregados sobe para 3,64%.

O número de pessoas inscritas no Centro de Emprego de Arganil engloba

maioritariamente mulheres, ao mesmo tempo que sobressaem significativamente as situações de

pessoas à procura de novo emprego, quando comparados com pessoas à procura do primeiro

emprego.

O grupo etário mais afectado situa-se entre os 35 e os 54 anos de idade, seguidos dos 25

aos 34 anos.

Gráfico nº 16 - Desempregados Registados, segundo o Nível de Habilitações (Jan-10/Situação no fim do

mês)

171

78

100

94

13

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Superior

Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais por Concelho

Inscrição: 1 Ano e + 146181 147826 150270 150826 151219 153457 156779 159834 164169 168032 172456 175417 187453

Total 433149 453582 467559 474960 472356 472873 479922 484932 492987 499283 504264 504775 539130

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

37

Gráfico nº 17 – Desempregados Registados, Segundo Género

(Jan-10/Situação no fim do Mês)

51%49%

Homens Mulheres

Fonte: IEFP, Estatísticas Mensais por Concelho

Focando-nos no início de 2010, observa-se que os candidatos inscritos por grupo etário e

segundo o género, estes são na sua maioria homens (50,87%).

Do nível de habilitações registados no mesmo mês, salienta-se a inscrição de indivíduos

maioritariamente com o 1º ciclo de escolaridade (37,5%), seguido do 3º ciclo com 21,92%.

Gráfico n.º 18 – Desemprego registado, segundo o grupo etário (Fim Ano 2009-Maio 2010)

69 6294 92

192

242

69

99

0

50

100

150

200

250

Menos 25anos

25-34anos

35-54anos

55 anose+

Dez-09

Mai-10

Fonte: IEFP, 2010

A distribuição por idades dos inscritos no Centro de Emprego no mês de Maio de 2010,

revela o peso maioritário de pessoas com idades situadas entre os 35 e os 54 anos (48,88%),

seguidas daquelas com idades compreendidas de 55 e + anos, (20%), e ainda entre os 25 e 34

anos (18,58).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

38

Quadro n.º 11 - Desemprego Registado (Janeiro – Novembro 2010)

Da análise dos dados disponíveis relativos ao número de desempregados inscritos no

Centro de Emprego local, e considerando o último mês em análise, constata-se serem

maioritariamente do género feminino (53,69%), ao mesmo tempo que se encontram

maioritariamente inscritos há menos de um ano (70,82%). O nível de habilitações académicas

Género

Tempo de Inscrição

Nível Escolaridade Grupo Etário Total

H M < 1 Ano

1 Ano E + 1º

1º Ciclo

2º Ciclo

3º Ciclo Secund Super < 25 25-34 A 35-54A 55 A e+

Co

nti

nen

te

J 252 662 286 468 351 677 187 453 178658 103 203 108 683 101 667 46 919 69 675 128 890 244 445 96 120 539 130

F 252 662 286 468 351 677 187 453 178997 103163 110420 101798 45355 68317 128564 246695 96157 539 733

M 257 168 293 046 350 357 199 857 30 113 152 006 104 929 113 449 104 201 68 903 130 778 252 563 97 970 550 214

A 256 282 293 394 345 655 204 021 181700 104 580 114 177 104 484 44 735 67 447 130 353 253 063 98 813 549 676

M 250 636 289 321 332 060 207 897 178750 102 623 112 096 102 941 43 547 64 244 127 026 250 422 98 265 539 957

J 243 757 287 591 319 992 211 356 176866 100 403 109 853 100 902 43 324 60 497 123 768 248 757 98 326 531 348

J 239 013 288 796 314 076 213 733 175488 98 329 107 739 100 609 45 644 59 260 122 366 247 509 98 674 527 809

A 236 867 292 701 310 988 218 580 172969 97 352 107 961 102 136 49 150 61 433 122 484 247 254 98 397 529 568

S 238 069 296 921 312 021 222 969 170707 95 424 107 528 105 051 56 280 64 383 125 901 246 431 98 275 534 990

O 237 320 292 017 306 717 222 620 170279 93 931 106 611 105 563 52 953 64 041 122 498 244 052 98 746 529 337

N 238 200 286 954 304 228 220 926 169078 92 989 106 834 105 786 50 467 63 316 120 585 243 046 98 207 525 154

Cen

tro

J 36 716 44 578

54 979 26 315 25943 14 565 16 986 14 965 8 835 11 707 20 520 34 659 14 408 81 294

F 36 716 44 578

54 979 26 315 25927 14421 16997 14975 8297 11192 20101 34937 14387 80 617

M 36 628 44 885

53 563 27 950 26188 14 564 17 154 15 199 8 408 11 107 20 331 35 447 14 628 81 513

A 36 396 44 998

52 942 28 452 26065 21399 14647 17360 15177 10 702 20 266 35 603 14 823 81 394

M 35 312 43 945

50 705 28 552 25504 14 188 16 942 14 843 7 780 9 915 19 625 35 059 14 658 79 257

J 34 102 43 545

48 923 28 724 24995 13 645 16 567 14 639 7 801 9 424 19 123 34 455 14 645 77 647

J 33 208 43 349

47 742 28 815 24674 13 210 16 093 14 511 8 069 9 095 18 690 34 085 14 687 76 557

A 32 444 43 721

47 084 29 081 23832 12 790 15 923 14 816 8 804 9 482 18 510 33 694 14 479 76 165

S 32 741 44 812

47 962 29 591 23482 12 331 15 705 15 282 10 753 10 223 19 424 33 496 14 410 77 553

O 32 384 43 452

46 667 29 169 23136 12 054 15 461 15 120 10 065 10 150 18 592 32 706 14 388 75 836

N 32 476 42 402

46 114 28 764 23045 12 102 15 405 14 875 9 451 9 968 18 166 32 428 14 316 74 878

Arg

anil

J 232 224 336 120 171 78 100 94 13 72 99 207 78 456

F 232 224 336 120 191 72 108 102 15 78 100 230 82 488

M 244 284 402 126 212 87 117 97 15 64 112 264 88 528

A 253 276 401 128 218 87 112 102 10 64 99 272 94 529

M 229 266 368 127 196 70 114 104 11 62 92 242 99 495

J 201 268 342 127 173 62 118 102 14 61 91 222 95 469

J 198 279 351 126 183 55 117 105 17 62 93 225 97 477

A 199 277 341 135 178 57 116 105 20 60 90 230 96 476

S 211 268 343 136 173 58 108 113 27 62 107 219 91 479

O 210 280 361 129 172 58 109 119 32 71 107 222 90 490

N 219 254 335 138 145 69 115 116 28 65 108 213 87 473

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

39

mais expressivo entre a população desempregada corresponde ao 1º ciclo de escolaridade

(30,65%), enquanto o grupo etário que mais sobressai situa-se entre os 25 e os 54 anos (45,03%).

Quadro nº 12 - Evolução do Desemprego Registado, por Região e Segundo Variação no

Período Nov-2009 a Nov-2010

5.7.| Pensionistas

Quadro n.º 13 - Pensionistas por Tipo Pensão e Regime (Anos 2005 /2006 /2007 e 2009) – Concelho de Arganil

Pensionistas Arganil

2005 2006 2007 2009

Velhice

Regime M H M H M H M H Pensão Social 26 11 26 10 23 9 19 5

Geral 1061 1276 1119 1296 1145 1289 1245 1325

Regulamentar Rural 891 150 836 133 793 125 675 104

Rural Transitório 56 8 49 5 46 5 37 5

Total

2034 1445 2030 1444 2007 1428 1976 1439

3479 3474 3435 3415

Arganil

Sobrevivência

Regime 2005 2006 2007

2009 Pensão Social 4 4 4 1 1

Geral 877 156 875 156 896 153 891 164

Regulamentar Rural 136 95 128 88 123 87 106 83

Rural Transitório 3 3 3 3 2

Total

1020 251 1010 244 1026 240 1001 250

1271 1254 1266 1251

Invalidez

Arganil

Regime 2005 2006 2007

2009 Pensão Social 19 28 22 28 22 35 22 40

Geral 219 229 195 291 185 224 150 205

Regulamentar Rural 26 12 22 11 17 11 12 8

Rural Transitório 8 4 8 3 7 3 6 3

Total

272 273 247 333 231 273 190 256

545 580 504 446

Nov--2009 Nov-2010 Var. %

continente 504264 525154 4,14%

centro 74314 74878 0,75%

arganil 414 473 14,25%

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

40

Fonte: ISS

Gráfico n.º 19 - Pensionistas por Tipo de Pensão (%)

9%

67%

24%

Invalidez

Velhice

Sobrevivência

67% dos pensionistas beneficiam da pensão de velhice, seguindo os que recebem a

pensão de sobrevivência, com 24% e por último os beneficiários da pensão de invalidez com 9%

Gráfico n.º 20 - Pensionistas por Género (%)

62%

38%

Feminino

Masculino

A maioria dos pensionistas são do género feminino (62%), o que demonstra bem que a

predominância e que a esperança de vida no género feminino é maior, relativamente ao género

masculino.

Gráfico n.º 21 - N.º de Idosos Requerentes de Complemento Solidário de Idoso, no Concelho de Arganil, por ano

410468 469

147

49

2006 2007 2008 2009 2010

N.º Requerentes

Fonte - ISS

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

41

Nos últimos anos tem aumentado o número de idosos a requerer/beneficiar do

Complemento Solidário para Idosos -CSI, o que demonstra que os idosos constituem um dos

grupos em situação de maior risco face à pobreza e à exclusão social, no concelho de Arganil.

A criação do Complemento Solidário para Idosos é uma medida do Programa do XVII

Governo Constitucional (Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29/12), visa combater a pobreza dos idosos.

Tendo por base os indicadores de pobreza em Portugal, constata-se, ainda, que é entre os idosos

que o risco de pobreza é o mais elevado e entre os idosos isolados que este assume maior

dimensão. Em 2001, o risco global de pobreza após transferências sociais, era de 20%, entre os

Idosos de 30%, e entre os Idosos isolados de 46%.

5.8.| Nível de Vida / Poder de Compra

Outros indicadores afiguram-se como significativos numa abordagem da situação

económica do Concelho de Arganil.

Procedeu-se ao recurso ao Indicador do Poder de Compra per capita, cujos dados

disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, não possuem uma apresentação

desagregada no âmbito concelhio.

Gráfico nº 22 - Evolução do Poder de Compra per capita, por localização

100 100

60,66 58,87 60,5

100

60,52

62,2763,23

0

20

40

60

80

100

120

2004 2005 2007

59

59,5

60

60,5

61

61,5

62

62,5

63

63,5 Portugal

Arganil

PIN

O indicador do poder de compra do Município de Arganil apresenta um valor inferior ao da

média nacional, bem assim como da Região Centro e Pinhal Interior Norte.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

42

Gráfico nº 23 - Evolução do Indicador do poder de compra per capita no Pinhal Interior Norte, entre 2007 e 2009

0

200

400

600

800

2007 2008 2009

0

50

100

150

200

250

arganil ansião castanheira de pêra figueiró dos vinhos

góis lousã miranda do corvo oliveira do hospital

pampilhosa da serra pedrógão grande penela tábua

vila nova de poiares alvaiázere

Se compararmos o indicador de poder de compra per capita do concelho de Arganil com

os restantes componentes do Pinhal Interior Norte, verifica-se situar-se na média evolutiva,

ocorrida nesta zona geográfica, entre o ano 2007 e 2009.

Gráfico nº 24 - Evolução do Ganho Médio Mensal, por localização

934 963,3

639,1 657,2

907,2877,5

627,2

638,9

691,4668,5

634,7

655,6

0

200

400

600

800

1000

1200

2004 2005 2006 2007

600610

620630

640

650

660670

680690

700

Portugal

Arganil

PIN

Relativamente à evolução do ganho médio mensal, destaca-se os valores inferiores

aferidos em Arganil, comparativamente com os valores reportados ao Pinhal Interior Norte e

Portugal.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

43

5.9 | Taxa de actividade, emprego, desemprego e inactividade estimativas para Arganil Quadro n.º 14 - Taxa de actividade, emprego, desemprego e inactividade, estimativas para

Arganil Portugal 2008 2009 2010 taxa de actividade (15 e + anos) 62,5 62,1 55,6 taxa de emprego (15 e + anos) 57,8 56,6 55,6 taxa de desemprego 7,6 8,9 10,6 taxa de inactividade (15 e + anos) 37,5 37,9 37,9 Centro 2008 2009 2010 taxa de actividade (15 e + anos) 66,7 65,8 66,1 taxa de emprego (15 e + anos) 63 61,5 60,9 taxa de desemprego 5,4 6,7 7,9 taxa de inactividade (15 e + anos) 33,3 34,2 33,9 Arganil 2008* 2009* 2010* taxa de actividade (15 e + anos) 43,7 45,4 61,7 taxa de emprego (15 e + anos) 55,6 55,9 55,6 taxa de desemprego 6,7 6,1 5,3 taxa de inactividade (15 e + anos) 44,3 30,5 27,5

* Valores estimados para Arganil

*Ressalva: Nos valores estimados, relativamente ao cálculo das taxas: taxa de inactividade e taxa de emprego - não foram

contabilizados os trabalhadores da Administração Pública, Banca, Advogados e outras Profissões Liberais, tendo-se como

valor de referência, o número de trabalhadores por conta de outrém e o número de trabalhadores não dependentes, com

descontos efectuados para os regimes da segurança social, pelo que se estima que a taxa de inactividade seja menor e a

de emprego significativamente maior.

Taxa de actividade e taxa de desemprego - tendo como base as estimativas da população residente do

INE/2009, relativamente à população total/população dos 15 aos 64 anos, e tendo como referência o número de

trabalhadores que efectuam descontos para a Segurança Social no Concelho, o número de pensionistas (invalidez, velhice

e sobrevivência), o número de jovens beneficiários de prestações familiares e desempregados, estimaram-se 5 800

indivíduos activos para o Concelho de Arganil.

6.| Educação / Formação

A Carta Educativa do Município de Arganil, homologada pelo Ministério da Educação em

19 de Outubro de 2007, apresenta-se como um importante instrumento de planeamento e

ordenamento sectorial, que pretende a representação do sistema educativo dentro de um marco

geográfico, demográfico, social e económico pré-definidos. Os principais objectivos da Carta

Educativa prendem-se com a lei de Bases do Sistema Educativo e com os normativos daí

decorrentes, devendo nomeadamente:

a) Minimizar disparidades inter e intra-regionais, promovendo a igualdade de acesso ao

ensino numa perspectiva de adequação da rede escolar às características regionais e locais,

assegurando a coerência dos princípios normativos no todo nacional;

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

44

b) Orientar a expansão do sistema educativo num determinado território em função do

desenvolvimento económico, sócio-cultural e urbanístico, prevendo uma resposta adequada às

necessidades de redimensionamento da rede escolar colocadas pela evolução da política

educativa, pelas oscilações da procura da educação e pela rentabilização do parque escolar

existente:

c) Fundamentar tecnicamente as tomadas de decisão relativas à construção de novos

equipamentos, em especial do ensino básico, ao sempre difícil encerramento de escolas e à

reconversão e adaptação do parque, optimizando a funcionalidade da rede existente e a

respectiva expansão, bem como a definição de prioridades.

Com base nos princípios e orientações definidos na Carta Educativa, o Concelho de

Arganil apresenta uma boa cobertura de equipamentos na área da Educação e do Ensino. È

importante referir que no ano lectivo 2008/2009 abriu o Centro Escolar de São Martinho da

Cortiça, no ano lectivo presente entrou em funcionamento o Centro Escolar de Côja e,

actualmente, encontra-se em fase de remodelação/construção o Centro Escolar de Arganil, os

quais irão proporcionar respostas de melhor qualidade ao Concelho na área de Educação/Ensino,

já que os mesmos contam com equipamento de avançada tecnologia.

6.1 | Caracterização genérica dos Recursos Educativos

Considera-se pertinente caracterizar, de forma genérica os recursos concelhios ao nível

da Educação, proporcionando uma melhor identificação dos problemas e necessidades nestas

áreas de intervenção, fundamental, para a inserção e coesão social dos indivíduos.

A rede Escolar de Arganil é composta, na totalidade, por 23 Estabelecimentos de Ensino Pré-

Escolar, Básico, Secundário e Centro de Novas Oportunidades, tratando-se maioritariamente de

instituições Públicas. Apenas 8 Freguesias dispõem de estabelecimentos de ensino.

Tabela 1 | Número de Estabelecimentos de Ensino do Concelho

Estabelecimentos de Ensino Número Pré-Escolar - Público 8 Pré-Escolar - Privado 2 1º Ciclo do Ensino Básico - Público 8 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico - Público 2 Ensino Secundário – Público 1 APPACDM – Centro de Arganil 1 Centro de Novas Oportunidades 1

Total 23 Fonte: CMA - Educação

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

45

Tabela 2 | População Escolar no Ano lectivo 2008/2009 Nº TOTAL DE ALUNOS/ESTABELECIMENTO DE ENSINO 2008/2009

Estabelecimentos de Ensino Nº de Alunos

Agrupamento de Escolas de Arganil Agrupamento de Escolas de Côja

Jardim de Infância de Arganil 83 Jardim de Infância de Folques 11 Jardim de Infância de P. da Beira 11 Jardim de Infância de S. M. Cortiça 27 Jardim de Infância de Sarzedo 34 Jardim de Infância de Secarias 12 Escola 1º CEB de Arganil 193 Escola 1º CEB de Folques 18 Escola 1º CEB de P. da Beira 25 Escola 1º CEB de S. M. da Cortiça 40 Escola 1º CEB de Sarzedo 41 Escola 1º CEB de Secarias 11 Escola B. 2.3 de Arganil 484 Total do Agrupamento Arganil 990 Jardim de Infância de Barril de Alva 11 Jardim de Infância de Côja 39 Jardim de Infância de Pomares 11 Escola 1º CEB de Barril de Alva 12 Escola 1º CEB de Benfeita 6 Escola 1º CEB de Cerdeira 5 Escola do 1º CEB de Côja 62 Escola do 1º CEB de Pomares 11 Escola B. 2.3 de Côja 170 Total do Agrupamento Côja 327

Escola Secundária de Arganil 415 Escola Profissional Eptoliva – Pólo de Arganil 15 Casa da Criança de Arganil 98 APPACDM – Centro de Arganil 27 Total 1876

Tabela 3 | População Escolar no Ano lectivo 2009/2010 Nº TOTAL DE ALUNOS/ESTABELECIMENTO DE ENSINO 2009/2010

Estabelecimentos de Ensino

Nº de Alunos

Agrupamento de Escolas de Arganil

Agrupamento de Escolas de Côja

Jardim de Infância de Arganil 81 Jardim de Infância de Folques 7 Jardim de Infância de P. da Beira 7 Jardim de Infância de S. M. Cortiça 29 Jardim de Infância de Sarzedo 31 Jardim de Infância de Secarias 8 Escola 1º CEB de Arganil 180 Escola 1º CEB de Folques 20 Escola 1º CEB de P. da Beira 30 Escola 1º CEB de S. M. da Cortiça 42 Escola 1º CEB de Sarzedo 47 Escola 1º CEB de Secarias 13 Escola B. 2.3 de Arganil 471 Total do Agrupamento de Arganil 965 Jardim de Infância de Côja 48 Jardim de Infância de Pomares 10 Escola do 1º CEB de Côja 75 Escola do 1º CEB de Pomares 11 Escola B. 2.3 de Côja 164 Total do Agrupamento de Côja 308

Escola Secundária de Arganil 450 Casa da Criança de Arganil 90 Centro Social Paroquial de Côja 23 APPACDM – Centro de Arganil 27 Total 1863

Fonte: CMA - Educação

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

46

Gráfico n.º 25 - Evolução da População Escolar, anos lectivos 2008/2009 e 2009/2010

Evolução da População Escolar no Concelho(2008-2010)

023

98 83

221

418

634

450

0

239

424

654

415

152727

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

700

2008/2009 2009/2010

Creche Côja

Casa da Criança

Jardins

1º CEB

EB 2.3

E. Secundária

EPTOLIVA

APPACDM

Fonte: CMA

- Educação

Como já foi referido, os Estabelecimentos de Ensino do Concelho proporcionam uma

resposta de qualidade, quer ao nível de equipamentos, de recursos humanos afectos, bem como

de actividades dinamizadas ao longo do ano lectivo. As Escolas estão, no geral, bem equipadas,

destacando-se os Centros Escolares, constatando-se a principal lacuna ao nível dos Agentes

Educativos, sobretudo, nas áreas do Ensino Especial e de outros Técnicos Especializados, de

responsabilidade do Ministério da Educação.

Os alunos do Ensino Pré-Escolar, na área da Componente de Apoio à Família dispõem de

Actividades de Prolongamento de Horário e usufruem do serviço de almoços. Utilizam, também

uma rede de Transportes Escolares gratuitos.

Os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico beneficiam do serviço de almoços, Actividades Extra-

Curriculares promovidas pela Câmara, de Subsídio para Livros e Material Escolar e de

Transportes Escolares gratuitos.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

47

Tabela 4 | Apoios proporcionados pela Autarquia aos alunos do Ensino Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico

Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

CAF (Almoços +

Prolongamento de Horário)

Transportes Escolares Gratuitos

Almoços

Transportes Escolares Gratuitos

Subsídio para

Livros e Material Escolar

Actividades

Extra-Curriculares

Fonte: CMA - Educação

Tabela 5 | Actividades Extra-Curriculares / Número de Docentes / Anos Lectivos 2008/2009 e 2009/2010

Actividades

Extra-Curriculares

Ano Lectivo 2008/2009

Ano Lectivo 2009/2010

Docentes

Total

Nº Docentes

Total

Inglês

4

18

4

15

Música

0

1

Actividade Física e Desportiva

7

5

Expressão Artística 7

4

Outras Actividades - TIC

0

1

Fonte: CMA – Educação

As Escolas Básicas 2.3 de Arganil e Côja e a Escola Secundária de Arganil, dispõem de

serviços de refeições, através de Refeitório Escolar próprio, assim como são proporcionadas aos

seus alunos Actividades de Ocupação de Tempos Livros, dinamizadas pelos Técnicos da Cáritas

Diocesana de Coimbra.

A Escola Secundária de Arganil oferece, ainda, Cursos de Educação / Formação Profissional,

dirigidos a jovens que optem pela via profissionalizante.

Os jovens adultos e os próprios adultos podem, ainda, recorrer ao Centro de Novas

Oportunidades (Centro de Formação de Arganil, sedeado na Freguesia de Folques) , com o

objectivo de acrescerem a sua escolaridade e/ou melhorarem a sua qualificação profissional,

através do Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) ou de Formação

Profissional.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

48

6.2 | Insucesso e Abandono Escolar

A taxa de insucesso e de abandono escolar no Concelho de Arganil constitui uma

condicionante para a alteração do quadro de baixos níveis de escolaridade. De acordo com os

dados do INE de 2001, o Concelho dispunha os valores mais elevados de todo o Pinhal Interior

Norte – taxa de abandono escolar era igual a 4,37 %.

A taxa de retenção e desistência traduz o número de alunos que não transitam para o seguinte

ano de escolaridade.

Seguidamente, apresentam-se dados referentes ao ano lectivo 2008/2009.

Tabela 6 | Taxas de Retenção e Abandono Escolar / Ano Lectivo 2008/2009

Estabelecimentos de Ensino

Níveis de Ensino

2008/2009

(%) Retenção

2008/2009

(%) Abandono

Agrupamento de Escolas de Arganil

1º CEB 4 0

2º CEB 4,6 0

3º CEB 10 0

Agrupamento de Escolas de Côja

1º CEB 1,9 0

2º CEB 1,6 0

3º CEB 5,7 4,7

Escola Secundária de Arganil 9º+1; 10º,11º e 12º 24,3 1,4

Fonte: Estabelecimentos de Ensino do Concelho de Arganil

Como se pode verificar, o Agrupamento de Escolas de Arganil não apresenta alunos em

abandono escolar, comparativamente com o Agrupamento de Côja que regista alunos que

abandonaram o ciclo de estudos, apesar de totalizar menos alunos no geral. As Taxas de retenção

são mais elevadas no Agrupamento de Escolas de Arganil. A Escola Secundária de Arganil

apresenta uma elevada taxa de retenções.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

49

6.3.| Cursos de Formação - via Profissional

Cursos de Educação Formação de Adultos, Cursos de Educação Formação de Jovens,

Cursos de Aprendizagem, Modelares Certificados, Cursos Profissionais, Tecnológicos e Cursos de

Educação Formação

Tabela 7| CEFA Cursos de Educação e Formação de Adultos –

IEFP de Arganil

Designação da

Acção de Formação

N.º de Formandos

Data Início

Data Fim

Iniciais Actuais Desist.

Produção Florestal 16 9 7 24-11-2008 16-06-2010 Cuidados de Estética do Cabelo 17 8 9 05-01-2009 08-10-2010 Geriatria 14 9 5 09-03-2009 27-08-2010 Técnicas de Cozinha e Pastelaria

16 14 2 01-09-2009 31-12-2010

Electricidade de instalações 18 14 4 11-02-2010 05-07-2011 Técnicas de Cozinha/Pastelaria EFA –NS- S3 – Percurso Flexível

16

13

3

01-02-2010

15-06-2011

TOTAIS 97 67 30 Fonte: IEFP de Arganil (2009/2010)

Estes Cursos de Educação Destinatários: Educação e Formação de Adultos _ Nível Básico: Candidatos com idade igual ou superior a 18 anos Educação e Formação de Adultos _ Nível Secundário: Candidatos com idade igual ou superior a 23 anos

Tabela 8| Cursos de Aprendizagem

IEFP de Arganil

Designação da

Acção de Formação

N.º de Formandos

Data Início

Data Fim

Iniciais Actuais Desist.

Técnico de Alimentação e Bebidas

5 3 2 18-09-2009 10-09-2010

Técnico de Electricidade de Manutenção

5 5 0 01-10-2009 01-07-2010

Animação Sócio-Cultural 5 5 0 23-02-2010 22-11-2010 Electrotecnia (1º Período) 17 10 7 14-09-2009 06-05-2010 Electrotecnia (2º Período) 10 10 0 07-05-2010 09-01-2011 Técnico Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos – 1º Período

19

19

0

08-03-2010

15-11-2010

TOTAIS 61 52 9 Fonte: IEFP de Arganil (2010)

Destinatários: Aprendizagem: Candidatos com idade igual ou superior a 15 anos e inferior a 25 anos

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

50

Tabela 9| Cursos de Educação e Formação de Jovens

IEFP de Arganil

Designação da

Acção de Formação

N.º de Formandos

Data Início

Data Fim

Iniciais Actuais Desist.

Cuidados e Estética do Cabelo 14 8 6 08-09-2009 01-03-2011 TOTAIS 14 8 6

Fonte: IEFP de Arganil (2010)

Destinatários: CEF (Educação e Formação de Jovens) : Candidatos com idade igual ou superior a 15 anos e inferior a 23 anos

Tabela 10| Cursos de Formação Modelares Certificadas

IEFP de Arganil

Designação da

Acção de Formação

N.º de Formandos

Data Início

Data Fim

Iniciais Actuais Desist.

Cuidados de Estética e do Cabelo 14 14 0 15-01-2010 30-12-2010 Processamento de Texto e Folha de Cálculo – UFCD4

16 16 0 03-02-2010 06-05-2010

Língua Estrangeira – Iniciação – CLC_Lei

13 13 0 17-03-2010 06-05-2010

Planeamento e Desenvolvimento de Actividades de Tempos Livres

13 13 0 17-03-2010 10-05-2010

Prevenção e Primeiros Socorros 15 15 0 25-03-2010 20-05-2010 Higiene e Segurança Alimentar 13 13 0 17-03-2010 19-05-2010 Sistema HACCP (Hazard Anaysis and Critical Control Points )

10 10 0 30-03-2010 04-05-2010

Processamento de Texto e Folha de Calculo

16 16 0 22-03-2010 04-06-2010

Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho

12 12 0 13-04-2010 04-05-2010

Técnicas de Acção Educativa 2 2 0 20-04-2010 12-05-2010 Cuidados Humanos Básicos – Higiene e Apresentação Pessoal

11 11 0 22-04-2010 30-06-2010

Jardinagem e Espaços Verdes 20 19 1 03-05-2010 11-08-2010 Apoio Familiar à Comunidade 12 11 1 17-05-2010 02-07-2010 Cuidados Básicos de Saúde 12 12 0 05-05-2010 24-05-2010 Expressão Dramática, Corporal, Vocal e Verbal

10 10 0 12-05-2010 05-07-2010

Animação Sóciocultural 16 13 3 07-05-2010 01-10-2010 Cuidados e estética do Cabelo de Senhora – Técnicas de ondulação

1 1 0 27-04-2010 26-05-2010

Primeiros Socorros – Tipos de acidentes e formas de Actuação

19 19 0 25-05-2010 22-07-2010

TOTAIS 225 220 5 Fonte: IEFP de Arganil (2010)

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

51

Tabela 11 CURSOS PROFISSIONAIS

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL Ano Lectivo 2009/2010

Cursos Profissionais

ÁREA VOCACIONAL

N.º de Alunos

Ano

Animador Sociocultural 17 10º Ano Multimédia 26 10º Ano Técnico de Energias Renováveis 22 10º Ano Técnico de Secretariado 24 11º Ano Técnico de Gestão e Equipamentos Informáticos

17 11º Ano

Técnico de Energias Renováveis 14 11º Ano Técnico de Turismo Ambiental e Rural

22 11º Ano

Técnico de Secretariado 12 12º Ano Informática e Gestão 10 12º Ano Técnico de Manutenção Industrial/Electromecânica

12

12º Ano TOTAIS 167

Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)

Tabela 12 Cursos de Educação Formação – CEF

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL

Ano Lectivo 2009/2010

ÁREA VOCACIONAL

N.º de Alunos

Curso de Acção Educativa 15 TOTAIS 15

Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

52

Tabela 13 CURSOS CIENTIFICO-HUMANÍSTICOS

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL

Ano Lectivo 2009/2010

ÁREA VOCACIONAL

N.º de Alunos

Ano

Ciências e Tecnologia 66 10º Ano Línguas e Humanidades 23 10º Ano Ciências e Tecnologia 73 11º Ano Línguas e humanidades 12 11º Ano Ciências e Tecnologia 70 12º Ano TOTAIS 244

Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)

Tabela 14 CURSOS TECNOLÓGICOS

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ARGANIL

Ano Lectivo 2009/2010

ÁREA VOCACIONAL

N.º de Alunos

Ano

Tecnológico de Acção Social 14 12º Ano TOTAIS 14

Fonte: Escola Secundária de Arganil (2009/2010)

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

53

6.4.| Oferta Formativa para 2010/1011

Tabela 15| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Arganil

1. Agrupamento de Escolas Arganil1. Agrupamento de Escolas Arganil

ÁÁrea Vocacionalrea Vocacional AnoAno CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso

DuraDuraççãoão CondiCondiçções especões especííficasficas RequisitosRequisitos

“ Artes e

Ofícios” 5º ano- 4º ano de Escolaridade;-Frequência do 5ºano de Escolaridade (Alunos até 15 anos);

- 1 ano escolar

Baixa motivação;-Família disfuncional;-Retenções; -Absentismo escolar;-Dificuldades de aprendizagem;

- Autorização Expressa dos pais;

“ Agricultura

Biológica/

Horticultura”7º ano

- 6ºano de Escolaridade;-Frequência sem aprovação do 7º ano de escolaridade, por indicação do Conselho de Turma e Aprovação do Conselho Pedagógico;

- 1 ano escolar

-Baixa motivação;-Família disfuncional;-Retenções; -Absentismo escolar;-Dificuldades de aprendizagem;

- Autorização Expressa dos pais;

• Percursos Curriculares Alternativos :

Cursos sujeitos aprovação pela DREC

Tabela 16| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Arganil

Agrupamento de Escolas ArganilAgrupamento de Escolas Arganil

ÁÁrea Vocacionalrea Vocacional tipotipo CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso

duraduraççãoão certificacertificaççãoão SaSaíídas Profissionaisdas Profissionais

Assistente

Administrativo

Tipo 2

Nível 2- Com o 6º ano de escolaridade, 7º ou frequência do 8º ano;-Idade igual ou superior a 15 anos;

- 2 anos;-9º ano de escolaridade;-Qualificação de nível 2

-Preparar, executar e arquivar correspondência e outra;-Identificar a empresa com as suas áreas funcionais e preencher documentação Comercial;-Aplicar os princípios básicos de comunicação no acolhimento, atendimento e encaminhamento;-Executar o trabalho contabilístico mensal;Executar tarefas de actividade administrativa, utilizando meios informáticos;

Operador de

Informática

Tipo 2

Nível 2

-Com o 6º ano de escolaridade, 7º ou frequência do 8º ano;-Idade igual ou superior a 15 anos;

- 2 anos;-9º ano de escolaridade;-Qualificação de nível 2

-Proceder à Instalação, manutenção e operação de micro-computadores;

-Instalar, configurar e operar com redes locais e internet;

-Instalar, configurar e operar software de escritório;

Tipo 3

Nível 2- Com o 8º ano de escolaridade ou frequência, sem aprovação, do 9º ano;- Idade igual ou superior a 15 anos;

- 1 ano escolar

-Diploma de conclusão do 9º ano;-Certidão de qualificação profissional (nível II);

-Proceder à Instalação, manutenção e operação de micro-computadores;

-Instalar, configurar e operar com redes locais e internet;

-Instalar, configurar e operar software de escritório;

• Cursos de Educação Formação (CEF):

Cursos sujeitos aprovação pela DREC

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

54

Tabela 17| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Coja

2. Agrupamento de Escolas 2. Agrupamento de Escolas CojaCoja

• Percurso Curricular Alternativo :

Área Vocacional Ano Condições de Acesso

Condições Específicas

Duração Requisito

Hortofloricultura 7ºano

- 6º ano de Escolaridade;-Frequência do 7ºano de Escolaridade -Alunos até 15 anos);

-Baixa motivação;-Família disfuncional;-Retenções; -Absentismo escolar;-Dificuldades de aprendizagem;

1 ano -Autorização Expressa dos

Pais;

Cursos sujeitos aprovação pela DREC

Tabela 18| Oferta Formativa - Agrupamento de Escolas de Coja

Agrupamento Escolas Agrupamento Escolas CojaCoja

• Cursos de Educação e Formação:

Cursos Tipo Condições de acesso

Duração Certificação Saídas Profissionais

Técnico de Apoio Familiar e à Comunidade

Tipo 2 Nível II

-6º ano de escolaridade;-7º ano de escolaridade ou frequência do 8º ano;

2 anos -Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU);

-Instituições de Apoio à Criança;-Centros de Cuidados Humanos;-Centros de Dia;-Lares de 3ª idade;-Escolas;-Centros de ATL;-Centros de Saúde;-Centros Educativos;

Serralharia CivilTipo 2

Nível II

-6º ano de escolaridade;-7º ano de escolaridade ou frequência do 8º ano;

2 anos -Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU)

-Empresas de Serralharia Civil;-Empresas de Montagem de Estruturas e Instalações Industriais;

Cursos sujeitos aprovação pela DREC

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

55

Tabela 19| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil

3. Escola Secund3. Escola Secundáária Arganilria Arganil

• Cursos de Educação e Formação (CEF):

CursosCursos TipoTipoCondiCondiçções de ões de

AcessoAcessoDuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão

SaSaíídas das profissionaisprofissionais

* Operador/a de Máquinas

Ferramenta/ CNC

Tipo 2 Nível II

-6º ano de escolaridade ou frequência, sem aprovação do 7º ano;

- 2 anos;-Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU);

- Operador/a de MáquinasFerramenta

- Operador/a de Máquinas

Ferramenta/ CNC

*Acção Educativa

Tipo 3 Nível II

-8º ano de escolaridade;-ou frequência, sem aprovação, do 9º ano;

- 1 ano;-Diploma de conclusão do 9º ano, possibilitando o prosseguimento de estudos;-Certidão de qualificação profissional (nível II-EU);

Acompanhante de crianças em:-Creches; -Jardins de Infância;-Centro de Actividades d e Tempos Livres;- Baby Sitting;

* Estágio integrado assegurado pela Escola em Empresas Externas

Tabela 20| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil

Escola SecundEscola Secundáária Arganilria Arganil• Cursos Profissionais:

CursosCursos Perfil ProfissionalPerfil ProfissionalCondiCondiçções ões de acessode acesso

DuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão SaSaíídas Profissionaisdas Profissionais

Técnico de Gestão e

Equipamentos Informáticos

-Montar, instalar e utilizar sistemas informáticos;-Fazer o diagnóstico e correcção de falhas no funcionamento de um sistema informático; -- Instalar e configurar computadores isolados ou em rede, dispositivos, periféricos e programas informático;

-9º de Escolaridade ou frequência sem aprovação do 10º ano;

- 3 anos;-Diploma de conclusão do nível secundário de educação;-Certificado de qualificação profissional (Nível III-EU);

Actividades Principais:-Instalação, manutenção e administração de equipamentos informáticos e redes. A concepção e especificação do projecto, implementação, avaliação porte e manutenção de sistemas e de tecnologias de processamento e transmissão de dados e transmissões.

Técnico de Energias

Renováveis

(variante sistemas solares)

-Programar, organizar, coordenar e executar a instalação, a manutenção e a reparação de sistemas solares térmicos e de sistemas solares foto voltaicos de acordo com as normas, os regulamentos e segurança e as regras de boas práticas aplicadas;

-9º ano de escolaridade ou frequência sem aprovação do 10º ano;

-3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos;-Certidão de qualificação Profissional (nível III – EU);

Actividades Principais:-Analisar o projecto de instalação;-Preparar as condições necessárias da instalação, manutenção e reparação de sistemas solares térmicos;-- Executar e supervisionar os ensaios do sistema solar térmico;

Técnico de Contabilidade

- Organizar e efectuar o registo e o tratamento de dados contabilísticos de uma empresa ou serviço público;

-9º ano de escolaridade ou frequência sem aprovação do 10º ano;

-3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos;-Certidão de qualificação Profissional (nível III – EU);

Actividades Principais:- Organizar e classificar os documentos contabilísticos;-Efectuar o registo das operações contabilísticas;-Contabilizar as operações, registando débitos e créditos;

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

56

Tabela 21| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil

Escola SecundEscola Secundáária Arganilria Arganil• Cursos Profissionais (continuação):

Cursos Perfil ProfissionalCondições de acesso

Duração Certificação Saídas Profissionais

Técnico de Higiene e

Segurança do Trabalho e Ambiente

Profissional qualificado apto a desenvolver actividades de prevenção e de protecção contra ricos profissionais.

-9º ano de escolaridade ou frequência do 10º ano de escolaridade;

- 3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos,-Certidão de qualificação Profissional (nível III –EU),

Actividades Principais:-Colaborar no planeamento e na implementação no sistema de gestão da empresa-Elaboração de diagnósticos e do plano de prevenção; -Participar na definição dos procedimentos a adoptar em situações de emergência;-Identificar perigos associados às condições de segurança.

Técnico de Manutenção Industrial/

Electromecânica

-Interpretar desenhos e outros dados complementares relativos a equipamentos;-Controlar o funcionamento de equipamentos, detectar e diagnosticar;-Planear e proceder àinstalação e ensaio de várias máquinas;

-9º de escolaridade ou frequência do 10º ano de escolaridade;

- 3 anos;-Diploma de conclusão do 12º ano de escolaridade possibilitando o prosseguimento dos estudos,-Certidão de qualificação Profissional (nível III –EU),

-Metalomecânica;-Fabrico de Máquinas e Ferramentas;-Fabrico de componentes para Automóveis;

* Todos os Cursos Profissionais têm estágio integrado, assegurado pela Escola em Empresas Externas

Tabela 22| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil

Escola SecundEscola Secundáária Arganilria Arganil• Cursos Científico-Humanísticos

Cursos Formação Específica: Saídas Profissionais

Curso de Ciências e Tecnologias

O curso de Ciências e Tecnologias permite o prosseguimento de estudos, possibilitando ao aluno ter uma forte componente de carácter científico e tecnológico;

As disciplinas dependem:

- do curso escolhido;-- da oferta da escola;-- da preferência do aluno;

Actividades relacionadas com as seguintes áreas:

Saúde ; Ambiente;Informática ; Desporto;Engenharias ; Ciência

Curso de Ciências Sócioeconómicas

-O curso de Ciências Socioeconómicas permite o prosseguimento de estudos, possibilitando ao aluno ter uma forte componente de carácter socioeconómico.

Actividades relacionadas com as seguintes áreas:Acção Social Escolar; Administração Pública;

Assistente de Administração;Ciências Políticas e Relações Internacionais;

Economia ; Contabilidade;Organização e gestão de Empresas

Curso de Línguas e Humanidades

-O curso de Línguas e Humanidades permite o prosseguimento de estudos, permitindo ao aluno ter uma forte componente nas áreas das Línguas e Humanidades.

Actividades relacionadas com as seguintes áreas:

Política Social ; DireitoPsicologia ; Estudos EuropeusJornalismo ; Relações Públicas

Ciências Politicas e Relações InternacionaisMarketing ;

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

57

Tabela 23| Oferta Formativa – Escola Secundária de Arganil

Escola SecundEscola Secundáária de Arganilria de Arganil

Actividades:Actividades:

-Diagnóstico e Encaminhamento;

-Cursos de Educação e Formação de Adultos – Técnico de Apoio à Gestão; Técnico de Gestão de Redes-Informática

-Reconhecimento de Competências – Processo de RVCC Básico e Secundário;

-Formação Modular Certificada UFCD 25h e 50h

-Vias alternativas de conclusão do Ensino Secundário – Realização de Exames e/ou UFCD 25h e 50h ;

-Aconselhamento e orientação após certificação;

-Curso de Especialização Tecnológica (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital): Gestão de Redes e Sistemas Informáticos

• Centro de Novas Oportunidades:

Tabela 24| Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional

4. Centro de Emprego e Forma4. Centro de Emprego e Formaçção de Arganilão de Arganil

Cursos Condições de Acesso Início Fim

Local de Formação

CertificaçãoSaídas

profissionais

Técnico (a) de esteticista e cosmetologia

-9º ano de escolaridade concluído;- De 15 a 22 anos;

Setembro 2010 A definir

Quinta do Mosteiro -Folques

- 12º ano de escolaridade;

Técnico (a) de esteticista e cosmetologia

Técnico/a de Comunicação –Marketing, Relações Públicas e Publicidade

-9º ano de escolaridade concluído;-menos de 25 anos;

Setembro 2010 A definir

Quinta do Mosteiro -FolquesArganil

- 12º ano de escolaridade;

Técnico/a de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade

• Cursos de Aprendizagem (Equivalência ao 12º ano)

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

58

Tabela 25| Oferta Formativa – Centro de Emprego e Formação Profissional

Centro de Emprego e FormaCentro de Emprego e Formaçção de Arganilão de Arganil

Cursos Nível Qualificação

Condições de Acesso Inicio Fim

Local de Formação

CertificaçãoSaídas

profissionais

Serviço de Mesa

22

--66ºº ano de ano de escolaridade escolaridade concluconcluíído;do;--Jovens: 15 e Jovens: 15 e 22 anos de 22 anos de idade;idade;

1414--0606--20102010 A A definirdefinir

Quinta do Quinta do Mosteiro Mosteiro --FolquesFolques

-- 99ºº ano de ano de escolaridade;escolaridade;

Empregado (a) Empregado (a) de Mesade Mesa

• Cursos de Educação Formação de Jovens:

--Empresas Empresas Alimentares;Alimentares;--Controlo Controlo Alimentar;Alimentar;-- HACCPHACCP

Técnico de Controlo de Qualidade Alimentar

Quinta do Quinta do Mosteiro Mosteiro --FolquesFolques

A definirA definirSetembroSetembro

-- 1212ºº ano ano completo completo (Escolar)(Escolar)

--Jovens: 15 e 22 Jovens: 15 e 22 anos de idade;anos de idade;

ProfissionalProfissionalTécnico de Controlo de Qualidade Alimentar

Saídas profissionaisCertificação

Local de Formação

FimInicioCondições de Acesso

TipoCursos

Tabela 26| Oferta Formativa – Instituto de Emprego e Formação Profissional

Instituto de Emprego e FormaInstituto de Emprego e Formaçção Profissional de Arganilão Profissional de Arganil

• FORMAÇÃO MODULAR PÓS-LABORAL (COM + 18 ANOS)

ÁÁreas:reas: MMóódulos:dulos: ObservaObservaçções:ões:

-Informática;

-Estética;

-Cozinha;

-Geriatria;

-Saúde;

-Secretariado;

-Outros

De 25 ou de 50 horas É capitalizável para a conclusão, respectivamente do 9º ano ou do 12º ano de escolaridade

Operador de Máquinas Agrícolas

- 9º ano escolaridade;

19/09/20107/06/2010- Indivíduos a partir de 18 anos;-4º ano;

- 6º ano;

Operador de Máquinas Agrícolas

SaSaíídas das profissionaisprofissionaisCertificaCertificaççãoãoFimFimInInííciocioDestinatDestinatáários:rios:Requisitos:Requisitos:Curso:Curso:

• Formação Modular – Percursos Incompletos:

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

59

Tabelas 27e 28| Oferta Formativa – EPTOLIVA

5. EPTOLIVA5. EPTOLIVA

CursosCursos LocalLocal TipoTipo CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso DuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão

SaSaíídas das profissionaisprofissionais

TTéécnico de cnico de Sistemas de Sistemas de InformaInformaçção ão GeogrGeográáficafica

ArganilArganil IIIIII --99ºº ano de ano de Escolaridade;Escolaridade;

--3 anos;3 anos;

-Curso de Nível Secundário de Educação;

-Qualificação Profissional de nível 3;

-- TTéécnico de cnico de Sistemas de Sistemas de InformaInformaçção ão GeogrGeográáficafica

TTéécnico de cnico de Gestão e Gestão e

ProgramaProgramaçção ão de Sistemas de Sistemas InformInformááticosticos

ArganilArganil

IIIIII --99ºº ano de ano de Escolaridade;Escolaridade;

--3 anos;3 anos;

-Curso de Nível Secundário de Educação;

-Qualificação Profissional de nível 3;

-- TTéécnico de cnico de Gestão e Gestão e

ProgramaProgramaçção de ão de Sistemas Sistemas

InformInformááticosticos

• Cursos Profissionais – Equivalência 12º ano

EPTOLIVAEPTOLIVA

CursosCursos LocalLocal TipoTipo CondiCondiçções de ões de AcessoAcesso DuraDuraççãoão CertificaCertificaççãoão

SaSaíídas das profissionaisprofissionais

Técnico de Restauração – variante: Restaurante

- Bar

Tábua III -9º ano de Escolaridade;

-3 anos;- Curso de Nível Secundário de Educação;-Qualificação Profissional de nível 3;

- Técnico de Restauração –

variante Restaurante Bar

• Cursos Profissionais – Equivalência 12º ano

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

60

77 || JJuuvveennttuuddee

A criação de oportunidades no domínio da formação e empregabilidade, a disponibilização de

programas, equipamentos e espaços especificamente dirigidos aos jovens, atendendo às suas

ideias e aspirações, motivando-os a tomar iniciativas e a colaborar é um dos objectivos prioritários

da acção da Câmara Municipal de Arganil.

É cada vez mais importante ter os jovens como co-protagonistas da nossa acção e desenvolver

uma actuação integral em matéria de Juventude que conduza à criação de condições para a sua

efectiva participação, individual e colectiva, na vida pública municipal permitindo–lhes permanecer

no concelho, com Qualidade de Vida.

O Municipio de Arganil tem como linha de acção uma política juvenil coerente, sustentada,

dinâmica e objectiva, que resulta da observação atenta da realidade e da consciência dos

movimentos e mudanças que a sociedade regista de forma cada vez mais acelerada.

Acompanhar as dinâmicas sociais juvenis reflecte-se na sua linha de acção, nomeadamente na

promoção de oportunidades, apoiando e incentivando um vasto leque de acções criteriosamente

vocacionadas para os interesses dos jovens, apostando na sua continuidade e simultaneamente

na inovação.

7.1 | Empregabilidade e Empreendedorismo (População jovem)

Num contexto de dificuldades económicas e sociais sobretudo para as novas gerações, o

Municipio assume-se como promotor da inovação e da Mudança. O Emprego, a Valorização

Pessoal e Profissional e o Empreendedorismo são uma das primeiras preocupações para as quais

se procuram encontrar propostas capazes de criarem soluções e novos objectivos.

• Criação do Centro Empresarial e Tecnológico de Arganil, composto por 15 Gabinetes

disponíveis para receber projectos de empreendedorismo que possam contribuir para

potenciar o processo de desenvolvimento económico do Concelho de Arganil,

nomeadamente através de:

1. Dinamização do Concurso de Ideias de Negócio “Inov’Arganil” que pretendeu

constituir-se como um estímulo ao desenvolvimento de conceitos de negócio em

torno dos quais se perspective a criação de novas empresas, tendo concorrido

todas as pessoas singulares ou colectivas que se manifestaram interessadas. Foi

oferecido um período de incubação gratuito na Incubadora do Centro Empresarial

e Tecnológico de Arganil, a qual dará apoio na elaboração de cada um dos Planos

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

61

de Negócio ás três melhores Ideias de Negócio que saíram vencedoras deste

concurso.

2. Desenvolvimento de um Curso de Empreendedorismo, em estreita articulação

entre o Município de Arganil e o Gabinete de Apoio às Transferências do Saber da

Universidade de Coimbra, que teve como principal objectivo dotar os possíveis

empreendedores das competências pessoais e técnicas necessárias ao

desenvolvimento de projectos empresariais com viabilidade económica.

• Apresentada e aprovada pela Agência Nacional ProAlv a candidatura “ In Europe –

Inclusão de Oportunidades para os Europeus de Arganil”, do Municipio de Arganil no

âmbito do Programa de Mobilidade “ Leonardo Da Vinci” , que possibilitará que durante o

ano de 2011, treze jovens do Concelho de Arganil realizem um Estágio de 14 Semanas

em Espanha, Itália, República Checa ou Polónia. Pretendemos assim apostar na

Formação Profissional e linguística dos jovens do concelho, complementando-a com

experiências práticas internacionais de qualidades que lhes permitam melhorar a sua

capacidade de resposta a novos desafios que os prepare para um mercado de trabalho

exigente e competitivo.

7.2 | Projectos Culturais e Artísticos/ Cidadania

O Municipio deve estar atento aos movimentos espontâneos da sociedade e proporcionar os

meios necessários à concretização dos seus projectos culturais e artísticos, não devendo no

entanto divorciar-se do seu papel orientador e promotor de acções de interesse garantido,

contribuindo decisivamente para a formação cultural, intelectual e artística dos jovens.

Nesse sentido, o Municipio tem estabelecido parceria com as Associações Juvenis e Escolas do

Concelho para concretizar a realização de Eventos que perspectiva como importantes para os

Jovens.

Arganil Rock: Organizado por todas as Associações Juvenis do Concelho este projecto

comum, pela capacidade de se reinventar e de associar bandas com projecção Nacional com

bandas locais, tem-se revelado como uma mais valia cultural e comercial para a região da Beira

Serra, mais especificamente para todos aqueles que representam, os jovens. Associado ao

Festival, surge ainda um carácter solidário que pretender chamar a atenção sobre e intervir de

forma activa nas problemáticas sociais vividas no concelho e que se traduz na doação de uma

verba que depende dos apoios conseguidos, ao APPACDM de Arganil.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

62

Argus Free World: A Câmara Municipal de Arganil foi um parceiro estratégico do

Projecto “Argus Free World” da Escola Secundária de Arganil que ficou em 1º lugar na 2ª edição

do concurso “Rock in Rio Escola Solar”, tendo sido a Escola contemplada com um financiamento

de 15 mil euros para a implementação do mesmo.

O “Argus Free World” é um projecto social, ambiental e cultural da Escola Secundária de Arganil

e foi desenhado por alunos dos cursos técnicos de Animação Sociocultural e Turismo Rural e

Ambiental, tratando-se de um projecto direccionado para a conservação e preservação do

ambiente, de desenvolvimento ambiental, que pretende impulsionar o desenvolvimento social e

económico.

O projecto foi desenvolvido em torno da Agricultura Biológica e a partir deste pilar Argus Free

World criou um programa de actividades sociais, ambientais e culturais que culminou num evento

final em Arganil – ARGUS FREE WORLD – eu também VOU, realizado dia 22 de Maio de 2010 e

que se pretende continuar a realizar no Futuro com um carácter Bianual, mantendo as parcerias e

as sinergias criadas na elaboração da Candidatura e na implementação do Projecto.

Programa Cuida-te: Foi elaborada e aprovada uma Candidatura com as Associações

Juvenis ao Programa Cuida-te que pretende educar para a saúde, promovendo a aquisição de

conhecimentos e competências nesta área, de forma global e integradora, inter-relacionando as

suas diferentes componentes: somáticas, psico-afectivas e sociais.

Desenvolveram-se as Seguintes Actividades:

1. Medida 1 – Unidades Móveis - Teve como principal objectivo criar um serviço de

proximidade junto da população mais jovem. As Unidades Móveis, devidamente

apetrechadas e com uma equipa técnica especializada na área da saúde juvenil,

deslocam-se para realizar o atendimento e aconselhamento aos jovens, bem

como realizar acções de sensibilização.

2. Medida 2 - Formação - Promoveu acções de formação presencial dirigida

circunstanciadamente a cada um dos públicos que constituem os destinatários do

presente programa, devidamente adaptados e adequados: Professores e Encarregados

de Educação.

3. Medida 3 – Teatro debate - Promoveu acções de Teatro debate sobre tema de interesse

dos Jovens relacionadas com a promoção da sua saúde, que estimularam a reflexão e o

debate sobre problemas que querem discutir: " Nem muito simples, nem demasiado

complicado" . Temática abordada: Sexualidade Juvenil.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

63

7.3 | Actividades Organizadas pelo Municipio:

• Comemorações do Dia Internacional da Juventude (12 de Agosto de 2009) com o

desenvolvimento de Actividades Radicais (Paintball, Slide, Pontes Tirolesas, Piscina e

Lanche na Mata da Santa Casa da Misericórdia de Arganil).

• Candidatura ao Programa OTL no âmbito da Temática de Desporto.

• Mês da Juventude

Durante o mês de Abril o Município de Arganil programou várias actividades destinadas a dedicar

um espaço à Juventude.

O objectivo foi criar uma verdadeira agenda da juventude para o Concelho, onde se foi ao

encontro dos interesses dos jovens, conciliando áreas tão distintas como o desporto, a pintura e a

educação para a cidadania.

1. Desenvolveu-se um workshop de pintura mural no Centro de Actividades Juvenis com o

Mário Vitória que vai continuar a ser dinamizado no mês de Maio.

2. No dia 19 de Abril e em colaboração com a Associação Portuguesa de apoio à Vitima,

realizou-se no auditório da Biblioteca Municipal Miguel Torga um debate sobre a violência

e discriminação, dirigido à comunidade escolar, depois do visionamento de um filme sobre

a temática.

3. Dia 24 de Abril decorreu no Sub- Paço, em Arganil, uma tarde radical, com Paintball, slide,

parede de escalada, uma bola insuflável gigante.

A participação entusiasmada dos Jovens nas acções dinamizadas pelo Municipio durante o Mês

da Juventude revelam a importância de continuar de forma sistemática e articulada a organizar

iniciativas que se revelem simultaneamente espaços privilegiados de diversão e aprendizagem.

7.4 | Tempos Livres e Cidadania

• O Programa “Tardes de Verão” integra-se desde 2009 no Programa de Férias

dinamizado pelo Município de Arganil.

Durante os meses de Julho e Agosto são dinamizadas tardes de cinema, passeios, actividades de

expressão plástica, oficina da culinária, participação num programa de rádio, tardes de Karaoke,

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

64

informática, culminam com a entrega pelo Presidente da Câmara Municipal de Arganil de

Certificados de Participação aos Jovens mais assíduos nas actividades do Programa.

O principal objectivo do Município com a realização deste programa é possibilitar o

desenvolvimento do espírito de iniciativa, a capacidade criativa e crítica e a realização pessoal dos

Jovens, desempenhando assim, um papel determinante na sua formação pessoal e social.

• Atelier "Vamos representar com Saúde".

O Município de Arganil, pretendendo contribuir para a qualidade de vida da sua população, tem

realizado o Atelier durante os períodos de Férias Escolares (Natal, Páscoa, Verão) e desenvolve

actividades nas áreas:

• Teatro

• Actividade Física e Desportiva

• Expressão Plástica

Todas estas áreas são desenvolvidas por Profissionais especializados e os conteúdos abordados

estão naturalmente ajustados às idades das crianças (6-12 anos) que o frequentam.

Após dois anos de existência, este Atelier conta já com a participação de mais de 300 crianças, o

que nos permite verificar que o Atelier é já um hábito saudável nas Férias das crianças do

Concelho.

• Férias Desportivas

Durante os meses de Julho e Agosto Município de Arganil organiza o Programa "Férias

Desportivas" que se realiza no período das manhãs entre as 09h e as 12h30 na Escola

Secundária de Arganil.

Este programa tem como destinatários os jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 18

anos, os quais vai desenvolver actividades como: Futebol, Voleibol, Andebol, Basquetebol,

Atletismo, entre outras.

• Atribuição de Bolsas – Universidade de Verão 2010

A Universidade de Coimbra através do Programa Universidade de Verão pretende proporcionar

um primeiro contacto com o Ensino Superior, podendo cada aluno escolher a área de saber da

sua preferência (Física, Matemática, Química, Economia, Desporto, Medicina, Farmácia,

Psicologia e Educação, Letras, Direito e Tecnologias).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

65

No dia 01 de Julho realizou-se no salão Nobre da Câmara Municipal de Arganil, a Cerimónia de

atribuição de Bolsas para a Universidade de Verão 2010 aos melhores alunos de cada turma do

11º ano da Escola Secundária de Arganil.

Desta forma, o Municipio assume a responsabilidade de através da atribuição de bolsas premiar

quem se distingue pelo seu mérito, com uma experiência que lhes abre oportunidades para que

estes prossigam os seus estudos e invistam no seu futuro.

Num mercado de trabalho cada vez mais exigente, acreditamos que o desenvolvimento do

Concelho passa inequivocamente pela formação dos seus jovens e nesse sentido cabe-nos a

responsabilidade de promover acções que como esta motivem.

8.| Saúde

O centro de saúde de Arganil é constituído pela sua sede, na Vila de Arganil e as suas18

extensões, pois duas encontram-se encerradas (dependentes do centro de saúde). Está

vocacionado para a prestação de cuidados de saúde primários. A sua actuação é dirigida, nesta

data, a cerca de 15228 utentes, quer residentes no concelho quer em concelhos limítrofes.

O Centro de Saúde de Arganil assegura, alguns actos ambulatórios (consultas médicas,

enfermagem, tratamentos, vacinação, etc.), cuidados de urgência (consultas médicas, consultas

de enfermagem, tratamentos dirigidos à situação do utente), internamento (cuidados inerentes a

um serviço de internamento da área da medicina) e outros tipos de serviço, como por exemplo,

serviços de radiologia, ecografia, e laboratório de análises clínicas.

Quadro nº 15 – Caracterização do Centro de Saúde de Arganil

Unidade Saúde N.º de

Médicos N.º de

Enfermeiros N.º de

técnicos N.º de

Fisioterapeutas N.º de

Administrativos outros N.º de

camas

Centro de saúde de Arganil

10 18 10 0 17 19 12+2

Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – 2009

O Centro de Saúde de Arganil, com o número de médicos de clínica geral de que dispõe

(10), não pode fazer uma cobertura médica eficiente aos seus utentes, pois a relação

médico/utente (1/1650), não se encontra dentro dos limites estabelecidos por lei. Atendendo ao

facto de ter que manter o Serviço de Urgência Básica (SUB), aberto 24 horas por dia, os períodos

de férias tornam-se problemáticos e é difícil (sem exigir um esforço suplementar aos profissionais

de saúde), realizar uma cobertura de saúde sem reclamações.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

66

Actualmente o Centro de Saúde de Arganil dispõe de:

.1. 9 médicos de clínica geral;

.2. 1 médico de saúde pública;

(existem 3 lugares no quadro, não preenchidos);

.3. 18 enfermeiros;

Relativamente aos técnicos, administrativos e outros:

.4. 1 técnico de Saúde Ambiental;

.5. 1 técnico superior de laboratório;

.6. 2 técnicos auxiliar de laboratório;

.7. 4 técnicos de radiologia;

.8. 1 técnico de serviço social

.9. 17 administrativos;

.10. 19 auxiliares.

Os médicos, os técnicos, pessoal administrativo e auxiliar, repartem-se pelas extensões de

saúde existentes no concelho.

Relativamente às extensões do Centro de Saúde de Arganil, estas são como se pode ver no

quadro 6, em quase todas as sedes de freguesia e alguns lugares, com excepção da freguesia de

Celavisa.

Quadro n.º 16 – Caracterização do equipamento de saúde existente – Extensões de Saúde

existentes no Concelho

Extensão de Saúde N.º de utentes

inscritos N.º de

Médicos N.º de

Enfermeiros N.º de Auxiliares

N.º de Administrativos

Anceriz 101 Barril de Alva 254 Benfeita 155 Camba 38 Casal Novo 46 Cepos 112 Cerdeira 228 Coja 2858 2 2 1 2 Folques 183 Moura da Serra 76 Piodão 87 Pomares 582 Pombeiro da Beira 214 S. Martinho da Cortiça

1694 1 1 1 1

Sarnadela 80 Teixeira 141 Torrozelas 45 Vila Cova de Alva 208 Total 7102 3 3 2 3

Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM / Arquivo do CSA

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

67

Apenas as extensões de Coja e S. Martinho da Cortiça, possuem médicos a tempo inteiro,

as restantes extensões, não têm pessoal fixo. Os técnicos de saúde realizam o atendimento em

dia e hora previamente estabelecido.

Nestas extensões e no Centro de Saúde são assistidas as populações de todo o concelho

e algumas dos concelhos vizinhos, como é o caso das localidades de Ádela (concelho de Góis),

Paradela (concelho de Penacova), Avelar, Fontão, Moita da Serra e Pinheiro de Coja (concelho de

Tábua), Digueifel e Pinheirinho (concelho de Oliveira do Hospital), Vale de Pardieiros, Cavaleiros

de Baixo, Cavaleiros de Cima, Castanheira da Serra, Covanca, Porto da Balsa, Quinta da

Pequena e Ceiroco (concelho da Pampilhosa da Serra).

A sede do Centro de Saúde de Arganil presta ainda assistência às populações que

normalmente seriam servidas na extensão de Celavisa, uma vez que esta como já se referiu

encontra-se desactivada.

Igualmente, os utentes da extensão de Vinhó, uma vez que esta também se encontra

encerrada, se deslocam à extensão de saúde de Vila Cova de Alva.

As camas encontram-se distribuídas pelas duas enfermarias existentes, 6 camas na

enfermaria para homens e 6 camas na enfermaria para mulheres. Existem mais 2 camas para a

sala de observações (SUB).

Segundo as Normas do GEPAT, o número de camas deve obedecer ao seguinte critério:

1.6 camas/1000 habitantes. Recentemente com a abertura da Unidade de Cuidados Continuados,

Dr. Fernando Vale, da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, os utentes passaram a dispor de

mais de 24 camas.

Para uma população inscrita no Centro de Saúde de Arganil de 15228 utentes, o ratio

profissionais de saúde/utentes é o seguinte:

• Médico / utente – 1/1650;

• Enfermeiro / utente – 1/868;

• Administrativo / utente – 1/ 868

Relativamente à unidade de internamento a funcionar no Centro de Saúde de Arganil, no

ano de 2009, como podemos observar do quadro 24, apenas 70 utentes necessitaram de

internamento.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

68

Quadro n.º 17– Internamento (ano de 2009)

Dados genéricos do internamento / ano 2009

N.º de internamentos 70

Demora média de internamento ( em dias) 39.75

Taxa de ocupação 67.53%

Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – 2009 e Gabinete de Acção Social da C.M.A.

Com uma lotação oficial de 12 camas, foram internados no Centro de Saúde de Arganil,

durante o ano de 2009, 70 utentes.

A taxa de ocupação média foi de 67,53%, com uma demora média de 39,75 dias de internamento.

Relativamente ao Serviço de Urgência Básica (SUB), durante o ano de 2009, este serviço

prestou cuidados de saúde a 23416 utentes.

Quadro n.º 18 – Atendimentos efectuados pelo Centro de Saúde de Arganil (ano de 2009)

Total de utentes atendidos 23416

Destino

Domicílio / Ambulatório 20878

Internamento CS 111

Enviados Cuidados

Hospitalares

2401

Falecidos 26

Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – 2009 e Gabinete de Acção Social da C.M.A.

Destes 23416 utentes, 111 ficaram internados no Centro de Saúde (enfermaria ou sala de

observações), por um período superior a 24 horas. A grande maioria (20878) teve alta para o

domicílio ou foram enviados ao seu médico de família. 2401 utentes, foram enviados aos cuidados

de saúde secundários (HUC e Hospital Pediátrico de Coimbra) e 26 faleceram.

Relativamente ao serviço de ambulatório e domiciliário, durante o ano de 2009 foram

efectuadas 67157 consultas no ambulatório e foram efectuadas 89 visitas ao domicílio, e 927 de

enfermagem.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

69

Quadro n.º 20 – Ambulatório, SAP e Domicílios – Movimento do Centro de Saúde de Arganil

(1996 a 2009)

Áreas 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ambulatório

Saúde Infantil 4007 3480 3717 3656 2754 3502 3744 3250

Saúde do Adolescente 892 831 650 912 832 931

Saúde de Adultos 47547 51265 22120 22452 17895 23377 22661 2278

6

Saúde do Idoso 24546 25610 21420 26362 26541 2638

0

Total 51554 54745 51275 52549 42719 54153 53778 5334

7

SAP

Total de

Atendimentos

27747 2439 24744 2631 23802 23921 26775 25262

Visitas ao domicílio 56 20 56 98 34 161 140 103

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

70

Áreas 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ambulatório

Saúde de Adultos 4637

9

4417

9

4142

2

3712

4

3587

5

3796

7

Saúde Infantil 3737 3447 3215 2771 2625 2630

Saúde Materna 413 493 548 519 516 590

Outras 2642

6

2790

2

2713

3

2650

1

2673

0

2597

0

Total 7695

5

7602

1

7231

8

6691

5

6574

6

6715

7

SAP/SUB

Total de

Atendimentos

25344 26883 26094 24686 24604 23565

Visitas ao domicílio 54 50 67 70 54 89

Fonte: Inquérito realizado pela equipa do PDM – Gabinete de Acção Social da C.M.A.

No que diz respeito as acções desenvolvidas pela equipa de enfermagem do Centro de

Saúde de Arganil, para além das intimamente ligadas à enfermagem propriamente dita, estas

são do tipo alimentação/nutrição, desenvolvimento do crescimento, prevenção de acidentes,

vacinação, métodos de contracepção, prevenção contra o cancro e saúde mental.

O número de utentes atendidos nestas áreas foi no ano de 2003, de cerca de 5494.

No gráfico abaixo o número de utentes atendidos é visível pelas várias áreas.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

71

Gráfico n.º 26 – EDUCAÇÃO PARA a SAÚDE

Educação para a Saúde

2167

1088

314

1158

465 217 85Alimentação/Nutrição

Desenvolv .Crescimento

Prevenção acidentes

Vacinação

Contracepção (Métodos)

Prevenção Cancro

Saúde Mental

Fonte: Gabinete de Acção Social da C.M.A (arquivo do CSA).

A vacinação é uma forma de fortalecer o organismo contra determinadas infecções, cujos

princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só tenham sido utilizados de

forma moderna e massiva neste século.

Trata-se de uma das maiores vitórias da Medicina, e também uma das menos reconhecidas.

Efectivamente, muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação.

Actualmente, no nosso País, existe um Programa Nacional de Vacinação dedicado

essencialmente às crianças, atendendo que a maioria das doenças que pretende evitar são de

maior incidência infantil. Este programa nacional consiste na administração gratuita, efectuada nos

Centros de Saúde, das seguintes vacinas:

Uma vacina contra a Tuberculose;

Uma vacina contra a Hepatite B;

Uma vacina conjunta contra a Difteria, a Tosse Convulsa e o Tétano;

Uma vacina contra a Poliomielite;

Uma vacina contra o Haemophilus influenza tipo b;

Uma vacina conjunta contra o Sarampo, a Papeira e a Rubéola;

Embora a maioria destas vacinas sejam apenas administradas em crianças, existem duas

que podem ser administradas em qualquer fase da vida adulta: a vacina isolada contra o tétano

(de 10 em 10 anos) e a vacina contra a Hepatite B (sempre que se tenha um comportamento de

risco - ex: toxicomania, promiscuidade sexual, etc.).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

72

Consultados os registos vacinais do Centro de Saúde de Arganil e tendo em conta que a

imunidade conferida por algumas vacinas tende a atenuar-se com o tempo (necessitando, assim,

de novos estímulos para a produção de mais anticorpos), podemos concluir que a cobertura

vacinal é satisfatória entre a camada mais jovem da população, mas é deficiente nos adultos e nos

idosos, em especial na protecção contra o tétano, como se pode observar no quadro 27.

Quadro n.º 21 – Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas ( ano

2003)

Vacinas Total

Tétano e Difteria (Td) 849

Difteria e Tétano (DTP) 119

Sarampo, Parotidite e Rubéola (VASPR) 307

Difteria, Tétano, Tosse Convulsa e Haemophilus Influenzae B (DTPw Hib) 383

Rubéola 0

Hepatite B (VHB) 339

Poliomielite (VAP) 375

Total 2372

Fonte: Arquivo do CSA

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

73

Quadro n. 22 – Vacinações efectuadas em Arganil, segundo o tipo de vacinas (ano 2009)

Vacinas Total

Tétano e Difteria (Td) 2060

Sarampo, Parotidite e Rubéola (VASPR) 179

Difteria, Tétano, Pertussis (DTPa) 80

Difteria, Tétano, Pertussis , Poliomielite (DTPa vip) 93

Difteria, Tétano, Pertussis , Haemophilus inluenzae b, Poliomielite (DTPa Hib

Vip)

252

Hepatite B (VHB) 305

Virus Papiloma Humano (HPV) 367

Doença Meningocócica C (MenC) 246

BCG 30

Total 3612

Fonte: Arquivo do CSA

8.1 | Serviços de Saúde Privados

Em termos de serviços de saúde privada, existe em Arganil uma policlínica, com as seguintes

valências: Cardiologia, Cirurgia, Clínica Geral, Estomatologia, Gastroenterologia, Neurologia,

Obstetrícia, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia e Otorrinolaringologia.

Para além destas especialidades, efectua exames do tipo: endoscopia digestiva e

rectosigmoidoscopia.

Para além desta clínica, existem ainda 17 consultórios nas três vilas com mais população,

isto é, na vila de Arganil, Coja e S. Martinho da Cortiça.

Por especialidades, podemos encontrar nas seguintes vilas, ver quadro

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

74

Quadro n. 23 – Consultórios existentes no concelho

Consultórios Arganil Coja S. Martinho da

cortiça

Clínica Geral 2 1 0

Estomatologia 4 1 0

Ortopedia 1 1 0

Oftalmologia 1 1 0

Laboratório de Análises Clínicas (postos de recolha) 2 1 1

Medicina do trabalho 1 0 0

Total 11 5 1

Fonte: Gabinete de Acção Social da C.M.A (arquivo do CSA).

No que diz respeito às farmácias, o critério de programação refere para uma capitação

(população do último censo*1.5), que não deverá ser inferior a 4000 habitantes.

No caso em estudo, concelho de Arganil, existem quatro farmácias, duas na vila de Arganil, uma

na vila de Côja e uma em S. Martinho da Cortiça, que corresponde a uma capitação de cerca de

5109 habitantes por farmácia (o que se enquadra no valor padrão), justificando-se claramente este

número de farmácias existentes no concelho, aliás existe ainda espaço para a criação de mais

uma farmácia, cumprindo com os critérios de programação.

Uma vez que o concelho de Arganil é extenso e disperso, julgamos que se justifica o

número, uma vez que evita grandes deslocamentos por parte da população para chegar a este

tipo de serviço.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

75

8.2 | População Portadora de Deficiência

Segundo dados do INE de 2001, 679 residentes no concelho de Arganil eram portadores

de deficiência.

No que diz respeito ao tipo de deficiência verifica-se que a deficiência motora é a que

abrange um maior número de indivíduos (213), seguida pela deficiência visual (137) e mental

(114).

Quadro n.º 24 – População Residente com Deficiência, Segundo o Tipo de Deficiência e Sexo

Unidade Geográfica

Sem Deficiência

Com Deficiência

Total Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral

Outra

HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H

Conc. de Arganil 12944 6142 679 379 80 36 137 65 213 140 114 61 22 12 113 65

Dist. de Coimbra 32582 17118 32582 17118 4140 2196 8022 3847 8228 4689 3543 1840 686 367 7963 4179

Fonte: INE, Censos 2001 (Resultados Definitivos)

8.3 | População com Demências

Quadro n.º 25 - População com Demência registada nas IPSS do Concelho, em Julho de 2010

Instituição

Demência Défice

Cognitivo

Alzheimer Parkinson Esquizofrenia Foro

Psiquiátrico

Sindroma

Down

Total

Assistência Folquense 3 3 4 1 2 13

C.S.P.

Benfeita

2 2

Casa do Povo

Cerdeira e Moura da Serra

4

4

5

13

C. S. P.

Anseriz

1 1

C. S. P.

Sarzedo

3 6 9

C.S. P. Côja 4 3 1 8

S.C.M. Vila

Cova de Alva

1 1

S.C.M. de Arganil 48 48

Total 63 3 17 6 2 3 1 95

Fonte: Dados fornecidos pelas IPSS (Julho 2010)

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

76

8.4 | Toxicodependência

Quadro N.º 26 - Indivíduos indiciados com processos de contra-ordenação por Consumo

de Drogas Ilícitas do Concelho De Arganil

Dados de Consumos de Toxicodependência

Anos

N.º de Indivíduos

2001 0 2002 1 2003 0 2004 3 2005 4 2006 6 2007 7 2008 1 2009 11

Julho 2010 5 Total 38

Fonte: Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência Como se pode observar no quadro a maior percentagem de indivíduos com processos de

contra-ordenação por consumo de drogas ilícitas, especialmente de haxixe, situa-se no grupo

etário dos 20 aos 24 anos com 47,4%, seguindo-se o grupo etário dos 16 aos 19 anos de idade

com 34,2%.

A entidade sinalizadora é em regra a GNR.

Grupo Etário

Entidades Sinalizadoras

GNR PSP Ministério Público

PJ Total

[16 – 19 Anos] 10 0 3 0 13 [20 – 24 Anos] 11 3 4 0 18 [25 – 29 Anos] 0 1 0 0 1 [30 – 34 Anos] 0 1 0 0 1 [35 – 39 Anos] 2 1 1 1 5

TOTAL 23 6 8 1 38

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

77

7.5 | Violência Doméstica – Dados Gerais

De acordo com os dados registados pela GNR de Arganil, foram registados no Posto, os

seguintes dados sobre a Violência Doméstica:

Quadro n.º 27 – N.º Sinalizações – Violência Doméstica

Ano Nº Sinalizações

2008 56

2009 27

2010 (1º semestre) 18

TOTAL 101

Fonte: Posto Territorial da GNR de Arganil

a) Tipo de Violência:

Quanto ao tipo de violência, essencialmente trata-se de casos de ofensas à integridade

física Simples (96%), havendo a registar 2 casos em que houve ameaça com arma de fogo. Os

restantes casos cerca de 4%, sob a forma de coação/ameaça psicológica.

b) Caracterização das vítimas:

Quanto ao tipo de vitimas, na grande maioria são do sexo feminino, havendo a registar 3

casos do sexo masculino, e duas situações contra menores (2008/2010).

Quanto ao extracto social, os casos registados, aconteceram em famílias de fracos

recursos económicos, em que o álcool se encontra associado.

c) Faixa Etária:

A faixa etária mais predominante na violência doméstica ronda os 40 a 50 anos.

d) Incidência por freguesias:

Quanto ao local e freguesias em que houve mais casos registados, normalmente as

situações de violência ocorreram no interior da residência, sendo as freguesias de Arganil/Coja e

Pombeiro da Beira, onde ocorreram mais casos.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

78

9 | Caracterização Geral das Respostas /Equipamentos Sociais

A identificação dos recursos locais representa um indicador fundamental na definição de

problemas e necessidades territoriais, pelo que será caracterizado, de forma genérica, as

respostas/equipamentos sociais disponíveis no concelho de Arganil.

Tabela nº 29 | Capacidade das Respostas Sociais, por concelhos do Pinhal Interior

Norte (PIN)

Fonte: Carta Social 2009; Dados Estatísticos de 2008, dos Distritos de Leiria

e Coimbra

O Concelho de Arganil tem os dados actualizados a Janeiro de 2010

CCoonncceellhhoo Creche CAO CATL Centro

de Dia

Lar de

Idosos

UCC

Serviço

Apoio

Domiciliário

(Idosos)

Serviço

Apoio

Dom.

(deficiênci

a)

Lar

Residen

cial

Centro

de

Noite

Apoio

Domiciliário

Integrado

(Situação

Dependência

)

Centro de

Atendimento e

Acompanhamento

Psicossocial a

pessoas poradoras

VIH/Sida e suas

famílias

Interven

ção

Precoce

Lar de

Apoio

Centro de

Atendimento

e

Acompanha

mento

Psicossocial

Atendim

ento e

Acompa

nhamen

to

Social

TOTAL

AALLVVAAIIÁÁZZEERREE 53 210 20 163 217 663

AANNSSIIÃÃOO 155 15 95 205 202 672

AARRGGAANNIILL 93 30 190 581 192 24 385 13 35 1543

CCAASSTTAANNHHEEIIRRAA

DDEE PPÊÊRRAA 25 40 70 63 42 12 252

FFIIGGUUEEIIRRÓÓ DDOOSS

VVIINNHHOOSS 35 30 338

GGÓÓIISS 45 70 185 160 180 640

LLOOUUSSÃÃ 148 120 429 145 70 247 84 10 50 7 15 1325

MMIIRRAANNDDAA DDOO

CCOORRVVOO 128 45 44 612

OOLLIIVVEEIIRRAA DDOO

HHOOSSPPIITTAALL 336 765 395 351 448 2295

PPAAMMPPIILLHHOOSSAA

DDAA SSEERRRRAA 65 290 133 295 2 785

PPEEDDRROOGGÃÃOO

GGRRAANNDDEE 35 85 70 49 239

PPEENNEELLAA 73 70 105 112 90 22 472

TTÁÁBBUUAA 134 225 170 205 734

VVIILLAA NNOOVVAA DDEE

PPOOIIAARREESS 84 60 62 110 55 26 397

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

79

Tabela nº 30 | Capacidade de Respostas Sociais do Concelho, por Freguesia

Fonte: ISS, I.P. – Carta Social 2009 e Equipamentos

___________________________________________________________________________ 1) Freguesia de Moura da Serra – Encontra-se com cobertura Institucional – abrangendo as freguesias: Cerdeira e Moura da

Serra – prestada pela “ Casa do Povo de Cerdeira e Moura da Serra”;

2) Casal de Idosos (Ribeiro) – Apoiados pelo Centro Social da Freguesia de Cepos;

3) Freguesia de Colmeal – Dada a proximidade é apoiada pelo Centro Social da Freguesia de Cepos

Freguesias Creche Atendimento/

Acompanhamento

Social CATL

SAD

(Idosos) C. Dia

Lar de

Idosos CAO

Centro de

Noite UCC Total

Anseriz 10 20 30

Arganil 35 220 30 65 95 30 24 499

Barril de Alva 35 45 80

Benfeita 35 75 110

Celavisa

Cepos 12 35 47

Cerdeira 35 40 40 11 13 139

Coja 23 90 30 66 40 249

Folques 25 35 50 40 150

Moura da Serra 1

Piódão 5 15 20

Pomares 40 30 70

Pombeiro da Beira

40 30 70

S. Martinho da Cortiça

20 40 60

Sarzedo 35 60 25 35 17 172

Secarias 41 41

Teixeira 2) 1 1

Vila Cova do Alva

25 35 60

Malhadas 3) 2 2

TTOOTTAALL 9933 3355 339955 338855 662222 220033 3300 1133 2244 11880000

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

80

Tabela nº 31| Equipamentos de Creches do concelho, Rede solidária e Rede Lucrativa

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Casa da Criança de Arganil Fundação Bissaya

Barreto

Bairro do Prazo

3300-017 Arganil

35

35

07:45 – 19:00

Creche

Centro Social e

Paroquial de Coja

Av. Padre José Vicente

3306-909 Coja 23 19

07:30 – 18:30

Creche

Centro Social

Paroquial de Sarzedo

Rua Beatriz Piedade das

Neves -Sarzedo

3300-405 Sarzedo AGN

35 32

07:30 – 19:00

TOTAL 93 86

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos

Tabela nº 32 | Equipamentos de Centro de Actividades de Tempos Livres

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Centro de Actividades de

Tempos Livres de Arganil

Santa Casa da

Misericórdia de

Arganil

Rua Comendador Cruz

Pereira

3300-034 Arganil

60 63 08:00 – 19:00

ATL da Escola Secundária de

Arganil

Caritas Diocesana de

Coimbra

Av. das Forças Armadas –

Apartado 8

3304-953 Arganil

80 48 09:00 – 17:00

ATL da Escola 2,3 de Arganil

Bairro do Prazo, Ap.18 –

3300 Arganil 80 55 09:00 – 17:00

Centro ATL de Coja Escola Básica 2.3 Prof.

Mendes Ferrão 3305 Coja 45 16 07:30 – 17:00

Centro de Actividades de

Tempos Livres de Coja

Centro Social e

Paroquial de Coja

Av. Padre José Vicente

3306-909 Coja 45 16 07:30 – 18:30

Centro de Actividades de

Tempos Livres de Folques Assistência Folquense Rua José Simões Gouveia 25 17 07:30 – 18:30

Centro de Actividades de

Tempos Livres de Sarzedo

Centro Social

Paroquial de Sarzedo

Rua Beatriz Piedade das

Neves -Sarzedo

3300-405 Sarzedo AGN

60 27 07:30 – 19:00

TOTAL 395 242

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

81

Tabela nº 33 | Lar de Idosos

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Lar de Idosos da Santa Casa da

Misericórdia de Arganil

Santa Casa da

Misericórdia de

Arganil

Rua Comendador Cruz

Pereira

3300-034 Arganil

95

95

24 horas

Lar de Idosos Casa do Povo de

Cerdeira e Moura da Serra

Casa do Povo de

Cerdeira e Moura da

Serra

Cerdeira

3305-050 Cerdeira 11 11 24 horas

Lar de Idosos do Centro Social

Paroquial de Coja Centro Social

Paroquial de Coja

Rua D. Ernesto Sena de

Oliveira

3305-145 Coja

40

40

24 horas

Lar de Idosos da Assistência

Folquense Assistência

Folquense

Rua José Simões

Gouveia 300-270

Folques

40

40

24 horas

Lar de Idosos do Centro Social

Paroquial de Sarzedo

Centro Social

Paroquial de

Sarzedo

Rua Beatriz Piedade das

Neves -Sarzedo

3300-405 Sarzedo AGN

17

18

24 horas

TOTAL 192 193

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

82

Tabela nº 34 | Equipamento de Centro de Dia

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Centro de Dia de Anseriz Centro Sócio-Cultural de

Anseriz

Rua Liga de Melhoramentos, 8 - 33 20 20 08:30 – 17:30

Centro de Dia de Arganil Santa Casa da Misericórdia

de Arganil

Rua Comendador Cruz Pereira -

3300-034 Arganil

50 42 08:00 – 21:00

Centro de Dia de Secarias

41 14

Centro de Dia de Barril de Alva

Associação Humanitária e

Social da Casa do Povo de

Barril de Alva

Barril de Alva

3305-020 Ba 45 40 08:30 – 17:30

Centro de Dia de Benfeita

Centro Social Paroquial de

Benfeita

Benfeita

3305-031 Benfeita 75 67 08:30 – 18:00

Centro de Dia de Cepos

Centro Social da Freguesia

de Cepos

Cepos

3300 Cepos 35 35 09:00 – 17:30

Centro de Dia de Cerdeira e

Moura da Serra

Casa do Povo de Cerdeira e

Moura da Serra

Cerdeira

3305-050 Cerdeira 40 25 08:00 – 17:30

Centro de Dia de Coja

Centro Social Paroquial de

Coja

Rua D. Ernesto Sena de Oliveira -

3305-145 Coja

66 42 09:00 – 19:00

Centro de Dia de Piódão 15 15 08:00 – 16:00

Centro de Dia de Folques Assistência Folquense

Rua José Simões Gouveia –3300-

270 Folques

50 10 09:00 – 18:00

Centro de Dia de Torrozelas 15 12 09:00 – 18:00

Centro de Dia de Pomares

Caritas Diocesana de

Coimbra

R. Engº Horácio de Moura 3305-259

Pomares 30 15 08:30 – 17:30

Centro de Dia de Sarnadela Pombeiro da Beira

3300-318 Pombeiro da Beitra 30 19 08:30 – 17:30

Centro de Dia de S. Martinho

da Cortiça

Largo da Igreja

3300-367 S. Martinho da Cortiça 40 19 08:30 – 17:30

Centro de Dia de Sarzedo

Centro Social Paroquial de

Sarzedo

Rua Beatriz Piedade das Neves -

Sarzedo

3300-405 Sarzedo AGN

35 26 08:30 – 18:00

Centro de Dia de Vila Cova do

Alva

Santa Casa da Misericórdia

de Vila Cova do Alva

Rua Bento Susano

3305-285 Vila Cova do Alva 35 17 08:30 – 18:00

TOTAL 622 412

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos e dados fornecidos pelas IPSS´S - 2010

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

83

Tabela nº 35 | Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos)

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Anseriz

Centro Sócio-Cultural de

Anseriz

Rua Liga de Melhoramentos, 8 - 33 10 10 8:30 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Arganil

Santa Casa da Misericórdia de

Arganil

Rua Comendador Cruz Pereira -

3300-034 Arganil 25 25 * 8:30 – 18:00

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) Barril de Alva

Associação Humanitária e

Social da Casa do Povo de

Barril de Alva

Barril de Alva

3305-020 Barril de Alva 35 30 08:30 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Benfeita

Centro Social Paroquial de

Benfeita

Benfeita

3305-031 Benfeita 35 29 08:30 – 18:00

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Cepos

Centro Social da Freguesia de

Cepos

Cepos

3300-222 Cepos 15

12 09:00 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) Teixeira 1 09:00 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(idosos) Malhada – Colmeal

2 09:00 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Cerdeira e Moura

da Serra

Casa do Povo de Cerdeira e

Moura da Serra

Cerdeira

3305-050 Cerdeira 40 35 08:00 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Coja

Centro Social Paroquial de Coja

Rua D. Ernesto Sena de Oliveira -

3305-145 Coja 30 28 07:30 – 18:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Piódão

Piódão

6285 – 018 Piódão 5 5 08:00 – 16:00

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Folques Assistência Folquense

Rua José Simões Gouveia –3300-

270 Folques

35 25 09:00 18:00

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Torrozelas 5 5 09:00 – 18:00

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Pomares

Caritas Diocesana de Coimbra

R. Engº Horácio de Moura 3305-259

Pomares 40 23 08:30 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Sarnadela

Pombeiro da Beira

3300-318 Pombeiro da Beitra 40 23 08:30 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de S. Martinho da

Cortiça

Largo da Igreja

3300-367 S. Martinho da Cortiça 20 21 08:30 – 17:30

Serviço de Apoio Domiciliário Centro Social Paroquial de Rua Beatriz Piedade das Neves - 25 10 08:30 – 18:00

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

84

(Idosos) de Sarzedo Sarzedo Sarzedo

3300-405 Sarzedo AGN

Serviço de Apoio Domiciliário

(Idosos) de Vila Cova do Alva

Santa Casa da Misericórdia de

Vila Cova do Alva

Rua Bento Susano

3305-285 Vila Cova do Alva 25 25 08:30 – 18:00

TOTAL 385 309

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos

• Dos 25 utentes – 5 utentes são apoiados pela Santa Casa M. de Arganil, oriundos da

Freguesia de Celavisa

Tabela nº 36 | Centro de Actividades Ocupacionais

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Centro de Actividades

Ocupacionais

APPACDM de

Arganil

Rua Comendador Cruz

Pereira

3300-034 Arganil

30

28

08:30 – 17:30

Total 30 28

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos

Tabela nº 37 | Centro de Noite

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Cento de Noite Casa do Povo de Cerdeira e

Moura da Serra

Cerdeira

3305-050 Cerdeira

13

13

18:00 – 10:00

Total 13 13

Fonte: Carta Social 2009 e Equipamentos

Tabela nº 38 | Atendimento / Acompanhamento Social

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Atendimento/Acompanhamento

Social

Casa do Povo de Cerdeira e

Moura da Serra

Cerdeira

3305-050 Cerdeira 35 32

09:00 – 17:00

Total 35 32

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

85

Tabela nº 39 | Unidade de Cuidados Continuados

EEqquuiippaammeennttoo Instituição Morada Capacidade Utentes Horário

Unidade de Cuidados

Continuados

Santa Casa da Misericórdia

de Arganil (Hospital Dr.

Fernando do Vale)

Rua Comendador Cruz

Pereira – 3300-034 Arganil 24 24

24 horas

Total 24 24

9.1 | Equipamentos e Respostas para a Reabilitação e Integração de Pessoas com

Deficiência

A APPACDM de Arganil possui 3 valências: CAO – Centro de Actividades Ocupacionais,

Formação Profissional e CRI – Centro de Recursos Educacionais para a Inclusão, em parceria

com os Agrupamentos de Arganil e Côja, e escola Secundária de Arganil.

a) Centro de Actividades Ocupacionais – CAO

- Esta valência conta com 28 utentes, 15 do género masculino e 13 do género feminino,

com idades compreendidas dos 19 aos 63 anos.

Distribuição por idades: Idades 19 21 22 23 25 26 28 29 30 31 34 35 37 40 42 46 48 52 57 63 Nº 2 1 3 1 2 2 3 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Distribuição por Freguesias: Freguesias Nº Arganil 7 Sarzedo 5 Mouronho (Tábua) 3 Vila Cova do Alva 1 Côja 4 São Martinho da Cortiça 2 Tábua 4 Folques 1 Secarias 1 TOTAL 28 Fonte: APPACDM (2010)

b) Formação Profissional

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

86

- Esta valência tem 9 utentes, 5 do género masculino e 4 do género feminino, com idades

compreendidas entre os 17 e os 27 anos.

Distribuição por idades: Idades 17 18 19 20 22 27 Nº 1 1 2 2 2 1 Distribuição por localidades: Freguesias Nº Sanguinheda (S. Martinho da Cortiça) 3 Sarzedo 2 Pombeiro da Beira 1 Vila Cova do Alva 1 Rochel (Arganil) 1 Chapinheira (Pombeiro da Beira) 1 Total 9

c) Centro de Recursos Educacionais – CRI

- O CRI acompanha 30 alunos, 21 são do género masculino e 9 do género feminino, com

idades compreendidas entre 5 e os 18 anos.

Distribuição por idades: Idades 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Nº 1 1 2 1 3 4 4 4 1 1 2 3 2 1

Distribuição por freguesias: Freguesias Nº Arganil 19 São Martinho da Cortiça 1 Sarzedo 2 Mouronho – Tábua 1 Secarias 1 Sarnadela – Pombeiro da Beira 1 Côja 4 Pomares 1 Total 30

Em síntese:

Verifica-se que no concelho de Arganil não existe nenhuma residência para idosos.

Relativamente às pessoas adultas em situação de dependência não existe qualquer tipo

de resposta quer ao nível de apoio domiciliário integrado quer ao nível da unidade de

apoio integrado.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

87

Na área das pessoas adultas com doença de foro mental ou psiquiátrico, também, não

existem respostas sociais nomeadamente ao nível da unidade de vida apoiada, unidade

de vida protegida e fórum sócio-ocupacional.

No que respeita à área da família e comunidade não existem no concelho de Arganil

respostas ao nível da família e comunidade em geral, pessoas com VIH/Sida e suas

famílias, pessoas toxicodependentes e para pessoas vitimas de violência doméstica.

1100.. AAmmbbiieennttee,, LLaazzeerr ee TTuurriissmmoo

O Município de Arganil na área do Ambiente, Qualidade da Água e Tratamento de

efluentes, tem desenvolvido as seguintes competências:

1- Organizar e manter actualizado o cadastro das redes de abastecimento de água

municipais, para fins de conservação, estatística e informação;

2- Assegurar o cumprimento do programa de recolha de amostras de água para análises

físico-químicas e bacteriológicas e o estabelecimento das medidas de correcção que se

imponham, para assegurar a qualidade da água;

3- Proceder a uma recolha de dados periódicos com vista a possibilitar uma regular

quantificação dos custos relativos a recursos humanos no âmbito das Águas – Vigilância,

Manutenção e Obras;

4- Elaborar o cadastro dos equipamentos de abastecimento de água;

5- Organizar e manter actualizado o cadastro das redes de esgoto municipais, para fins de

conservação, estatística e informação;

6- Manter actualizado o cadastro dos equipamentos de tratamento de águas residuais;

7- Inspeccionar periodicamente os sistemas promovendo medidas necessárias à sua

conservação;

8- Proceder a uma recolha de dados periódicos com vista a possibilitar uma regular

quantificação dos custos relativos a recursos humanos no âmbito do Saneamento – Vigilância e

Obras.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

88

No âmbito do Centro Municipal de Recolha Animal: 1- Recolha e acolhimento de animais

vadios e perigosos; 2- Reabilitação de animais, tendo em vista a sua reintegração no ambiente

original ou doação.

No âmbito da Estratégica de Desenvolvimento Sustentável:

1- Colaborar na execução de medidas que visem a defesa e protecção do meio ambiente,

designadamente contra fumos, poeiras e gases tóxicos e qualidade do ar interior;

2-Colaborar na avaliação do impacto ambiental de projectos ou planos que, pela sua

natureza, possam influenciar directa ou indirectamente a qualidade de vida da população;

3- Propor medidas pró-activas em apoio à sustentabilidade, no espírito da Agenda 21 Local.

No âmbito da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos:

1- Promover medidas de sensibilização junto da população e dos agentes económicos para

a necessidade do acondicionamento adequado dos resíduos sólidos urbanos;

2- Promover acções de sensibilização para a recolha selectiva, tendo em vista a Redução,

Reutilização e Reciclagem.

3- Promover melhoria contínua do sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos no

Concelho, em parcerias com as Juntas de Freguesia.

O Concelho de Arganil beneficia de um Património Natural importante na promoção

de eventos de desporto automóvel e ainda em termos de riqueza paisagística, genuidade da flora

e fauna com elevado potencial de exploração científica e turística, na Mata da Margaraça e o seu

Centro de Interpretação – ICNB), Fraga da Pena. O relevo é acidentado que permite desfrutar a

paisagem serrana.

Exemplos dessa paisagem são as aldeias do Piódão e da Benfeita, caracterizadas pelos

percursos pedestres, Aldeias de Xisto, artesãos e suas oficinas, Centro Interpretativo de Arte

Rupestre de Chãs d´Égua, paisagem de Socalcos da Serra do Açor, praias fluviais várias.

Caracterizando-se por uma área de baixa densidade, com reduzido nível de

urbanização e poluição. Tendo a possibilidade de valorização dos produtos e competências

endógenos, criando novos produtos e proporcionando uma nova dinâmica e interesse ao

concelho.

Arganil tem uma tradição muito longa de organização de uma etapa prestigiada do

Rally de Portugal. Mais recentemente, a organização de outros eventos relacionados com o

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

89

desporto automóvel tem mantido a tradição e contribuído para a Associação dos Eventos do

desporto automóvel à marca “ Arganil”.

Em termos de animação na vila e freguesias, são vários os eventos que durante o

ano trazem múltiplos visitantes: concertos, feiras, entre outros.

O Concelho dispõe de 2 estabelecimentos classificados no Turismo de Portugal com um

total de 116 camas, 68 das quais no Hotel de Arganil (3 estrelas). Na aldeia histórica do Piódão

existem dois estabelecimentos de Turismo em Espaço Rural

1111.. AAssppeeccttooss DDiiffeerreenncciiaaddoorreess ddoo CCoonncceellhhoo

O concelho de Arganil, simultaneamente perto e longe dos grandes pólos populacionais e

centros urbanos nacionais, com especial ênfase para Coimbra e Lisboa, facto que se apresenta

com uma oportunidade estratégica na captação de fluxos turísticos.

A proximidade a um importante pólo populacional e de concentração de serviços de

suporte de base urbana, mas em perda evidente de efectivos populacionais, com uma população

em busca de alternativas habitacionais e de fixação. Também a proximidade ao pólo universitário

de Coimbra, enquanto ponto de partida de desenvolvimento de uma estratégia de reforço da

qualificação dos respectivos recursos humanos.

A inserção numa região com dinâmicas turísticas, importantes, na qual poderá assumir

relevância, nomeadamente em sectores de nicho.

A crescente sofisticação e grau de exigência dos consumidores propiciam a oportunidade

de qualificação e diferenciação por excelência no âmbito dos produtos turísticos mais explorados

na região:

a) Condições excelentes para a realização de turismo de natureza e aventura;

b) Touring cultural em torno das aldeias históricas e de xisto, do património

arqueológico e do património natural já desenvolvido.

Este património natural e paisagístico de relevo, com áreas protegidas de elevado valor

patrimonial: Reserva Natural e Reserva Biogenética do Conselho da Europa e Reserva de Recreio

da Fraga da Pena (Serra Açor).

Matriz rural preservada nos seus valores, saberes e sabores, aliada à hospitalidade

(tradição e bem receber) e segurança, permitem desenvolver o produto do Turismo Rural e

proporcionam um importante clima de segurança e tranquilidade.

Existência de produtos Turísticos num patamar razoavelmente avançado de maturação

(Aldeias Históricas e de Xisto).

Notoriedade de Arganil, relacionada com eventos como o Rally de Portugal.

Potencialidades Gastronómicas com grande variedade de produtos endógenos.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

90

Bom apetrechamento do Concelho em termos de Equipamentos Sociais, com efeitos ao

nível da actividade Turística.

Forte ligação dos emigrantes de Arganil à sua terra Natal, que tem permitido o

desenvolvimento do Concelho nas últimas décadas.

Atracção de imigrantes da Comunidade Europeia que nos últimos anos têm fixado a sua

residência a fim de beneficiarem de uma ambiência rural e da paisagem natural verdejante.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

91

Cap. II – Pobreza e Exclusão Social no Concelho de Arganil, a dimensão de

um território

1. Pobreza e Exclusão Social:

dimensões / sub-dimensões de análise

Com o desenvolvimento do programa Rede Social que visa a articulação e congregação de

esforços por parte dos parceiros sociais com o objectivo principal da erradicação da pobreza e da

exclusão social com vista ao desenvolvimento social, pretende-se que haja uma consciência

colectiva dos problemas sociais de modo a contribuir para a activação das respostas e meios de

acção nos locais. Para que se possa fazer esse trabalho é fundamental perceber quais os

fenómenos de pobreza e exclusão social que caracterizam os concelhos. O que se segue é uma

descrição das tipologias das situações de inclusão e exclusão social.

Para Paugam1 as situações de pobreza podem ser de três tipos: pobreza integrada, pobreza

marginal e pobreza desqualificante. A pobreza integrada caracteriza-se pelo elevado número de

pobres nas sociedades e por isso não está associado a um estatuto desqualificante, uma vez que

a maioria da população tem o estatuto de pobre. Apesar do nível de vida das famílias ser baixo

elas continuam inseridas nas redes sociais que são organizadas em torno da família, do bairro ou

da comunidade. A pobreza marginal diz respeito a um grupo restrito da população que não se

conseguiu adaptar ao desenvolvimento industrial. Como este tipo de pobreza se reporta a apenas

uma franja da população o seu estatuto social é desvalorizado e a relação com a sociedade é feita

através de instituições e profissionais da área do social.

A pobreza desqualificante remete para um grupo mais numeroso, em comparação com a

pobreza marginal, em que os indivíduos que são rejeitados da esfera produtiva se encontram

dependentes das instituições sociais.

Verifica-se que existe um contraste cada vez mais acentuado entre pobres e não pobres.

Estes continuam a ter acessos a todos os tipos de recursos quer materiais quer financeiros,

enquanto que os pobres se vêm privados de recursos, infraestruturas básicas, equipamentos

colectivos e de serviços públicos.

1 O estudo sobre a Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental faz referência a este autor.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

92

Para fazer a análise dos problemas existentes em cada concelho do distrito de Coimbra as

dimensões de análise consideradas foram a privação económica, desqualificação social objectiva

e a desafiliação. A noção de privação económica diz respeito ao acesso dos indivíduos a recursos

materiais de maneira a que a população tenha acesso a recursos com os quais consiga manter as

condições de vida socialmente aceites. A desqualificação social caracteriza a população que é, de

alguma forma, excluída ou considerada pobre devido a circunstâncias pessoais e sociais e que

têm algumas dificuldades nas áreas da educação, saúde, emprego e habitação. A desafiliação

enfatiza mais a questão do laço social, ou seja, o papel dos corpos intermédios e das

solidariedades formais e informais nos processos de ruptura ou protecção dos indivíduos. Esta

dimensão comporta, ainda, a questão do isolamento social e da institucionalização de idosos,

crianças e indivíduos detidos.

A descrição das situações tipo de inclusão/exclusão pode-se fazer através da caracterização

dos territórios, como tal, existem seis tipos de territórios2: territórios moderadamente inclusivos

(tipo 1), territórios de contraste e base turística (tipo 2), territórios ameaçadores a atractivos (tipo

3), territórios envelhecidos e desertificados (tipo 4), territórios industriais com forte desqualificação

(tipo 5) e territórios envelhecidos e economicamente deprimidos (tipo 6). Os territórios de tipo 1

são caracterizados por níveis de inclusão muito positivos nas áreas da educação e na integração

no mercado de trabalho, ou seja, territórios em que existem baixas taxas de abandono escolar, de

saída antecipada e baixo desemprego. Os territórios de tipo 2 apresentam, também, níveis

elevados de inclusão nas áreas da educação e do emprego, mas apresentam alguns factores de

risco, nomeadamente a elevada taxa de criminalidade, condições de alojamento deficiente e

traços de vulnerabilidade à exclusão no que respeita à população estrangeira.

Relativamente aos territórios de tipo 3 também apresentam níveis bastante positivos de

inclusão nas áreas da educação e emprego mas o que o distingue é a situação favorável em

termos de rendimento e consumo. As condições desfavoráveis neste tipo de território são os riscos

efectivos que engloba a elevada taxa de criminalidade e as más condições de alojamento. As

situações de vulnerabilidade à exclusão dizem respeito à parcela elevada da população

estrangeira e à percentagem de famílias monoparentais e de avô ou avó a viver com netos.

Os territórios envelhecidos e desertificados (tipo 4) apresentam como traços de inclusão a

fraca criminalidade, as condições de habitação e a prestação de serviços de acção social, no

entanto, os traços de exclusão estão associados ao envelhecimento da população onde se verifica

um grande desequilíbrio entre o número de pensionistas e da população empregada. Os territórios

de tipo 5 apresentam como condições favoráveis à inclusão a baixa institucionalização, baixa

percentagem de pessoas com deficiência, baixa taxa de analfabetismo e grande peso de famílias

2 Tipificação das Situações de Exclusão em Portugal Continental.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

93

numerosas. Os factores de risco sobrepõem-se aos traços de inclusão, nomeadamente no que diz

respeito ao acentuado défice de integração escolar e de qualificações.

É, ainda, de salientar que os rendimentos e as prestações de acção social estão abaixo dos

valores médios nacionais. Relativamente ao último tipo de territórios a baixa criminalidade e a

percentagem reduzida de população estrangeira são factores facilitadores da inclusão.

Os riscos de exclusão dizem respeito aos défices de integração familiar, de formação escolar

e de integração no mercado de trabalho. A pobreza é um sinal evidente de exclusão caracterizada

pela elevada percentagem dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) e do baixo

valor médio das pensões.

2. PNAI 2008 - 2010:

prioridades e estratégias definidas

Uma das prioridades estratégicas da União Europeia e de cada um dos Estados membros é a

promoção da inclusão social. O Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI) 2008-2010 toma

como fundamental uma estreita articulação em diversas áreas de intervenção de modo a combater

a pobreza e a exclusão social.

Os principais eixos estratégicos de intervenção procuram fazer face ao impacto das alterações

demográficas, nomeadamente apoiando a natalidade e a infância, conciliação entre a actividade

profissional e a vida pessoal e familiar, promoção de um envelhecimento activo com qualidade e

prevenir e apoiar as situações de dependência. O segundo eixo estratégico está relacionado com

a promoção da inclusão social tentando reduzir as desigualdades existentes nas sociedades. O

que se pretende com este eixo estratégico é melhorar as condições de vida em territórios mais

vulneráveis, favorecer a inclusão social de grupos específicos, principalmente pessoas com

deficiências ou incapacidades, imigrantes e minorias étnicas e pessoas sem-abrigo e promover a

inclusão social activa.

Pretende-se uma garantia de acessibilidade de todos os indivíduos aos recursos, aos bens,

direitos e serviços, bem como da adaptação das políticas à evolução das necessidades e

exigência dos indivíduos assim como das sociedades modernas. A promoção de uma utilização

racional dos recursos com vista à sustentabilidade e viabilidade financeira dos sistemas no longo

prazo é, também, uma das estratégias delineadas. O PNAI 2008-2010 estabeleceu no âmbito das

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

94

prioridades e instrumentos que as políticas de igualdade de oportunidades entre homens e

mulheres se encontram inscritas de forma transversal na estratégia nacional.

A questão do emprego também merece destaque no PNAI 2008-2010. Um desenvolvimento

sustentável que gira novos empregos cria melhores condições para que as políticas activas de

combate à pobreza e à exclusão sejam mais efectivas e obtenham melhores resultados.

Para reverter as desigualdades sociais e os problemas resultantes das alterações demográficas é

necessário criar uma observação contínua e um diagnóstico actualizado das sociedades de modo

a perceber as dinâmicas societais e os problemas já instalados.

O PNAI 2008-2010 estabelece prioridades para atenuar os problemas identificados na sociedade,

ou seja, a elaboração dos diagnósticos deve acompanhar as preocupações e debruçar-se sobre

as prioridades fundamentais que o PNAI identificou. O que se pretende com a estratégia delineada

para 2008-2010 é contribuir para promover a inclusão social e prevenir as situações de pobreza e

exclusão social através da pluralização de contributos e na diversificação dos campos de

intervenção.

Uma das prioridades do PNAI 2008-2010 é o reforço no combate à persistência do problema de

pobreza e exclusão social nas crianças e nos idosos, visando uma intervenção ao nível dos

rendimentos, da empregabilidade, da habitação e do território, ou seja, da promoção das

condições sociais direccionadas para os meios de suporte das crianças e idosos. A inserção

profissional de grupos desfavorecidos, nomeadamente através das políticas activas de emprego e

formação profissional, contribui para a criação de melhores condições de vida das famílias das

crianças em situação de pobreza.

Relativamente à população idosa as principais medidas são o reforço dos seus rendimentos bem

como uma maior consolidação à rede de equipamentos e serviços de modo a dar resposta às

suas necessidades. A requalificação habitacional também proporciona aos idosos melhores

condições de vida.

Os níveis de insucesso escolar, desqualificação e impreparação para o mundo laboral

progressivamente mais exigente também contribuem para aumentar a exclusão social, deste

modo, a estratégia do PNAI contempla e reforça medidas para enfrentar este problema,

nomeadamente acesso generalizado das crianças entre os três e os cinco anos à educação pré-

escolar e qualificação de jovens e adultos através da iniciativa novas oportunidades bem como da

qualificação de adultos em idade activa.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

95

A população imigrante e a população com deficiência também estão no leque das preocupações

da estratégia, promover a sua inclusão social é apontada como uma das estratégias para 2008-

2010. Reconhece-se a importância de medidas adicionais para a inserção das comunidades

ciganas nas áreas da educação, saúde, emprego e habitação. Pretende-se também uma

intervenção reforçada na população sem-abrigo promovendo respostas que se ajustem ao perfil

de défices evidenciados. De uma maneira geral, o que se pretende é a promoção de igualdades

de oportunidades nos diferentes grupos sociais que compõem a sociedade.

3.1| Rendimento Social de Inserção - RSI

O Rendimento Social de Inserção (RSI) foi instituído pela Lei nº13/2003, de 21 de Maio

e vem substituir a Rendimento Mínimo Garantido, define-se como uma medida de política visando

garantir às famílias mais pobres um rendimento que lhes permita aceder, por um lado, a um nível

mínimo de subsistência e de dignidade, e por outro, a condições e oportunidades básicas para o

início de um percurso de inserção social. O RSI é composto por duas vertentes: uma, consiste

numa prestação pecuniária; a outra, está relacionada com um programa de inserção sócio-

profissional que os beneficiários são obrigados a subscrever (excepto em geral por motivos de

idade ou saúde). Por outras palavras, pode-se descrever o RSI como “ uma prestação incluída no

subsistema de solidariedade e num programa de inserção, de modo a conferir às pessoas e aos

seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a

satisfação das suas necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral,

social e comunitária.”

Relativamente a esta prestação pecuniária, da medida RSI, no concelho de Arganil

regista como se pode observar nos gráficos abaixo, que em 2007 existiam 165 agregados

familiares, totalizando 482 indivíduos. Comparativamente aos anos subsequentes registou-se um

aumento significativo de agregados familiares a beneficiar desta prestação, registando um

aumento de 52 agregados familiares, em Maio de 2010, totalizando 583 indivíduos, ou seja um

aumento na ordem dos 31,5% de beneficiários de RSI.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

96

Gráfico n.º 27 – Evolução do número de agregados familiares com requerimento deferido não

cessado e não suspenso

165

181

205

217

2007

2008

2009

Mai-10

Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009) e Serviços Locais de segurança Social de Arganil (2010)

Gráfico n.º 28 – Evolução do número de beneficiários com requerimento deferido (não

cessado e não suspenso):

482 510 536583

2007 2008 2009 Mai-10

Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009) e Serviços Locais de segurança Social de Arganil (2010)

O quadro seguinte apresenta a taxa de beneficiários de RSI3 nos 2007, 2008 e 2009 face

ao total da população residente no concelho de Arganil. Verifica-se que a taxa de beneficiários no

concelho é bastante superior à do Distrito de Coimbra. O que significa que no concelho de Arganil

3 (Total de Beneficiários de RSI/Total da População) x100.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

97

o número de beneficiários é superior ao número de beneficiários no distrito, face aos totais da

população.

Quadro n.º 28- Taxas de Beneficiários de RSI (2007/2008/2009)

Unidade

Geográfica

Concelho de Arganil Distrito de Coimbra

Total da

população

Total de

Beneficiárias

Taxa de

Beneficiários

Total da

população

Total de

Beneficiárias

Taxa de

Beneficiários

2007 12.799* 482 3,8 434.311* 10.544 2,4

2008 12.667* 510 4,0 426.321* 14.286 3,3

2009 12.525* 536 4,3 424.609* 11.602 2,7

*Fonte: Estimativas da população INE 2007/2008/2009

Fonte: Serviços Locais de Segurança Social de Arganil / Fonte: ISS, I.P. C. Dist. de Coimbra (2009).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

98

Gráfico n.º 29 – Beneficiários de RSI, por ano, segundo os grupos etários

187

34

39

81

65

42

34

185

42

45

86

74

51

27

191

35

58

98

93

47

14

208

48

61

97

102

52

15

<18 anos

19-24 anos

25-34 anos

35-44 anos

45-54 anos

55-64 anos

> 65 anos

Mai-10

2009

2008

2007

Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009) e Serviços Locais de segurança Social de Arganil (2010)

Como se pode constatar, relativamente aos grupos etários existe um número significativo

de crianças e jovens com < 18 anos integrados em agregados familiares beneficiários desta

medida. Tendo este valor aumentado em Maio de 2010 relativamente a 2007,11,2%.

O grupo etário dos 35-44 anos e o grupo etário dos 45-54 anos representam um número

significativo de indivíduos adultos em idade activa a beneficiar desta prestação, tendo aumentado

19,7% e 56,9%, de 2007 para 2010 (Maio 2010), respectivamente.

O grupo etário mais velho dos > 65 anos de idade apresenta um decréscimo significativo

que ronda 55,9%, de 2007 para 2010 (Maio 2010), em parte devido ao deferimento de prestações

como a Reforma de Velhice, Pensão Social de Velhice e ao Complemento Solidário de Idosos.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

99

O quadro que se segue retrata a evolução do número de processos e o número de

pessoas abrangidas pela medida RSI, por freguesia.

Quadro n.º 29 - Distribuição de N.º de Processos Activos e N.º de Pessoas Abrangidas, por

Freguesia (1º Semestre de 2009 e 1º semestre de 2010)

Freguesias 1º Semestre de 2009 1º Semestre de 2010( Maio-2010) n.º de processos

activos n.º de pessoas

abrangidas n.º de processos

activos n.º de pessoas

abrangidas Anseriz 5 12 3 5 Arganil 72 117 70 200 Barril de Alva 6 20 7 24 Benfeita 3 5 7 22 Celavisa 0 0 3 4 Cepos 1 1 3 7 Cerdeira 4 10 4 10 Coja 14 20 21 34 Folques 1 1 0 0 Moura da Serra 1 1 0 0 Piódão 1 1 3 3 S. Martinho da Cortiça

18 48 21 57

Pomares 9 27 10 28 Pombeiro da Beira

29 80 34 90

Sarzedo 9 45 15 55 Secarias 4 16 5 17 Teixeira 2 4 2 4 Vila Cova de Alva

8 22 9 23

TOTAIS 187 430 217 583

Como podemos observar a freguesia de Arganil abrange o maior número de agregados

familiares e indivíduos quer no 1º semestre de 2009 quer no de 2010, relativamente às restantes

freguesias do concelho.

Pombeiro da Beira é a segunda freguesia com maior número de famílias e indivíduos

beneficiários de RSI, nos dois semestres referenciados seguindo-se a freguesia de S. Martinho da

Cortiça em terceiro lugar e em quarto lugar a freguesia de Côja.

As freguesias de Folques e Moura da Serra em 2010 não têm famílias beneficiárias de

RSI. Contrariamente a freguesia de Celavisa que em 2009 não tinha agregados beneficiários da

medida em 2010 apresenta 3 famílias.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

100

Quadro n.º 30 – Evolução do número de beneficiários, segundo o género:

Unidade

Geográfica

2007 2008 2009 Maio 2010

Género Género Género Género

F M F M F M F M

Concelho de Arganil 243 239 266 244 262 274 288 295

Totais 482 510 536 583

Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009).

Analisando a distribuição dos beneficiários por género, verifica-se que o valor do género

feminino se sobrepõe ao género masculino, em quase todos os anos excepto em 2009.

Fazendo uma análise dos agregados familiares, verifica-se quer em 2007 quer em 2008,

que a percentagem mais elevada das famílias beneficiárias corresponde à nuclear com filhos, 42%

e 40% respectivamente.

É de salientar que os agregados familiares de tipo isolado também apresentam uma percentagem

significativa, em 2007 18% e em 2008 22%.

Gráfico n. 30- Tipologia familiar, por ano 2007, 2008, 2009 e Maio 2010

Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2009).

Quadro – Agregados familiares por tipo de família

12

29

24

13

1

3

2

40

27

72

23

10

1

1

6

61

34

75

24

1

3

2

24

70

Alargada

Avós c/ netos

Desconhecido

Extensa

Isolada

Monoparental

Núclear c/ filhos

Núclear s/ filhos

Mai-10

2009

2008

2007

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

101

Analisando os agregados familiares mas relativos à sua dimensão constatamos que no

concelho de Arganil não existem muitas famílias numerosas beneficiárias do RSI, pelo contrário as

famílias mais reduzidas são as que mais beneficiam desta prestação. Os agregados familiares

compostos por apenas uma pessoa teve um aumento 31 famílias em 2007 e 43 em 2008.

Quadro n.º – Agregados familiares por dimensão do agregado

Ano

Dimensão do Agregado

1pessoa 2pessoas 3pessoas 4pessoas 5pessoas 6pessoas 7pessoas 8pessoas

2007 31 41 40 27 15 8 2 1

2008 43 43 40 29 14 9 3 0

2009

Mai-

2010

66 45 40 38 15 7 2

Fonte: ISS, I.P. CDist. de Coimbra (2010).

No que se refere à componente de inserção, em 2007 foram assinados 189 acordos de

inserção abrangendo 432 beneficiários. Comparativamente, em 2008, o número de acordos

assinados diminuiu para 183 abrangendo 400 beneficiários.

Comparando os acordos de inserção cessados em 2007 foram cessados 34 acordos o

que corresponde a 63 beneficiários. Em 2008 o número de acordos de inserção cessados foi de

apenas 8 tendo abrangido 20 beneficiários.

Se comparáramos com os anos transactos e à data de Maio de 2010, o número de

Acordos de Inserção Assinados aumentou para 217 contra 205 em 2009, abrangendo 536

beneficiários e 583 beneficiários, respectivamente. Um aumento de 5,8%. Relativamente ao

número de Acordos de Inserção Cessados este número sofreu uma diminuição

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

102

Quadro n.º 32– Evolução do número de Acordos de Inserção Assinados, Cessados e

Beneficiários abrangidos

2007 2008

Nº acordos

de inserção

assinados

Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção

Nº acordos

de inserção cessados

Nº beneficiários

com acordos de

inserção cessados

Nº acordos

de inserção

assinados

Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção

Nº acordos

de inserção cessados

Nº beneficiários

com acordos de

inserção cessados

189 432 34 63 183 400 8 20

2009 2010

Nº acordos

de inserção

assinados

Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção

Nº acordos

de inserção cessados

Nº beneficiários

com acordos de

inserção cessados

Nº acordos

de inserção

assinados

Nº beneficiários abrangidos nos acordos de inserção

Nº acordos

de inserção cessados

Nº beneficiários

com acordos de

inserção cessados

205 536 14 29 217 583 12 32

Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2007 e 2008.

Gráfico n.º 31 – Diferenciação por ano, do n.º de acordos assinados, beneficiários abrangidos, nº de

acordos de inserção cessados e n.º de beneficiários com acordos de inserção cessados

0

100

200

300

400

500

600

700

Nº Acordos deinserção assinados

Beneficiáriosabrangidos

Nº acordos deinserção cessados

Nº de beneficiárioscom acordos de

inserção cessados

2007

2008

2009

2010

Fazendo uma análise comparativa tendo em conta os beneficiários por sexo e grupos

etários a frequentar acções de inserção, conclui-se que houve uma diminuição quer do número de

homens quer do número de mulheres a frequentarem acções de inserção, ainda assim, continuam

a ser as mulheres as mais abrangidas pela contratualização.

Em Dezembro de 2007, 44% dos beneficiários a frequentarem acções de inserção se

encontram em idade activa (no âmbito dos parâmetros definidos pelo IEFP para encaminhamento

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

103

para emprego – idades entre 19-54 anos). Em Dezembro de 2008, essa percentagem aumentou

significativamente correspondendo a 52% do total da população beneficiária e a frequentar acções

de inserção.

Quadro n.º 33 – Beneficiários por sexo e faixa etária a frequentar acções de inserção

2007

0-5

6-18

19-24

25-34

35-44

45-54

55-64

>65

Total

H M H M H M H M H M H M H M H M H M

24 22 61 42 13 15 11 31 29 34 24 33 15 36 22 20 199 233

46 103 28 42 63 57 51 42 432

Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2007.

Quadro n.º 34 – Beneficiários por sexo e faixa etária a frequentar acções de inserção

2008

0-5

6-18

19-24

25-34

35-44

45-54

55-64

>65

Total

H M H M H M H M H M H M H M H M H M

22 14 45 46 17 11 10 31 26 48 31 33 14 23 15 14 180 220

36 91 28 41 74 64 37 29 400

Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2008.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

104

Quadro n.º 35 – Beneficiários por sexo e faixa etária a frequentar acções de inserção

2009

0-5

6-18

19-24

25-34

35-44

45-54

55-64

>65

Total

H M H M H M H M H M H M H M H M H M

22 14 45 46 17 11 10 31 26 48 31 33 14 23 15 14 180 220

36 91 28 41 74 64 37 29 400

2010

0-5

6-18

19-24

25-34

35-44

45-54

55-64

>65

Total

H M H M H M H M H M H M H M H M H M

22 14 45 46 17 11 10 31 26 48 31 33 14 23 15 14 180 220

36 91 28 41 74 64 37 29 400

Quadro n.º 36 – Acções contratualizadas, por área de inserção

Áreas de Inserção

N.º de Acções Contratualizadas

por ano

Educação Form. Prof. Emprego Saúde A. Social Habitação Total

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

Acç

ões

Con

trat

ualiz

adas

Acç

ões

Ces

sada

s

2007 106 14 53 4 123 21 284 42 313 33 12 0 891 114

2008 92 3 44 1 121 1 253 12 310 14 18 0 838 31 2009 138 5 85 5 178 4 427 15 143 16 62 5 1330 53

2010 55 9 108 3 197 14 502 33 490 26 76 9 1428 94

Fonte: Relatório de Execução Mensal – Inserção do RSI/Dezembro 2008.

Como podemos verificar relativamente às áreas de Inserção Contratualizadas no Acordo

de Inserção, em 2010, aparecemos a área da Saúde com 35,1%, seguindo-se a área da acção

Social com 34,3% e as áreas do Emprego e Formação Profissional com 13,7% e 7,5%,

respectivamente. Como podemos verificar relativamente às áreas de Inserção Contratualizadas no

Acordo de Inserção, em 2010, aparecemos a área da Saúde com 35,1%, seguindo-se a área da

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

105

acção Social com 34,3% e as áreas do Emprego e Formação Profissional com 13,7% e 7,5%,

respectivamente.

Quadro n.º 37 – Certificação escolar dos beneficiários de RSI

Escolaridade/

Grupo Etário

Analfabetos/Creche/pr

é-escolar

2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Licenciatura

Género Género Género Género Género

F M M F F M F M F M

0-5 18 30

6-9 23 27

10-12 19 23

13-15 2 1 20 26 3 5

16-18 4 2 6 12 1 1

19-24 1 1 6 6 8 11 8 7

25-34 3 3 20 8 10 1 4 1

35-44 6 10 26 27 6 6 2 2 1

45-54 13 13 31 38 5 3 3 0

55-65 6 7 17 16 0 1 1

» 65 7 4 1 1 0 0

Totais 94 118 125 124 38 39 18 11 0 2

Quadro n.º 38 – Frequência escolar dos beneficiários de RSI (dados de 2009, levantados em Janeiro de 2010 – fonte NLI Arganil)

Frequência Nível de

Educação/

Grupo Etário

1º e 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

Licenciatura Formação

Profissional/com

certificação escolar

Género Género Género Género Género

F M F M F M F M F M

10-12 30 28

13-15 5 5 32 26

16-18 9 10 8 13

19-24 4 5 4 17 9

25-34 1 2 2 1

35-44 5 2 1 1 7 6

45-54 1 1 2 2 5 4

55-65 2 2

» 65

Totais 42 36 49 38 18 17 1 0 31 19

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

106

33..22.. || AAccççããoo SSoocciiaall

Acção social, tem como objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações de

carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou

vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o

desenvolvimento das respectivas capacidades. Visa igualmente, assegurar especial protecção aos

grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos,

pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social. A

protecção da acção social realiza-se através da concessão de prestações pecuniárias, de carácter

eventual e em condições de excepcionalidade; prestações em espécie e acesso à rede nacional

de serviços e equipamentos sociais e/ou a programas de combate à pobreza, disfunção,

marginalização e exclusão sociais.

A Lei nº 32/2002, de 20 de Dezembro, que aprovou as Bases da Segurança Social,

estabelece no seu artigo 2º que o direito à Segurança Social é universal, ou seja, materializa-se

numa protecção social extensível a todas as pessoas e famílias. O direito à segurança social é,

assim, efectivado pelas instituições de segurança social, através do sistema de segurança social,

em estreita articulação com entidades particulares de fins análogos.

O Sistema de Acção Social prima pelos princípios da Universalidade, Diferenciação

Positiva, Solidariedade, Primado da Responsabilidade Pública, Complementaridade, Participação

e Informação.

Acção Social, tem como objectivos fundamentais a prevenção e reparação de situações

de carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou

vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das pessoas e o

desenvolvimento das respectivas capacidades. Visa igualmente, assegurar especial protecção aos

grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos,

pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social.

A protecção nas eventualidades a que se refere o Sistema de Acção Social, realiza-se,

nomeadamente, através da concessão de: prestações pecuniárias de carácter eventual e em

condições de excepcionalidade; prestações em espécie; Apoio Social; Acesso à Rede nacional de

Serviços e equipamentos Sociais; Apoio a Programas de Combate à Pobreza, Disfunção,

Marginalizações e Exclusão Social.

A implementação local do Sistema de Acção Social implica, portanto, linhas orientadoras

da Segurança Social e das Políticas Sociais Nacionais, conjugando com os Projectos Locais.

Nomeadamente o Plano Nacional de Acção para a Inclusão/PNAI, a Lei de Bases da Segurança

Social, o Plano Estratégico da Acção Social, guião operativo/ orientações técnicas para o

atendimento/acompanhamento social, elaborado pelo ISS, IP e demais legislação complementar

de medidas de inserção social e laboral, subjacentes a cada sujeito, família ou comunidade.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

107

Com a aprovação e implementação do Guião Operativo para o atendimento

/acompanhamento social, ISSS, 2004, o sistema de Acção Social e sua metodologia, levou à

uniformização de procedimentos e orientações técnicas para todos os intervenientes, numa lógica

especial de protecção aos grupos sociais mais vulneráveis.

Esta metodologia baseia-se no atendimento / acompanhamento social: “ intervenção

técnica qualificada e dinâmica, que tem como ponto de partida o pedido ou problema apresentado

e que aliado a outros modos, meios e estratégias de intervenção e com base na relação

interpessoal, possibilita o estudo, a análise e a interpretação diagnóstica, bem como a

programação de acções, o desenvolvimento da intervenção e a avaliação do processo.

Assenta em três modalidades de níveis de atendimento / acompanhamento:

- Atendimento em 1ª Linha ou Acolhimento Social, o qual implica a recepção do cidadão;

prestação básica de informação e orientação básica; recepção e a Triagem; selecciona as

situações-problema a acompanhar; em alguns casos dá respostas sociais;

- Atendimento em 2ª Linha ou Acompanhamento Social, que se refere: dá Respostas

Articuladas e qualificadas às Problemáticas Sociais Especificas; funciona complementarmente ao

Atendimento de 1ª Linha; é um Serviço especializado nas diversas áreas de Acção Social; tem

competências para contribuir para respostas articuladas e qualificadas às situações individuais e

familiares, bem como as problemáticas sociais específicas; funciona como consultoria

especializada aos pedidos de atendimento de 1ª Linha; encaminhamento a entidade recurso;

efectua Acompanhamento através de uma Intervenção Psicossocial;

- Atendimento em 3ª Linha ou Atendimento Especializado, que consiste num atendimento

que trabalha em concreto uma determinada vertente do problema detectado, no âmbito do

diagnóstico realizado durante o acompanhamento social/ intervenção psicossocial;

3.3| Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados – PCAAC

Foi criado pelo Regulamento (CEE) nº 3730, do Conselho, de 10 de Dezembro de 1987 e

está enquadrado por vários Regulamentos da Comissão.

A sua filosofia assenta em princípios humanitários, que devem nortear a respectiva execução

pelos países que a ele se candidatam.

Promovido e financiado pelo ISS, IP, dinamizado no Concelho em duas modalidades, para todas

as famílias/pessoas e instituições que se enquadrem nos Critérios de Elegibilidade aprovados por

Despacho de 06/02/96, do então Secretário de Estado da Inserção Social. Assim, para o ano de

2010 temos:

Entidades Beneficiárias: (Para consumo próprio da Instituição) | Centro Sócio –Cultural

de Anseriz, Santa Casa da Misericórdia de Arganil, Centro Social Paroquial de Benfeita, Casa do

Povo de Cerdeira e Moura da Serra, Centro Social Paroquial de Coja, Assistência Folquense,

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

108

Centro Social Paroquial de Sarzedo, Santa Casa da Misericórdia de Vila Cova do Alva, APPACDM

– Pólo de Arganil, Associação Humanitária e Social da Casa do povo do Barril de Alva..

Entidades Mediadoras: Preconiza a distribuição directa às famílias (comunidade).

Centro Sócio –Cultural de Anseriz, Centro Social Paroquial de Benfeita, Casa do Povo de Cerdeira

e Moura da Serra, Centro Social Paroquial de Coja, Assistência Folquense, Centro Social

Paroquial de Sarzedo, Santa Casa da Misericórdia de Vila Cova do Alva, APPACDM – Pólo de

Arganil, Associação Humanitária e Social da Casa do Povo de Barril de Alva, Município de Arganil

e Segurança Social.

As Instituições Concelhias poderão candidatar-se como entidades: Mediadoras e/ou

Beneficiárias, de acordo com os critérios de elegibilidade em vigor.

Tabela nº 40 | Quantidades de Bens atribuídos ao concelho de Arganil, para

Distribuição Directa às Famílias, em 2009

Produto (cx/un.) 1ª Fase 2ª Fase Total

Leite em Pó 97 66 163

Leite meio gordo 233 127 360

Leite achocolatado 94 66 160

Manteiga 98 65 163

Queijo Fatiado 123 73 196

Queijo Triângulos 20 20 40

Queijo com morangos 63 41 104

Sobremesa baunilha 101 87 188

Compota de morango 16 12 28

Esparguete 60 33 93

Pevide 20 20 40

Cotovelo 32 21 53

Macarrão 0 0 0

Bolacha Maria 22 22 44

Bolacha de Água e Sal 22 14 36

Farinha 57 40 97

Papa Láctea Farinha 12 0 12

Arroz doce 46 26 72

Arroz 319 175 494

Cereal Pequeno almoço 54 54 108

Açúcar 61 40 101

TOTAL 1550 1002 2552

Fonte: ISS,I.P. – CDSSC –UDS - NQFT

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

109

Tabela nº 41 | Nº de Agregados Familiares/Pessoas abrangidas na 1ª Fase/2009

Instituições Nº de Agregados Familiares

abrangidos Nº de Pessoas abrangidas

Centro Sócio-Cultural de Anseriz 6 12

APPACDM de Arganil 12 47

Santa Casa da Misericórdia de Arganil 2 10

Centro Social Paroquial Benfeita 3 10

Casa do Povo de Cerdeira e Moura da

Serra 4 8

Centro Social Paroquial de Coja 26 71

Assistência Folquense 7 23

Centro Social Paroquial de Sarzedo 4 14

Santa Casa da Misericórdia de Vila

Cova de Alva 3 11

Associação Humanitária e Social da

Casa do Povo de Barril de Alva 9 25

Serviço Local Arganil 55 172

Câmara Municipal Arganil 42 112

TOTAL 182 520

Tabela nº 42 | Nº de Agregados Agregados/Pessoas abrangidas na 2ª Fase/2009

Instituições Nº de Agregados

Familiares abrangidos Nº de Pessoas abrangidas

Centro Sócio-Cultural de Anseriz 6 12

APPACDM de Arganil 12 47

Santa Casa da Misericórdia de Arganil 3 11

Centro Social Paroquial Benfeita 3 9

Casa do Povo de Cerdeira e Moura da

Serra 4 8

Centro Social Paroquial de Coja 26 71

Assistência Folquense 7 23

Centro Social Paroquial de Sarzedo 3 11

Santa Casa da Misericórdia de Vila

Cova de Alva 3 11

Associação Humanitária e Social da

Casa do Povo de Barril de Alva 9 25

Serviço Local Arganil 64 180

Câmara Municipal Faltam dados Faltam dados

TOTAL 140 408

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

110

Gráfico nº 32 - Resumo Total da Intervenção do PCAAC neste Concelho, nos anos

de 2007/2008/2009

534

178

591

164

520

182

0

100

200

300

400

500

600

2007 2008 2009

N.º Indivíduos

N.º AgregadosFamiliares

3.4| Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arganil - CPCJ

Promovida e presidida pela Câmara Municipal em parceria com mais com as demais

entidades parceiras e Técnicos cooptados com intervenção no Concelho.

A CPCJ é uma instituição não judiciária com autonomia funcional, cuja intervenção

contribui para dar resposta à sentida exigência de responsabilização da comunidade pelas suas

crianças e pelos seus jovens, em total respeito pela família. Preconiza uma intervenção

interdisciplinar e interinstitucional, articulada e flexível e, o mais possível, de base local, visando

simultaneamente “ promover os direitos das Crianças e jovens e prevenir ou pôr termo a situações

susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou seja promover o

desenvolvimento integral”. (Decreto-Lei nº 147/99, de 1 de Setembro).

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arganil, foi constituída em 1995

enquanto Comissão de Protecção de menores, através da Portaria de Instalação nº 621, de 20 de

Junho de 1995.

Em 2000 é reorganizada no âmbito da criação das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens

em Risco, pela Portaria nº 1226-A, de 20 de Dezembro de 2000.

As CPCJ são constituídas e funcionam nos termos da Lei nº 147/99, de 01 de Setembro.

Funciona nas modalidades Alargada e Restrita.

A Comissão Alargada funciona em Plenário ou por grupos de trabalho para assuntos específicos,

reunindo o Plenário com a periodicidade exigida pelo cumprimento das suas funções, no mínimo

de dois em dois meses. Compete-lhe desenvolver acções de promoção de direitos das crianças e

jovens, assim como desenvolver acções de prevenção das situações de perigo.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

111

A Comissão Restrita funciona em permanência e o seu plenário reúne sempre que convocado

pelo respectivo presidente, no mínimo com periodicidade quinzenal.

O apoio logístico é assegurado pelo Município, em cujas instalações a Comissão funciona.

À Comissão Restrita intervém, especialmente, quando os pais, o representante legal ou

quem tenha a guarda de facto, ponha em perigo a segurança, formação, educação ou

desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte de acção ou omissão de terceiros ou da própria

criança e/ou jovem e quando não seja possível às entidades competentes em matéria de infância

e juventude de forma adequada e suficiente a remover o perigo em que se encontra. A sua

intervenção depende do consentimento expresso dos pais, do representante legal ou da pessoa

que tenha a guarda de facto.

No próximo quadro é descrito o volume processual e o nº de crianças / jovens abrangidas pela

CPCJ durante o ano 2009.

Quadro nº 39 - Caracterização Processual por ano (2009)

Processos Transitados

de Anos Anteriores

Processos Instaurados

Processos Reabertos

Global Arq.

Liminar Arquivados

Total Arquivados

Activos para 2010

Nº Total de Processos 33 41 10 84 14 15 29 55

Nº de Crianças e

Jovens Abrangidos

33 41 10 84 14 15 29 55

Do ano 2008 transitaram 33 Processos, sendo instaurado no decurso de 2009 41

processos e reabertos outros 10 processos, obtendo-se um volume processual global de 84

processos. Destes, 14 foram arquivados liminarmente e outros 15 processos obtiveram

arquivamento após intervenção, resultando no final do ano civil 55 processos a transitar para

2010.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

112

Quadro n.º 40 - Caracterização da Criança e Jovem Segundo Escalão Etário e Género

Sexo Idade

Processos Transitados

de Anos Anteriores

Processos Instaurados

em 2009

Processos Reabertos

Total

M F ST M F ST M F ST M F ST

0 - 2 1 0 1 4 4 8 0 0 0 5 4 9

3 - 5 4 0 4 5 2 7 1 2 3 10 4 14

6 - 10 5 7 12 2 9 11 2 2 4 9 18 27

11 - 14 3 2 5 5 4 9 1 1 2 9 7 16

15 - 17 6 5 11 2 4 6 0 1 1 8 10 18

18 - 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL 19 14 33 18 23 41 4 6 10 41 43 84

Observa-se no quadro anterior que a maioria das situações sob acompanhamento se

situam no escalão etário compreendido entre os 6 e 10 anos (44,26%), sendo igualmente

significativa a percentagem de jovens acompanhados com idades compreendidas entre os 11 e os

17 anos (40,47%).

Quadro Nº 41 - Caracterização Processual, por Apoio Sócio-Educativo

Processos Transitados de

Anos Anteriores

Processos Instaurados em

2009

Processos Reabertos

Total

Em Casa com a Mãe

--- 4 1 5

Em Casa com Família alargada

--- 1 --- 1

Ama --- --- --- Creche / Infantário 3 4 --- 7

Jardim Infância/Pré-

Escolar 2 6 2 10

TOTAL 5 15 3 23

Observa-se que das 23 crianças inseridas no âmbito do apoio sócio-educativo possuem

na sua grande maioria enquadramento em equipamentos educativos.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

113

Quadro Nº 42 - Caracterização Processual, Segundo Escalão Etário e Frequência Escolar

Escolaridade

Processos Instaurados Processos Transitados de Anos

Anteriores Processos Reabertos Total

6-10 11-14 15-17 6-10 11-14 15-17 18-21 6-10 11-14 15-17

Frequência 1º ciclo

8 12 3 23

Frequência 2º Ciclo 3 6 4 1 1 1 16

Frequência do 3º ciclo 3 6 1 10 1 1 22

TOTAL 11 9 6 12 5 11 4 2 1 61

Dos dados acima descritos, conclui-se da não correspondência entre os ciclos de

escolaridade frequentados e os efectivos escalões etários dos menores, evidenciando-se as

retenções obtidas nos diversos percursos escolares. Assim, os níveis de escolaridade das

crianças/jovens mais significativos resumem-se: frequência do 3º Ciclo (36,07%); frequência do 2º

Ciclo (26,23%); frequência do 1º Ciclo (37,70%).

Quadro Nº 43 – Distribuição Processual, segundo Entidades Sinalizadoras

Entidades Sinalizadoras Processos

Transitados de Anos Anteriores

Processos Reabertos

Processos Instaurados em

2009 Total

Os Pais 2 1 3 6

Familiares 2 2

Vizinhos e Particulares 1 1 6 8

A própria Comissão 3 2 2 7

Autoridades Policiais 6 6

Serviços da Segurança Social

1 2 3

Estabelecimentos Saúde 3 3 6

Estabelecimentos de Ensino 16 5 8 29

Inst. Apoio à Criança/Jovem

2 2

Instituto Reinserção Social 1 1

Autarquias 1 1

Outras CPCJ’s 3 2 5

Outra (IPSS) 1 1 6 8

TOTAL 33 10 41 84

À semelhança de anos anteriores, no ano 2009, as entidades sinalizadoras à CPCJ de Arganil,

com maior expressão foram os estabelecimentos de ensino (34,52%).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

114

Quadro Nº 44 – Caracterização Processual, por Escalão Etário e Problemática

(Volume Processual Global)

Esc. Etário

Problemática

Processos Transitados de 2009

Processo Reabertos Processos Instaurados em

2009 Total

0 a 5 6 a 10 11 a 14 15 e + 0 a 5 6 a 10 11 a 14 15 e + 0 a 5 6 a 10 11 a 14 15 e +

Aband. Escolar 1 6 1 1 2 11

Exerc. Abusivo Autoridade

1 1

EMCD 4 5 1 2 2 1 1 1 2 1 20

MTF 1 1 2

Negligência 1 6 2 2 1 4 2 13 10 4 2 47

Ing. Beb. Alcoólicas

1 1

Prob. Saúde 1 1 2

TOTAL 5 12 5 11 3 4 2 1 13 7 6 84

As problemáticas da Negligência (55,95%) e da Exposição a Modelos de Comportamento

Desviante (23,81%) são aquelas que mais se evidenciam. Salientam-se igualmente 13,09% de

situações sinalizadas por risco de abandono escolar.

Quadro Nº 45 – Caracterização Processual, segundo Tipologia Familiar

Processos Transitados de 2008 Processos Reabertos Processos Instaurados em

2009 Total

Família Nuclear C/ Filhos

11 Família Nuclear C/ Filhos

5 Família Nuclear C/ Filhos

25 41

Família Monoparental

Feminina 8 Família

Monoparental

Feminina 1 Família

Monoparental

Feminina 3 12

Masculina 2 Masculina Masculina 2

Família Reconstituída 5 Família Reconstituída 1 Família Reconstituída 8 14

Família Alargada 7 Família Alargada 3 Família Alargada 5 15

Total 33

Total

10 Total 41 84

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

115

São as famílias nucleares com filhos, aquelas que caracterizam a maioria dos agregados

das crianças ou jovens (60,97%). Ainda assim, salientam-se também as famílias reconstituídas

com um valor percentual de 19,51, bem como as famílias de tipo alargada, com 17,85% das

situações.

Quadro Nº 46 – Caracterização dos Agregados, segundo Sexo e Escalão Etário

Processos Transitados

de 2008 Processos Reabertos

Processos Instaurados em 2009

TOTAL

Sexo Esc. Etários

M F ST

Sexo

Esc. Etários

M F ST

Sexo

Esc. Etários

M F ST

15 – 18 anos

15 – 18

anos

15 – 18 anos

0

19 – 24 anos

4 4 19 – 24

anos 1 1

19 – 24 anos

4 4 9

25 – 34 anos

2 2 25 – 34

anos 1 5 6

25 – 34 anos

12 20 32 40

35 – 44 anos

13 15 28 35 – 44

anos 4 2 6

35 – 44 anos

19 12 31 65

45 – 54 anos

8 8 16 45 – 54

anos 2 1 3

45 – 54 anos

3 3 6 25

55 – 64 anos

3 2 5 55 – 64

anos

55 – 64 anos

5

> 65 anos > 65 anos 1 1 > 65 anos 2 1 3 4

Total 24 31 55 Total 7 10 17 Total 36 40 76 148

As faixas etárias mais representativas dos progenitores/responsáveis das crianças e jovens

acompanhados concentram-se nos escalões dos [35 - 44] anos (43,91%), seguidos dos [25 - 34]

anos (27,02%), salientando-se ainda aqueles com idades entre os [45 - 44] anos (16,89%).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

116

Quadro Nº 47 – Situação perante a Saúde, dos Responsáveis pela Criança/Jovem, segundo

o Género

Processos Transitados de 2008 Processos Reabertos

Processos Instaurados em 2009

TOTAL

Sexo Saúde M F ST

Sexo Saúde

M F ST Sexo

Saúde M F ST

Doença Física Doença Física Doença Física 3 3 3

Deficiências Cognitivas

Deficiências Cognitivas

Deficiências Cognitivas

1 2 3 3

Doença Mental Doença Mental 3 3 Doença Mental 1 1 4

Alcoolismo 4 3 7 Alcoolismo 1 1 Alcoolismo 6 1 7 15 Total 4 3 7 Total 1 3 4 Total 7 7 14 25

Da tipologia de situações de doença sinalizadas no âmbito dos acompanhamentos processuais,

sobressai o alcoolismo como patologia maioritária.

Quadro Nº 48 – Caracterização dos Agregados, segundo Sexo e Escolaridade

Processos Transitados de 2008

Processos Reabertos Processos Instaurados

em 2009

Sexo

Escolaridade M F ST

Sexo Escolaridade

M F ST Sexo

Escolaridade

M F ST TOTAL

Sem escolaridade

1 1 Sem escolaridade 6 6 Sem escolaridade 7

Sabe Ler e Escrever

15 13 28 Sabe Ler e Escrever

Sabe Ler e Escrever

28

1º Ciclo Completo

9 13 22 1º Ciclo Completo 6 1 7 1º Ciclo Completo 13 13 26 55

2º Ciclo Completo

1 2 3 2º Ciclo Completo 1 1 2º Ciclo Completo 11 16 27 31

3º Ciclo Completo

3º Ciclo Completo 1 1 3º Ciclo Completo 10 9 19 20

Ensino secundário

1 1 Ensino secundário 1 1 2 Ensino secundário 1 3 4 7

Curso formação Profissional

Curso formação

Profissional

Curso formação Profissional

Bacharelato/ Curso Superior

Bacharelato/Curso

Superior

Bacharelato/Curso Superior

Total 25 30 55 Total 8 9 17 Total 35 41 76 148

Dos dados inscritos no quadro acima, é reveladora a baixa escolarização da maioria dos

responsáveis pelas crianças e jovens, de entre os quais 18,91% sabem ler e escrever, seguidos

do 1º Ciclo Completo com 37,16% e 1º Ciclo Completo (37,16%).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

117

Quadro Nº 49 – Situação perante o Trabalho/Rendimentos, dos Responsáveis pela

Criança/Jovem, segundo o Sexo

Processos Reabertos Processos Transitados

de 2008 Processos Instaurados

em 2009

TOTAL Sexo

Trab./Rend. M F ST Sexo

Trab./Rend. M F

ST

Sexo Trab./Rend. M F ST

Rendimentos do Trabalho

7 7 Rendimentos do Trabalho

19 13 32 Rendimentos do Trabalho

30 13 43 82

Pensão 2 2 Pensão 2 1 3 Pensão 2 1 3 8

Rendimento Social

Inserção 7 7

Rendimento Social

Inserção 1 12 13

Rendimento Social

Inserção 18 18 38

Bolsa de Formação

Bolsa de

Formação 3 3

Bolsa de Formação

1 1 4

Outros Rendimentos

Outros

Rendimentos 2 2 4

Outros Rendimentos

2 2 4 8

Sem Rendimentos

1 1 Sem

Rendimentos

Sem Rendimentos

1 6 7 8

Total 7 10 17 Total 24 31 55 Total 36 40 76 148

Verifica-se no quadro acima que 55,40% dos Responsáveis usufruem Rendimentos do Trabalho.

Simultaneamente, 25,67% dos Responsáveis vivem de Rendimento Social de Inserção.

3.5 | Rede Nacional de Cuidados Continuados – Caracterização

O envelhecimento demográfico e as alterações no padrão epidemiológico e na estrutura

social e familiar das populações das sociedades ocidentais, nomeadamente da portuguesa,

determinam a criação de respostas adaptadas às actuais necessidades dos respectivos perfis

clínicos, sociais e culturais.

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), criada no âmbito do

Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, constitui a resposta

socialmente organizada no nosso País para fazer face às necessidades das pessoas com

dependência funcional, dos doentes com patologia crónica múltipla e das pessoas com doença

incurável em estado avançado.

A Rede Nacional de Cuidados Continuados integrados (RNCCI), criada através do Decreto

nº 101/ 2006, de 6 de Junho, é uma resposta de cuidados globais a pessoas que,

independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.

A prestação de cuidados continuados integrados é assegurada por unidades de

internamento - Unidade de Convalescença; Unidade de Média Duração e Reabilitação; Unidade

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

118

de Longa Duração e Manutenção; Unidade de Cuidados Paliativos por unidade de ambulatório –

Unidade de Dia e de Promoção de Autonomia por equipas hospitalares –Equipa de Gestão de

Altas ; Equipa Intra-Hospitalar de Suporte EM Cuidados Paliativos e por equipas domiciliárias –

Equipa de Cuidados Continuados Integrados; Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados

Paliativos.

O acesso á RNCCI é feito através das Equipas Coordenadoras Locais que asseguram o

acompanhamento e a avaliação da Rede a nível Local, bem como a articulação e coordenação

dos recursos e actividades, no seu âmbito de referência.

Cada Equipa Coordenadora Local é responsável pela avaliação da situação de saúde e

social do doente e pela verificação do cumprimento dos critérios de referenciação para admissão

de utentes, para além de verificar o cumprimento dos requisitos enunciados no Decreto-Lei nº

101/2006 de 6 de Junho.

Assim, a ECL Pinhal tem sede no Centro de Saúde da Lousã abrangendo os concelhos de

Lousã, Miranda, Vila Nova de Poiares, Arganil e Tábua.

No Concelho Arganil a Unidade de Cuidados Continuados Integrados – Hospital Dr.

Fernando Valle, pertença da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, iniciou actividade a 16 de

Julho de 2007, integrando a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, criada pelo

Decreto-Lei n.º 101/2006 de 6 de Junho.

Trata-se de uma Unidade de Média Duração e Reabilitação para 12 camas e uma Unidade

de Longa Duração e Manutenção também para 12 camas.

O presente diagnóstico tem como base apresentar a actividade da UCCI – Hospital Dr. Fernando Valle, durante o ano de 2009 e o período compreendido entre Janeiro e Junho de 2010, incluindo este alguns dados comparativos a anos transactos.

Reflecte sucintamente o decurso de implementação e desenvolvimento da resposta interventiva da área social /saúde, as actividades desenvolvidas e os serviços prestados.

Teve como base a análise dos dados quantitativos e qualitativos disponíveis.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

119

VISÃO GLOBAL DOS CUIDADOS PRESTADOS E SEUS BENEFICIÁRIOS

3.5.1| Perfil dos utentes admitidos

Gráfico n.º 33 : Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Tipologia de Internamento

Gráfico n.º 34: Distribuição total dos utentes

admitidos na UCCI

2007

50

2008

54

2009

52

2010

29

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

120

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados – Hospital Dr. Fernando Valle, iniciou actividade a 16 de

Julho de 2007, tendo desde então prestado cuidados de saúde e sociais a um total de 185 cidadãos

utentes. Especificamente, 133 na Tipologia de Média Duração e Reabilitação (MDR) e 52 na

Tipologia de Longa Duração e Manutenção (LDM).

Graficamente se descrevem os cidadãos beneficiários dos cuidados prestados na UCCI de Arganil, no que

diz respeito a Tipologia de Internamento, ano de admissão, grupo etário e género.

GRUPO ETÁRIO

2007

Julho a Dezembro

2008 2009 2010

Janeiro a Junho

TOTAL MDR LDM MDR LDM MDR LDM MDR LDM

M F M F M F M F M F M F M F M F

20-30 1 1

40-49 1 1 1 2 5

50-59 1 1 1 2 2 1 1 1 10

60-69 1 3 1 1 1 3 1 2 1 1 15

70-79 4 6 2 4 7 10 1 2 5 7 1 4 2 4 2 61

80-89 3 4 5 6 5 8 5 5 16 3 1 11 2 74

> 90 2 3 4 1 5 2 1 1 19

TOTAL

9 17 9 15 15 27 3 9 11 31 1 9 6 17 3 3

185 26 24 42 12 42 10 23 6

50 54 52 29

Tabela 43 : Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por: Ano de Admissão / Tipologia / Grupo Etário /Género

Naturalidade dos utentes admitidos

CONCELHO 2007 2008 2009 2010 TOTAL

Gráfico n.º 35: Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI – Tipologia de Média Duração e Reabilitação por Grupo Etário / Género

Gráfico n.º 36: Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI – Tipologia de Média Duração e Reabilitação por Grupo Etário / Género

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

121

Janeiro a Junho

MDR LDM MDR LDM

REGIÃO CENTRO

Pinhal Interior Norte Arganil 13 22 18 4 9 3

120

Góis 5 7 10 4 2 Lousã 4 3 2 2 1 Miranda do Corvo 3 1 1 Oliveira do Hospital 0 4 2 5 Pampilhosa da Serra 1 2 1 Tábua 0 5 6 2 Vila Nova de Poiares 0 3 1 1

Pinhal Interior Sul Castelo Branco 2 1 3 Oleiros 1 0

Baixo Mondego Cantanhede 3 0

22 Coimbra 4 0 2 1 Montemor-o-Velho 3 0 1 Penacova 2 5 Soure 1 1

Pinhal Litoral Pombal 1 0 1

Dão-Lafões Mangualde 1 0 5 Ílhavo 2 1 Águeda 1 0

Baixo Vouga Oliveira do Bairro 1 0 3 Vagos 1 0 Ovar 1 0

REGIÃO NORTE

Entre Douro e Vouga Arouca 1 0 2 Stª Mª. Feira 1 0

42 10 23 6

TOTAL 50 54 52 29 185

Tabela 44: Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Região / Concelho

Gráfico n.º 37 : Distribuição total dos utentes admitidos em 2009 na UCCI por Região

Gráfico n.º 38: Distribuição total dos utentes admitidos em 2010 na UCCI por Região

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

122

Proveniência / Origem de referenciação

Gráfico n.º 39 – Distribuição total dos utentes admitidos na UCCI por Ano / Origem de referenciação

Relativamente à proveniência dos 185 utentes, em ambas as Tipologias de Internamento, 72,4 % destes

provêem directamente dos Hospitais (134 utentes), 24,9 % do Domicílio, somente 2,7 %, provêem de

outras respostas da RNCCI.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

123

Identificação do Diagnóstico principal da totalidade dos utentes

2009 2010

DIAGNÓSTICO PRINCÍPAL MDR LDM MDR LDM

Lepra (030) 1

Tumor maligno do cérebro (191) 1 4

Tumor maligno (192) 1 2

Diabetes Mellitus (250) 2 1 2

Transtornos de Equilíbrio de fluidos (276) 1

Psicoses afectivas (296) 1 2 11

Transtornos mentais (310) 1

Meningite bacteriana (320) 1

Degenerações cerebrais (331) 2 1 1

Doença de Parkinson (332) 1

Doença desmielizante do sistema nervoso central (341) 1

Hemiplegia e hemiparésia (342) 1

Afecções do cérebro (348) 1

Enfarte Agudo do miocardio (410) 1

Hemorragia intracerebral (431) 1 1

Oclusão das artérias cerebrais (434) 2

AVC (436) 4 1 3 1 11

Efeitos tardios de AVC (438) 1

Doença das artériase arteriolas (447) 1

Pneumonia (486) 3

Broncopneumonia (485) 1

Doença do Aparelho Respiratório (519) 1

Transtornos digestivos funcionais (564) 1

Insuficiência renal crónica (585) 1 1 3 1

Úlcera crónica da pele (707) 3 1 4

Senilidade sem menção de psicose (797) 1

Fractura da coluna vertebral (805) 1 24

Fractura de bacia (808) 1

Fractura do colo do fémur (820) 10 5

Fractura tíbia e peróneo (823) 1

Fractura de tornozelo (824) 2

Fractura de ossos não especificados (829) 1

Traumatismo crânio encefálico (853) 1

Fracturas múltiplas (894) 1

Traumatismo de nervos NCOP (957) 1

TOTAL 42 10 23 6

Tabela 45: Diagnóstico principal dos utentes admitidos em 2009 e 2010 em ambas as tipologias

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

124

TAXA DE OCUPAÇÃO, TAXA MÉDIA DE INTERNAMENTO E ALTAS

Durante o período em análise, foram atribuídas na UCCI – Hospital Dr. Fernando Valle 82 altas,

especificamente 52 na Tipologia de Média Duração e Reabilitação e 16 em Longa Duração e

Manutenção.

MÉDIA DURAÇÃO E REABILITAÇÃO – ALTAS

MOTIVO DESTINO 2009 2010 Agudização Hospitais de agudos 5 3

Obtenção dos resultados previstos

Domicilio 16 9 Cuidados Institucionais – Acolhimento permanente - Lar de Idosos

6 3

Cronicidade Outras respostas da Rede 10 4 Óbito 5 5

TOTAL 42 24

Tabela 46 : Destino e motivo de alta dos utentes da tipologia de Média Duração e Reabilitação

A presente tabela permitem-nos concluir que em termos de resultados quantitativos e qualitativos obtidos em 2009,

de um total de 42 altas na Tipologia de Média Duração e Reabilitação, 22 destas foi por obtenção dos resultados

previstos, dos quais 38% para o domicílio e 14% para respostas institucionais de carácter permanente, Lar de

Idosos.

Relativamente a 2010, os destinos após alta, mantêm percentagens semelhantes a anos transactos, conseguindo

igualmente como valor maioritário o domicílio, sendo estes utentes apoiados posteriormente por familiares ou

vizinhos e por respostas de carácter parcial, nomeadamente, Centros de Dia, Serviços de Apoio Domiciliário e

serviços comunitários de proximidade.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

125

Tabela 47: Destino e motivo de alta dos utentes da tipologia de Longa Duração e Manutenção

Relativamente á tipologia de Longa Duração e Manutenção, no ano de 2009 foi possível de obter

um total de 10 altas.

Sendo que no período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2010, já se efectivaram

6 altas, das quais 1 agudização, 1 transferência para outra respostas da rede e 4 óbitos.

Tabela 48: Distribuição total dos utentes saídos da UCCI por Tipologia de Internamento

LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO – ALTAS

MOTIVO DESTINO 2009 2010 Agudização Hospitais de agudos 1 1

Obtenção dos resultados previstos

Domicilio 2

Cuidados Institucionais – Acolhimento permanente - Lar de Idosos

2

Cronicidade Outras respostas da Rede 0 1

Óbito 5 4 TOTAL 10 6

2009 2010 MDR LDM MDR LDM

DIAS DE INTERNAMENTO

Valor Médio 87,26 204,2 78,75 365 Valor Máximo 180 395 217 958 Valor Mínimo 15 33 5 8

ALTAS 42 10 24 6

52 30

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

126

3.6| Progride

� Enquadramento legal

o Foi criado através da Portaria nº 730/2004, de 24 de Junho;

o Regulamentado pelo despacho nº 25/2005 de 3 de Janeiro;

o Abertura de candidaturas e definição de territórios prioritários, através do

Despacho n.º 24/05 de 3 de Janeiro

o Abertura de candidaturas e definição de grupos alvos, através do Despacho n.º

6165/05 de 22 de Março

� Quadro Lógico do Programa

� Objectivo

global

� Promover a coesão social, reduzindo ou

eliminando assimetrias e factores de exclusão

social em Portugal continental

� Objectivos

específicos

� Combater fenómenos graves de exclusão em

territórios identificados como prioritários - Medida 1

� Intervir junto de grupos confrontados com

situações de exclusão, marginalidade e pobreza -

Medida 2

� Resultados � Produto das actividades desenvolvidas pelos

projectos aprovados pela gestão do programa

� Os Projectos possuem enquadramento nas 4 áreas de intervenção definidas:

o Acesso dos cidadãos aos serviços públicos e à divulgação dos direitos, deveres e

benefícios sociais;

o Qualificação das populações através da melhoria das competências pessoais,

sociais e profissionais;

o Apoio à requalificação dos espaços, à protecção ambiental, à melhoria das

condições de habitação e das acessibilidades;

o Fomento de iniciativas económicas das populações, em particular no âmbito da

economia social, de modo a promover a inclusão pelo emprego e a fixação das populações.

� – Os objectivos do Progride de Arganil pautaram-se pelas seguintes vertentes:

o Suprir lacunas ao nível das respostas de proximidade para idosos;

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

127

o Melhorar as condições de habitabilidade das famílias mais carênciadas;

o Identificação de produtos locais com viabilidade económica;

o Reforço da capacidade associativa de pequenos produtores locais;

o Aumento da empregabilidade no sector artesanal.

A atribuição da designação de “Revitalizar um Território Rural” de Arganil ao projecto

dinamizado no âmbito do PROGRIDE – Media 1, resultou da constatação de uma realidade

concelhia dotada de características específicas.

• Metas do Projecto

Consideraram-se como prioridades a concretizar, ou pelo menos a criar as condições

para que as mesmas venham a ser concretizadas, as seguintes metas:

a) Minorar as situações de exclusão social e pobreza ainda existente no

Concelho de Arganil;

b) Contribuir para a criação de condições, locais de promoção do

desenvolvimento socioeconómico,

c ) Promover a inclusão social.

• Linhas Gerais de Actuação

Essas linhas de actuação representam pois, as “guide line” para a equipa técnica do projecto e

para os parceiros, poderem definir reajustes aos planos de actividades a elaborar.

A acção desenvolvida pelo projecto assenta em três grandes “pilares”, a saber:

a) Protecção Social – actuar junto dos idosos ou cidadãos deficientes, em situação de

isolamento, quer seja físico quer seja social, utilizando para isso recursos humanos e

materiais inscritos no projecto e abrangendo o fornecimento de um vasto leque de

serviços;

b) Intervir junto do parque habitacional e respectivas infra-estruturas, bem como

de equipamentos sociais – esta linha de intervenção visa dotar as habitações de

famílias de risco ou em risco, de condições de habitabilidade que permita criar as

condições de dignidade humana e, ao mesmo tempo, facilitar um trabalho de

acompanhamento social, de educação e prevenção. Visa ainda melhorar os

equipamentos sociais que dão apoio directo ou indirecto aos beneficiários do projecto,

nomeadamente eliminando as barreiras arquitectónicas, de modo a que todos possam

beneficiar dos serviços aí prestados.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

128

d) Promoção do Desenvolvimento Concelhio – dinamização de uma entidade associativa

capaz de juntar as sinergias concelhias para dar expressão à qualidade dos produtos

locais, e, simultaneamente, sensibilizar os, eventuais, interessados a adquirirem esses

mesmos produtos, gerando-se daí riqueza e valor acrescentado para a economia.

• Operacionalização / Acções

Assim sendo, foram consideradas três Acções:

Acção n.º I – “ Centro de Atendimento Permanente”

- Idosos em situação de isolamento geográfico e /ou social:

213 IDOSOS ( este valor resultou dum levantamento exaustivo ao nível das necessidades concelhias, não temos

registo das localidades incidentes, contudo estas localizam-se fortemente nas freguesias mais dispersas, tais

como: Pomares, Piódão, P. Beira, S. Martinho. Denota-se que estes resultados incluem idosos sem linha telefónica, motivo

pelo qual não ponderam ser apoiados).

- Idosos acompanhados pelo CAP, por ano e freguesia

De um total de 213 idosos em situação de isolamento geográfico e social foram apoiados 171

idosos no âmbito deste projecto ou sejam 80,28%

Acção n.º II – “ Intervenção Social de Emergência em Famílias de Risco”

Freguesias Anos

22000055 22000066 22000077 22000088 22000099 22001100

São Martinho da Cortiça 7 10 8 10 11 11

Pombeiro da Beira 5 9 8 8 20 20

Sarzedo 8 8 10 2 3 3

Secarias 3 3 4 6 6 6

Arganil 7 5 9 14 15 17

Celavisa 12 12 10 7 7 7

Folques 5 4 3 2 4 3

Teixeira 1 3 3 3 3 3

Cepos 4 4 4 2 2 2

Benfeita 7 11 10 9 11 11

Côja 12 12 12 10 12 11

Cerdeira e Moura da Serra 10 8 9 5 4 4

Vila Cova de Alva 4 3 3 4 3 3

Anceriz 2 4 4 4 3 4

Barril de Alva 6 8 8 7 5 6

Pomares 24 27 29 23 42 42

Piódão 24 23 21 14 17 18

Total 141 154 155 130 168 171

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

129

Como podemos verificar do total da habitação degradada sinalizada apenas 17% foi apoiada no

âmbito deste projecto.

Acção n.º III – “ Centro de Recursos ao Associativismo e Investimento”

Acção III - GIMADE

O GIMADE, acompanhou 71 beneficiários em situação de desemprego e crise económica.

A média de idades prevalente é de 39 anos, sendo que as idades são compreendidas entre os 16

e 62 anos.

Do conjunto de beneficiários, 56 pertencem ao sexo feminino, e 15 correspondem ao sexo

masculino.

Refere-se que todos os beneficiários (71) foram acompanhados no âmbito da aquisição de

competências sociais e pessoais.

A mesma população (71) foi incluindo em sessões/acções de formação / informação.

Relativamente ás acções no âmbito do empreendorismo, apresentam-se:

Quadro n.º 51 - Habitação degradada sinalizada (S) e apoiada (A) por ano e freguesia

2005 2006 2007 2008 2009 Total S* A** S A S A S A S A S A Anceriz 11 11 0 Arganil

1 1 0

Barril de Alva 4 4 1 3 1 4 12 5 Benfeita 1 1 1 3 0 Cerdeira 1 1 0 Côja 1 2 1 3 1 Piódão 1 1 0 Pomares 1 5 1 1 1 7 2 Pombeiro da Beira

2 1 4 17 1 4 3 7 34 5

S. Martinho da Cortiça

1 1 3 1 1 14 18 3

Sarzedo 1 1 1 2 1 Secarias 1 1 2 0 Vila Cova de Alva 1 2 2 5 0 Total 6 5 9 3 37 3 10 6 38 0 100 17

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

130

- Contactos com o micro -credito e IEFP; - Oficinas Terapêuticas; - 5 acções de formação / informação.

Beneficiários do CAP por Ano e Freguesias:

Quadro n.º 52 - Distribuição etária e por género da população beneficiada pelo GIMADE

Quadro n.º 53 - Distribuição de beneficiários GIMADE, por freguesia

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

131

3.7 | Projecto Integrado de Intervenção Precoce

O PIIP tem como primado a intervenção Centrada na família, isto é, numa perspectiva

ecológica / transaccional o indivíduo está em constante interacção com o meio, sendo essa

interacção bidireccional.

O ambiente relevante para o desenvolvimento não se limita ao contexto imediato,

englobando as interacções entre vários contextos: micro, meso, exo e macrosistema. É da

qualidade dessas interacções que depende, em longa medida, o bom desenvolvimento da criança.

De acordo com esta perspectiva a família deverá ser considerada como um sistema,

inserido num conjunto mais vasto de outros sistemas, sendo que, não faz sentido algum intervir

apenas na criança, devemos sim vê-la como componente de um todo. Assim, a intervenção não

deverá limitar-se à criança, mas entender a família na sua globalidade como o foco da

intervenção.

Uma intervenção centrada na família deve então, ver a família como o foco da

intervenção, reconhecer as forças da criança e da família, responder às prioridades da família,

individualizar a intervenção e basear-se nos estilos de funcionamento da família.

São diversos os serviços comunitários que podem convergir esforços para o sucesso das

intervenções, nomeadamente, serviços de Saúde, serviços de Segurança Social, serviços de

Educação, Autarquias, entre outros

A intervenção precoce enquanto pressuposto essencial da intervenção, tem subjacente a

noção de que as crianças com deficiência ou em risco de terem problemas no seu

desenvolvimento necessitam de serviços diferenciados que promovam o seu desenvolvimento e a

sua probabilidade de sucesso.

Por outro lado, as famílias das crianças com deficiência sofrem frequentemente de stress

e necessitam de cuidados especiais.

Assim, a prestação de serviços de Intervenção Precoce (IP), efectuada o mais cedo

possível, pode significar a obtenção de resultados óptimos para as crianças e para as suas

famílias.

Dadas as características únicas, necessidades e recursos de cada criança e sua família,

não se pode esperar que um curriculum ou conjunto de serviços seja apropriado às necessidades

de todos. Por isso é essencial um atendimento individualizado para planear os serviços a prestar

bem como para a sua execução. (Bailey & Wolery, 1992).

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

132

A equipa de Intervenção Directa (EID) tem assim como especiais funções: planificar a

actuação para a área geográfica de abrangência, elaborar o Plano Anual de Actividades,

seleccionar as situações para apoio em função da referência, avaliação e critérios definidos pelo

PIIP, fazer os contactos com as famílias sinalizadas, designar o responsável de caso, dar parecer

sobre a calendarização, duração e periodicidade dos apoios, fazer a Intervenção centrada na

família, organizar um dossier técnico por cada criança/família, identificar e articular a intervenção

com os serviços locais e outros, elaborar no final de cada ano lectivo a síntese do trabalho

desenvolvido com a criança/família, elaborar o relatório final de actividades desenvolvidas pela

EID, reunir semanalmente para análise discussão e planificação do trabalho a desenvolver e reunir

quinzenalmente com a Supervisão.

A sua intervenção destina-se a crianças desde o nascimento até aos 3 anos; a crianças

que evidenciam algum atraso no seu desenvolvimento; a crianças que apresentem síndromas que

se associam a problemas de desenvolvimento; a crianças que passaram por situações que as

colocam em risco de vir a ter problemas no seu desenvolvimento (crianças prematuras ou que

foram expostas à ingestão de álcool e drogas ou crianças com outras complicações peri ou

neonatais...); às crianças/famílias com problemas de ordem socio-económica e cultural e que por

circunstâncias várias estão expostas a um ambiente pouco afectivo e pouco estimulante.

No quadro abaixo descrito, podemos observar a distribuição casuística das situações acompanhadas, por idades. Quadro nº 54 - Distribuição por Idades: 9 meses 20

meses 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos

1 1 2 3 2 1 4 1

Observa-se assim um volume processual de 15 processos acompanhados durante o ano lectivo 2009/2010, com maior incidência em crianças com quatro anos de idade. Quadro n.º 55 - Distribuição por Problemática:

Risco Ambiental Risco Estabelecido Risco Biológico

5 8 2

A problemática que sobressai prende-se com o risco estabelecido.

Quadro nº 56- Distribuição por Freguesia:

Góis 2 Arganil 5 Vila Nova do Ceira 1 Benfeita 1 Sarzedo 2 Côja 1 Pombeiro da Beira 2

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

133

Torrozelas 1

A EID de Arganil possui uma área de abrangência vasta, destacando-se a freguesia de

Arganil como proveniente do maior número de situações sob acompanhamento.

3.8. | Programa de Desenvolvimento Integrado de Acção Social – PDIAS

O PDIAS de Arganil é um projecto que, congregando esforços das diferentes entidades

componentes, procura intervir junto dos indivíduos e famílias mais carenciados, contribuindo para

a satisfação das necessidades mais prementes, desenvolvendo simultaneamente diversificadas

actividades, dirigidas aos grupos populacionais de maior risco e vulnerabilidade social, com

incidência na Infância, deficiência, população Idosa, população sem escolaridade obrigatória,

desempregados e população activa.

A sua acção tem subjacente uma actuação articulada e co-responsável dos diferentes

Serviços e Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Tratando-se de um projecto com dependência distrital, ao nível do co-financiamento,

orientações técnicas e de procedimentos, encontra na esfera local e concelhia a dinâmica de

construção de respostas integradas e complementares, direccionadas à especificidade da

população residente e consequentes necessidades reconhecidas.

Entende por isso uma intervenção atempada a famílias em risco social, contribuindo

igualmente para a implementação de respostas e equipamentos adequados à população.

Nasceu em 1989, através da celebração de um Protocolo de cooperação entre diversas

Instituições, homologado pelo Secretário de Estado da Segurança Social.

Possui como entidades financiadoras o Município de Arganil e o Instituto de Segurança

Social, I.P./ Centro Distrital de Coimbra e enquanto entidade jurídica a Santa Casa da Misericórdia

de Arganil.

Ao nível da sua estrutura orgânica e funcional, é composto por três órgãos:

Conselho Geral, Conselho Coordenador e Equipa Técnica.

Localmente, o acompanhamento casuístico na esfera social está garantido por um

atendimento integrado, através de Técnicos de diferentes Instituições Particulares de

Solidariedade Social, Serviços desconcentrados da Administração Central e Autarquia,

organizando-se as respostas não apenas através dos procedimentos técnicos de Acção Social,

mas também pelo enquadramento nos projectos de parceria implementados, em articulação com o

PDIAS.

Rede Social de Arganil Diagnóstico Social, Julho 2010

134

77

34

0

20

40

60

80

Gráfico nº40 - Número de Propostas elaboras e Pessoas abrangidas (Ano 2009)

Nº Propostas Elaboradas

Nº Pessoas Abrangidas

Quadro nº 57| - Apoios Atribuídos pelo PDIAS, por Rubrica e Montantes Atribuídos, (Ano 2009)

Rubrica Nº de Apoios Pecuniários Montante

Saúde 2 212,91€

Carência 32 5.262,17€

Total 34 5.475,08€

Foram durante o ano 2009 atribuídas 34 apoios pecuniários, envolvendo 34 agregados familiares,

no valor global de 77 pessoas abrangidas.

A rubrica que sobressai maioritariamente prende-se com as situações de carência.

40

19

0

10

20

30

40

Gráfico nº41 - Número de Propostas elaboradas e Pessoas abrangidas (1º Semestre 2010)

Nº Propostas Elaboradas Nº Pessoas Abrangidas

135

Cap. III – Identificação dos Problemas Concelhios, de acordo com os Eixos

de Intervenção e Áreas Temáticas

Eixo I - Integração Social dos Grupos mais Vulneráveis à Exclusão Social:

Identificação de Problemas por Áreas Temáticas

136

EIXO 1 – Integração Social dos Grupos mais Vulneráveis à Exclusão Social:

Identificação de Problemas por Áreas Temáticas

Áreas Temáticas Problemas Identificados

Famílias e Comunidades

● Dificuldade da família em garantir as suas funções básicas (sobrevivência,

protecção, afecto, confiança, segurança, outros);

● Dificuldades na conciliação da vida profissional e familiar;

● Enfraquecimento das redes de sociabilidade e de solidariedade primárias extra-

familiares;

● Fracas competências pessoais, sociais e parentais;

● Maus-tratos familiares e infantis;

● Rupturas das relações / Laços Familiares;

• Cultura Familiar de consumos de álcool;

• Ausência de competências parentais, pessoais e sociais;

• Desconhecimento dos pais na identificação de comportamentos de risco dos

filhos e formas de actuação perante os mesmos;

• Baixos níveis de escolarização;

• Baixos níveis qualificação profissional;

Comportamentos

Aditivos e/ou de Risco

● Consumo de álcool;

● Consumos de drogas ou outras substâncias psico-activas;

● Tabagismo

● Relações Sexuais Desprotegidas;

Criminalidade e Segurança

● Actos de Vandalismo;

● Comportamentos delinquentes / marginalidade

● Violência Doméstica;

● Tráfico de Droga;

Cultura e Interacção

Organizacionais

● Dificuldade no processo de Planeamento Estratégico

● Falta de articulação / comunicação;

● Insuficiente política de marketing Social;

● Insuficiente / inexistentes dispositivos de suporte ao exercício do trabalho em

parceria (Guia de Recursos7)

● Necessidades de formação / qualificação dos actores locais

Grupos em Situação de

Vulnerabilidades/Problemáticas

Específicas

• Famílias Monoparentais;

• Mães Adolescentes;

• Beneficiários de RSI;

• Crianças e jovens em situação de risco e/ou perigo;

• Pessoas portadoras de deficiência física e/ou mental

• Pessoas vítimas de violência doméstica;

137

• Pobreza persistente

• Inicio precoce dos consumos de tabaco, de álcool e estupefacientes nas

camadas mais jovens;

• Inexistência de Campos de Férias;

• Inexistência de actividades lúdicas em tempo não lectivo;

• - Inexistência de um “Espaço Jovem” que permita a dinamização de Workshop´s

e actividades lúdicas, bem como espaço internet, esplanada de apoio, painel de

informações, gabinete de apoio na área da saúde; (horário alargado/fins de tarde

e fins de semana);

• - Insuficiência do nº vaga disponibilizada pelo IPJ, na candidatura OTL, em

relação ao nº de jovens que o procuram;

- Falta de Articulação e de planeamento estratégico anual das políticas de

juventude no concelho;

Equipamentos/Serviços/Respostas

Sociais

• Défice de creches;

• Inexistência de Amas;

• Inexistência de Centro de Acolhimento Temporário (CAT);

● Distribuição desequilibrada dos equipamentos / Serviços / Respostas ao nível

territorial;

● Insuficientes meios materiais e/ou financeiros para o funcionamento adequado

dos equipamentos / serviços / respostas;

● Insuficientes recursos humanos especializados para o funcionamento adequado

dos equipamentos / serviços / respostas;

● Inexistência de Apoio Domiciliário Integrado;

● Inexistência de Centros Comunitários;

● Insuficiência de Centros de Actividades Ocupacionais;

● Inexistência de Centro de Apoio Familiar e aconselhamento parental;

● Inexistência de Centros de convívio;

● Inexistência de Centros de Férias e de Lazer

● Insuficiência de Centros de Noite;

● Insuficiência de equipamentos de creche;

● Inexistência de grupos de auto-ajuda

● Insuficiência de Equipamento de lar de idosos;

● Inexistência de lares residenciais para pessoas portadoras de deficiência;

● Insuficientes respostas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;

● Inexistentes serviços de acolhimento familiar para crianças e jovens;

● Inexistentes serviços de acolhimento familiar para crianças e jovens;

● Inexistentes serviços de acolhimento familiar para crianças e jovens;

● Inadequação dos serviços de ajuda alimentar;

● Insuficientes serviços de intervenção precoce;

● Insuficientes unidades de vida autónoma para pessoas com doença do foro

mental ou psiquiátrico;

Insuficientes unidades de vida protegida para pessoas com doença do foro mental

ou psiquiátrico;

● Insuficiência de serviços de transporte de pessoas com deficiência;

● Insuficiência de unidades móveis de prestação de serviços / respostas sociais

138

Saúde

● Alcoolismo;

● Deficiência Mental;

● Deficiências físicas;

● Doenças crónicas;

● Doenças do foro psiquiátrico;

● Doenças mentais;

● Forte incidência de situações de dependência;

● Insuficientes / Inexistentes equipamentos / serviços / respostas de saúde

especializados;

● Obesidade;

● Toxicodependência;

Habitação / Condições de

Habitabilidade

● Desfasamento dos encargos habitacionais face aos rendimentos da população;

● Existência de barreiras arquitectónicas nas habitações;

● Existência de habitações precárias e/ou com más condições de habitabilidade;

● Habitações \devolutas;

● Insuficiência de incentivos à habitação para fixação da população Jovem;

● Isolamento de alguns espaços habitacionais;

139

EIXO 1 – Necessidades Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas

Área Temática Necessidades Prioritárias Recursos Locais

Crianças e Jovens

- Alargamento das respostas de Creche;

- Criação de serviço de amas da Segurança Social e/ou Rede de

Creches familiares;

- Implementação de um Serviço de Acolhimento Familiar;

- Alargamento das respostas de Actividades de Tempos Livres;

através da criação de ateliers ocupacionais para crianças e jovens,

em períodos de férias lectivas, e/ou espaço de Educação e lazer

- Alargamento da Intervenção do PIIP;

- Criação de projecto concelhio de ocupação de tempos livres, com

horário alargado;

- Alargamento da Intervenção do PIIP;

- Definição de uma politica concelhia na área da juventude e

criação de um Fórum da juventude

- Dinamização de Fórum da Juventude;

- Criação de Espaço Jovem e /ou espaço de educação, cultura e

lazer;

- Criação de planos de ocupação de tempos livres para as crianças

e jovens em acompanhamento pela CPCJ em actividades de

tempos livres;

- Constituição de equipa de intervenção Directa, transversal a

várias áreas temáticas;

Câmara Municipal

(Gabinete de A. Social)

Juntas de Freguesia

IPSS´s do Concelho

- Santa Casa da

Misericórdia de Arganil

- Santa Casa da

Misericórdia de Vila Cova

do Alva

- Segurança Social –

CDSS de Coimbra

- Centro de Saúde

- IEFP

- Agrupamentos de

Escolas;

- Bombeiros Voluntários

de Arganil e Coja;

- GNR

- Associação Passo a

Passo

- Associações Juvenis

- Associações de Pais e

Encarregados de

Educação,

- Associações Culturais,

Recreativas e Desportivas

- Tecido Empresarial

- ACIC

- Agenda 21

- Iniciativa Porta 65

- DECO

Família e Comunidade

- Criação de espaço de apoio Familiar, aconselhamento e

formação Parental;

- Constituição de grupos de auto-ajuda /mediadores sociais;

- Criação de espaço para treino /desenvolvimento de

competências;

- Constituição de equipa de intervenção Directa, transversal a

várias áreas temáticas,

- Dinamização do Banco Local de Voluntariado;

- Dinamização da Loja Social de Côja e criação de novas lojas

sociais no Concelho;

- Estimular o envolvimento da comunidade para o Voluntariado;

- Criação de “loja social”;

- Implementação do sistema de gestão da qualidade nas IPSS´s;

- Alargamento / melhoria da capacidade de resposta em valências;

- Potenciar a formação em competências básicas em tecnologias

de informação e comunicação, dirigidas a crianças, jovens , adultos

e idosos

- Criação de medida de apoio social à recuperação de habitações

degradadas de famílias carenciadas

140

População Portadora de

Deficiência

E População com doença do

foro mental e ou psíquico

- Construção de Lar Residencial;

- Reforço nas respostas de apoio à população portadora de

deficiência;

- Constrangimentos nas acessibilidades e na mobilidade em

segurança das pessoas portadoras de deficiência;

- Alargamento do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO)

- Défice de respostas adequadas às necessidades dos utentes e

famílias com deficiência (Equipamentos: CAO, Lares e

Acolhimento Temporário)

- Empregabilidade da pessoa com deficiência;

População Idosa

- Défice de Apoio Domiciliário:

- Integrado ( profissionais de saúde/ Equipa multidisciplinar)

- 24 horas e fins-de-semana

- Formação dos recursos humanos

- Alargamento das valências / equipamentos de Apoio a Idosos e

maior qualificação de respostas;

-Criação de Lar para Idosos (abrangendo as freguesias: S.

Martinho da Cortiça e Pombeiro da Beira);

- Lar para Idosos dependentes

- Requalificação / adaptação de equipamentos já

existentes;

- Dificuldade de integração dos Utentes da Rede Nacional de

Cuidados Continuados na Rede Solidária;

- Inexistência de colónia de férias para Idosos;

- Idosos que vivem sozinhos;

- Inexistência de respostas para a patologia mental no idoso

(Alzheimer);

- Aumento da longevidade e consequente aumento da

dependência das pessoas;

Saúde

- Requalificação dos espaços do antigo Centro de Saúde;

- Ampliação do nº de camas na RNCCI;

141

Análise SWOT do Concelho, por eixo de intervenção prioritário Eixo I - Integração Social dos Grupos mais Vulneráveis à Exclusão Social

Forças

- Existência de relações de vizinhança – potenciador da coesão social e da constituição de redes informais; - Associativismo – muitas associações Constituídas; - IPSS locais; - APPACDM; Santa Casa da Misericórdia de Arganil e Vila Cova de Alva; - Câmara Municipal e 18 Juntas de Freguesia; - Gabinete de Acção Social da Autarquia - CDSS - Serviço Local de Segurança Social; - Centro de Saúde de Arganil; Agrupamento de Escolas de Arganil e Coja, Escola Secundária de Arganil - Rede de Equipamentos sociais e de saúde; - Equipamentos sociais da Rede Lucrativa (creches, jardins de infância, lar de Idosos; - Unidade de Cuidados Continuados; - Medidas de apoio social da autarquia; - Banco Local de Voluntariado de Arganil

- Insuficiente dinamismo das associações locais; -Insuficiente envolvimento e participação das parcerias locais;

- Decréscimo populacional; -Fraco envolvimento e participação da população; -Desigualdades sociais da população; -Crianças e jovens a frequentarem equipamentos sociais fora do concelho (Penacova/Mouronho/Oliv. Hospital); -Jovens sem ocupação e envolvidos em consumo de substâncias psicotrópicas; -Inexistências de respostas para a população jovens em contexto extra-escolar; -Inexistência de respostas para a população com problemáticas associadas a aditivos; - Inexistência de serviços integrados de acção social e saúde; -Idosos em situação de isolamento social Respostas tipificadas; - Necessidade de criação de novas valências de apoio social dirigidas essencialmente a crianças, jovens, famílias, idosas e população portadora de deficiência e saúde mental; - Necessidade de implementar respostas atípicas, direccionadas à satisfação das reais necessidades; - Insuficientes recursos financeiros para a criação de novas respostas e equipamentos; -Loja Social de Arganil;

Fraquezas

Oportunidades

- Elaboração de candidaturas concelhias, envolvendo diferentes parceiros locais; - Celebração de acordos com o CDSS; - Celebração de parcerias intermunicipais; - Candidaturas a programas e medidas de âmbito nacional e/ou regional – QREN | | POPH | PARES | PROGRIDE | PRODER | ESCOLHAS | Porta 65 |

- Falta de envolvimento das entidades locais em programas e projectos concelhios; - Insuficientes nº de celebração de acordos com o CDSS; - Indeferimento de candidaturas; - Insuficiência de recursos humanos qualificados; -Insuficiência de recursos financeiros.

Ameaças

142

Eixo II – Respostas Educativas | Formação | Empregabilidade: Identificação de

problemas, por Áreas Temáticas

143

EIXO 2 – Respostas Educativas | Formação | Empregabilidade: Identificação de

Problemas, por Áreas Temáticas

Áreas Temáticas Problemas Identificados

Escolarização

• Abandono/ desistência escolar;

• Absentismo escolar;

• Analfabetismo;

• Baixas expectativas dos jovens relativamente ao prosseguimento da vida escolar;

• Dificuldade do sistema educativo para lidar com alunos com problemas comportamentais/disciplinares/ emocionais;

• Alguma desvalorização da escola por parte da família;

• Inexistência/ Insuficiência de projecto educativos e/ou orientação vocacional;

• Insuficiente acompanhamento do encarregado de educação no percurso escolar do aluno;

• Insuficientes recursos para acompanhar alunos com necessidades educativas especiais;

• Insuficientes recursos humanos para o funcionamento adequado dos estabelecimentos de ensino (psicólogo, assistente social, ensino especial, &);

• Saída antecipada do sistema de ensino

Economia Local / Actividades

Económicas

• Insuficientes incentivos à produção/ investimento;

• Crise acentuada na economia local;

• Forte peso da economia informal;

• Fraca dinâmica das empresas na resolução das problemáticas sociais;

• Fracos incentivos para o empreendedorismo;

• Fraca articulação do tecido económico/ empresarial local;

• Insuficiência de serviços de proximidade;

• Insuficientes estratégias de marketing para a promoção do

território;

Emprego / Desemprego

• Desadequação da oferta e a procura de emprego;

• Desemprego;

• Desemprego de longa duração;

• Dificuldades de acesso ao emprego;

• Dificuldade de acesso/ integração na vida activa;

• Trabalho clandestino/ ilegal;

• Trabalho precário;

Formação / Qualificação

Profissional

• Baixas qualificações/ competências profissionais;

• Desadequação da qualificação profissional ao posto de trabalho;

• Desadequação entre a oferta de ensino/ formação e as necessidades do mercado de trabalho;

• Insuficiente informação sobre a oferta formativa;

• Insuficiente oferta de ensino profissionalizante.

Privação / Baixos Rendimentos

• Baixos salários/ rendimentos;

• Dependência de subsídios ou prestações sociais (RSI);

• Insuficiência de rendimentos para a satisfação de necessidades

básicas.

144

EIXO 2 – Respostas Educativas Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas

Área Temática Necessidades Prioritárias Recursos Locais

Respostas Educativas,

De Formação e de

Qualificação

Profissional

• Continuação da intervenção do CNO;

• Estabelecimento de parcerias para formação;

• Aumentar os níveis de escolarização de munícipes;

• Dinamização de Cursos de Formação e Educação para Jovens;

• Dinamização de Cursos de Educação e Formação de Adultos (Dupla

• Certificação)

• Dinamização de Planos de Inclusão e de Desenvolvimento de Competências;

• Execução de Planos de Formação e qualificação profissional de activos, em áreas diversificadas;

• Actualização da Carta Educativa;

• Reavaliação dos apoios económicos a crianças do 1º CEB;

• Diversificação das Actividades Extra-escolares;

• Cursos de formação sobre o

Empreendedorismo;

• Educação Económica e Empreendedora.

Câmara Municipal

(Gabinete de A.

Social)

Juntas de Freguesia

IPSS´s do Concelho

- Santa Casa da

Misericórdia de

Arganil

- Santa Casa da

Misericórdia de Vila

Cova do Alva

- Segurança Social –

CDSS de Coimbra

- Centro de Saúde

- IEFP

- Agrupamentos de

Escolas;

- Bombeiros

Voluntários de

Arganil e Coja;

- GNR

- Associações

Juvenis

- Associações de

Pais e Encarregados

de Educação,

- Associações

Culturais,

Recreativas e

Desportivas

- Tecido Empresarial

- ACIC

- Agenda 21

Emprego

• Dinamização do Gabinete de Inserção Profissional;

• Criação de Fórum de emprego, em

articulação com outras medidas;

• Divulgação de oferta formativa.

145

Análise SWOT do Concelho, por eixo de intervenção prioritário

EIXO 2 – Respostas Educativas | Formação | Empregabilidade

Forças

• Transportes Escolares;

• Rede Escolar;

• Centros Escolares;

• Centro de Novas Oportunidades;

• Cursos de Educação Formação;

• Bibliotecas Municipais;

• Zonas Industriais (Relvinha, S.

Martinho Cortiça e Côja);

• Produções regionais de elevada

qualidades;

• Sector público;

• Centro Empresarial e

Tecnológico (potenciar novos

empresários para o Concelho, com

investimento em indústria

especializada).

• Abandono escolar precoce;

• Fraca motivação dos indivíduos na

qualificação;

• Insucesso escolar;

• Herança cultural de insucessos e de falta

de motivação e ambição escolar e

profissional;

• Insuficientes ofertas de emprego;

• Jovens em situação de desemprego;

• Inadequação da oferta

profissional/qualificação com a procura;

• Inexistência de serviço descentralizado

de emprego e formação;

• Inexistência de cursos sobre

empreendedorismo.

Fraquezas

Oportunidades

• Programas e medidas do IEFP –

Centro de Emprego;

• Estágios

Curriculares/Profissionais;

• Parcerias regionais e nacionais;

• Candidaturas a programas e

medidas de emprego e formação

profissional;

• QREN

• POPH

• INOVSocial

• Ninho de Empresas;

• Estágios profissionais no

estrangeiro para Jovens até aos 30 anos

(Leonardo da Vinci);

• Candidatura Programa Cuida-te;

• Candidatura ao PEPAL.

• Crise económica e financeira;

• Despedimentos;

• Salários em atraso;

• Indeferimento de candidatura(s);

• Insuficiência de recursos humanos;

• Instabilidade;

• Precariedade laboral;

• Inadequação da informação ao

público alvo;

Ameaç

as

146

Eixo III - Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial

147

EIXO 3 – Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial

Áreas Temáticas Problemas Identificados

Demografia / População

● Baixa Taxa de fecundidade;

● Despovoamento / desertificação;

● Envelhecimento da população;

Acessibilidades / Mobilidade

● Existência de Barreiras Arquitectónicas;

● Incumprimento da legislação em matéria de acessibilidade /

mobilidade;

Cidadania e Participação

● Associativismo local com carências a nível dos recursos financeiros;

● Associativismo Local com carência a nível de recursos humanos

qualificados para as funções associativas;

● Baixos níveis de informação e participação nos processos de desenvolvimento social local;

• Deficiente divulgação/ informação dobre as actividades desenvolvidas pelas associações locais;

• Dificuldade de acesso aos direitos;

• Fraca mobilização por parte dos cidadãos para a actividade associativa;

• Fraca motivação dos cidadãos para o desenvolvimento de acções de voluntariado;

• Fraca participação comunitária por parte dos cidadãos;

• Info-exclusão;

• Modelos de associativismo pouco atractivos para a população a que se dirigem;

• Pouca diversidade das actividades desenvolvidas pelas associações locais.

Políticas Públicas e Sociais

● Falta de articulação entre os instrumentos de planeamentos locais;

● Falta de recursos para a operacionalização de algumas políticas

públicas;

Cultura / Lazer /Turismo

● Centralização / dificuldade no acesso às ofertas lúdicas / culturais do concelho; ● Deficiente dinâmica cultural e de lazer do concelho; ● Deficiente divulgação do Património Local e recursos naturais; ● Fraca valorização da identidade cultural, tradições, recursos naturais e património; ● Rede Deficitária de equipamentos / serviços lúdicos / culturais (cinema, teatro, centro cultural); ● Rede Deficitária de equipamentos para Turismo (turismo rural, as freguesias a norte do concelho);

• Diagnóstico e Identificação de produtos locais economicamente viáveis e de qualidade;

148

EIXO 3 – Necessidades Prioritárias de Intervenção, por Áreas Temáticas

Área Temática Necessidades Prioritárias Recursos Locais

Sistema de Informação,

de Diagnóstico,

Planeamento e

Sustentabilidade

Territorial

• Uniformização de sistemas de

informação, através da criação de plataforma

informática;

• Elaboração de guia de recursos locais;

• Criação de uma cooperativa local;

• Elaboração de um guia com os produtos

endógenos concelhios;

• Criação de marca registada do

Concelho de Arganil;

• Promover o alojamento local e o turismo

de Habitação;

• Apoio à empregabilidade nas áreas

estratégicas do concelho (turismo, agricultura,

floresta, artesanato e outras);

• Criação de um portal informático.

Câmara Municipal

(Gabinete de A.

Social)

Juntas de Freguesia

IPSS´s do Concelho

- Santa Casa da

Misericórdia de

Arganil

- Santa Casa da

Misericórdia de Vila

Cova do Alva

- Segurança Social –

CDSS de Coimbra

- Centro de Saúde

- IEFP

- Agrupamentos de

Escolas;

- Bombeiros

Voluntários de

Arganil e Coja;

- GNR

- Associações

Juvenis

- Associações de

Pais e Encarregados

de Educação,

- Associações

Culturais,

Recreativas e

Desportivas

- Tecido Empresarial

- ACIC

- Agenda 21

149

Análise SWOT do Concelho, por eixo de intervenção prioritário

EIXO III – Sistemas de Informação, Desenvolvimento e Sustentabilidade Territorial

Forç

as

- Rede Social de Arganil;

- Câmara Municipal e o seu site;

- Plano Director Municipal;

- Rede de Infra-Estruturas Básicas;

- Desenvolvimento Social de Arganil;

- Agenda 21 Local;

- Boas acessibilidades;

- Posição geográfica estratégica;

- Rede de equipamentos e serviços;

- Boas condições de comunicação com generalização da banda larga; - Pontos de interesse turístico;

- Património arquitectónico, histórico,

natural e cultural

- Insuficiência de dinâmicas de empreendedorismo no concelho - Insuficiente articulação entre os instrumentos de planeamento locais; - Ausência de Mercado de Produtos Endógenos; - Insuficiência de recursos para a operacionalização de algumas políticas públicas; - Dinâmica demográfica;

-Mão-de-Obra pouco qualificada;

- Populações com baixos rendimentos;

- Dinamismo empresarial;

- Associações de produtores locais;

- Transporte público;

- Igualdade de género;

- Ausência de Guia de recursos, Produtos e catalogação; - Abandono das terras de cultivo; - Desvalorização dos saberes tradicionais locais; - Fraca iniciativa/investimento de risco;

Fra

quezas

Oport

unid

ades

- Quadro institucional/contexto regional;

- Integração crescente dos objectivos de desenvolvimento sustentável nas políticas públicas; - Acesso a instrumentos de financiamento comunitário; - Redes e parcerias sub-regionais;

- Valorização do património natural e

cultural;

- Enfoque global na sustentabilidade;

- Novas abordagens aos desafios da sociedade contemporânea; - Potencial do sector turístico – reforçar a atracção turística pela natureza e património histórico; -Programas e medidas de âmbito nacional

-Indeferimento de candidaturas;

- Insuficiente aposta na uniformização de

Procedimentos;

- Crise económica;

- Quebra da coesão interna do PIN;

- Concorrência de outros Municípios na fixação populacional; - Inexistência de uma postura de parceria e

de planeamento concertado.

Ameaç

as

ANEXOS

Abreviaturas

AD – Apoio Domiciliário

ADIBER – Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra

ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro

CAJ – Centro de Apoio à Juventude

CAP – Centro Atendimento Permanente

CASE – Centro de Apoio Social Escolar

CAT – Centro de Acolhimento Temporário (crianças)

CAT – Centro de Apoio a Toxicodependentes

CCRDC – Centro de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro

CD – Centro de Dia

CDSSSC – Centro Distrital de Segurança e Solidariedade Social

CEA – Centro de Emprego de Arganil

CEB – Ciclo do Ensino Básico

CEFPA – Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil

CLASA – Conselho Local de Acção Social de Arganil – Rede Social

CMA – Câmara Municipal de Arganil

CN – Centro de Noite

CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

CRAC – Centro Regional de Alcoologia de Coimbra

DREC – Direcção Regional de Educação do Centro

EFA – Educação Formação de Adultos

EPTOLIVA – Escola Profissional de Tábua, de Oliveira do Hospital e Arganil

EQUAL – Programa de Iniciativa Comunitária

FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

GAS – Gabinete de Acção Social

GNR – Guarda Nacional Republicana

HCC – Hospital de Cuidados Continuados

HPL – Hospital Psiquiátrico do Lorvão

HUC – Hospitais da Universidade de Coimbra

IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional

INE – Instituto Nacional de Estatística

IPJ – Instituto Português da Juventude

IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social

IRS – Instituto de Reinserção Social

JF – Junta de Freguesia

JVS – Programa Jovens Voluntários para a Solidariedade

LEADER – Programa de Iniciativa Comunitária de Desenvolvimento Rural

OTL – Ocupação de Tempos Livres

PAII – Projecto Integrado de Apoio a Idosos

PCAAC – Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados

PCV – Programa Concelhio de Voluntariado

PDIAS – Projecto de Desenvolvimento Integrado de Acção Social

PETI – Plano para a Eliminação do Trabalho Infantil

PIDDAC – Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da

Administração Central

PIIP – Plano Integrado de Intervenção Precoce

PLA – Problemas Ligados ao Álcool

PMPT – Plano Municipal de Prevenção da Toxicodependência

PNAI – Plano Nacional de Acção Para a Inclusão

POEFDS – Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social

PROGRIDE – Programa de Inserção e Desenvolvimento

RSI – Rendimento Social de Inserção

SOLARH – Programa de Solidariedade e de Apoio à Recuperação de Habitação

TFM – Tribunal de Família e Menores

Nomenclaturas e Conceitos

� DESENVOLVIMENTO SOCIAL

De acordo com a cimeira de Copenhaga (1995), a noção de desenvolvimento social

apresenta-se como uma componente do desenvolvimento sustentável, a par com a

noção do desenvolvimento económico e com a de protecção ambiental. Trata-se de

uma perspectiva sobre o desenvolvimento que dá particular ênfase às necessidades

dos indivíduos, das famílias e das suas comunidades, assentando em três

pressupostos básicos: o direito ao emprego, a erradicação da pobreza e a promoção

da integração social.

� DESENVOLVIMENTO LOCAL

Noção que se desenvolveu propondo-se como alternativas às perspectivas

funcionalistas do desenvolvimento territorial, que acreditavam que, investindo em

determinadas zonas-motor, a dinâmica do desenvolvimento se alastraria, por si, para

outras regiões do país, e que em Portugal, deu origem a fortes desequilíbrios

territoriais.

Passa pela valorização dos recursos endógenos e dinamização das populações e dos

actores locais, no quadro de uma noção de desenvolvimento sustentável mais

englobante, que articula o desenvolvimento social com o desenvolvimento económico

e o ambiente.

É uma dinâmica essencialmente territorializada, mas que não é fechada em si,

integrando os recursos e as oportunidades que são oferecidos ao nível nacional e

comunitário.

� POBREZA

Refere-se às deficientes condições materiais de existência, podendo ser relativa

quando a insuficiência de recursos materiais é impeditiva do acesso a condições de

vida dignas, segundo o padrão de cada país, ou absoluta quando essa deficiência é

inibidora da satisfação de necessidades de subsistência e impede o desempenho das

actividades elementares do quotidiano.

� EXCLUSÃO SOCIAL

Conceito que traduz uma situação oposta à de participação e que pode assumir

diversas acepções conforme os contextos nacionais em que ela é usada. A tradição

Anglo-Saxónica associa-a a impedimentos que impossibilitam as pessoas de exercer o

seu estatuto de cidadãos e portanto de usufruir de direitos como o direito à habitação,

ao emprego, à saúde, à educação, à posse de uma identidade positiva, etc. Nos

países Francófonos, ela refere-se à ruptura de laços sociais (institucionais com os

sistemas de emprego, habitação, etc, e informais, com a família, com vizinhos e

amigos, etc. É entendido como um processo que em fases extremas pode conduzir ao

isolamento social. Pode ainda ser entendida como o oposto de inclusão ou de

empowerment, isto é, como a privação de capacidade de intervir nas próprias

condições de vida, o que supõe o arrendamento dos excluídos dos mecanismos de

transformação societal e das decisões, inclusivamente daquelas que a eles dizem

mais directamente respeito.

� PLANEAMENTO ESTRATÉGICO (APLICADO À INTERVENÇÃO SOCIAL)

O planeamento pode entender-se como um procedimento racional, que traduz a

articulação e integração de decisões e através do qual se formalizam compromissos e

estratégias de mudança (social e territorial). Traduz uma forma participada de pensar,

agir e decidir sobre o futuro desejável.

� PARCERIA

Dinâmica de Funcionamento e intervenção, cooperativa e negociada, entre entidades

públicas e privadas e outros actores locais, com o objectivo de potenciar o

desenvolvimento local. Esta forma de funcionamento permite uma racionalização

participada da acção, reduzindo custos e riscos e promovendo trocas de experiências,

de conhecimento e de saberes. A tomada de decisão é assumida como um

compromisso colectivo.

� DIAGNÓSTICO SOCIAL

O Diagnóstico Social é um instrumento dinâmico que permite uma compreensão da

realidade social, inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas

prioritários e respectivas causalidades, bem como dos recursos e potencialidades

locais, que constituem reais oportunidades de desenvolvimento.

Por ser um instrumento resultante da participação dos diversos parceiros, é facilitador

da interacção e da comunicação entre eles, e parte integrante do processo de

intervenção, criando as condições sociais e institucionais para o seu sucesso.

Bibliografia

- Pré-Diagnóstico Social do Concelho de Arganil, Rede Social (2004);

- Diagnóstico Social do Concelho de Arganil, Rede Social (2005);

- Plano de Desenvolvimento Social do Concelho de Arganil, Rede Social (2005);

- Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo em Arganil, (2009)

- Diagnóstico da Sustentabilidade do Concelho de Arganil (2009), Agenda 21 Local

- Carta Educativa, Município de Arganil (2007)

- CPCJ de Arganil – Modelo de Recolha de Dados (2009)

- PNAI (2008-2010), Plano Nacional de Acção para a Inclusão, Lisboa, ISS, I.P.

- Estratégia Nacional para a Protecção Social e Inclusão Social 2008-2010, Ministério

do Trabalho e da Solidariedade Social (2008)

- ENDS (2005-2010), Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável

- Instituto da Segurança Social (2009), Rede Social, desafios e experiências de um

programa estruturante

- Carta social, MTSS, Gabinete de Estatística e Planeamento

- Relatório de Avaliação do PROGRIDE, Medida I (2009)

- Anuário Estatístico da Região Centro, Censos (2001), Resultados Definitivos –

Região Centro, Lisboa, INE

- Anuário Estatístico da Região Centro, Estimativas 2007 – Região Centro, Lisboa, INE

- Anuário Estatístico da Região Centro, Estimativas 2008 – Região Centro, Lisboa, INE

- Anuário Estatístico da Região Centro, Estimativas 2009 – Região Centro, Lisboa, INE

- Instituto do Emprego e Formação Profissional, Estatísticas Mensais (2010)

- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Sessões Temáticas Inter-CLAS

(2008)

Webgrafia

- http://www.ine.pt

- www.cm-arganil.pt

- http://www.drec.min-edu.pt

- http://www.seg-social.pt

- http://www.gep.pt

- http://www.iefp.pt

- www.cartasocial.pt

-