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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
PLANO DE
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
2012 – 2014
Vila Nova de Gaia
SUPERVISÃO _ Núcleo Executivo do CLAS de Vila Nova de Gaia
- Câmara Municipal de Vila nova de Gaia: Amélia Traça
- Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia: Mira Paulo
- Instituto da Segurança Social, IP. C.D. Porto: Odete Marques
- Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia: Célia Rodrigues
- Centro de Reabilitação Profissional de Gaia: Jerónimo de Sousa
CONCEPÇÃO E REDACÇÃO _ Departamento Municipal de Acção Social e Saúde
Equipa Técnica:
(Coordenação): Olivia Rito/Marina Nunes
Domingos Couto
Hersilia Carvalho
Olga Damas
Olga Teixeira
Susana Barros
Colaboradores: Ana Santos
Célia Teixeira
Elsa Pinto
Consultor: António Baptista
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
ÍNDICE INTRODUÇÃO I – Diagnóstico Social
1 – Demografia777777777777777777777777777777......12 1.1. População Residente 1.2. Estrutura Etária 1.3. Taxa de Variação 1.4. Índice de Envelhecimento e Dependência 1.5. Taxas de Crescimento Total, Natural e Migratório
2 – Equipamentos e Respostas Sociais por Problemática Social7777777.....25 2.1. Crianças e Jovens::::::::::::::::::::::::::::::::25
2.1.1. Creches 2.1.2. Centro de Actividades e Tempos Livres 2.1.3. Educação
2.1.3.1. Pré-Escolar 2.1.3.2. 1º Ciclo do Ensino Básico 2.1.3.3. 2º e 3º Ciclo de Ensino Básico e Cursos Tecnológicos 2.1.3.4. Ensino Privado 2.1.3.5. Níveis de Insucesso Escolar e Abandono Escolar 2.1.3.6. Projectos de Intervenção
2.2. Terceira Idade:::::::::::::::::::::::::::::::..:....49
2.2.1. Equipamentos e Respostas
2.3. Deficiência:::::::::::::::::::::::::::::::::::.53 2.3.1. Equipamentos e Respostas 2.3.2. Alunos com Necessidades Educativas Especiais
2.4. Saúde::::::::::::::::::::::::::::::::::::....57 2.4.1. Situação actual/ACES/Indicadores de Saúde 2.4.2. Saúde Mental 2.4.3. Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – RNCCI 2.4.4. Toxicodependência 2.4.4.1. Projectos de Apoio à Toxicodependência
2.4.5. HIV
3 – Famílias /Vulnerabilidade Social777777777777777777777 73
3.1.CPCJ:::::::::::::::::::::::..::::::::::.::..:.73
3.1.1.Os Níveis de Intervenção Comunitária na Protecção das Crianças e Jovens 3.1.2. A Intervenção das CPCJ
3.2. RSI:::::::::::::::::::::::::::::::::::::.....83 3.3. Violência Doméstica:::::::::::::::::::::::::::::::96
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Rede Social
3.4. Apoios de Emergência Social:::::::::::::::::::::.:::::103
4 – Emprego, Formação e Qualificação77777777777777777777106 4.1. Análise da Situação Actual:::::::::::::::::::::::::::..106
4.2. População Activa no Concelho::::::::::::::::::::::::...:108
4.3. Desemprego::::::::::::::::::::::::::::::.::.:.110
4.4. Qualificação profissional:::::::::::..:::::::::::::::::113
4.5. Ensino Profissionalizante:::::::::::::::::::::.:::::...:.114
II – Plano de Desenvolvimento Social 1 - Quadro de Referência de Intervenção Estratégica no Concelho77777..77..116
1.1 – Análise do potencial estratégico:::::::::::::.:::::...:................:..116 1.2 – Áreas de Potencial Estratégico do Desenvolvimento Social de Vila Nova de Gaia::::::::::::::::::::::::::::..::::::::.:: 118
2– Estratégias de Intervenção em Vila Nova de Gaia777777...7777777.. 119 Infância e Juventude
Terceira Idade
Deficiência
Saúde
Rendimento Social de Inserção
Núcleos Locais de Inserção do R.S.I.
3 – Construção e Análise do Mapa de Vulnerabilidade Social do Concelho77..7.129
3.1. Mapas de Vulnerabilidade Social do Concelho::::::::::::::::::...132
3.2. Tipologias de Vulnerabilidade Social no Território:::::::::::......................143 3.3. Propostas de Intervenção Concelhia:::::::::::::::::::::::.148
Siglas77777777777777777777777777777777...777151 Glossário7777777777777777777777777777777777.153 Bibliografia777777777777777777777777777777...77..155 Anexos7777777777777777777777777777777.777...163
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
INTRODUÇÃO A Rede Social de Vila Nova de Gaia foi constituída a 28 de Fevereiro de 2000, como projecto-piloto, nos
termos da resolução de Conselho de Ministros nº 197/97 de 18 de Novembro e restruturada pelo
Decreto-lei nº 115 de 14 de Junho de 2006, que instituiu a Rede Social enquanto uma medida de política
social, que procura impulsionar um trabalho de parceria assente na planificação estratégica da
intervenção social local, visando a promoção do desenvolvimento social.
O trabalho da Rede Social, enquanto espaço privilegiado de conjugação de esforços entre os diferentes
parceiros sociais, pode de forma concertada e articulada, contribuir para garantir as condições e
oportunidades para uma efectiva inclusão.
A Rede Social de Gaia é constituída por um Conselho Local de Acção Social, composto por vinte e três
Comissões Sociais de Freguesia, englobando Instituições Públicas e Privadas, atravessando os vários
quadrantes sectoriais do território municipal, com responsabilidade na acção social do concelho. Na
Constituição das Comissões Sociais de Freguesia foram elaborados planos operacionais, seguindo a
técnica “Árvore de Problemas”, que permitiu o levantamento, discussão e identificação dos principais
problemas sociais das freguesias pelos parceiros presentes, o que conduziu à definição das primeiras
prioridades de intervenção com a respectiva calendarização das acções.
O Plano de Desenvolvimento Social de 2004/07 de Vila Nova de Gaia assumiu-se como um instrumento
orientador das actividades desenvolvidas no âmbito da Rede Social, definido em função dos problemas e
necessidades diagnosticados, bem como, das respostas sociais existentes.
A sua estrutura passou por definir vectores críticos da realidade social designados de eixos estratégicos
das grandes áreas problemáticas: comunidade educativa, empregabilidade e acção social.
A articulação dos parceiros e a convergência de recursos permitiu concretizar alguns dos objectivos e
propostas estratégicas anunciadas. A meta proposta na valência das creches (atingir o dobro das
respostas existentes) foi alcançada na sua totalidade (20%). No âmbito da 3ª idade as novas respostas
criadas nas IPSS foram significativas na valência lar (100 lugares), centro de dia (70 lugares) e apoio
domiciliário (155 lugares).
Também foram desenvolvidas parcerias entre instituições públicas e privadas, que de forma articulada e
integrada, encontraram respostas conducentes ao desenvolvimento social das populações mais
vulneráveis, tais como:
- Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vila D’ Este:” Agir XXI”.
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Rede Social
- Protocolos no âmbito do Rendimento Social de Inserção;
- Uma equipa local de Crianças e Jovens em Perigo;
- Gabinetes de inserção profissional (GIP);
- Territórios de Intervenção Prioritária (TEIP);
- 4 Projecto Escolhas:
- CEF, RVCC e EFAS criado em escolas do ensino regular da rede pública para dar resposta ao
abandono, absentismo e insucesso escolar;
- Criação de mais uma CPCJ.
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Rede Social
METODOLOGIA DO PDS
O actual contexto de mudança social acelerada em que vivemos é suficientemente complexo e
imprevisível para que se torne determinante uma releitura das opções estratégicas de intervenção e
consequente replaneamento da utilização dos recursos e sua priorização em função das novas
necessidades. Por um lado, acentuam-se as necessidades sociais associadas à ruptura e exclusão
social de grupos e famílias até há pouco sustentáveis, envolvendo franjas da classe média no circuito de
resposta social. Por outro, a restrição de recursos com que as instituições enfrentavam as problemáticas
sociais mais complexas e permanentes, como as baixas qualificações, competências parentais
desfasadas e questões específicas dos grupos mais vulneráveis (crianças em risco, idosos, deficiência,
dependências e insucesso escolar entre os jovens) acentuam a gravidade das necessidades sociais e os
problemas em que se enquadram.
Nesta etapa da conjuntura em que vivemos, o presente PDS, regulamentado pelo Decreto-Lei 115/2006
de 14 de Junho, deverá ser o instrumento de criação da adaptação e resposta da intervenção social do
concelho à nova situação. Assim, a lógica de planeamento que lhe está subjacente, baseia-se na
definição de quatro grandes orientações estratégicas:
- Caracterização social do Concelho;
- Priorizar os territórios onde se acentuam e convergem as necessidades sociais, orientando no futuro,
intervenções concertadas e integradas de intervenção no risco, perigo e emergência social;
- Identificar e estruturar a rede de respostas existentes no território, de modo a definir as tipologias de
resposta e equipamento social, que garantam a cobertura equitativa e de excelência do concelho,
ajustando os recursos às reais necessidade de Vila Nova de Gaia. Esta estratégia permite a coerência
da rede já existente, percebendo onde estão lacunas na resposta a certas problemáticas e zonas a
descoberto no concelho. Permitirá, igualmente, orientar os recursos escassos para as necessidades
realmente prioritárias, alertando para a escala de reais necessidades no território do concelho;
- Definir as prioridades estratégicas para a intervenção nas problemáticas sociais mais relevantes no
concelho, concertando um conjunto de estratégias como referencial para a acção dos parceiros da rede
social de Vila Nova de Gaia.
A metodologia adoptada no presente documento pretende conduzir à definição de um conjunto de
prioridades do trabalho da rede social no concelho, nomeadamente: evidenciar algumas tendências
(demográficas e outras) que possam condicionar o trabalho futuro das instituições, identificar as
prioridades de intervenção por eixo, actualizar as taxas de cobertura das respostas e equipamentos do
concelho de modo a estabelecer uma rede eficiente e não sobreposta e, por fim, identificar os territórios
prioritários no concelho (e respectivas problemáticas) que possam ser alvo de intervenções integradas
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Rede Social
multi-institucionais. As solicitações da rede sendo diversas e de vária ordem, conduziram à adopção de
uma metodologia mista e complementar, de acordo com diferentes procedimentos técnicos:
1- Actualização estatística
A actualização estatística do anterior PDS, que dista já cinco anos é uma componente metodológica
essencial. Os dados apresentados foram aqueles que foram possíveis recolher, por se tratarem dos
dados disponibilizados pelo INE e outras instituições, ao longo do tempo que decorreu a elaboração
deste estudo. Para muitas instituições parceiras da rede, a actualização estatística é fundamental para o
planeamento das suas respostas e intervenções no concelho. A análise estatística é necessária para as
instituições dimensionarem a capacidade existente, para a reorientarem de acordo com novas
necessidades e para a avaliação da sustentabilidade de algumas das suas opções.
Foram pesquisadas as fontes disponíveis com a colaboração activa das instituições do concelho:
Instituto Nacional de Estatística, Centro de Emprego de Gaia – IEFP, APAV, Ministério Público, ACES –
ARS, Carta Social do MTSS – GEP, DREN – Agrupamentos escolares, Departamentos Municipais da C.
M. G. – Educação e Acção Social, Banco Alimentar Contra a Fome, Projecto Escolhas, APDES,
Associação Abraço, CRI – IDT, IPSS de Vila Nova de Gaia, NLI 1 e 2 do Rendimento Social de Inserção
de Vila Nova de Gaia, ISS, I.P, CPCJ, AMI, EUROSTAT.
2- Actualização da Carta Social do Município
Nos cinco anos que distam do anterior PDS foram efectuados muitos investimentos na área social,
nomeadamente na criação de creches, lares de idosos e outras respostas sociais. Foi necessário
actualizar a dimensão da rede, de modo a verificar as taxas de cobertura por segmento de utentes e
pelos respectivos territórios de implantação.
Relevante para o planeamento do território em termos de respostas sociais foi também cruzar esta
informação com as variações demográficas, que definem potenciais orientações de investimento e
criação de novas respostas.
No actual contexto, torna-se imperativo racionalizar a rede de respostas existentes e a sua distribuição
equitativa no território, pelo que, a actualização das taxas de cobertura foi efectuada no presente PDS.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
3- Planeamento participativo na rede social
A garantia da participação dos parceiros da rede social nas suas decisões fundamentais foi desde
sempre um requisito metodológico chave, em todos os processos de planeamento. No presente PDS a
participação dos parceiros foi organizada em sessões temáticas por eixos, com a presença de todas as
instituições do concelho que se disponibilizaram a estar presentes. Os objectivos destas sessões foram
sobretudo criar um consenso sobre as prioridades e possibilidades de intervenções ou acções nestas
temáticas. Foram produzidos quadros síntese com as respectivas prioridades de intervenção.
Neste contexto foram realizadas as seguintes acções:
- Reuniões com as equipas e coordenadoras do RSI e coordenadoras dos NLI,s, com vista a uma
reflexão sobre a inserção social dos beneficiários do RSI;
- Grupos de trabalho com as instituições da área da Deficiência. Reunião com os técnicos das CSF no
sentido de definir os indicadores sociais das freguesias a constar no diagnóstico social do concelho;
- Sessão de trabalho para o planeamento do diagnóstico dos sem-abrigo em Gaia com os técnicos das
CSF e associações intervenientes nesta área, enquadradas na Estratégia Nacional para a Integração
dos Sem- Abrigo;
- Workshop’s sobre as respostas sociais na área da Deficiência, 3ª Idade e Infância (Creches e ATL);
- Reunião com o Director do Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia para discussão da questão do
Emprego, Qualificação e Formação;
- Apresentação em plenário do CLAS dos principais indicadores do Diagnóstico Social do Concelho para
discussão com os parceiros.
4- Organização dos territórios prioritários de intervenção
A leitura comparativa das problemáticas por território do concelho (freguesias) foi uma inovação
metodológica deste PDS. A leitura espacial das problemáticas territoriais pretendeu responder à
necessidade de “territorialização” das intervenções que também há muito foi traduzida na lógica da
criação das redes sociais como ferramenta territorial de intervenção.
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Rede Social
Procurou-se caracterizar as necessidades específicas de cada território no âmbito do concelho de modo
a tornar mais clara, objectiva e direccionada a definição e planeamento de intervenções integradas no
âmbito da rede social.
Nesta conformidade, após o trabalho desenvolvido com os parceiros, já referido, procedeu-se ao
tratamento da informação discutida. A organização da informação estatística, por freguesia, foi agrupada
pelos seguintes indicadores: acção social escolar, crianças e jovens em perigo sinalizados pela CPCJ,
beneficiários do RSI, população em situação de insuficiência económica apoiada pelo ISS,I.P,-C Dist do
Porto (subsídios de precariedade), habitação social, habitação social por insuficiência económica,
pessoas em situação de desemprego, consumidores de estupefacientes.
A sistematização destes indicadores, por freguesia, passou por definir os territórios com maior ou menor
grau de vulnerabilidade, através da concentração de problemáticas por território, o que permitiu definir as
tipologias de vulnerabilidade social em Vila Nova de Gaia.
Por cada tipologia identificada foi definida uma estratégia de intervenção, com níveis de prioridade social:
elevada, tendencialmente elevada, mais baixa e tendencialmente oscilante.
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Rede Social
1 – DEMOGRAFIA A evolução demográfica deve constituir simultaneamente um desafio e uma oportunidade.
O envelhecimento demográfico é um desafio ao qual só se pode responder se forem criadas condições
favoráveis para apoiar devidamente as pessoas que querem ter filhos e saber tirar o melhor partido das
oportunidades decorrentes de vidas mais longas, mais produtivas e com melhor saúde.
Na demografia, o resultado da conjugação de três factores, natalidade/esperança de vida/fluxos
migratórios, traduziu-se no envelhecimento da população no território nacional, nomeadamente em Vila
Nova de Gaia, o que modificou a sua estrutura e a pirâmide de idades. Trata-se de um duplo
envelhecimento, os designados «envelhecimento no topo» que corresponde ao aumento das pessoas
em idade mais avançada e «envelhecimento na base» que está relacionado com a diminuição das
pessoas em idades jovens. Isto vai ter implicações no equilíbrio entre a população em idade activa (15-
64 anos) e a população inactiva (65 mais anos), isto é entre a população produtiva e a população
dependente (beneficiada, que não participa na actividade económica).
A quebra da taxa de natalidade e o envelhecimento da população são frutos do progresso; o
prolongamento da esperança de vida é a consequência directa dos progressos da ciência, da higiene e
do nível de vida; o controlo da fecundidade pela própria mulher é o resultado da sua emancipação e
evolui paralelamente ao aumento do nível de educação das raparigas e à participação das mulheres na
vida activa. O declínio da fecundidade deve-se também à dificuldade em conciliar a vida profissional e a
vida familiar, ao contexto social gerador de ansiedade e ao temor do futuro.
As mulheres vivem mais do que os homens, o que se traduz na feminização do envelhecimento, e que
se reflecte na significativa parcela de mulheres em grupos de idade mais avançada.
Desta forma, a mudança demográfica é acompanhada de mudanças que atingem a composição das
famílias e traduz-se, designadamente, num número crescente de idosos que vivem sós. O aumento do
número de pessoas muito idosas e dependentes funcionalmente levanta novas preocupações de ordem
económica, social e mesmo ética.
As famílias, nomeadamente as mais jovens, enfrentam actualmente desafios resultantes sobretudo da
dificuldade de conciliar a actividade profissional dos pais com o cuidado dos filhos, na multiplicidade de
formas de vida familiar existentes e das novas exigências do estatuto da criança, pelo que se torna
fundamental organizar e dinamizar serviços/respostas sociais que lhes assegurem o bem-estar.
As projecções da população, para além de procurarem explicar a dinâmica populacional e os factores
que a podem influenciar, possibilitam informação de enorme relevância em processos de tomada de
decisão, como por exemplo o planeamento da oferta educativa e dos equipamentos sociais.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
As projecções do Eurostat (EUROPOP2008), apontam para um crescimento gradual e contínuo da
população da União Europeia até 2035 e posteriormente uma tendência de diminuição da população.
Paralelamente, a tendência será de envelhecimento da mesma.
Na União Europeia, com um aumento da população com idade igual ou superior a 65 anos e uma
diminuição da taxa da natalidade, as projecções apontam para 2060, a existência de 2 pessoas em idade
activa por cada pessoa com mais de 65 anos.
Portugal apresenta a este nível valores muito próximos da média europeia. A projecção da população
portuguesa aponta para um crescimento efectivo ligeiramente superior, mas a taxa de dependência
funcional dos idosos será igualmente superior em 2060, de 53,47% para a EU27 e de 54,76% para
Portugal.
Com a diminuição das taxas de natalidade e um aumento das taxas de mortalidade, o saldo natural da
população será negativo e o factor de crescimento da população será a imigração. Esta será um factor
determinante no crescimento populacional em Portugal e na Europa em particular, junto da população
em idade activa.
Segundo as projecções, as transformações demográficas caracterizar-se-ão por um envelhecimento
global da população, resultado da redução da percentagem de população jovem e do aumento da
proporção de população idosa; um declínio da população em idade activa, em particular nas faixas
etárias mais jovens e um aumento da taxa do envelhecimento e da dependência.
1.1 População Residente
A demografia estuda a dinâmica populacional, isto é, o seu objecto de estudo engloba a dimensão, a
estrutura e a distribuição da população humana num determinado território e período de tempo. As
estruturas demográficas não são estáticas, pois variam devido à natalidade, mortalidade, migrações e
envelhecimento.
O devir de cada região e as suas respectivas potencialidades parecem estar dependentes da intensidade
e direcção das migrações. O papel fundamental passa para as migrações internas e para a imigração.
A análise das estruturas demográficas do concelho de Vila Nova de Gaia, teve como referência a sua
integração aos seguintes níveis: Local (Grande Porto), Regional (Região Norte), Nacional (Portugal).
O Concelho de Vila Nova de Gaia é constituído por 24 freguesias, com uma área total de 168,4 Km2 e
com uma população residente1, em 2009, de 315 382 Habitantes, dos quais 151 986 Homens e 163 396
Mulheres, apresentando uma densidade populacional de 1 872,9 Hab/Km2.
1 A População residente total inclui a população com nacionalidade portuguesa, com nacionalidade estrangeira, dupla nacionalidade e apátridas (sem nacionalidade).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Quadro 1 - População residente no Município de V. N. Gaia, por género, área total e densidade populacional, em 2009
Fonte: INE, Estimativas 2009.
Ao analisar o Quadro n.º 1, constatamos que a população feminina continua a ter maior peso na
população total, com 51,8%, embora a diferença percentual em relação à população masculina seja
pouco significativa.
Gráfico 1 - População residente nos Municípios do Grande Porto, em 2001 e 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 1, Anexos.
1 370 657
263 131 288 749
1395751
210558315382
0
200 000
400 000
600 000
800 000
1 000 000
1 200 000
1 400 000
1 600 000
População Residente em 2001 População Residente em 2009
População Residente
Homens % Mulheres % Área Total
Km2
Densidade populacional
Hab/KM2
315 382 151986 48,2 163 396 51,8 168,4 1 872,9
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Gráfico 2 - Peso percentual da população residente por Município no Grande Porto, em 2001 e 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 1, Anexos.
Em 2009, Vila Nova de Gaia é o Município que detém, no Grande Porto, o maior volume populacional,
com 315382 habitantes (gráfico n.º 1), o que representa 22,6% da população total (gráfico n.º2). O
Concelho do Porto situa-se na segunda posição, com 210558 habitantes (gráfico n.º1), apresentando um
peso percentual em termos de população de 15,1% (gráfico n.º2).
Entre 2001 e 2009, a representatividade de V.N. de Gaia aumentou, de 21,1% para 22,6% (gráfico n.º2),
assim como a diferença percentual na representatividade, quando comparada com o Município do Porto,
de 1,9% (em 2001) para 7,5% (em 2009).
19,2
21,1
15,1
22,6
Espinho
Gondomar
Maia
Matosinhos
Porto
Póvoa de Varzim
Santo Tirso
Trofa
Valongo
Vila de Conde
Vila Nova de Gaia
2009
2001
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
1.2 – Estruturas etárias
Gráfico 3 - População residente em Vila Nova de Gaia por grupo etário, em 2001 e 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 2, Anexos.
O perfil etário da população residente em Vila Nova de Gaia tem vindo a envelhecer, tanto a nível da
base como do topo da pirâmide etária. Como se pode verificar no gráfico n.º 3, registou-se um
envelhecimento na população residente em Vila Nova de Gaia, entre 2001 e 2009, visível na diminuição
da camada jovem (dos 0-24 anos) e no aumento da população activa (dos 25-64 anos) e da população
idosa (65 ou + anos). Em 2001, a população dos 0-14 anos representava cerca de 17, % da população
residente, valor que reduz para 15,7%, em 2009, decorridos 8 anos. No outro extremo da escala etária, a
proporção de residentes com 65 e mais anos de idade passou de 11,9% para 15,3%. Tal significa que o
índice de envelhecimento demográfico, que mede precisamente a relação entre a população idosa (65 +
anos) e a população jovem (0-14 anos), aumentou entre 2001 e 2009. O número de idosos quase
suplanta o de jovens, 15,3% por relação a 15,7%.
0
10
20
30
40
50
60
0-14 anos 15-24anos
25-64anos
65 oumais
0-14 anos 15-24anos
25-64anos
65 oumais
2001 2009
17,114,1
57
11,915,7
11
58
15,3
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Gráfico 4 - População residente em Portugal, Região Norte, Grande Porto e Vila Nova de Gaia, por grupo etário, em 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas2009 – Ver Tabela 2, Anexos. Em comparação com o Grande Porto, Vila Nova de Gaia encontra-se na mesma tendência, em todos os
grupos etários.
1.3 Taxa de variação da população residente
Gráfico 5 - Taxa de variação da população residente nos Municípios do Grande Porto, entre 2001/2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 3, Anexos.
15,4
11
58
15,6
15,7
11
58
15,3
0-14 anos
15-24 anos
25-64 anos
65 ou mais20
09 Vila Nova deGaia
Grande Porto
Norte
Portugal
1,8
-14,3
6,6
19,4
1,4
-20
5,4
-4,2
9,2
14,6
4,3
9,2
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
18
Rede Social
Ao analisar, o gráfico n.º 5, verificamos que V. N. Gaia no contexto do Grande Porto, apresenta um
crescimento significativo entre 2001/2009, registando o maior crescimento populacional em termos de
valores absolutos, na ordem das 26 633 pessoas, e um dos concelhos com valor relativo superior, 9,2%.
Gráfico 6 - Taxa de variação da população residente em Vila Nova de Gaia,
por grupo etário, entre 2001/2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 3, Anexos.
É de realçar que em Vila Nova de Gaia o grupo etário que cresceu mais foi a população idosa, na ordem
dos 40,3% (gráfico n.º6), o que comprova o envelhecimento da população. No entanto, registou-se em
Vila Nova de Gaia um crescimento de 0,8% na camada mais jovem, dos 0-14 anos, o que não aconteceu
no Grande Porto, que revelou um valor negativo, -4,6% (gráfico n.º7).
Gráfico 7 - Taxa de variação da população residente em Vila Nova de Gaia e
no Grande Porto, por grupo etário, entre 2001/2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 3, Anexos.
-20
-10
0
10
20
30
40
50
0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65e + anos Total
0,8
-14,9
11,2
40,3
9,2
-40
-20
0
20
40
60
anos anos anos anos
0-14 15-24 25-64 65e + Total
Grupos EtáriosGrande Porto -4,6 -22,4 5,3 22 1,8
Vila Nova de Gaia 0,8 -14,9 11,2 40,3 9,2
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
19
Rede Social
A tendência de envelhecimento da população verifica-se em todos os Municípios, com a excepção do
Porto que teve um crescimento negativo em todos os escalões etários, revelando uma perda de
população residente na ordem das 52 573 pessoas.
1.4 Índices de envelhecimento e de dependência
Gráfico 8 - Índice de Envelhecimento em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 4, Anexos.
Apesar do registo de envelhecimento da população de Vila Nova de Gaia, o seu índice de
envelhecimento em 2009, de 97,2%, é inferior à média do Grande Porto (101,8%), da Região Norte
(102,6%) e a nível nacional (117,6%). No entanto, é notório que desde 1991 até 2009, o índice de
envelhecimento em Vila Nova de Gaia aumentou significativamente, passando de 47,62% para 97,2%.
Gráfico 9 - Índice de Envelhecimento em Vila Nova de Gaia, em 1991, 2001 e 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 4, Anexos.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Portugal
NorteGrande Porto
Espinho Gondomar
Maia
Matosinhos Porto
Póvoa de Varzim Santo Tirso
Trofa Valongo
Vila do Conde
Vila Nova de Gaia
117,6
102,6101,8
117,194,4
84,3
102,5
160,274,7
108
81,5
81,786,3
97,2
0
20
40
60
80
100
1991 2001 2009
Índice de envelhecimento
47,6269,78
97,2
Índice de envelhecimento 1991 Índice de envelhecimento 2001 Índice de envelhecimento 2009
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
20
Rede Social
Quanto ao índice de dependência, verifica-se o crescente fenómeno do envelhecimento, através do
aumento do rácio do índice de dependência de idosos, de 13,7% em 1991 passa para 22,1% em 2009.
O que significa que existem, em Vila Nova de Gaia, 22 pessoas idosas por cada 100 pessoas em idade
activa.
Gráfico 10 - Índice de dependência total, idosos e jovens em Vila Nova de Gaia,
em 1991, 2001 e 2009
IDT – Índice de dependência Total IDJ – Índice de dependência Jovem
IDI - Índice de dependência Idosos
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 5, Anexos.
Gráfico 11 - Índice de dependência total, idosos e jovem em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, em 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 5, Anexos.
0
10
20
30
40
50
IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI
2008/2009 2001 1991
44,9
23 22,1
40,7
24
16,7
42,6
28,8
13,7
0 20 40 60 80 100 120
Portugal
Região Norte
Grande Porto
Espinho
Gondomar
Maia
Matosinhos
Porto
Póvoa de Varzim
S. Tirso
Trofa
Valongo
Vila do Conde
V. N. Gaia
49,4
45,2
45,3
51,5
44,9
22,8
22
22,5
19,6
23
26,7
22,9
22,9
31,7
22,1
Índice Dependência Total Índice Dependência Jovem Índice Dependência Idosos
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
21
Rede Social
Quando comparamos V.N. de Gaia com o Grande Porto, no que respeita aos índices de dependência
total e de idosos, verificamos que apresenta valores inferiores. O mesmo não se verifica no índice de
dependência jovem, que apresenta um valor ligeiramente superior à média do Grande Porto.
1.5 Taxas de crescimento total, natural e migratória
Gráfico 12 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório, nos Municípios do Grande Porto, em 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 6, Anexos.
Vila Nova de Gaia apresenta um crescimento efectivo superior ao Grande Porto, 0,84% em relação a
0,15%. A taxa de crescimento natural segue a mesma tendência, 0,21% por relação a 0,12%. A taxa de
crescimento migratório, 0,63%, é superior à taxa de crescimento natural, 0,21%.
Gráfico 13 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório de Vila Nova de Gaia, em 2001 e 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 6, Anexos.
-3
-2
-1
0
1
2
0,15
0,84
0,12
0,21
0,030,63
Taxa de crescimento efectivo Taxa de crescimento natural Taxa de crescimento migratório
1,49
0,41
1,08
0,84
0,21
0,63
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
Taxa decrescimento
efectivo
Taxa decrescimento
natural
Taxa decrescimentomigratório
Taxa decrescimento
efectivo
Taxa decrescimento
natural
Taxa decrescimentomigratório
2001 2009
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
22
Rede Social
Sendo assim, pode-se constatar que o processo de crescimento populacional em V.N. de Gaia é devido
sobretudo ao contributo positivo do saldo migratório, tanto em 2001 como em 2009. No entanto, a taxa
de crescimento natural é igualmente favorável. Neste sentido, é importante o fluxo migratório na
dinâmica populacional.
Gráfico 14 - Indicadores demográficos de Vila Nova de Gaia, em 2001 e 2009
Fonte: INE, Censos 2001 e Estimativas 2009 – Ver Tabela 7, Anexos.
Pode-se constatar no gráfico n.º 14, um declínio da natalidade e da fecundidade, entre 2001 e 2009,
constituindo factores determinantes para o acentuar do envelhecimento da população, em
consonância com o prolongamento da vida até idades muito avançadas.
A conjugação dos factores como o envelhecimento da população, a diminuição do nível de
nupcialidade e de fecundidade, o aumento do nível de divorcialidade fizeram emergir novas
configurações familiares. Ao modelo clássico de pai/mãe/filhos acrescentam-se outras formas de
família, designadamente o aumento das pessoas que vivem sós, das famílias monoparentais e das
famílias recompostas a par da diminuição das famílias numerosas.
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0
Taxa bruta natalidade
Taxa bruta mortalidade
Taxa bruta nupcialidade
Taxa bruta divórcio
Taxa fecundidade geral
Taxa bruta natalidade
Taxa bruta mortalidade
Taxa bruta nupcialidade
Taxa bruta divórcio
Taxa fecundidade geral
2009
2001
9,3
7,2
3,3
2,9
37,3
11,6
7,5
5,7
1,7
42,5
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
23
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Gráfico 15 - Nados-vivos e óbitos nos Municípios do Grande Porto, em 2009
Fonte: INE, Estimativas 2009 – Ver Tabela 8, Anexos.
A taxa de natalidade tem decaído desde 1991, o que representa um decréscimo de nados vivos. No
entanto, o número de nascimentos tem sido superior ao número de óbitos, pelo que o crescimento
natural (medido pela diferença entre as duas variáveis) se apresenta positivo, com repercussões sobre a
vitalidade demográfica do município de Vila Nova de Gaia.
0 2 000 4 000 6 000 8 000
10 000 12 000 14 000 12 233
1 9622 929
10 647
2 872 2 254
Nados-vivos Óbitos
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24
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Gráfico 16 - População estrangeira com estatuto legal de residente e que solicitou estatuto de residente nos Municípios do Grande Porto, em 2009
Fonte: INE, Estimativas 2009 – Ver Tabela 9, Anexos.
No que respeita à população estrangeira com estatuto legal de residente e que solicitou estatuto de
residente, verificamos que no Grande Porto, Vila Nova de Gaia apresenta representações significativas,
com 20,8% e 16,4% respectivamente, só superado pelo Município do Porto, com 35,1% e 43,5%.
3 595
1 564
588
24 828
8 703
5 171
Grande Porto
Espinho
Gondomar
Maia
Matosinhos
Porto
Póvoa de Varzim
Santo Tirso
Trofa
Valongo
Vila do Conde
Vila Nova de Gaia
População estrangeira com estatuto legal de residentePopulação estrangeira que solicitou estatuto de residente
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
25
Rede Social
2 – EQUIPAMENTOS E RESPOSTAS SOCIAIS POR PROBLEMÁTICA SOCIAL
2.1 CRIANÇAS E JOVENS
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Organização das Nações Unidas considera que as
crianças, devido á sua vulnerabilidade física, psíquica e social têm direito a cuidados especiais.
A Declaração sobre os Direitos da Criança2 define um conjunto de direitos (civis, políticos, sociais,
económicos e culturais), assentes em quatro princípios basilares:
� “Não descriminação” na medida em que toda a criança tem direito a desenvolver o seu potencial;
� “O interesse superior da criança” deve ser consideração prioritária em todas as acções e
decisões;
� “A sobrevivência e desenvolvimento” sublinham a importância vital da garantia de acesso a
serviços básicos e á igualdade de oportunidades;
� “A opinião da criança” deve sempre ser tida em conta em todos os assuntos que se relacionem
em direitos.
Actualmente, um dos desafios da sociedade é conseguir que os seus sistemas de bem-estar se
adequem às alterações demográficas, económicas e sociais preservando os direitos de cidadania
consubstanciados no modelo social europeu.
As estratégias que se colocaram a nível nacional têm em atenção os seguintes indicadores globais:
- Decréscimo da natalidade, acompanhado de crescente envelhecimento populacional, com
reflexos no período contributivo;
- Crescimento da despesa com pensões a um ritmo superior ao das contribuições, traduzindo-se
em problemas para a sustentabilidade financeira;
- Transformações de carácter económico caracterizada por uma desaceleração no crescimento;
- Desemprego, com maior relevância em grupos com vínculos mais precários e em segmentos
da população com maior dificuldade de acesso ao mercado de trabalho;
- Vulnerabilidade de alguns grupos na ligação ao mercado de trabalho;
- Salários reduzidos;
- Dificuldades em conciliar a actividade profissional e a vida pessoal e familiar;
- Acréscimo de mulheres no mercado de trabalho quer por necessidade de equilíbrio do
orçamento/desempenho de papel activo na vida social/realização profissional;
2 Declaração dos Direitos da Criança adoptado pela Assembleia das Nações Unidas em 20/11/59
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26
Rede Social
- As alterações relativas a novas formas de viver a conjugalidade, tais como, a coabitação sem
casamento ou os agregados familiares monoparentais acarretam implicações nas condições de
vida e desenvolvimento das crianças/jovens;
- Maior dificuldade por parte de famílias monoparentais em equilibrar vida pessoal/familiar com a
vida profissional.
O Plano Nacional de Acção para a Inclusão3 apresenta orientações para uma política articulada e
transversal, que favoreça e constitua um instrumento central de promoção da conciliação entre a
actividade profissional e a vida pessoal e familiar, bem como um mecanismo de reforço da igualdade de
oportunidades e igualdade de género.
Neste plano são descritas algumas directrizes de actuação:
- Reforçar medidas no âmbito da protecção social;
- Investimento e qualificação das respostas existentes ao nível de equipamentos e serviços;
- Desenvolver políticas activas de emprego que reforcem o apoio às famílias e
consequentemente às crianças inseridas nestes agregados;
- Promover medidas no âmbito do sistema educativo;
- Promover a inserção profissional de grupos desfavorecidos, no quadro das políticas activas de
emprego e formação profissional, que contribuam para criação de melhores condições de
enquadramento familiar das crianças em situação de pobreza;
- Reforçar o exercício da parentalidade positiva. Pais e encarregados de educação devem
garantir o desenvolvimento de competências e potencialidades às crianças.
Os equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens têm um papel essencial na medida em que devem
responder às necessidades específicas de cada criança e jovem e respectivas famílias. Proporcionam
condições de retaguarda e complemento de funções parentais e/ou familiares, sendo inequívoca a sua
importância tanto no plano quantitativo, dando resposta ao mais alargado numero de crianças, como
qualitativamente, prestando um serviço de qualidade, ajustado às necessidades de crianças e jovens,
contribuindo para o seu crescimento nas diferentes dimensões: educativa e psicossocial.
3 Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2006), Plano Nacional para a Inclusão 2006-2008, Lisboa.
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27
Rede Social
2.1.1 – Creches
Vila Nova de Gaia dispõe de uma taxa de cobertura de equipamento de creche, para o grupo etário dos
0 aos 2 anos, de 20,5%.
A população estimada para este grupo etário é 9382 crianças e o concelho dispõe de 1925 lugares
criados para dar resposta. Estas pertencem ao sector de solidariedade social e ao privado, sendo o
primeiro o responsável pelo maior número das mesmas, 1.010 funcionam em equipamentos das IPSS,
330 respostas estão aprovadas, ao abrigo dos vários Programa de Apoio para criação de equipamentos
sociais (PARES, QREN-POPH, ON) e 126 estão entregues a Amas, da responsabilidade do ISS-IP, e o
sector privado é responsável por 383 lugares.
A meta proposta no PDS da Rede Social de 2004-2007 apontava para o dobro do número de respostas
de creche, meta que foi atingida, tendo passado de 10,6% (2004) para 20,5% (2010), correspondendo a
um aumento de 9,1%. Apesar deste aspecto positivo da dinamização e esforço das IPSS do concelho na
concretização desta meta, existem ainda, 5 freguesias que não dispõem de qualquer tipo de
equipamento criado para este grupo etário, são elas: Lever, S. Pedro da Afurada, Seixezelo, Sermonde,
Serzedo.
Por outro lado, existem freguesias com taxas superiores ao valor da meta indicada pelo PNAI para 2013,
ou seja de 33%4, destacando-se nesta situação, por ordem decrescente, as freguesias de Madalena
47%, Crestuma 46,6%, Avintes 38,7%, Olival 36,3 e Stª Marinha 37,3%.
Todas as instituições do concelho, com esta valência, têm lista de espera, representando isso um
indicador da carência desse equipamento.
Como foi referido antes, a meta do PNAI (2008-2010) aponta para um aumento de 33% na taxa de
cobertura até 2013, o que significa que Vila Nova de Gaia precisa de mais 12,5% de respostas para
este grupo.
4 Considerada a taxa de cobertura satisfatória para o grupo etário
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28
Rede Social
Quadro 2 - Nº de respostas sociais creches 0 – 2 Anos
FREGUESIA População5
3% Percentagem
IPSS Privados Amas Pares Total Tx.
Grupo Etário**
cobertura
Arcozelo 13.417 402,5 35
35 8,70%
Avintes 12.478 374,3 140
5
145 38,70%
Canelas 13.323 399,7
63 63 15,80%
Canidelo 25.707 771,2 15 33 4 33 85 11,00%
Crestuma 3.221 96,6 45
45 46,60%
Grijó 11.134 334
19
19 5,70%
Gulpilhares 10.508 315,2 25
25 7,90%
Lever 3.284 98,5
0,00%
Madalena 10.133 304 95
48 143 47,00%
Mafamude 42.189 1.265,70 210 173 9
392 31,00%
Olival 6.067 182 33
33 66 36,30%
O.Douro 25.332 760 45 15 25 99 176 23,20%
Pedroso 19.984 599,5 44 17
61 10,20%
Perosinho 6.442 193,3
45
45 23,30%
Sandim 6.849 205,5 35
35 17,00%
Stª Marinha 33.307 999,2 255 41 18 59 373 37,30%
S.Feix Marinha 12.103 363,1
27
27 7,40%
S.Pedro Afurada 3.722 111,6
0 0,00%
Seixezelo 1.876 56,3
0 0,00%
Sermonde 1.314 39,4
0 0,00%
Serzedo 8.163 244,9
0 0,00%
Valadares 9.851 295,5
4
4 1,40%
V.Andorinho 18.108 543,2 33 33 16
82 15,10%
V.Paraíso 14.230 426,9
25
25 5,90%
TOTAL 312.740* 9.382,20 1.010 383 126 406 1925 20,50%
Fonte: Carta Social, MTSS- GEP, 2010 - DMASS e DME – CMG *INE, Estimativas Provisórias 2008. **Plataforma Supraconcelhia Grande Porto (valor estimado pelo DEP, ISS.IP) 2009.
5 A população por freguesia foi calculada a partir do valor da população do concelho, de acordo com as estimativas provisórias do INE 2008, tendo sido aplicado o peso da população por freguesia segundo os censos 2001.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
29
Rede Social
2.1.2 Centro de Actividades de Tempos Livres Em Vila Nova de Gaia temos 9 freguesias com Centro de Actividades de Tempos Livres para crianças do
1º e 2º ciclo do ensino básico da responsabilidade de Instituições de Solidariedade Social, com
capacidade para 1120 crianças, mas só 750 frequentam esta valência; as AEC6 funcionam em 102
escolas do 1º ciclo e correspondem a 600 turmas. O Inglês e Educação Física são actividades que
funcionam em todas as turmas, do 1º ciclo da rede pública, com horário até às 17h30m.
Na componente de apoio à família funcionam os ATL em 13 freguesias distribuídos por 29 salas, da
responsabilidade das Associações de Pais. Na rede privada existe uma capacidade de 142 lugares,
estando ocupados por 53 crianças.
Tanto a nível das IPSS como do sector privado, há uma oferta superior à procura para este tipo de
equipamento, não sucedendo o mesmo na rede pública.
6 Criadas por legislação da responsabilidade do Ministério da Educação em parceria com a Autarquia e geridas pela empresa municipal GAIAANIMA
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
30
Rede Social
Quadro 3 - Centro de Actividades de Tempos Livres
FREGUESIA IPSS R. Público Privado
Capacidade Crianças ATL[7 AEC8 Capacidade Crianças
Arcozelo 60 60 1 x 40 -
Avintes - - 2 x - -
Canelas 50 48 - x - -
Canidelo 64 - 4 x - -
Crestuma 50 40 1 x - -
Grijó - - - x - -
Gulpilhares - - 1 x - -
Lever - - - x - -
Madalena - - 1 x - -
Mafamude 255 243 1 x 56 26
Olival - - 1 x - -
O.Douro 125 - 4 x 46 17
Pedroso 107 53 - x - -
Perosinho - - - x - -
Sandim 60 60 3 x - -
Stª Marinha 349 246 4 x - -
S. Feix Marinha - - - x - -
S. Pedro Afurada - - - x - -
Seixezelo - - - x - -
Sermonde - - - x - -
Serzedo - - - x - -
Valadares - - 3 x - -
V. Andoriinho - - - x - -
V. Paraíso - - 3 x - -
TOTAL 1120 750 29 - 142 53 Fonte: Carta Social, MTSS- GEP, 2010 - DMASS e DME – CMG.
7 Os ATL funcionam nas salas do 1º ciclo e são da responsabilidade das Associações de Pais. 8 AECs (Actividades Extra Curriculares).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
31
Rede Social
2.1.3 Educação
O PDS da Rede Social de V N Gaia definiu a Comunidade Educativa como um dos eixos estratégicos do
concelho. A educação escolar constitui um dos pilares estruturantes da vida dos indivíduos em
sociedade, sendo considerada um dos vértices fundamentais ao desenvolvimento do concelho e à
melhoria da qualidade de vida e bem-estar da sua população, crucial para a sua inclusão social. O PNAI
(2008-2010) defende que o acesso à educação apresenta-se como uma condição básica de
desenvolvimento do país, como também menciona que os fenómenos de insucesso e abandono escolar
estão frequentemente associados a situações de exclusão social.
Foram traçados vectores dentro do eixo estratégico da Comunidade Educativa do PDS, cujos objectivos
estratégicos foram implementados, tendo sido alcançados algumas metas propostas.
Quadro 4 - Indicadores de Educação
Ano
Percentagem 2005/2006** 2007/2008**
Taxa de pré-escolarização
57 59,69
Taxa bruta de escolarização no Ensino básico
102,8 100,610
Taxa bruta de escolarização Ensino Secundário
78,5 77,711
Taxa da retenção e desistência no ensino básico
Total 1ºciclo 2ºciclo 3ºciclo Total 1ºciclo 2ºciclo 3ºciclo
11,612 4,5 12,6 20,5 7,6 3,5 7,3 14,3
Taxa de transição/conclusão no ensino secundário
Total Cursos
gerais/científicos-humanísticos
Cursos tecnológicos
Total Cursos
gerais/científicos-humanísticos
Cursos tecnológicos
74,7 74,6 74,8 80,7 80,9 78,8
9 Dentro dos municípios do Grande Porto encontra-se 9º lugar - Tx GP- 73,8%9 10 Também neste indicador se encontra em 9º lugar Grande Porto - Tx GP- 119,6%
11 Encontra-se em 6º lugar nos municípios do Grande Porto -Tx GP- 93% 12 Neste está em 4 lugar face aos municípios do Grande Porto . Tx GP - 7,4%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
32
Rede Social
Ano
Percentagem
2005/2006** 2007/2008**
Relação de feminidade no ensino secundário
62,9 58,8
Taxa de ocupação dos edifícios escolares 13
>100%*** __
Fonte: *Censos 2001; **Dados do INE I.P, 2009 Indicadores de educação por município, 2001/2008; *** Carta Educativa V N Gaia
2007.
Deste quadro salientamos os indicadores que evidenciam evolução no concelho:
� Tx de pré-escolarização que regista um aumento de 2,6% no espaço de dois anos;
� Tx da retenção e desistência no ensino básico baixou 4%;
� Tx de transição/conclusão no ensino secundário aumentou 6%.
2.1.3.1- Pré-escolar
No concelho, 6211 crianças do grupo etário dos 3-5 anos frequentam este nível de ensino, distribuídos
pelos vários equipamentos existentes com esta valência. Das várias respostas criadas, 3155 pertencem
à rede pública, com salas em todas as freguesias, 2153 são da responsabilidade de Instituições de
Solidariedade Social, que estão implantadas em 16 freguesias do concelho, e 925 pertencem ao sector
particular. A componente de apoio à família14, nos jardins-de-infância da rede pública abrange 1795
crianças, o que significa que cerca de 57% das crianças que frequentam os equipamentos da rede
pública dispõem deste tipo de apoio.
A população estimada, para o grupo etário dos 3 aos 5 anos, em Vila Nova de Gaia é de 9382
crianças15, o que corresponde a uma percentagem de 3% da população do concelho, sendo que a taxa
de cobertura de equipamentos para este grupo etário de 66,2%.
13 Não são incluídos os do Pré-escolar
14 A componente de apoio à família compreende: o serviço de refeições e do prolongamento de horário.
15 O cálculo para obtenção deste valor foi obtido a partir do mesmo valor que este grupo etário representava no peso da população dos censos de 2001, ou seja de 3% e aplicado ao valor estimado da população do concelho de Vila Nova de Gaia, das Estimativas Provisórias do INE 2008.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
33
Rede Social
Dispondo o concelho de uma taxa de cobertura considerável, existem, no entanto, freguesias, com taxas
de cobertura abaixo dos 50%, nomeadamente, Vilar de Paraíso e Vilar de Andorinho, com as taxas mais
baixas, respectivamente de 23,8% e 35%, seguidas das freguesias de Serzedo, S. Felix da Marinha,
Seixezelo, Gulpilhares, Canelas e Grijó. Em contraste, com esta situação existem outras com taxas
acima dos 90% 16, como Stª Marinha, Sandim, Arcozelo e Crestuma.
Quadro 5 - Relação de Alunos no Ensino Pré- Escolar, 3-5 anos em Vila Nova de Gaia
Fonte: INE – Estimativas Provisórias 2008; ** DMASS- cálculos de autor; CAE e Departamento Municipal de Educação e Ensino CMVNGAIA- ano lectivo 2008/2009; e Carta Social - Segurança Social,
Comparando os dados apresentados no PDS de 2004-2007, para este grupo etário, observa-se uma
diminuição de 251 crianças20, em relação aos valores actuais. Este decréscimo reflecte-se ao nível da
rede pública e das instituições de solidariedade social, só superada pela rede lucrativa, responsável pelo
aumento de 2% da taxa de cobertura, tendo esta, passado de 64,3% para 66,2%.
16 Meta PNAI- Alargar e racionalizar a rede de equipamentos pré-escolar, até 2008, aumentando as taxas de cobertura para: 95% - 5 anos;85%- 4 anos; 85%- 3 anos. 17 Percentagem do grupo etário de 3% 18 Número de crianças a frequentar os Jardins de Infância 19 Número de crianças abrangidas pela Componente de Apoio à Família 20 Em 2004 havia 9633 crianças, dos 3-5 anos, de acordo com os Censos de 2001- INE
FREGUESIA População* %Grupo 17Etário
IPSS Rede Pública
Privados Total Tx.
cobertura Crianças18 Apoio19
Arcozelo 13.417 403 62 125 85 186 373 92,5% Avintes 12.478 374 120 154 72 - 274 73,3% Canelas 13.323 400 40 125 71 21 186 46,5% Canidelo 25.707 771 64 330 204 - 394 51,1% Crestuma 3.221 97 56 40 - - 96 99,0% Grijó 11.134 334 - 123 67 40 163 48,8% Gulpilhares 10.508 315 44 94 56 - 138 43,8% Lever 3.284 99 - 55 36 - 55 55,5% Madalena 10.133 304 69 179 69 - 248 81,6% Mafamude 42.189 1.266 430 273 142 301 1004 79,3% Olival 6.067 182 50 137 73 - 187 100,2% O.Douro 25.332 760 125 237 148 192 554 72,8% Pedroso 19.984 600 100 220 121 - 320 53,3% Perosinho 6.442 193 66 73 60 - 139 72,0% Sandim 6.849 206 100 88 64 - 188 91,2% Stª Marinha 33.307 999 707 238 156 115 1060 100,6% S.Feix Marinha 12.103 363 60 89 57 - 149 41,0% S.PedroAfurada 3.722 112 - 75 65 - 75 66,9% Seixezelo 1.876 56 - 46 22 - 24 42,8% Sermonde 1.314 39 - 24 24 - 24 61,5% Serzedo 8.163 245 - 100 23 - 100 40,8% Valadares 9.851 296 - 118 63 50 168 56,7% V.Andoriinho 18.108 543 60 130 71 - 190 35,0% V.Paraíso 14.230 427 - 82 52 20 102 23,8%
TOTAL 312.740* 9.382** 2.153 3.155 1795 925 6.211 66,2%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
34
Rede Social
2.1.3.2. - 1º Ciclo do Ensino Básico
No concelho de Vila Nova de Gaia, no ano lectivo de 2008/09, 13341 alunos encontravam-se a
frequentar o 1º ciclo do ensino básico, sendo 12031 da rede pública, distribuídos por 103 escolas,
ocupando 566 salas, o que representa uma média de aluno/sala de 21 alunos e 1308 alunos da rede
privada, distribuídos pelos 11 estabelecimentos de ensino existentes pelo concelho.
Quadro 6 - Relação de Alunos no 1º Ciclo do Ensino Público e Privado em V N Gaia
Freguesias 1º Ciclo
Público Nº Salas Med.al/sala Privado Total publ e priv.
Arcozelo 549 26 21 240 265
Avintes 539 27 20 - -
Canelas 452 21 21,5 - -
Canidelo 899 40 22,5 - -
Crestuma 119 6 19,8 - -
Grijó 475 23 20,7 - -
Gulpilhares 319 15 21,3 - -
Lever 135 7 19,3 - -
Madalena 406 19 21,4 - -
Mafamude 1622 69 23,5 350 373,5
Olival 308 16 19,3 - -
O. Douro 934 49 19 333 352
Pedroso 815 36 22,6 - -
Perosinho 183 8 22,9 - -
Sandim 302 14 21,6 - -
Stª. Marinha 1026 52 19,7 354 373,7
S.Félix Marinha 459 21 21,9 - -
S.P. Afurada 138 8 17,3 - -
Seixezelo 79 4 19,8 - -
Sermonde 64 3 21,3 - -
Serzedo 325 15 21,7 - -
Valadares 522 27 19,3 91 -
V. Andorinho 786 36 21,8 - -
V. Paraíso 575 24 24 - -
TOTAL 12031 566 20,9667 1308 13341
Fonte: CAE e Departamento Municipal de Educação – CMVNG Alunos inscritos no ano lectivo 2008/2009
Comparando com os dados apresentados no PDS anterior, houve uma diminuição de 179 alunos neste
nível de ensino.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
35
Rede Social
A Carta Educativa do Município de Vila Nova de Gaia (2007) aponta como “propostas de ordenamento:
• Requalificação escolar, permitindo a eliminação dos horários duplos e o desenvolvimento da
«Escola a tempo inteiro»;
• Reforçar a oferta da Rede Pré-Escolar aumentando a cobertura para uma taxa próxima de 90%;
• Rentabilização de recursos dos meios e recursos disponíveis, procurando articulações e
complementaridade;
• Racionalização dos meios e recursos.”
Neste seguimento, e tendo como objectivo geral “ Modernizar o Parque Escolar” apresenta 8 propostas
de intervenção – construção para o 1º ciclo e pré-primário, hoje designados campus escolares21.
Entretanto, e mais recentemente, foi acrescentado a esta lista, mais a construção de outro campo,
totalizando 9 campos escolares. A saber:
• Campus escolar da Serra do Pilar – EB1 e JI -em construção a abrir no ano lectivo
2011/012;
• Campus escolar Rego do Pinheiro – Avintes – EB1 e JI (com autorização para construir);
• Campus escolar da Lavandeira - O. Douro - EB1 e JI (com autorização para construir);
• Campus escolar Crasto - Madalena - EB1 e JI;
• Campus escolar Guardal – Mafamude - EB1 e JI;
• Campus escolar Pisão – Pedroso - EB1 e JI;
• Campus escolar Aldeia - Arcozelo - EB1 e JI;
• Campus escolar Juncal – S. Felix da Marinha - EB1 e JI;
• Campus escolar Arcos – Vilar de Andorinho- EB1 e JI.
21Os campus escolares são um equipamento composto de salas de EB1 e JI , com salas de professores, cantina e cozinha, centro de recursos, instalações sanitárias alunos, instalações sanitárias professores, instalação sanitárias pessoal, instalações sanitárias deficientes, sala de atendimento, Biblioteca, recreio coberto, arrumos balneários, polivalente e instalações desportivas. , “Programa Nacional da Requalificação do 1º ciclo do ensino Básico e Pré- Escolar “visa garantir a igualdade de oportunidade de acesso a espaços educativos de dimensão e recursos adequados ao sucesso educativo, através da prioridade à reorganização da rede de escolas, em colaboração com as autarquias”
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
36
Rede Social
2.1.3.3 - 2º/3º Ciclo do Ensino Básico, Secundário e Cursos Tecnológicos
Quadro 7 - Relação de alunos do 2º, 3º ciclo, Secundário,
CEF, EFA. E. Profissional no E. Público em V.N.G.
Freguesias Ciclos e Cursos
TOTAL 2º 3º Secundário CEF Efa Profissionais
Arcozelo 657 731 188 54 94 106 1830
Avintes 312 296 - 27 41 - 676
Canelas 510 689 190 - 175 1564
Canidelo 656 951 360 13 - 269 2249
Crestuma - - - - - - -
Grijó 294 323 - 17 38 - 672
Gulpilhares - - - - - - -
Lever - - - - - - -
Madalena 234 244 - 14 - 492
Mafamude 1075 1878 1488 257 387 492 5577
Olival 467 590 298 - - - 1355
O. Douro 331 583 318 53 121 1406
Pedroso 508 720 585 11 109 85 2018
Perosinho - - - - - - -
Sandim - - - - - - -
Stª. Marinha 241 227 - 15 - - 483
S. Félix Marinha - - - - - - -
S.P. Afurada - - - - - - -
Seixezelo - - - - - - -
Sermonde - - - - - - -
Serzedo - - - - - - -
Valadares 586 817 478 108 - 84 2073
V. Andorinho 526 489 - 67 - - 1082
V. Paraíso - - - - - - -
TOTAL 6397 8538 3905 583 722 1332 21477
Fonte: CAE e Departamento Municipal de Educação – CMVNG Alunos inscritos no ano lectivo 2008/2009.
Sobre estes níveis de ensino, verificamos que no existem 6397 alunos no 2º ciclo, 8538 no 3ºciclo e
583 alunos em CEF (Curso de Educação e Formação) num total de 15518, que juntamente com o 1º
ciclo representa 27549 alunos no ensino básico. O ensino secundário tem 3905 alunos, sendo 1332
dos cursos tecnológicos, dando um total de 5237 alunos.
Nas várias escolas do concelho, neste ano lectivo de referência, 722 alunos frequentam cursos EFA
(Educação e Formação de Adultos). Seguindo a mesma tendência de decréscimo da população em
Vila Nova de Gaia, estes níveis de ensino são igualmente atingidos de decréscimo da população. E
novamente, por comparação com os dados do PDS anterior, verifica-se uma diminuição de 907
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
37
Rede Social
alunos, o que corresponde a um deficit de 5,5% em relação a 2004. O mesmo aconteceu no
secundário, este nível de ensino perdeu 1167 alunos, menos 18,2% do que em 2004.
2.1.3.4– Ensino Privado
Em Vila Nova de Gaia existem em funcionamento 11 estabelecimentos de ensino privado, dos quais,
10 com o 1º ciclo, 5 com o 2º ciclo e 3º ciclo, 6 com o secundário regular e 1 com ensino recorrente.
Frequentam este tipo de ensino, 1308 alunos do 1º ciclo, 1407 alunos do 2º e 3º ciclo, 2385 alunos no
ensino secundário22, e 34 alunos no ensino recorrente.
Quadro 8 - Relação de alunos no 1ª, 2ª, 3º ciclo do EB e Secundário
E E. Profissional no E. Privado
Freguesias 1º, 2º, 3º ciclo, Secundário, Ensino Profissional
1º 2º 3º Secundário E. Recorrente TOTAL
Arcozelo 240 - - 76 - 316
Avintes - - - - - -
Canelas - - - - - -
Canidelo - - - - - -
Crestuma - - - - - -
Grijó - - - - - -
Gulpilhares - - - - - -
Lever - - - - - -
Madalena - - - - - -
Mafamude 350 245 284 1123 34 2036
Olival - - - - - -
O. Douro 333 59 40 - - 372
Pedroso - 268 390 1144 - 1802
Perosinho - - - - - -
Sandim - - - - - -
Stª. Marinha 354 47 74 42 - 517
S.FélixMarinha - - - - - -
S.P. Afurada - - - - - -
Seixezelo - - - - - -
Sermonde - - - - - -
Serzedo - - - - - -
Valadares 91 - - - - 91
V. Andorinho - - - - - -
V. Paraíso - - - - - -
TOTAL 1308 619 788 2385 34 5134
Fonte: DREN – FREQ - part 2008_09.
22 Não é feito descriminação dos cursos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
38
Rede Social
Também o ensino privado foi atingido pela diminuição de alunos, acompanhando a tendência
demográfica já atrás apresentada. Assim, no ano lectivo 2008/ 2009, há menos 237 alunos no 2º e 3º
ciclo e 277 no secundário, do que em 2004.
Quadro 9 – Quadro Síntese
Quadro Síntese
Níveis 1º ciclo 2º e 3º ciclo Secundário Esc. Profissionais E. Superior
Público Privado Público Privado Público Privado Público Privado Público Privado
Equipamentos
103 11 15 5 9 6 - 2 1 4
Nº de alunos 12031 1281 14305 1407 5237 2419 - 965 2200 3987
Fonte: DREN – FREQ - part 2008_09.
2.1.3.5 Níveis de Insucesso Escolar e Abandono Escolar
No ano lectivo de 2008/2009, a taxa média de insucesso escolar nas escolas do concelho de Vila Nova
de Gaia foi de 7,6% e a taxa de abandono de 1,5%, (a taxa insucesso do GP- 6,7%23).
No que se refere ao insucesso por nível de ensino, encontramos os seguintes dados:
- 1ºciclo apresentou um valor de 3,2% (Grande Porto - 3,1%);
- 2ªciclo de 7,3% (Grande Porto – 6,1%);
- 3ºciclo de 16,6% ( Grande Porto - 12,1%);
- Secundário CN24 13,6%.
Analisando o insucesso escolar pelos Agrupamentos e Escolas Secundárias do concelho, constatamos o
seguinte:
- Com taxa mais alta:
• Agrupamento Vertical de Stª Marinha 11,6% e de 25,2% no 2º ciclo;
• Agrupamento Vertical de Vila D’Este 9,7%;
• ES3 Inês de Castro 22,8% - Com uma tx de 38,1% no 3º ciclo;
• ES3 Arq. Oliveira Ferreira 16%;
• Agrupamento Vertical de Canelas – Com uma tx no Secundário CN 25,1%.
23 Fonte: Dados do INE,I.P.,2009 “Indicadores de educação por município, 2007/2008”
24 Na área das Científicas Naturais
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
39
Rede Social
- Com taxa mais baixa:
• Agrupamento Vertical D. Pedro I 2,6%;
• Agrupamento Sophia de Mello Breyner 3,3%;
• ES3 António Sérgio 6%;
• ES3 Joaquim Ferreira Alves 7%.
2.1.3.6 – Projectos de Intervenção
Territórios de Intervenção Prioritária
Os Territórios de Intervenção Prioritária (TEIP) foram instituídos pelo Despacho Normativo nº 55/2008,
de 23 de Outubro de 2008, têm por base o princípio da igualdade de oportunidades e da equidade social
com vista á promoção da dignidade do individuo e do sucesso escolar das crianças e jovens,
nomeadamente as que se encontram em situações de risco.
Pretendem reforçar a dupla função da escola, ou seja, o estabelecimento escolar como responsável pela
promoção do sucesso educativo e como instituição central do processo de desenvolvimento comunitário.
Encontram-se em consonância com as prioridades deste Município, nomeadamente, a inclusão social e
as políticas educativas. Neste contexto, existem no concelho três projectos educativos, abrangendo a
população de Canidelo, S. Pedro de Afurada e Vilar de Andorinho, num total de 4. 447 alunos, inseridos
entre o Jardim de Infância e o 12º ano.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Quadro 10 - Projecto TEIP “Acolher, Formar e Preparar para a Vida"
Projecto Problemáticas Objectivos Acções População
Alvo Total
Alunos
Área geográfica abrangida
Parcerias Duração
"Acolher, Formar e Prepara para a Vida" (Escola Secundária Inês de Castro).
Indisciplina; Hiperactividade e desconcentração; Dificuldades de aprendizagem; Problemas de ordem familiar; Instabilidade psicológica; Comportamentos desajustados; Absentismo.
Combate à indisciplina e comportamentos desajustados; Combate á desmotivação e ao abandono e absentismo escolar; Sucesso educativo; Relação escola, família, comunidade; Comunicação interna.
1- Rumo ao Sucesso (Disciplina de oferta de escola; Matemática em acção; Sala de estudo; acções de sensibilização; Turma mais:). 2- (Com) viver com saber em segurança (Grupos de desenvolvimento de competências; Acção tutorial; Conhece-te; Segurança na escola; Gabinete de apoio ao aluno:). 3-Valoriza-te pela escola (Certifica-te para o futuro; Orienta-te; clubes; Qualific@ESIC;; Semanas temáticas:). 4-ESIC em família (Rede Social concelhia; Apoio psicossocial; Educação parental/acções de sensibilização; Visitas domiciliárias; Luta contra a pobreza:). 5- O Nosso rosto (Rota ESIC; Rádio ESIC; Desalinho - Jornal escolar; Canal interno de televisão; Rádio SIC:).
Ensino básico e secun- Dário.
1083 Alunos.
Canidelo e S. Pedro Afurada.
APPACDM (Assoc. Portuguesa de pais e amigos do cidadão deficiente mental); Coordenador de Educação para a Saúde; Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; Comissão de Freguesia de Canidelo e Afurada; Conselho Local de Acção Social; Contrato de desenvolvimento Social de Canidelo; Assoc. Portuguesa de Apoio á Vitima SOS Racismo; Bombeiros Sapadores de Gaia; Escola Segura/PSP; Unidade de saúde familiar de Canidelo; Autoridade de Saúde de Gaia; Associação de pais (APESCA); Associação recreativa de Canidelo.
2 ANOS (2009/2011).
Informação relativa a 2009/2011 - Fonte: DREN.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Quadro 11 - Projecto TEIP “"D. Pedro @Agir"
Projecto Problemáticas Objectivos Acções População
Alvo Total
Alunos Área geográfica
abrangida Parcerias Duração
D. Pedro @Agir" (Agrupamento de escolas D. Pedro I).
Falta de acompanhamento familiar. Atitudes Comportamentais. Má gestão de recursos. Falta de formação/educação. Várias dependências. Desemprego. Violência doméstica. Falta de recursos financeiros da comunidade e das famílias. Baixa auto- estima. Atitudes Comportamentais. Alunos com necessidades educativas especiais. Dificuldade no domínio do Português e Matemática. Existência de emigrantes e dificuldade na língua Portuguesa.
Fomentar hábitos de estudo nos alunos e a sua participação cívica. Incentivar a participação da família na vida dos seus filhos. Prosseguir na política de inclusão sócio-escolar das minorias culturais e sociais ou dos que têm problemas de aprendizagem, emocionais ou outros. Criar ofertas educativas destinadas à comunidade. Melhorar a segurança na comunidade escolar. Diminuir o número de alunos por turma. Assegurar a articulação curricular e de atitudes entre os ciclos e unidades do Agrupamento. Favorecer o trabalho em equipa. Alargar e qualificar os recursos humanos e materiais. Catalisar a simplificação e a optimização de procedimentos. Desenvolver uma cultura de avaliação.
1-Agir pelo Sucesso (Matem@agir; Linguas em @cção; Diversificação da oferta educativa; @acção inclusiva; Saúde em @acção:). 2-VIV@gir (Anim@ação; @GIR;Info@gir; Anim@ção:). 3-Re--agir (Gabinete de Intervenção social; Plano de acção tutorial; @gir em família; Gabinete de medi@ção comportamental; Serviço de Psicologia e orientação...). 4-Agir em cidadania! (Parlamento jovem; Atitudes e trabalho em acção; Padrinhos em acção...).
. Alunos do pré-escolar, 1º ,2º, e 3º Ciclo. Alunos dos cursos CEF.
2.264 Alunos.
Freguesia de Canidelo e S. Pedro da Afurada (EB1/JI Afurada de Cima; EB1/JI de Afurada de Baixo;EB1/JI do Meiral; EB1/JI do Viso; EB1/JI de S. Paio; Escola Básica de Canidelo; JI de Canidelo; EB1/JI de Chouselas).
AMI (Centro Porta Amiga de Vila Nova de Gaia); APAV (Associação de Apoio à Vítima); Associação de Solidariedade Social dos Idosos de Canidelo; Projecto Educativo D. Pedro @gir 2011; Associações de Pais das Escolas do Agrupamento de Escolas D. Pedro I; Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; GaiaSocial; GaiAnima; Rede Social); Casa de Santa Isabel; CerciGaia; Centro de Saúde Barão do Corvo; Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo de Vila Nova de Gaia; Escola Secundária Inês de Castro; Escola Superior de Educação do Porto; IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência); Junta de Freguesia de Canidelo; Junta de Freguesia de S. Pedro da Afurada; Pastelaria Mira Sol.
2 ANOS (2009/2011).
Dados referentes a 2009/2010 - Fonte: DREN.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Quadro 12 - Projecto TEIP "Intervir para Progredir"
Projecto Problemáticas Objectivos Acções Popula
ção Alvo Total Alunos
Área geográfica abrangida
Parcerias Duração
. "Intervir para Progredir" (Agrupamento Vertical de Escolas de Vila D'este).
Insucesso escolar; Abandono e absentismo escolar; Indisciplina física e verbal; Carência de Hábitos de Higiene; Famílias monoparentais.
Assegurar uma Educação de base com qualidade para todos; Dinamizar e promover o estudo.
1:Agarra o sucesso (Plano Nacional da Leitura; Programa Nacional do Ensino de Português, Plano de Matemática, Plano Tecnológico; Sala de Estudo; Plano Acção Tutorial:). 2: Marca a tua presença (Diversificação da oferta educativa; laboratório de música; Desporto Escolar; Actividades externas; Clube de artes, Diferenciar para integrar; Cientistas XXI; Dimensão humana e cultural; Animação de espaços e apoio ao aluno:.). 3: Indisciplina? Violência? Comportamentos de risco? Estou Fora! (Sala de Apoio cívico, Estou seguro na escola; Clube de prevenção e protecção civil; Plano de acção tutorial: 5: Pela Nossa Saúde! (Educação para a saúde; SPO e ES - Escola mais saudável).
Alunos do pré -escolar, 1º ciclo, 2º e 3º ciclo.
População alvo directa: 1.100 alunos; População indirecta: 3.000 famílias.
Freguesia de Vilar de Andorinho (E.B. 1 de Vila d'Este; E.B.1 de S. Lourenço; E.B. 1 de Balteiro; E.B. 2/3 de Vila d'Este).
Biblioteca Municipal de Gaia e Almeida Garrett; Hospital de Gaia; Centro de Saúde; Porto Editora; Edições Asa; Centro de Formação Gaia Oeste; Junta de freguesia Canidelo; Gaiurb - Habitação E.M.; Gaianima, E.M.; Associações Culturais Locais; Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; Comissão de Crianças e Jovens em Perigo; Equipas Multidisciplinares de Acessoria aos Tribunais; Projecto Escolhas; Fundação Padre Luís; Projecto Agir XXI; Instituto de Segurança Social - Vila Nova de Gaia; Centro de Saúde Soares dos Reis; Universidade Católica Portuguesa; Instituto de Ciências da Saúde; Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; Santa Casa de Misericórdia de Vila Nova de Gaia; Instituto Português do Sangue; Instituições Apoio Social (AMI, Samaritanos...).
2009/2011.
Dados referentes a 2009/2010 - Fonte: DREN.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
43
Rede Social
Programa Escolhas
O Programa Escolhas é um programa de âmbito nacional que se iniciou em 2001 com a
denominada 1ª geração, estando neste momento a decorrer a 4ª geração “Uma escolha com
futuro”. Este programa é tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros em parceria com o
Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural visando a promoção da inclusão social
de crianças e jovens em contexto socioeconómico mais vulnerável.
Desde o seu início, o programa tem demonstrado uma capacidade de intervenção no domínio da
inclusão social, assumindo um carácter transversal que permite criar igualdade de oportunidades
para as crianças e jovens em risco de exclusão. Assume especial importância a articulação com
diversos programas e organismos, como acontece no Concelho de Vila Nova de Gaia onde
existem quatro projectos inseridos no Programa Escolhas, distribuídos pelas freguesias de
Sandim, Oliveira do Douro, Olival e Vilar de Andorinho, abrangendo 1125 crianças, jovens e
famílias da comunidade em situação de vulnerabilidade.
Quadro 13 - Projecto Escolhas "Escolhe Vilar"
Projecto Objectivo População
alvo Grupo etário
Freguesias de Intervenção
Actividades
Parceiros
"Escolhe Vilar"
Contrariar processos de exclusão de crianças, jovens e famílias. Promover a inclusão Social das crianças, jovens e famílias.
Crianças e Jovens (Total: 250).
6 aos 18
anos.
Vilar de Andorinho (Vila D'este e Balteiro).
- Actividades Lúdico/Pedagógicas. - Ludoteca. - Atelier’s de expressão plástica, culinária, intercultural. - Animação desportiva. - Orientação Escolar e vocacional. - Apoio escolar.
- Apoio psicossocial. - Acções de sensibilização.
Junta Freguesia de Vilar de Andorinho. Gaiurb. Agrupamento Vertical de Vila D'Este. Comissão Local de Aconselhamento II.
Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Coordenadora do projecto.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
44
Rede Social
Quadro 14 - Projecto Escolhas “Mais Jovem”
Projecto Objectivo População
alvo Grupo etário
Freguesias de
Intervenção Actividades Parceiros
“Mais Jovem”.
Promover Sucesso Escolar. Aumentar as competências pessoais e sociais das crianças, jovens e famílias. Promover a Iniciativa, Participação e Cidadania dos Jovens.
Crianças e Jovens (Total:820). Famílias (Total: 196).
6 aos 16 anos.
Freguesia de Olival - Bairro Social D. Armindo Lopes Coelho.
- Escola e Projectos de Vida (apoio escolar, mediação escolar, acções educativas, orientação vocacional). - Vida Saudável (desporto, colónia de férias, promoção da saúde e da higiene, quinta pedagógica). - Sócio- cultural (espaço lúdico-pedagógico, expressão artística, hora da leitura, visitas e passeios, animação comunitária). - Cidadania e empreendedorismo (serviço comunitário, voluntariado, orçamento participativo. - Intervenção familiar (educação familiar, formação de adultos, apoio e informação).
Junta de Freguesia de Olival. Agrupamento Vertical das Escolas de Olival. Escola Secundária e do 3º Ciclo. Gaiurb -Urbanismo e Habitação EEM. Comissão Protecção de Crianças e Jovens.
Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Coordenadora do projecto.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
45
Rede Social
Quadro 15 - Projecto Escolhas “Olh@r Mais Positivo"
Projecto Objectivo População
alvo Grupo etário
Freguesias de
Intervenção Actividades Parceiros
"Olhar Mais Positivo".
Promover o Sucesso escolar e Apoiar a Definição de Projectos de Vida das Crianças e Jovens. Sensibilizar para o Processo de Co-responsabilização Parental e Promoção da Estilos Educativos mais Funcionais. Promover a Inclusão Social das Crianças e Jovens, assim como dos seus familiares. Educação Parental. Banco de Voluntariado. Clube dos Descobridores. Actividade de Simulação Profissional. Ateliers de Música e Sociodrama. Actividades de Intercâmbio. Jornal do Projecto.
Crianças e Jovens (Total: 150).
6 aos 24 anos.
Freguesia de Sandim.
- Acompanhamento psicopedagógico. - Atelier de Expressão Plástica e Artística. -Atelier de imaginação e criatividade. -Apoio ao estudo. -Gabinete de mediação social. - Ludoteca.
- Orientação vocacional e em grupo. - Gabinete de apoio ao adolescente. - Educação para a saúde. - Educação ambiental.
Gaiurb -Urbanismo e Habitação EEM. Associação de Socorros Mútuos de Nossa Senhora da Esperança de Sandim e freguesias circunvizinhas. Junta de Freguesia de Sandim. Agrupamento Vertical de Olival. Escola Secundária Diogo de Macedo. Teatro Amador de Sandim. Centro Social de Sandim. Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Vila Nova de Gaia - Sul.
Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Coordenadora do projecto.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
46
Rede Social
Quadro 16 - Projecto Escolhas "Desafios"
Projecto Objectivo População
alvo Grupo etário
Freguesias de
Intervenção Actividades Parceiros
Projecto "Desafios".
Diminuir Situações de Insucesso, Absentismo, Abandono escolar. Promover a Inclusão em alternativas de Formação/Emprego dos destinatários, sem a escolaridade Obrigatória. Promover a cidadania e o desenvolvimento de competências pessoais, sociais relacionadas com as crianças e jovens envolvidos.
Crianças, jovens (Total: 130) e famílias.
6 aos 24 anos.
Oliveira do Douro. (Bairro Guarda Livros).
- Apoio Psicopedagógico e Escolar. - Oficina de Competências de estudo. - Grupos de Transição 1º/2º Ciclo. - Mediação Escola Família. - Acompanhamento Alunos. - C.E.F. - Clube de Formação, Emprego e Orientação. - Espaço Lúdico e Pedagógico. - Equipa de Rua. - Desporto. -Espaço Cid Net.
Junta de Freguesia de Oliveira do Douro. Cooperativa de Solidariedade Social Sol Maior. CRL; Fundação Padre Luís. Agrupamento Escolas de Oliveira do Douro. Colégio Adventista de Oliveira do Douro. Igreja Adventista de Oliveira do Douro. Associação Oliveirense de Socorros Mútuos. Centro de Novas Oportunidades - Escola Secundária/3 Oliveira do Douro.
Duração do projecto: Janeiro/2010 a Dezembro de 2012 - Fonte: Técnico responsável pelo projecto .
Projecto Integrado de Educação e Formação
O Programa PIEF25 surge em 2004-2005, na Escola Básica de Santa Marinha, enquanto resposta
preventiva ao abandono/insucesso escolar e à inserção precoce no mundo de trabalho,
identificado como problema no Plano Operacional da Comissão Social de Freguesia de Santa
Marinha. Desde essa data que se têm desenvolvido esses projectos, na referida escola, como
resposta a alunos do 2º ciclo, outros de continuidade para alunos do 3º ciclo, finalizando com
estrutura curricular de CEF, permitindo obter uma dupla certificação, escolar e profissional.
25 Despacho Conjunto nº 948/2003 de 26/09 dos Ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
47
Rede Social
A Entidade Gestora dos Projectos tem sido a FEDAPGAIA, a Entidade Formadora a EB2/3 de
Santa Marinha, fazendo parte outros parceiros nomeadamente a Câmara Municipal Vila Nova de
Gaia, enquanto coordenadora do CLAS da Rede Social, estrutura donde saiu o Plano Operacional
da CSF.
Inicialmente o PIEF, resultou de uma partilha de responsabilidades entre a EB2/3 de Santa
Marinha a EB2/3 Teixeira Lopes, mas nos últimos anos passou exclusivamente para a EB2/3 de
Santa Marinha. No ano lectivo de 2010/20011, mais dois projectos PIEF entraram em
funcionamento, um na EB2/3 Teixeira Lopes e o outro EB2/3 Padre Luís Moreira. O aumento de
casos de insucesso e abandono escolar, o número de casos sinalizados à CPCJ que surgiram
nessas escolas e a falta de respostas mais adequadas levaram os responsáveis a apresentarem
as candidaturas. Estes novos projectos destinam-se à certificação do nível do 6º ano de
escolaridade para os jovens abrangidos.
São objectivos dos PIEF:
• “ Certificar os jovens com o 2º e 3º ciclo do ensino básico;
• Fortalecer os laços que se têm vindo a criar e apoiar a concretização de projectos
educativos que cada vez mais se abrem à comunidade;
• Intensificar e alargar medidas de prevenção, com vista à redução da percentagem de saídas
precoces da escolaridade obrigatória, através de programas e projectos de intervenção
directamente relacionados com a população absentista e abandonante;
• Proporcionar aos alunos novas oportunidades, reforçando-lhes a auto-estima e permitindo
melhorar os seus desempenhos escolares em novos espaços de aprendizagem, que constituam
dispositivos de luta contra o insucesso e a exclusão social, consagrando modos flexíveis de
organização escolar e pedagógica;
• Promover a educação e a formação como um processo permanente ao longo da vida,
articulando as actividades formais e informais de educação;
• Construir ambientes de aprendizagem, com uma componente mais prática e orientada para
os desafios da vida activa, que complemente as aprendizagens de base;
• Criar condições que favoreçam aprendizagens diversificadas, designadamente em domínios
profissionais de interesse para o grupo;
• Habilitar os jovens com competências pessoais e sociais que lhes permitam uma adequada
integração social;
• Informar e orientar vocacionalmente os jovens, envolvidos no programa, com vista à sua
integração futura em formação profissional, de acordo com os seus interesses e competências;
• Envolver as famílias e responsabilizá-las pelo processo educativo dos seus educandos,
tornando-as proactivas;
• Acompanhar e apoiar a família nas suas diferentes vertentes: sociofamiliar, económica,
entre outras;
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
48
Rede Social
• Proceder à elaboração de parcerias junto das entidades locais, de forma a reforçar a
responsabilidade social, bem como a rentabilização dos recursos existentes na comunidade.”26
É de salientar como aspectos positivos do PIEF da Escola de Santa Marinha, o facto de estar em
funcionamento há 7 anos, e simultaneamente constituir uma aposta no plano de continuidade para
o 3º ciclo, para os alunos que concluem com aproveitamento o 2º ciclo.
A equipa técnica como a própria Direcção da Escola apostaram nesse percurso educativo e
formativo, por possuírem um prévio conhecimento das fragilidades e das debilidades dos alunos
que o frequentam, e das dificuldades que se lhes colocariam caso regressassem ao sistema de
ensino regular. Outro aspecto que tiveram em consideração foi a necessidade de dar continuidade
às aprendizagens alcançadas e terem a noção, de que se não for este o caminho a seguir, o que
se perspectiva para esses jovens é um horizonte sem futuro.
26 Fundamentação dos Objectivos dos Projecto de Constituição do PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação) das EB2/3 Teixeira Lopes e Pe. Luís Moreira e Santa Marinha para o ano lectivo de 2019/2011.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
49
Rede Social
2.2 TERCEIRA IDADE
A Comissão Europeia face aos desafios que o envelhecimento da população representa propõe
uma abordagem intergeracional orientada para as necessidades das diferentes gerações ao longo
do seu ciclo de vida activa.
Os Princípios Postulados pela ONU para Terceira Idade, baseiam-se em 5 grandes vertentes:
- Independência;
- Participação;
- Assistência;
- Auto realização;
- Dignidade.
A ONU face á a necessidade de enfrentar o envelhecimento, aconselhou os diferentes governos a
adoptarem medidas para enfrentar essa realidade. Nesse sentido, considera que cada estado
deve reformar e repensar as suas políticas sociais, dirigindo-as para três áreas fundamentais:
- Pessoas idosas e desenvolvimento;
- Promoção saúde e bem-estar na velhice;
- Assegurar um ambiente propício e favorável ao seu desenvolvimento (envelhecimento
activo).
Também Portugal está atento a esta tendência, e assume prioridades de intervenção com os
idosos, como por exemplo através do PNSPI (Plano Nacional de Saúde para Idosos). Este plano,
inclui diferentes sectores como:
- Promoção do envelhecimento activo;
- Adequação dos cuidados de saúde às características do idoso;
- Desenvolvimento de ambientes favoráveis á autonomia e independência do idoso.
2.2.1 Equipamentos e respostas
No que diz respeito à 3ª Idade, Vila Nova de Gaia dispõe de 3536 respostas sociais para este
grupo etário, das quais 513 pertencem a Centro de Convívio, 916 a Centros de Dia, 1072 a Apoio
Domiciliário e 1102 a Lares. Destas, 325 correspondem a novas respostas a criar (no âmbito do
programa Pares, ON-QREN- Eixo 3, POPH Med.6.12) com a seguinte distribuição: 70 CD, 155 AD
e 100 Lares. Do equipamento social para a 3ª idade existente no concelho, 2860 pertence a IPSS,
responsável pelo maior número de respostas criadas, e 376 ao sector privado lucrativo, que tem
vindo a crescer na oferta de respostas e serviços para este grupo etário.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
50
Rede Social
Quadro 17 – Respostas sociais por valência em instituições públicas e privadas
Fonte: DMASS da CM Gaia e Carta Social - Segurança Social 2010
Segundo as Estimativas Provisórias do INE de 2008, Vila Nova de Gaia apresenta uma
percentagem de 14,45% de população com mais de 65 anos de idade, tendo-se registado um
aumento de 2,55% de população deste grupo etário, em relação ao valor dos Censos 2001. O
mesmo aconteceu com o Índice de Envelhecimento situando-se agora nos 93,4%27, quando
anteriormente era de 69,78%28.
27 INE – Estimativas Provisórias 2008 28 INE – Censos 2001
Valência
Freguesia
Centro de Convívio
Centro de Dia
Apoio ao Domicilio
Lar
TOTAL IPSS
Novos
Privados
IPSS
Novos
Privados
IPSS
Novos
Privados
IPSS
Novos
Privados
Arcozelo 20 - - 45 - - 45 - - 10 - - 120
Avintes 50 - - 30 - - 30 - - 40 - - 150
Canelas 15 - - 35 - - - 25 - - - - 75
Canidelo 35 - - - - 25 - - - - 11 71
Crestuma - - - 20 - - 25 - - - - - 45
Grijó - - - 40 - - 40 - - 42 - 112
Gulpilhares 30 - - 30 - 6 40 - - 100 - 10 216
Lever - - - 30 - - 30 - - - - - 60
Madalena 30 - - 20 30 - 30 35 - 60 - 47 252
Mafamude 105 - - 60 - 5 140 - 10 120 - 181 621
Olival - - - 50 - - - - - - - - 110
O. Douro 60 - - 50 40 - 75 65 - - 75 - 365
Pedroso - - - 60 - - 85 - - 23 - - 168
Perosinho - - - 30 - - - - - - - 30
Sandim - - - 70 - - 50 - - - - - 120
St. ª Marinha
148 - - 155 - - 157 30 238 25 32 785
S. Félix - - - 60 - - 75 - - - - 17 152
S.P. Afurada
- - - - - - - - - - - - -
Seixezelo - - - - - - - - - - - - -
Sermonde - - - - - - - - - - - - -
Serzedo - - - - - - - - - - - - -
Valadares - - - 20 - - - - - 14 - 17 51
V. Andorinho
- - - 30 - - - - - - - - 30
V. Paraíso 20 - - - - - - - - - - 40 60
TOTAL 513 - - 835 70 11 907 155 10 605 142 355 3603
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
51
Rede Social
No Quadro n.º 18 é apresentado a população idosa por freguesia29, de acordo com as estimativas,
e foram considerados dois cenários quanto à taxa de cobertura de respostas sociais para o grupo
etário em análise. Num cenário foram consideradas todas as respostas sociais, sendo a taxa de
cobertura de 8%. O outro cenário, não inclui a resposta do Centro de Convívio, e neste caso a
taxa de cobertura no concelho é de 7%.
Dentro das seis freguesias mais populosas do concelho, designadamente Mafamude, Stª Marinha,
Oliveira do Douro, Pedroso, Vilar de Andorinho e Canidelo, esta ultima é a freguesia com a menor
cobertura de respostas sociais, não ultrapassando 0,2%.
Só 6 freguesias apresentam uma taxa de cobertura acima dos 10%, são elas: Madalena, Stª
Marinha, Olival, Lever, Sandim e Oliveira do Douro. As freguesias S. Pedro da Afurada, Serzedo,
Seixezelo e Sermonde não possuem nenhum tipo de equipamento criado.
Na lista de espera de pessoas para admissão em Lares de 3ª idade (IPSS e lucrativos) de Vila
Nova de Gaia, por freguesia, Mafamude aparece em 1º lugar com 161 pessoas inscritas, seguida
de Santa Marinha com 101 e Canidelo com 71. Ao todo existem 877 pessoas em lista de espera,
para admissão em Lar, em Vila Nova de Gaia.
29 Os valores aqui apresentados foram calculados a partir do peso da percentagem do grupo etário estimada para o concelho, e aplicados ao peso da população por freguesia, usando o mesmo modelo seguido para o cálculo dos grupos etários.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
52
Rede Social
Quadro 18 - Taxa de cobertura de equipamentos de Terceira Idade
Fonte:* INE – Estimativas Provisórias 2008; **DMASS- cálculos de autor.
30 Neste total de respostas sociais enquadram-se todo o tipo, incluindo o centro de convívio. 31 Neste total de respostas sociais não é considerada a resposta centro de convívio.
Freguesias Pop Estimada %Grupo etário Resp.soc30 Taxa cobertura Resp.sociais31 Taxa cobertura
Arcozelo 13.417 1992 120 6% 100 5%
Avintes 12.478 1853 150 8,10% 100 5,40%
Canelas 13.323 1978 75 6,80% 60 3%
Canidelo 25.707 3817 71 1,20% 36 0,20%
Crestuma 3.221 477 45 9,40% 45 9,40%
Grijó 11.134 1653 112 4,80% 112 4,80%
Gulpilhares 10.508 1560 216 14% 186 12%
Lever 3.284 488 60 12,30% 60 12,20%
Madalena 10.133 1505 252 16,70% 222 14,80%
Mafamude 42.189 6265 621 11,30% 516 9,60%
Olival 6.067 901 110 12,20% 110 12,20%
Oliveira de Douro 25.332 3762 365 11,70% 305 10,10%
Pedroso 19.984 2968 168 5,70% 168 5,70%
Perosinho 6.442 957 30 3,10% 30 3,10%
Sandim 6.849 1017 120 11,80% 120 11,80%
St. ª Marinha 33.307 4946 785 15,90% 637 12,90%
S. Félix da Marinha 12.103 1797 152 8,50% 152 8,50%
S.P. Afurada 3.722 553 - - - -
Seixezelo 1.876 279 - - - -
Sermonde 1.314 195 - - - -
Serzedo 8.163 1212 - - - -
Valadares 9.851 1463 51 3,50% 51 3,50%
V. Andorinho 18.108 2689 30 1,10% 30 1,10%
V. Paraíso 14.230 2113 60 2,80% 40 1,90%
TOTAL 312.740* ** 46440 3593 8% 3080 7%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
53
Rede Social
2.3 DEFICIÊNCIA
“A questão da deficiência vem sendo discutida/analisada pela sociedade através de diversas
atitudes que se modificaram ao longo do tempo. Atitudes essas, que foram influenciadas por
factores económicos, culturais, filosóficos, científicos e morais. Essas mudanças constituíram-se
em vários paradigmas que permeiam o processo histórico das pessoas com deficiência. Em cada
período histórico esse segmento da população tem sido caracterizado por diferentes paradigmas
nas relações sociais: exclusão, segregação, integração social e inclusão social”32.
De um “modelo médico”, segregador em que “a deficiência é vista como um problema da pessoa
numa perspectiva estritamente individual:que requer uma acção que se confina ao campo
médico: subentende que seja a pessoa a adaptar-se ao meio”, passou-se a um “modelo social,
onde é enfatizado o papel do meio ambiente:a valorização da responsabilidade colectiva:na
construção de uma sociedade para todos e no questionamento de modelos estigmatizantes ou
pouco promotores da inclusão social”33.
A Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência e posteriormente a Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, testemunham a preocupação das Nações Unidas
em “promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito
pela sua inerente dignidade”34.
Em Portugal, à semelhança de outros países das Nações Unidas, a problemática da deficiência
constituiu preocupação, facto que determinou a elaboração da Lei n.º 38/2004 de 18 de Agosto.
Este documento veio definir “:uma política global, integrada e transversal de prevenção,
habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência:”35.
O 1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009
(elaborado com base na lei 38/2004 de 18 de Agosto e nas Grandes Opções do Plano 2005-2009
– “Mais e Melhor Política de Reabilitação”) consubstancia um conjunto de propostas de actuação
tendo como principais objectivos: “Promoção dos direitos humanos e do exercício da cidadania”,
“Integração das questões da deficiência e da incapacidade nas políticas sectoriais”,
“Acessibilidade a serviços, equipamentos e produtos”, “Qualificação, formação e emprego das
pessoas com deficiência ou incapacidade” e “Qualificação dos recursos humanos/formação dos
profissionais e conhecimento estratégico”36.
32 SASSAKI, 1997; VIEIRA; PEREIRA, 2003; ARANHA, 2004; BRUNO, 2006. Fonte: www.webartigos.com/articles/33351/1/OS-VARIOS-PARADIGMAS-QUE-PERMEIAM-A-HISTORIA-DA-PESSOA-COM-DEFICIENCIA-EM-NOSSA SOCIEDADE/pagina1.html#ixzz1ITXZwHCW. 33 1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009, Portugal. 34 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 35 Lei n.º 38/2004 de 18 de Agosto “Lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e Participação das Pessoas com Deficiência. 36 1.º Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009, Portugal.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
54
Rede Social
Reconhecendo que (:) “ a existência de barreiras no acesso ao meio físico edificado e às
tecnologias da informação e das comunicações representa um grave atentado à qualidade de vida
dos cidadãos com mobilidade condicionada ou com dificuldades sensoriais” (:) o governo
português elaborou o Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (PNPA) o qual inventaria um
conjunto de medidas que visam (:) “ possibilitar a este segmento populacional uma utilização
plena de todos os espaços públicos e edificados, mas também dos transportes e das tecnologias
de informação, o qual irá proporcionar um aumento da sua qualidade de vida e a prevenção e
eliminação de diversas formas de discriminação ou exclusão”37.
2.3.1 Equipamentos e Respostas Sociais
Vila Nova de Gaia tem sete instituições ligadas à deficiência: APPPACDM (Associação
Portuguesa Para As Perturbações Do Desenvolvimento E Autismo), APPDA (Associação
Portuguesa do Desenvolvimento do Autismo), CERCIGAIA (Cooperativa de Educação
Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Gaia), CRPG (Centro de Reabilitação Profissional de
Gaia), CRG (Centro Reabilitação da Granja), CEFPI (Centro de Educação e Formação Profissional
Integrado) e APD (Associação Portuguesa de Deficientes), das quais 6 estão ligadas à Deficiência
Mental e com equipamento social implantado. Estes equipamentos dão resposta a 1231 clientes,
conforme quadro nº 19.
Ao abrigo de programas financiados, 72 novas respostas sociais vão ser criadas, nomeadamente
CAO e Lar. Nos vários equipamentos, existe uma lista de espera de 433 pedidos de ingresso para
as várias respostas sociais.
37 Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade – Resolução do Conselho de Ministros n. 9/2007.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
55
Rede Social
Quadro 19 – Respostas Sociais por Valências
Fonte: DMASS e Carta Social – MTSS -GEP, 2010.
2.3.2 Alunos com Necessidades Educativas Especiais - NEE
Em Vila Nova de Gaia, 832 alunos com NEE frequentam os 15 Agrupamentos Verticais,
representando 3,1% da população estudantil do ensino básico público. O Agrupamento Drº. Costa
Matos, o que tem maior número (em termos absolutos) 90 alunos, mas o Agrupamento Adriano
Correia de Oliveira é o que tem maior percentagem,5,2%.
Alguns Agrupamentos têm acordos celebrados com o Centro de Reabilitação da Granja e com a
APPACDM de Gaia para a componente prática de apoio pré- profissional. Deste modo, os alunos
frequentam a componente lectiva nas escolas, e integram as diferentes ofertas de formação de
componente prática nessas instituições.
A Câmara Municipal de Gaia tem um serviço de transporte adaptado, com oito carrinhas e
Auxiliares de Acção Educativa para realizar o transporte dos alunos com NEE de suas casas para
as escolas.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
56
Rede Social
Quadro 20 – Alunos com NEE
Agrupamento Alunos Alunos NEE
ANES DE CERNACHE 993 32 3,2%
O.DOURO 1609 45 2,8%
JÚLIO DINIS 1400 41 2,9%
S.PEDRO DE PEDROSO 1881 71 3,8%
OLIVAL 1806 53 2,9%
VILA D’ESTE 1133 31 2,7%
SANTA MARINHA 1270 57 4,5%
SOARES DOS REIS 2295 46 2%
SOPHIA M. BREYNER 2392 52 2,2%
D.PEDRO I 2254 55 2,4%
ADRIANO C. OLIVEIRA 1398 72 5,2%
COSTA MATOS 2162 90 4,2%
MADALENA 1042 25 2,4%
CANELAS38 2656 65 2,4%
VALADARES 2488 45 1,8%
TOTAL 26779 832 3,1 %
Fonte: DMASS e Agrupamentos Verticais de Vila Nova de Gaia, ano lectivo 2010/2011.
38 Este Agrupamento integra todos os ciclos de ensino
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
57
Rede Social
2.4 SAÚDE
A Estratégia Nacional para a Protecção Social e Inclusão Social (2008-2010), na parte IV do
Relatório Nacional de Estratégia para os Cuidados de Saúde e Cuidados de Longa Duração,
considera que as estratégias do sector da saúde, passam pelos ganhos que poderá alcançar para
conseguir lidar com as alterações demográficas, o que implica que se consiga melhores
resultados, que passam por se tratar e diagnosticar determinadas patologias que possam impedir
a diminuição da incapacidade e de autonomia.
Na mesma linha, considera-se que a estratégia do sector da saúde passa também pela estratégia
do desenvolvimento económico e social do país, o que visa canalizar apoios para os cidadãos e
famílias, através de determinadas políticas que sejam geradoras de riqueza e de elevar o nível de
qualidade de vida, assim como envolver a participação das pessoas.
Toda esta estratégia implica acções, cujo objectivo é de promover a inclusão, diminuindo as
desigualdades e permitir que todos possam ter acesso a todos os tipos de serviço na área da
saúde.
2.4.1 Situação actual / ACES / Indicadores de saúde
No campo da saúde, o concelho de V.N. de Gaia dispõe de vários equipamentos tais como:
- O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho: área de influência directa são os
concelhos de Vila Nova de Gaia e Espinho, serve – para todas as especialidades. Para as
especialidades de diferenciação intermédia, serve ainda os concelhos Entre Douro e
Vouga. Trata-se de um Hospital Geral Central que tem todas as valências básicas,
intermédias, diferenciadas e praticamente todas as altamente diferenciadas, algumas das
quais consideradas como referência na zona Norte. O Centro Hospitalar de Vila Nova de
Gaia/Espinho tem instalações distribuídas pelos dois concelhos vizinhos. Em Gaia,
localizam-se a Unidade I – antigo Hospital Eduardo Santos Silva, a Unidade II – antigo
Hospital Distrital de Gaia. No município limítrofe, encontra-se a unidade III - antigo
Hospital Nossa Senhora da Ajuda;
- Um hospital privado com vários serviços e especialidades e com internamento.
Em resultado da nova organização dos serviços de saúde, o concelho dispõe de:
- Dois Agrupamentos de Centros de Saúde, Grande Porto VII – Gaia e Gaia/Espinho,
aos quais estão associados 6 prestadores, que correspondem a 6 Centros de Saúde (CS)
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
58
Rede Social
e Unidades de Cuidados Personalizados39. Os Centros de Saúde têm associadas 18
Extensões de Saúde.
De acordo com os dados fornecidos pelos ACES Gaia, existe na totalidade 160 498 pessoas
inscritas, das quais 16.176 não possuem médico de família, o que corresponde a 10% da
população inscrita, por outro lado, 144.332 das pessoas inscritas tem atribuído médico,
representando 89% dos inscritos.
Dos vários centros de saúde, o Centro de Saúde de Oliveira do Douro é aquele que tem o maior
número de utentes sem médico de família.
Quadro 21 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família, por Centro de Saúde – ACES GAIA
UCSP / USS
Total S/ Médico
Total C/ Médico
Totais
Total de inscritos
UCSP / USF 4.933 22.613 27.546 28.846 Polo Afurada 552 2.770 3.322 3.360 USF Canidelo 13.173 13.173 13.173
USF A. do Prado 12.048 12.048 12.048 C.M. Canidelo 9.849 9.849 9.849 CS B. Corvo 5.485 60.453 65.938 62.277
UCSSP 4.346 8.387 12.733 13.026 USF S. no Futuro 14.314 14.314 14.314 USF Nova Salus 14.147 14.147 14.147 USF Camélias 14.416 14.416 14.416 P.V. Andorinho 4.518 4.518 14.518
CS Soares dos Reis 4.346 55.782 60.128 60.434 UCSP 1.924 13.050 14.974 15.117 Avintes 4.421 8.096 12.517 12.524
USF A. Salazar 6.941 6.941 6.941 CS O. Douro 6.345 28.087 34.432 34.582 Total_ACES 16.176 144.322 160.498 162.293
Fonte: ACES GAIA, Dezembro 2010 (SIARS).40
39
Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto VII – Gaia, com três prestadores associados:
Centro de Saúde Soares dos Reis/Oliveira do Douro – Unidade Soares dos Reis;
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Barão do Corvo (ACES- Grande Porto VII-Gaia);
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Oliveira do Douro (ACES- Grande Porto VII-Gaia).
Agrupamento de Centros de Saúde Gaia/Espinho, com três prestadores associados:
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Boa Nova (ACES Espinho/Gaia);
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados dos Carvalhos (ACES Espinho/Gaia).
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Espinho (ACES Espinho/Gaia)
40 Existe um numero residual de Utentes Inscritos que não têm médico de família por opção e que não estão, por isso, considerados, pelo que o total de inscritos (162.293) ser superior ao valor dos totais (160.498), ( in Relatório ACES Gaia).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
59
Rede Social
CS CARVALHOS 37.931 4.227 42.158
CS ARCOZELO 65.522 2.029 67.551
CS BOA NOVA 27.515 2.922 30.437 Total_ACES 130.968 9.178 140.146
7.182 Madalena 5.066
USF S. Félix da Marinha 12.892
11.125 - 11.125 USF S. Miguel
2.116
8.368 1.146 9.514
USF Aguda 8.970
Gulpilhares 4.653 578 5.231
4.545
UCSP / USF TOTAL C/
Médico Família TOTAL S/
Médico TOTAIS
Carvalhos 20.796 3.492 24.288
Crestuma
Olival 2.290 - 2.290
5.478 725 6.203
Lever 4.545 -
-
10 4.832
Arcozelo 3.185 100 3.285
Perosinho 4.822
Grijó
4.802
Serzedo 3.607 205 3.812
5.608
- 8.970
USF Canelas 12.722
806
12.722
USF Nova Via 17.647 - 17.647
- 12.892
Boa Nova
À semelhança do ACES Gaia, também no ACES Gaia/Espinho, nem todos os utentes inscritos
têm médico de família atribuído. Assim, dos 140.146 utentes inscritos (só utentes do concelho de
Vila Nova de Gaia41) 9.178 utentes (6,5% do total dos inscritos) não têm médico de família
atribuído; 130.968 utentes (93,4% dos inscritos) possuem médico de família. O Centro de Saúde
dos Carvalhos é o equipamento deste ACES onde se regista o maior número de utentes inscritos
sem médico de família.
Quadro 22 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família, por Centro de Saúde – ACES GAIA/Espinho
Fonte: ACES Gaia/Espinho (21-04-2011).42
41 O número total de inscritos deste ACES é de 197.056 (está incluído o CS de Espinho e duas unidades do concelho de Gondomar (Pedemoura e USF Além D’Ouro).
42 Dos dados fornecidos pelo ACESGE foram retiradas as freguesias que não pertencem ao concelho de Gaia, mas que no entanto fazem parte deste ACES.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
60
Rede Social
Quadro 23 – Indicadores de Saúde ACES Gaia/Espinho
Fonte: Relatório do ACES GAIA e GAIA/ESPINHO, Dezembro 2010 (SIARS). Este quadro apresenta os indicadores de saúde a três escalas: nacional (continente), por região
(Norte) e por ACES do concelho de Vila Nova de Gaia. Da sua análise, podemos dizer o seguinte,
no que se refere a Gaia:
• A taxa bruta de mortalidade é de 7,3%, inferior quer à média do Continente, quer à
da Região Norte;
• A taxa bruta de mortalidade infantil é de 2,8%, inferior quer à média do Continente
quer à da Região Norte;
• A taxa de mortalidade padronizada por idade (tmp) prematura dos (0- 64 anos)
apresenta a seguinte situação:
- A causa da morte por tumores malignos, apresenta no concelho, valores
superiores aos registados ao nível do Continente e da Região Norte, sendo o
tumor maligno da traqueia, brônquio e pulmões, os que apresentam os valores
mais altos. O género masculino é o mais afectado, à excepção do tumor da mama,
onde esse valor é superior na mulher;
Indicador Sexo Período Unidade Continen. R.Norte
ACES
Gaia e
Gaia/Espi
nho
Tx.bruta de mortalidade HM 2007 % 9,8 8,4 7,3
Tx bruta mortalidade inf. HM 2005-2007 % 3,4 3,5 2,8
Tx. de mortalidade padronizada pela idade(TMP) prematura(0-64 anos) H 21,3 22,8 23,7M 4 4,2 4,8H 10 13,2 14,3M 4,4 5,6 6,5
H 25,8 18,7 20,3M 6,1 4 3H 18,6 17,2 18,3M 8,8 8,5 9H 15,2 15,2 11,7M 4,9 7,4 5,9H 23,1 17,2 8,7M 5,4 4,5 1,3
Taxa de internamento padronizada(TIP) para todas as idadesH 366,1 375,6 323,8M 231,2 231,9 190,3H 265,1 255,4 213,1M 173 171,5 153,7H 287 250,2 200,6M 98,7 81,1 70,8H 132,6 144,6 120M 73,5 79,2 69,5
Tx de doenças. infecto contagiosas
Tx.de incidência de sida HM 2007 /100000hab 5,1 5 5
Tx. De prevalência de sida HM 2007 /100000hab 8,2 6,1 4,8
Tx. De incidência de tuberculose HM 2007 /100000hab 29,6 35 34,8
Doença pulmonar obstrutiva crónica(DPOC) 2007 /100000hab
Doenças cerebrovasculares 2007 /100000hab
Doenças isquémica do coração 2007 /100000hab
Acidentes de transportes 2003-2005 /100000hab
Pneumonia 2007 /100000hab
/100000hab 12,9 10,9
Doença crónica do figado e cirrose 2003-2005 /100000hab
13,5
Doenças isquêmicva do coração 2003-2005 /100000hab
Doenças cerebrovasculares 2003-2005 /100000hab
T. maligno da mama(feminina) M 2003-2005
T. maligno da traqueia, bronquios e pulmão 2003-2005 /100000hab
T. maligno do estomago 2003-2005 /100000hab
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
61
Rede Social
- A causa da morte por doenças cerebrovasculares, tem um valor de 18,3%, valor
este superior ao registado na Região Norte, mas ligeiramente abaixo do valor do
Continente;
- A causa da morte por doença crónica do fígado e cirrose apresenta um valor de
(5,9%), superior ao valor do Continente (4,9%) e inferior ao da Região Norte
(7,4%).
• A taxa de internamento padronizada para todas as idades, apresenta os seguintes
indicadores:
- O número de internamentos por pneumonia aparece em 1º lugar, no concelho,
com uma taxa de 323,8 pessoas do género masculino e 190,3% do género
feminino, valor inferior da Região Norte e do Continente;
- Ao analisar-se a incidência da taxa de internamento, por género, é maior o
número de homens que o de mulheres nos vários tipos de doença.
• A taxa de doenças infecto-contagiosas apresenta os seguintes indicadores:
- A taxa de incidência de sida é de 5%, valor igual ao verificado na Região Norte e
ligeiramente inferior ao do valor do Continente;
- A taxa de incidência de tuberculose é de 34,8%, inferior à registada na Região
Norte (35%) e superior à registada no Continente (29,6%);
- A taxa das doenças infecto-contagiosas engloba os dois géneros.
• No concelho existem 62 farmácias distribuídas por todo o território.
2.4.2 Saúde Mental
No que se refere à saúde mental e, de acordo com a informação fornecida pelo Centro Hospitalar
Gaia/Espinho (2010) apresentam-se os seguintes dados:
- Doentes com psicoses e internados, 230; - Doentes em grupos de Reabilitação, 150 (Gaia - 145, Espinho - 5);
- Utentes em tratamento injectável de Neuroléptico na consulta externa de Psiquiatria, 397;
- Deste grupo, 382 residentes em Vila Nova Gaia e 15 em Espinho.
Foi apresentada pela equipa técnica do referido Centro Hospitalar a necessidade de implementar
algumas respostas sociais para este grupo alvo, sendo prioritário o fórum sócio ocupacional que
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
62
Rede Social
constitui, uma das prioridades identificadas pelo CLAS da Rede Social e que consta no Plano de
Prioridades da Plataforma Supraconcelhia do Grande Porto.
2.4.3 Rede nacional de cuidados continuados integrados - RNCCI
A R.N.C.C.I. (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) consubstancia-se na prestação
de cuidados de saúde e de apoio social a pessoas em situação de dependência e com perda de
autonomia, tendo sido criada pelo Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de Junho.
Trata-se, acima de tudo, de uma dinâmica de desenvolvimento organizacional dos sistemas para a
implementação de novos serviços para a promoção da continuidade dos cuidados de saúde e
apoio social promovida, em parceria, pelo Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e
Solidariedade Social e por um número indeterminado de prestadores de cuidados.
Assim, a R.N.C.C.I. é o conjunto estruturado de unidades (internamento e ambulatório) e equipas
domiciliárias de cuidados continuados de saúde e de apoio social, prestados de forma integrada, a
pessoas em situação de dependência com falta ou perda de autonomia, independentemente da
idade.
A prestação dos cuidados de saúde e de apoio social é assegurada pela R.N.C.C.I. através de
unidades de internamento, de ambulatório e de equipas domiciliárias. Neste sentido, é importante
distinguirem-se as seguintes tipologias de Cuidados Continuados:
- Unidades de convalescença (recuperação e estabilização do doente);
- Unidades de média duração e reabilitação;
- Unidades de longa duração e manutenção;
- Unidades de cuidados paliativos;
- Unidades de dia e de promoção da autonomia;
- Equipas domiciliárias (E.C.C.I.).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
63
Rede Social
Quadro 24 – Unidade de Convalescença U
nid
ades
de
Inte
rnam
ento
Local Unidade Tipologia Lotação Ocupação Vagas
Espinho CHVNG - Espinho Convalescença 28 28 0
Vila Nova de Gaia Clihotel Gaia Média 23 23 0
Vila Nova de Gaia Clihotel Gaia Longa 45 45 0
Vila Nova de Gaia Montepio
Residências Média 40 40 0
Vila Nova de Gaia Montepio
Residências Longa 40 40 0
E.C
.C.I.
Vila Nova de Gaia A.C.E.S. Grande Porto VII - Gaia
1 Equipa de apoio domiciliário
20 20 0
Vila Nova de Gaia A.C.E.S.
Gaia/Espinho 4 Equipas de apoio
domiciliário 80 80 0
Fonte: CDSS, Porto – ISS, IP, 2010.
Neste âmbito, existe actualmente em Vila Nova de Gaia 3 Unidades de Internamento,
designadamente, o Centro Hospitalar de V.N. Gaia / Espinho – Unidade III (Hospital N. Sr.ª da
Ajuda) com tipologia de convalescença, bem como a Montepio Residências – Gaia (Mafamude) e
o Clihotel de Gaia (Vilar de Andorinho), com tipologias de média e longa duração. Relativamente ao Apoio Domiciliário (E.C.C.I.) existe 1 Equipa no ACES Gaia, que presta apoio a
20 pessoas e 4 Equipas no ACES Gaia/Espinho, que apoiam 80 indivíduos.
Quadro 25 – Unidades de Convalescença por Tipologia
Convalescença Média Longa Paliativos
Meta Existe
Em falta
Meta Existe Em falta
Meta Existe Em falta
Meta Existe Em falta
Vila Nova de Gaia
71 ----- 71 82 63 -1 204 85 89 10 ----- 10
Fonte: CDSS, Porto – ISS, IP, 2010.
A meta definida pelos promotores da R.N.C.C.I. para Vila Nova de Gaia é criar, 71 camas em
Unidades de Convalescença, 82 camas em Unidades de Média Duração e Reabilitação e 204
camas em Unidades de Longa Duração e Manutenção, bem como alcançar mais 10 camas para
Cuidados Paliativos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
64
Rede Social
2.4.4 Toxicodependência
O número de casos de toxicodependentes em tratamento e consultas no Centro de Respostas
Integradas (CRI Central) do IDT (Instituto da Droga e Toxicodependência) é de 871 indivíduos,
sendo 813 homens e 58 mulheres.
Gráfico 17 – Distribuição de Toxicodependência por faixa etária
por nove freguesias do concelho
Fonte: CRI Central – IDT, 2010 – Ver Tabela 10,11, Anexos. O grupo etário com maior número de casos é o de > = 45 anos com 211 casos, registando-se esta
situação em 9 freguesias do concelho, Avintes, Canidelo, Madalena, Mafamude, Oliveira do
Douro, Pedroso, Stª. Marinha, Valadares e Vilar de Andorinho.
Quadro 26 - As sete freguesias com maior número de casos de toxicodependentes
Freguesias 2009 2008 2007
MAFAMUDE 116 109 140
STA MARINHA 114 101 92
CANIDELO 69 74 66
VILAR ANDORINHO 64 68 58
AVINTES 60 54 47
OLIV. DOURO - 68 58
VALADARES - 54 47
TOTAL 423 528 508 Fonte: CRI Central – IDT, 2010.
No que se refere à variação do número de toxicodependentes ao nível das freguesias,
constatamos que esta não é linear. Das sete freguesias com maior número de casos, Mafamude,
entre 2007 e 2009, apresentava o maior número de situações, seguida de Santa Marinha.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
65
Rede Social
Gráfico 18 – Evolução do Número de Toxicodependentes por Ano e Género
Fonte: INEE, estimativas 2009.
Entre 2007 e 2009, verificamos um aumento do número de pessoas toxicodependentes, em
ambos os géneros. Quando analisamos a sua variação por freguesia, constatamos que não é
linear.
Nas cinco freguesias com maior número de casos, Santa Marinha é a freguesia que, nos anos de
2007 e 2008, apresentava o maior número de situações. Em 2009, Mafamude passa a ser a
freguesia com maior incidência de casos.
Do mesmo modo, a variação por freguesia no que se refere ao género, comporta-se de forma
idêntica, ou seja, verifica-se uma alteração de um ano para o outro, sem no entanto isso
corresponder a um aumento constante. Assim de 2007 para 2008 há um acréscimo de 62 casos
do género masculino e o feminino diminuir em 2009 para 58 casos.
Gráfico 19 – Apoios a Toxicodependentes
Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISS,IP 2010 - Ver Tabela 12, Anexos.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
2009 2008 2007
871824
755
58 62 58
813762
697Total
Feminino
Masculino
0
50
100
150
200
250
300
ALIMENTAÇÃO MEDICAMENTOS
APOIOS
APOIOS
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
66
Rede Social
Em termos de apoios sociais, a pessoas toxicodependentes foram abrangidas pelo serviço local
do I.S.S, I.P 182 famílias, das quais 250 indivíduos, receberam ajuda alimentar e 141 apoio para
medicamentos.
2.4.4.1 Projectos de apoio à toxicodependência
Foram desenvolvidos projectos nesta área de intervenção no âmbito da prevenção, tratamento e
redução de danos, pela APDES (Agência Piaget para o Desenvolvimento) e Associação Abraço.
A APDES desenvolveu os Projectos GIRUGaia e Arriscar. O projecto GIRUGaia tem uma equipa
multidisciplinar, está em funcionamento desde Outubro de 2003 e prevê manter-se, até final de
2012.
Desde o início da sua intervenção contactou mais de 1500 pessoas diferentes e passaram pelo
seu Programa de Metadona mais de 250 pessoas e, desta população, cerca de 40% passou para
um programa de tratamento mais estruturado. No ano de 2009 e 2010 cerca de 150 pessoas
realizaram o rastreio da tuberculose, 21 pessoas estão a ser acompanhadas no serviço de
infecciologia, 70 pessoas realizaram análises de sangue e 12 iniciaram medicação para
perturbações psiquiátricas, graças à intervenção desta equipa, verificando-se aqui a sua
relevância em termos de saúde pública.
Esta equipa encontra-se a promover, em parceria com a Câmara de Gaia, o ISS,I.P, a AMI, a
Associação Abraço e o Centro Social de São Félix da Marinha o diagnóstico da população sem-
abrigo no concelho. Este levantamento baseia-se no elevado número de indivíduos nesta situação
com quem se tem entrado em contacto e na ausência de respostas para esta população no
concelho.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
69
Rede Social
O projecto Arriscar está previsto terminar em Novembro de 2012. Até ao final do projecto
prevêem-se abranger sensivelmente 151 indivíduos através das diferentes acções em curso e
programadas
Projecto “Passo a Passo”
O Projecto “Passo a Passo” resultou de uma candidatura da Associação ABRAÇO, realizada em
2008, a um PRI financiado, no âmbito do PORI, o qual é promovido pelo Instituto da Droga e da
Toxicodependência, para a Zona Histórica de Gaia. A execução do PORI (Plano Operacional de
Respostas Integradas) concretiza-se mediante a identificação e selecção de territórios prioritários,
a elaboração de diagnósticos sobre cada território e a implementação do PRI (Programa de
Respostas Integradas). Para o concelho de V.N. de Gaia identificou-se como territórios prioritários
as freguesias de Santa Marinha e S. Pedro da Afurada.
Este projecto, iniciou em Janeiro de 2009 e esteve em funcionamento até Dezembro de 2010 (1.ª
Fase). Dados os resultados positivos alcançados pela equipa multidisciplinar do projecto, o mesmo
irá continuar em funcionamento por um período de mais dois anos (2011/2012).
Apesar da população consumidora de estupefacientes que recorre à ABRAÇO se caracterizar pela
sua heterogeneidade no que respeita ao fenómeno da exclusão social é, na sua maioria, uma
população que vivencia quadros de agravada precariedade socioeconómica, em condições de
baixos recursos, experimentado ao longo das suas vidas situações objectivas de carências várias
(insuficiência económica, baixa escolaridade, desemprego ou emprego precário, violência
doméstica, toxicodependência, alcoolismo, prostituição, famílias disfuncionais, isolamento social,
défice de competências e perturbação psicológica/psiquiátrica).
Estavam previstos em sede de candidatura a integração de 50 indivíduos com estas
características, tendo integrado até ao término em 2010, 40 utentes. Continuam em
acompanhamentos 15 indivíduos (dos 40 integrados). Foram encerrados até à data 25 processos.
No momento da integração, 16 dos 40 utentes residiam na freguesia de Santa Marinha e 15 dos
40 residiam noutras freguesias de Gaia. Nove dos indivíduos integraram o Projecto em situação de
sem-abrigo, tendo sido todos alojados através do “Passo a Passo”. Apesar de não contemplar
utentes do Porto, em 2010, estiveram integrados neste Projecto 5 utentes a residir no Porto, mas
cujas rotinas diárias se efectuavam em V.N.de Gaia (Ribeira). Estes indivíduos integraram o
projecto em situação de sem-abrigo na freguesia de Santa Marinha.
Ao longo do tempo de execução do projecto, não houve situações de alta social ou psicológica. A
existência do trabalho de grupo foi permitindo um acompanhamento regular e de proximidade
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
70
Rede Social
junto dos utentes, ajustando os atendimentos individuais às necessidades dos mesmos, havendo
alturas de maior estabilidade em que se puderam suspender as consultas psicológicas e/ou
atendimentos de serviço social durante esses períodos, mas mantendo sempre a retaguarda da
instituição e intervenção grupal.
Através do diagnóstico de necessidades realizado, constatou-se que o processo de mudança
comportamental destes utentes só é possível mediante um trabalho de reaquisição de um conjunto
de competências sociais, educativas e de cidadania, aliadas a um acompanhamento psicossocial
que visa a reestruturação da identidade pessoal e social.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
71
Rede Social
Quadro 29 - Projecto “Passo a Passo”
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
72
Rede Social
2.4.5 HIV
Relativamente aos portadores de HIV dispomos de dados fornecidos pelo Centro Distrital de
Segurança Social que prestou apoio a 189 pessoas infectadas, sendo o grupo masculino o de
maior incidência, nomeadamente a faixa etária dos 35 - 44 anos.
Gráfico 20 - Portadores de HIV por grupo etário
Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISS,IP 2010 – Ver Tabela 13, Anexos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
73
Rede Social
3 – FAMÍLIAS / VULNERABILIDADE SOCIAL
3.1 CPCJ
Ao abordar a temática das crianças em risco será necessário fazer uma distinção entre dois
conceitos que, frequentemente, são considerados sinónimos, mas que no entanto não o são. O
conceito de risco em crianças e jovens é mais amplo e abrangente do que o de situações de
perigo, que se encontram definidas na Lei, podendo ser difícil a demarcação entre os dois
conceitos. As situações de risco dizem respeito ao perigo potencial para o exercício dos direitos da
criança, no que se refere à sua segurança, saúde, formação, educação e desenvolvimento.
Entende-se que a evolução negativa de determinados contextos de risco condiciona, na maior
parte das vezes, o aparecimento das situações de perigo. A diferenciação entre os dois conceitos
é que determina os níveis de responsabilidade e legitimidade de intervenção.
Nas situações de risco, a legitimidade da intervenção reduz-se aos esforços para a extinção do
mesmo, tendo em vista evitar o perigo, através de medidas, políticas, estratégias e acções
dirigidas à população, em geral, ou intervenções mais específicas para crianças e jovens em
situações familiares, habitacionais, ambientais, escolares, sanitárias, sociais, culturais e
económicas que, pela sua precariedade, criem condições de especial vulnerabilidade.
3.1.1 Os níveis de intervenção comunitária na protecção das crianças e jovens
O sistema de protecção português focaliza a acção nas situações de perigo, dado que nem todas
as formas de risco legitimam a intervenção do Estado e da Sociedade na vida, na autonomia e
família da criança ou do jovem43.
Assim, seguindo o Princípio da Subsidiariedade, a intervenção para a promoção dos direitos e
protecção da criança e do jovem deve ser efectuada sucessivamente pelas entidades com
competência em matéria da infância e juventude, pelas comissões de protecção de crianças e
jovens e, em última instância, pelos tribunais.44
Neste sentido, a protecção das crianças e dos jovens é feita em primeira linha pelas entidades
com competência em matéria de infância e juventude, sendo esta realizada de modo consensual
com os pais45.
43 Para efeitos da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, considera-se criança ou jovem a pessoa com menos de 18 anos ou com menos de 21 anos que solicite a continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos. 44 Um dos princípios consagrados na Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro no seu Art.º 4º alínea j. 45 Art.º 7º da Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
74
Rede Social
A intervenção processa-se segundo um modelo que estabelece três níveis de acção:
• No primeiro nível, é atribuída legitimidade às entidades com competência na área da
infância e juventude - ou seja, as que têm acção privilegiada em domínios como os da
saúde, educação, formação profissional, ocupação dos tempos livres, entre outros – para
intervir na promoção dos direitos e na protecção das crianças e dos jovens, em geral, e
das que se encontrem em situação de risco ou perigo;
• No segundo nível, quando não seja possível às entidades acima mencionadas actuar de
forma adequada e suficiente para remover o perigo, toma lugar a acção das Comissões de
Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), nas quais a Saúde, participa também;
• No terceiro nível, é à intervenção judicial, que se pretende residual, que cabe o
protagonismo na protecção de crianças e jovens em perigo.
Limitam-se, assim, as situações que envolvam perigo para a segurança, saúde, formação,
educação e/ou desenvolvimento da criança ou jovem, conforme o art. 3º da Lei n.º 147/99 de 1 de
Setembro, à intervenção das CPCJ e dos tribunais, reservando-se as restantes à intervenção
comunitária local e próxima das populações.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
75
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3.1.2 A intervenção das CPCJ
Tal como referido, a CPCJ tem legitimidade para intervir em situações de perigo, pelo que se
considera que uma criança ou o jovem está em perigo quando, designadamente, se encontra
numa das seguintes situações46:
a) Está abandonada ou vive entregue a si própria;
b) Sofre maus-tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
c) Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
d) É obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade,
dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
e) Está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente
a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;
f) Assume comportamentos ou se entrega a actividades ou consumos que afectem
gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que
os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo
adequado a remover essa situação.
A CPCJ de Vila Nova de Gaia foi constituída em 1995, e desde a sua constituição, tem tido, de
uma forma constante, um número significativo de sinalizações de crianças e jovens em perigo,
apresentando uma média anual de 429 processos.
Quadro 30 - Processos instaurados por ano de funcionamento
Ano de funcionamento N.º de Processos 1996 93 1997 205 1998 187 1999 286 2000 184 2001 138 2002 199 2003 496 2004 484 2005 435 2006 764 2007 913 2008 742 2009 622 2010 685
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
46 Art.º 3º da Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro.
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76
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No ano de 200947 existiam na CPCJ de Vila Nova de Gaia 2028 processos de promoção e
protecção, o que representava 23% dos processos movimentados no Grande Porto.
De acordo com o quadro 31, a comparação deste valor com a população residente estimada na
faixa etária dos 0-19 anos, as situações de perigo em que se encontravam as crianças e jovens
sinalizados na CPCJ, têm uma representação situada nos 3%, só superada pelo Porto, Espinho e
Vila do Conde.
Em relação ao número total de processos, as situações de perigo representam 23%, sendo este
número só superado pelo Porto.
Quadro 31 - Crianças e Jovens sinalizados nas CPCJ do Grande Porto, 2009
(Movimento processual 2009)
CPCJ N.º total de processos
% População residente estimada 0-19 anos
% Processos por relação à população
residente Espinho 219 2,5 5657 3,9
Gondomar 1010 11,5 36443 2,8
Maia 672 7,6 31900 2,1
Matosinhos 900 10,2 34493 2,6
Porto 2046 23,2 37483 5,5
Póvoa de Varzim 375 4,3 15830 2,4
Santo Tirso 303 3,4 13742 2,2
Trofa 221 2,5 8911 2,5
Valongo 461 5,2 21737 2,1
Vila do Conde 581 6,6 17299 3,4
Vila Nova de Gaia 2028 23 66593 3
Grande Porto 8816 100 267435 3,3
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Em relação à população residente em relação ao número total de processos sinalizados, assim
como à comparação com a faixa etária 0-19 anos, analisando os quadros 31 e 32, verifica-se uma
concordância em relação às freguesias com maior peso populacional e o número total de
sinalizações, enquanto que acontece a tendência inversa em relação à população residente.
47 Os dados referentes ao Grande Porto do ano de 2010 brevemente irão estar disponíveis.
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77
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Quadro 32 - Movimento processual por freguesia, 2009
População Residente Total de Processos CPCJ
Freguesia % Freguesia %
Olival 5,8 Mafamude 11
Sermonde 4,4 Santa Marinha 9,5
Valadares 4,5 Vilar de Andorinho 9,1
Vilar de Andorinho 5 Canidelo 7,3
Perosinho 3,7 Oliveira do Douro 6,7
Serzedo 3,7 Pedroso 6
Afurada 3,6 Avintes 4,6
Grijó 3,6 Canelas 4,5
Avintes 3,5 Grijó 4,4
Vilar do Paraíso 2,9 Vilar do Paraíso 4,3
Santa Marinha 2,9 Olival 4,2
Canelas 2,8 Valadares 4,1
Mafamude 2,8 Madalena 3,5
Pedroso 2,7 Serzedo 3,4
Nota: A tendência no ano 2009, repete-se, quase de igual forma no ano de 2010.
Quadro 33 - Movimento processual por freguesia, 2010
População Residente Total de Processos CPCJ
Freguesia % Freguesia %
Olival 5,2 Mafamude 11,7
Valadares 4,4 Santa Marinha 11
Vilar de Andorinho 3,8 Vilar de Andorinho 8,8
Sermonde 3,8 Canidelo 7,5
Madalena 3,5 Oliveira do Douro 6,7
Avintes 3,5 Pedroso 5,8
Vilar do Paraíso 3,5 Vilar do Paraíso 5,2
Santa Marinha 3,4 Avintes 4,5
Serzedo 3,1 Canelas 4,4
Mafamude 3 Valadares 4
Grijó 2,9 Olival 3,8
Canidelo 2,8 S. Félix da Marinha 3,7
Canelas 2,7 Grijó 3,6
Nota: Em relação às entidades sinalizadoras, ou seja, quais as entidades que remetem participações para a CPCJ.
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Da leitura do quadro 34, constata-se que são os estabelecimentos de ensino as entidades que
mais sinalizam as situações de risco à CPCJ.
Quadro 34 - Entidades sinalizadoras
Entidade N.º de Processos
Estabelecimentos de Ensino 529
Estabelecimentos de Saúde 193
Outras CPCJ 172
Os pais 169
Ministério Público 158
Autoridades Policiais 134
Outras 113
Vizinhos ou particulares 111
Autarquias 90
Familiares 78
Segurança Social 75
RSI 66
Projectos 57
Tribunais 52
IPSS 32
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Os grupos etários mais significativos situam-se nas faixas etárias entre os 11 e os 14 anos,
seguido da faixa etária com mais de 15 anos. No entanto, destaca-se o facto de haver quase uma
homogeneidade entre os vários grupos etários, que se situam acima das 500 sinalizações, (gráfico
21).
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511
503599
576
0-5
6-10
11-14
+15
Gráfico 21 - Grupos etários
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia. No que diz respeito às situações sinalizadas verifica-se a predominância da negligência parental
com 768 situações, seguida do absentismo escolar e dos maus-tratos psicológicos/abuso
emocional. As restantes situações situam-se entre as 141 e as 14 sinalizações, tendo estas
últimas um peso quase residual no conjunto total das situações sinalizadas.
Gráfico 22 - Problemáticas sinalizadas / Total de processos
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
14
14
27
98
110
141
301
371
768
0 200 400 600 800
Negligência
Absentismo escolar
Maus-tratos Psicológicos
Maus-tratos Físicos
PFQC
Exposição a modelos
comportamento desviante
Abuso sexual
Mendicidade
Abandono
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Fazendo desta forma a análise das problemáticas das situações sinalizadas com os grupos etários
(Quadros 35, 36, 37 e 38), verifica-se que predominam as situações de negligência no grupo etário
dos 0 aos 5 anos, assim como no grupo seguinte (6 aos 10-anos), enquanto nos grupos etários
seguintes encontramos o absentismo escolar como preponderante.
Quadro 35 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 0-5 anos
Problemática
%
Negligência 59,8
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 22,5
Maus-tratos físicos 8,2
Exposição modelos comportamento desviante 4,6
Abuso sexual 2
Mendicidade 1,4
Abandono 1
PFQC 0,4
Uso estupefacientes 0,2
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Quadro 36 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 6 - 10 anos
Problemática
%
Negligência 49,4
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 18,7
Maus-tratos físicos 9,8
Abandono escolar 3
PFQC 2,4
Exposição modelos comportamento desviante 1,7
Mendicidade 0,8
Abuso sexual 0,5
Pornografia infantil 0,2
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
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Quadro 37 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 11 - 14 anos
Problemática %
Abandono escolar 36,2
Negligência 24,8
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 11,7
PFQC 10,1
Exposição modelos comportamento desviante 5,7
Maus-tratos físicos 5,7
Abuso sexual 1,8
Abandono 1,2
Uso estupefacientes 1,2
Ingestão bebidas alcoólicas 0,7
Mendicidade 0,5
Pornografia infantil 0,3 Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Quadro 38 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários + 15 anos
Problemática %
Abandono escolar 36,7
Negligência 26,2
Maus-tratos psicológicos /Abuso emocional 8,7
Maus-tratos físicos 6,2
Abuso sexual 6
Exposição modelos comportamento desviante 3,6
Corrupção de menores 2,2
Abandono 2
Ingestão bebidas alcoólicas 0,4
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Para além das situações de absentismo escolar, mais relevantes nos grupos etários a partir dos
11 anos, encontramos como principais comportamentos desviantes assumidos pelos adolescentes
a agressividade junto dos pares e figuras de autoridade, o não cumprimento de regras, as fugas
constantes de casa, vandalismo e o consumo de bebidas alcoólicas e estupefacientes (quadros 37
e 38).
Em relação às situações referentes a sinalizações de violência doméstica, que são transversais a
todos os grupos etários não possuímos dados ao nível concelhio, pois nem todas as situações
vivenciadas no contexto familiar são reportadas à CPCJ. Neste sentido, recorreu-se a dados
remetidos pela Procuradoria da República (quadros 39 e 40), referentes aos Inquéritos que
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englobam crime de violência doméstica e de maus-tratos48, sendo esta classificação efectuada de
acordo com as participações policiais e queixas dos cidadãos, abrangendo um leque de situações,
que ocorrem na família e também na relação conjugal.
Quadro 39 - Inquéritos-Criminais na Procuradoria da República, ano de 2010
N.º Inquéritos-Criminais
Estado
659 Instaurados
299 Transitados
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Quadro 40 - Estado dos Inquéritos-Criminais, ano de 2010
N.º Inquéritos-Criminais
Estado
97 Acusação
427 Arquivamento
84 Outros motivos
350 Transitados
Fonte: CPCJ de Vila Nova de Gaia.
Em Vila Nova de Gaia existem 5 Instituições de apoio a Crianças e Jovens em Perigo, sendo 5
lares de Infância e Juventude, que albergam 212 crianças e jovens e, um Centro de
Acolhimento Temporário, para crianças dos 0-6 anos, que acolhe 11 crianças. Ao todo, estão
institucionalizadas 223 crianças e jovens, em equipamentos distribuídos por seis freguesias do
concelho.
Quadro 41 - Equipamentos para Crianças e Jovens em Perigo
TIPO Nº CAPACIDADE UTENTES
Lar de Infância / Juventude 5 269 212
Centro de Acolhimento Temporário 1 15 11
TOTAL 6 284 223 Fonte: DMASS e Carta Social, ISS-IP,2010.
48 Dados fornecidos pela Procuradoria da República do Círculo Judicial de Vila Nova de Gaia.
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3.2 RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO “O Rendimento Social de Inserção consiste numa prestação incluída no subsistema de
solidariedade e num programa de inserção, de modo a conferir às pessoas e aos seus agregados
familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das suas
necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária”49.
Actualmente o valor da prestação por pessoa adulta é de €189,52 e de €94,76 por cada criança
(2011), embora estes valores estejam sujeitos a cálculos ponderados.
A estrutura que assegura o desenvolvimento da medida do RSI, nomeadamente, aprovar os
programas de inserção são os Núcleos Locais de Inserção Social (NLI), que constituem a estrutura
operativa de composição plurissectorial, que assegura o desenvolvimento das medidas.
Vila Nova de Gaia tem dois Núcleos Locais de Inserção (NLI) constituídos por representantes das
seguintes entidades: Instituto de Segurança Social, Câmara de Vila Nova de Gaia, Centro de
Emprego de Gaia, Saúde/ARS e DREN.
O enquadramento geográfico dos NLI é o seguinte:
- NLI1: Oliveira do Douro, Mafamude, Santa Marinha, Canidelo, Afurada, Avintes e Vilar de
Andorinho;
- NLI2: Grijó, Arcozelo, Canelas, São Félix da Marinha, Serzedo, Pedroso, Perosinho,
Sermonde, Seixezelo, Crestuma, Lever, Olival, Sandim, Vilar do Paraíso, Gulpilhares,
Valadares, Madalena.
Foram estabelecidos entre a Entidade Distrital de Segurança Social e as Instituições Particulares
de Solidariedade Social ou outras entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, que
prossigam fins de solidariedade social 8 protocolos, com 12 equipas, que visam o
desenvolvimento de acções de acompanhamento e de inserção social dos beneficiários do RSI,
que se passa a descrever:
- NLI1: Associação de Escolas Torne e Prado, Cooperativa Sol Maior, Fundação Joaquim
Oliveira Lopes e Fundação Padre Luís;
- NLI2: Centro Social de Grijó, Associação Solidariedade Social Madalena, Olival Social,
Associação Sandim.
49 Lei 13/2003 de 21 de Maio, alterada pela lei 45/2005 de 29 de Agosto.
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Quadro 42 - População beneficiária do RSI no grande Porto, 2009
Área Geográfica
População residente em 2009
Peso no Grande Porto
População beneficiária RSI 01/2010
Peso população beneficiária RSI sobre a população residente
Peso população beneficiária RSI no Grande Porto
N.º % N.º % %
Gondomar 174878 12,5 13637 7,8 12,9
Maia 143371 10,3 7649 5,3 7,2
Matosinhos 169303 12,1 12459 7,4 11,7
Porto 210558 15,1 25738 12,2 24,2
Póvoa do Varzim 66919 5 2778 4,2 2,6
Santo Tirso 69377 5 3571 5,2 3,4
Trofa 41022 2,9 2274 5,5 2,1
Valongo 98522 7,1 8380 8,5 7,9
Vila do Conde 77553 5,6 3105 4 2,9
Vila Nova de Gaia 315382 22,6 26607 8,4 25,1
Grande Porto 1395751 100 106198 7,8 100
Fonte: - INE (estimativas provisórias da população residente, 2009 – CDSS-Porto, ISS-IP, 2010.50
Em Janeiro de 2010, Vila Nova de Gaia era o município do Grande Porto com maior número de
beneficiários do RSI, com 26607 pessoas, o que representava 22,6% do total da população
beneficiária do RSI do Grande Porto.
No entanto, quando comparamos o peso percentual da população beneficiária do RSI no total da
população residente, constata-se que esta representa 8,4% da população residente em Vila Nova
de Gaia (26607 beneficiários do RSI por relação a 315 382 pessoas residentes), só superado pelo
concelho do Porto com 12,2% e Valongo com 8,5%.
50 O Município de Espinho não está representado por pertencer ao CDSS-Aveiro.
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85
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Gráfico 23 - Beneficiários do RSI de Vila Nova de Gaia, por freguesia, Junho 2010
Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 14, Anexos.
Em Junho de 2010 Vila Nova de Gaia tinha 27947 beneficiários do RSI, distribuídos pelas 24
freguesias.
Quanto à sua distribuição geográfica por freguesia, verifica-se que Santa Marinha apresenta a
taxa mais elevada (10,5%), seguido de Mafamude (10,1%) e Vilar de Andorinho (9,3%).
Com menor taxa de beneficiários surgem as freguesias de Seixezelo (0,5%), Crestuma (0,5%) e
Sermonde (0,6%).
-0,50% 0,50% 1,50% 2,50% 3,50% 4,50% 5,50% 6,50% 7,50% 8,50% 9,50% 10,50% 11,50%
Arcozelo
Avintes
Canelas
Canidelo
Crestuma
Grijó
Gulpilhares
Lever
Madalena
Mafamude
Olival
Oliveira do Douro
Pedroso
Perosinho
Sandim
Santa Marinha
S. Félix da Marinha
S. Pedro da Afurada
Seixezelo
Sermonde
Serzedo
Valadares
Vilar de Andorinho
Vilar do Paraíso
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Quadro 43 - Beneficiários do RSI em relação á população residente
Freguesias Total da População 51 % de Beneficiários do RSI em relação á população residente
Arcozelo 13.417 7,60%
Avintes 12.478 9,90%
Canelas 13.323 8,80%
Canidelo 25.707 8,30%
Crestuma 3.221 4,50%
Grijó 11.134 8,90%
Gulpilhares 10.508 6,90%
Lever 3.284 6,00%
Madalena 10.133 8,00%
Mafamude 42.189 6.60%
Olival 6.067 10,60%
O. Douro 25.332 9,00%
Pedroso 19.984 9.10%
Perosinho 6.442 8,50%
Sandim 6.849 8,50%
Stª Marinha 33.307 8,80%
S. Felix Marinha 12.103 9,30%
S.P. Afurada 3.722 11,40%
Seixezelo 1.876 7,00%
Sermonde 1.314 13,70%
Serzedo 8.163 12,80%
Valadares 9.851 11,20%
V. Andorinho 18.108 14,20%
V. Paraíso 14.230 7,90%
TOTAL 312.740* 8,90% Fonte: INE 2010.
Comparando a população residente em Vila Nova de Gaia com a população beneficiária de RSI,
constata-se que esta representa 8,9% da população total. As freguesias de Vilar de Andorinho
(14,2%), Sermonde (13,7%) e Serzedo (12,8%) apresentam a maior percentagem de beneficiários
do RSI.
51 A população por freguesia foi calculada a partir do valor da população do concelho, de acordo com as estimativas
provisórias do INE 2008, tendo sido aplicado o peso da população por freguesia segundo os censos de 2001.
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Gráfico 24 - Caracterização dos Beneficiários do RSI por Idade, Junho de 2010
Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 15, Anexos.
Em relação à caracterização dos beneficiários por escalão etário, verifica-se uma predominância
no escalão com <18 anos (35,6%), o que significa que o número de crianças e jovens abrangidos
pela medida do RSI é o mais significativo.
É também relevante a percentagem de beneficiários no escalão etário 40-54 anos (24,2%). São
sobretudo pessoas que ficam em situação de desemprego e com dificuldade em integrar
novamente o mercado de trabalho.
O reduzido número de beneficiários com mais de 65 anos, deve-se ao facto destes passarem a
usufruir de outro tipo de prestações sociais.
Gráfico 25 – Beneficiários do RSI com e sem rendimentos, Junho 2010
Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 16, Anexos.
Do universo da população beneficiária do RSI, 28,24 % possuem rendimentos.
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Quadro 44 - Tipos de Rendimentos dos Beneficiários de RSI, por Freguesia
Fonte: ISS 2010. Relativamente aos rendimentos obtidos pelos beneficiários do RSI, destacam-se os resultantes de
“Trabalho Dependente” (20,2%), “Outros Tipos de Rendimentos” (21,0%) e “Pensões do CNP”
(12,0%). As freguesias de Santa Marinha (9,8%), Mafamude (9,1%) e Vilar de Andorinho (9,0%)
são as que apresentam maior número de beneficiários com rendimentos.
AREA GEOGRÁFICA
Bens
mobiliários/
Imobiliários/
Rendimentos
Bolsa de
FormaçãoCSI
Direito a
Alimentos
Maternidade,
Paternidade e
Adopção
Outros
Rendimentos
Pensão
CNP
Outras
Pensões
Subsidio de
Desemprego
Subsidido
de Doença
Trabalho
Dependente
Trabalho Não
Dependente
Outras
SituaçõesTOTAL
Arcozelo 0,03% 0,10% 0,02% 0,29% 0,05% 0,74% 0,45% 0,09% 0,17% 0,01% 0,67% 0,01% 0,41% 3,40%
Avintes 0% 0,07% 0,04% 0,25% 0,01% 0,81% 0,54% 0,07% 0,35% 0,01% 0,98% 0,01% 1,18% 4,30%
Canelas 0% 0,14% 0% 0,24% 0,05% 0,94% 0,57% 0,08% 0,31% 0,01% 1,04% 0% 1,35% 4,70%
Canidelo 0% 0,06% 0,02% 0,76% 0,05% 1,89% 0,89% 0,16% 0,59% 0,07% 1,63% 0% 2,25% 8,40%
Crestuma 0% 0,03% 0% 0,07% 0% 0,08% 0,04% 0,02% 0,03% 0,02% 0,12% 0% 0,15% 0,60%
Grijó 0% 0,10% 0,04% 0,22% 0,02% 0,77% 0,45% 0,06% 0,31% 0,01% 0,76% 0,01% 0,71% 3,50%
Gulpilhares 0% 0,06% 0,01% 0,25% 0,03% 0,52% 0,30% 0,06% 0,14% 0,03% 0,51% 0,01% 0,69% 2,60%
Lever 0% 0,03% 0,02% 0,03% 0,01% 0,12% 0,14% 0,03% 0,05% 0% 0,15% 0% 0,18% 0,80%
Madalena 0% 0,03% 0,01% 0,21% 0,02% 0,56% 0,29% 0,04% 0,26% 0,02% 0,55% 0% 0,69% 2,70%
Mafamude 0,02% 0,20% 0,05% 1,22% 0,06% 1,93% 0,78% 0,12% 0,67% 0,06% 2,07% 0,02% 2,53% 9,70%
Olival 0% 0,12% 0,02% 0,12% 0,03% 0,45% 0,27% 0,04% 0,23% 0,01% 0,35% 0% 0,48% 2,10%
Oliveira do Douro 0,01% 0,12% 0% 0,62% 0,03% 2,01% 0,97% 0,17% 0,71% 0,03% 1,83% 0,03% 2,44% 9%
Pedroso 0,01% 0,17% 0,05% 0,57% 0,02% 1,39% 0,96% 0,23% 0,38% 0,05% 1,43% 0,01% 1,74% 7%
Perozinho 0% 0,05% 0,01% 0,11% 0% 0,46% 0,92% 0,05% 0,09% 0,01% 0,42% 0,01% 0,45% 1,89%
Sandim 0% 0,16% 0,02% 0,11% 0% 0,47% 0,23% 0,01% 0,18% 0,01% 0,49% 0,01% 0,60% 2,30%
Santa Marinha 0,02% 0,27% 0,05% 0,96% 0,06% 2,05% 0,78% 0,21% 0,68% 0,03% 2,09% 0,03% 2,66% 9,80%
S. F´lix da Marinha 0% 0,07% 0,03% 0,31% 0,04% 1,02% 0,57% 0,09% 0,30% 0,02% 0,71% 0,01% 0,93% 4,10%
S. Pedro da Afurada 0,02% 0,02% 0,03% 0,14% 0% 0,31% 0,29% 0,09% 0,10% 0% 0,25% 0,01% 0,40% 1,67%
Seixezelo 0,01% 0,02% 0,02% 0% 0% 0,11% 0,08% 0% 0,04% 0,01% 0,10% 0,01% 0,15% 0,55%
Sermonde 0% 0,02% 0% 0,04% 0% 0,14% 0,09% 0% 0,06% 0,01% 0,11% 0,01% 0,11% 0,59
Serzedo 0,01% 0,05% 0,03% 0,28% 0,01% 0,78% 0,59% 0,08% 0,27% 0,05% 0,73% 0,01% 0,95% 3,84%
Valadares 0,01% 0,14% 0,02% 0,40% 0,09% 0,80% 0,48% 0,11% 0,28% 0,03% 0,62% 0,02% 0,64% 3,64%
Vilarer de Andorinho 0,01% 0,30% 0,08% 0,84% 0,06% 1,71% 1,03% 0,19% 0,57% 0,04% 1,77% 0,01% 2,41% 9,03%
Vilar do Paraíso 0% 0,09% 0,04% 0,30% 0,05% 0,75% 0,44% 0,09% 0,25% 0,04% 0,84% 0,08% 1,03% 4%
TOTAL 0,15% 2,40% 0,60% 8,40% 0,70% 21% 12% 2,10% 7% 0,60% 20,20% 0,30% 25,10% 100,00%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
89
Rede Social
Gráfico 26 - Número de Agregados Familiares Beneficiários do RSI, por Freguesias, Junho 2010
Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 17, Anexos.
Existem 12269 agregados familiares que beneficiam do RSI. As freguesias de Santa Marinha com
11,3%, Mafamude 10,5% e Vilar de Andorinho 9,2%, apresentam os valores de taxa mais
elevados, tal como se verifica na percentagem de Beneficiários do RSI por Freguesia. Com menor
percentagem surgem as freguesias de Sermonde (0,7%), Crestuma (0,5%) e por fim Seixezelo
(0,4%).
Gráfico 27 - Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários
do RSI por Tipo de Família, Junho 2010
Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 18, Anexos. Quanto à caracterização dos agregados familiares, por tipo de família, constata-se que,
maioritariamente são indivíduos “Isolados” (30,5%), seguidos de “Famílias Nucleares com Filhos”
(29,2%) apresentando igualmente valor relevante, as “Famílias Monoparentais” (19,4%).
30,50%
2,00%
29,20%
7,70%
19,40%
11,30%
Isolados
F. Alargada
F. Nuclear C/ Filhos
F. Nuclear S/ Filhos
F. Monoparental
Outras
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90
Rede Social
Gráfico 28 - Valor Médio da Prestação de RSI, por Freguesia, Junho 2010
Fonte: ISS 2010 – Ver Tabela 19, Anexos.
O valor médio da prestação de RSI, no concelho de VNG é de 232,51€. As freguesias de
Perosinho (255,78 €), Sermonde (255,43 €) e Olival (253,52 €), são as que apresentam
prestações mais elevadas.
Gráfico 29 - Agregados familiares com processos activos
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 – Ver Tabela 20, Anexos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
91
Rede Social
Em Dezembro 2010, existiam 10117 processos activos respeitantes a agregados familiares. Em
relação à mesma data, foram contratualizados com programa de inserção, 7294 do total de
processos activos, o que representa 72,94% em termos percentuais.
Gráfico 30 – Caracterização dos beneficiários por idade e género a frequentar acções de inserção
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 – Ver Tabela 21, Anexos.
De acordo com o gráfico 30, os beneficiários a frequentar Acções de Inserção, maioritariamente,
são do género feminino (8341), mas em valor aproximado aos do género masculino (8047). No
género feminino predominam acções no escalão etário entre os 6-18 anos (2018), seguido de 35-
44 anos (1418). No masculino, salientam-se as seguintes faixas etárias: 6-18 (2286), seguido do
45-54 (1381).
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92
Rede Social
Gráfico 31 - Distribuição de todos os Beneficiários do RSI por Áreas de Inserção (com acordo de inserção)
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 – Ver Tabela 22, Anexos.
Relativamente á distribuição dos beneficiários do RSI, com acordos de inserção, verifica-se que a
área com maior incidência se concentra na “Acção Social” (19 324 pessoas). Destacam-se as
“Acções de Apoio á Organização da Vida Quotidiana” (12516 pessoas), seguida do “Apoio ao
Exercício da Cidadania” (2896 pessoas) e “Apoio Pessoal em Situação de Perca de Auto-estima e
Autonomia” (1243 pessoas), sendo ainda de salientar o “Acompanhamento e Educação Sócio -
Familiar” (1093 pessoas). Trata-se de acções que revelam a existência de um elevado número de
beneficiários com falta de competências sociais e parentais, assim como dificuldades na gestão
financeira, doméstica, familiar e de conflitos (gráficos 31 e 32).
Gráfico 32 – Acção Social
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
93
Rede Social
A saúde aparece como segunda área prioritária (11 361 pessoas), sendo de destacar as
“Consultas de Medicina Familiar (5508 pessoas) e “Outras” (3502 pessoas) no âmbito da medicina
familiar. Este resultado denúncia, por um lado, a necessidade de serem efectuados despistes e
/ou confirmações respeitantes a problemas de saúde apresentados pelos beneficiários, por outro,
o acompanhamento pelo médico de familiar face a doenças crónica, principalmente de foro
psiquiátrico/neurológico (gráficos 31 e 33).
Gráfico 33 – Saúde
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.
Seguidamente aparecem as acções na Educação (6979 pessoas), sobressaindo a “Escolaridade
Obrigatória” (4469 pessoas) seguido de “Cursos EFA” (1033 pessoas) o que traduz uma
população adulta com baixo nível de escolaridade, com necessidade de apoio educativo e ou
formativo. A integração “Pré-escolar/Jardim de Infância” (684 pessoas) assume também destaque
o que revela por um lado o peso na população infantil e por outro a necessidade de integração
desta em equipamentos, por forma a libertar pais e encarregados de educação para o
cumprimento das acções (gráficos 31 e 34).
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94
Rede Social
Gráfico 34 – Educação
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos. No Emprego (5585 pessoas) a “Colocação em Mercado de Trabalho” (5274 pessoas) é notória o
que demonstra o elevado número de beneficiários em situação de desemprego (gráficos 31 e 35).
Gráfico 35 - Emprego
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.
Na “Formação Profissional” (2238 pessoas) as acções de “Educação e Formação” (1396 pessoas)
e “Formação Profissional Qualificante” (353 pessoas), é também revelador de uma população com
necessidades formativas (ver tabela 22, anexo).
Informação e OrientaçãoProfissional
Mercado Social Emprego
Criação de Emprego
Criação Empresas
Formação e Emprego
Colocação em Mercado deTraboalho-1.º
Reabilitação Profissional
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Gráfico 36 – Regularização da situação habitacional
Fonte: NLI 1 e 2 do RSI de Vila Nova de Gaia, 2010 - Ver Tabela 22, Anexos.
Na “Habitação” (2398 pessoas) os pedidos de “Regularização da Situação Habitacional” (2398
pessoas) resultante dos problemas habitacionais e na necessidade de várias soluções (gráficos 31
e 36).
O RSI tem funcionado desta forma como agente proporcionador do acesso desta população com
necessidades a regalias sociais, através dos programas de inserção, sem os quais dificilmente
conseguiriam alcançar.
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96
Rede Social
3.3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A vulnerabilidade social das famílias a nível económico e social, encontra-se, na maioria das
vezes, associada á realidade da Violência Doméstica.
Segundo a Comissão de Peritos para o Acompanhamento da Execução do I Plano contra a
Violência Doméstica de 2000, a Violência Doméstica é definida como um comportamento que
inflige, repetidamente, crimes de vária ordem tais como sofrimentos físicos, sexuais, psicológicos
ou económicos, de modo directo ou indirecto (através de ameaças, enganos, coacção :), a
qualquer pessoa que habite no mesmo agregado familiar ou que não coabitando, seja cônjuge ou
companheiro ou ex-cônjuge ou ex-companheiro, ascendente ou descendente familiar.
A violência doméstica é um problema transversal, ocorrendo em diferentes contextos,
independentemente de factores sociais, económicos, culturais, etários. Embora seja exercida na
grande maioria sobre mulheres, atinge directa, ou indirectamente crianças, idosos e outras
pessoas mais vulneráveis ou com deficiência física.
Neste concelho constata-se a existência desta problemática social, como comprovam os dados
fornecidos pela Associação de Apoio á Vitima e pelo Ministério Público de Vila Nova de Gaia.
Quadro 45 – Registos de processos de apoio à vítima por tipo e por ano
Fonte: Procuradoria da República - Circulo Judicial de V. N. Gaia.
O número de processos de violência doméstica, relativos a Vila Nova de Gaia em 2009 e 2010 e,
registados pelo Ministério Público é significativo num total de 958. Do total de processos
registados, apenas 10,1% foram encerrados com acusação efectiva e 44,5% foram arquivados,
tendo transitado para 2011 36,5%.
Quadro 46 – Género da Vítima
Sexo Frequência % Feminino 146 86,4
Masculino 23 13,6
Total 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
2009 2010
299 31,2 659 68,7 350 36,5
Transitaram para 2011 TOTAIS
958 10097 10,1 427 44,5 84 8,7 3 0,3
Acusação ArquivamentoOutros
motivosSuspensos
Registo Processos
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A Associação Portuguesa de Apoio á Vítima registou em Vila Nova de Gaia 169 crimes de
violência doméstica em 2009/2010. As vítimas de violência doméstica são maioritariamente do
género feminino, representando 86,4 % dos crimes sinalizados face a 13,6 % da população
masculina.
Gráfico 37 – Estado Civil da Vítima
Fonte: APAV - Ver Tabela 23, Anexos.
A maioria das vítimas tem uma relação conjugal (64,5%) pelo matrimónio ou em união de facto
com o seu agressor. Apenas 16% são solteiras e 10,7% são divorciadas/separadas. É no seio
doméstico, nomeadamente na relação entre pares que ocorre o maior número de crimes.
Gráfico 38 – Nacionalidade da Vítima
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 24, Anexos.
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98
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A nacionalidade predominante das vítimas é portuguesa com 75,10 %. Relativamente à população
estrangeira foram identificadas mulheres de nacionalidade brasileira (1,2 %), cubana (0,6%),
boliviana (0,6%) e angolana (0,6%).
Gráfico 39 – Tipo de Família da Vítima
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 25, Anexos. O tipo de família onde prevalece a violência doméstica é na família nuclear c/ filhos, com 52,7%, e
nas famílias nucleares sem filhos com 11,2%, com menor representatividade situam-se as famílias
reconstruídas com 0,6%.
Gráfico 40 - Condição Perante a Actividade Económica da Vítima
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 26, Anexos.
Quanto à condição perante a actividade económica da vítima, a maior percentagem é de
empregados com 39,1%, seguindo-se a de desempregados com 16,6%, os reformados com
10,1% e os estudantes com 5,9%.
5,90% 7,10%11,20%
52,70%
0,60% 1,80% 2,40%
12,40%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
%
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99
Rede Social
Gráfico 41 – Idade da Vítima por Grupos Etários
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 27, Anexos.
Os grupos etários das vítimas com maior relevância são dos 18 aos 41 anos (35,5%) e dos 42 aos
64 anos (30,7%). A faixa etária da população idosa (mais de 64 anos) é de 7,1%. Saliente-se que
outro grupo vulnerável é dos 0 aos 17 anos a que corresponde 4,7%.
Gráfico 42 – Género do Autor do Crime
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 28, Anexos.
4,7
35,5
30,7
7,1
21,9
[0-17]
[18-41]
[42-64]
[65- ….[
N.s./N.r.
13,00%
86,40%
0,60%
Feminino
Masculino
N.s. / N.r.
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Gráfico 43 - Nível de Ensino do Autor do Crime
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 29, Anexos.
Gráfico 44 – Idade do Autor do Crime
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima – Ver Tabela 30, Anexos.
Os autores do crime de violência doméstica são 86,4% do sexo masculino, e por grupo etário dos
17-45 anos com 33%, realçando-se o facto de a partir dos 56 anos a taxa diminuir para 7,8%
(gráficos 42 e 44). Relativamente ao nível de ensino saliente-se que a maioria dos agressores não
sabe ler e escrever (5,9%) e, 3,6% possuem habilitações ao nível do ensino superior (gráfico 43).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Não sabeler
1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo EnsinoSecundário
EnsinioSuperior
N.s. / N.r.
5,90%1,80% 1,80% 2,40% 2,40% 3,60%
82,20%
%
16,80%
16,20%
8,40%
7,80%1,80%
49,70%
17-35
36-45
46-55
56-65
66-…
n.s / n. r
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Quadro 47 – Condição Perante a Actividade Económica do autor do Crime
Condição perante a actividade económica do autor do crime Frequência %
Empregado/a 59 34,9
Desempregado/a 31 18,3
Reformado/a 8 4,7
Incapacitados para o trabalho 3 1,8
Outra 1 0,6
N.s/N.r. 67 39,7
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima.
Segundo a condição perante a actividade económica, 34,9% dos autores dos crimes são
empregados, 18,3% desempregados e 4,7% reformados.
Quadro 48 – Relação do Autor do Crime com a Vítima
Relação do autor do crime com a vítima Frequência %
Nenhuma 5 3
Cônjuge/Companheiro 98 58
Ex- Cônjuge/Companheiro 15 8,9
Namorado/a 3 1,8
Ex-Namorado/a 4 2,4
Pai/Mãe 11 6,5
Padrasto/Madrasta 2 1,2
Filho/a 12 7,1
Irmão/ã 1 0,6
Outro familiar 4 2,4
Conhecido 2 1,2
Não determinada 3 1,8
Outra 4 2,4
N.s/N.r. 5 3
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima.
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Gráfico 45 – Tipo de Crime - Violência Doméstica
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima Ver Tabela 31, Anexos. Comprova-se que é em ambiente doméstico e familiar que ocorre o maior número de actos de
violência doméstica conforme quadro 48, nomeadamente nas relações conjugais (58%) e nas
relações entre namorados e ex-namorados (4,2%). No que respeita, ao tipo de crime praticado,
destacam-se os maus tratos psíquicos (35,3%), maus tratos físicos (30,2%), ameaça/coacção
(19,8%), difamação/injúria (11,6%) (gráfico 46 e tabela 31, anexos).
30,2
35,3
19,8
11,6
0,3 0,5 1,3 0,3 0,8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Crime
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103
Rede Social
3.4 – APOIOS DE EMERGÊNCIA SOCIAL
Programas e instituições que prestam apoio em géneros alimentares O Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), é uma acção anualmente
promovida pela Comissão Europeia e executada pelos Estados-membros que utilizando as
existências de intervenção de vários produtos agrícolas, tem como finalidade proceder à
distribuição de produtos alimentares às pessoas mais necessitadas na Comunidade Europeia.
O tipo de bens alimentares a distribuir anualmente (em Outubro), depende dos produtos agrícolas
provenientes dos excedentes dos países membros da União Europeia. Podem ser beneficiários do
PCAAC aqueles que residam em território nacional e todas as famílias/pessoas e
instituições/utentes, cuja situação de dependência social e financeira for considerada e
reconhecida com base nos critérios de elegibilidade aprovados, nomeadamente as famílias mais
carenciadas com baixo rendimento familiar. Deste modo, são priorizadas as situações de
desemprego prolongado, prisão, morte, doença, separação e abandono, pensionistas do regime
não contributivo, dimensão do agregado familiar, situações de catástrofe, entre outras.
A Delegação Norte da AMI e o Banco Alimentar Contra a Fome (pólos de recepção) são as
entidades responsáveis pela gestão do PCAAC no distrito do Porto e que abastecem/distribuem
por todas as IPSS, do distrito onde está incluído o concelho de Vila Nova de Gaia.
Em 2010, a Delegação Norte da AMI forneceu bens alimentares do PCAAC a 5 Instituições
Mediadoras de Vila Nova de Gaia, nomeadamente o Centro Porta Amiga de Gaia-AMI, Associação
de Proprietários da Urbanização de Vila D’Este, Conferencia de S. Mamede de Serzedo,
Associação “Olhar Futuro” (Associação de Solidariedade sem Fins Lucrativos) e ANAPEN
(Associação Nacional de Apoio aos Pobres), que por sua vez prestaram apoio a 896 famílias,
correspondendo a 2577 beneficiários.
Quadro 49 - Instituições apoiadas pelo PCAAC/2010, através da AMI, em V.N. de Gaia
Instituições Mediadoras52 5
Nº de famílias apoiadas 896
Nº de beneficiários 2577
Fonte: AMI, 2010.
52 Instituições Mediadoras são as instituições que recebem os apoios e distribuem pelas famílias e pessoas sinalizadas.
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104
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O Banco Alimentar Contra a Fome do Porto distribui géneros alimentares a 78 IPSS e
Associações do concelho de Vila Nova de Gaia, nas quais se incluem as Juntas de Freguesia de
Oliveira do Douro e Crestuma. Essas Instituições subdividem-se em Instituições Mediadoras (que
fornecem cabazes de produtos alimentares a famílias em situação de carência) e Instituições
Beneficiárias (que recebem os alimentos para confeccionar refeições, servidas em Lares, Apoio
Domiciliário, Creches, ATL ou outros).
Quadro 50 – Instituições Apoiadas pelo Banco Alimentar contra a Fome em V.N. de Gaia
Instituições Mediadoras Instituições Beneficiárias
Nº de Famílias
Crianças Adultos Total de pessoas
[0 aos 12]
[13 aos 65]
Mais de 65 anos
Acamados Nº total de pessoas
Nºs Absolutos
1738 1323 3691 6.752 2021 974 1528 74 4523
% 26% 19% 55% 100% 44% 21% 34% 1% 100%
Fonte: Banco Alimentar Contra a Fome, 2010.
Neste âmbito, as Instituições Mediadoras de Vila Nova de Gaia apoiaram 1738 famílias,
abrangendo 6752 pessoas (quadro 50). As Instituições Beneficiárias prestaram apoio a 4523
utentes, sendo as valências da infância as mais apoiadas, representando 44% do total de pessoas
apoiadas (quadro 50).
Quadro 51 – Famílias Sinalizadas pelas Comissões Sociais de Freguesia com Carência
Alimentar
Freguesia Apoiadas Sem apoio
Mafamude 112 11
Stª Marinha 145 0
Canelas 65 21
Valadares 38 0
Serzedo 125 25
S. Félix da Marinha 152 0
Gulpilhares 81 27
Perosinho 90 0
Arcozelo 52 31
S. Pedro da Afurada 62 37
Sandim 160 0
Sermonde 19 8
Avintes 50 60
Grijó 19 2
Canidelo 85 10
Vilar de Andorinho 597 8
Vilar do Paraíso 80 0
GiruGaia (Avintes, Stª Marinha, Madalena, Arcozelo) 32 0
Sem referência da freguesia 160 44
TOTAL 2124 284
Fonte: DMASS, CSF da Rede Social de VNG, 2010.
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As Comissões Sociais de Freguesia sinalizaram 2408 famílias em situação de carência alimentar,
das quais 2124 foram apoiadas em géneros alimentares, destacando-se a freguesia de Vilar de
Andorinho com o maior número de situações, 597 casos. No entanto, 284 agregados familiares
ainda não obtiveram apoio em bens alimentares.
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106
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4– EMPREGO, FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO 4.1 – ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL
A Europa, o país e o concelho muito em particular sentem as problemáticas de um desemprego
conjuntural, no nosso caso em particular também estrutural, persistente, crescente e
potencialmente desestruturante da sociedade tal como a conhecemos e tal como a desejamos.
Os contínuos saldos líquidos negativos do emprego (emprego criado – emprego destruído)
configuram uma situação em que as dinâmicas de criação de emprego têm sido insuficientes para
contrariar a tendência de destruição de emprego.
O emprego que se destrói tem características substancialmente diferentes do que aquele que
diariamente emerge.
Os novos empregos, transversalmente nas profissões e nas áreas de actividade económica onde
são criados, tem perfis diferenciados e mais exigentes, mesmo que sejam criados nos mesmos
sectores onde outros se extinguiram.
Os critérios de oferta, de selecção, as exigências de formação e ou qualificação, as competências
valorizadas, os vínculos e as remunerações, definem hoje modelos muito mais exigentes,
concorrenciais e com novos paradigmas de enquadramento do factor trabalho.
O desajustamento entre a circunstancial oferta limitada de trabalho e a pressão de procura
existente por parte dos desempregados, sejam eles primeiros empregos ou à procura de novos
empregos, evidencia claramente que neste contexto o mercado é mais selectivo, mais exigente e
diferenciador.
A expectativa de que possa ocorrer uma inversão da actual situação, com criação liquida de
emprego, terá de ter um conta este novos paradigmas, e qualificar ou requalificar, evoluindo no
sentido de ajustar às actuais realidades e exigências do mercado de trabalho.
As famílias, a sociedade, a escola, os múltiplos sistemas de formação profissional, tem que
cultivar os valores do trabalho, do profissionalismo, das aptidões, da competência ou das
diferentes competências.
A formação, isto é, os agentes de formação, os formandos, o mercado da formação, tem de
prosseguir modelos de qualidade, no sentido de assegurar uma ligação estreita entre o
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
107
Rede Social
processo e o mercado, interpretando as necessidades, as tendências, as exigências e as
realidades.
O aumento da qualidade formativa, a identificação precoce das necessidades, as atitudes
proactivas, a análise do custo/eficácia dos sistemas de formação e a medição dos efectivos
resultados de investimento em formação, são determinantes nos contextos económicos
reguladores deste século.
A existência de um mercado global de emprego, que pode passar pelo local, pelo metropolitano,
pelo regional, nacional ou mesmo transnacional, exige uma estratégia de investimento na
educação/formação mais dirigida ao mercado, mais orientada para o potenciamento da
empregabilidade numa clara selecção das qualificações orientadas para as profissões
emergentes, certo de que a qualificação é também geradora de maior igualdade de oportunidades
e de redução das taxas de desemprego significando para quem a possui, oportunidade e
benefícios económicos efectivos.
A formação profissional tem que ser definitivamente vista como um meio ao serviço do aumento e
da promoção da empregabilidade, e não como um fim em si mesmo. O mercado, os
empregadores são os principais interessados na potencialização dos modelos formativos que
encaixam nos conhecimentos, nas necessidades e nas expectativas dos investidores e agentes
económicos.
A Formação Profissional tem que ser cada vez mais próxima das realidades existentes ou
expectáveis, prosseguir a qualidade e a eficácia, sintonizar-se com a realidade socioeconómica
próxima, com os constrangimentos financeiros, com as expectativas, mas acima de tudo com as
oportunidades.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
108
Rede Social
4.2- POPULAÇAO ACTIVA NO CONCELHO
De acordo com os censos de 2001 Vila Nova de Gaia, era o segundo concelho da área
Metropolitana do Porto com a taxa maior de actividade53 de cerca de 52,80%, estando a Maia em
1º lugar com 54%. Pelos dados provisórios de 2008 do INE, Vila Nova de Gaia aparece como o
concelho do Grande Porto com a maior taxa de actividade 22,6%, aparecendo o Porto em 2º
lugar com 14,4%.
Se da mesma forma compararmos a taxa de actividade do concelho de 2001 com a actual (dados
Provisórios 2008), verificamos que também esta difere, tendo passado de 71,05% para 68,9%.
Quadro 52 – População em Idade Activa no Grande Porto
Área geográfica População em idade activa %Taxa de actividade
Grande Porto 962.873 100
Espinho 19.914 2
Gondomar 122.524 12.7
Maia 98.365 10.2
Matosinhos 117.801 12.2
Porto 138.957 14.4
Póvoa de Varzim 46.498 4.89
Santo Tirso 49.048 5
Trofa 29.448 3
Valongo 69.012 7.2
Vila do Conde 53.714 5.6
Vila Nova de Gaia 217.592 22.6
Fonte: INE – Dados provisórios de 2008.
Quando analisamos a população em idade activa por escalões etários, entre 2001 e 2008,
verificamos uma diminuição dos grupos dos 15 aos 39 anos em relação a 2001 e um movimento
inverso dos 45 aos 64 anos.
53 Taxa de Actividade: é a relação da população activa com 15 anos ou mais anos com a população total residente x 100 (em 2001).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
109
Rede Social
Quadro 53 – População em Idade Activa em V. N. Gaia 2001/2009
População em idade activa 2001 (%) 2009 (%)
15-19 6.3 5.4
20-24 7 5.6
25-29 8.3 6.4
30-34 8.2 7.3
35-39 8.5 8.1
40-44 8 8
45-49 7.2 8.1
50-54 6.9 7.2
55-59 5.5 6.7
60-64 4.6 6
Fonte: INE (dados Provisórios de 2009).
Entre 2001 e 2009 há uma diminuição da população activa em todos os grupos etários.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
110
Rede Social
4.3 DESEMPREGO
O número de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia é de 27925
(Dez, 2010) pessoas. Deste universo, 56% são do género feminino e 44% são do género
masculino.
Gráfico 46 - População Desempregada por Género
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 32, Anexos.
O género feminino apresenta uma taxa de incidência superior ao género masculino em todas as
freguesias do concelho, com excepção de S. Pedro de Afurada.
Gráfico 47 – População desempregada por Freguesia e Género
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 - Ver Tabela 32, Anexos.
A distribuição geográfica revela que a freguesia de Mafamude é a freguesia com maior taxa de
desempregados inscritos, de 12%, seguida das freguesias de Santa Marinha, Oliveira do Douro e
de Canidelo com 11%, 8% e 8%, respectivamente.
0
10
20
30
40
50
60
F M
56
44
62,1 63,1
45,8
63,4
37,9 36,9
54,2
36,6
0
10
20
30
40
50
60
70
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
111
Rede Social
Gráfico 48 – População Desempregada por Freguesia
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 - Ver Tabela 32, Anexos. A taxa de distribuição dos desempregados inscritos no concelho de Vila Nova de Gaia por
habilitações, apresenta uma maior incidência no nível escolar do 1º ciclo com uma taxa de
31,50%, seguido do 2º ciclo (20,30%) e do 3º ciclo com 18,80%. A taxa de representatividade dos
desempregados inscritos com formação superior é de 8,10%, menor apenas os desempregados
inscritos com escolaridade inferior ao 1º ciclo, 3,90%.
Gráfico 49 – População Desempregada por Habilitação Literária
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 33, Anexos.
8
12
8
11
0
2
4
6
8
10
12
14
3,9
31,5
20,3
18,8
17,3
8,1
< 1º CICLO EB
1º CICLO EB
2º CICLO EB
3º CICLO EB
SECUNDÁRIO
SUPERIOR
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
112
Rede Social
Gráfico 50 – Desempregados por Grupo Etário
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 34, Anexos.
Relativamente à taxa da população desempregada inscrita por faixa etária no concelho de Vila
Nova de Gaia, o gráfico 50 demonstra que a maior incidência verifica-se no grupo etário dos 35
aos 54 anos com 50,04% enquanto os grupos etários dos 25 aos 34 e mais de 55 anos,
encontram-se com taxas na ordem dos 21% e dos 18,16% respectivamente.
Gráfico 51 – Desempregados por Grupo Etário e Freguesia
Fonte: Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP, 2010 – Ver Tabela 34, Anexos.
Verifica-se que a percentagem de desempregados inscritos no grupo etário dos 35-54 anos, é a
que predomina em todas as freguesias do concelho, destacando-se a freguesia de Sermonde que
apresenta uma percentagem de 55% nesse grupo etário.
0
10
20
30
40
50
60
25 - 34 Anos < 25 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e +
21
10,28
50,04
18,16
0%
20%
40%
60%
80%
100%
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21 17 22 2415 22 22 16 21 22 19 20 22 20 17 18 24 24
17 21 21 22 21 23
7 1211 9
1010 9 14 10 10 11 12 12 9 12 8
128
13 11 12 9 12 9
51 53 51 4753
49 52 50 48 49 52 50 47 53 53 5449 32 55 52 49 50 52 49
21 19 16 21 22 19 17 19 21 19 16 19 19 18 18 20 14 16 16 17 18 20 15 19
25 - 34 Anos < 25 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e +
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
113
Rede Social
4.4 – QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
A necessidade de implementar medidas para aumentar a democratização do ensino e diminuir as
desigualdades levou à criação dos processos de reconhecimento, validação e certificação de
competências, os cursos de formação e educação de adultos e formações modulares. Do mesmo
modo, foram criados programas de apoio aos jovens em risco de abandono escolar, assim como
os apoios destinados a famílias e alunos através da Acção Social Escolar.
Hoje é reconhecida a necessidade da qualificação como garante do crescimento económico e
como factor da promoção da coesão social. A própria OCDE apresenta a mesma proposta para
Portugal, considerando dever ser uma prioridade política para fomentar a produtividade da força
de trabalho, com o reforço da escolarização no secundário. Este reforço da escolarização da
população portuguesa tem um duplo alcance: por um lado aumenta o crescimento económico, ao
melhorar a qualidade do trabalho, por outro, aumenta as competências para uso das novas
tecnologias. O aumento da qualificação e formação contribui para diminuir o risco e o tempo de
desemprego, facilitando a reinserção no mercado de trabalho.
Investir na educação e formação é contribuir para conquistas nos domínios de organização da vida
social das pessoas, pois a educação é um factor determinante para o desenvolvimento pessoal.
Daí a importância do investimento em formação. A Iniciativa Novas Oportunidades do Ministério
da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, apresentada publicamente no
dia 14 de Dezembro de 2005, tem como objectivo alargar o referencial mínimo de formação até ao
12º ano de escolaridade para jovens e adultos. A estratégia da Iniciativa Novas Oportunidades tem
dois pilares fundamentais: ensino profissionalizante de nível secundário para jovens; elevar a
formação de base dos activos.54 Em Vila Nova de Gaia estão implementados e reconhecidos 15
Centros de RVCC.
No quadro 54, constata-se que se inscreveram, desde 1 de Janeiro de 2007 até Janeiro de 2011,
6.127 pessoas no ensino básico, tendo sido certificados 2. 474 alunos. No ensino secundário
inscreveram-se 2.661 pessoas e saíram certificados 986 alunos.
Quadro 54 – Novas Oportunidades
Inscritos Certificados
Básico Total
6.127 2.474
Secundário Total
2.661 986
Nota: Estes valores correspondem ao período de 1 de Janeiro de 2007 a Janeiro de 2011. Fonte: Escola Secundária Inês de Castro, Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, Escola Profissional do Infante, CNO - Toyota Caetano, CNO – Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa, CNO – Escola Secundária António Sérgio.
54 Novas Oportunidades - Iniciativa no âmbito do Plano Nacional de Emprego e do Plano Tecnológico (2005-2010.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
114
Rede Social
4.5 - ENSINO PROFISSIONALIZANTE O ensino profissional em V.N. de Gaia funciona nas escolas públicas e privadas do concelho, com
cursos profissionais (são um dos percursos do nível secundário de educação) e os CEF (Cursos
de Educação e Formação) para conclusão do 9º ano de escolaridade ou equivalente. O ensino
profissional é um ensino mais prático e voltado para o mundo do trabalho.
Os Cursos Profissionais funcionam nas escolas secundárias da rede pública, nas Escolas
profissionais públicas ou privadas. Os Cursos de Educação e Formação (CEF) permitem concluir a
escolaridade obrigatória, através de um percurso flexível e ajustado aos interesses dos alunos e
possibilitam prosseguir os estudos ou formação, que lhes permite uma entrada qualificada no
mundo do trabalho.
Os cursos profissionais em Gaia funcionam em 8 Escolas Secundárias da rede pública55, com uma
frequência de 1107 alunos, e em 2 escolas profissionais da rede privada com 965 alunos.
Os CEF funcionam em 18 estabelecimentos públicos com 855 alunos. Este tipo de ensino é um
dos percursos do nível secundário de educação após a conclusão do 9.º ano de escolaridade ou
equivalente.
Quadro 55 - Escolas públicas e privadas com ensino profissional
Público Privado
Estabelecimentos Número Alunos Estabelecimentos Número Alunos
Cursos profissionais 8 1107 2 965
CEF 18 855 - -
Fonte: Escola Secundária Inês de Castro, Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, Escola Profissional do Infante, CNO - Toyota Caetano, CNO – Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa, CNO – Escola Secundária António Sérgio
A oferta formativa é grande havendo um total de 29 cursos Profissionais a funcionarem nas
diversas escolas56.
55 CAE e DME VNG Ano lectivo 2008-2009. 56 NOTA: Tipologia de cursos profissionais do concelho (oferta de 2008 / 2009). A oferta de cursos profissionais é diversificada no concelho de Gaia. Cobre todos os sectores de actividade. A
empregabilidade é desigual e mereceria a concertação com o IEFP e empresas na actualização da oferta pelos
agrupamentos. Muitas das áreas profissionais em que os cursos se inserem estão em recessão (apoio psicossocial,
multimédia, animação sócio cultural e outras como exemplo) ou ficam rapidamente saturadas no concelho: Animador
Sociocultural; Contabilidade; Construção Civil - condução de obra (edifícios) Construção Civil - Medições e Orçamentos;
Design; Electrónica, Automação e Instrumentação Energias Renováveis Gestão de sistemas solares; Gestão do Ambiente;
Gestão e Programação de Sistema Informático; Mecatrónica; Multimédia; Recepção; Secretariado; Turismo; Análises
Laboratoriais; Comunicação; Marketing; Relações Públicas e Publicidade; Apoio Psicossocial; Design Gráfico; Informática
de Gestão; Restaurante e Bar; Técnico de Design de Interiores e de Exteriores; Técnico de Apoio à Infância; Técnico
auxiliar de saúde; Técnico de Apoio à Gestão desportiva; Técnico de Vitrinismo; Técnico de Processo e Controlo da
Qualidade. Alimentar.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
115
Rede Social
II – PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
116
Rede Social
1- QUADRO DE REFERÊNCIA DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA NO CONCELHO 1.1 - ANÁLISE DE POTENCIAL ESTRATÉGICO O actual modelo de PDS procura ocupar o papel de produzir orientações estratégicas como base
de partilha e plataforma para a concertação institucional no concelho, evidenciando as
possibilidades e as potencialidades de intervenção a partir dos recursos e capacidades já
instaladas e disponíveis. A nova geração de respostas e intervenções sociais do concelho deverá
orientar-se para a optimização, qualificação e rentabilização dos recursos existentes no terreno.
Ainda que intervenções pontuais e circunscritas possam e devam ser equacionadas, até porque
assistimos à emergência de novas necessidades sociais muito complexas que não se enquadram
na rede existente, as probabilidades de expansão dos equipamentos, são a curto e médio prazo
muito restritas, sendo mais estratégica a orientação para o desenvolvimento e qualificação do
potencial existente.
Dispositivo institucional
A rede de instituições do concelho de Gaia representa um forte potencial estratégico para o seu
desenvolvimento social. A evolução contínua e sustentada das instituições de solidariedade social
do concelho, tornou-o uma referência em termos da cobertura e qualificação do tecido
institucional. Esta evolução é sobretudo visível na área da deficiência, da rede escolar (na primeira
e segunda infância) e na área dos idosos. Esta rede institucional representa um potencial a ser
activado em futuras intervenções orientadas para as novas necessidades sociais, enquadrável em
projectos de desenvolvimento social e local.
Territorialização da rede social
O concelho de Gaia apresenta a particularidade da intervenção social estar distribuída pelo
território e suportada em grande medida pela iniciativa das freguesias e instituições nelas
radicadas. Esta distribuição dos pólos, de iniciativa e gestão da intervenção, é um aspecto positivo
e diferenciador do concelho, que pode assentar nesta rede como uma resposta mais eficaz e
contratualizada para a implementação de serviços e respostas sociais integradas. O PDS aponta
para uma leitura das necessidades sociais específicas em cada freguesia e da sua distribuição
comparativa. Neste contexto é um mapa orientador da intervenção social prioritária no concelho,
um suporte de planeamento essencial para a coesão e equidade territorial.
Rede escolar – Infra-estrutura de conhecimento
Vila Nova de Gaia possui uma infra-estrutura escolar e formativa qualificada e dimensionada para
os diferentes níveis de ensino, formação e especialização. A existência no concelho de um centro
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
117
Rede Social
de formação enquadrado em empresa (Salvador Caetano) e a proximidade a outros centros
especializados, representa um potencial para a emergência de políticas locais para a
empregabilidade. Esta é a problemática central para a qual se orientam as estratégias do PDS.
A ligação entre o sistema formativo / educativo e o tecido empresarial, já estabelecida no
concelho, é uma vantagem competitiva para o desenvolvimento social e para uma real inserção de
grupos de baixa empregabilidade muito persistente e enraizada. A concertação interinstitucional
neste domínio é uma ferramenta estratégica essencial para a inclusão destes grupos ao definir
percursos de qualificação técnico profissional bem adequados.
Tecido empresarial / centralidade territorial
O concelho de Vila Nova de Gaia detém uma importante infra-estrutura de localização industrial e
um tecido empresarial significativo. Associado à centralidade territorial e proximidade a um
conjunto de concelhos de elevado dinamismo económico, Gaia poderá potenciar a resolução /
minimização de problemáticas sociais associadas à empregabilidade, constituindo um território de
inovação sócio económica. A centralidade do concelho é uma oportunidade para a especialização
enquanto plataforma logística distribuidora para toda a região do Grande Porto. Este é um dos
sectores com empregabilidade emergente e consolidada, o que representaria um recurso
estratégico para o emprego de mais baixas qualificações pois trata-se do problema social do
concelho mais complexo.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
118
Rede Social
1.2 - ÁREAS DE POTENCIAL ESTRATÉGICO NO DESENVOLVIMENTO
SOCIAL DE GAIA
Inovação tecnológica nas áreas emergentes
A inovação tecnológica é a estratégia central para a criação de investimento e emprego em áreas
com forte taxa de desemprego como Gaia. As novas energias e sobretudo a mobilidade eléctrica é
uma oportunidade estratégica, até pelo pioneirismo das empresas do parque industrial de Gaia
como a Salvador Caetano. A coordenação estratégica do sector educativo / formativo, para o
investimento nas competências técnicas requeridas pela inovação tecnológica e consequente
reconversão empresarial, poderá abrir um conjunto de oportunidades para a empregabilidade do
concelho, sobretudo para os jovens qualificados, os alunos dos cursos tecnológicos intermédios e
os desempregados de longa duração com competências técnicas especializadas.
Empreendedorismo social – incubadoras sociais
O empreendedorismo social é uma ferramenta estratégica para a inserção que começa a definir as
agendas dos municípios e da área social em geral. Embora o contexto em que vivemos seja
extremamente adverso e mesmo hostil para empreendedores de baixas qualificações, existe toda
uma cultura a implementar, de empreendedorismo associado a políticas sociais activas. Para
segmentos muito específicos e que preferencialmente estejam enquadrados por políticas sociais,
o empreendedorismo como criação do auto emprego é uma estratégia cada vez mais essencial
como oportunidade de inserção social. A criação de um sistema de incentivos e de espaços de
incubação para as capacidades empreendedoras de alguns beneficiários das políticas sociais,
pode tornar-se uma aposta diferenciadora e competitiva do concelho.
Empreendedorismo avançado
Com um significado social muito diferente mas com um impacto determinante na empregabilidade
está o empreendedorismo gerado por recém-licenciados ou estudantes graduados e altamente
qualificados. Em associação com o tecido empresarial é possível criar oportunidades de
investimento e emprego a partir da inovação em produtos e serviços com viabilidade no mercado.
O concelho de Gaia poderá potenciar a sua infra-estrutura tecnológica e empresarial, tornando-se
um centro de inovação e empreendedorismo, gerador de investimento e emprego qualificado.
Empreendedorismo institucional
Tal como referido, a existência de um grande número de instituições de solidariedade social nos
mais variados domínios, poderá tornar-se na alavanca para a criação de um ambiente e espaço
incentivador do empreendedorismo. Assistimos a crescente pressões para a sustentabilidade
financeira das IPSS, vistas como “entidades” prestadoras de serviços que poderão gerar as suas
próprias receitas em sectores lucrativos para o reinvestimento social nas suas respostas e
iniciativas solidárias. Identificar oportunidades de empreendedorismo e criação de negócios
sociais na sua área de actividade e na criação de mercados para as novas necessidades sociais,
deverá transformar-se numa nova prioridade estratégica para estas instituições.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
119
Rede Social
2 - ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO SOCIAL EM VILA NOVA DE GAIA INFÂNCIA E JUVENTUDE
Apresentada que está a situação do concelho, no âmbito da infância e juventude e tendo em conta
as necessidades e problemas identificados, definiram-se duas estratégias de intervenção que têm
como objectivo promover o desenvolvimento equilibrado das crianças e jovens de forma
pluridimensional (físico, psicológico, social, emocional, cognitivo e cultural) e que visam enquadrar
as acções para as operacionalizar.
• Sensibilização/motivação interventiva dos múltiplos agentes no processo educativo (pais,
famílias, instituições, outros). A necessidade de se dar apoio às famílias aos mais variados
níveis desde: competências parentais, novas realidades e modos de vida, exigências
colocadas ao nível do mercado de trabalho, alteração dos modelos no seio da família,
representam por si uma preocupação de todos os actores envolvidos na intervenção
social, merecendo respostas e intervenções ajustadas aos novos problemas sociais;
• Promover a Qualificação e Flexibilização dos Serviços. As alterações sociais configuram
novas realidades às quais se torna necessário encontrar novas respostas e novos
serviços cada vez mais qualificados.
A concretização destes objectivos passa pela intervenção em rede envolvendo as Instituições
Públicas Centrais, podendo assumir papel relevante as Autarquias, Escolas e Instituições da
Sociedade Civil.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
120
Rede Social
Quadro 56 – Infância e Juventude
Necessidades/Problema
s
Estratégias de
Intervenção
Propostas de Acção
Meta
- Ausência/falta de competências Parentais. - Abordagem deficitária de informação relacionada com as relações afectivas e sexuais. - Dificuldades financeiras dos agregados familiares - Reduzida articulação dos centros de saúde. - Deficiente número de creches com acordo com a Segurança Social. - Restrições financeiras param a criação de novos equipamentos. - Problemas relacionados com mecanismos de articulação entre local de trabalho local de residência localização dos equipamentos.
SENSIBILIZAÇÃO / MOTIVAÇÃO INTERVENTIVA DOS MULTIPLOS AGENTES NO PROCESSO EDUCATIVO (PAIS, FAMILIAS, INSTITUIÇÕES, OUTROS). PROMOVER A QUALIFICAÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS.
- Desenvolvimento de acções de formação/informação parental destinadas a pais e encarregados de educação de crianças integradas em creches. - Criação de respostas interdisciplinares de planeamento familiar em articulação com a entidade competente. - Promoção de acções que estimulem a participação dos pais no processo de crescimento das crianças por forma a assegurar um acompanhamento efectivo. - Promoção de articulação efectiva dos centros de saúde com as creches no desenvolvimento de acções informativas, qualificativas e formativas dirigidas a pais e profissionais envolvidos na dinâmica de desenvolvimento da criança. - Promoção de diligências junto das entidades responsáveis para estudo de soluções alternativas. - Estabelecimentos de contactos com empresas implementadas no concelho, motivando-os a assumirem um papel de responsabilização social.
- Realização de Campanha sobre Permanência Exagerada das Crianças nas Instituições: elaboração de cartaz e desdobráveis alusivos para sensibilização de pais e familiares. - Criação de respostas multidisciplinares na abordagem do planeamento familiar. - Realização de sessões informativas com cariz sociopedagógico, junto das famílias. - Desenvolvimento do projecto “sensibilizar grávidos”, permitindo vivenciar experiencias na instituição em contacto directo com a maternidade. - Implementação da valência creche familiar como alternativa ao modelo creche. - Promover um encontro com empregadores do concelho. - Desenvolvimento de um modelo de resposta social de iniciativa publica/privada/empresarial/autarquia/segurança Social. - Criação de respostas sociais para jovens do 2.º e 3.º ciclo (ATL, OTJ, etc.).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
121
Rede Social
TERCEIRA IDADE
O envelhecimento activo torna-se uma estratégia importante como forma promotora de novas
práticas e respostas que contribuam para adopção de estilos de vida mais saudáveis, emergindo
também com o intuito de afastar a imagem de dependência das pessoas idosas e da situação de
solidão e isolamento, de forma a possibilitar a frequência em actividades físicas e de lazer onde se
sintam bem e lhes ofereça qualidade de vida.
Com o acentuar do envelhecimento surgiu a denominada “4ª Idade”, sobretudo ligada às questões
de saúde, quer pelo aumento do nível de dependência, pela perda acentuada de autonomia e
sobretudo pela emergência das doenças neurodegenerativas, cuja importância é crescente quer
nas pessoas já institucionalizadas quer nas que ainda têm algum suporte familiar cada vez mais
precário e em situação de extrema precariedade.
As respostas sociais existentes nomeadamente os Lares e Centros de Dia, pelo seu carácter
generalista e vocacionado para o acolhimento, segurança e cuidados básicos não respondem já a
este quadro que implica uma especialização e profissionalização muito exigente.
Na tentativa de alcançar uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com mais idade, propõe-
se colocar em prática as seguintes propostas de acção.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
122
Rede Social
Quadro 57 – Terceira Idade
Problemas Identificados
Estratégias de Acção
Acções
Meta
- Insuficiência de formação a diferentes níveis e categorias profissionais – Técnicos, cuidadores, famílias e outros. - Insuficiente rede de serviços necessários e qualificados para pessoas em situação de dependência e para as novas exigências dos futuros idosos. - Insuficiência de equipamentos de apoio a pessoas isoladas e sem rectaguarda. - Ausência de trabalho intergeracional. - Insuficiente capacidade de resposta de apoio ao idoso no seu domicílio.
- Plano de intervenção para um envelhecimento activo.
- Políticas preventivas para a 3ª Idade.
- Criação de agência de cuidadores. - Aumento de cobertura de apoio domiciliário/ cuidados continuados. - Criação de um Centro de Noite. - Promover os serviços de proximidades interinstitucional – PSP, Juntas de Freguesia, Unidades de Saúde. - Criar e operacionalizar eficazmente canais de comunicação de acordo com as necessidades. - Promover sessões de sensibilização junto das Escolas. - Educar os jovens para adopção de idosos. - Reforçar programas promotores de actividades físicas, de lazer e valorização pessoal – academia sénior, centros de trabalhos manuais a nível concelhio, etc. - Promover e divulgar todos os direitos e deveres associados ao processo de envelhecimento. - Promover e divulgar acções de formação.
- Criação de 4 Agências de Cuidadores com a vertente de apoio domiciliário. - Criação de 1 Centro de Noite. - Aumentar a taxa de cobertura em serviços sociais para 12%. - Criação de 1 serviço de Tele Assistência. - Criação de serviços especializados de apoio domiciliário para a saúde reabilitativa e manutenção das funções cognitivas e operativas.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
123
Rede Social
DEFICIÊNCIA
A necessidade de envolver toda a comunidade na problemática da deficiência, por tratar-se de um
grupo exposto a situações de maior vulnerabilidade social, obriga a encontrar uma resposta eficaz,
de forma a integra-los mais facilmente na sociedade, que se quer igualitária e equitativa. De
acordo com a inventariação de situações / necessidades, no âmbito da deficiência, neste
concelho, estipularam-se as seguintes estratégias de intervenção:
- Sensibilização/Motivação pró-activa dos intervenientes no processo de integração e promoção da
qualidade de vida;
- Acessibilidade e Informação;
- Educação, qualificação profissional e inclusão sócio - profissional.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
124
Rede Social
Quadro 58 – Deficiência57
Necessidades /
Problemas
Estratégias de
Intervenção
Propostas de Acção
Meta
Co
mu
nid
ade
Ed
uca
tiv
a
- Dificuldades na acessibilidade / mobilidade aos equipamentos. - Insuficiente apoio dos centros de recursos especializados às escolas e agrupamentos.
Sensibilização/Motivação pró-activa dos
intervenientes no processo de integração e promoção da qualidade
de vida
Acessibilidade e Informação
Educação, qualificação e promoção da
inclusão/inserção socioprofissional
- Desenvolver projectos / acções conducentes à eliminação de barreiras arquitectónicas. Promover estudo que garanta o apoio dos centros de recursos especializados em escolas/agrupamentos.
Dotar de acessibilidades todos os equipamentos da comunidade educativa. Garantir o apoio dos centros de recursos especializados em todas as escolas / agrupamentos.
F
orm
ação
- Falta de respostas formativas adequadas às especificidades das pessoas com deficiência mental, em Centros de Formação Especializada. - Dificuldades na articulação efectiva e estabelecimento de sinergias entre as estruturas de formação especializada. - Falta de mobilização das estruturas regulares de formação para a inclusão das pessoas com incapacidades.
- Criar respostas formativas em centros de formação especializada, adequadas a pessoas deficientes mentais. - Promoção de uma articulação efectiva e estabelecimento de sinergias entre as estruturas de formação especializada. - Promover acções conducentes á mobilização das estruturas regulares de formação para a inclusão das pessoas com incapacidades, em articulação com os Centros de Formação Especializada, nomeadamente no caso especifico de pessoas com deficiência mental. - Promover a dinamização nas parcerias entre estruturas regulares de formação e os centros de recursos especializados. - Incremento da inclusão de pessoas com deficiência/incapacidade nas estruturas regulares de formação, quer através da flexibilização de requisitos, quer da articulação estreita com as estruturas de formação especializada.
- Garantir o acesso a todas as pessoas com deficiência mental em centros de formação especializada. - Elaboração de diagnóstico concelhio das necessidades formativas.
57 Ver anexo tabela 44 – “ Resposta destinadas a Pessoas com Deficiências e Incapacidades".
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
125
Rede Social
Em
pre
gab
ilid
ade
- Falta de informação por parte dos empregadores. - Falta de mobilização dos empregadores para a inclusão de pessoas com incapacidade. - Falta de emprego adaptado às capacidades das pessoas com deficiência.
- Desenvolver acções de sensibilização e informação para empregadores, promovedoras da inclusão. - Promover políticas de empregabilidade que prevejam a criação de soluções atípicas para a população sem “perfil de empregabilidade”.
- Realização de um encontro com empregadores para conhecimento de novas medidas/legislação actual. - Elaboração de documento de enquadramento legal. - Sensibilização para a produção de legislação apropriada.
A
cção
So
cial
- Reforçar e diversificar a rede de equipamentos de CAO para pessoas com deficiência. Falta de especialização dos equipamentos prestadores de cuidados de saúde.
- Promover diligências junto das entidades tutelares para aumento do número de lugares e por tipologias em CAO. - Promover a formação de técnicos e pessoal com vista à especialização na rede dos cuidados paliativos, dando resposta qualificada a pessoas com deficiência com grande grau de dependência.
- Aumentar significativamente o número de CAO. - Reforço da rede de lar residencial. - Criação de residências autónomas. - Criação de um modelo de equipas de apoio familiar integrado – 2 equipas no concelho.
Cap
acit
açã
o
Org
aniz
acio
nal
- Deficiente capacitação organizacional por parte das instituições.
- Promover acções de formação para capacitar técnicos das instituições, recorrendo aos recursos das mesmas. - Implementar uma “Plataforma de Trabalho em Rede” entre as IPSS que actuam no âmbito da deficiência e a autarquia.
- Realização de sessões de formação/informação nas instituições do concelho. - Criação de “Plataforma de Trabalho em Rede”. - Realização de reuniões periódicas.
Qu
estõ
es t
ran
sve
rsai
s
- Existência de barreiras arquitectónicas no espaço público. - Dificuldade no acesso a serviços, equipamentos e produtos. - Falta de programação das necessidades concelhias a médio e a longo prazo.
- Incentivar o cumprimento do Decreto-lei n.º 163, 2006 de 08 de Agosto. - Promover reuniões em rede para realização de estudos com vista à definição de necessidades e prioridades. - Divulgação no/pelo Município dos serviços e equipamentos especializados e ofertas formativas, existentes no concelho.
- Aplicar no espaço público o referido decreto. - Estabelecimento de protocolo com uma Universidade para criação de um “Modelo de Gestão de Frotas”. - Criação de um directório de divulgação, inserido no portal da Rede Social (dados informativos sobre serviços, agrupados por áreas de intervenção, links de acesso a sites, etc).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
126
Rede Social
SAÚDE
As transformações demográficas, sociais e familiares têm criado novas necessidades sociais,
nomeadamente na área da saúde mental. A complexidade das patologias do foro mental e
emocional exige uma abordagem para além da esfera clínica, passando por um trabalho
conciliador e agregador entre o meio social (recursos), família e doente. Torna-se necessário a
criação de respostas adequadas a esta problemática.
Quadro 59 – Saúde
Problemas identificados
Estratégias de
intervenção Propostas de acção
- Ausência de equipamentos
dirigidos a situações de saúde
mental.
- Aumento de doenças neuro
degenerativas (com perca de
autonomia).
- Insuficientes redes informais
de apoio, minimizadoras do
isolamento.
Sistema de respostas
dirigidas à saúde mental.
- Criação de um Fórum Ocupacional.
- Criação de novas respostas no
acompanhamento da doença mental.
- Criação de um modelo de grupo de
cuidadores de apoio às necessidades
desta população.
- Criação de um grupo de ajuda mútua
aos familiares dos doentes do foro
mental.
- Dotar as equipas de técnicos com
perfil adequado e formação específica
na área da saúde mental.
- Aumentar as redes informais de
suporte social (voluntariado).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
127
Rede Social
RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO
Os perfis de vulnerabilidade social exigem uma abordagem que assente em treinar competências
pessoais, parentais, comportamentais e sociais das pessoas e famílias. Isto implica uma prática
intra e inter-institucional, bem como, a criação de respostas e acompanhamento de proximidade.
A medida do RSI através da contratualização de acções de inserção social, procura colmatar as
vulnerabilidades sociais numa lógica de concertação / responsabilização de todos os
intervenientes nos processos de promoção social.
As estratégias de intervenção que se apresentam baseiam-se nos objectivos dos planos de acção
dos Núcleos Locais de Inserção de Vila Nova de Gaia.
Quadro 60 – Núcleos Locais de Inserção do RSI
Objectivos estratégicos
Acções Grupo alvo Metodo
logia Impacto
Treinar competências: - Parentais; - Pessoais e sociais; - Comportamentais.
- Criação do «espaço no feminino». - Trabalho com as mulheres ao nível da dinâmica familiar na relação / educação dos filhos. - Orientação vocacional através da construção de percursos vocacionais. - Criação de hortas, divulgação e venda dos produtos. - Ateliers de saúde, beleza, artesanato e culinária. - Formação ao nível da gestão e orçamento familiar, gestão de conflitos e arte. - Educação para a sexualidade nos jovens
Mulheres. Famílias multiproblemáticas. Menores em risco.
Dinâmica individual e de grupo (acolhimento, motivação e capacitação). Partilha de saberes.
- Reforçar o papel e a importância da maternidade. - Melhorar as competências nas relações família / comunidade / com os pares. - Quebrar o isolamento. - Valorização pessoal. - Auto-estima. - Novos equilíbrios na dinâmica familiar. - Educação para os afectos. - Educação ambiental.
- Promover o apoio escolar / pedagógico e a ocupação de tempos livres.
- Apoio pedagógico. - Sessão de sensibilização / informação sobre a importância da escola para o desenvolvimento pessoal. - Ateliers temáticos (artes plásticas:). - Prática desportiva.
Crianças e menores em risco.
Grupos de apoio ao estudo e às actividades escolares Parceria com escolas, IPSS.
- Projecto “Descomplicar”.
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128
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- Actividades lúdicas. - Ocupação de tempos livres nas férias escolares (campos de férias:).
- Elevar os níveis de escolaridade com dupla certificação.
- Cursos EFA. - CEF. - Novas oportunidades. - Outros.
Jovens e adultos.
- Diminuir o insucesso e o abandono escolar.
- Promover a qualificação.
- Sessões de sensibilização / divulgação de ofertas de formação. - Apoio na procura activa de emprego («atelier do emprego»). - Acções de alfabetização. - Ateliers de manualidades. - Sessões para aquisição de competências pré-profissionais.
Desemprego e CNO
- Gerar percursos no saber Formar e Certificar
- Promover a empregabilidade.
- Orientação motivacional, vocacional e profissional. - Sensibilização / informação junto dos empregados locais.
Feira do emprego
- Empregabilidade
- Prevenção de comportamentos de risco.
- Sessões sobre adopção de estilos saudáveis. - Sessões de trabalho ao nível de igualdade de género sexualidade. - Acções de informação/formação sobre cuidados de higiene e prevenção de acidentes e doenças sexualmente transmissíveis, tabaco, outros. - Rastreio.
Adultos Jovens 15-20 anos
Responsabilidade Comportamento Saudáveis Cidadania Conhecimento Educação para a saúde
- Criar novas respostas sociais.
- Banco de alimentos: recolha, gestão de validade e distribuição pela população desfavorecida. - Banco de ajudas técnicas. - Loja social a dinamizar pelas freguesias.
População desfavorecida
Protocolo de Parceria: NLI, IPSS e farmácias Protocolo de Parceria: IPSS, saúde e segurança social CSF`s
- Bem-estar social
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
129
Rede Social
3 - CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DO MAPA DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO CONCELHO
Uma forma de identificar uma pessoa pobre ou uma pessoa socialmente excluída consiste em
avaliar as suas condições de vida objectivas. É o aspecto mais visível da pobreza. A alimentação,
as condições habitacionais, o estado de saúde, o acesso aos equipamentos sociais, o rendimento,
entre outras denunciam a condição da maior parte das pessoas pobres e excluídas.
A pobreza é conceptualmente definida como situação de privação baseada na falta de recursos,
que limita o direito básico a uma participação plena na sociedade.
A pobreza como privação significa que a pessoa não tem satisfeitas as suas necessidades
humanas básicas, tais como de alimentação, vestuário, transportes, água, energia, habitação, etc.
O limiar de pobreza traça a fronteira entre a população que está ou não em risco de pobreza a
partir de um critério monetário, definido de acordo com o volume dos rendimentos anuais líquidos
verificados em cada unidade geográfica. Neste sentido, as condições de vida decorrentes de uma
situação de risco de pobreza variam de país para país e dentro do mesmo espaço geográfico.
Na prática, o limiar de pobreza corresponderá à definição do Eurostat, ou seja, o individuo é
considerado pobre se, num determinado período, o nível de rendimento monetário líquido por
adulto equivalente for inferior a 60% do rendimento líquido por adulto equivalente mediano.
Em 2007, e em Portugal, este limiar correspondia a 407 euros mensais por adulto equivalente58.
Por exemplo, o limiar de pobreza para uma família com dois adultos e duas crianças correspondia
a cerca de 850€ (Eurostat, SILC 2008).
Com este limiar, a taxa de pobreza em Portugal em 2007 ascendia a 18% (após as transferências
sociais), superior à registada em termos médios nos países da EU-25 em dois pontos percentuais,
16%.
A incidência do risco de pobreza tende a variar de acordo com algumas variáveis de
caracterização sociográfica, tais como sexo, idade, escolaridade ou tipo de agregado doméstico.
As mulheres, os mais velhos e a população até aos 17 anos, os menos escolarizados e as famílias
monoparentais são os grupos mais afectados.
58 Cálculo: rendimentos do agregado familiar: 1,0 para 1.º adulto, 0,5 restantes adultos, 0,3 cada criança (com menos 15
anos).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
130
Rede Social
As mais altas taxas de risco de pobreza tendem a concentrar-se na faixa etária mais nova (dos 0-
17 anos) e mais velha (dos 65 ou mais anos), respectivamente 23% e 22% (Eurostat, SILC 2008).
As famílias com crianças, são as que têm uma maior incidência de privação, sendo precisamente
estas, as que constituem os principais beneficiários do Rendimento Social de Inserção.
Outros riscos como as situações de abandono e de negligência, os maus-tratos, a exposição a
modelos de comportamento desviante, trabalho infantil, bem como outro tipo de situações ou
actividades sujeitam as crianças a comportamentos que afectam a sua segurança, saúde,
educação e formação.
Os factores condicionantes de uma parte significativa das situações de pobreza são as
reformas/pensões baixas, o desemprego e os baixos salários. A doença aparece muitas vezes
aliada a algum deles. O acesso ao trabalho é também um elemento que condiciona bastante o
risco de pobreza.
Existem formas de resolver a privação sem resolver a pobreza. O procedimento mais corrente
consiste no apoio monetário ou em espécie que permita satisfazer as necessidades básicas, o que
não tem impacto sobre a falta de recursos. O problema da falta de recursos só fica resolvido
quando a pessoa os obtém de uma das fontes que a sociedade considera como fonte «corrente»
de recursos. O pobre mesmo que tenha apoio monetário, a sua situação de dependência de meios
extraordinários mantém-se.
Pelo facto de a pobreza implicar falta de recursos, representa uma forma de exclusão social, ou
seja, não existe pobreza sem exclusão social.
Existem formas de exclusão social que não implicam pobreza, como por exemplo na situação dos
idosos. Um problema específico dos idosos pode não ser a pobreza mas sim o isolamento. Os
idosos são socialmente excluídos da sociedade, independentemente do seu nível de rendimento.
Esta forma de exclusão resulta das várias formas de discriminação e preconceitos que excluem as
minorias da sociedade. Esta situação também pode coexistir com a pobreza.
Os factores de natureza social são aqueles que conduzem à exclusão, afectando grupos que,
devido ao modelo de organização da sociedade e dos estilos de vida dominantes, não têm lugar
na sociedade em geral.
Por sua vez a sociedade (local, nacional, regional ou global) é constituída por um conjunto de
sistemas sociais, alguns deles considerados básicos ou essenciais: o social (as redes de
sociabilidade na família, vizinhança, amigos), o económico (acesso ao mercado de trabalho,
segurança social, mercado de bens e serviços, educação/formação, aos serviços de saúde,
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
131
Rede Social
cuidados médicos aos medicamentos, protecção no desemprego), o institucional (acesso a
serviços de apoio à infância, a idosos, a deficientes, a doentes crónicos, à habitação social),
espacial (habitação degradada, equipamentos de saúde, infra-estruturas básicas).
A existência de factores patológicos e de comportamentos autodestrutivos podem estar na origem
de disfuncionalidades na relação das pessoas com um ou vários sistemas. A doença psiquiátrica,
o alcoolismo e a toxicodependência são exemplos de factores que estão muitas vezes na origem
de rupturas que surgem ao nível das sociabilidades e que se estendem a outros sistemas (saúde,
emprego, habitação:).
A inclusão na sociedade depende do posicionamento das pessoas relativamente ao sistema
económico, no que se refere aos meios geradores de rendimentos e à possibilidade de adquirir
bens e serviços indispensáveis.
A disponibilidade de recursos financeiros é que permite às pessoas e às famílias adquirir no
mercado bens e serviços de que necessitam (alimentação, vestuário, transportes, habitação,
educação, lazer, informação, etc.).
A impossibilidade de, por insuficiência de recursos (pobreza), não satisfazer essas necessidades
configura uma forma de privação, mas também um factor de exclusão da sociedade. Neste
contexto, o acesso aos meios geradores de rendimento e ao mercado de bens e serviços
representa outro factor de inclusão social.
Para a maioria das famílias, a principal fonte de rendimento é o mercado de trabalho. Para outros,
como os reformados, o principal recurso financeiro de que dispõem é a pensão de velhice ou
invalidez.
Assim, o mercado de trabalho (existência/nível e regularidade dos salários), o sistema de
segurança social e a propriedade (capital) são meios geradores de rendimento, que alternativa ou
cumulativamente são essenciais à inclusão na sociedade.
O acesso aos sistemas educativo/formativo, à saúde, ao emprego, à habitação, aos serviços de
apoio social, à informação e ao conhecimento têm uma importância fundamental para o exercício
da cidadania e para a inclusão na sociedade.
Outro factor essencial de inclusão é a existência das redes de sociabilidade (família, vizinhança
territorial, profissional, amizade) e de um suporte familiar, que permitem um processo de
ancoragem social.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
132
Rede Social
Uma pessoa pode estar excluída em relação a alguns sistemas e não relativamente a outros.
Neste contexto, a exclusão pode ser considerada como um processo, que vai de formas mais
superficiais de exclusão para formas e graus mais profundos e abrangentes de exclusão.
A exclusão também pode ter uma base territorial, isto é, atinge não apenas as pessoas e as
famílias, mas também as áreas geográficas onde vivem. A inclusão das pessoas e famílias requer
que o espaço onde vivem também seja integrado no espaço que o rodeia.
Para uma caracterização / análise e proposta de intervenção nos territórios mais vulneráveis do
concelho de Vila Nova de Gaia, foram seleccionados sete itens, determinantes para a sua
identificação e distribuição:
- Crianças e jovens em perigo sinalizados na CPCJ / população residente nas freguesias do grupo etário 0-18 anos;
- Rendimento social de inserção (% dos beneficiários de RSI por freguesia);
- Apoio social escolar (% das crianças com escalão A e B / crianças do grupo etário 3-10 anos por freguesia);
- Insuficiência económica (distribuição das prestações sociais da Segurança Social / população de freguesia);
- Habitação (pedidos por freguesia);
- Desemprego (pessoas inscritas no Centro de Emprego por freguesia / população activa).
Estes indicadores revelam a fragilidade das diferentes problemáticas sociais, como se distribuem
no concelho, como se concentram, como se agregam, permitindo criar pistas para futuras
intervenções.
3.1 MAPAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO CONCELHO
A sistematização dos indicadores seleccionados revela a incidência de cada problema social nas
freguesias, o que permite uma aproximação ao retrato das vulnerabilidades sociais, existentes no
concelho.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
133
Rede Social
Mapa 01 - Sinalização das crianças e jovens em perigo na CPC
As freguesias de Olival, Sermonde e Valadares apresentam a maior percentagem de casos de
crianças e jovens em perigo sinalizados no concelho pela CPCJ, (ver tabela 36).
0-2% +2-4% +4%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
134
Rede Social
Mapa 02 - Rendimento Social de Inserção
Olival, Sermonde, Serzedo, São Pedro da Afurada, Valadares e Vilar de Andorinho são as
freguesias que apresentam uma maior incidência de beneficiários de RSI, (ver tabela 37).
0-5% +5-10% +10%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
135
Rede Social
Mapa 03 - Acção Social Escolar
As freguesias com maior apoio social escolar são Canelas, Olival, Pedroso, Sermonde, Serzedo e
S. Pedro da Afurada, (ver tabela 38).
0-40% +40-60%
+60%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
136
Rede Social
Mapa 04 –Toxicodependência
As freguesias que apresentam o maior número de consumidores de estupefacientes em
tratamento são, Mafamude, Oliveira do Douro e Santa Marinha, (ver tabela 39).
0-4% +4-8% +8%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
137
Rede Social
Mapa 05 – Habitação Social
As freguesias de Canidelo e Oliveira do Douro são as que apresentam o maior número de pedidos
de habitação social no concelho, (ver tabela 40).
0-6% +6-10% +10-16%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
138
Rede Social
Mapa 06 - Habitação Social / Insuficiência Económica
As freguesias de Canidelo, Mafamude, Oliveira do Douro, Santa Marinha e Vilar de Andorinho
apresentam maior número de pedidos de habitação social por insuficiência económica no
concelho, (ver tabela 41).
0-4% +4-8% +8%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
139
Rede Social
Mapa 07 - Subsídios de Precariedade
As freguesias que apresentam maior distribuição de subsídios de precariedade pelo concelho são,
Santa Marinha e Vilar de Andorinho, (ver tabela 42).
0-1% +1-2% +2%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
140
Rede Social
Mapa 08 - Desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia, por género
As freguesias de Mafamude, Santa Marinha, Vilar de Andorinho, Canidelo e Oliveira do Douro (exo
quo) apresentam o maior número de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia.
Verifica-se, predominância do género feminino enquanto grupo mais afectado pelo desemprego,
(ver tabela 43).
0-3% +3-6% +6%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
141
Rede Social
Mapa 09 – Geral
RSI
HAB TOX
CPCJ
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
143
Rede Social
3.2 TIPOLOGIAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO TERRITÓRIO
Quadro 61 - Freguesias com indicadores mais baixos de vulnerabilidade
CPCJ RSI ASE TOXIC/ HAB: SOC SUB/PREC DESEMP
Arcozelo X X - - - X -
Avintes - - - - - - -
Canelas - - - - - - -
Canidelo - - - - - - -
Crestuma X X X X X - X
Grijó - - - - - X -
Gulpilhares - X - - - - -
Lever X X - X X X X
Madalena - - X - - - -
Mafamude - X X - - - -
Olival - - - - X - -
Oliveira do Douro X - - - - - -
Pedroso - - - - - - -
Perosinho
- -
X
Sandim X - - X X - -
Santa Marinha - - - - - - -
S. Félix da Marinha - - - - - - -
S. Pedro da Afurada - - - - - - X
Seixezelo X X X X X X X
Sermonde - - - X X X X
Serzedo - - - X - X -
Valadares - - X - - - -
Vilar de Andorinho - - - - - - -
Vilar do Paraíso - - X - - - - Fonte: DMASS, 2010 (cálculos próprios).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
144
Rede Social
Quadro 62 - Freguesias com indicadores mais altos de vulnerabilidade
CPCJ RSI ASE TOXIC/ HAB: SOC SUB/PREC DESEMP
Arcozelo - - - - - - -
Avintes - - - x x - -
Canelas - - x - - - -
Canidelo - - - x x x x
Crestuma - - - - - - -
Grijó x - - - - - -
Gulpilhares - - - - - - -
Lever - - - - - - -
Madalena - - - - - - -
Mafamude - - - x x x x
Olival x x x - - - -
Oliveira do Douro - - - x x x x
Pedroso - - x - - - x
Perosinho x - - - - - -
Sandim - - - - - - -
Santa Marinha - - - x - x x
S. Félix da Marinha - - - - - - -
S. Pedro da Afurada - x x - - x -
Seixezelo - - - - - - -
Sermonde x x x - - - -
Serzedo x x x - x - -
Valadares x x - - - x -
Vilar de Andorinho x x - x x x x
Vilar do Paraíso - - - - - - - Fonte: DMASS, 2010 (cálculos próprios).
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
145
Rede Social
Quadro 63 - Número de indicadores mais altos e mais baixos por freguesia
Menos Mais
Arcozelo 3 0
Avintes 0 2
Canelas 0 1
Canidelo 0 4
Crestuma 6 0
Grijó 1 0
Gulpilhares 1 0
Lever 6 0
Madalena 1 0
Mafamude 2 4
Olival 1 3
Oliveira do Douro 1 4
Pedroso 0 2
Perosinho 1 1
Sandim 3 0
Santa Marinha 0 3
S. Félix da Marinha 0 0
S. Pedro da Afurada 1 3
Seixezelo 7 0
Sermonde 4 3
Serzedo 2 4
Valadares 1 3
Vilar de Andorinho 0 6
Vilar do Paraíso 1 0 Fonte: DMASS, 2010 (cálculos próprios).
A metodologia para definir a tipologia de vulnerabilidade social em Vila Nova de Gaia, foi a
seguinte: seleccionam-se as 6 freguesias com os indicadores mais elevados, as 6 freguesias com
os indicadores mais baixos, as freguesias com indicadores tendencialmente elevados59; as
freguesias com indicadores tendencialmente oscilantes60 e as freguesias com indicadores
medianos61.
59 O número de indicadores elevados que apresentam é superior ao número de indicadores mais baixos que possuem.
60 Apresentam o mesmo número de indicadores mais elevados e mais baixos, ou então, os mais elevados são ligeiramente superiores aos mais baixos.
61 Trata-se da única freguesia cujo os indicadores não se apresentam nem nos indicadores mais elevados, nem nos indicadores mais baixos, todos os seus indicadores são intermédios.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
146
Rede Social
Sintetizando, a selecção e a agregação dos territórios em função do seu grau de vulnerabilidade
social permite constatar a existência de uma realidade diversificada ao nível da incidência das
problemáticas sociais.
A intervenção a realizar deverá assentar na materialização do trabalho em rede, na
responsabilidade solidária, na rentabilização dos recursos existentes e na valorização do capital
humano, numa perspectiva de desenvolvimento social integrado, atenuando as assimetrias de
vulnerabilidade existentes.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
147
Rede Social
Mapa 10 - Síntese de vulnerabilidades concelhias
TIPOLOGIA dos TERRITÓRIOS:
1 - Freguesias com indicadores mais altos de vulnerabilidade
2 - Freguesias com indicadores tendencialmente elevados
3 - Freguesias com indicadores mais baixos de vulnerabilidade
4 - Freguesias com indicadores tendencialmente oscilantes
5 - Freguesia com indicadores medianos
FREGUESIA ------ +++ / -
Arcozelo 3 0
Avintes 0 2
Canelas 0 1
Canidelo 0 4
Crestuma 6 0
Grijó 1 0
Gulpilhares 1 0
Lever 6 0
Madalena 1 0
Mafamude 2 4
Olival 1 3
O. Douro 1 4
Pedroso 0 2
Perosinho 1 1
Sandim 3 0
Stª Marinha 0 3
S. Feix Marinha
0 0
S. Pedro Afurada
1 3
Seixezelo 7 0
Sermonde 4 3
Serzedo 2 4
Valadares 1 3
V. Andorinho 0 6
V. Paraíso 1 0
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
148
Rede Social
3.3 PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO CONCELHIA
Prioridades sociais
Nos territórios de intervenção prioritária com indicadores mais altos de vulnerabilidade
social, são eles Avintes, Canidelo, Santa Marinha, Pedroso e Vilar de Andorinho, deverão ser
alvo de uma intervenção dirigida essencialmente ao apoio à vulnerabilidade familiar,
nomeadamente:
• Acesso a bens e a recursos de 1.ª necessidade (alimentos:.);
• Reforçar as redes de sociabilidade;
• Rede solidária de medicamentos, ajudas técnicas:;
• Acompanhamento das famílias e a formação de competências parentais;
• Criar planos operacionais de freguesia com base nos indicadores de vulnerabilidade
por problemática, em articulação com as comissões sociais de freguesia.
• No campo da habitação criar novas respostas alternativas aos modelos de
realojamento social como sendo as residências partilhadas, o apoio ao arrendamento
social, entre outras medidas.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
149
Rede Social
Nos territórios de intervenção tendencialmente elevada com indicadores tendencialmente
elevados, nomeadamente, Mafamude, Afurada, Valadares, Oliveira do Douro, Olival e Serzedo,
deverão ser alvo de uma intervenção que passa pela intervenção/prevenção de risco social e
familiar.
• Acompanhamento das famílias e potenciar a formação de competências parentais;
• Criar planos operacionais de freguesia com base nos indicadores de vulnerabilidade
por problemática, em articulação com as comissões sociais de freguesia.
• No campo da habitação criar novas respostas alternativas aos modelos de realojamento social como sendo as residências partilhadas, o apoio ao arrendamento social, entre outras medidas.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
150
Rede Social
Nos territórios tendencialmente oscilantes com indicadores que alternam entre o mais alto e
mais baixo, nomeadamente, Madalena, Canelas, Gulpilhares, Perosinho, Sermonde e Grijó, a
intervenção passa por reforçar as competências de inserção no território, promovendo o
trabalho em rede e motivando os parceiros sociais:
• Reforçar a rede de parcerias;
• Dinamizar as CSF´S;
• Criar abordagens inovadoras ao nível da prática profissional, orientando as respostas
de acordo com as exigências e a configuração das necessidades dos cidadãos;
• Acompanhamento das famílias e potenciar a formação de competências parentais;
• Criar planos operacionais de freguesia com base nos indicadores de vulnerabilidade
por problemática, em articulação com as comissões sociais de freguesia;
• Maior ênfase no ensino tecnológico e nos gabinetes de apoio ao emprego (GIP).
• No campo da habitação criar novas respostas alternativas aos modelos de realojamento social como sendo as residências partilhadas, o apoio ao arrendamento social, entre outras medidas.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
151
Rede Social
SIGLAS
ACES - Agrupamento de Centros de Saúde.
ACES/GE – Agrupamento de Centros de Saúde de Gaia e Espinho.
AEC – Actividades Extra – Curriculares.
APAV – Associação Portuguesa de Apoio á Vitima.
APD – Associação Portuguesa de Deficiência.
APDES – Agência Piaget para o Desenvolvimento.
APPACDM – Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.
ATL – Actividade de Tempos Livres.
C.M. Canidelo – Centro Médico de Canidelo.
C.S. Barão do Corvo – Centro de Saúde Barão do Corvo.
C/ - Com.
CAE - Classificação de Actividades Económicas.
CAO – Centro Apoio Ocupacional.
CEF – Cursos de Educação e Formação.
CEFPI – Centro de Educação e Formação Profissional e Integrado.
CERCI Gaia - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Gaia.
CLAS – Comissões Locais Acção Social.
CLAS – Conselho Local de Acção Social.
CNO – Centro de Novas Oportunidades.
CPCJ – Comissão de protecção de Crianças e Jovens.
CPG – Centro Profissional de Gaia.
CRG – Centro Reabilitação da Granja.
CRI – Centro de Respostas Integradas.
CRPG – Centro Reabilitação e profissional de Gaia.
CSF – Comissões Sociais de Freguesia.
DME – Departamento Municipal de Educação.
DREN – Direcção Regional de Educação do Norte.
ECCI – Equipas de Cuidados.
EFA – Educação e Formação de Adultos.
Estb/ - Estabelecimento.
EUROSTAT - Gabinete de Estatísticas da União Europeia.
GEP – Gabinete de Estudos e Planeamento.
GIP – Gabinete de Inserção Profissional.
HIV - Human Immunodeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência Humana).
IDT – Instituto da Droga e Toxicodependência.
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
152
Rede Social
INE – Instituto Nacional de Estatística.
IPSS – Instituições Particulares Solidariedade Social.
ISS,I.P – Instituto de Segurança Social, Instituto Público.
MTSS – Ministério Trabalho e Segurança Social.
NEE – Necessidades Educativas Especiais.
NLI – Núcleo Local de Inserção.
OCDE – Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento.
P.V. Andorinho – Pólo de Vilar de Andorinho.
PCAAC – Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados.
PDS – Plano de Desenvolvimento Social.
PFQC – Práticas de Facto Qualificadas Como Crime.
PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação.
PNPA – Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade.
PORI – Plano Operacional de Respostas Integradas.
PRI - Programa de Respostas Integradas.
RNCCI – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
RSI – Rendimento Social de Inserção.
RVCC – Reconhecimento Validação e Certificação de Competências.
S/ - Sem.
SIARS - Serviço de Informação da Administração Regional e Saúde.
SILC - Systematic Production of Community Statistics on Income and Living Conditions (Produção
Sistemática de Estatísticas do Rendimento e das Condições de Vida na Comunidade).
T – Tumor.
Tx – Taxa.
UCSP – Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados.
UE – União Europeia.
USF – Unidade de Saúde Familiar.
USFS no futuro – Unidade de Saúde Familiar e Saúde no Futuro.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
153
Rede Social
GLOSSÁRIO62 Comissão Social de Freguesia (CSF) - Denominação dada à estrutura de funcionamento do
Programa da Rede Social a nível de Freguesia, entendida como “fórum de articulação e
congregação de esforços, baseada na adesão livre das autarquias e das entidades públicas ou
privadas sem fins lucrativos”. Através das Comissões Social de Freguesia (CSF) pretende dar-se
corpo à ideia de que é próximo das populações que podem ser detectadas as necessidades,
recursos e encontradas as soluções para problemas das comunidades, pessoas e famílias.
Conselho Local de Acção Social (CLAS) - Denominação dada à estrutura concelhia de
funcionamento do Programa da Rede Social, segundo a mesma lógica de “fórum de articulação e
congregação de esforços”, enunciada para as Comissões Sociais de Freguesia, abrindo-se à
participação de entidades privadas sem fins lucrativos, organismos da Administração Pública,
implantados nessa área, organizações representativas do sector económico, etc.. Os CLAS são
constituídos com o objectivo de planear integradamente e garantir a implementação de iniciativas
de desenvolvimento social local com vista a uma maior eficácia e racionalização de meios na
erradicação da pobreza e da exclusão social.
Desenvolvimento Local - Noção de desenvolvimento que se veio propor como alternativa a
perspectivas funcionalistas do desenvolvimento territorial, segundo as quais, o investimento em
determinadas zonas-motor seria gerador do desenvolvimento noutras regiões do país, por
alastramento. Este pressuposto não só não se confirmou como em Portugal deu origem a fortes
desequilíbrios territoriais. Em contraposição, o desenvolvimento local passa pela valorização dos
recursos endógenos e pela dinamização das populações e dos actores locais, no sentido da
abertura do campo de oportunidades que é oferecido a uma determinada população. É uma
dinâmica essencialmente territorializada, mas que não é fechada em si, integrando os recursos e
as oportunidades que são oferecidos ao nível nacional e comunitário.
Diagnóstico Social – Instrumento dinâmico que permite uma compreensão da realidade social,
inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas prioritários e respectivas
causalidades, bem como dos recursos e potencialidades locais, que constituem reais
oportunidades de desenvolvimento. Por ser um instrumento resultante da participação dos
diversos parceiros, é facilitador da interacção e da comunicação entre eles e parte integrante do
processo de intervenção, criando as condições sociais e institucionais para o seu sucesso. O
Diagnóstico Social pode ter uma incidência territorial concelhia, ou retratar a realidade de uma
freguesia ou várias freguesias.
62 Fonte: www.seg-social.pt, 2011.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
154
Rede Social
Indicadores – São elementos observáveis a partir dos quais se pode recolher informação para
efeitos de verificação empírica. Por exemplo, para a avaliação sobre a integração profissional dos
beneficiários de um projecto, poderiam deferir-se como indicadores: o número de pessoas
integradas no mercado de emprego, o tipo de contratos, a efectuação de descontos para a
Segurança Social, etc.
Parceria – Dinâmica de funcionamento e intervenção, cooperativa e negociada, entre entidades
públicas e privadas e outros actores locais, com o objectivo de potenciar o desenvolvimento local.
Esta forma de funcionamento em que a tomada de decisão é assumida como um compromisso
colectivo, permite uma racionalização das intervenções, reduzindo custos e riscos e promovendo
trocas de experiências, de conhecimento e de saberes.
Planeamento estratégico – (aplicado à intervenção social) O Planeamento pode entender-se
como um procedimento racional, que traduz a articulação e integração de decisões e através do
qual se formalizam compromissos e estratégias de mudança (social e territorial). Traduz uma
forma participada de pensar, agir e decidir sobre o futuro desejável.
Plano de Acção - É a componente do Plano de Desenvolvimento Social (PDS) que define as
acções e projectos a desenvolver para concretizar os objectivos e estratégias de longo prazo
delineados pelo PDS. É elaborado anualmente e permite definir com mais detalhe, calendários,
recursos humanos e materiais a afectar, permitindo tornar mais claro o tipo de participação de
cada um dos parceiros.
Plano de Desenvolvimento Social – Instrumento da metodologia de implementação do
Programa da Rede Social em que se definem os objectivos e as estratégias, capazes de
responder às necessidades e aos problemas individuais e colectivos prioritários. O PDS é o
instrumento no qual se concebe e desenvolve o quadro estratégico de intervenção do
desenvolvimento social concelhio considerando e gerindo as possibilidades, os recursos, mas
também as fragilidades das diferentes medidas e políticas no terreno, das acções dos diversos
sectores e das dinâmicas locais.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
156
Rede Social
BIBLIOGRAFIA
- CDSS – Porto – ISS, IP- Vila Nova de Gaia, 2008.
- Comissão Europeia, Proposta de Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao Ano
Europeu do Envelhecimento Activo (2012), COM (2010) 462 final, Bruxelas, 06/09/2010.
- Comunicação da comissão do conselho do Parlamento europeu ao comité económico e social
europeu e ao comité das regiões: envelhecer bem na sociedade da informal-iniciativa, 2000-
2007.
- Comunicação da Comissão, de 12 de Outubro de 2006, O Futuro Demográfico da Europa-
Transformar um desafio em oportunidade”,(COM (2006) 571 final – não publicada no Jornal
Oficial).
- Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência aprovada, juntamente com o
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, pela
Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 6 de Dezembro de 2006, através da resolução
A761/611.
- Declaração sobre os Direitos da Criança Proclamada pela Resolução da Assembleia Geral 1386
(XIV), de 20 de Novembro de 1959.
- Declaração Universal Dos Direitos Humanos adoptada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948.
- Diagnóstico Social – Concelho de Aveiro , Outubro 2010.
- Diagnóstico Social – Lisboa, Março 2009.
- Gaiurb EM – Urbanismo e Habitação.
- Instituto se Segurança Social, IP.
- Instituto Nacional de Estatística, IP., Estatísticas Demográficas, Estimativas Anuais da População
residente 2009, Censos 2001 e 1991.
- Instituto Nacional de Estatística, IP., Projecções de População Residente em Portugal 2008-
2060, Eurostat, EUROPOP 2008, Convergence Scenario.
- Lei nº 3872004 de 18 de Agosto “ lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e
Participação das Pessoas com Deficiência, (SAAAKI, 1997; VIEIRA ; PEREIRA , 2003; ARANHA,
2004; BRUNO, 2006).
- Lei nº 38/2004 de 18 de Agosto “ Lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e
Participação das Pessoas com Deficiência.
- Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2005). Plano
Nacional do Emprego e do Plano Tecnológico (2005-2010) – Novas Oportunidades.
- Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2008) Estratégia Nacional para a Protecção
Social e Inclusão Social (2008-2010), Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.
- Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, A Estratégia Nacional para a Protecção Social
e Inclusão Social (2008-2010) – Parte IV do Relatório Nacional de Estratégia para os Cuidados
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
de Longa duração.
- Núcleos Locais de Inserção do Rendimento Social de Vila Nova de Gaia.
- Paul, M (1992), Satisfação de vida dos idosos, Psycologia, 8:69-80.
- Plano de desenvolvimento social 2009-2015 Rede Social de Vila Nova de Famalicão.
- Plano Nacional de Acção para a Inclusão 2008-2010.
- Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (Resolução do Conselho de Ministros nº 9/2007).
- Políticas sobre Envelhecimento do Estado de Providência – ECFIN – Comissão Europeia,
22/05/2009.
- Proposta de resolução do Parlamento Europeu sobre o Futuro Demográfico da Europa
(2007/2156 (INI), de 11/10/2007, Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais.
- Secretariado Nacional para a Reabilitação e integração das Pessoas com Deficiência (s.d.) 1º
Plano de Acção para a integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade, Lisboa: IEFP.
Internet:
-http://europa.eu/legislation_summaries/employment_and_social_policy/index_en.htm
-www.ec.europa.eu/economy finance/structural reforms/ageing/index pt.htm
-www.webartigos.com/articles/33351/1/OS-VARIOS-PARADIGMAS-QUE-PERMEIAM-a.HISTORIA-DA-PESSOA-COM-DEFICIENCIA-EM-NOSSA-SOCIEDADE/pagina1.html#ixzz1iTXZwHCW
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
QUADROS I – Diagnóstico Social
Quadro 1 -População residente no M. VNG, por género, área total e densidade populacional, em 20097777...714
Quadro 2 - Nº de respostas sociais creches 0 – 2 Anos77777777777777777777...777777728
Quadro 3 - Centro de Actividades de Tempos Livres7777777777777777777777777777730
Quadro 4 - Indicadores de Educação777777777777777777777777777777777777.31
Quadro 5 - Relação de Alunos no Ensino Pré- Escolar, 3-5 anos em Vila Nova de Gaia7777777777777.33
Quadro 6 - Relação de Alunos no 1º Ciclo do Ensino Público e Privado em V N Gaia7777777777777734
Quadro 7 - Relação de alunos do 2º, 3º ciclo, Secundário, CEF, EFA. E. Profissional no E. Público em VN77...7..36
Quadro 8 - Relação de alunos no 1ª, 2ª, 3º ciclo do EB e Secundário E E. Profissional no E. Privado77.777..737
Quadro 9 - Quadro Síntese777.7777777777777777777777777777777777777...38
Quadro 10 - Projecto TEIP “Acolher, Formar e Preparar para a Vida"777777777777777777777..40
Quadro 11 - Projecto TEIP “"D. Pedro @Agir"77777777777777777777777777777777.41
Quadro 12 - Projecto TEIP "Intervir para Progredir"7777777777777777777777777777.7.42
Quadro 13 - Projecto Escolhas "Escolhe Vilar"777777777777.7777777777777777777.43
Quadro 14 - Projecto Escolhas “Mais Jovem”77777777777777777777777777777777.44
Quadro 15 - Projecto Escolhas “Olh@r Mais Positivo"7777777777777777777777777777.45
Quadro 16 - Projecto Escolhas "Desafios"777777777777777777777777777777777...46
Quadro 17 - Respostas sociais por valência em instituições públicas e privadas777777777777777...50
Quadro 18 - Taxa de cobertura de equipamentos de Terceira Idade777777777777777777777.752
Quadro 19 - Respostas Sociais por Valências77777777777777777777777777777777.55
Quadro 20 - Alunos com NEE777777777777777777777777777777777777777...56
Quadro 21 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família, por Centro de Saúde – ACES GAIA77777777777.59
Quadro 22 - Utentes inscritos C/e S/Médico de família, por Centro de Saúde – ACES GAIA/Espinho777777....60
Quadro 23 - Indicadores de Saúde ACES Gaia/Espinho777777777777777777777777777...63
Quadro 24 - Unidades de Convalescença777777777777777777777777777777777.....63
Quadro 25 - Unidades de Convalescença por Tipologia77777777777777777777777777...764
Quadro 26 - As sete freguesias com maior número de casos de toxicodependentes7777777777777....67
Quadro 27 - Projecto GIRUGaia77777777777777777777777777777777777.777..67
Quadro 28 - Projecto Arriscar777777777777777777777777.77777777777777..768
Quadro 29 - Projecto “Passo a Passo”77777777777777777777777777777777777..71
Quadro 30 - Processos instaurados por ano de funcionamento77777777777777777777777775
Quadro 31 - Crianças e Jovens sinalizados nas CPCJ do Grande Porto, 20097777777777777777.7.76
Quadro 32 - Movimento processual por freguesia, 2009777777777777777777777777777..77
Quadro 33 - Movimento processual por freguesia, 2010777777777777777777777777777..77
Quadro 34 - Entidades sinalizadoras777777777777777777777777777777777777.78
Quadro 35 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 0-5 anos777777777777777777777...80
Quadro 36 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 6 - 10 anos 77777777777777777777..80
Quadro 37 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários 11 - 14 anos7777777777777777777.781
Quadro 38 - Problemáticas sinalizadas por grupos etários + 15 anos777777777777777777777.81
Quadro 39 - Inquéritos-Criminais na Procuradoria da República, ano de 20107.777777777777777...82
Quadro 40 - Estado dos Inquéritos-Criminais, ano de 20107777777777777777777777777782
Quadro 41 - Equipamentos para Crianças e Jovens em Perigo77777777777777777777777.782
Quadro 42 - População beneficiária do RSI no grande Porto, 20097777777777777777777777...84
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
Quadro 43 - Beneficiários do RSI em relação á população residente7777777777777777.77..77...86
Quadro 44 - Tipos de Rendimentos dos Beneficiários de RSI, por Freguesia777777777777777.7.7.88
Quadro 45 - Registos de processos de apoio à vítima por tipo e por ano77777777777777777.77..96
Quadro 46 - Género da Vítima777777777777777777777777777777777.7.777...7.96
Quadro 47 - Condição Perante a Actividade Económica do autor do Crime77777777777777.777...101
Quadro 48 - Relação do Autor do Crime com a Vítima777777777777777777777.77777.7.101
Quadro 49 - Instituições apoiadas pelo PCAAC/2010, através da AMI, em V.N. de Gaia77777777..77...7.103
Quadro 50 - Instituições Apoiadas pelo Banco Alimentar contra a Fome em V N G777777777..7.777..104
Quadro 51 - Famílias Sinalizadas pelas Comissões Sociais de Freguesia7777777777777.7777..7104
Quadro 52 - População em Idade Activa no Grande 7777777777777777777777.7.77777.108
Quadro 53 - População em Idade Activa em V N G 2001/200977777777777777777777.7777.109
Quadro 54 - Novas Oportunidades777777777777777777777777777.77777..77....7113
Quadro 55 - Escolas públicas e privadas com ensino profissional77777777777777777..777..7114
II – Quadro de Referência de Intervenção Estratégica no Concelho
Quadro 56 – Infância e Juventude7777777777777777777777.777777777777..7.7120
Quadro 57 – Terceira Idade777777777777777777777777777777777777.777....122
Quadro 58 – Deficiência77777777777777777777777777777777777777..7.7..124
Quadro 59 – Saúde7777777777777777777777777777777777777777..7..77126
Quadro 60 – Núcleos Locais de Inserção do RSI777777777777777777777777777..7.7..127
Quadro 61 - Freguesias com indicadores mais baixos de vulnerabilidade77777777777777777..7143
Quadro 62 - Freguesias com indicadores mais altos de vulnerabilidade777777..77777777777.7..144
Quadro 63 - Número de indicadores mais altos e mais baixos por freguesia7777777777777..7..77.145
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
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Rede Social
GRÁFICOS
Gráfico 1 - População residente nos Municípios do Grande Porto, em 2001 e 2009 7777777...77777714
Gráfico 2 - Peso percentual da população residente por Município no Grande Porto, em 2001 e 2009777777..15
Gráfico 3 - População residente em Vila Nova de Gaia por grupo etário, em 2001 e 2009777777777777..16
Gráfico 4 - População residente em Portugal, Região Norte, Grande Porto e VNG, por grupo etário, em 200977...17
Gráfico 5 - Taxa de variação da população residente nos Municípios do Grande Porto, entre 2001/200977777.17
Gráfico 6 - Taxa de variação da população residente em VNG, por grupo etário, entre 2001/200977777777..18
Gráfico 7 - Taxa de variação da população residente em VNG e no G P, por grupo etário, entre 2001/20097777.18
Gráfico 8 - Índice de Envelhecimento em Portugal, Região Norte e nos Municípios do G P, 200977777777..19
Gráfico 9 - Índice de Envelhecimento em Vila Nova de Gaia, em 1991, 2001 e 2009777777777777777.19
Gráfico 10 - Índice de dependência total, idosos e jovens em VNG, em 1991, 2001 e 200977777777777720
Gráfico 11 - Índice de dependência total, idosos e jovem em Portugal, Região Norte e nos M G P, em 2009777..20
Gráfico 12 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório, nos M G P, em 20097777777777777721
Gráfico 13 - Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório de VNG, em 2001 e 2009777777777777.21
Gráfico 14 - Indicadores demográficos de VNG, em 2001 e 200977777777777777777777777...22
Gráfico 15 - Nados-vivos e óbitos nos M G P, em 20097777777777777777777777777777.23
Gráfico 16 - População estrangeira com estatuto legal de residente e que solicitou estatuto de residente nos
M GP, em 200977777777777777777777777777777777777..77...7724
Gráfico 17 - Distribuição de Toxicodependência por faixa etária por nove freguesias do concelho77777.77..64
Gráfico 18 - Evolução do Número de Toxicodependentes por Ano e Género77777777777777777....65
Gráfico 19 - Apoios a Toxicodependentes77777777777777777777777777.7777777...65
Gráfico 20 - Portadores de HIV por grupo etário7777777777777777777777777777777.72
Gráfico 21 - Grupos etários7777777777777777777777777777777777777777...79
Gráfico 22 - Problemáticas sinalizadas / Total de processos77777777777777777777..7777779
Gráfico 23 - Beneficiários do RSI de Vila Nova de Gaia, por freguesia, Junho 201077777777777777....85
Gráfico 24 - Caracterização dos Beneficiários do RSI por Idade, Junho de 20107777777777777777..87
Gráfico 25 - Beneficiários do RSI com / sem rendimentos, Junho 201077777777777777777777..87
Gráfico 26 - Número de Agregados Familiares Beneficiários do RSI, por Freguesias, Junho 201077777777.89
Gráfico 27 - Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários do RSI por Tipo de Família, Junho 201077..89
Gráfico 28 - Valor Médio da Prestação de RSI, por Freguesia, Junho 2010777777777777777777790
Gráfico 29 - Agregados familiares com processos activos77777777777777777777777777.90
Gráfico 30 - Caracterização dos beneficiários por idade e género a frequentar acções de inserção 7777777.91
Gráfico 31 - Distribuição de todos os Beneficiários do RSI por Áreas de Inserção (com acordo de inserção)77...92
Gráfico 32 - Acção Social777777777777777777777777777777.77777777777.92
Gráfico 33 - Saúde7777777777777777777777777777777777777..77777.7793
Gráfico 34 - Educação77777777777777777777777777777777777777777.7794
Gráfico 35 - Emprego77777777777777777777777777777..7..77777777777.7.94
Gráfico 36 - Regularização da situação habitacional7777777777777.777777777777777...95
Gráfico 37 - Estado Civil da Vítima7777777777777777777777777777777777777..97
Gráfico 38 - Nacionalidade da Vítima777777777777777777777777777777777777.97
Gráfico 39 - Tipo de Família da Vítima7777777777777777777777777777777777..7.98
Gráfico 40 - Condição Perante a Actividade Económica da Vítima7777777777777777777777...98
Gráfico 41 - Idade da Vítima por Grupos Etários77777777777777777777777777777..7..99
Gráfico 42 - Género do Autor do Crime77777777777777777777777777777..77777...99
Gráfico 43 - Nível de Ensino do Autor do Crime777777777777777777777777....77777..100
Gráfico 44 - Idade do Autor do Crime7777777777777777777777777777777.7777.100
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
161
Rede Social
Gráfico 45 - Tipo de Crime - Violência Doméstica777777777777777777777777777777102
Gráfico 46 - População Desempregada por Género777777777777777777777777.777..7.110
Gráfico 47 - População desempregada por Freguesia e Género7777777777777777777777..7110
Gráfico 48 - População Desempregada por Freguesia77777777777777777777..7777777.111
Gráfico 49 - População Desempregada por Habilitação Literária77777777777777...7777777.....111
Gráfico 50 - Desempregados por Grupo Etário77777777777777777777777777777.7....112
Gráfico 51 - Desempregados por Grupo Etário e Freguesia 7777777.777777777777777.77..112
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
162
Rede Social
MAPAS TERRITORIAIS
Mapa 01 - Sinalização das crianças e jovens em perigo na CPCJ7777777....777..133
Mapa 02 - Rendimento Social de Inserção77777777777777777..77.77..134
Mapa 03 - Acção Social Escolar7777777777777..7.777777.7..777..7135
Mapa 04 - Toxicodependência 7777777777777777777777.................7136
Mapa 05 - Habitação Social7777777777777777777777777777.....137
Mapa 06 - Habitação Social / Insuficiência Económica,777777777777....,777138
Mapa 07 - Subsídios de Precariedade.77777777777777777777777....139
Mapa 08 - Desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia, por género7............140
Mapa 09 - Geral777777777777777777777777777777777..7.141
Mapa 10 - Mapa síntese de vulnerabilidades concelhias.7777777..7777........77147
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
163
Rede Social
ANEXOS 1 - DEMOGRAFIA
Tabela 01
População residente, densidade populacional e superfície nos Municípios do Grande Porto, em 2001 e 2009
Área Geográfica 2001 2009
% no GP 2001
% no GP
2009 Densidade Pop. 2009 Superfície Km2 2009
Grande Porto 1 370 657 1395751 - - 1 578,8 814,1
Espinho 33 701 28866 2,5 2,1 1 370,9 21,1
Gondomar 164 096 174878 12 12,5 1 326,2 131,9
Maia 120 111 143371 8,8 10,3 1 724,6 83,1
Matosinhos 167 026 169303 12,2 12,1 2 720,2 62,2
Porto 263 131 210558 19,2 15,1 5 099,8 41,3
Póvoa de Varzim 63 470 66919 4,6 5 815,6 82,1
Santo Tirso 72 396 69377 5,3 5 507,9 136
Trofa 37 581 41022 2,8 2,9 570,7 71,9
Valongo 86 005 98522 6,3 7,1 1 311,5 75,1
Vila de Conde 74 391 77553 5,4 5,6 520,6 149
Vila Nova de Gaia 288 749 315382 21,1 22,6 1 872,9 168,4 Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009. – Gráfico 1,2
Tabela 02
População residente em Portugal, Região Norte e Municípios do Grande Porto, segundo o grupo etário, em 2001 e 2009
Zona Geográfica
2001 2009
Grupos Etários Grupos Etários
0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais 0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou mais
% %
Portugal 16.0 14,3 53,4 16,4 15,2 11,1 56 17,9
Norte 17,5 15,1 53,4 14 15,4 12 56,9 15,8
Grande Porto 16,4 14,5 56,1 13 15,4 11 58 15,6
Espinho 15,2 14,5 55,7 14,5 14,3 10,8 58 17
Gondomar 17,3 14,4 57,3 11 15,4 11 58 14,5
Maia 17,4 14 58,1 10,5 17 10,7 59 14,4
Matosinhos 16 14,4 57,4 12,3 15 10,9 58 15,4
Porto 13,1 14 53,5 19,4 13 9,8 59 21
Póvoa de Varzim 19 16,1 53,6 11,2 17,4 12,4 56 13
Santo Tirso 16,9 14,8 55,4 13 14,1 11,9 57 15,2
Trofa 19,2 15,6 55,3 10 15,5 12,9 59 12,7
Valongo 17 13,1 57,2 9,8 16,5 11,3 59 13,5
Vila de Conde 18 15,2 55,2 11,7 16,5 12 57,3 14,2
Vila Nova de Gaia
17,1 14,1 57 11,9 15,7 11 58 15,3
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009.- Gráfico 3,4.
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164
Rede Social
Tabela 03
Taxa de variação da população residente em Portugal, Região Norte e Municípios do Grande Porto, por grupo etário, em 2001 e 2009
Área Geográfica
Grupos Etários
0-14 anos
15-24 anos
25-64 anos
65e + anos
Total
%
Portugal -2,4 -20,2 7,5 12,3 2,7
Região Norte -10,8 -19,8 8,2 14,7 2
Grande Porto -4,6 -22,4 5,3 22 1,8
Espinho -19,7 -36,5 -10,5 -1,3 -14,3
Gondomar -5,2 -18,4 9,6 41,4 6,6
Maia 16,6 -8,3 19,1 62,8 19,4
Matosinhos -4,7 -23,3 3,7 27,2 1,4
Porto -20,4 -44,2 -15,8 -13,6 -20
Póvoa de Varzim -3,2 -18,7 12,2 22,5 5,4
Santo Tirso -19,8 -23 1,8 12,2 -4,2
Trofa -11,5 -9,9 16,4 38,5 9,2
Valongo 5,8 -14,4 17,6 57,6 14,6
Vila de Conde -4,3 -17,6 8,2 27,2 4,3
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009 - Gráfico 5,6,7.
Tabela 04
Índice de envelhecimento em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, em 1991/2001/2009
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009 - Gráfico 8,9.
Local de residência
Índice de envelhecimento
1991 2001 2009 %
Portugal 68,1 102,2 117,6
Norte 51,7 79,8 102,6
Grande Porto 52,8 80,5 101,8
Espinho 51,8 95,3 117,1
Gondomar 41,8 63,3 94,4
Maia 42,1 60,4 84,3
Matosinhos 43,6 76,8 102,5
Porto 87,3 147,5 160,2
Póvoa de Varzim 39,2 59 74,7
Santo Tirso 45,4 77,2 108
Trofa 52,1 34,1 81,5
Valongo 32,2 54,9 81,7
Vila do Conde 42,5 64,9 86,3
Vila Nova de Gaia 47,62 69,78 97,2
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
165
Rede Social
Tabela 05
Índice de Dependência total, jovem e de idosos em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, em 1991/2001/2008/2009
Área Geográfica
2008/2009 2001 1991
IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI IDT IDJ IDI
%
Portugal 49,4 22,8 26,7 47,8 23,7 24,2 50,6 30,1 20,5
Região Norte 45,2 22 22,9 45,9 25,5 20,4 50,5 33,3 17,2
Grande Porto 45,3 22,5 22,9 41,8 23,1 18,6 44 28,8 15,2
Espinho 45 21 24,2 42,3 21,7 20,7 44 29 15
Gondomar 42,7 22,2 20,7 39,4 24,1 15,3 42,2 19,7 12,4
Maia 45,8 24,8 20,9 38,8 24,2 14,6 43,3 30,5 12,8
Matosinhos 43,7 21,6 22,1 39,4 22,3 17,1 42,1 29,3 12,8
Porto 51,5 19,6 31,7 72,8 29,4 43,4 46,5 24,8 21,7
Póvoa de Varzim 43,9 25,5 18,8 43,4 27,3 16,1 49,6 35,7 14
S. Tirso 41,4 20,4 21,5 42,7 23,9 18,8 45,8 31,3 14,5
Trofa 39,3 22,3 17,6 41,3 26,5 14,8 45,7 33,5 12,2
Valongo 42,8 23,6 19,2 38,2 24,7 13,5 41,5 31,4 10,1
Vila do Conde 44,4 24 20,6 42,1 25,5 16,6 46,6 32,7 13,9
V. N. Gaia 44,9 23 22,1 40,7 24 16,7 42,6 28,8 13,7
Fonte: INE: Censos 1991, 2001; Estimativas 2009 - Gráfico 10,11.
Tabela 06
Taxa de crescimento efectivo, natural e migratório nos municípios do Grande Porto, em 1991/2001/2009
Área Geográfica
2001 2009
Taxa de crescimento efectivo
Taxa de crescimento
natural
Taxa de crescimento migratório
Taxa de crescimento
efectivo
Taxa de crescimento
natural
Taxa de crescime
nto migratóri
o
Grande Porto 0,67 0,29 0,39 0,15 0,12 0,03
Espinho -0,65 0,29 -0,94 -2,11 -0,29 -1,81
Gondomar 1,27 0,46 0,8 0,56 0,17 0,39
Maia 2,56 0,65 1,91 1,77 0,41 1,36
Matosinhos 0,76 0,32 0,44 0,02 0,15 -0,12
Porto -1,98 -0,32 -1,66 -2,59 -0,43 -2,16
Póvoa de Varzim 1,34 0,53 0,81 0,4 0,33 0,06
S. Tirso 0,25 0,28 -0,03 -0,78 -0,19 -0,59
Trofa 1,44 0,52 0,91 0,84 0,21 0,63
Valongo 1,7 0,55 1,16 1,41 0,39 1,03
Vila do Conde 1,07 0,35 0,72 0,3 0,23 0,07
Vila Nova de Gaia 1,49 0,41 1,08 0,84 0,21 0,63
Fonte: INE: Censos 1991, 2001; Estimativas 2009 - Gráfico 12,13.
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166
Rede Social
Tabela 07
Indicadores demográficos em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, em 2001 e 2009
Área Geográfica
Taxa bruta
de natalid
ade
Taxa bruta de mortalid
ade
Taxa bruta de nupcialid
ade
Taxa bruta
de divórcio (PO)
Taxa de fecundid
ade geral
Taxa bruta
de natalid
ade
Taxa bruta de mortalid
ade
Taxa bruta de nupcialid
ade
Taxa bruta
de divórcio (PO)
Taxa de fecundid
ade geral
‰ ‰
2009 2001
Portugal 9,4 9,8 3,8 2,5 38,7 11,0 10,2 5,7 1,8 43,2
Norte 8,7 8,5 4,1 2,4 34,4 11,3 8,7 6,2 1,4 42,6
Grande Porto
9,5 8,3 3,9 2,9 38,3 11,3 8,5 5,7 1,9 42,0
Espinho 7,7 10,7 7,7 3,4 32,1 11,6 8,7 7,6 1,9 44,6
Gondomar 8,7 7,0 3,0 2,5 34,5 12,0 7,4 5,1 1,4 43,6
Maia 10,1 6,0 3,4 2,9 40,2 12,8 6,3 5,3 2,1 45,9
Matosinhos 10,0 8,5 3,6 3,3 40,8 10,8 7,6 5,0 2,0 39,7
Porto 9,2 13,5 4,9 3,2 38,9 9,3 12,5 5,5 2,4 36,9
Póvoa de Varzim
10,8 7,4 4,9 2,6 40,9 13,6 8,3 7,2 1,9 49,2
Santo Tirso 7,2 9,1 4,3 2,4 28,1 11,0 8,2 9,6 1,6 40,6
Trofa 7,8 5,7 4,5 2,3 29,2 11,7 6,4
0,3 41,7
Valongo 10,0 6,1 3,5 3,0 38,7 12,2 6,8 6,3 1,3 43,1
Vila do Conde 10,0 7,7 4,7 2,9 39,5 11,4 8,0 7,2 1,4 42,0
Vila Nova de Gaia
9,3 7,2 3,3 2,9 37,3 11,6 7,5 5,7 1,7 42,5
Fonte: INE: Censos 2001, Estimativas 2009 - Gráfico 14.
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167
Rede Social
Tabela 08
Movimento da população em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, 2009
Área Geográfica
Nados-vivos Óbitos
Total Fora do casamento Total Com menos
de 1 ano
HM H M Total Com
coabitação dos pais
HM H M
Portugal 99 491 50 873 48 618 37 928 30 088 104 434 53 310 51 124 362
Norte 32 760 16 588 16 172 9 148 6 709 31 729 16 148 15 581 107
Grande Porto 12 233 6 175 6 058 4 528 3 292 10 647 5 360 5 287 45
Espinho 226 120 106 93 74 312 142 170 1
Gondomar 1 521 783 738 556 400 1 227 642 585 7
Maia 1 435 700 735 413 329 855 447 408 7
Matosinhos 1 689 846 843 662 486 1 438 746 692 2
Porto 1 962 991 971 974 639 2 872 1 379 1 493 12
Póvoa de Varzim 718 368 350 171 127 496 238 258 2
Santo Tirso 501 252 249 109 79 636 338 298 2
Trofa 318 151 167 71 53 234 128 106 0
Valongo 979 510 469 321 235 598 318 280 2
Vila do Conde 774 392 382 198 155 595 323 272 1
Vila Nova de Gaia 2 929 1 465 1 464 1 140 847 2 254 1 125 1 129 11
Fonte: INE, Estimativas 2009 - Gráfico 15.
Tabela 09
Movimento da população estrangeira em Portugal, Região Norte e nos Municípios do Grande Porto, 2009
Área Geográfica
População estrangeira que solicitou estatuto de residente
População estrangeira com estatuto legal de residente
HM H M HM H M
Portugal 61 445 29 549 31 896 451 742 233 280 218 462
Norte 7 331 3 340 3 991 49 240 25 226 24 014
Grande Porto 3 595 1 570 2 025 24 828 12 515 12 313
Espinho 108 52 56 671 332 339
Gondomar 120 47 73 1 577 771 806
Maia 328 157 171 2 329 1 147 1 182
Matosinhos 503 211 292 3 219 1 552 1 667
Porto 1 564 700 864 8 703 4 497 4 206
Póvoa de Varzim 135 61 74 962 473 489
Santo Tirso 55 22 33 472 234 238
Trofa 75 33 42 694 383 311
Valongo 120 50 70 994 534 460
Vila do Conde 129 58 71 1 202 622 580
Vila Nova de Gaia 588 234 354 5 171 2 587 2 584
Fonte: INE, Estimativas 2009 - Gráfico 16, PDS.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
168
Rede Social
2 – EQUIPAMENTOS E RESPOSTAS SOCIAIS POR PROBLEMÁTICA SOCIAL
Tabela 10
Distribuição de Toxicodependentes por Faixa Etária em 9 Freguesias do Concelho
Avintes Canidelo Madalena Mafamude Oliv.
Douro Pedroso Stª. Marinha Valadares V Andorinho
0 - 14 1
15 - 19 1 1
20 - 24 2 2 4 6 4 8 1
25 - 29 7 1 9 1 6 2 2 4
30 - 34 7 13 2 20 14 5 16 3 13
35 - 40 13 14 15 33 17 19 30 20 21
40 - 44 14 10 10 22 18 7 17 14 8
> = - 45
20 24 17 38 27 5 36 17 19
Fonte: CRI Central – IDT, 2010 – Ver gráfico 17.
Tabela 11
Evolução da Toxicodependência por Freguesia
FREGUESIA ANO 2007 ANO 2008 ANO 2009
Arcozelo 17 27 28
Avintes 43 49 60
Canelas 20 22 27
Canidelo 66 74 69
Crestuma 4 3 2
Grijó 14 20 18
Gulpilhares 18 27 18
Lever 7 8 8
Madalena 44 49 48
Mafamude 92 101 116
Olival 14 13 12
Oliveira do Douro 58 68 77
Pedroso 37 43 42
Perozinho 8 9 13
Sandim 4 2 5
Santa Marinha 140 109 114
S. Felix da Marinha 19 25 20
S. Pedro da Afurada 25 27 26
Seixezelo 2 2 3
Sermonde 1 1 2
Serzedo 10 9 10
Valadares 47 54 52
Vilar de Andorinho 45 55 64
Vilar do Paraíso 20 30 35
Total 755 827 871 Fonte: INE, Estimativas 2009 - Ver gráfico 17.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
169
Rede Social
Tabela 12
Apoios a Toxicodependentes
Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISSP.IP, 2010 - Ver gráfico 19.
Tabela 13
Portadores de HIV por Grupo Etário
Grupo Etário
Género
M F Total
<15 anos 1 1 2
15-24 - 3 3
25-34 19 19 38
35-44 69 18 87
45-54 35 14 49
55-64 1 5 6
≥ 65 1 3 4
Total 126 63 189
Fonte: Serviço de Acção Local Gaia, ISS,IP 2010 - Ver gráfico 20.
ALIMENTAÇÃO MEDICAMENTOS
250 141
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
170
Rede Social
RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO
Tabela 14
Beneficiários do RSI de Vila Nova de Gaia, por freguesia, Junho 2010
% de Beneficiários do RSI
Arcozelo 3,7%
Avintes 4,4%
Canelas 4,2%
Canidelo 7,7%
Crestuma 0,5%
Grijó 3,6%
Gulpilhares 2,6%
Lever 0,7%
Madalena 2,9%
Mafamude 10,1%
Olival 2,3%
Oliveira do Douro 8,2%
Pedroso 6,6%
Perosinho 2,0%
Sandim 2,1% Santa Marinha 10,5%
S. Félix da Marinha 4,0%
S. Pedro da Afurada 1,5%
Seixezelo 0,5%
Sermonde 0,6%
Serzedo 3,8%
Valadares 4,0%
Vilar de Andorinho 9,3%
Vilar do Paraíso 4,0% Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 23.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
171
Rede Social
Tabela 15
Caracterização dos Beneficiários do RSI por Idade, V. N. Gaia, Junho de 2010
<18 anos 18 - 24 anos 25 - 39 anos 40 - 54 anos 55 - 64 anos > 65 anos 35,58% 9,9% 21,5% 24,2% 7,6% 1,3%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 24.
Tabela 16
Caracterização dos Rendimentos dos Beneficiários do RSI, V.N. Gaia, Junho 2010
Com Rendimentos Sem rendimentos
28,4% 71,6%
Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 25.
Tabela 17
Número de Agregados Familiares Beneficiários do RSI, por Freguesias, V. N. Gaia, Junho 2010
Freguesias de V. N. Gaia %
Arcozelo 3,7%
Avintes 4,3%
Canelas 4,2%
Canidelo 7,9%
Crestuma 0,5%
Grijó 3,3%
Gulpilhares 2,6%
Lever 0,7%
Madalena 3,3%
Mafamude 10,5%
Olival 2,1%
Oliveira do Douro 8,2%
Pedroso 6,1%
Perosinho 1,9%
Sandim 1,90
Santa Marinha 11,3%
S. Félix da Marinha 4,0%
S. Pedro da Afurada 1,5%
Seixezelo 0,4%
Sermonde 0,7%
Serzedo 3,5%
Valadares 4,0%
Vilar de Andorinho 9,2%
Vilar do Paraíso 4,1% Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 26.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
172
Rede Social
Tabela 18
Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários do RSI por Tipo de Família, V. N. Gaia, Junho 2010
Isolados F.
Alargada F. Nuclear C/
Filhos F. Nuclear S/
Filhos F.
Monoparental Outras
30,5% 2,0% 29,2% 7,7% 19,4% 11,3% Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 27.
Tabela 19
Valor médio da Prestação de RSI, por Freguesia, V. N. Gaia, Junho 2010
Freguesias %
Arcozelo 241,07 €
Avintes 236,35 €
Canelas 222,66 €
Canidelo 234,92 €
Crestuma 205,41 €
Grijó 241,54 €
Gulpilhares 228,77 €
Lever 227,33 €
Madalena 235,00 €
Mafamude 231,86 €
Olival 253,52 €
Oliveira do Douro 229,82 €
Pedroso 226,45 €
Perosinho 255,78 €
Sandim 224,56 €
Santa Marinha 234,53 €
S. Félix da Marinha 218,25 €
S. Pedro da Afurada 220,83 €
Seixezelo 196,34 €
Sermonde 255,43 €
Serzedo 227,39 €
Valadares 242,09 €
Vilar de Andorinho 257,43 €
Vilar do Paraíso 233,09 € Valor médio da prestação RSI no concelho 232,51 € Fonte: ISS 2010 - Ver gráfico 28.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
173
Rede Social
Tabela 20
Agregados familiares com processos activos
Freguesias Processos activos
Arcozelo 368
Avintes 442
Canelas 404
Canidelo 836
Crestuma 54
Grijó 328
Gulpilhares 281
Lever 70
Madalena 344
Mafamude 1072
Olival 219
Oliveira do Douro 843
Pedroso 598
Perosinho 186
Sandim 183
Santa Marinha 1118
S. Félix da Marinha 415
S. Pedro da Afurada 143
Seixezelo 45
Sermonde 61
Serzedo 351
Valadares 410
Vilar de Andorinho 916
Vilar do Paraíso 430
Total 10117 Fonte: NLI 1 e 2 2010 - Ver gráfico 29.
Tabela 21
Caracterização dos beneficiários por Idade e Sexo a frequentar Acções de Inserção
0-5 anos 6-18 anos 19-24 anos 25-34 anos 35-44 anos 45-54 anos 55-64 anos >65 Total
M F M F M F M F M F M F M F M F M F
NLI 1 492 420 1173 1015 363 392 355 561 550 620 523 566 358 386 129 136 3943 4096
NLI 2 413 453 1113 1003 241 338 353 531 675 798 858 584 321 390 130 148 4101 4245
TOTAL 905 873 2286 2018 604 730 708 1092 1225 1418 1381 1150 679 776 259 284 8047 8341
Fonte: NLI 1 e 2 2010 - Ver gráfico 30.
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174
Rede Social
Tabela 22
Distribuição de todos os Beneficiários do RSI por Áreas de Inserção (com acordo de inserção), V.N. Gaia
Educação
Recursos de inserção N.º acções
contratualizadas
Pré-escolar/Jardim de Infância 684
6 979
Escolaridade Obrigatória 4469
Ensino Secundário 263
Ensino Especial 12
Ensino Técnico Profissional 17
Ensino Superior 41
Ensino Recorrente 98
Educação Extra-Escolar 362
Cursos EFA 1033
Formação Profissional
Sistema de Aprendizagem 28
2 238
Formação Profissional Especial 9
Formação Profissional Especial 162
Programa Constelação
Formação Profissional Qualificante 353
Formação Profissional não Qualificante 32
Qualificação Inicial 15
Qualificação Profissional 18
Aprendizagem 18
Educação e Formação 1396
Formação Prof. Para desempregados 97
Formação Sócio-Profissional 32
Cursos Formação-Emprego 65
Formação para grupos desfavorecidos 5
Emprego
Informação e Orientação Profissional 148
5 585
Mercado Social Emprego
Prog. Ocup. Carenciados 37
Prog. Ocup. Subsidiados 9
Escolas-Oficina
Prog. Inserção-Emprego 50
Empresas Inserção 5
Rede-Ajuda 2
Emprego Protegido 2
Criação de Emprego Prog. Estimulo Oferta Emprego 5
Criação Empresas 5
Formação e Emprego Estágios Profissionais 2
Bolsas Individuais /Formação 2
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175
Rede Social
Bolsas de Formação por Iniciativa do trabalhar 20
Colocação em Mercado de Trabalho 5274
Reabilitação Profissional Preparação Pré-profissional 19
Readaptação ao Trabalho 5
Saúde
Prevenção Primária
Educação para a Saúde 46
11 361
Planeamento Familiar 43
Saúde Materna 28
Saúde Infantil 48
Plano Nacional de Vacinação 23
Outros 528
Consultas/Tratamentos
Consultas de Medicina Familiar---1.º 5508
Estomatologia 482
Oftalmologia 402
Psiquiatria 50
Psicologia 430
Outros-------------------------------2.º 3502
Desintoxicação Alcoolismo 60
Toxicodependência 211
Acção Social
Acolhimento Institucional ou Familiar de Crianças e Jovens
Amas/Creche familiar/Creche 172
Lares crianças e Jovens 9
Actividades de Tempos Livres 67
Famílias de Acolhimento para Crianças e Jovens 0
Colónias de Férias 0
Centro de Apoio Familiar e Formação Parental 15
Acompanhamento e Educação Sócio-familiar 1093
Acolhimento Institucional ou Familiar a pessoas Idosas
Famílias de Acolhimento para Idosos 0
Lar para Idosos 1
Centro de Dia /Centro de Convívio 5
Apoio Domiciliário 13
Acolhimento Institucional ou Familiar a Pessoas Portadoras
de Deficiência
Família de Acolhimento para Deficientes 1
Centro de Actividades Ocupacionais - CAO 13
Lar Residencial 0
Intervenção Precoce 0
Apoio a Pessoas em Situação de Dependência Unidade de Apoio Integrado
para Pessoas em situação de Dependência 3
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
176
Rede Social
Apoio Domiciliário Integrado a Pessoas com dependência 37
Apoio Psicossocial
Apoio Pessoal e Familiar em Situação de Isolamento Social 500
Apoio Pessoal em Situação de Perca de Auto-estima e Autonomia 1243
Acções de Apoio á Organização da Vida Quotidiana 12516 Apoio ao Exercício de Cidadania 2896
Apoio familiar a nível de relações e Dinâmicas 740 19 324
Habitação
Arrendamento Público Programa de Realojamento-1.º 358
Situação de Emergência 11
Arrendamento Privado 68
Apoio á Melhoria do Alojamento
Obras de Conservação 85
Obras de Beneficiação 25
Obras de Adaptação 10 Regularização da situação habitacional 1841 2 398
TOTAL 47 885 Fonte: NLI 1 e 2 2010 - Ver gráfico 31, 32, 33, 34, 35, 36.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
177
Rede Social
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Tabela 23
Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 37.
Tabela 24
Nacionalidade da Vitima
Nacionalidade Frequência %
N.s. / N.r. 37 21,9
Angolana 1 0,6
Boliviana 1 0,6
Brasileira 2 1,2
Cubana 1 0,6
Portuguesa 127 75,1
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 38.
Tabela 25
Tipo de Família da Vitima
Tipo de família Frequência %
Individuo Isolado 10 5,9
Monoparental 12 7,1
Nuclear sem filhos 19 11,2
Nuclear com filhos 89 52,7
Reconstruída 1 0,6
Alargada 3 1,8
Outro 4 2,4
N.s/N.r. 31 18,3
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 39.
Estado Civil da Vitima
Estado Civil Frequência %
Solteiro/a 27 16
Casado/a 92 54,4
União de facto 17 10,1
Viúvo/a 4 2,4
Divorciado/a 12 7,1
Separado/a 6 3,6
N.S. / N.R. 11 6,5 TOTAL 169 100
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178
Rede Social
Tabela 26
Condição Perante a Actividade Económica da Vitima
Actividades Frequência %
Empregado/a 66 39,1
Desempregado/a 28 16,6
Estudante 10 5,9
Doméstico/a 4 2,4
Reformado/a 17 10,1
Incapacitados para o trabalho 7 4,1
Outra 3 1,8
N.s/N.r. 34 20,1
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 40.
Tabela 27
Idade da Vítima por Grupo Etário
Faixa Etária Frequência %
[0-17] 8 4,7
[18-41] 60 35,5
[42-64] 52 30,7
[65-∞[ 12 7,1
N.s./N.r. 37 21,9
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 41.
Tabela 28
Género do Autor do Crime
Género Frequência %
Feminino 22 13
Masculino 146 86,4
N.s. / n.r. 1 0,6
Total 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 42.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
179
Rede Social
Tabela 29
Nível de Ensino do Autor do Crime
Nível de Ensino Frequência %
Não Sabe Ler 10 5,9
1º ciclo 3 1,8
2º ciclo 3 1,8
3º ciclo 4 2,4
Ensino Secundário 4 2,4
Ensinio Superior 6 3,6
N.s. / N.r. 139 82,2 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 43.
Tabela 30
Idade do Autor do Crime por Grupo Etário
Faixa Etária Frequência %
[17-35] 28 16,8
[36-45] 27 16,2
[46-55] 14 8,4
[56-65] 13 7,8
[66 - ∞[ 3 1,8
N.s./N.r. 84 49,7
TOTAL 169 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima. Ver gráfico 44.
Tabela 31
TIPO DE CRIME - Violência Doméstica
Tipo de crime
Frequência
%
Maus tratos físicos 117 30,2 Maus tratos psíquicos 137 35,3 Ameaças/Coacção 77 19,8
Difamação/Injúrias 45 11,6 Subtracção de menores 1 0,3 Violação da obrigação de alimentos 2 0,5 Violação 5 1,3 Homicídio 1 0,3 Outros em meio doméstico 3 0,8
TOTAL 388 100 Fonte: Associação Portuguesa de Apoio á Vitima - Ver gráfico 45.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
180
Rede Social
4 – EMPREGO, FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
Tabela 32
População Desempregada por Freguesia e Género
Freguesia F M Total
ARCOZELO 657 522 1179
AVINTES 679 591 1270
CANELAS 727 530 1257
CANIDELO 1259 1073 2332
CRESTUMA 154 97 251
GRIJÓ 644 395 1039
GULPILHARES 443 338 781
LEVER 192 117 309
MADALENA 458 392 850
MAFAMUDE 1899 1513 3412
OLIVAL 328 242 570
OLIVEIRA DO DOURO 1200 1028 2228
PEDROSO 948 746 1694
PEROZINHO 294 228 522
SANDIM 335 196 531
SÃO FÉLIX DA MARINHA 634 549 1183
SÃO PEDRO DA AFURADA 135 160 295
SEIXEZELO 92 53 145
SERMONDE 71 64 135
SERZEDO 452 365 817
VALADARES 489 400 889
VILA NOVA DE GAIA (FREG.N/CODIFICADA) 28 27 55
SANTA MARINHA 1652 1327 2979
VILAR DE ANDORINHO 1130 945 2075
VILAR DO PARAÍSO 634 493 1127
Vila Nova de Gaia 15534 12391 27925
Fonte: INEE – Instituto Nacional de Estatística – Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP. Ver gráfico 46,47,48.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
181
Rede Social
Tabela 33
População desempregada por Habilitação Literária por Freguesia
Fonte: INEE – Instituto Nacional de Estatística – Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP. Ver gráfico 49.
Freguesia < 1º CICLO EB
1º CICLO
EB
2º CICLO EB
3º CICLO EB
SECUNDÀRIO SUPERIOR Total
ARCOZELO 57 326 223 232 230 111 1179
AVINTES 84 529 272 188 139 58 1270
CANELAS 52 378 268 241 228 90 1257
CANIDELO 79 719 463 423 443 205 2332
CRESTUMA 3 107 49 52 34 6 251
GRIJÓ 66 367 216 194 139 57 1039
GULPILHARES 21 207 133 148 164 108 781
LEVER 4 114 73 48 54 16 309
MADALENA 33 267 168 157 154 71 850
MAFAMUDE 75 741 621 739 803 433 3412
OLIVAL 24 222 115 119 63 27 570
OLIVEIRA DO DOURO 97 758 485 417 348 123 2228
PEDROSO 95 590 320 291 261 137 1694
PEROZINHO 25 194 105 85 77 36 522
SANDIM 27 212 105 88 80 19 531
SÃO FÉLIX DA MARINHA 50 451 208 193 172 109 1183
SÃO PEDRO DA AFURADA 19 92 72 42 44 26 295
SEIXEZELO 5 53 29 22 21 15 145
SERMONDE 5 65 30 12 17 6 135
SERZEDO 41 298 187 138 109 44 817
VALADARES 34 248 156 172 176 103 889
VILA NOVA DE GAIA (FREG.N/CODIFICADA)
12 12 15 10 6 55
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 90 814 638 601 568 268 2979
VILAR DE ANDORINHO 91 733 465 405 288 93 2075
VILAR DO PARAÍSO 33 305 263 227 203 96 1127
Total 1110 8802 5676 5249 4825 2263 27925
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
182
Rede Social
Tabela 34
Desempregado por Grupo Etário por Freguesia
Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística – Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia – IEFP. Ver gráfico 50 e 51.
Freguesias
25 - 34 Anos
< 25 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e + Total
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
ARCOZELO 243 21 86 7 604 51 246 21 1179 4,22
AVINTES 210 17 152 12 667 53 241 19 1270 4,55
CANELAS 281 22 141 11 638 51 197 16 1257 4,50
CANIDELO 557 24 205 9 1086 47 484 21 2332 8,35
CRESTUMA 38 15 25 10 132 53 56 22 251 0,90
GRIJÓ 224 22 102 10 513 49 200 19 1039 3,72
GULPILHARES 173 22 70 9 407 52 131 17 781 2,80
LEVER 49 16 44 14 156 50 60 19 309 1,11
MADALENA 181 21 81 10 406 48 182 21 850 3,04
MAFAMUDE 762 22 345 10 1669 49 636 19 3412 12,22
OLIVAL 109 19 73 11 297 52 91 16 570 2,04
OLIVEIRA DO DOURO 438 20 257 12 1112 50 421 19 2228 7,98
PEDROSO 365 22 208 12 793 47 328 19 1694 6,7
PEROZINHO 103 20 48 9 277 53 94 18 522 1,87
SANDIM 88 17 66 12 284 53 93 18 531 1,90
SÃO FÉLIX DA MARINHA 215 18 89 8 643 54 236 20 1183 4,24
SÃO PEDRO DA AFURADA 71 24 36 12 146 49 42 14 295 1,06
SEIXEZELO 35 24 11 8 76 32 23 16 145 0,52
SERMONDE 23 17 17 13 74 55 21 16 135 0,48
SERZEDO 170 21 88 11 423 52 136 17 817 2,93
VALADARES 187 21 105 12 440 49 157 18 889 3,18
FREG.N/CODIFICADA 16 29 3 5 28 51 8 15 55 0,20
SANTA MARINHA 643 22 257 9 1478 50 601 20 2979 10,67
VILAR DE ANDORINHO 438 21 253 12 1083 52 301 15 2075 7,43
VILAR DO PARAÍSO 262 23 105 9 549 49 211 19 1127 4,04
Total 5881 21 2867 10,28 13981 50,04 5196 18,16 27925 100
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
183
Rede Social
Tabela 35 – Distribuição de alimentos no concelho de Vila Nova de Gaia pelo Banco Alimentar contra a Fome - Porto
Instituições de Solidariedade Social Total Kilos
Total Euros
Nº IPSS
Instituições mediadoras Instituições beneficiárias
Nº de Familias
Crianças Adultos Total de pessoas
Dos 0
aos 3
anos
Dos 4
aos 6
anos
Dos 7
aos 12
anos
Dos 13
aos 18
anos
Dos 19
aos 65
anos
Maiores de 65 anos
Acamados Nº Total
de pessoas
Jardim Infantil Nª Srª do Pilar 7.316 10.183 __ __ __ __ __ 40 26 35 __ __ __ __ 101
Fundação Claret (Lar Juvenil dos Carvalhos) 22.686 19.911 __ __ __ __ __ __ __ 25 78 4 __ __ 107
Centro Social e Paroquial de Perosinho 7.654 8.407 __ __ __ __ __ __ 50 __ __ __ 30 4 80
Associação das Escolas do Torne e do Prado 6.423 7.583 __ __ __ __ __ 42 45 17 54 123 2 281
Assoc. Pro-Infância de Pedroso 9.694 13.068 __ __ __ __ __ 79 77 34 __ __ __ __ 190
Comunidade Cristã da Serra do Pilar 21.821 24.182 __ 84 25 166 191 __ __ __ __ __ __ __ __
A.P.P.A.C.D.M. de Vila Nova de Gaia 8.702 9.931 __ 16 __ 53 53 __ __ 4 11 154 __ 4 169
Fábrica da Igreja Paroquial Stª Bárbara de Coimbrões
13.983 15.686 __ 53 23 124 147 __ __ __ __ __ __ __ __
Centro Social S. Miguel de Arcozelo 14.253 16.375 __ 19 19 47 66 __ __ __ __ 10 65 __ 75
Centro Social de Coimbrões 5.924 6.212 __ __ __ __ __ 53 56 36 __ __ __ __ 145
Bom Samaritano 10.057 12.224 __ 28 36 49 85 __ __ __ __ __ __ __ __
Centro de Solidariedade Cristã Maranatha 9.470 11.165 __ 13 11 24 35 __ 1 6 33 22 __ __ 62
Centro Social Paroquial S. Pedro de Pedroso 16.829 20.970 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 19 146 1 165
Cruzada de Bem-Fazer da Paz 7.204 8.988 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 30 70 __ 100
Centro de Convívio da Serra do Pilar 4.662 6.022 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 2 36 __ 38
APPDA - Norte - Assoc. Port. Pert. Dese. e Autismo 8.552 10.160 __ __ __ __ __ __ __ __ 2 25 __ __ 27
Assoc. das Creches de Santa Marinha 13.996 17.878 __ 21 29 32 61 57 47 47 __ __ __ __ 151
Conf. Mista SVP Santo André de Canidelo 14.891 16.332 __ 84 80 137 217 __ __ __ __ __ __ __ __
Centro Social Paroquial de Santa Marinha 7,825 9.736 __ __ __ __ __ 37 19 __ 1 38 16 __ 111
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
184
Rede Social
Centro Social do Candal - Marco 6.581 6.661 __ __ __ __ __ 72 61 41 __ __ __ 174
Assoc. Soc. Mútuos N. Sra. da Esperança de Sandim
12.043 14.437 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 26 125 __ 151
Centro Social da Paróquia de S. Salvador de Grijó 16.006 21.310 __ 32 27 58 85 __ __ __ __ 13 75 14 88
Assoc. Nacional de Combate à Pobreza 24.504 28.815 __ 60 45 107 152 __ __ __ __ 77 3 __ 80
Mão Amiga - Assoc. Nacional Solidariedade Social 4.229 4.464 __ 7 3 14 17 __ __ __ __ __ __ __ __
Associação de Lares Familiares - Novo Futuro 6.485 8.391 __ __ __ __ __ __ 1 3 10 __ __ __ 14
Assoc. Protectora da Criança 10.819 13.521 __ __ __ __ __ __ __ 12 15 __ __ __ 27
Centro Paroquial de S. João Baptista de Canelas 9.318 10.758 __ __ __ __ __ __ __ 50 __ __ 25 7 75
Centro Social Paroquial Igreja Senhor Vera Cruz Candal
11.055 12.072 __ 32 27 58 85 __ __ __ __ __ 130 __ 130
Ordem Soberana e Militar de Malta 95 245 __ 60 45 107 152 __ __ __ __ __ __ __ __
Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Soares dos Reis
9.810 11.691 __ 30 32 46 78 __ __ __ __ __ __ __ __
Conferência Feminina São Cristóvão de Mafamude 7.649 9.873 __ 50 60 70 130 __ __ __ __ __ __ __ __
ANAPEN- Assoc. Nac. de Apoio aos Pobres e Necessitados
5.565 6.838 __ 38 38 77 115 __ __ __ __ 40 __ __ 40
Lar Irmãos - Centro de Repouso de Idosos 8.708 10.777 __ 11 11 17 28 __ __ __ __ __ 11 1 12
Tenda do Encontro 1.347 1.240 __ __ __ __ __ __ 2 7 5 6 __ 1 20
Lar de Santa Isabel 12.319 15.198 __ __ __ __ __ 33 __ __ __ __ 160 40 193
Associação de Solidariedade Social de Crestuma 6.883 9.901 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 43 __ 43
Associação Humanitária Nova Esperança 6.496 8.054 __ 10 14 14 __ __ __ __ __ __ __ __
Fundação Joaquim Oliveira Lopes 12.349 15.769 __ __ __ __ __ 61 120 __ __ __ __ __ 181
Associação de Solid. Social Idosos de Canidelo 1.687 2.539 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 25 __ 25
Cercigaia-Coop. Educ. e Reab. Cidadãos Inadaptados
15.648 17.633 __ 9 6 30 36 9 21 16 61 __ 107
Centro Social Mário Mendes da Costa 9.221 10.778 __ __ __ __ __ __ __ 8 __ 20 100 __ 128
Associação Nova - Associação Recuperação Toxicodep.
4.780 5.705 __ __ __ __ __ 3 7 2 1 23 1 __ 37
Centro Social S. Felix da Marinha 16.616 22.392 __ __ __ __ __ 23 38 __ __ 35 103 __ 199
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
185
Rede Social
Centro Social da Paróquia de Gulpilhares 9.599 11.722 __ 15 9 28 37 42 27 __ __ 4 27 __ 100
Saúde e Vida 2.380 3.091 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 19 __ 19
Associação - Famílias Diferentes 5.441 6.661 __ 22 24 48 72 __ __ __ __ __ __ __ __
Agencia Jean Piaget (Equipa de Rua-GIRUGaia) 3.792 6.436 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 20 __ 20
Olhar o Futuro - Associação de Solidariedade Social 22.154 28.625 __ 112 141 232 378 __ __ __ 4 __ __ __ 25
Conferência SVP S. João Batista 8.507 8.784 __ 60 32 118 150 __ __ __ __ __ __ __ __
Conferência Feminina de S. António de Valadares 2.260 3.084 __ 78 38 106 144 __ __ __ __ __ __ __ __
Conferência SVP São Pedro Afurada 8.440 9.393 __ 56 14 115 129 __ __ __ __ __ __ __ __
Centro Social de Serzedo 27.548 30.649 __ 40 60 40 100 __ __ __ __ __ __ __ __
Ass. Igreja Cristã do Evangelho Completo 10.712 12.213 __ 20 30 36 49 __ __ __ __ __ __ __ __
Associação Refúgio dos Meninos 12.916 14.894 __ 29 32 62 94 __ __ __ __ __ __ __ __
Ajuda em Ajuda - Associação de Solidariedade 14.357 16.878 __ 12 17 53 70 __ __ __ __ __ __ __ __
Abrigo Seguro - Associação de Solidariedade Social 16.409 18.435 __ 45 67 85 152 __ __ 30 5 __ __ __ 35
Olival Social - Ass. Desenvolvimento de Olival 30.246 35.565 __ 43 59 82 141 38 67 __ __ __ 53 __ 158
Mãos Abertas 520 815 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
Centro Dia e Jar. Inf. Salvador Caetano e Ana Caetano
16.675 23.429 __ __ __ __ __ 55 41 __ __ 6 33 __ 135
Junta Freguesia Oliveira do Douro 462 770 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 45 __ 45
Associação Humanitária Familia Feliz 4.729 6.975 __ 80 34 236 270 __ __ __ __ __ __ __ __
Projecto Divino-Ass. Nac. Apoio a Crianças Deficientes
2.049 2.697 __ 30 20 100 120 __ __ __ __ __ __ __ __
Associação de Solidariedade Social de Lever 8.476 11.498 __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ 37 __ 37
Centro Porta Amiga de Gaia - Fundação AMI 4.847 6.007 __ __ __ __ __ __ __ 15 __ 30 __ __ 45
Sorriso Constante - Associação de Apoio Social 811 1.128 __ 11 22 44 66 __ __ __ __ __ __ __ __
Espalhar Afectos Associação 5.563 7.547 __ __ __ __ __ 5 7 11 14 37 6 80
Associação Humanitária Acções Unidas 4.574 6.893 __ 31 29 64 93 __ __ __ __ __ __ __ __
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
186
Rede Social
Fonte: Banco Alimentar Contra a Fome, 2010. Ver quadro 50.
Associação Nacional Abraços de Criança 7.403 10.030 __ 90 63 337 400 __ __ __ __ __ __ __ __
Conferência de Nossa Senhora de Fátima de Lever 3.500 5.326 __ 23 28 72 100 __ __ __ __ __ __ __ __
Árvore da Vida - Assoc Solidariedade Social 2.548 3.864 __ 20 10 54 64 9 6 5 12 31 1 __ 64
Centro Social de Sandim 4.375 6.871 __ __ __ __ __ 60 85 60 __ __ __ __ 205
Associação de Solidariedade da Madalena 1.607 2.628 __ __ __ __ __ __ __ 30 __ __ __ __ 30
Junta de Freguesia de Crestuma 242 308 __ 6 5 20 25 __ __ __ __ __ __ __ __
Constante Ajuda 146 330 __ 40 20 60 80 __ __ __ __ __ __ __ __
Ass. Pais Enc. Amigos do SI Escola EB1 Lavadores Olival
338 529 __ 20 20 40 60 __ __ __ __ __ __ __ __
Conferência SVP Oliveira do Douro Santa Eulália 2,006 3,106 __ 150 30 300 330 __ __ __ __ __ __ __ __
Conf.SVP De S. Pedro Pedroso 1.062 1.625 __ 90 41 189 230 __ __ __ __ __ __ __ __
SocialKids - Associação de Apoio Social 3.584 6.450 __ 50 50 100 150 __ __ __ __ __ __ __ __
Total 674.430 829.324 78 1.738 1.323 3.691 5.014 718 807 496 207 767 1.528 74 4.523
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
187
Rede Social
Tabela 36 - Sinalização das crianças e jovens em perigo na CPCJ
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 1.
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE SINALIZAÇÂO CPCJ 2009
ARCOZELO 1,50%
AVINTES 3,50%
CANELAS 2,80%
CANIDELO 2,70%
CRESTUMA 1,90%
GRIJÓ 3,60%
GULPILHARES 2,95%
LEVER 1,10%
MADALENA 3,60%
MAFAMUDE 2,80%
OLIVAL 5,80%
OLIVEIRA DO DOURO 2,50%
PEDROSO 2,70%
PEROZINHO 3,70%
SANDIM 1,50%
SEIXEZELO 1,00%
SERMONDE 4,40%
SERZEDO 3,70%
S. FELIX DA MARINHA 2,60%
S. PEDRO DA AFURADA 3,60%
VALADARES 4,50%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 2,90%
VILAR DE ANDORINHO 4,00%
VILAR DO PARAÍSO 2,90%
CONCELHO DE VILA NOVA DE GAIA 3,05%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
188
Rede Social
Tabela 37 – Rendimento Social de Inserção.
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 2.
PERCENTAGEM DE BENEFECIÁRIOS DE RSI NO CONCELHO (Junho) 2010
ARCOZELO 7,60%
AVINTES 9,90%
CANELAS 8,80%
CANIDELO 8,30%
CRESTUMA 4,50%
GRIJÓ 8,90%
GULPILHARES 6,90%
LEVER 6,00%
MADALENA 8,00%
MAFAMUDE 6,60%
OLIVAL 10,60%
OLIVEIRA DO DOURO 9,00%
PEDROSO 9,10%
PEROZINHO 8,50%
SANDIM 8,50%
SEIXEZELO 7,00%
SERMONDE 13,70%
SERZEDO 12,80%
S. FELIX DA MARINHA 9,30%
S. PEDRO DA AFURADA 11,40%
VALADARES 11,20%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 8,80%
VILAR DE ANDORINHO 14,20%
VILAR DO PARAÍSO 7,90%
Concelho de Vila Nova de Gaia 8,90%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
189
Rede Social
Tabela 38 - Acção Social Escolar
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DO APOIO DA ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR
ARCOZELO 43,40% AVINTES 48,00% CANELAS 66,20% CANIDELO 41,90% CRESTUMA 37,90% GRIJÓ 54,40% GULPILHARES 45,90% LEVER 51,90% MADALENA 40,10% MAFAMUDE 23,50% OLIVAL 63,20% OLIVEIRA DO DOURO 42,10% PEDROSO 65,80% PEROZINHO 58,60% SANDIM 54,60% SEIXEZELO 40,20% SERMONDE 65,90% SERZEDO 73,90% S. FELIX DA MARINHA 52,30% S. PEDRO DA AFURADA 69,90% VALADARES 38,80% VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 52,00% VILAR DE ANDORINHO 59,60% VILAR DO PARAÍSO 39,40%
Concelho de Vila Nova de Gaia 45,40% Os valores apresentados reportam-se ao universo de alunos em frequência escolar no ano lectivo 2009/2010 no 1º Ciclo Ver mapa de vulnerabilidade social nº 3.
Tabela 04 –Toxicodependência
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE TOXICODEPENDENTES EM TRATAMENTO 2009 ACORZELO 3,20% AVINTES 6,90% CANELAS 3,10% CANIDELO 7,90% CRESTUMA 0,20% GRIJÓ 2,10% GULPILHARES 2,10% LEVER 0,90% MADALENA 5,40% MAFAMUDE 12,10% OLIVAL 1,40% OLIVEIRA DO DOURO 8,80% PEDROSO 4,80% PEROZINHO 1,50% SANDIM 0,60% SEIXEZELO 0,40% SERMONDE 0,20% SERZEDO 1,30% S. FELIX DA MARINHA 2,30% S. PEDRO DA AFURADA 3,00% VALADARES 6,20% VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 12,00% VILAR DE ANDORINHO 7,40% VILAR DO PARAÍSO 4,00%
Concelho de Vila Nova de Gaia 4,08%
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 4.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
190
Rede Social
Tabela 40 - Habitação Social
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE
PEDIDOS DE HABITAÇÃO SOCIAL (Junho) 2010 ARCOZELO 3,50% AVINTES 7,10% CANELAS 5,40% CANIDELO 15,30% CRESTUMA 0,20% GRIJÓ 4,00% GULPILHARES 2,00% LEVER 0,20% MADALENA 3,70% MAFAMUDE 7,60% OLIVAL 1,00% OLIVEIRA DO DOURO 14,80% PEDROSO 2,20% PEROZINHO 2,50% SANDIM 0,50% SEIXEZELO 0,70% SERMONDE 0,20% SERZEDO 6,90% S. FELIX DA MARINHA 1,20% S. PEDRO DA AFURADA 1,20% VALADARES 1,70% VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 4,40% VILAR DE ANDORINHO 8,90% VILAR DO PARAÍSO 4,70% Concelho de Vila Nova de Gaia 4,16 % Ver mapa de vulnerabilidade social nº 5. Tabela 41 - Habitação Social / Insuficiência Económica
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE
PEDIDOS DE HABITAÇÃO SOCIAL - INSUFICIÊNCIA ECONÓMICA (Junho) 2010 ARCOZELO 3,50%
AVINTES 5,80%
CANELAS 2,60%
CANIDELO 15,50%
CRESTUMA
GRIJÓ 3,30%
GULPILHARES 0,90%
LEVER 0,50%
MADALENA 3,50%
MAFAMUDE 11,80%
OLIVAL 0,90%
OLIVEIRA DO DOURO 9,80%
PEDROSO 5,30%
PEROZINHO 1,20%
SANDIM 1,40%
SEIXEZELO 0,70%
SERMONDE 0,20%
SERZEDO 4,90%
S. FELIX DA MARINHA 1,60%
S. PEDRO DA AFURADA 1,20%
VALADARES 2,60%
VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 11,10%
VILAR DE ANDORINHO 8,60%
VILAR DO PARAÍSO 3,30%
Concelho de Vila Nova de Gaia 4,18 % Ver mapa de vulnerabilidade social nº 6.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
191
Rede Social
Tabela 42 - Subsídios de Precariedade
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE SUBSÍDIOS DE PRECARIEDADE (MENSAL, EVENTUAL) ATRIBUÍDOS POR AGREGADOS FAMILIAR: 2008 CONCEDIDOS PELO ISS
ARCOZELO 0,6% AVINTES 1,4% CANELAS 0,8% CANIDELO 1,5% CRESTUMA 0,8% GRIJÓ 0,4% GULPILHARES 0,9% LEVER 0,5% MADALENA 0,8% MAFAMUDE 1,5% OLIVAL 1% OLIVEIRA DO DOURO 1,7% PEDROSO 1,1% PEROZINHO 1,1% SANDIM 0,9% SEIXEZELO 0,8% SERMONDE 0,2% SERZEDO 0,4% S. FELIX DA MARINHA 0,8% S. PEDRO DA AFURADA 2% VALADARES 1,8% VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 2,7% VILAR DE ANDORINHO 3,5% VILAR DO PARAÍSO 0,8% Concelho de Vila Nova de Gaia 1,15% Ver mapa de vulnerabilidade social nº 7.
Tabela 43 - Desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gaia
Ver mapa de vulnerabilidade social nº 8.
DISTRIBUIÇÃO PELO CONCELHO DE DESEMPREGADOS INSCRITO (Dezembro) 2010
Soma
ARCOZELO 4,22%
AVINTES 4,55% CANELAS 4,50% CANIDELO 8,35% CRESTUMA 0,90% GRIJÓ 3,72% GULPILHARES 2,80% LEVER 1,11% MADALENA 3,04% MAFAMUDE 12,22% OLIVAL 2,04% OLIVEIRA DO DOURO 7,98% PEDROSO 6,07% PEROZINHO 1,87% SANDIM 1,90% SEIXEZELO 0,52% SERMONDE 0,48% SERZEDO 2,93% S. FELIX DA MARINHA 4,24% S. PEDRO DA AFURADA 1,06% VALADARES 3,18% VILA NOVA DE GAIA (FREG.N/CODIFICADA) 0,20% VILA NOVA DE GAIA (SANTA MARINHA) 10,67% VILAR DE ANDORINHO 7,43% VILAR DO PARAÍSO 4,04% SOMA 4,17%
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE VILA NOVA DE GAIA
192
Rede Social
Tabela 44 – Resposta destinada a Pessoas com Deficiência e Incapacidades
RESPOSTAS SOCIAIS
RESPOSTAS IDENTIFICADAS
Intervenção precoce • Intervenção precoce Integração Jardim CAO • Centro de Actividades Ocupacionais Sócio Educativo • Apoios especializados – educação pré-
escolar e nos ensinos básico e secundário [?]
Centro de Estudos Apoio Criança e Família Formação Profissional
Reabilit. Prof. • Apoio à Qualificação: formação inicial; formação contínua Formaç. Integ.
• Apoios à integração, manutenção e reintegração no mercado de trabalho: o Informação, avaliação e orientação para a qualificação e emprego; o Apoio à colocação; o Acompanhamento pós -colocação; o Adaptação de postos de trabalho e eliminação de barreiras arquitectónicas;
• Emprego apoiado (inclui Centro de emprego protegido)
LAR • Lar de Apoio • Lar Residencial
• Residência Autónoma CRI • Centro de Recursos para a Inclusão Emprego Protegido Incluído no Emprego apoiado
Integração Social
Parcerias com Escolas O.A.I.s Avaliação • Informação, avaliação e orientação para a
qualificação e emprego [? - incluído nos apoios à integração, manutenção e reintegração no mercado de trabalho]
Desenvolvimento de competências/ Transição de vida activa
Grupo de Autonomia e Socialização em contexto
• Fórum Sócio-Ocupacional • Transporte de Pessoas com Deficiência • Acolhimento Familiar • Centro de Férias e Lazer • Centro de Atendimento/Acompanhamento e
Animação para Pessoas com Deficiência • Serviço de Apoio Domiciliário • Apoio Domiciliário Integrado (para pessoas
em situação de dependência) • Unidade de Apoio Integrado (para pessoas
em situação de dependência) • Unidade de Vida Protegida • Unidade de Vida Autónoma • Unidade de Vida Apoiada