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“Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos” Francisco C. P. Andrade Seminário “Ambiente Digital Aberto: desafios e impactos”, organizado pela Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas e pela TecMinho- Associação Universidade-Empresa para o Desenvolvimento 23 de Maio de 2011

“Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

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“Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”. Francisco C. P. Andrade - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

“Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

Francisco C. P. AndradeSeminário “Ambiente Digital Aberto: desafios e impactos”, organizado pela Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e

Documentalistas e pela TecMinho- Associação Universidade-Empresa para o Desenvolvimento

23 de Maio de 2011

Page 2: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line• Sociedade da informação, da comunicação e do

conhecimento – a informação como principal fonte de riqueza ou

recurso estratégico

A informação omnipresente – possibilidades de comunicação ilimitadas

O ciber-espaço como terreno virtual de comunicação e interacção globais Transcende as fronteiras dos Estados

Desafia a capacidade de intervenção e controlo dos Estados

Page 3: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line• Capacidades crescentes das redes de

comunicação • Capacidades crescentes do próprio hardware

(memória, capacidade de armazenamento) • Facilidade de difusão da informação –

desmaterialização• (mercadoria susceptível de ser transferida sem

constrangimentos de tempo ou espaço) • Terciarização das economias e

Internacionalização dos mercados – GLOBALIZAÇÃO

Page 4: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• emergência de um novo paradigma social • emergência de um novo paradigma jurídico • emergência de um novo paradigma político ?

• crise de credibilidade dos sistemas políticos centralizados e tecnocráticos

• (administração aberta ou administração secreta?)

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A Comunicação e o On-line

• riscos para os cidadãos (de origem tecnológica) associados ao uso das novas tecnologias da informação e da comunicação

• A questão da democracia (recolocada em moldes distintos dos que a definiram como representiva e parlamentar )

Page 6: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Estarão o direito e as instituições da sociedade a corresponder a estas expectativas ?

• Estará o Estado e a sua organização apto a fazer face às novas circunstâncias e expectativas ?

Page 7: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Impacte das novas tecnologias – Sobre a economia – Sobre o modo e as formas do trabalho

(aumento exponencial do número de profissionais em actividades de informação )

– Sobre a cultura e sobre a sociedade

Impactos sobre a nossa vida e sobre a forma de nos organizarmos

Page 8: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Idade pós-contemporânea – 21 de Julho de 1969

• Era da informática

• Era da internet - a partir dos anos 90

• Terceira Vaga ? Harmonia ou choque de civilizações ?

Page 9: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Era da informática – o legislador europeu privilegiou os interesses económicos emergentes em torno dos produtos da informação

• Novos direitos que protegem a apropriação privada da informação

• Regime de protecção dos dados pessoais (poder dos indivíduos sobre a informação que lhes diz pessoalmente respeito )

Page 10: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Rede global aberta – possibilidades de realização da igualdade social, da participação democrática e emancipação individual ?

• Diluição entre as figuras do autor e do receptor da informação

• Tensão entre os direitos de natureza privada sobre a informação (direito de propriedade) e a liberdade de informação

Page 11: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Conflitos de direitos • Liberdade de expressão e comunicação –

regulação • Internet e o debate sobre a sua regulação

– Visão da Internet como espaço natural de liberdade estranho a modos de regulação que não sejam gerados neste espaço de comunicação

Cidade Internet ? Aldeia global ?

Page 12: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line• Auto-regulação? Costuma internético ( a

netiqueta ) - Os usos internéticos como fonte de direito ?

• Recusa de uma hetero-regulação da Internet assente numa base territorial

• Considerações pragmáticas – a dimensão global, dificuldade de controlo do que se passa na rede

Page 13: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• indivíduos e organizações iludirem (evadirem) o controlo das autoridades

• Há até quem sustente que o ciberespaço representa um espaço distinto do mundo real, que requer um direito e instituições especiais

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A Comunicação e o On-line

• O ciber-espaço como terreno virtual de comunicação e interacção globais transcende as fronteiras dos Estados, desafia a capacidade de intervenção e controlo dos Estados e questiona a exclusividade das formas tradicionais de regulação nacional e internacional

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A Comunicação e o On-line

• ADNews, S. Paulo, 11/4/2011 http://www.adnews.com.br/tecnologia/114267.html

• Toyota e Microsoft selaram parceria estratégica

• anunciaram parceria para construção de uma plataforma global para serviços de tecnologia telemática utilizando a plataforma Windows Azure

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A Comunicação e o On-line

• a Toyota vem realizando, no Japão, experimentos com o Toyota Smart Center, seu programa piloto concebido para conectar pessoas, automóveis e residências com o intuito de conseguir o controle integrado do consumo de energia. 

Page 17: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Perigo da concentração, interconexão, processamento e difusão de dados dispersos (Dados sensíveis, dados de natureza confidencial )

• Não se justifica abandonar avanços tecnológicos que trazem grandes benefícios ao homem, pela invocação de eventuais riscos de violação dos direitos individuais ?

Page 18: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• A evolução tecnológica não se pode fazer à custa de ameaças e de violações dos direitos, liberdade e dignidade do homem ?

• Ameaças decorrentes do tratamento automatizado de dados pessoais que nos transforma em pessoas electrónicas e que permite que sejamos constantemente perseguidos, vigiados

Page 19: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line• Perigos de violação de privacidade /

disseminação de dados pessoais • Tratamento de dados sensíveis - art. 7º LPDP

Lei 67/98 • Direitos do cidadão contra a utilização da

informática – art. 35º CRP • Art. 35 nº 3 – “não pode ser utilizada para

tratamentos de dados referentes a convicções filosóficas, políticas, filiação partidária ou sindical, fé religiosa, vida privada, origem étnica , salvo mediante consentimento expresso

Page 20: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Direitos dos titulares dos dados • Identidade do responsável pelo

tratamento • Finalidades do tratamento • Consentimento livre• Proibição de tratamento de dados

sensíveis

Page 21: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Derrogações – art. 20º LPDP nº 6 “necessário ou legalmente exigido para a protecção de um interesse público importante “ (art. 26º Diretiva )

• Proteção da segurança do Estado, da defesa, de segurança pública, de prevenção, investigação e repressão de infrações penais.... ou convenções e acordos internacionais de que Portugal é parte “ Directiva art. 13º Derrogações e restrições (segurança do Estdado, defesa, segurança pública )

Page 22: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Carta de Direitos Fundamentais da U.E. art. 8º veio reconhecer um direito autónomo à protecção de dados epssoais

• Preocupações da Comissão Europeia • Princípio da transparência • Controlo dos cidadãos sobre os

dados pessoais

Page 23: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Reconhecimento de novos desafios para a proteção de dados pessoais

• Resolução da Assembleia Nacional Francesa nº 2837 de 5 de outubro de 2010

• Necessidade de convenção internacional relativa à protecção da vida privada e dos dados pessoais

Page 24: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Novos problemas: geo-localização, redes sociais, redes de comunicação electrónica

• Novas técnicas: cloud computing, ambient intelligence

• Vigilância centralisada – operada pelo Estado • Vigilância descentralisada – operada pelos

operadores e agentes económicos • Necessidade de instrumentos internacionais

Page 25: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Preocupação com possibilidades infinitas de combinações de dados pessoais

• Poderosos instrumentos de pesquisa e impressionantes capacidades de armazenamento,

Page 26: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• Haverá um direito à auto-determinação informativa? Sobre a vida privada?

• Abrangendo a protecção perante a intrusão no domínio pessoal?

• Abrangendo a tutela perante a divulgação de afirmações pessoais e factos verdadeiros?

Page 27: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o On-line

• O indivíduo está universalmente ameaçado? Os meios técnicos violam, ou podem violar, sistematicamente a intimidade de cada um ?

• Onde está o “Right to be let alone” ?

Page 28: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o Online

• http://techcrunch.com/ • 6 verbos para os próximos 20 anos de

mundo interligado• Screening - whereas there used to be just

the television screen and then the computer screen, now screens are everywhere. And increasingly, everything will be a screen…

Page 29: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o Online

• Interacting — Right now, interaction is limited mainly to our fingertips. But the iPad is changing that — it’s about using more of your body now. And going forward, things like gestures, voice, cameras, and other things in our technology will transform the way we interact with everything.

Page 30: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o Online

• Sharing — While most people think of this right now as the top level social ideas, “we’ve just begun this process”. The self-tracking of everything we do is now coming into play, he notes. This includes location, realtime pictures and videos, etc.

Page 31: “Redes Abertas. Tecnologias, Direitos dos Cidadãos”

A Comunicação e o Online

• Flowing — “We’re now into a new metaphor for the web,” noting that we started with the desktop on computers, then pages for the web. Now the realtime stream connected to the web is the thing.

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A Comunicação e o Online

• Accessing — We’re moving to a world where it’s about accessing information and media and not owning it. We see this now with the rise of Netflix, but soon that will fully hit the music space too.

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A Comunicação e o Online

• Generating — “The Internet is the world’s largest copy machine”. Going forward, there will be an importance placed on things that cannot be easily copied. A key to this is an easy way to pay and content that is hard to copy. Immediacy is a key — if you want something right now versus when it can be copied. Personalization is another key, he says.