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Redes Complexas: teoria, algoritmos e aplicações em computação Bloco #6`` ScaleFree NetworksVirgílio A. F. Almeida Outubro de 2009 D d Ciê i d C ã Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Minas Gerais

Redes Complexas: teoria, algoritmos e aplicações em computação

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Redes Complexas: teoria, algoritmos e aplicações em computação, g p ç p ç

‐Bloco #6‐

`` Scale‐Free Networks”

Virgílio A. F. Almeida

Outubro  de 2009

D d Ciê i d C ãDepartamento de Ciência da ComputaçãoUniversidade Federal de Minas Gerais

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Leituras Essenciais

A.-L. Barabási and E. Bonabeau, Scale-Free Networks, Scientific A i 288 60 69 (2003)American 288, 60-69 (2003)

Duncan J Watts "Beyond the Small World " Chapter 4 of D JDuncan J. Watts, Beyond the Small World, Chapter 4 of D.J. Watts, Six Degrees: The Science of a Connected Age (New York & London: W.W. Norton & Company, 2002).

Barabasi, A., & Albert, R. (1999). Emergence of scaling in random networks. Science, vol. 286, pp. 509-512. , , pp

Ebel, H., Mielsch, L.I., & Bornholdt, S. (2002). Scale-free topology of il t k Ph i l R i E l 66 035103e-mail networks. Physical Review E, vol. 66, 035103.

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Tópicos

Redes muito grandes (milhões ou bilhões de nodos e arestas)

O ê i d ti d d t i d d t l iOcorrência desse tipo de redes na natureza, sociedade, tecnologia, economia, etc.

Evolução temporal.

Exemplos: Internet and WWWExemplos: Internet and WWW

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Sistemas ComplexosFeitos por

muitos elementos não idênticos conectados por diversas interações.

NETWORKNew York Times

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Uma descoberta importante....

M i d l i i l õ hMuitas redes na natureza, ecologia, economia, relações humanas e tecnológicas (Internet and WWW) tem a mesma estrutura topológica.

Sã h d l f t kSão chamadas: scale-free networks

Com propriedades idênticas, referentes a estrutura matemática e ao comportamento

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Problemas de pesquisa relacionadas a scale-free networks

Pode a Internet funcionar bem se centenas de roteadores foremPode a Internet funcionar bem se centenas de roteadores forem retirados propositalmente de operação?

Quais partes da Internet são mais vulneráveis a ataques hostis?

Como projetar algoritmos eficientes de busca para WWW queComo projetar algoritmos eficientes de busca para WWW, que façam uso dessas propriedades?

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Redes Randômicas

Criadas por Paul Erdos and Alfred Renyi em 1959 e 1960.

Hipóteses básicas:

Número fixo de nodosConectados por arestas aleatórias.Nodos são “democraticos” i.e. Maior parte dos nodos tem aproximadamente um número igual de arestas incidentesaproximadamente um número igual de arestas incidentes.

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Introdução do conceito de Scale-free networksIntrodução do conceito de Scale free networks

Introduzido por Barabasi e colaboradores em 1999.

Em evolução e auto-organizadas.

Duas regras fundamentais:Duas regras fundamentais:

(a) crescimento no tempo pela adição de nodos e arestas.

(b) regra de ligação aos nodos várias formas(b) regra de ligação aos nodos, várias formas.

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Notação Matemática

Grau do vértice/nodo – no. de arestas incidentesDi t ib i ã d t í ti b bili ti d dDistribuição de graus - característica probabilistica da redeP( k ,s, N) - probabilidade que o vértice s na rede de tamanho N tenha k conexões (vizinhos mais próximos ).( p )

Distribuição do grau total

N1 ∑=N

NskpN

NkP ),,(1),(=sN 1

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Distribuição de graus

Definição:

A probabilidade que um vértice tem k arestas. )( ekP

kλλ−

=A distribuição de Poisson para as

d t k d E d R i!

)(k

kP =random networks de Erdos-Renyi.

onde

∑∞

= )( kkPλ ∑= 0

)(k

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Distribuição de Poisson Distribuição de graus

Escala característica.Node médio típico

k=λ k=λ

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Distribuição Power lawpara as redes em evolução e auto-organizadas propostas porp ç g p p p

Barabasi e colaboradores

γ−∝ kkP )( γ∝ kkP )(

Intervalo típico32 << γ

Intervalo típico

Essas redes não tem um número médio típico de arestas e são chamadas “scale-free”scale free .

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Random vs. Scale Free

Exemplos:Exemplos:

R d d t d EUARede de estradas nos EUAPróxima de uma random network, com uma distribuição em forma de “bell”

Ao contrário, aeroportos nos EUAFormam uma rede scale free network com vários hubs ligando gum grande número de aeroportos.

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Poisson distribution Power-law distributionPoisson distribution Power law distribution

Random Network Scale-free Network

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Scale free: outros exemplos reaisScale free: outros exemplos reais

Redes de Comunicação: Internet e WWWRedes de Comunicação: Internet e WWW

Biologicas : interações entre proteinas no corpo humano.

Food websFood webs,

Redes Sociais, citações científicas, ....Redes Sociais, citações científicas, ....

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WWW

Distribuição Power-law levemente modificada

γ−+∝ )()( ckkP

Home pages na Web γ CEmpresas 2.05 193

U i id dUniversidades 2.62 1370

Cientistas da computação 2 66 12Cientistas da computação 2.66 12

A Web como um todo 2.1 0

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Redes do Tipo Scale-free

Redes Scale-free são uma categoria importante das redes reais.

Elas tem nodos muitos conectados (hubs) que representam um papel chave nas propriedades das redes.

Redes Scale-free são um resultado direto da “self-organization”.

Tipo especial de crescimemnto chamdo “the preferential linking” ou “preferential p p p g pattachment”.

Enquanto a rede cresce seu novo nodo torna-se preferencialmente conectado a vertices com maiores números de conexões: “rich gets richer”.vertices com maiores números de conexões: rich gets richer .

Como resultado dessa auto-organização HUBS são criados.

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Redes Scale-free

A preferência no processo de crescimento da rede pode tomar várias formas.

A mais natural é o tipo linear de preferência que resulta em redes scale-freeredes scale-free.

Exemplos dessa anexação preferencial inclui a Web ondeExemplos dessa anexação preferencial inclui a Web, onde as paginas mais populares ganham mais links.

Popularidade é atraente.

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Redes Scale-free (processos geradores)p g

Ligação preferencial linearRede existente

Vértice escolhidoNovo vérticeNovo vértice

A probabilidade que uma nova aresta seja ligada a um vértice de grau k é proporcional a k.

3Isso leva a uma rede scale-free com 3=γ

Outras regras mais gerais de conexão são possíveisOutras regras mais gerais de conexão são possíveis

Preferential attachment.

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Modelagem tradicional:

rede como um grafo estáticorede como um grafo estático

Dada uma rede com N nodos e L links⇓

Criar um grafo com topologia estatisticamente idêntica

RESULTADO: modelo de topologia de rede estática

RESULTADO: modelo de topologia de rede estática

PROBLEMA: Redes reais são sistemas dinâmicos

Redes que EvoluemOBJETIVOS: capturar a dinâmica das redesOBJETIVOS: capturar a dinâmica das redes

MÉTODO :• identificar os processos que contribuem para formação da topologia

D l d l di â i•Desenvolver modelos dinâmicos que capturam esses processos

lt d bt h t l i t t⇓

resultado: obtenha a topologia corretamente

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Sociedade

Internet

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Redes Complexas

• As redes complexas são do tipo randomicas (random networks)?

• Redes tem finalidades!

• Como a topologia afeta a função/finalidade da rede

• Quais as propriedades comuns?

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World Wide WebNodos: d t d W b

800 milhões de documentos

Nodos: documentos da WebLinks: URL links

800 milhões de documentos(Lawrence, 1999)

ROBOT: coletou todas URL’s encontradas nos documentos e seguiu as recursivamente.as recursivamente.

E aí?R. Albert, H. Jeong, A-L Barabasi, Nature, 401 130 (1999)

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O que era esperado?

O que foi encontrado:O que foi encontrado:

γout= 2.45 γ in = 2.1

Pout(k) ~ k-γout Pin(k) ~ k- γin

J. Kleinberg, et. al, Proceedings of the ICCC (1999)

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Origem das Redes SCALE-FREE

(1) O número de nodos (N) NÃO é fixo

Redes continuamente expandem pela adição Redes continuamente expandem pela adição de novos nodos e arestasExemplos:Exemplos: WWW : adição de novos documentosCitação : publicação de novos papers

(2) A anexação (attachment) NÃO é uniforme

Um d é li m m i b bilid d m dUm nodo é ligao com maior probabilidade a um nodoque já tem um grande número de links.E lExemplos : WWW : novos documentos se ligam a sites muito conhecidos (Google, CNN, Yahoo, Ebay, YouTube, NewYork Times, Citeseer, DLBP, etc) Cit ã it it d ã i á i d it dCitação : papers muito citados são mais prováveis de serem citados novamente.

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Modelo BA: Scale-free(1) Crescimento: A cada passo de tempo adicionamos um novo nodo com m arestas (conectado a nodos já presentes no sistema).

(2) Preferential Attachment: A probabilidade Π que um novo(2) Preferential Attachment: A probabilidade Π que um novonodo será conectado ao nodo i depende da conectividade kidaquele nodo

k

jj

ii k

kkΣ

=Π )(

P(k) k 3P(k) ~k-3

A.-L.Barabási, R. Albert, Science 286, 509 (1999)

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Modelo Bianconi & Barabasi

Competition in Evolving NetworksCompetition in Evolving Networks

(1) Crescimento: A cada passo de tempo adicionamos um(1) Crescimento: A cada passo de tempo adicionamos um novo nodo com m arestas (conectado a nodos já presentes no sistema).

(2) Preferential Attachment and Competition A probabilidade Πque um novo nodo será conectado ao nodo i depende da conectividade ki daquele nodo e de um fator de “fitness”

)( iikk ηΠ

)(

)(

i

jjj

iii k

k

β

ηη

Σ=Π

)(

0 ),(i

i ttmttk

ηβ

η ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛=

A.-L.Barabási, R. Albert, Science 286, 509 (1999)

0t ⎠⎝

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Propriedades principais:• redes complexas

preferential attachmentModeling of scale-free networksb B b i t l (1999)

Distribuição de conectividade

• preferential attachment• clustering

by Barabasi et al. (1999)

Distribuição de conectividade

•P(k) = probabilidadeP(k) = probabilidade que um nodo tenha klinks

•A Internet e a World-Wide-Web•Redes de Proteinas

P(k) ~ k -γ (2 < γ ≤ 3)•Redes Sociais•Food-webs e redes ecologicas

• <k>= const• <k2> → ∞• <k>= const• <k2> → ∞

g

<k > → ∞<k > → ∞

Propriedades Scale-free Variabilidade

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Redes Ecólogicas

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Redes de Linguagem

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Redes de Linguagem

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Virus Naturais em computadores•DNS-cache computer viruses•Routing tables corruption T l i I t tRouting tables corruption

Virus transportados por virusTopologia Internet

•ftp, file exchange, etc. Rede de E-mailEbel et al. (2002)

Computer worms •Difusão de e-mail •Auto-replicação

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Leituras para Próxima Aula

Tópicos: robustez e vulnerabilidade em SF networks

Albert, H. Jeong, and A.-L. Barabási, Error and attack tolerance in complex networks Natureattack tolerance in complex networks, Nature 406

Faloutsos, M., Faloutsos, P., & Faloutsos, C. (1999). On power-law relationships of the ( ) p pInternet topology. Computer Communication Review, vol. 29, pp. 251-262. pp