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REDES DE COOPERAÇÃO SOLIDÁRIA: estratégias emancipatórias de desenvolvimento
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
I.FUNDAMENTOS:
POR UMA PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA DE DESENVOLVIMENTO
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
DESIGUALDADES:
500 Grandes corporações
controlam 50% do PIB
mundial
Fortuna dos 200 mais ricos do
mundo (US$ 2,7 tri): maior que
o PIB do Brasil; equivale ao
PIB da França. (Bloomberg Markets).
Crise ÉTICA Global
Crise ECOLÓGICA: mudanças climáticas globais
Fonte: IPCC WGI 2007.
Imagens de cenários
utilizados por Carlos A.
Nobre – Instituto de
Pesquisas Espaciais no
I Simpósio sobre
Mudanças Climáticas e
Desertificação no
Semiárido Brasileiro.
Embrapa/CPTASA,
2008.
Inclusão em qual Desenvolvimento?
“O estilo de vida criado pelo capitalismo industrial sempre será o privilégio de uma
minoria. O custo em termos de depredação do mundo físico, desse estilo de vida é de tal
forma elevado que toda tentativa de generalizá-lo levaria inexoravelmente ao
colapso de toda uma civilização, pondo em risco a sobrevivência da espécie humana”
(O Mito do Crescimento Econômico - Celso Furtado, 1974)
Construir políticas contra hegemônicas de Desenvolvimento...
POLÍTICAS HEGEMÔNICAS
POLÍTICAS CONTRA HEGEMÔNICAS
Mudança substancial do padrão civilizatório hegemônico. O
Desenvolvimento é concebido como um “projeto social” que possibilita a transformação global da sociedade.
(Celso Furtado, 1980)
Perspectiva contra hegemônica do Desenvolvimento Territorial
PROCESSO ENDÓGENO de tempo largo para
MOBILIZAÇÃO das FORÇAS SOCIAIS, das
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS e CULTURAIS
com a finalidade de promover MUDANÇAS
com a ELEVAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA
em HARMONIA COM O MEIO AMBIENTE e
com a PARTICIPAÇÃO ATIVA E SOLIDÁRIA da
comunidade no DESENVOLVIMENTO.
Dimensão Econômica da Sustentabilidade
• Sistemas produtivos sustentáveis como estratégias criativas de organização do trabalho e de relação da atividade produtiva com a natureza;
• Diversidade ambiental e riqueza cultural para impulsionar atividades econômicas apropriadas;
• Iniciativas includentes para democratizar o acesso aos meios necessários à produção;
• Diversificação e pluriatividade com distintas atividades e fontes de renda, evitando a dependência monopólica.
• Cooperação e associação como estratégia de integração e coesão socioeconômica.
II – ESTRATÉGIA:
INTEGRAÇÃO DE INICIATIVAS ECONÔMICAS SOLIDÁRIAS EM REDES DE
COOPERAÇÃO
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
ECONOMIA SOLIDÁRIA
“Formas de organização
econômica – de produção,
comercialização, finanças e
consumo – que têm por base o
trabalho associado, a autogestão,
a propriedade coletiva dos meios
de produção, a cooperação e a
solidariedade”
• Sistemas produtivos sustentáveis
• Consumo consciente e responsável
• Emancipação do trabalho e valorização do trabalhador/a
• Redução de disparidades de renda e de riqueza: propriedade coletiva ganhos compartilhados
• Sistemas financeiros solidários
• Reconhecimento da mulher e do feminino – trabalho produtivo e reprodutivo - e empoderamento
• Resgate humano de populações em extrema pobreza e exclusão
Potencialidades de uma Economia Solidária
Desafios
88%
61% 58%
62%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
FORMALIZAÇÃOADEQUADA
COMERCIALIZAÇÃOADEQUADA
ACESSAR CRÉDITO ACESSARCONHECIMENTOS
% DESAFIOS DOS EES
EES - Produção e
Comercialização
5% Origem da matéria prima ou insumo:
Empreendimentos de Economia Solidária
5% Venda a outros EES
2% Troca com outros EES
EES – Comercialização
1% Empreendimentos de Economia Solidária como
origem dos produtos comercializados
11% Próprios associados (as) como origem dos produtos
comercializados
EES - Prestação de Serviços
1% Empreendimentos de Economia Solidária como
origem dos insumos utilizados p/ prestação serviços
3% Próprios associados (as) como origem dos insumos
utilizados p/ prestação serviços
1% Prestação de serviços se destina a
Empreendimentos de Economia Solidária
EES – Consumo e Serviços aos
Sócios
1% Empreendimentos de Economia Solidária como
origem dos bens,produtos ou serviços
11% Próprios associados (as) como origem dos
bens,produtos ou serviços
Baixa Intercooperação entre os EES
Participação em redes
Empreendimento participa de alguma rede de produção, comercialização, consumo ou crédito?
Participação em rede econômica Nº de EES
Sim 3.489
Não 16.219
Total 19.708
3,7%
3,9%
4,1%
7,5%
7,9%
9%
11,1%
27,8%
51,8%
0 500 1000 1500 2000
Rede de consumo
Cadeia produtiva solidária
Complexo cooperativo
Cooperativa central
Rede/org. de comércio justo
Rede de crédito/finanças sol.
Central de comercialização
Rede de produção
Rede de comercialização
Tipo de rede econômica (dos que participam)
Não deu para pagar as despesas Não se aplica (para empreendimentos sem função
de lucro)
Pagar as despesas e não ter nenhuma sobra
Pagar as despesas e ter uma sobra/excedente
Resultados econômicos do último ano
12%
9%
34%
45%
Participam de redes econômicas
11%
15%
38%
36%
Não participam de redes econômicas
Estratégias
Fortalecimento de redes de cooperação solidária: organização setorial de unidades familiares e de Empreendimentos da Economia Solidária de um mesmo segmento produtivo para fortalecimento das suas iniciativas produtivas e sociopolíticas.
Organização de cadeias produtivas:
possibilidade de estruturação da economia familiar e da economia solidária em cadeias produtivas como estratégia para dinamização econômica territorial.
Integração em Redes de Cooperação
Condições mais favoráveis de superação da condição subalterna e subordinada.
Inserção adequada dos EES nos espaços de mercado, de forma sustentável:
ganho de escala
constância na oferta dos produtos ou serviços
intercâmbio tecnológico para melhoria da qualidade e da produtividade
otimização de custos de produção e de gestão
Integração em Redes de Cooperação
Articular demandas comuns dos empreendimentos:
assessoria técnica e gerencial
estratégias e mecanismos de acesso a mercado
estruturas logísticas para capacidade produtiva
atendimento aos aspectos legais...
Ampliar o poder de governança sobre os resultados das diversas etapas do processo produtivo, aferindo uma renda justa para os seus integrantes.
Cadeia produtiva: elemento de integração
Entender o funcionamento da cadeia e mapear o conjunto de EES, trabalhando o fluxo do produto desde o insumo até o consumo final.
A abordagem de cadeias produtivas não deve suplantar a pluriatividade com seus sistemas de produção:
Sistemas produtivos fortalecem a relação horizontal da unidade familiar de produção e
As cadeias produtivas fortalecem as unidades de produção em sua relação vertical com os diversos elos e momentos das cadeias produtivas.
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
MISSÃO: “Promover o fortalecimento e a
divulgação da economia
solidária, mediante políticas
integradas, visando a geração
de trabalho e renda, a inclusão
social e a promoção do
desenvolvimento justo e
solidário”
SECRETARIA NACIONAL DE
ECONOMIA SOLIDÁRIA
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
EIXOS E INSTRUMENTOS DE AÇÃO
EIXO 1 – ORGANIZAÇÃO SOCIOCOMUNITÁRIA • Identificação, sensibilização e organização
• Capacitação e atuação de Agentes Comunitários
• Espaços multifuncionais de referência
• Diagnóstico participativo de potencialidades
• Planejamento de investimentos
• Construção de ambiência institucional favorável:
tributária, fiscal, sanitária, comercial etc.
• Participação e controle social
EIXO 2 – FORMAÇÃO E ASSESSORIA TÉCNICA • Formação de formadores, agentes e gestores
• Elevação de escolaridade e qualificação
• Incubação de empreendimentos e redes
• Assessoramento técnico e organizativo para
empreendimentos e redes de cooperação
• Tecnologias Sociais
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Ministério do Trabalho e Emprego
EIXOS E INSTRUMENTOS DE AÇÃO
EIXO 3 – INVESTIMENTOS, CRÉDITO E
FINANÇAS SOLIDÁRIAS • Infraestrutura para Empreendimentos
• Microcrédito Produtivo Orientado
• Iniciativas de finanças solidárias:
• Bancos Comunitários de Desenvolvimento
• Fundos Rotativos Solidários
• Cooperativas de Crédito Solidário
EIXO 4 – ORGANIZAÇÃO DA
COMERCIALIZAÇÃO • Certificação e reconhecimento no Sistema
Nacional de Comércio Justo e Solidário
• Espaços Fixos de Comercialização Solidária
• Centrais de comercialização
• Orientação para acesso às compras
governamentais
• Bases de Serviço de Apoio
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Ministério do Trabalho e Emprego
DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS DE ECONOMIA
SOLIDÁRIA NO BRASIL
• Ampliação de iniciativas econômicas solidárias –
escala para organizar os desorganizados.
• Aproximar as oportunidades de investimentos e as
potencialidades da economia solidária das
necessidades da população em pobreza extrema e da
promoção do desenvolvimento local e territorial
sustentável.
• Instrumentos de execução de políticas públicas
apropriados:
• Sistema público com repasse fundo a fundo e
gestão social;
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Ministério do Trabalho e Emprego
DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS DE
ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL
• (cont.) Instrumentos de execução apropriados:
• Comercialização:
• compras governamentais diretas;
• Organização da oferta em razão das demandas de
outros espaços de mercado;
• Certificação – Declaração de Aptidão DECOSOL;
• Conhecimento: rede de assistência técnica - urbano;
• Verticalização da produção: encadeamentos e redes de
cooperação para reduzir subordinação e subalternidade;
• Recursos: Investimentos em infraestrutura e linhas de
crédito apropriadas.
CONTATOS
Ministério do Trabalho e Emprego
Secretaria Nacional de Economia Solidária
(61) 2031 – 6533
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