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Redes de Produção de Saúde
Estudo de Caso GEMA
Metodologia • Organização para a Dispersão:
– Reuniões agendadas – Identificação de casos e Levantamento de prontuários – Estudo em duplas e compartilhamento com o grupo – Discussão e escolha de 6 analisadores:
• (Clínico, social, vínculo familiar, comportamento, vínculo na rede e desfecho)
– Avaliação do Processo • Critério de Escolha do caso:
– Mobilização da Equipe (Maternidade e Drogadição) – Singularidade do caso em virtude do forte vínculo da paciente com a
criança durante a internação – Estudo de Caso Retrospectivo
1. Analisador Clínico: Paciente: TJS, 38 anos, solteira, tabagista, usuária de crack e história de uso de cocaína, 5 filhos (idades 21,20,16,13,10) Antecedentes: Diabetes, Hepatite C. Saúde da gestação: Pré natal com 1 consulta na HMI, pela DUM 26 semanas e pelo USG 16 semanas. 5 parto normal e 1 cesária Internação: 13/10/2014 e Evasão em 14/10/2014 Retornou a instituição em 22/10/2014 encaminhada pelo Balneário São José, internada por sangramento vaginal e infecção puerperal, realizou exames e Curetagem, recebeu alta 27/10/2014
Recém Nascido: Nascido de PN com 920g, sexo fem. Apgar (1º-4) (5º–6) (10º-8), não realizado contato pele a pele, encaminhado à Uti neonatal após nascimento, permaneceu em cuidados intensivos por 75 dias, encaminhado para unidade de cuidados intermediários com 1575g mantido em incubadora. Em 26/11 avaliado pela fono e iniciado aleitamento materno com boa sucção + continuidade suplemento por sonda, com vínculo de curta duração . Em 29/12 uso exclusivo de sonda por desconforto respiratório. 02/01 Manteve alimentação por copinho e sonda. 02/02 retirado sonda, introduzido mamadeira. (preparação para alta social) Após 4 meses e 15 dias recebe alta para abrigo com 3015g em 27/02/2015.
Dimensões do Cuidado
O trabalho clínico apresenta regularidades possíveis de serem identificadas e descritas em manuais, cadeias de cuidado ou protocolos. No entanto, a clínica também se caracteriza pela extrema variedade dos casos quando encarnados em sujeitos concretos. A singularização do atendimento clínico somente será possível mediante um esforço particular de cada profissional diante de cada caso específico.
Todas as metodologias de padronização – protocolos, fluxograma,
cadeias de cuidado e acreditação – tentam transportar para os serviços e
sistemas de saúde a lógica da linha de produção.
• Fragmentação do trabalho clínico
• Valorização das Especialidades
• Processo de Cuidado por Etapas
• Retardo no Acesso aos Serviços
• Decisão orientada por protocolos
• Desrresponsabilização
Clínica Ampliada e Co-gestão
A clínica Ampliada considera fundamental ampliar o “objeto de trabalho” da clínica A Clínica do Sujeito - agrega além das doenças, também problemas de saúde (situações que ampliam o risco ou vulnerabilidade das Pessoas)
“A clínica pode contribuir para a ampliação do grau de autonomia dos usuários”
GEMA - Grupo de Estudos da Maternidade O GEMA foi organizado no intuito de refletir quanto aos processos de trabalho na Maternidade.
(Coordenação Médica, Assessoria da Direção, Enfermagem, Serviço Social, Psicologia, Fonoaudiologia, Nutrição e Humanização)
Encontro Semanais
Trabalho em Equipe:
Todos os trabalhadores da saúde fazem a Clínica, pois a Clínica não é só saber diagnosticar, prognosticar e curar problemas de saúde:
– É processo – Produção de Relações – Intervenções compartilhadas – Necessidades e modos tecnológicos de agir
2. Analisador: Social • SUAS: Paciente em situação de risco pessoal e social devido uso de
substâncias psicoativas: – Direitos violados, porém mantém convivência com a família – Necessidade de Proteção Especial de Média Complexidade
• Estrutura Familiar:
– Solteira – Seis filhos – Ensino Fundamental I incompleto (2ª ano) – Residência: Ocupação – Reside com os pais, três irmãos, dois filhos (7 pessoas)
• Pai é o provedor – Aposentado e recebe o salário mínimo • Paciente faz bicos e faxina esporadicamente
Ferramenta de Abordagem
Familiar
O Genograma foi desenvolvido na
América do Norte e mostra
graficamente a estrutura e o
padrão de repetição das relações
familiares, bem como os conflitos
que desembocam no processo de
adoecer.
3. Analisador: Vínculo Familiar 3.1 Genograma:
38
3.1 Genograma:
Relacionamentos
d d d Recém Nascido
22 21* 16 13
38 30
10
* Prisão
4. Analisador: Comportamental
4.1 Descrito pela família: • Não se responsabiliza pelos filhos; Agressiva; Inconstante; Faz
uso de drogas e dorme por mais de três dias
4.2 Observado pela Equipe: • Relatos contraditórios; Carinhosa com a Criança; Faz planos
futuros; Bom relacionamento com outras mães; Sedutora;
conhecia os mecanismos de apoio no HGG (roupas e refeição);
Comportamento ambivalente e Pouca aderência ao tratamento.
5. Analisador: Vínculos na Rede (Ecomapa)
UBS Mat. Interlagos Família
Família
Poupa Tempo*
Abrigo HGG
Recém Nascido
VIJ
CAPS
38 30
* Prisão
Trabalho em Rede
• Demanda Imaginária do Usuário: – Associação do procedimento ao cuidado – Produção de Conflito
• Demanda Imaginária do Trabalhador da Saúde:
– Associação do cuidado a hierarquização do do SUS
– Produz adoecimento
Balançar a Rede
• Encontros • Misturas • Tomada de Decisão • Apoios • Educação Permanente • Processo Transgressor
6. Analisador: Desfechos
• Acolher
• Responsabilizar
• Resolver
• Autonomizar
Nova Síntese Pensando a Condução do Caso Retrospectivamente
Pontos Fracos Pontos Fortes
Insuficiência na discussão de caso durante a internação
Busca do equilíbrio da equipe em relação a paciente
Dificuldade na escuta e no compartilhamento dos diferentes saberes
Respeito e aposta da equipe na vinculação da paciente com o criança
Cuidado dividido em subgrupos (criança, adulto e mulher)
Afinidade entre os membros da equipe
Rompimento brusco do seguimento Desfecho (mobilização da rede)
Prontuário como instrumento limitado (memórias)
Resultados após a Dispersão
Ampliação do cuidado do indivíduo para o cuidado da família
Compreensão da Potência do trabalho multidisciplinar
Modelo para a discussão de caso
Resiliência e Ressignificação do Caso
“É necessário reconstruir certo traço artesanal do trabalho clínico”
Obrigada!
Referências Bibliográficas: 1. CANIÇO, Hernane. Novos Tipos de Família e Planos de Cuidado. 2010 2. VILAÇA, Eugênio. Cuidados das Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde. 2012