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 REDES INDUSTRIAIS DE COMUNICAÇÃO PARTE II PROFESSOR – NAZARENO DE OLIVEIRA PACHECO

Redes Industriais II

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REDES INDUSTRIAIS DECOMUNICAÇÃO

PARTE II

PROFESSOR – NAZARENO DE OLIVEIRA PACHECO

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INDICE

REDE SUCOnet K ............................................................................................................................... 3Programação Rede SUCOnet K ....................................................................................................... 5

REDE AS-INTERFACE .................................................................................................................... 10INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 10

AS-Interface – Somente mais um sistema Bus? ................................................................................ 11Tecnologia de bus de campo – porque utilizar o Bus? .................................................................. 11Comunicação industrial.................................................................................................................. 12Nível de gerenciamento ................................................................................................................. 13Nível de produção e processo ........................................................................................................ 13Nível de atuadores/sensores ........................................................................................................... 13

AS-INTERFACE – A SOLUÇÃO PERFEITA ................................................................................. 14Associação Internacional AS-Interface .......................................................................................... 14O que se espera da AS-Interface .................................................................................................... 14Sistema com único mestre .............................................................................................................. 15Pequenas quantidades de dados ..................................................................................................... 16

Exigências de tempo real ............................................................................................................... 16Transmissão de dados .................................................................................................................... 16Topologia de rede........................................................................................................................... 16

AS-INTERFACE – SEUS COMPONENTES PRINCIPAIS ............................................................ 18Escravo ........................................................................................................................................... 18Mestre............................................................................................................................................. 18Gateway ......................................................................................................................................... 19Cabo ............................................................................................................................................... 19Fonte de Alimentação .................................................................................................................... 20Partes complementares para extensão da rede com... .................................................................... 20Repetidores..................................................................................................................................... 20Extensores ...................................................................................................................................... 21

AS-INTERFACE – A MAIS FÁCIL TÉCNICA DE CONEXÃO.................................................... 22Técnica modular ............................................................................................................................. 22Técnica de conexão "vampiro" ...................................................................................................... 22

AS-INTERFACE – NA PRÁTICA ................................................................................................... 23Checklist......................................................................................................................................... 23Operação ........................................................................................................................................ 24

EXERCÍCIOS .................................................................................................................................... 25

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REDE SUCOnet K

Temos aqui um conceito totalmente integrado, que atende aos mais exigentes requisitos natroca de dados utilizados em redes industriais.

A integração dos controladores utilizando uma rede de fácil manuseio e montagemconstituem um dos fator fundamental.

A Rede SUCOnet K está localizada no nível de campo e possui características determínisticaou seja, temos um mestre que realiza acesso aos seus escravos com alta velocidade de transmissão.

Os diferentes níveis na

comunicação industrial

Os controladores Klockner Moeller possui duas interfaces diferentes, através de conectoresDIN de 5 a 8 pólos.

O conector de 8 pólos à esquerda é uma interface RS232, é usado para programação dosistema pela saída COM1 ou COM2 no PC, a uma velocidade 9600 Bd.

O conector de 5 pólos à direita é a interface para rede SUCOnet K.

Podemos ter a ligação de até 8 escravos na rede SUCOnet K, a velocidade pode serselecionada entre 375 ou 187,5 Kbaud e o comprimento da rede fica em torno de 600m.Se usada velocidade mais, recomenda-se usar apenas metade do comprimento máximo da

linha.

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Configuração Rede SUCOnet 

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Programação Rede SUCOnet K

A Rede SUCOnet K deverá ser programada via software Sucosoft S40. A troca de dados éatravés de bytes. Segue o exemplo abaixo. Suponha que devemos fazer uma rede de CLP´sutilizando a seguinte configuração: um Mestre e um Escravo.

As entradas digitais do Mestre são escritas nas saídas digitais do Escravo.

As entradas digitais do Escravo são escritas nas saídas digitais do Mestre.

No CLP Mestre devemos seguir os seguintes passos:

Na topologia do Mestre devemos colocar toda configuração.

Ao dar duplo clique no Mestre abrimos a seguinte janela:

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 Deixamos configurado como Suconet K Master, em seguida clicamos na janela Suconet K

Máster e configuramos a velocidade de 187,5 Kbaud ou 375 Kbaud.

Devemos então dar duplo clique no Escravo e abrimos a janela:

Configuramos aqui o número de bytes que desejamos transferir. Temos no máximo 78 bytes.

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 Feito as etapas acima devemos abrir o POU editor, declarar as variáveis e fazer o programa.

No CLP Escravo devemos seguir os seguintes passos:

Na topologia do Escravo devemos colocar a configuração.

Ao dar duplo clique no Escravo abrimos a seguinte janela:

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Deixamos configurado como Suconet K Slave, em seguida clicamos na janela Suconet KSlave e configuramos o números de bytes que devem ser enviados e recebidos.

Devemos colocar a mesma quantidade configurada no Mestre.

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Feito as etapas acima devemos abrir o POU editor, declarar as variáveis e fazer o programa.

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REDE AS-INTERFACE

INTRODUÇÃO

Quem deseja automatizar um processo, necessita de sensores e atuadores – issoé inevitável. Seja num centro de logística, onde sensores óticos controlam a posição de um pacotesobre esteiras. Seja em uma máquina de engarrafamento, onde o nível de líquido é controlado. Oumesmo, em uma usina onde barras têm que ser cortadas no lugar correto: os sensores são os olhos eouvidos do comando e controle de processos, e estão presentes em todas as partes da instalação.

O sinal de encoders ou de outros sensores de campo foram por muito tempo coletadossegundo padrões antigos: cada um dos sensores e atuadores eram instalados diretamente aos altos

níveis de automação, fazendo com que surgissem complexas ramificações de cabos ligadosdiretamente aos painéis de comando. A tecnologia BUS – padronizada em nível de campo,comando e gerenciamento – em meados dos anos 90, se instalou também no mundo dos sensores eatuadores binários, com a introdução da AS-Interface.

Um padrão geral foi instaurado: robusto e flexível o suficiente para suprir todas asexigências de um Bus de dados industrial, mas ao mesmo tempo especialmente elaborado paratambém atender as necessidades dos níveis de comando "inferiores". Com a AS-Interface, os "olhose ouvidos" da produção finalmente entraram na onda da nova tecnologia de comunicação industrial.

Atualmente não existe um forte concorrente para a AS-Interface e com o apoio de umaorganização internacionalmente forte, assim como de fabricantes mundialmente reconhecidos. AAS-Interface continuará dominando o mercado também no futuro.

A AS-Interface é um sistema com o qual podemos conectar módulos juntos ao processo(sensores, atuadores e painéis de operação), conectados ao nível mais baixo de uma planta qualquer("chão de fábrica"). Na área de automação, esta é, sem sombra de dúvidas, a solução mais simples ebarata.

Esta apostila se dirige tanto a interessados como a usuários da AS-Interface.Permite adquirir os conhecimentos mínimos e necessários sobre a tecnologia AS-Interface,

de forma rápida e fácil.

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AS-Interface – Somente mais um sistema Bus?

A rede AS-Interface existe desde 1994, com a qual sinais analógicos e digitais juntos aoprocesso e à máquina podem ser transmitidos de forma digital. A ASInterface é ao mesmo tempouma interface universal entre os níveis mais altos de comando e os simples atuadores e sensores emníveis inferiores ("chão de fábrica").

Tecnologia de bus de campo – porque utilizar o Bus?

O que nos levou a desenvolver a ASInterface? Não faz muito tempo que a pressão pararedução de custos na automação exigiu uma mudança estrutural. O que alavancou esta mudançaforam os imensos custos provocados pela instalação dos cabos que tinham que ser usados para aconexão do nível de campo aos equipamentos de automação (normalmente controladores lógicosprogramáveis), pois cada um dos atuadores ou sensores tinha que ser conectado com o comandocentral e sua respectiva alimentação. Isso não provocava somente custos altos de montagem, mas

também de cablagem, bem como um maior número de falhas e consequentemente, menorconfiabilidade dosistema.

Antigamente cada um dos sensores no campo tinha que ser conectado com o CLP (cablagemparalela). Hoje em dia, os sensores e atuadores são conectados uns com os outros e o comandosimplesmente através de um cabo – o cabo AS-Interface.

Comparação de custos entre a técnicaconvencional e a técnica AS-Interface para uma

máquina fresadora.

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 Em 1997, foi estimado que 36% de todas as falhas e paradas de máquinas ainda eram

causadas por falhas na instalação elétrica.A palavra mágica era (e ainda é) Descentralização – primeiramente na técnica de automação

e, um pouco mais tarde, também na técnica de acionamento e de ligação.O que se quer dizer com isso? Muito simples: A antiga fiação paralela sendo cara (também

conhecida por árvore de cabos) foi substituída por um bus de campo serial, ou seja, um cabo de doiscondutores, com o qual todos os integrantes da automação podem ser conectados.As vantagens de custo são bastante significativas. Desta forma, se economiza segundo um

estudo da Universidade Técnica de Munique, mais de 25% nos custos de instalação em umafresadora, ao usar a AS-Interface. Mesmo que os custos dos módulos ASInterface inicialmentesejam mais altos, é muito comum que no geral tenha-se economias na ordem de 15% a 30%.

Comunicação industrial

A montagem de um sistema de automação complexo parece à primeira vista até mesmo paraexperts algo bastante complicado:

Vários equipamentos de comando trabalham conectados juntos com as mais diferentes redesde dados e protocolos.

Por isso, se tornou comum dividir os níveis de comando segundo hierarquias determinadas.Elas se diferenciam com relação ao tempo de atuação, grau de proteção, do tipo de dados a seremtransmitidos e muito mais.

Para o entendimento das tarefas da ASInterface e da sua posição dentro da hierarquia decomando na comunicação industrial, explicaremos aqui de forma resumida as características básicasdos diferentes níveis.

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Nível de gerenciamento

No nível mais alto, o nível de gerenciamento, computadores são conectados uns com osoutros no nível de comando. Às vezes até fábricas inteiras umas com as outras, ou computadoresprincipais com computadores que comandam toda a produção.

O volume de dados é da ordem de megabyte e a transferência dos dados, em geral, nãoprecisa acontecer em tempo real. O meio de transmissão é, por exemplo, a rede Ethernet.

Nível de produção e processo

No nível de produção e processo, o PROFIBUS (Process Fieldbus) já está consagrado. Comuma velocidade de transmissão de até 12 Mbit/s no seu tipo DP, ele é perfeito para as mais altasexigências na técnica de automação.

Agora existe o PROFIBUS como PROFIBUS-PA também para a técnica de gerenciamentode processo. As complementações em processo contínuo e acíclico, adicionadas em 1999, fazemdele a partir de agora ideal também para utilização em processos de fabricação típicos de MotionControl.

Nível de atuadores/sensores

O nível de atuadores/sensores é o nível mais baixo no campo. Atuadores e sensores bináriossão conectados no nível de campo e de processo. Uma grande parte dos equipamentos enviam ounecessitam de sinais binários (por ex. BERO, contatores, partida de motor, válvulas magnéticas,conjunto de válvulas pneumáticas, etc.). A quantidade de dados necessária é mínima.

A velocidade de transmissão de dados, porém, é muito alta. Exatamente aqui está a área deatuação da AS-Interface.A AS-Interface se consagrou, desde a sua introdução no mercado, com mais de um milhão depontos de controle. Esta rede já provou ser também a solução perfeita para as tarefas ligadas aautomação de campo, com quase nenhuma concorrência devido ao seu baixo custo, a sua facilidadede instalação e sua robustez.

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  Não importa se há poeira,umidade ou temperaturasextremas – com o grau deproteção IP67 

Sistema com único mestre

Configuração mínima

de uma rede AS-Interface 

A concepção da AS-Interface é a de um sistema com um único mestre e comvarredura cíclica. Traduzindo, significa que há somente um módulo de comando (mestre)dentro da rede ASInterface que consulta os dados de todos os outros participantes (escravos)em espaços de tempo exatamente definidos (varredura).

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Pequenas quantidades de dados

A AS-Interface está otimizada com relação à quantidade de dados que correspondeexatamente às exigências do nível de campo mais baixo. Os telegramas de dados têm uma estruturadefinida e um comprimento pré-determinado. Em um ciclo são intercambiados no total até quatrobits de dados úteis na direção de entrada e quatro na de saída entre um escravo e o mestre.

Exigências de tempo real

O tempo máximo de ciclo, isto é, o tempo que o mestre pode necessitar, até que o primeiroparticipante seja novamente consultado. Na AS-Interface esse tempo é de no máximo 5ms em umsistema com sua capacidade total, e portanto com até 31 escravos-padrão.

Em um sistema AS-Interface totalmente otimizado, segundo a especificação completa 2.1, otempo máximo do ciclo é de 10ms com 62 escravos. Estes tempos atendem, na maioria dos sistemasde comando, às "exigências de tempo real". O processo de consulta é determinístico, isto é, o mestrepode "confiar" que ele vai ter à sua disposição dentro de um determinado intervalo de tempo osdados atuais de cada participante ligado à rede AS-Interface.

Transmissão de dados

No caso dos cabos utilizados, tratam-se de cabos de dois condutores sem blindagem e semcondutor PE, que transmitem os dados e a energia auxiliar ao mesmo tempo (para os sensores). Oprotocolo inteligente é construído de tal forma que o sistema seja extremamente sensível à danos.Poreste motivo pode-se abdicar totalmente de blindagem.

O cabo perfilado amarelo tornou-se característico para a AS-Interface que através de umsistema de contato inovador (técnica "vampiro") permite uma montagem simples e eficiente. Umarede AS-Interface pode também ser montada com um cabo redondo padrão, mas por motivoseconômicos, o condutor perfilado é seguramente a melhor opção.

Topologia de rede

A rede AS-Interface pode ser montada como instalações elétricas usuais. Por ser robusta nãohá nenhuma restrição quanto a estrutura (topologia de rede).

Os módulos AS-Interface podem ser instalados em forma linear, estrela, árvore ou anel.Em um sistema padrão AS-Interface pode-se conectar no máximo 31 escravos sendo quecada escravo pode ter até quatro entradas e quatro saídas (no total até 124 bits de entrada e124 de saída). Em um sistema AS-Interface segundo a especificação avançada 2.1 pode-se

conectar até 62 escravos A/B.Estes têm no máximo quatro entradas e três saídas (isto é, até 248 bits para entradas e 186para saídas dentro de um sistema AS-Interface). Cada sensor inteligente com chips de AS-Interfaceintegrados recebem um endereço-escravo próprio e se comportam frente ao mestre como escravos"normais".

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  As configurações possíveis de uma rede AS-Interface são: linear, estrela ou árvore. A configuração

em anel também é possível.

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AS-INTERFACE – SEUS COMPONENTES PRINCIPAIS

O componente mais importante de todo o sistema AS-Interface é tão pequeno que cabefacilmente sobre uma unha, mas sem ele a AS-Interface muito provavelmente nunca teria alcançadoa sua importância atual – estamos falando do chip escravo da AS-Interface.

Escravo

Escravos são, no fundo,módulos de E/S descentralizados do controlador programável (CLP).O escravo AS-Interface reconhece os bits de dados enviados pelo mestre e envia de volta os

seus próprios. Em um módulo AS-Interface padrão pode-se pendurar, de cada vez, até quatrosensorese quatro atuadores binários. Fala-se de um escravo inteligente quando o chip do AS-Interface estáintegrado no sensor ou atuador. Os custos da parte eletrônica são muito baixos.

Escravos AS-Interface existem tanto em módulos digitais, analógicos e pneumáticos, comotambém em componentes inteligentes, como por exemplo: partidas de motores, sinalizadores coluna

ou botoeiras. Com os módulos pneumáticos pode-se comandar cilindros pneumáticos simples ou deaçãodupla. Isto não economiza somente em cablagem, mas também em canaletas.

 A partida de motores na AS-Interface é possível: os motores podem ser ligados e protegidos

diretamente em campo

Mestre

O Mestre da AS-Interface forma uma conexão com redes superiores. Ele organiza através deatividade própria o trânsito de dados no cabo AS-Interface e os disponibiliza se necessário a umsistema bus num nível superior, como por exemplo o PROFIBUS (veja também os Gateways).

Paralelamente à consulta dos sinais, o mestre transmite também parâmetros a cada um dosparticipantes, controla a rede continuamente e realiza diagnósticos.

Ao contrário de sistemas bus complexos, a AS-Interface é quase completamente capaz de seauto configurar. O usuário não precisa configurar nada, como por exemplo: direito à entrada, taxade dados, tipo de telegrama, etc.

O mestre executa automaticamente todas as funções que são necessárias para ofuncionamento correto da ASInterface. Além disso, ele possibilita o auto-diagnóstico do sistema.Ele reconhece as falhas em qualquer ponto da rede, indica o tipo de falha e pode ainda determinarem que escravo ocorreu o problema.

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Gateway

Dentro de estruturas de automação mais complexas, a AS-Interface pode também serconectada a um bus de campo superior, como por exemplo: PROFIBUS-DP. Para tal, é necessárioum Gateway (DP/AS-i Link) que serve como mestre da AS-Interface apesar de no bus de camposuperior (PROFIBUS- DP) atuar como escravo. A ASInterface torna-se então uma emissária de

sinais binários para cada um dos sistemas de bus de campo superior.

 Exemplo de um mestre da AS-Interface: SIMATIC S7-300

Cabo

O cabo amarelo e perfilado, padrão da AS-Interface, tornou-se um tipo de marca registrada.Ele possui uma seção geometricamente determinada e transmite ao mesmo tempo dados e energiaauxiliar para os sensores. Para os atuadores é necessária uma tensão auxiliar alimentadaadicionalmente (24VCC).

Para se poder utilizar a mesma técnica de instalação para os atuadores, foram especificadoscabos com as mesmas características, mas de outra cor. Desta forma, o cabo para a energia auxiliar24VCC é um cabo perfilado preto.

O isolamento dos condutores é composto normalmente por uma borracha (EPDM). Paraaplicações com exigências maiores podem se utilizar cabos com outras composições químicascomo: TPE perfilado (elastômetro termoplástico) ou PUR perfilado (poliuretano). Como condutorde transmissão podem ser utilizados também cabos redondos com sistema de condução duplo semcondutor PE.

Uma blindagem do condutor não é necessária em função da técnica de transmissãoempregada. 

Cabos perfiladosAS-Interface

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Fonte de Alimentação

A alimentação de energia para a rede AS-Interface disponibiliza uma tensão de 29,5 até31,6VCC que tem que corresponder às normas IEC para “baixas tensões com isolação segura”(PELV).

A separação segura em circuitos de energia PELV oferece uma fonte projetada segundo anorma IEC 742-1 que também é suficiente para exigências quanto à resistência contra curto circuitopermanente e contra a sobrecarga.

Graças ao desacoplamento dos dados na fonte AS-Interface pode-se transmitir tanto dadoscomo também energia. Para isso os dados são modulados em corrente contínua pela AS-Interfaceem forma de impulsos com modulação de pulso alternada (APM). Cada ramo da AS-Interfacenecessita da sua própria fonte. Saídas são alimentadas normalmente através de cabos AS-Interfacepretos. Para isso é necessária uma fonte padrão com 24VCC segundo especificação PELV(condutor de proteçãoaterrado).

Também existem fontes dentro das quais tanto a tensão AS-Interface como a tensão contínua

padrão podem ser utilizadas em um só produto.

Fonte AS-Interface .

Partes complementares para extensão da rede com...

A AS-Interface funciona sem repetidores até um comprimento de 100m, e com repetidores até300m.

Repetidores

Caso o equipamento exija mais de 100 m, pode-se complementar a fonte por exemplo comrepetidores para cada 100m adicionais até no máximo 300m.

O repetidor trabalha como amplificador. Os escravos podem ser conectados a quaisquersegmentos AS-Interface. Cada segmento necessita uma fonte separada. Adicionalmente, o repetidorsepara ambos segmentos galvanicamente um do outro, sendo que a seletividade aumenta em caso decurto circuito.

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 Extensores

O cabo AS-Interface pode ser prolongado com um extensor. Mas no caso de sua utilizaçãonão podem ser ligados escravos na primeira parte do ramo.

Por isso, os extensores só são recomendados quando por exemplo uma distância maior entre

o equipamento e o painel de comando tem que ser superada.

O comprimento máximo é de 100mpor segmento AS-Interface.

 Este comprimento de rede pode ser aumentado através de extensores e/ou repetidores para até 3

segmentos. 

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AS-INTERFACE – A MAIS FÁCIL TÉCNICA DE CONEXÃO

Técnica modular

A técnica modular é uma característica típica da tecnologia AS-Interface. Assim, utilizam-seescravos que são compostos de duas partes: de uma placa de montagem como base e de uma parte

superior, o módulo propriamente dito.Entre eles é colocado o cabo, como em um "sanduíche".Os módulos contém a eletrônica da AS-Interface, bem como as suas funcionalidades e a

possibilidade de conexão para sensores e atuadores.Há módulos dos mais diferentes tipos, e com as mais diversas funções.

Técnica de conexão "vampiro"

Os cabos perfilados podem ser ligados com os conectores dos escravos em qualquer lugar demaneira surpreendentemente fácil e segura. A responsável por isso é a técnica de conexão"vampiro", também chamada de piercing.

É assim que funciona: Os "dentes" de contato perfuram a borracha do cabo e estabelecemcontato seguro com os condutores de cobre. Se, no caso de retirada de um escravo, os dentes sãoretirados, os buracos se fecham devido a capacidade auto-regeneradora do cabo, de em cada um dospontos reativar o isolamento (no caso dos cabos de borracha EPDM).

Em função da geometria do cabo, uma troca de pólos na instalação está praticamente fora decogitação e por isso mesmo, não há uma capa blindada.

 Mais fácil impossível: técnica de conexão "vampiro".

Os cabos são simplesmente colocados sobre a base.

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AS-INTERFACE – NA PRÁTICA

A AS-Interface não tem se comprovado somente como o padrão industrial para conexões deequipamentos binários simples.Também o tão propagado "fácil utilização sem know-how especialde bus" não é exagero. Pelo contrário: A superioridade da AS-Interface está na sua simplicidade.

Checklist

Para aquele que vai começar a utilizar a AS-Interface vai aqui um checklist com 10pontos que tornarão o passo para o mundo AS-Interface ainda mais fácil:

1. Quantas entradas e saídas são necessárias?

Com o número das entradas e das saídas em toda a instalação, calcula-se o número de pontosde rede AS-Interface necessários.

2. Quanta energia necessitam os I/Os distribuídos?

A quantidade total de energia dos módulos necessários define a escolha da fonte AS-Interface. Como as fontes de rede não podem ser ligadas paralela-mente, tem que se usaruma fonte de rede dimensionada para a energia total necessária.

3. São necessários cabos especiais?

A princípio não é possível combinar cabos perfilados e cabos redondos. As condiçõesambientes determinam se são necessários cabos de borracha, TPE ou PUR. Em todo caso, paracomprimentos de cabos maiores que 100m tem que ser usados repetidores ou extensores.

4. A classificação do endereço está correta?

Para se ter uma boa visão geral, deve-se sempre, preparar um desenho que deixe claro quaisendereços estão direcionados a quais escravos, pois um endereçamento duplo pode eventualmentenão ser reconhecido pelo Mestre como erro. 

5. Quais módulos pertencem a quais endereços?

Os módulos e também os escravos que foram endereçados devem ser todos marcados

cuidadosamente.

6. Quando são montados os módulos?

Só se as regras 4 e 5 foram levadas em consideração. O cabo em si pode ser colocado comodesejar.

7. Como se configura o todo?

A configuração é simplesmente reconhecida enquanto o perfil da AS-Interface registra cadaescravo no mestre. Isso normalmente acontece automaticamente, mas pode acontecer também

manualmente através de software de controle.

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8. Os escravos foram detectados?

Primeiramente tem-se que verificar se o mestre detectou todos os seus escravos. Somentedepois disto pode-se comutar para funcionamento protegido e o CLP para RUN.

9. Como se testa?

Testes de entrada e saída são realizados semelhantes aos do CLP. Isto significa que ossensores são ativados no local e checados pelo CLP.

10. Como se colocam todos os equipamentos em funcionamento?

Pode-se desenvolver o software de comando convencional ou utilizar um software já pronto.Neste último caso, a classificação simbólica terá que ser, eventualmente, adaptada.

Operação

Assim que o sistema AS-Interface estiver completo, isto é, todos os com ponentes estiveremmontados, os escravos endereçados e eventualmente parametrizados e o comissionamentoencerrado, pode-se dar a partida ("start up"): o sistema é transferido para o funcionamento normal eo mestre trabalha no modo protegido.

Somente são ativados os escravos que foram configurados. Escravos não-configurados, porexemplo aqueles que foram instalados adicionalmente, provocam somente um aviso de falha. Pararecebê-los e incluí-los no sistema de comunicação, tem-se somente que trocar para o modo deconfiguração. E lá, a função "configuração de escravos" executa de forma simples a recepção dos"novos" escravos.

Tanto no "start up" quanto durante o funcionamento normal, o sistema é controladoininterruptamente. Os dados necessários para isso como por exemplo, tensão, modo, configuraçãoerrônea,etc.são disponibilizados ao comando superior pelo mestre da AS-Interface, por exemplo,em forma de um diagnóstico.

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EXERCÍCIOS

1 - Fazer uma rede de clp utilizando SUCOnet-K com a seguinte configuração: um mestre e umescravos.

Para testar a rede fazer um programa da seguinte maneira:

As entradas digitais do mestre são escritas nas saídas digitais do escravo.As entradas digitais do escravo são escritas nas saídas digitais do mestre

2 – Fazer uma rede de clp utilizando SUCOnet-K com a seguinte configuração: um mestre e umescravos.

Para testar a rede fazer um programa da seguinte maneira:

A entrada analógica do mestre e enviada ao escravo.O escravo recebe compara com valor 500, se for maior pisca saída (Q0.0.0.0.5).

3 – Fazer uma rede de clp utilizando SUCOnet-K com a seguinte configuração: um mestre e umescravos.

Para testar a rede fazer um programa da seguinte maneira:

A entrada analógica do mestre e enviada ao escravo.O escravo recebe compara com valor 500, se for maior pisca saída (Q0.0.0.0.5).O escravo envia ao Mestre sinal que esta piscando, no Mestre temos sistema de supervisão

monitorando esta ocorrência.

4 - Fazer uma rede de clp utilizando SUCOnet-K com a seguinte configuração: um mestre e cincoescravos.

Para testar a rede fazer um programa da seguinte maneira:

As entradas digitais do mestre são escritas nas saídas digitais do escravo 1.As entradas digitais do escravo 1 são escritas nas saídas digitais do escravo 2As entradas digitais do escravo 2 são escritas nas saídas digitais do escravo 3As entradas digitais do escravo 3 são escritas nas saídas digitais do escravo 4As entradas digitais do escravo 4 são escritas nas saídas digitais do mestre

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5 - Controle do nível de dois tanques.

Os tanques são controlados por dois CLP´s 1 e 2 respectivamente.Ao iniciar o processo, supondo dois tanques indicando nível mínimo (10%), as válvulas de

descarga são fechadas e a válvula de alimentação aberta.Ao atingir 90% da capacidade a válvula de alimentação é fechada e a válvula de descarga 1

aberta. Quando tanque 1 atingir nível mínimo, fecha válvula de descarga 1 e após 5 segundos abreválvula de descarga 2.

O tanque 2 ao atingir nível mínimo, fecha válvula de descarga 2 e abre novamente válvula dealimentação.

Obs: A válvula de alimentação é controlada pelo CLP 1.

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6 - A figura representa um controle de nível de líquido.

Quando o botão de partida é acionado, o líquido é inserido até um limite máximo.Este limite é definido pela bóia que promove o fechamento da válvula de entrada de líquido.

O líquido fica em repouso durante 15 segundos para que uma certa reação química ocorra.Após este tempo, a válvula de saída libera o líquido contido no tanque.Transcorrido 10 segundos da abertura da válvula de saída, ela é fechada novamente.Fazer exercício utilizando Rede ASI.

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7 - Sistema de Carregamento de Vagões

O sistema é composto pelos seguintes elementos: uma esteira acionada pelo motor M, umaeletroválvula Y1 para permitir saída de produto do silo, um sensor S3 para detectar a presença deum vagão, um sensor balança B1 para indicar que o vagão está cheio e uma trava Y2.

A partir de um comando de partida (PTD), o sistema estará pronto para funcionar estando ovagão (indicado por S3), com correto posicionamento e não estando cheio (indicado por B1).

As condições estando satisfeitas temos acionamento da esteira, temos início o seuenchimento dado pela abertura de Y1 e o travamento dos vagões feito pelo atuador Y2.

Após o enchimento do vagão, fecha-se a eletroválvula e aguardam-se 7 segundos para oesvaziamento da esteira. A partir deste instante, o vagão é destravado.

Fazer exercício utilizando Rede ASI e monitorar via supervisório.