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ISSN 1984-4212 - Ano X - n o 39 - jan a mar 2018 - R$40,00 Aromas Sensação que conquista consumidores Aromas Sensação que conquista consumidores Panorama setorial de alimentos e bebidas Panorama setorial de alimentos e bebidas Redução de açúcar Novo desafio da indústria Redução de açúcar Novo desafio da indústria Rotulagem Nutricional Status na Anvisa Rotulagem Nutricional Status na Anvisa

Redução de açúcar - revistait.com.br · A aplicação de aromas adequados e eficientes em alimentos ou bebidas pode ser determinante para o sucesso de um produto e, em nossa matéria

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ISSN 1984-4212 - Ano X - no 39 - jan a mar 2018 - R$40,00

AromasSensação que

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AromasSensação que

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Panorama setorial de alimentos e

bebidas

Panorama setorial de alimentos e

bebidas

Redução de açúcarNovo desafio da indústria

Redução de açúcarNovo desafio da indústria

Rotulagem Nutricional Status na

Anvisa

Rotulagem Nutricional Status na

Anvisa

Editorial

A revista It - Ingredientes e Tecnologias é uma publicação trimestral sobre pesquisa e desenvolvimento na indústria de alimentos e bebidas da Setembro Editora

Ano X, n. 39 - jan a mar/2018

Diretor e Editor Luiz José de Souza ([email protected])

Reda��o - Editora AssistenteJuçara Pivaro

[email protected] Editora e Colaboradores ([email protected])

Diagrama��oFábio Ruiz

CapaStockphotos.com.br

PublicidadeLuiz José de Souza ([email protected])

Daiane Domingues ([email protected])Fabiano Araujo ([email protected])

AtendimentoAna Carolina Senna de Souza ([email protected])

SETEMBRO EDITORA

R. Manoel Maria Castanho, 87 - Portal do Morumbi CEP 05639-150, São Paulo, SP, Brasil

Tels: (11) 3739-4385

Outra publica��oO Anuário Brasileiro de Ingredientes é uma edição especial da revista It-Ingredientes

e Tecnologia. Com periodicidade anual, é uma fonte de consulta e de pesquisa aos profissionais das indústrias de alimentos e de bebidas

Assinatura Anual4 edições trimestrais - R$150,00 - pagamento por

boleto ou cartão

Exemplar AvulsoR$40,00

Anuário Brasileiro de Ingredientesedição especial - R$60,00

Para assinarwww.revistait.com.br

Tel e fax: (11) 3739-4385

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As expectativas e o comportamento do consumidor são determinantes para o bom desempenho de um produto no mercado. Conhecer o contexto em que esse consumidor atua e decide é determinante para escolher novos desenvolvimentos ou adequações de produtos tradicionais a uma nova realidade. Por essa razão, nesta edição, trazemos na matéria ‘Panorama de alimentos e bebidas’, uma pequena mostra do mercado na crise econômica e também as tendências para os próximos anos.

Seguindo a linha de conhecer melhor o consumidor e o cenário em que está inserido, na entrevista das primeiras páginas, Renan Pessim, diretor da Unidade de Negócios de Saúde da dunnhumby, fala de estudos realizados no Brasil sobre hábitos e atitudes dos consumidores em relação a produtos saudáveis e também de outras pesquisas sobre a reação do consumidor brasileiro após a divulgação da Operação Carne Fraca.

Novas tecnologias para criação de produtos também estão presentes nesta edição. A aplicação de aromas adequados e eficientes em alimentos ou bebidas pode ser determinante para o sucesso de um produto e, em nossa matéria de capa, trazemos para nossos leitores inovações de algumas empresas do segmento de aromas.

Redução de açúcar, assim como aconteceu com a redução de sódio em alimentos, passa a ser a nova meta das indústrias. Com o objetivo de mostrar um pouco do que chegou ao mercado para contribuir com a redução de açúcar, trazemos nas próximas páginas soluções de algumas empresas fornecedoras de ingredientes, que enfrentaram o desafio para oferecer novas alternativas para aplicação nas formulações de alimentos e bebidas.

Introduzimos uma nova seção fixa da Revista It, abrindo espaço para as indústrias de alimentos e bebidas contarem sua história e mostrarem sua evolução em investimentos e no mercado em que atuam. A primeira indústria que evidenciamos nesta publicação foi a Marilan, que completou, em 2017, 60 anos no segmento de biscoitos.

Confira também os movimentos do mercado das empresas de alimentos e bebidas, além de lançamentos das indústrias, que refletem as tendências que apontamos com antecedência em nossas edições.

Boa LeituraLuiz Souza

Diretor e Editor

rezado Leitor,10

Comitê Editorial-Técnico-CientíficoAdalberto Luiz Faria de AlmeidaEngenheiro de alimentos e profissional contratado da Plury Química

Airton VialtaEspecialista em genética de microorganismos, pesquisador científico do Ital

Alfredo Luiz Barcelos FerreiraQuímico, mestre-cervejeiro da Schincariol

Ary BucioneEngenheiro de alimentos, gerente de sweete-ners da Danisco Culturas para a América do Sul

Denise C. P. JardimPesquisadora científica e coordenadora do Centro de Tecnologia de Cereias e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital

Ellen Almeida LopesFarmacêutica bioquímica, mestre em Ciência dos Alimentos, diretora da Food Design Sistemas de Gestão de Qualidade dos Alimentos

Fábio HasegawaEngenheiro e Mestre em Tecnologia de Alimentos, gerente da Silliker Brasil.

Grace Maria WilleDoutora em Tecnologia dos Alimentos e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Maria Cecília F. ToledoProfessora Doutora da Faculdade de Enge-nharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Múcio M. FurtadoTécnico em laticínios, bioquímico, doutor em ciências de alimentos e consultor técnico da Danisco

Murilo Hadad PiresPHd em Ciência dos Alimentos e Gerente de Projetos da Globalfood

Ricardo SzusterEngenheiro de Alimentos, atua no segmento de food service da Unilever

Valdomiro ValleGerente técnico da Solae

It – Revista Ingredientes e Tecnologias - 10 anos de informação de qualidade

Após publicar a Revista Food Ingredients por 9 anos, da edição nº 1 - de julho /agosto de 1999 até a edição nº 50 – de setembro/outubro de 2007, mediante licença da então organizadora da feira Food ingredients South America, a VNU/CMP, a publicação seguiu sua trajetória bem sucedida e passou a editar a Revista It, com a primeira circulação em junho de 2008.

Publicada pela Setembro Editora, a It mantem seu objetivo original de informar oferecendo o melhor conteúdo, que inclui matérias próprias, abrangendo divulgação de pautas técnicas para o mercado de ingredientes e indústrias, além de matérias sobre o mercado de alimentos e artigos de universidades e prestigiados institutos de pesquisas.

A equipe especializada da It – Revista Ingredientes e Tecnologias agradece o apoio de seus leitores, parceiros e anunciantes e reforça o objetivo de manter cada vez mais bem informados os players do setor em que atua.

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Anunciante

s desta ediç

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Alibra......................................................15

Bureau de Soluções Técnicas.................53

Firmenich.......................................4ª Capa

FiSA 2018..................................................9

Horizonte Amidos...................................23

ITAL........................................................65

Lapiendrius....................................3ª Capa

Livro Principais Problemas dos Queijos e Livro Novo RIISPOA Comentado..........61

Mercoagro...............................................57

Química Anastácio.........................2ª Capa Somarole.................................................63

Sooro.......................................................51

Sweetmix.................................................47

Tovani Benzaquen...................................19

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EntrevistaRenan Pessim, diretor da Unidade de Negócios de Saúde da dunnhumby, fala de comportamento do consumidor

TendênciasMintel apresenta cinco tendências globais para 2018

Matéria de CapaNovas tecnologias para aromas

PanoramaAnálise e tendências do mercado de alimentos e bebidas

Produtos & MarcasLançamentos e inovações das indústrias para o consumidor

MercadoEuromonitor Internacional aponta reposicionamento de indulgência em snacks

Redução de AçúcarAlternativas de fornecedores de ingredientes para redução ou substituição de açúcar

Ingredientes & AplicaçõesProzyn - Redução de açúcar na indústria de bebidasSooro – Tecnologia para soro de leite

CertificaçãoPreservando segurança das marcas

O ingrediente indispensável para a indústria de alimentos e bebidas é o seu anúncio!

DOBRE SEUS CONTATOS: ANUNCIE NA IMPRESSA E NA DIGITAL

Combine ar tigos técnicos e releases com anúncios e amplie a informação sobre seus produtos e suas tecnologias para os profissionais de P&D, marketing, compras e produção.

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MÍDIA KIT 2018

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54LegislaçãoRotulagem nutricional a caminho da mudança

IndústriaEm nova seção fixa da Revista It, Marilan, marca nacional de biscoitos conta sua história.

Mercado em MovimentoAções e investimentos das empresas de ingredientes

Perfil do Leitor

A revista I t - Ingredientes e Tecnologias é um impor tante veículo de comunicação para os fornecedores de ingredientes e adit ivos e os profissionais das indústr ias de al imentos e bebidas da América do Sul.Com foco em pesquisa e desenvolvimento na indústr ia de al imentos e bebidas e uma base de lei tores já consol idada, a cada três meses, a I t traz um conjunto de um conjunto de notas, matérias e ar t igos sobre ciência, tecnologia e inovação em al imentos e as estratégias de negócios das empresas neste setor.

Pesquisa & Desenvolvimento

Distr ibuição e Logíst ica

Controle de Qual idade

Impor tação / Expor tação

Compras

Produção

Administrat ivo

Marketing

Comercial

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São profissionais das indústr ias de al imentos e bebidas, universidades e centros de pesquisa no Brasi l e na América do Sul, atuantes nos depar tamentos de marketing, planejamento, gestão, pesquisa e desenvolvimento de produtos e compras, entre outros, cadastrados em nosso mail ing e que, a cada três meses, receberão gratuitamente uma nova edição.

Pauta 2018 - Os assuntos mais atuais e as melhores oportunidades para anunciar. Confira os temas.

Edição 40 – Abr/Mai/Jun – - Deadline 25/05

Edição comemorativa do aniversário de 10 anos da revistaComemore conosco os 10 anos de circulação!Depois de publicar por 9 anos a Revista Food Ingredients, editada mediante licença da então organizadora da feira FiSA, a It, Ingredientes e Tecnologias completa 10 anos de periodicidade trimestral.FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS – Novas tecnologias e produtos para a for t i f icação de al imentos e bebidas.PANORAMA DO SETOR DE ÓLEOS E GORDURASAlternativas disponíveis para as indústr ias e novas soluções para apl icação em al imentos.• Ingredientes – Substi tutos para produtos sem glúten• Legislação – Normas vigentes comentadas de produtos para públ ico infanti l

Edição 41 –Jul/Ago/Set - Deadline 25/07 ABI - ANUÁRIO BRASILEIRO DE INGREDIENTES ALIMENTÍCIOSO anuário é uma publ icação exclusiva que traz ampla relação de produtos e ser viços ut i l izados pelas indústr ias de al imentos e bebidas • Dividido em três cadernos setoriais, sendo um de ingrediente e adit ivos, um de laboratórios e outro de ar t igos técnicos, o ABI traz ampla l istagem com endereços, dados dos fornecedores e seus respectivos produtos.PANORAMA DO SETOR DE PRODUTOS CÁRNEOSIngredientes para o setor de carnes e derivados, inovações em produtos, mercado e lançamentos.• Ingredientes & Aplicações - Ar t igos de especial istas das áreas acadêmica e de P&D & Inovação das empresas fornecedoras.• Mercoagro - Guia dos Expositores da Mercoagro - Distr ibuição durante a feira, de 11 a 14/09• Food ingredients South America – Pré-Show – Guia dos Expositores da FiPrévia do evento com entrevistas, releases, novidades e lançamentos dos expositores, grade de palestras, l ista das empresas expositores, com destaques dos logotipos.Distr ibuição na Fi - Food ingredients South America 2018

Edição 42 –Out/Nov/Dez - Deadline 25/09 AS 100 MAIORES INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS E BEBIDAS + PERSPECTIVAS 2019• Ranking com as 100 maiores indústr ias brasi leiras de al imentos e bebidas • Anál ise de desempenho dos vários segmentos da indústr ia al imentícia • As categorias de produtos, números de mercado e tendências de consumo • Ar t igos anal í t icos de especial istas sobre perspectivas 2019 • Anál ise de desempenho dos vários segmentos da indústr ia al imentícia Gelat ina - ingrediente que ganha espaço em produtos industr ial izados– inovações em apl icaçõesCober tura - Food Ingredients South America – Destaques dos ExpositoresFormato especial: 1 página de matéria com foto do estande + uma página de anúncio.• Informe técnico – Ar t igos de especial istas das áreas acadêmica e de P&D & Inovação de empresas fornecedoras.

ISSN 1984-4212 - Ano X- no 36 - R$ 50,00www.revistait.com.br

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CONSULTE PREÇOS

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Por Juçara Pivaro

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Foco no consumidor

Em entrevista, Renan Pessim, diretor da Unidade de Negócios de Saúde da dunnhumby Brasil, fala de estudos realizados no Brasil sobre hábitos e atitudes dos consumidores em relação a produtos saudáveis. Entre outros pontos, o estudo revelou que 52% das pessoas se considera saudável, mas a satisfação com relação ao seu estado tende a ser mais baixa. Outras 48% dizem ter uma alimentação saudável e, mesmo entre aqueles que não têm esse hábito (52%), há uma preocupação com os alimentos e bebidas que consomem.

Os brasileiros estão dispostos a pagar um pouco a mais por esses produtos que conside-ram saudáveis, mas o preço ainda limita o consumo em maior escala. Entre os consumido-res de refrigerantes, essa intenção é um pouco menor.

Frutas, verduras, legumes, carnes e laticínios fazem parte do cardápio, mas produtos industrializados também entram nessa cesta, embora para um número menor de consumi-dores. Entre as bebidas, chás, refrigerantes e água de coco se destacam.

Pessim comenta também outros estudos realizados no Brasil sobre a reação e comporta-mento dos consumidores brasileiros após a divulgação da Operação Carne Fraca, ocorrida em 2017 e comportamento do de consumidores em eventos como a Páscoa.

Renan Pessim, responsável pela unidade de negócio de saúde da dunnhumby no Brazil, possui 13 anos de experência no segmento de varejo, sendo sete em consultoria e outros seis trabalhando diretamente para o setor varejista. Formado pela ESPM em Administração de Empresas com ênfase em Marketing, é pós graduado pela Universidade da Califórnia Los Angeles.

“O conceito de saudabilida-de vai além do físico e inclui

saúde mental e social.”Revista It - Ingredientes e Tecnologias -  Fale um pouco da dunnhumby. Como a dunnhumby atua na apuração de informações sobre consumidores e para quais as segmentos a empresa presta serviço?Renan Pessim - A dunnhumby é uma multinacional inglesa, líder mundial em ciência do consumidor. Há 28 anos no mercado, analisa dados de transações de mais de 700 milhões de shoppers globalmente e cria experiências de compra personalizadas em platafor-mas digitais, mobile e canais de varejo em geral. O pro-cesso estratégico da empresa, aliado à sua propriedade intelectual em inteligência de dados e sua capacidade multicanal, possibilita aos seus clientes construírem campanhas de fidelização que resultam em vantagem competitiva e crescimento sustentável.  Com atuação em cerca de 40 países, a dunnhumby em-prega mais de 3.000 especialistas em escritórios pela Europa, Ásia, África e Américas. Entre seus clientes estão algumas das maiores empresas de varejo nacio-nais e internacionais, como Tesco, RD (Raia Drogasil), GPA (Grupo Pão de Açúcar) e Macy’s.

It - Desde quando a empresa atua no Brasil? E em que áreas? Renan Pessim - A dunnhumby está desde 2010 no Brasil, onde analisa dados de clientes e cria experiên-cias de compra personalizadas em todas as alavancas de contato com o consumidor: plataformas digitais e offline, preço, sortimento, lançamentos, layout e fluxo de loja. O processo estratégico da empresa, aliado à sua propriedade intelectual em inteligência de dados e sua capacidade multicanal, possibilita aos seus clientes construírem plataformas de fidelização que resultam em vantagem competitiva e crescimento sustentável. Entre seus clientes estão algumas das maiores empre-sas de varejo nacionais, como RD (Raia Drogasil) e GPA (Grupo Pão de Açúcar), e de bens de consumo como Coca-Cola, Ambev, P&G, Unilever, Nestlé, BRF, Pfizer, Bayer, Sanofi, entre outras.

It - O estudo para identificar quais são os hábitos, atitudes e produtos que os brasileiros consideram saudáveis é uma ação independente da dunnhumby ou surgiu a partir de alguma solicitação da indús-tria de alimentos ou entidade do setor?

Renan Pessim - Este estudo nasceu de uma necessi-dade levantada pelo time que atende a indústria. O time estava fazendo uma análise transacional para um cliente e a pesquisa de mercado surgiu como uma ini-ciativa interna para enriquecer a análise.

It - Não há expectativa sobre resultados de pesqui-sas, mas alguns surpreendem. Nos estudos sobre há-bitos considerados saudáveis resultados trouxeram surpresas? Em caso positivo, quais?Renan Pessim - Há consciência que ser saudável não é só físico, ou seja, ingerir alimentos saudáveis. O conceito de saudabilidade vai além do físico e inclui saúde mental e social. Acho que a palavra-chave é EQUILÍBRIO.

It - Quais os principais pontos revelados no estudo em relação à hábitos alimentares e exercícios físicos?Renan Pessim - Os estudos apontam que 68% tem alimentação saudável e/ou praticam exercícios físicos pelo menos três vezes por semana. 48% dos entrevista-dos praticam atividades físicas pelos menos três vezes por semana; 47% se consideram consumidores de ali-mentos saudáveis e 27% se consideram consumidores de alimentos saudáveis e praticam atividades físicas pelo menos três vezes por semana e 78% te, alimenta-ção saudável e/ou pratica exercícios físicos pelo menos duas vezes por semana.Dos entrevistados 66% dos entrevistados praticam ati-vidades física pelo menos duas vezes por semana; 47% se consideram consumidores de alimentos saudáveis e 35% se consideram consumidores de alimentos saudá-veis e praticam atividades físicas pelo menos duas vezes por semana. Os gráficos 1 e 2 esclarecem essa situação.Por essa análise, eu diria que é mais comum a adoção de atividades físicas, incluindo em baixa intensidade, do que alimentação saudável. A vida agitada não im-pede que as pessoas se alimentem saudavelmente, em-bora ainda seja difícil encontrar lugares para isso fora de casa. (Veja gráficos 1 e 2)

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It - Em relação à resistência do consumidor brasileiro aos produtos light/diet, quais os motivos que alegados nas entrevistas para ter essa atitude frente a alimentos dessa categoria?Renan Pessim - 38% dos entrevistados não conso-mem diet/light. Dentre o grupo que não consome diet/light, os principais motivos são: sabor - 42%, não vê benefício; 28%, não faz diferença na dieta 14% e são mais caros, 12%.

It - Em especial na área de consumo de alimentos, quais outros estudos a dunnhumby já desenvolveu no Brasil? Renan Pessim - Na área de alimentos a dunnhumby realizou estudos no caso da Operação Carne Fraca; Natal, por três anos consecutivos, abordando produ-tos para ceia; Páscoa, também por três anos consecu-tivos, com foco em produtos para ceia; Save Splurge, tipos produtos que as pessoas abrem mão ou não de consumir; Black Friday, por dois anos e Dia das Mães.

It - No caso ‘Carne Fraca’, quais questões foram abordadas? O que a pesquisa revelou?Renan Pessim - O estudo Carne Fraca teve como ob-jetivo entender as reações dos consumidores com as notícias e o quanto afetaria o comportamento de con-sumo de carnes e derivados. Em abril de 2018, repli-caremos o estudo. Alguns dos principais pontos são: as notícias repercutiram, abalaram, chocaram e que-braram o ‘encantamento’ com a categoria e marcas; mesmo as marcas não envolvidas na Operação foram afetadas; a responsabilidade é compartilhada entre in-dústria, varejo e governo; houve impacto no consumo no momento inicial; cada um tentou de alguma forma dar o ‘seu jeito’ como resguardo selecionando produ-tos, marcas e locais de compra; porém parece que o consumo tende a voltar ao normal, pois as mudanças foram principalmente temporárias; o maior impacto foi na imagem das marcas envolvidas, principalmen-te a Friboi; para as carnes in natura os consumidores estão procurando locais de compra com atendimento mais ‘próximo’, por exemplo, açougues, onde podem ver o manuseio e preparo das carnes; para os demais produtos, congelados, frios e embutidos, os consumi-dores se dizem mais atentos a informações nos rótu-los e selos de qualidade de órgãos fiscalizadores e os supermercados e hipermercados continuam sendo os principais locais de compra.

It - Qual é a abordagem dos estudos sobre datas como Páscoa? Que pontos interessantes para o setor de cho-colates foram apontados.Renan Pessim - A dunnhumby faz este estudo há qua-tro anos com o objetivo de entender as comemorações da Páscoa dentro do cenário econômico. Envolve a confiança do consumidor no cenário econômico, ex-pectativas e as comemorações da Páscoa. Alguns dos principais pontos são: a Páscoa continua a ser um fe-riado religioso importante, com grande peso familiar e impacta diretamente nos produtos que serão consu-midos entre a sexta-feira santa e o domingo de Páscoa. Vimos que a população está mais otimista em relação aos anos anteriores, apesar de declararem que terão refeições muito similares ao ano passado, percebemos o crescimento de alguns produtos na cesta de com-pra. Percebemos também que existe a possibilidade de uma retomada dos Ovos de Páscoa neste ano, mes-mo os entrevistados declarando que pretendem com-prar menos do que gostariam, estão dispostos a gastar mais. Porém, farão pesquisa de preços e vão decidir a compra pelo custo-benefício e pela qualidade dos produtos. Esses fatores impactam tanto a compra para adultos quanto para crianças.Há uma premissa da indústria sobre o forte apelo dos brinquedos para os ovos infantis, porém foi possível identificar que qualidade do produto e preço são os principais fatores de decisão de compra. Entre os ca-nais, supermercado ainda é o mais importante, porém percebemos significativa presença dos artesanais.

It - A dunnhumby fornece regularmente seus estudos para indústrias de alimentos e bebidas?Renan Pessim - Temos vários clientes dessa indústria com o time de varejo. Normalmente nossos estudos de PR estão ligados aos nossos clientes verejistas e CPG.

It - Qual foi a posição dos consumidores em relação aos produtos industrializados? São vistos como alter-nativas? São vistos como risco à saúde? Renan Pessim - Não é possível afirmar. Percebemos que as pessoas não conseguem diferenciar congelados com ou sem conservantes e que as águas de coco, chás e bebidas à base de soja têm sido considerados opções mais saudáveis em substituições aos refrigerantes.

It - É possível detectar algum tipo de tendência a partir do estudo sobre hábitos e atitudes dos consu-midores em relação a produtos saudáveis realizado pela dunnhumby?Renan Pessim - A saúde não está associada apenas ao físico, mas sim a um conjunto também mental e social. Mais do que ser diet/light - ter ou não gorduras e açú-cares, os consumidores estão atentos aos ingredientes e o papel deles. O gráfico 3 demonstra essas afirmações.

Gráfico 1

Análise com atividade física 3x por semana

Alimentação Saudável47%

Pratica Atividade física pelo menos 3x por semana

48%

20% 27% 21%

68%

Gráfico 2

Análise com atividade física 2x por semana

Alimentação Saudável47%

Pratica Atividade física pelo menos 3x por semana

66%

12% 35% 31%

78%

“Na Páscoa, há uma premis-sa da indústria sobre o forte apelo dos brinquedos para os ovos infantis, porém foi

possível identificar que qua-lidade do produto e preço

são os principais fatores de decisão de compra.”

Gráfico 3

Contenha vitaminas

Tenha adição de ingredientes benéficos à saúde

Tenha alto valor nutricional

Seja livre/tenha pouca gordura trans

Tenha baixo teor de sódio

Não contenha corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos químicos

Tenha poucas calorias

Contenha pouco/nenhum açúcar

Seja integral

Seja orgânico

Seja um produto Diet/light/sem açúcar

Seja sem glúten

Seja sem lactose

50% 20% 30%

47% 19% 34%

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31% 22% 47%

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29% 22% 49%

29% 19% 52%

21% 18% 61%

19% 18% 63%

17% 15% 68%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Concorda muito (9-10)

Concorda (7-8)

Discorda (0-6)

Hipertensão - 15%Restrição alimentar - 8%Diabético - 7%Intolerante à Lactose - 7% Cardíaco 4%Celíaco - 1%72% - nenhuma destas

O que buscam nos produtos saudáveis?Vitaminas, ingredientes benéficos à saúde e redução de ingredientes maléficos, são os que os consumidores mais buscam nestes produtos.

“O estudo Carne Fraca teve como objetivo entender as reações dos consumidores com as notícias e o quanto afetaria o comportamento

de consumo de carnes e derivados.”

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oEncantar o consumidor com uma experiência gastronômica única é a principal ideia por trás dos novos lançamentos da Ceratti. A empre-sa buscou inspiração na Itália para inovar o mercado brasileiro, sem deixar de lado as raízes nacionais. O resultado são três novos sabores de linguiça preparadas com especiarias tradicionais italianas que prometem proporcionar uma verdadeira viagem pelos cinco sentidos.

A linguiça Chimichurri aposta na riqueza das ervas naturais para dar um toque diferenciado e aroma ao produto. Já a Linguiça Pimenta Biquinho traz um ingrediente tipicamente brasileiro, que garante ao produto um perfume único e sabor sem a "picância" das pimentas mais conhecidas. Por fim, a Linguiça Limão Siciliano une o toque cítrico da fruta à leveza do aroma da pimenta do reino.

A Ceratti utiliza apenas carnes nobres na produção de seus deliciosos produtos. As novas linguiças são preparadas somente com pernil suíno, que garante suculência e qualidade, que é uma característica essencial da marca, transmitida por gerações desde a fundação da companhia por Giovanni Ceratti, há mais de 85 anos.

"O mercado brasileiro é rico em variedades de sabores de linguiça, por isso sabíamos que precisávamos de algo diferenciado para encontrar o nosso espaço", conta Mauro Preti, CEO da Ceratti. "A união dos sabores brasileiros à tradicional gastronomia ita-liana explora a forte influência da culinária do país europeu no Brasil, sem deixar de lado o que há de melhor por aqui", acrescenta.

Os lançamentos chegam para integrar a Linha Sabores da Itália Ceratti, que inclui também as Mortadelas Basílico e Tomate Seco. Todos os produtos da linha seguem o mesmo rigor de cuidado com o preparo e com a seleção dos ingredientes. "Que-remos que a experiência com todos esses alimentos seja muito maior que estimular apenas o paladar. Os lançamentos explo-ram todos os sentidos, criando quase que uma viagem à Itália a partir da degusta-ção", explica. Em breve a empresa trará mais novidades para a linha.

Novos sabores de linguiça da Ceratti chegam ao mercado

Chimichurri, Pimenta Biquinho e Limão Siciliano são os novos ingredientes que darão o toque especial à saborosa linguiça de pernil da Ceratti

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A Superbom, empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis, amplia o extenso portfólio com o lançamento da Granola Superbom. Composto por aveia integral, frutas secas, coco, amêndoas e mel, o produto está disponível em embalagens de 500g e 1 kg.

“Queríamos oferecer uma granola com ingredientes selecionados e um sabor inigualável. Após praticamente um ano de desenvolvimento e estudos chegamos a formulação ideal, que possui como destaque a inclusão de coco e amêndoa”, afirma David Oliveira, gerente de marketing da Superbom.

Segundo o estudo Alimentação Saudável – Tendências 2015, realizado pela Mintel, for-necedora global de pesquisa de mercado, 30% dos brasileiros gostariam de ver uma maior variedade de produtos saudáveis no mercado e consumiriam mais alimentos do tipo se tives-sem uma maior gama de opções práticas nas gôndolas.

“A Superbom possui status de pioneirismo quando falamos em saudabilidade, porém isso não exclui a nossa necessidade de sempre buscar entender os novos comportamentos do consumidor. Nosso lançamento foi totalmente motivado por esse aumento da procura por alimentos práticos e, sobretudo, saudáveis”, explica Oliveira.

Granola é novidade no portfólio da Superbom

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Reconhecida pelos ingredientes voltados à produção de gelatos e sorvetes de alto valor agregado, a Specialitá, marca do grupo Duas Rodas, apresenta a nova linha Pasta Chocolat Seleção, inspirada e desenvolvida a partir de produtos e aromas italianos, considerados os mais famosos do mundo no setor. O lançamento traz três sabores que estão entre os favoritos dos brasileiros: Trufa ao Leite, com gosto intenso do tradicional doce; Trufa Premium, com sabor mais suave do chocolate e leves notas alcoólicas; e Crema Avelã, um dos mais consumidos no mundo.

“A Specialitá Seleção se destaca pela entrega de sabor, textura e cremosidade, desenvol-vidas a partir de características altamente valorizadas pelo consumidor, e por utilizar-se de novas tecnologias e matérias-primas especialmente selecionadas. A linha traz os sabores de maior representatividade e volume de mercado, apresentando interessante custo-benefício”, afirma Marco Paulo Pereira Henriques, gerente de marketing da Duas Rodas.

O uso de matérias-primas selecionadas confere notas intensas, além de cor e sabor aos doces. As pastas fluídas são indicadas para recheios, mesclas e coberturas de sorvetes, gelatos, picolés e toda a linha de confeitaria, como trufas, bolos e tortas, por exemplo. Os novos sabores integram o portfólio de Pastas Chocolat da marca, que já conta com outros 18 sabores. “As possibilidades de combinações são enormes. O sabor Crema Avelã, por exemplo, combina com doces no sabor leite em pó ou chocolate tradicional. A pastas de Trufa, com nata, baunilha, fior de crema. A criatividade é o limite”, acrescenta o executivo.

Nova Pasta Chocolat Cioccotine Outra novidade que a Specialitá está trazendo ao mercado é a reformulação da Pasta Chocolat Cioccotine, que foi enriquecida com muito mais pedaços crocantes de puro malte. A novidade, que é ideal para a fabricação de mesclas e recheios, pode ser encontrada no mercado a partir de março.

Para atender à crescente demanda por carne bovina premium, a JBS Carnes lança a marca 1953. Composta por cortes oriundos de um blend de raças europeias, a nova marca chega às prateleiras do varejo este mês - até então, os produtos premium da Companhia estavam disponíveis somente ao food service (restaurantes).

“As carnes mais nobres têm ocupado um espaço relevante na mesa dos brasileiros, que têm cada vez mais levado a experiência vivida em restaurantes para dentro de seus lares, seja para um jantar ou no churrasco com amigos. Acreditamos muito no potencial deste nicho no varejo e estamos trabalhando para fortalecer a facilidade de acesso do consumidor a esse tipo de produto”, ressalta Renato Costa, presidente da JBS Carnes no Brasil

A 1953. recebeu este nome em referência ao ano de fundação da Companhia. “Essa marca foi desenvolvida a partir do que há de melhor na genética de diversas raças de todo o mundo e traduz a tradição na produção de carnes de qualidade com a mais alta tecnologia e processos de ponta aplicados em todas as nossas fábricas”, destaca Costa.

Os produtos da nova marca contam com origem controlada da matéria-prima e cuidado com os mais altos padrões de qualidade em todo pro-cesso de produção, desde a seleção dos melhores animais - relacionada a uma política de compras muito exigente que considera apenas novilhas e machos castrados bem terminados -, e envolve tecnologia avançada, além de padronização e seleção dos melhores cortes.

Com a assinatura, “A Evolução do Paladar”, os produtos privilegiam a carne macia, saborosa e suculenta. “Fizemos um grande trabalho na construção de marca de carne bovina em um segmento que até então era commodity. Desde então, temos buscado evoluir em cortes e produtos que ofereçam uma nova experiência ao consumidor”, explica Renato Costa. “Queremos não só atender a quem busca por um alimento pre-mium para todos os momentos, mas satisfazer os mais elevados desejos de um produto diferenciado, promovendo uma nova experiência”, Costa complementa.

A nova marca chega às lojas de 400 varejistas em São Paulo e no Rio de Janeiro e a expectativa é que, no primeiro trimestre de 2018, a marca represente 30% do volume de vendas de produtos premium no segmento de carne bovina da Companhia.

O portfólio de produtos 1953. possui 14 cortes com padronização e refile diferenciados: Baby Beef, Bife Ancho, Bife de Chorizo, Maminha, Bombom de Alcatra, Fralda, Picanha, Filé Mignon, Chuck Eye Roll, Steak de Picanha, Vazio, Shoulder Steak, Coração de Paleta e Costela do Dianteiro.

A Creme Mel lança no mercado o sorbet Açaí com Guaraná. Na-tural do Brasil. Além de o açaí, ser uma fruta conhecida por ajudar a enfrentar o calor, é nutritiva, com propriedades antioxidantes, de-purativas, estimulantes e anti-inflamatórias. E por ser um sorbet – feito de água e frutas – o produto é leve e saudável. Para completar, o lançamento é vendido pronto para consumir, com uma porção de granola e uma colher, e já está disponível nos 10 mil pontos de venda de varejo do país.

“Achamos muito importante incluir no nosso mix um produto feito de açaí, que é uma fruta nativa da Amazônia, tão brasileira quanto a Creme Mel, a maior a indústria de sorvete genuinamente brasileira”, afirma o CEO da Creme Mel, Pedro Carneiro.

Specialitá lança linha de ingredientes para produção de sorvetes premium

Creme Mel lança sorbet de açaí com guaraná

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A marca Tang, que é a terceira mais presente nos lares brasileiros e líder no segmento de re-frescos em pó, começou 2018 reformulando todo o seu portfólio. Toda a linha de produtos da marca agora conta com uma embalagem totalmente nova, mais moderna e colorida, além de uma mudança que agradará bastante os consumidores: mais sabor da fruta e baixo açúcar.

O lançamento é resultado da constante pesquisa que a marca realiza com seus consumidores, mantendo-se sempre próxima das pessoas e ouvindo suas opiniões. Com a missão de inovar, Tang trouxe muito sabor e é uma excelente opção para quem procura bebidas com pouco açúcar. Quando diluído em água, a quantidade de açúcares do refresco varia de 3,3g a 3,7g por copo de 200ml. Uma excelente opção de bebida leve para todos os momentos, seja para se refrescar no verão ou para compartilhar com toda família. O novo Tang mudou e conseguiu ficar ainda melhor, trazendo mais sabor de fruta e mantendo baixo açúcar em sua composição. Uma grande inovação, pensada

exclusivamente para agradar os consumidores da bebida e conquistar o público em busca de bebidas mais leves, com poucas calorias.Hoje, a marca conta com 20 sabores totalmente reformulados e anuncia a volta do Tang Goiaba, sucesso entre os consumidores que

pediram o retorno do produto. Além dessa novidade, a dica para quem ainda não conhece é experimentar os sabores Laranja Docinha e Laranja Citrus, sucesso entre o público e ótima pedida para os dias ensolarados da temporada.

Novo Tang com mais sabor de fruta

JBS lança marca 1953 e reforça conceito premium ao cliente varejo

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A J.Macêdo, fabricante líder de mercado em farinha de trigo doméstica e mistura para bolos, aposta cada vez mais nos produtos do segmento Profissional, principalmente para panificação e confeitaria. A novidade é o lançamento das embalagens do portfólio da Dona Benta Profissional, reconhecido pelo maior rendimento, um excelente custo-benefício e sabor.

A identidade visual da Dona Benta foi criada originalmente para os produtos do segmento Consumo (para uso doméstico) e agora passa a ser utilizada no Profissional, criando desta forma uma identidade visual única para a marca.

Desenvolvida em parceria com a agência Narita Design & Strategy e lançada em agosto de 2016, a identidade visual leva em conta o que desperta a memória afetiva das pessoas. Foi eleito um elemento para protagonizar o design das embalagens: os azulejos retrô, que fazem parte das casas brasileiras. O design ganhou o prêmio Lusófono da Criatividade, em Portugal.

Nas novas embalagens do segmento Dona Benta Profissional, a representação de azulejos dialoga com o produto final: por exemplo, a embalagem de farinha de trigo especial para panificação traz a simbolização de azulejos e de um cesto com pães.

O portfólio da Dona Benta Profissional é dividido nas seguintes categorias: Farinha de panificação, com excelente performance para curta e longa fermentação, as farinhas são in-dicadas para panificação em geral e confeitaria de alta qualidade; Farinha de transformação, são farinhas desenvolvidas especialmente para a produção de salgados em geral, pizzas e pastéis;Mistura para pães, que proporciona a melhoria do rendimento dos pães (francês, doce e integral), além de padronização, maciez e sabor; Mistura para bolos, que têm como ponto forte a praticidade na produção de bolos, além de garantir uniformidade, volume e maciez aos bolos fabricados e Reforçador de farinha, indicado para a produção de pães em geral, proporciona miolo uniforme e melhor volume do produto final.

Dona Benta lança novas embalagens de produtos para uso profissional

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Considerada um verdadeiro remédio natural por proporcionar diversos be-nefícios à saúde, a cúrcuma – também conhecida como açafrão-da-terra – agora pode ser encontrada na sua melhor versão, pois é o novo produto do portfólio da Família de Funcionais da Grings Alimentos Saudáveis: a Cúrcuma Pura. O condi-mento é feito com 100% de cúrcuma, sem a adição ou mistura de qualquer outro item em sua composição.

O produto possui ótimo rendimento e está disponível na versão de 100 g., em embalagem pote, com design sofisticado e funcional, proporcionando praticidade ao dia a dia. A Cúrcuma Pura Grings pode ser consumida como suplemento ali-mentar adicionado ao leite, vitaminas, shakes ou refeições, e ainda utilizado como ingrediente ou tempero de pratos doces ou salgados, como arroz, molhos e etc. O consumo ideal recomendado é de 3 a 4 porções diárias de 5 g cada.

Originária da Ásia (Índia e Indonésia), os benefícios da cúrcuma são reconhe-cidos cientificamente pela comunidade nutricional, que a consideram um alimento funcional, devido a presença da curcumina – substância ativa do condimento – que proporciona a cor amarelada e concentra a maior parte das propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, propiciando diversas contribuições à saúde para quem as consome.

Praticidade: Grings Alimentos Saudáveis apresenta Cúrcuma 100% Pura

A Seven Boys, reconhecida marca de pães com 64 anos de atuação no mercado brasileiro, apresenta seu mais recente lançamento: o pão de leite Milk Pan. A novidade, que chega ao ponto de venda no formato inovador de baguete francesa, tem no processo de fermentação sua característica mais marcante, já que este é desenvolvido de forma natural, diferenciando o novo produto de tudo que existe em seu segmento atualmente no país.

A inspiração que deu origem ao Milk Pan surgiu a partir de uma viagem dos mestres padeiros da Seven Boys à França, durante a qual percebeu-se o grande potencial de consumo no mercado brasileiro da tradicional receita Pain au Lait, que se aproxima ao resultado do lançamento. Para garantir a aceitação localmente, foram realizadas pesquisas internas para adaptar o conceito ao paladar Brasileiro.

Com a proposta de favorecer o consumo de forma prática, em qualquer hora e lugar, o Milk Pan é versátil e combina com qualquer tipo de recheio, seja para a lancheira das crianças ou para acompanhar diferentes ocasiões da vida adulta.

“Nosso objetivo é criar uma nova categoria de pães no mercado e ser referência em sabor, praticidade e versatilidade. O grande diferencial desse lançamento é a fermentação feita de forma natural, que proporciona um produto final realmente único, com maciez e sabor diferenciados”, avalia Pedro Wickbold gerente do Grupo Wickbold, ao qual a marca Seven Boys pertence desde 2015.

Milk Pan: lançamento da Seven Boys tem inspiração francesa e fermentação natural

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Chegam ao mercado as Coberturas de Chocolate Sabor ao Leite e Sabor Meio Amargo da Itaiquara. Os novos produtos vem comple-mentar e fortalecer a oferta da empresa para o segmento profissional e agregam as reconhecidas credibilidade, praticidade e qualidade da Itaiquara, consagradas em mais de um século de história.

A nova linha de coberturas está disponível em embalagens de 2,1kg e 5kg, nas versões fracionada e hidrogenada. Ambas são indicadas para doces, bolos e tortas: a cobertura fracionada é utilizada para cobrir, rechear e moldar, apresentando maior teor de cacau e textura cremosa e macia. Já a cobertura hidrogenada é recomendada para raspar, decorar e cobrir. Toda a linha de Coberturas de Chocolate Itaiquara possui excelente rendimento e ótima relação custo/benefício em comparação com a concorrência.

“Com este lançamento, a expectativa é conseguir uma boa participação neste segmento de coberturas, que é o mais sig-nificativo no segmento de chocolates no Food Services”, afirma Nicola Armellini, gerente de marketing da Itaiquara Alimentos. “A nova linha complementa nosso portfólio de produtos profis-sionais e aumenta nossa força junto ao canal de panificação e confeitaria, além de redes e empórios especializados em doces”.

O Brasil é hoje o terceiro mercado de chocolates do mundo e com grande potencial de crescimento. A região Sul do País, so-mada ao estado de São Paulo, representam hoje cerca de 63,5% de todo o chocolate consumido no Brasil.

Itaiquara lança linha de coberturas de chocolate com a melhor custo/beneficio

Chega ao Brasil o novo pote de Creme Crocan-te Ovomaltine. Com o sabor e crocância únicos de Ovomaltine que o consumidor já conhece e adora, o Creme Crocante passa a ser comercializado em emba-lagem com 260 gramas, que substitui o formato de 380 gramas vendido no país até então.  A versão mais compacta tem como principal atrativo o preço redu-zido, ampliando sua distribuição nacional e atraindo novos consumidores a conhecer o produto.

Versátil, o Creme Crocante Ovomaltine pode ser consumido puro ou ainda acompanhando o pão do café da manhã, fazendo parte do lanche da tarde com frutas, bolos e biscoitos e incrementando sorvetes e outras sobremesas.

Ovomaltine lança novo formato do seu Creme Crocante

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O ano de 2018 marca a comemoração dos 80 anos da Wickbold, empresa líder brasileira no segmento de pães especiais e saudáveis. Para celebrar a data, a marca apresenta ao mercado seu principal lançamento do ano: a nova linha premium de pães de forma do tipo artesanais Do Forno.

A novidade chega ao consumidor em duas versões: a Original, com o pão de forma branco tra-dicional, e a Grãos Ancestrais, pão integral em cuja formulação são combinados seis tipos de grãos milenares - quinoa branca, quinoa vermelha, freekeh, espelta, amaranto e chia. Ambas se destacam por oferecer uma experiência de consumo diferenciada, com fatias mais grossas e casca fininha, além de sabor e maciez marcantes.

Os novos pães são desenvolvidos à base de massa-madre, um fermento natural que atua como agente de crescimento e sabor, realçando aromas, sabores e textura.

“Os produtos Do Forno trazem todo o sabor, carinho e expertise da Wickbold, que tira do forno todos os dias o que há de melhor ao consumidor”, declara Pedro Wickbold, gerente da marca, que destaca também o grande diferencial da linha no mercado, que é a versão integral.

“Dados mostram que o mercado brasileiro de produtos saudáveis não para de crescer. Um estudo da agência de pesquisas Euromonitor Internacional mostrou que a previsão de crescimento anual para o setor é de 4,4% até 2021. É um dado promissor, que nos faz acreditar que a versão Grãos Ancestrais fará um grande sucesso no mercado”, avalia o executivo.

“Trata-se de um produto totalmente alinhado aos pilares de posicionamento da marca, pois envolve nutrição, saúde e bem-estar. A história das sementes é muito interessante, pois culturas milenares como maias, incas, andinas e astecas reconheceram-nas como portadoras de diversos nutrientes. Mais importante ainda é saber que trazemos ao mercado uma inovação muito solicitada pelo consumidor brasileiro”, completa Denise Pacheco, especialista de produtos da marca.

Lançamento de pães do tipo artesanais premium celebra o marco de 80 anos da Wickbold no mercado brasileiro

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A fabricante dos néctares Tial, pioneira em sucos prontos para beber sem aditivos químicos, acaba de trazer uma novidade para o mercado: a Linha 100% suco. Disponível nos sabores maçã e uva, em embalagens de 1 litro, as bebidas trazem o verdadei-ro sabor e as vitaminas das respectivas frutas, sem adição de corantes e conservantes. Os sucos da marca são elaborados a partir de frutas frescas e selecionadas, vindas de pomares rigo-rosamente controlados e livres de agrotóxicos.

A chegada da novidade da marca está relacionada ao com-portamento de grande parte dos consumidores, que estão cada vez mais rigorosos e antenados na questão da saudabilidade de alimentos, oferecendo sucos de frutas totalmente naturais e práticos, para saborear a pura fruta em forma de suco é só abrir e beber.

O objetivo da nova linha, de acordo com a empresa, é incre-mentar o portóflio e oferecer mais opções para o consumidor. Integram a Tial linhas de sucos tradicionais e ligths de 1 litro, sucos em latas de 335 ml, kids de 200 ml, etc. As duas opções de sucos da Linha 100% suco já estão disponíveis no mercado.

Tial traz novidade para o mercado: Linha 100% Suco

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Chegou ao mercado QUAKER® Achocolatado com Aveia Instantânea em Pó. O objetivo do lançamento é incentivar uma alimentação mais balanceada e nutritiva levando os benefícios do super grão² para formatos adaptados ao dia a dia e ao estilo de vida de seus consumidores.

O hábito de consumir achocolatado já faz parte do dia a dia dos brasileiros. De acordo com dados de mercado¹, esse tipo de produto foi comprado por, aproximadamente, 90% dos lares no último ano. “Ao unir o sabor do achocolatado com a aveia, avançamos na proposta de QUAKER® de levar praticidade aos nossos consumidores, trazendo novas formas de inserir esse super grão² na alimentação, contar com seus benefícios e transformar as refeições da manhã em saborosos e nutritivos super cafés da manhã”, afirma Cecília Dias, líder da categoria de Nutrição.

O lançamento contém 8g de aveia por porção de 20g, o necessário para preparar um copo de 210 ml com leite desnatado e solúvel no leite. Essa quantidade de aveia representa cerca de 40% de cada porção, com isso, o novo produto traz a superioridade² da aveia para a categoria de achocolatados.

QUAKER® Achocolatado com Aveia Instantânea em Pó foi desenvolvido de olho nas necessidades dos consumidores. “Sabemos que, para nosso público-alvo, o valor nutricional tem alto impacto na decisão de compra. São pessoas preocupadas com a alimentação, mas que não querem abrir mão do sabor e, como líderes do mercado de aveia e referência em saudabilidade, temos o compromisso de apresentar novas opções”, acrescenta Cecília. Entre os benefícios do consumo da aveia – que fazem dela um super grão² – estão: a ajuda no controle do colesterol pela presença da fibra betaglucano, que é uma fibra solúvel da aveia e boas quantidades de proteínas, fibras, vitaminas e sais minerais, tornando a alimentação mais nutritiva³.

Antes do lançamento, a marca fez uma série de testes de experimentação com consumidores e os resultados foram super positivos: 97% das pessoas que provaram QUAKER® Achocolatado com Aveia acharam o produto muito saboroso e afirmaram ter intenção de comprar a novidade no mercado e 94% teve suas expectativas superadas.

QUAKER® une sabor e nutrição e lança o único achocolatado com aveia do mercado

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De olho no potencial de mercado das regiões Sul e Sudeste do País, a fabricante de alimentos OQ Bebidas Saudáveis apostou na diversificação de sua linha de bebidas. A marca acaba de lançar a água de coco OQ, um produto 100% natural, sem adição de açúcares ou conservadores, rico em sais minerais e com baixo teor calórico. A variedade chega ao mercado em garrafas da Owens Illinois (O-I), líder mundial na fabricação de embalagens de vidro, nas versões 300ml, 500ml e 1litro.

O grande diferencial da água de coco OQ é sua capacidade de ser mantida em temperatura ambiente, isto é, não exige refrigeração. A bebida pode ser encontrada diretamente nas prateleiras de supermercados e mercearias, dispensando o uso de geladeira para manter o produto em boas condições.

“Sabemos que os consumidores estão cada vez mais atentos a procedência, qualidade e benefícios dos alimentos que são levados para dentro de casa. Por isso, investimos muitas horas para desenvolver um processo de produção di-ferenciado, que mantém as características da água de coco in natura, preservando o sabor e frescor do coco verde, um produto 100% natural”, diz Sydney Tavares, gerente nacional de Vendas da OQ Bebidas Saudáveis.

O porta-voz conta que a equipe de desenvolvimento de produtos da marca levou mais de um ano realizando pesqui-sas e testes para chegar ao melhor resultado. “Há todo um cuidado desde a colheita até o envasamento. Percebemos, por exemplo, que o coco não deve ter contato direto com o solo, assim evitando qualquer contaminação. Nossas frutas passam, então, por um processo rigoroso de assepsia antes de entrar na linha de extração”, explica.

A preocupação com a saudabilidade se estendeu à em-balagem. O vidro não foi escolhido apenas com o objetivo de valorizar a linha, mas de preservar a qualidade e caracte-rísticas da bebida envasada sem qualquer tipo de alteração, ainda que passe por mudanças de temperatura. Pensando nisso, a empresa contou com a expertise da O-I para o for-necimento das garrafas.

Por enquanto, a água de coco OQ está disponível aos consumidores na cidade de Recife (PE), em mercearias como Casa dos Frios e Greenmix, e na loja do site da marca: oqfazbem.com.br. A previsão é que até o início do segundo semestre o produto chegue a outras regiões.

Linha OQ é envasada em garrafas da Owens Illinois e não exige refrigeração

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AromasAlquimia que atrai e conquista

No inglês, a palavra flavor, que significa a sensação da interação do paladar com olfato, define com mais precisão a função do aroma nos produtos industrializa-dos. Esse insumo sempre teve papel importante na for-mulação e fabricação de alimentos e bebidas, porém de algumas décadas até os dias atuais, ganhou espaço pela evolução em qualidade, diversidade e também porque possibilitou desenvolvimentos que trouxeram produtos inovadores para o mercado de consumo.

Batata com sabor e odor de churrasco, snacks com sabor intenso de queijo ou ervas e frutas com sabores realçados, além de mascarar sabores indesejáveis ou proporcionar sensação de quente e frio são alguns dos resultados da aplicação de aromas. Eles transformam produtos e os tornam mais atrativos pela novidade ou pelo sabor marcante. Nos laboratórios das empresas

Assim como o sucesso de um bom prato na gastronomia está associado aos ingredientes de sua base, ao desenvolvimento da receita, processos de elaboração e especiarias, o sucesso de um alimento industrializado também depende desses fatores, porém no lugar das especiarias, o aroma é utilizado para trazer e/ou intensificar cheiro e sabor aos produtos.

fornecedoras de aromas, verdadeiros alquimistas do setor da alimentação, estão constantemente buscando fórmulas para agregar características tentadoras aos alimentos e bebidas. Gilvan Azevedo, presidente da Takasago Brasil, afirma: “para formação de um aromista sênior, o profissional precisa de mais de 15 anos na área de criação, geralmente tem informação em Química e passa por treinamento rigoroso. Na Takasago, esse treinamento específico ocorre no Brasil e na nossa matriz, no Japão”.

Outra profissão estratégica é da área de aplicação. Azeve-do complementa: “essa área demanda de nossos engenhei-ros profundo conhecimento dos aromas, ingredientes, bases e das interações que ocorrem com os demais componentes das formulações. Curiosidade e criatividade são também es-senciais, visando brindar os clientes com inovações”.

TakasagoSoluções completas em aromasA necessidade da redução de açúcar ou de sódio no caso

de alimentos e bebidas é uma das constantes demandadas pelos clientes da Takasago, que está entre as cinco maiores empresas de aromas, ingredientes e fragrâncias do mundo. Com matriz no Japão e com 45 anos de atuação no Brasil, em 2011, instalou sua fábrica no interior de São Paulo para atender diversos segmentos no mercado brasileiro.

A Takasago investe constantemente em inovação para atender os mais diversos produtos na área de aromas como bebidas, confeitos, lácteos, panificação e produtos para higiene bucal. A empresa se destaca pela criação de aromas customizados, com emprego de alta tecnologia e patentes próprias. Desde tecnologias e ingredientes exclusivos para sabores ícones como Baunilha, Cítricos, Café, Frutais e Mentas, até moduladores que realçam o sabor dos alimentos, mascaram sabores indesejados ou promovem sensações diversas (Intensates® Flavor Modulators). A companhia também possui em seu portfólio aromas Vivid®, que reproduzem o sabor autêntico das frutas, o Mintact®, com soluções para mentas na substituição parcial de mentol natural ou sintético, bem como agentes controladores de acidez chamados de Acid Blockers, muito usados em produtos lácteos.

A Takasago entrega a solução completa aos seus clientes, que incluem sabor, odor e sensação, além do desenvolvimento de aromas a partir de insights dos consumidores de todas as regiões do mundo com tecnologias diferenciadas e exclusivas. Dentre os destaques estão os Intensates® Flavor Modulators, moduladores exclusivos que melhoram o sabor dos produtos de seus clientes e entram na composição dos aromas feitos sob medida para produtos que tiveram alguma redução na formulação (açúcar, sal ou gordura), ou são capazes de mascarar sabores indesejados (soja, edulcorante, amargor etc) ou mesmo provocar sensações diversas (gelado, quentes etc).

Com DNA japonês, a Takasago leva a sério a tecnologia aplicada no desenvolvimento de seus produtos e já conta com diversas patentes próprias. As diversas linhas de pesquisa empreendidas já renderam para a empresa o Prêmio Nobel de Química de 2001, com o trabalho de William S. Knowles, K. Barry Sharpless e Ryoji Noyori. A empresa lidera o desenvolvimento da tecnologia de catálise assimétrica, que permite a preparação em escala industrial de compostos quirais, um grande avanço na ciência que provocou um enorme impacto nas áreas de aromas, fármacos, agroquímicos e fragrâncias, entre outras. Dessas pesquisas, foram desenvolvidos os aromas Vivid®, sabores idênticos ao real, e Mintac® soluções para mentas para substituição parcial de mentol natural ou sintético.

Redução de ingredientes, fontes e legislaçãoAlém disso, a companhia destaca as soluções de

aromas com Intensates® Flavor Modulatores para produtos de mercado que sofreram a redução de açúcar, sal ou gordura na formulação e precisam melhorar a percepção desses ingredientes retirados. Essa tecnologia consiste na utilização de moléculas exclusivas na composição dos aromas que atuam diretamente na percepção sensorial e são capazes de intensificar o dulçor ou preenchimento do produto que sofreu a redução, promovendo um sabor completo e agradável para o consumidor final.

Como todas as empresas do mercado, a Takasago uti-liza tanto fontes naturais como sintéticas para criação dos aromas, dependendo da necessidade de cada cliente ou do próprio segmento.

Todos os segmentos demandam criação de aromas, in-cluindo bebidas, confeitos, produtos forneados, produ-tos lácteos, de higiene bucal ou salgados. Umas mais que as outras, como no caso de confeitos, em que o aroma é o coração e identidade do produto.

Dentro do segmento de bebidas, as maiores categorias em termos de volume de aromas são refrigerantes e refrescos em pó.

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Cada segmento tem sua legislação específica, na área de aromas, por exemplo, como as pessoas ingerem os alimentos e bebidas, a legislação é mais rigorosa e pre-cisamos tomar muito cuidado com os ingredientes uti-lizados na formulação e na área de fragrâncias também tem especificações com relação a ingredientes alergêni-cos que podem provocar reações diversas nas peles dos consumidores.

A Takasago respeita todas as exigências legais e técni-cas para o desenvolvimento dos seus produtos indepen-dente do segmento e trabalha constantemente na busca de certificações para atender cada mercado.

P&D e mercadoNo Brasil, a companhia possui estrutura completa

para atender o mercado, contando com laboratórios atu-alizados e bem equipados para cada um dos segmentos de mercado, centro de criação e aplicação local, centro de avaliação com cabines sensoriais e estrutura completa e diferenciada para trazer a voz do consumidor para a criação de aromas.

O painel técnico da empresa também exerce papel fundamental no entendimento dos perfis sensoriais lo-cais, buscando alinhamento com o que o consumidor e o mercado anseiam.

Isso faz toda a diferença no desenvolvimento dos produtos, pois possibilita avaliar os aromas da companhia em formulações que reprodem fielmente os produtos de mercado, com agilidade e assertividade. A Takasago trabalha com aromas customizados e desenvolvidos de acordo com as necessidades e especificações de cada cliente.

*Gilvan Azevedo – Presidente Takasago Brasil

FirmenichO poder do aromaA Firmenich é a maior empresa de propriedade priva-

da do mundo investe na fabricação e comercialização de Aromas e Perfumes. De origem suíça, é reconhecida por sua pesquisa e criatividade de classe mundial, bem como por sua liderança em sustentabilidade e compreensão ex-cepcional das tendências de consumo. A cada ano, investe 10% de seu faturamento em P & D, refletindo o desejo con-tínuo de entender, compartilhar e traduzir o melhor que a natureza tem a oferecer.

A empresa possui vasto portfolio para as categorias de bebidas, doces e salgados, conectando inovação através de aromas líquidos, pós e encapsulados. Além das tecnologias de modulação de sabor para produtos reduzidos em sal, açúcar e gordura.

A Firmenich possui um portfólio bastante amplo de aromas e tecnologias, que é atualizado constantemente de acordo com as novas tendências e necessidades do mercado. Suas soluções atendem as categorias de bebidas (bebidas em pó, sucos, néctares, bebidas carbonatadas, bebidas lácteas, entre outras), doces (biscoitos, iogurtes, confeitos, entre outros) e salgados (sopas, temperos, proteínas, margarinas, molhos), nos diferentes sistemas de entrega (aromas líquidos, pós, emulsões e encapsulados), de acordo com as necessidades de cada mercado com relação à legislação, perfil aromático e custo.

Muito além do sabor em uma gota de aroma FirmenichO mercado de alimentos e bebidas tem se movimen-

tado por duas fortes tendências globais, A primeira delas, ‘Naturalidade’. Alinhada a essa necessidade, a empresa in-vestiu muito em tecnologia de ponta como biotecnologia, que permite acesso a matérias primas naturais de forma sustentável, garantindo o fornecimento e disponibilidade em longo prazo.

No caso dos aromas naturais de laranja, como por exemplo os aromas naturais de laranja, é possível utilizar um óleo essencial específico como ponto de partida. A partir dessa fase, são adicionadas frações específicas de laranja que contém caraterísticas sensoriais diferenciadas, como: casca, albedo, sucos etc. Assim, a empresa criou ampla gama de aromas de laranja com diferentes perfis aromáticos, direcionados a um segmento e consumidor em específico.

A observação de que um novo consumidor está mais atento aos ingredientes declarados nos rótulos, a Firmenich também está atenta a essa movimentação desenvolvendo soluções tecnológicas que atendem a essa demanda por produtos mais saudáveis, nutritivos e saborosos.

A segunda tendência consiste em alimentos e bebidas mais saudáveis. Açúcar, gordura e sal são ingredientes es-senciais para a preferência do consumidor e a Firmenich tem como direcionamento estratégico investir em suas pla-taformas Modulasense® e Tastegem® através de expertise interno de cientistas, aromistas, parceiros externos e ins-tituições para encontrar as melhores soluções aromáticas que permitem trabalhar em parceria com seus clientes para vencer esse grande desafio e seguir dirigindo a aceitação do consumidor em produtos “reduzidos em” ou “zero”.

As fontes de matérias primas usadas pela Firmenich po-dem ser sintéticas e ou naturais, sendo que todas são certi-ficadas para consumo humano por órgãos internacionais, tais como FEMA/GRAS e FDA, entre outros.

Nesse universo, a empresa possui patentes de matérias primas exclusivas que garantem um perfil aromático dife-renciado no mercado e aprovado pelos consumidores.

Em ambos os casos, sobretudo com relação às matérias primas naturais que são usadas nos aromas Firmenich, a sustentabilidade é um pilar essencial em toda sua cadeia.

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Encapsulados Inovação constante para antecipar as necessidades

dos consumidoresOs aromas encapsulados existem por uma necessida-

de da indústria direcionada a três pilares: proteção, libe-ração aromática controlada e simplicidade de manuseio. Ao longo dos últimos 30 anos, a Firmenich tem inves-tido em tecnologias diferenciadas de aromas encapsula-dos para as mais diversas aplicações.

Um exemplo são as bebidas em pó instantâneas, onde o frescor, impacto e estabilidade aromática de um sabor frutal são essenciais na preferência desse produto e, para que isso aconteça, o aroma precisa estar protegido na embalagem e ser liberado somente no momento da di-luição da bebida.

O mesmo acontece com produtos culinários, como molhos, sopas e caldos que sofrem com condições extre-mas de temperaturas durante o cozimento e preparo do produto final, requerendo uma proteção adicional para garantir autenticidade e impacto aromático no momento do consumo.

Para produtos forneados como bolos e biscoitos, o en-capsulamento é essencial para a proteção dos voláteis dos aromas e o equilíbrio sensorial depois do processo.

Pesquisa, desenvolvimento e sustentabilidadeA Firmenich está presente em mais de 60 países e, além

de seus laboratórios locais de aplicação de aromas e desen-volvimento de produtos, possui quatro centros globais de P&D na Suíça, Estados Unidos, China e Índia, localizados estrategicamente para cobrir as necessidades dos diferentes mercados foco para a empresa.

A empresa oferece a seus clientes atendimento total-mente exclusivo, resultado de uma união entre conheci-mento de mercado e categorias, marcas, entendimento dos consumidores e expertise tecnológico. Todos os aromas são customizados para as necessidades de seus clientes, levan-do em consideração os processos industriais e característi-cas de cada produto, tendo como princípio de negociação a ética e a sustentabilidade do planeta.

A Firmenich inaugurou em outubro de 2017, sua nova planta de Aromas Encapsulados em Cotia, São Paulo. Ser-vindo como um centro de excelência para tecnologias en-capsuladas na América Latina, a nova instalação oferece aos clientes maior competitividade e velocidade de comer-cialização para as principais tecnologias de aromas encap-sulados do grupo, Durarome® Aromatic e Flexarome®.

Para avançar os ambiciosos objetivos ambientais de 2020 da Firmenich, a nova planta de Aromas com tecnolo-gia de ponta foi projetada não só para aumentar a eficiência operacional da empresa, mas também para aperfeiçoar sua pegada ambiental, reduzindo o consumo de água em 20%, além da redução de consumo de energia e resíduos em 15%.

*Anuska Gaspar - Líder de Segmentos Doces e Bebidas América Latina

*Luciana Cristina Ducatti - Líder de Segmento Salgados América Latina

Synergy FlavorsCiência e foco no mercadoA Synergy Flavors é uma das empresas líderes na fabrica-

ção e fornecimento de aromas, extratos e essências, presente em mais de 50 países, atuando nas indústrias de alimentos, bebidas e produtos nutricionais. Ela faz parte do Grupo Carbery, que tem sede em Cork, Irlanda e é um dos prin-cipais fabricantes mundiais de queijos, ingredientes lácteos especializados e produtos nutricionais. A empresa combina um longo legado de desenvolvimento de aromas com uma tecnologia proprietária de extração, no qual mistura arte e ciência para criar uma variedade incrível de sabores.

A empresa oferece uma vasta coleção de aromas doces nas formas líquidas, emulsões, extratos, aromas em pó e en-capsulados, assim como aromas com funções tecnológicas, tais como moduladores e realçadores de sabor.

Os principais tópicos discutidos hoje na indústria pas-sam pela questão da saudabilidade, e a Synergy está atenta a essa tendência de mercado. Pensando nisso, desenvolveu uma linha completa de aromas com funções tecnológicas, que tem como principal objetivo fornecer soluções aromá-ticas que possibilitem a indústria a atender ou se antecipar aos acordos com o governo para reduzir açúcar, sal/sódio e gordura em alimentos e bebidas, sem perder suas principais características de sabor.

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Através de várias décadas de experiência em processos de produção de queijo e proteínas do soro de leite, a em-presa adquiriu também uma herança muito rica em tecno-logias lácteas. Isso possibilitou o desenvolvimento de uma coleção de soluções lácteas como extratos de levedura e potencializadores de sabor que podem reduzir ingredien-tes na formulação de um produto mantendo as caracterís-ticas sensoriais originais. Essas soluções podem promover cremosidade em um produto, permite reduzir ingredientes lácteos e sódio na formulação, realça sabor umami e, ao mesmo tempo, agrega em valor nutricional.

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Proteínas e frescor de plantasOs diversos estudos realizados sobre as proteínas

permitiu que a Synergy desenvolvesse soluções que con-tribuem para que o consumidor tenha uma experiência cada vez mais agradável em termos sensoriais. Uma des-sas soluções são os mascaradores de proteínas, que têm como função mitigar off-notes (notas residuais e indese-jadas) de proteínas das mais variadas fontes. Isso permite que a indústria ofereça produtos cada vez mais saudáveis e nutritivos, mas sem que o sabor seja comprometido.

Falando em tecnologia, outro destaque da empresa é a linha Synergy Pure®. São extratos e essências criados a partir da utilização de matérias primas naturais e/ou à base de plantas, que se diferenciam por ter uma caracte-rística de produto fresco, como se o ingrediente acabasse de ter sido colhido. Isso só é possível graças a um sistema de processo proprietário chamado Single-Pass Extrac-tion (SPE). Uma vez que os componentes aromáticos são captados (essências), os sólidos solúveis são extraídos e concentrados em um sistema de processamento contí-nuo, utilizando diferentes técnicas para preservar o sa-bor natural do ingrediente no seu auge. Na linha Synergy Pure, estão disponíveis extratos e essências de café, chá, frutas e vegetais, botânicos, herbais e baunilha. O prin-cipal diferencial dos extratos e essências são que, além de promover notas de sabor fresco ao produto, também trazem uma vantagem ao rótulo por ter um apelo total-mente clean label.

Com essa visão, a empresa tem trabalhado para des-cobrir novas fontes e métodos para o desenvolvimento dessa classe de ingredientes, com o objetivo de estar sem-pre preparada para atender de forma efetiva esse merca-do crescente.

Segmentos e subsegmentosA demanda por aromas é bastante equilibrada, tan-

to em alimentos quanto em bebidas, e em todos os sub-segmentos da indústria. Porém, um subsegmento que chama a atenção pela rapidez e inovação nos desenvol-

vimentos são os produtos saudáveis e com alto índice pro-teico. São produtos destinados não somente à atletas, mas a uma maior parcela da população que busca uma dieta balanceada ou produtos que promovam a saciedade, muito em função da luta contra a balança. Esses produtos geram muitos desafios no que diz respeito ao sabor e as preferên-cias do consumidor brasileiro, que está cada vez mais in-formado sobre a lista de ingredientes e tabela nutricional e, ao mesmo tempo, está mais exigente com o sabor e sua experiência de consumo. Isso abriu diversas oportunidades para a Synergy trabalhar próximo ao cliente em todo o pro-cesso de desenvolvimento de produtos como esses, gerando uma maior demanda nesse subsegmento para entregar ao mercado um produto saudável e saboroso.

Desafio do saborO principal desafio ao comparar aromas para alimentos

com fragrâncias é o fato do aroma estar relacionado inicial-mente com odor e sabor, enquanto que o mais importante em fragrâncias é o odor.

Um grande desafio no desenvolvimento de aromas para alimentos está na diversidade de fórmulas de produtos e processos industriais a que os alimentos e bebidas estão su-jeitos. Outro desafio está relacionado com a crescente em requisitos regulatórios à que a indústria é submetida, que pode limitar o uso de alguns ingredientes na criação de aro-mas para alimentos.

P&D e exclusividade em soluçõesNa planta em Vinhedo (SP), a empresa conta com um la-

boratório de criação, no qual possui uma equipe especializada no desenvolvimento de aromas doces, assim como equipa-mentos-piloto para o preparo de diferentes tipos de aromas.

Também conta com um laboratório de aplicação, com profissionais especializados em bebidas, panificação, con-feitos, nutrição e produtos lácteos. Essa parte do processo tem função crucial no desenvolvimento de produtos, onde a Synergy oferece suporte técnico e simula as condições de processos industriais para estar cada vez mais próxima à

realidade do cliente. Ter um laboratório de aplicação equi-pado e com profissionais que estão sempre próximos ao cliente torna todo o processo de desenvolvimento mais ágil, desde a criação até o lançamento do produto no mercado.

Em termos de pesquisa, a empresa tem parcerias estra-tégicas com universidades e institutos de governo em todo o mundo, pois a Synergy entende que os investimentos nessas áreas são fundamentais para o desenvolvimento de ingredientes mais sustentáveis, saudáveis e que sejam sabo-rosos ao mesmo tempo.

A Synergy entende que desenvolver aromas customi-zados é um de seus grandes diferenciais. Todos querem se diferenciar no mercado, seja através de um produto inova-dor, posicionamento, sabor, formato, etc., portanto oferecer aromas customizados é fundamental para proporcionar aos seus parceiros uma vantagem competitiva no mercado.

Para se antecipar ao mercado e customizar soluções, a empresa tem um time de marketing local e global dedicado a rastrear tendências e novidades do mercado. Uma plata-forma de comunicação foi desenvolvida entre o time global de marketing para mapear as tendências em cada região e conta com profissionais locais para direcionar as tendências de acordo com as preferências de consumo em cada locali-dade. Além disso, a Synergy dá muito valor à sua platafor-ma de Consumer Insights, pois entende que o consumidor final deve ser constantemente analisado para desenvolver produtos cada vez mais assertivos.

Essa customização é denominada Engenharia de aro-mas. Um exemplo bom é o da própria proteína, que tem seus desafios na aromatização. No processo de engenharia de aromas, a empresa considera as propriedades sensoriais das proteínas, utilizando seus ingredientes naturalmente presentes para a construção do sabor final.

“No mercado atual é importante compreender em de-talhes os desafios de formulação do produto, para então, criar de forma assertiva um aroma customizado. Portanto, a empresa dá muito valor ao relacionamento entre Synergy e cliente, para que essa cooperação aconteça da forma mais natural possível.”

*Paulo Reis - Diretor Geral América Latina

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Casa do AromaA Casa do Aroma surgiu para atender os segmentos de

alimentos e bebidas com agilidade e com o objetivo de atu-ar, principalmente, em empresas que não conseguem man-ter um grande valor de estoque e, por isso, precisam fazer as compras de insumos à medida em que esses vão acabando, ou seja, é muito curto o prazo entre a data da compra e a  utilização em suas produções.

Atualmente, a empresa fornece os principais sabores para bebidas e alimentos, mas o segmento em que tem maior atuação concentra empresas de sucos e preparados para bebidas (refrigerantes, laticínios, sucos concentrados).

DesafioAs empresas atualmente têm um quadro de funcio-

nários muito enxuto e com muitas demandas, em alguns casos, o prazo entre uma solicitação de amostra e um re-torno da aprovação pode levar meses, já que substituir um aroma não é algo muito simples, visto que é a característi-ca principal do produto final. Para lançamentos de produ-tos, o desenvolvimento é mais rápido, mas aqui o desafio é estar no momento certo no local certo, ou seja, encontrar quais são as empresas que estão começando a desenvolver novos produtos.

A empresa possui laboratório de desenvolvimento de produto, mas verifica que ainda é uma área em que a for-mação de mão de obra especializada é lenta. A Casa de Aro-ma treina pessoas para se envolverem em todo o processo de produção e de desenvolvimento. No laboratório tam-bém são realizados testes para simular a performance dos aromas da empresa nas mais variadas aplicações.

A Casa do Aroma trabalha para atender seus clientes da forma mais personalizada possível e consegue atingir seus objetivos nessa tarefa. Procura entender também qual o prazo de entrega, qual prazo de pagamento, tipo de apli-cação a fazer, ou seja, dessa forma consegue fidelizar seus clientes levando em conta suas peculiaridades.

*Wilker Abreu – Químico e proprietário Casa do Aroma

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Panorama setorial de alimentos e bebidas

A escolha da alimentação vem se mostrando fator cada vez mais relevante para o consumidor, não apenas para o brasileiro, mas mundialmente. A busca de saúde e qualidade de vida, há décadas, vem ganhando força, impulsionando pesquisas nas academias, empresas fornecedoras de ingredientes e

indústrias, consequentemente, trazendo produtos inovadores para o mercado de alimentos e bebidas. Por outro lado, existem outros fatores que interferem até no sucesso de produtos saudáveis e outras

inovações introduzidas no mercado – o custo de vida em função de crises econômicas.

Para dar um panorama do mercado de alimentos e bebidas, recorremos a análise de especialistas, como a Euromonitor Internacional, que fala sobre o atual status de alimentos e bebidas no mercado brasileiro, a ABIA, que avalia o desempenho desse mercado em 2017 e traz sua visão das perspectivas para 2018 e um resumo de um estudo da Mintel, que aponta tendências mundiais para o setor da alimentação.

Com a melhoria dos fatores macroeconômicos, como o controle da inflação e crescimento esperado do PIB, o segmento de alimentos embalados/processados apresentará um desempenho positivo nos próximos anos tanto em volume quanto valor de vendas. Bebidas frias não alcoólicas também apresentarão um desem-penho positivo entre 2018 e 2022. Contudo, isso não

significa que os consumidores serão irracionais em rela-ção ao seu padrão de compra à medida que a sua renda familiar retorne. Durante a crise econômica, os consumi-dores foram forçados a repensar suas decisões de compra, o que acabou, frequentemente, resultando na busca por produtos mais acessíveis, avaliação crítica do custo-bene-fício das marcas consumidas, ascensão de novos canais de compra, como os ‘atacarejos’ e a realização do poder de economia dos diferentes tamanhos de embalagens. Esses novos comportamentos dificilmente serão deixados para trás nos próximos anos.

Angélica Salado, analisa sênior de Bebidas e Caroline Kurzweil, analista de alimentos e bebidas da Euromonitor Internacional fazem um balanço sobre desempenho de al-gumas categorias em 2017 e apontam tendências para 2018.

Na avaliação das analistas, embora 2017 tenha sido um ano desafiante envolvendo crises políticas e econômicas, o seg-mento de alimentos embalados/industrializados e bebidas apresentou um desempenho razoável.

Categorias como snacks e lácteos foram as mais impac-tadas pela crise. Diversos tipos de produtos apresentaram uma queda no volume de vendas, incluindo os doces/con-feitos, chocolates, sorvetes e iogurtes – categorias que são normalmente percebidas pelo consumidor como não es-senciais. Iogurte, por exemplo, apresentou uma queda de 2% em valor de vendas em 2017, um desempenho signi-ficantemente pior que visto nos últimos anos. A difícil si-tuação econômica do último ano e o aumento dos preços encorajou os consumidores a comprarem menos iogurte e também a optarem por produtos lácteos mais acessíveis, o que gerou essa queda de vendas em 2016 e 2017.

As consequências da recessão econômica também im-pactaram o consumo de óleos vegetais, principalmente aqueles com maior valor agregado, como azeites e óleos de girassol e milho, categorias que também apresentaram que-da em volume de vendas.

Por outro lado, houve um aumento do consumo de alimentos processados dentro de casa devido à queda do consumo no foodservice. Isso impactou positivamente al-gumas categorias de produtos, como refeições prontas e produtos básicos. Essa tendência de ficar mais dentro de casa beneficiou produtos como saladas já preparadas, con-gelados e margarinas.

SaúdeA crescente demanda pela conveniência e o aumento da

conscientização sobre a importância dos produtos saudá-veis também beneficiaram as vendas dos cereais matinais e dos snacks salgados, sendo que o consumidor deu preferên-cia às opções mais saudáveis, como chips de vegetais.

Em relação às bebidas frias não alcoólicas, a categoria apresentou queda de vendas em 2016, mas já apresenta uma recuperação em 2017. Isso foi resultado de uma mudança nos hábitos dos consumidores brasileiros que passaram a acomodar seus produtos favoritos dentro do seu orçamen-to, ainda que isso exigisse algumas concessões como trade down de marcas, redução na frequência de consumo e bus-ca por embalagens econômicas.

Os brasileiros possuem grande interesse em ter um esti-lo de vida saudável e se manter em forma, algo que é ‘aspi-racional’ no nosso país. Isso resultou na queda de consumo dos refrigerantes e outras bebidas industrializadas, que fo-ram trocadas pela água engarrafada, principalmente quan-do servida com limão.

Outra categoria de bebida que é percebida como mais saudável pelo consumidor é o suco integral, que se mante-ve resiliente em 2017. Embora os preços por unidade ainda inibam muitos brasileiros, a categoria começa lentamente a democratizar os preços. Suco integral de marcas ‘massifi-cadas’ normalmente custam o mesmo que os sucos néctar de marcas premium, beneficiando as vendas dos sucos in-tegrais à medida que os consumidores estão cada vez mais críticos em relação ao custo-benefício do produto.

O chá pronto para beber também apresentou um cres-cimento consistente em 2017. Após um declínio de vendas no varejo em 2015, primeiro ano da crise econômica que drasticamente impactou a renda do brasileiro e também ano no qual a marca Neste ano, deixou de ser comercializa-da, as vendas vêm se recuperando desde 2016. Isso deve-se principalmente aos esforços dos fabricantes dos produtos e dos varejistas para oferecer descontos ao consumidor e encorajá-lo a consumir esse tipo de produto.

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Por outro lado, consumidores com a renda reduzida tiveram que repensar suas decisões de compra e passa-ram a priorizar itens essenciais, reduzindo a frequência de compras dos produtos indulgentes. Isso impactou pelo segundo ano consecutivo as vendas de energéticos. A ca-tegoria continua a retrair, porém a queda, em 2017, já foi menor do que no ao anterior e a categoria deverá apresen-tar sinais de recuperação em 2018. Uma vez que grande parte do volume consumido de energético é consumido juntamente com o consumo de bebidas alcoólicas, o cres-cimento deverá ser lento nos próximos cinco anos.

Bebidas isotônicas também apresentaram uma queda no volume consumido nos últimos quatro anos. Além do produto por si só já enfrentar dificuldades para atrair o consumidor, a condição econômica piorou a situação para os fabricantes. Ainda que muitos brasileiros tenham interesse em ter um estilo de vida saudável por meio de atividades físicas, os isotônicos não são percebidos como essenciais. Por isso, a categoria só deverá apresentar uma recuperação ao final de 2021.

Mercado brasileiro em númerosA ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimen-

tos) traz avaliação de 2017 em números do mercado de ali-mentos e bebidas e expõe as perspectivas para esse mercado em 2018 sob a sua ótica.

Houve crescimento dentro do esperado e uma melho-ria em relação aos anos anteriores, 2015 e 2016, segundo a ABIA. A indústria da alimentação cresceu nominalmen-te 4,6%, atingindo um faturamento de R$ 642,6 bilhões. A produção de alimentos – que representa 81% da produção na indústria da alimentação – atingiu a cifra de R$ 520,5 bilhões, com um crescimento nominal de 4,7%. A indústria de bebidas atingiu o patamar de R$ 121,9 bilhões, cresci-mento nominal de 4,2%.

O crescimento das vendas em termos reais foi de 1,30%, já descontada a inflação. Em volume físico, a indústria cres-ceu 1,25%.

SegmentosOs segmentos que apresentaram maior crescimento,

em 2017, foram: conservas vegetais (8,1%); desidratados e supergelados (3,1%) e óleos e gorduras vegetais (1,8%). Os mais afetados pela crise econômica, com queda no cresci-mento, foram: derivados de trigo (4,8%); chocolate, cacau e balas (1,5%); sucos (3,8%) e bebidas (2,2%).

Os segmentos que apresentaram crescimento acima da média foram: conservas vegetais (8,1%), devido à excelente safra agrícola de frutos e vegetais; desidratados e supergela-dos (3,1%), graças à retomada do crescimento do mercado interno; e óleos e gorduras vegetais (1,8%), por conta da excelente safra agrícola, especialmente da soja e do milho.

RecuperaçãoÉ possível dizer que houve uma recuperação. Em 2016,

a produção física caiu 0,98% e, em 2017, houve aumen-to de 1,25%. Os principais motivos são a excelente safra agrícola,queda da inflação e dos juros, que permitiram uma retomada do consumo interno.

Perspectivas para 2018O setor segue otimista, acreditando na recuperação,

principalmente em função da queda da inflação e da melho-ria do poder de compra da população. Além disso, devem crescer também as exportações e o mercado foodservice.

Em 2017, a exportação atingiu US$ 38,8 bilhões, cres-cimento de 6,7%. Foodservice fechou 2017 em R$ 164,7 bi-lhões, crescimento de 6,8%. Varejo alimentar fechou em R$ 338,3 bilhões, crescimento de 4,8%.

A Abia adota como expectativa de crescimento para 2018 uma expansão em todos os setores entre 2,5% e 3%, com todos os segmentos crescendo nesse intervalo.

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Tendências MundiaisEm seu relatório Tendências Globais em Alimentos &

Bebidas 2018, a Mintel, agência de inteligência de merca-do, aponta alguns aspectos que revelam as tendências de comportamento do consumidor. Entre os pontos levan-tados pela agência está a valorização da transparência, pois muitos consumidores não confiam nos sistemas re-gulatórios, produtores e até mesmo em outros seres hu-manos. Isso agrava o cansaço preexistente sobre alimen-tos e bebidas devido aos recalls, escândalos e suspeitas de produtos de grandes empresas.

A rastreabilidade de produtos tende a ganhar impor-tância nesse contexto de desconfiança dos consumido-res. Segundo o estudo da Mintel, rótulos limpos também tendem a ter mais prestígio e devem constituir a próxima onda em alimentos e bebidas.

AutocuidadoOutro aspecto apontado pelo estudo diz que à medi-

da que mais consumidores sentem a vida moderna mais caótica e estressante, dietas flexíveis e balanceadas tor-nam-se elementos integrais das rotinas de autocuidado.

O ritmo frenético da vida moderna, conectividade constante, desconfiança penetrante e tons controversos na política e nas mídias levaram vários consumidores a buscarem maneiras de escapar da negatividade em suas vidas. Muitas pessoas que se sentem sobrecarregadas estão focando no ‘autocuidado’, ou priorizando tempo e esforço para se dedicarem a si mesmas.

Nesse quadro, a busca por alimentação saudável é alter-nativa que faz as pessoas sentirem que estão cuidando de si mesmas. A tendência é reduzirem alimentos gordurosos, doces e, entre produtos que ganham espaço nesse contexto seria, por exemplo, bebidas relaxantes com águas aromati-zadas e ervas calmantes.

Segundo estudo da Mintel, o conselho, muitas vezes controverso, sobre o quê evitar, leva muitos consumidores a se interessarem por aquilo que os alimentos e bebidas ofe-recem e não por aquilo que lhes falta.

Essa abordagem afirmativa mantém a importância de formular produtos com ingredientes nutricionais de fru-tas, vegetais, grãos, sementes, ervas, condimentos, botâni-cos e outros ingredientes à base de plantas. As plantas são apenas um componente de dietas balanceadas, com vários consumidores criando dietas personalizadas que também priorizam o consumo suficiente de proteínas, hidratação e guloseimas ocasionais.

Consumidores que buscam aliviar o estresse continua-rão mudando a definição de ‘indulgência permissível’, dei-xando para trás os excessos ocasionais para consumir com maior regularidade opções mais saudáveis e saborosas, que são elementos indispensáveis para estilos de vida física e emocionalmente balanceados.

Novas tecnologiasA valorização de tratamento preferencial também está

entre os aspectos que devem conquistar os consumidores. O estudo revela que uma nova era da personalização está surgindo devido à expansão das compras de alimentos on-line ou por dispositivos móveis. Consumidores ocupados tendem a ser atraídos por sites de e-commerce, aplicativos móveis, controle de voz e outras opções online e por dispo-sitivos móveis, pois são mais vantajosos para suas agendas cheias e orçamentos econômicos.

Com a tecnologia ajudando e facilitando as compras, uma era de promoções e produtos específicos está surgin-do. O estudo da Mintel revela que a possibilidade de per-sonalização feita pelas novas tecnologias pode atrair mais consumidores. Especialmente, três em 10 brasileiros con-cordam que programas de fidelidade que dão recompensas personalizadas baseadas em seus interesses é algo atraente. A rede de supermercado brasileiro Grupo Pão de Açúcar lançou um aplicativo chamado Meu Desconto, que ofere-ce promoções customizadas de marcas para membros do programa de fidelidade da loja. O O varejista tem planos de otimizar o aplicativo para incluir mapas de lojas e filas virtuais que permitem ao consumidor agendar um horário para ir ao caixa. Aplicativos de varejistas podem ser usados para melhorar a seleção e exibição na loja para experiências de compras mais eficientes.

O futuro no setor ainda reserva algumas novidades bem radicais. O estudo menciona que tecnologia também está sendo usada para criar soluções para o nosso uso abusivo de recursos alimentares. Uma revolução tecnológica está

tramando o surgimento de empresas com olhar para o futu-ro que desenvolvem soluções para substituir fazendas e fá-bricas tradicionais por ingredientes e produtos finais desen-volvidos cientificamente. Empresas empreendedoras estão se construindo sobre os avanços tecnológicos, incluindo culturas de células tronco e impressão 3D, para replicar a natureza em ambientes controlados. Desenvolvimentos que fabricam alimentos e bebidas, como carne cultivada em la-boratório e laticínios sem animais, chamaram a atenção em manchetes durante os últimos cinco anos, mas os produtos resultantes normalmente são caros e alguns estão a anos de se tornarem disponíveis comercialmente. Contudo, in-vestimentos como aqueles feitos por General Mills, Tyson, Cargill, Unilever e o bilionário tecnológico Bill Gates, ace-leraram o ritmo e disponibilidade dos alimentos e bebidas desenvolvidos cientificamente.

Ao que tudo indica, o setor da alimentação ainda tem munição para surpreender o consumidor. Que venha o fu-turo e que venha com fartura para todos.

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Mintel anuncia as cinco tendências globais em alimentos

e bebidas para 2018

A Mintel, a principal agência de inteligência de mercado do mundo, apresenta as cinco tendências--chave que vão impactar o mercado mundial de ali-mentos e bebidas neste ano.

Em 2018, espera-se ver transparência e rastreabi-lidade disponível para todos, independentemente da renda. Do medo de certos ingredientes às surpresas políticas, o autocuidado tornou-se uma prioridade para muitos e isso inclui a escolha de alimentos e be-bidas que atenderão necessidades nutricionais, físicas e emocionais. Oportunidades também serão abun-dantes para texturas naturais, sedutoras e inesperadas, que podem incluir de bebidas para mascar a biscoitos com doce que “estoura” na boca.

Ao mesmo tempo, a rápida expansão da variedade de canais de varejo de alimentos e bebidas estimula-rá a oportunidade de recomendações, promoções e inovações de produtos que sejam personalizadas com base no comportamento individual do consumidor. Ultimamente, as empresas voltadas para o futuro es-tão desenvolvendo soluções para substituir fazendas e fábricas tradicionais por ingredientes e produtos aca-bados cientificamente concebidos.

Com 2018 em mente, a Especialista Global de Ali-mentos e Bebidas da Mintel, Jenny Zegler, discorre so-bre as principais direções que definirão os mercados de alimentos e bebidas em todo o mundo, explicando as tendências que ganharão mais importância no pró-ximo ano.  

Transparência TotalNa nossa nova realidade de pós-verdades, os con-

sumidores exigem transparência total das empresas de alimentos e bebidas.

A desconfiança generalizada exerce pressão sobre os fabricantes para que ofereçam informações detalhadas e honestas sobre como, onde e quando alimentos e bebidas são cultivados, colhidos, feitos e vendidos. A necessidade de garantir a segurança e a confiabilidade de alimentos e bebidas levou ao aumento do uso de posicionamentos naturais, éticos e ambientais em uma escala global. Além de detalhes mais específicos, a próxima onda de rótulos limpos desafiará fabricantes e varejistas a democratizar a transparência e a rastreabilidade para que os produtos sejam acessíveis a todos os consumidores, independen-temente da renda familiar.

Práticas de AutorrealizaçãoÀ medida que mais consumidores acham que a vida

moderna seja agitada e estressante, dietas flexíveis e balanceadas se tornarão elementos fundamentais das rotinas de autocuidado.

O ritmo frenético da vida moderna, conectividade constante, desconfiança generalizada e atitude contro-versa na política e nos meios de comunicação fizeram com que muitos consumidores buscassem maneiras de escapar da negatividade em suas vidas. Muitas pessoas que se sentem sobrecarregadas concentram-se no "auto-cuidado", priorizando o tempo e os esforços dedicados a si mesmas. Para o futuro, definições individuais de au-tocuidado e equilíbrio reforçarão que uma grande varie-dade de formatos, formulações e porções de alimentos e bebidas sejam produzidos. E esses produtos devem ofe-recer soluções positivas e tratamentos que possam ser incorporados em definições customizadas e flexíveis de saúde e bem-estar. Para os próximos anos, mais consu-midores estarão à procura de ingredientes, produtos e combinações de alimentos e bebidas que proporcionem benefícios nutricionais, físicos ou emocionais promo-vendo suas prioridades para o autocuidado.

Novas sensaçõesA textura é a ferramenta mais recente para envolver

sentidos e oferecer experiências dignas de serem com-partilhadas.

Em 2018, o som, a sensação e a satisfação fornecidos pela textura se tornarão mais importantes para empre-sas e consumidores de alimentos e bebidas. A textura é a próxima característica da formulação que pode receber investimento para proporcionar aos consumidores ex-periências interativas e que possam ser documentadas. A busca de experiências proporcionará oportunidades para alimentos e bebidas multi-sensoriais que usem tex-tura diferenciada, oferecendo aos consumidores  -  espe-cialmente aos adolescentes e jovens adultos da iGenera-tion  -  conexões tangíveis ao mundo real, assim como momentos para compartilhar pessoalmente ou on-line.

Tratamento preferencialUma nova era de personalização está começando de-

vido à expansão das compras de alimentos on-line e via dispositivos móveis.

Como a tecnologia nos ajuda a fazer compras de uma forma mais fácil, surge uma nova onda de promoções e produtos específicos. Motivados pelo potencial de  eco-nomizar tempo e dinheiro, os consumidores experimen-tam uma variedade de canais e tecnologias ao adquirirem alimentos e bebidas, como entrega em domicílio, servi-ços de assinatura e reposição automática. As empresas e varejistas podem aproveitar a tecnologia estabelecendo novos níveis de eficiência, como recomendações perso-nalizadas, combinações que cruzam diferentes categorias e soluções criativas que economizem o tempo, esforço e energia do consumidor. Existem oportunidades para as empresas atraírem os consumidores através da criação de produtos, sugerindo combinações de itens e outras opções em diferentes categorias de consumo que tornam as compras mais eficientes e acessíveis para os clientes.

Feira de ciênciasA tecnologia está sendo usada para criar soluções

para o nosso fornecimento global limitado de alimentos.

Uma revolução tecnológica está a influenciar a fabri-cação de produtos. Algumas empresas visionárias estão desenvolvendo soluções que podem substituir fazendas e fábricas tradicionais pela produção científica de ingre-dientes e produtos acabados. Em 2018, a tecnologia irá começar a desfazer a cadeia tradicional de alimentos, já que produtores inovadores visam substituir fazendas e fábricas por laboratórios. Enquanto alimentos e bebidas sintéticos e de laboratório começam a surgir, a tecnolo-gia poderia eventualmente ser usada para projetar  ali-mentos e bebidas inerentemente. Assim, cresceria o con-sumo por alimentos e bebidas criados cientificamente, indo além dos compradores preocupados com o meio ambiente, mas alcançando também aqueles focados na consistência, eficácia e pureza dos ingredientes.  

Jenny Zegler, Especialista Global de Alimentos e Be-bidas da Mintel, afirma:

"Em 2018, a Mintel prevê oportunidades para fabri-cantes e varejistas que ajudarão os consumidores a re-cuperar a confiança em alimentos e bebidas e a aliviar o estresse através de dietas balanceadas e também por experiências memoráveis do que comem ou bebem. Há também um novo grande capítulo a despontar pelo qual a tecnologia irá ajudar as marcas e

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As empresas de alimentos e bebidas começaram a res-ponder ao que vem sendo chamado de “reação contra o açúcar” - uma resposta ao aumento da pressão de lobistas e governos para que as pessoas comam e vivam de ma-neira mais saudável - no qual consumidores começam a lentamente mudar seus hábitos de consumo trocando os produtos ricos em açúcar e gordura pelos integrais ao mesmo tempo que adotam um estilo de vida mais ativo. Embora é certo que a mudança não acontecerá da noi-te para o dia, ela se tornará cada vez mais relevante e os snacks posicionados como saudáveis apresentam melhor desempenho que os tradicionais.

Novo cenário competitivo favorece os lácteos e os snacks salgados

Essa demanda por alternativas de snacks saudáveis vem beneficiando as empresas do segmento de lácteos e snacks salgados. Tanto a Danone quando o Grupo Lacta-lis, que predominantemente operam no setor de lácteos, vem apresentando forte desempenho no ranking global de alimentos embalados. Com a compra da WhiteWave, marca reconhecida por seus produtos alternativos ao leite tradicional, em 2017, a Danone deverá ultrapassar a Kraft Heinz e se tornará a quinta maior empresa global de ali-mentos; já a Lactalis viu sua posição subir no ranking através de diversas aquisições em vários mercados emer-gentes, como Brasil e Índia. Beneficiada por sua forte presença nos snacks salgados, a PepsiCo apresentou um desempenho melhor que a maioria das empresas do seg-mento de doces e chocolates, incluindo Mars e Mondelez. Para os próximos anos, as marcas de doces e chocolates precisão redefinir suas estratégias caso queiram se manter relevantes nesse novo cenário competitivo de snacking.

Reposicionando Indulgência na Era Dos Snacks

Por Lianne van den Bos*

Vendas de chocolate caem, mas consumidores gastam mais por unidade vendida

Nos últimos anos, o açúcar se tornou o culpado pelo au-mento de peso, o que contribui para o declínio global no con-sumo de chocolates entre 2014-2017. Contudo, a tendência de “menos, mas melhor” resultou num aumento do consumo per capita. A indústria de chocolate não continuar a competir com os snacks saudáveis do ponto de vista nutricional.

O caminho da premiunização será chave para que as empresas de chocolate continuem crescendo no futuro. Os consumidores continuarão a buscar por produtos de indul-gência, ainda que menos frequentemente. Qualidade ao in-vés de quantidade deverá ser um fator a impulsionar as ven-das nos próximos anos. Espera-se que o gasto per capita em chocolates cresça a uma média anual de 0,5% até 2022, uma taxa maior que a esperada para o crescimento em volume da categoria globalmente.

O poder das causas sociais: bom para você e para o mundo

Em Praga, na República Checa, um café volante em cima de uma bicicleta, chamado Velobloud foi lançado no verão de 2016, apresentando um novo conceito na cidade, após o su-cesso dos foodtrucks que começaram a surgir em 2016. A úni-ca diferença da marca está no fato que ela oferece às pessoas sem moradia a oportunidade de serem treinados como baris-tas e ganhar uma renda. "Velo" é um prefixo usado na forma antiga da palavra "bicicleta", enquanto "Velobloud" simples-mente significa "camelo", um animal que pode percorrer lon-gas distâncias, muitas vezes sem qualquer direção específica.

Este conceito não só fornece um formato inovador para vender café, mas também beneficia à comunidade local, pro-porcionando pessoas sem moradia com um caminho para a mudança social. O conceito foi bem recebido pelos consu-midores locais que apoiam seus objetivos sociais, mas tam-bém que querem uma boa xícara de café. A empresa espera expandir o conceito para outras cidades da República Che-ca em 2017. Conceitos similares podem ser replicados para os snacks uma vez que os consumidores são susceptíveis a apoiar uma marca versus outra se a primeira os faz sentir bem. Um snack pode não ser necessariamente nutritivo, mas, ao mesmo tempo, pode ajudar a apoiar uma causa local.

Nestléappoints anew CEOwith a strongbackground inhealthscience

Reckittannouncestheacquisitionof babyfoodcompanyMeadJohnson

PepsiCoacquiresprobioticdrinksMakerKeVita

Danonecompletestheacquisitionof plant-based dairycompanyWhiteWave

Unilevertakes astake inmaker ofhealthymeal-kitsSun Basket

Jan 2017

Feb 2017

March 2017

April 2017

May 2017

* Gerente da Pesquisa de Alimentos da Euromonitor International - *Esse artigo faz parte do estudo ‘Repositioning Indulgence to Remain Relevant in the Healthy Snacking Era, da consultoria Euromonitor International.

Fonte: Euromonitor International

Clean Lifers - Vida Limpa:Uma Tendência De Consumo Em 2018

Por Alison Angus*

* Gerente de Lifestyles da Euromonitor International

Os consumidores estão adotando estilos de vida mais cle-an e minimalistas, tendo a moderação e a integridade como principais elementos. Essa nova geração de consumidores “sem vícios”, que reúne em sua maioria pessoas de 20 a 29 anos com bom nível de escolaridade, cresceu em meio à grande recessão, ao terrorismo e aos cenários políticos con-turbados. Eles possuem uma visão de mundo mais ampla do que as gerações anteriores e se interessam em viver uma vida mais ordenada.

Dizendo não...

Os consumidores influenciados por essa tendência pos-suem fortes crenças e ideais. Eles são menos tolerantes e mais céticos. Acreditam que são capazes de fazer a diferença e isso influencia suas escolhas de consumo. Isso significa di-zer não com mais frequência: não ao álcool, não aos hábitos não saudáveis, não aos produtos que contêm ingredientes de origem animal e, cada vez mais, não ao consumo desmedi-do ou desinformado. Esse grupo possui uma necessidade de impressionar que está menos relacionada às posses e mais voltada às experiências que gostariam de compartilhar.

Os consumidores que buscam uma vida limpa preferem ficar em casa e relaxar ao invés de passar a noite na balada. Sair para curtir uma balada é caro, efêmero e, muitas vezes, não é saudável ou seguro. Estes consumidores preferem gas-tar dinheiro com experiências, como viagens de fim de se-mana, festivais e restaurantes, onde possam conversar com os amigos, ou com alternativas sociais mais saudáveis, como aulas fitness que variam desde o yoga até os treinos de alta intensidade.

Eles recusam drogas recreacionais, não bebem ou bebem menos, praticam um consumo mais minimalista e estão de-terminados a viver de forma mais responsável. O movimen-to vegano já está com força total e, em 2018, os Clean Lifers irão mais longe, erradicando produtos que contêm ingre-dientes de origem animal de todas as áreas de suas vidas. Os defensores de uma vida limpa são hardcore em suas esco-lhas de abstemia, seja o veganismo, o fato de evitar o álcool ou outras escolhas relacionadas ao estilo de vida, mas exer-cem grande influência e a tendência se espalhará, atingindo outras pessoas também dispostas a aderi-la.

Reagindo aos Clean Lifers

Essas atitudes e preferências causam grandes rupturas nos negócios.

A abstinência, aliada à necessidade de controlar a ima-gem e a aparência corporal, está mudando o cenário de so-cialização. Festivais sem bebidas alcoólicas, raves matinais, eventos de meditação coletiva e baladas fitness apresentam forte crescimento. Um exemplo é o Daybreaker, uma cafe-teria no Brooklyn que começou em 2013 após experiências negativas nas baladas de um grupo de amigos adeptos à vida limpa. O local promove festas matinais fitness, por exem-plo, com yoga e dança, em que todos curtem em sobrieda-de. A ideia foi tão bem recebida pela crescente geração de Clean Lifers que hoje o evento acontece em todas as partes da América, com rápida expansão global, incluindo o Reino Unido e Hong Kong.

Com a crescente popularidade da sobriedade, os consu-midores se frustram com as poucas opções de bebidas com baixo teor alcoólico ou sem álcool, especialmente ao se so-cializarem em bares e restaurantes. As opções de bebidas gaseificadas, como refrigerantes ou sucos tradicionais, são limitadas, especialmente considerando que o público está cada vez mais sofisticado. Algumas inovações surgiram em sucos e mocktails apresentados por marcas de nichos e pelos bares. A aquisição da Seedlip, a primeira empresa de destila-dos não alcoólicos do mundo, pela Diageo, e o lançamento da cerveja sem álcool da Heineken, que leva o mesmo nome, demonstram que grandes empresas enxergam a importân-cia da tendência de vida limpa e desejam entrar nesse negó-cio. Tudo isso em meio a um cenário de crescimento global nas vendas de cerveja sem álcool.

Nota: Vida Limpa é uma das dez tendências de consumo identificadas no relatório “Top 10 Global Consumer Trends for 2018” da Euromonitor International.

Growth Index of Global Volume Sales of Beer

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Com a observação do consumo excessivo de açúcar, em 2015, a OMS publicou nova diretriz para alertando para a necessidade de adotar políticas públicas que estimulem a redução de uso e consumo desse ingrediente. Segundo a entidade, o consumo de açúcar não deve ultrapassar 50 g por dia e a população mundial está consumindo o açúcar bem acima desse limite, causando aumento de peso e doenças cardiovasculares, diabetes, problemas hepáticos, entre outras doenças.

Em 2017, algumas entidades brasileiras do setor de alimentos e bebidas, entre elas, a ABIA (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação); ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas) e Viva Lácteos em parceria com o Ministério da Saúde iniciaram movimento na direção de reduzir o uso de açúcar em alimentos industrializados.

Sem perder a doçuraO aumento de problemas de saúde decorrentes de vida sedentária, frequentemente, associada à

alimentação inadequada, colocou luz sobre o consumo excessivo de alguns ingredientes. Um dos primeiros vilões da alimentação foi a gordura, apontada como causa de doenças cardiovasculares, provocando o desenvolvimento de soluções para formulação de produtos diet e light . Na sequência, o sal entrou na mira e a OMS (Organização Mundial da Saúde), inclusive, estabeleceu recomendações para redução de sódio em alimentos e bebidas. Agora, o açúcar é a bola da vez.

Uma pesquisa aponta que a maior parte do uso de açúcar ocorre em preparações de alimentos em residências, 56,3%, segundo dados da POP/IBGE. Os alimentos industrializados representam 19,2% do uso do ingrediente. Porém, mesmo sendo responsável pela menor parte do consumo de açúcar, as indústrias criaram um plano voluntário para promover a redução em produtos processados. Os desafios tecnológicos na empreitada de reduzir açúcar não são poucos e são considerados mais complexos do que em iniciativa semelhante de reduzir sódio, cujo modelo com etapas e objetivos foi sucesso no Brasil e reconhecido internacionalmente.

Algumas empresas fornecedoras de ingredientes e solu-ções decidiram enfrentar o desafio da redução e substituição do açúcar em alimentos industrializados. Selecionamos al-gumas delas para dar mais detalhes de seus desenvolvimen-tos e produtos.

Duas Rodas

Saudável e clean labelAlinhada aos movimentos de mercado, a Duas Rodas

desenvolveu o Taste Full Technologies, plataforma de ingre-dientes voltada à promoção da saudabilidade na alimentação global, sem abrir mão do sabor, principal quesito para a re-compra de produtos.

Um dos ingredientes destaque desse portfólio é o T-Swe-et, premiado com a 3ª colocação na categoria Ingrediente Alimentício mais Inovador, da Fi Innovation Awards 2017. Trata-se de uma tecnologia de aroma 100% natural que pro-move a redução de 25% a 33% de açúcar em produtos  in-dustrializados, como iogurtes e néctares, por exemplo. Pode ser aplicado ainda nas mais diversas categorias, entre elas snacks doces, bebidas lácteas e sorvetes, podendo ampliar o potencial de redução de açúcar dependendo da formulação do produto final. 

Nos testes sensoriais realizados com uso aplicado do T--Sweet com consumidores finais, o produto registrou uma ótima aceitação, confirmando o seu excelente potencial de redução de açúcar sem deixar residual. Além disso, por ser isento de edulcorantes, o produto possibilita à indústria uti-lizar o apelo clean label.

Por ser isento de edulcorantes, O T-Sweet possibilita à in-dústria utilizar o apelo clean label.

Outra tecnologia interessante é o T-Sweet Mod, um aroma também natural que promove o arredondamento do sabor do produto final, excluindo totalmente o residual de edulco-rantes como a stevia e a sucralose. Dessa forma, é possível a

substituição total de açúcares por edulcorantes naturais com sabor de um produto de formulação regular. É indicada, por exemplo, para aplicações em produtos como bebidas não ga-seificadas, refrescos em pó, candies, entre outros.

Vale ressaltar que, com essas tecnologias, é possível ofere-cer alimentos saudáveis com a sensorialidade de um produto de formulação padrão, atendendo ao principal quesito de re-compra: o sabor.

Ambas as tecnologias entregam a plenitude do sabor sem deixar residuais e atendem ainda ao conceito de clean label para o produto final, diferenciais extremamente valori-zados pela indústria e pelos consumidores.  

Além dessas soluções tecnológicas, o Taste Full Technolo-gies conta também com ingredientes para redução de sódio e de gorduras. Para redução de açúcar, desenvolvemos tam-bém o S-FIT 30% e 50%, que permite a redução em bebidas mistas e refrigerantes. A solução alia qualidade de sabor ao menor custo por aplicação.

Proporção e dificuldadesAs propriedades do T-Sweet, por exemplo, interagem si-

nergicamente com formulações de iogurtes, néctares e bebi-das lácteas UHT, reduzindo o açúcar em até 25% e 33%. A versão T-Sweet Mod possibilita o arredondamento de edul-corantes naturais com substituição de até 100% do açúcar. Já a S-FIT permite a redução de 30% ou 50% de açúcar em bebidas, dependendo da aplicação.

Normalmente, produtos como biscoitos e bolos apresen-tam mais dificuldades de substituição do açúcar. Nesses ca-sos, o açúcar, além de fornecer doçura, esse ingrediente atua também como agente de corpo do produto. Sendo assim, ao retirar o açúcar, necessário também incluir ingredientes que ajudem para obter a mesma massa proporcionada pelo ele. Nas aplicações que feitas com os ingredientes da Duas Ro-das, a multinacional desenvolveu opções para compensação desse quesito.

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É interessante destacar também que a empresa conta com equipe de cerca de 200 pesquisadores e especialistas em sabor, que atuam na criação de soluções de alto desem-penho para o cliente e desenvolvem formulações e proje-tos sob medida.

Custo As tecnologias de redução de açúcar que seguem para

uma linha mais natural, de isenção, tendem a ter um custo por quilo superior aos edulcorantes existentes. O diferen-cial do T-Sweet, além dos atributos sensoriais e de natu-ralidade, está em seu custo por aplicação – já que acaba não impactando consideravelmente no preço que chega ao consumidor final.

Ajinomoto

Opções para redução total ou parcialPara redução parcial ou substituição de açúcar, a Aji-

nomoto possui em seu portfólio o Aspartame e, para re-dução parcial, o Advantame. Os produtos são disponibili-zados em pó fino.

A molécula do Advantame é uma substância aromati-zante com o poder de adoçamento 20 mil vezes mais doce que o açúcar, que intensifica e melhora o perfil aromáti-co dos produtos. Adicionado a bebidas, em geral, ajuda a reduzir parcialmente o açúcar e a arredondar o sabor. Seu benefício também é perceptível quando utilizado em gomas de mascar, prolongando o efeito long lasting. A empresa destaca também seu uso associado à Stevia, com o objetivo de mascarar o sabor residual desagradável e torná-lo mais saboroso aos consumidores. Produtos que podem ser utilizados atualmente: bebidas não alcoólicas em geral, além de doces, lácteos e sorvetes.

O Advantame pode interagir com alguns aromas uti-lizados em diversos tipos de alimentos, sendo necessários alguns ajustes na formulação.

As bebidas em pó são os produtos que mais utilizam produtos para redução e/ou substituição de açúcar da Aji-nomoto, que são de origem sintética.

CustoO custo dos produtos para redução e/ou substituição

do açúcar depende da aplicação e do benefício que se de-seja. Geralmente, como é utilizado esse tipo de solução com um benefício, impacta no custo final do produto, en-tretanto o impacto não é muito significativo.

*Miriam Higuchi, gerente da Divisão Food Ingredients

IngredionDulçor sem perder sabor do açúcar Com os novos regulamentos e metas em discussão para

redução de açúcar, agora é o momento de examinar mais de perto essa tendência e identificar as melhores soluções. É preciso muito mais do que os edulcorantes para desen-volver produtos reduzidos em açúcar que os consumidores tanto desejam.

A Ingredion oferece soluções que ajudam a satisfazer es-sas necessidades diversas e complexas dos consumidores e também auxilia a indústria de alimentos e bebidas a refor-mular seus produtos com menos açúcar, sem que haja alte-ração na aceitação do consumidor. Nos centros de inovação Ingredion Idea Labs®, o cliente da empresa encontrará um mix de conhecimentos de mercado, sensorial e experiência em formulação, além de insights criativos para garantir o su-cesso no desafio de reduzir açúcar.

A Ingredion possui um portfólio extenso de ingre-dientes para a redução de açúcar, desde os edulcorantes intensivos até os diversos agentes de corpo, que devolvem a textura e a funcionalidade do açúcar nas diversas aplica-ções alimentícias.

SoluçõesEntre esses ingredientes, estão: Edulcorante Enliten® ,

com diferentes concentrações de RebA, extraídos das folhas da estévia, que possuem sabor neutro e permitem reduzir o açúcar de forma natural; Polióis, excelentes ferramentas para formulações reduzidas ou sem açúcares, permitindo claims de ‘sem açúcar’ ou de ‘açúcar reduzido’ em diversas aplica-ções. Em geral, possuem baixo aporte calórico e baixo índice glicêmico, sendo adequados para diabéticos e não são cario-gênicos, além de serem muito estáveis aos diversos processa-mentos; Fibras, agregam funcionalidade além de balancear a formulação. Produzida a partir da sacarose não transgênica (açúcar de cana), a fibra prebiótica solúvel Nutriflora® é 30% tão doce quanto o açúcar - com menos calorias e um perfil de dulçor semelhante ao da sacarose; Xaropes de glicose es-peciais com menor teor de mono e dissacarídeos também poderão auxiliar na redução de açúcar de maneira efetiva, sem alterações em rotulagem e com sabor limpo, além de aportar funcionalidades aos produtos, como textura e corpo. Além destes ingredientes, a Ingredion conta com uma gama de amidos, amidos modificados e maltodextrinas que são grandes aliados para reformulações eficazes recompondo a textura em diversas aplicações.

Nesse contexto, algumas soluções da Ingredion para re-dução de açúcar são: Polyglobe®/Sorbex®, polióis que contri-buirão com corpo e balanço de dulçor, estáveis aos diversos

processos; Versasweet™ e Stablesweet™ , xaropes de glicose com baixo teor de açúcar e Dolcerra™, sistemas otimizados de dulçor e textura.

Tecnologias inovadorasUsando as linhas de texturizantes e edulcorantes em com-

binação com tecnologia exclusiva, a Dial-In®, a empresa pode ajudar a indústria a reconstruir a textura e o sabor, muitas vezes perdidas ao reduzir o açúcar, contribuindo para alcan-çar o dulçor desejado e atributos de textura. A tecnologia Dial-In® é uma ferramenta rápida, robusta e focada no con-sumidor para o desenvolvimento de produtos. Consiste em etapas que garantem o cumprimento dos objetivos de textura e dulçor e podem reduzir o tempo e o custo do desenvolvi-mento de novos produtos.

Com a ferramenta Consumer-Centricity™, a Ingredion busca entender as necessidades específicas dos consumido-res. Dessa forma, conseguimos conectar as suas preferências ao design do produto, o que é fundamental para orientar os centros de inovação Ingredion Idea Labs® e garantir a criação de produtos que os consumidores realmente valorizem.

Aplicações complexasAs aplicações onde o açúcar exerce um papel tecnológi-

co importante, além do aporte de dulçor, são aquelas onde o nível de complexidade é maior para formular versões re-duzidas em açúcar. É o caso de biscoitos, doces recheados e alguns confeitos. Nesses casos, o açúcar desempenha tam-bém função estrutural, contribuindo com maciez, cor e esta-bilidade ao longo da vida útil e, estas funcionalidades devem também ser conferidas nas formulações reduzidas. Outro exemplo são aplicações onde a matriz é menos complexa, ou seja, onde o açúcar é um dos ingredientes principais e a lista de ingredientes é mais enxuta. Como o impacto do açúcar é grande, os impactos em sabor e também em custo são mais sensíveis e menos ferramentas ou tecnologias podem ser em-pregadas para compor a formulação final. Este é o exemplo de bebidas carbonatadas ou chás prontos para beber. Seja qual for o desafio, a Ingredion tem a solução ideal para aju-dar a indústria a se diferenciar no mercado de alimentos e bebidas, aportando melhorias de sabor, aparência, textura e perfil nutricional, além de soluções para otimizar processos e reduzir custos.

Reduzindo aftertasteDiversos testes sensoriais são realizados pela equipe téc-

nica da empresa, inclusive utilizando painel treinado em dul-çor e linguagem interna específica (Sweetabulary™), com a finalidade de assegurar que as soluções finais sejam as mais próximas possíveis da referência.

A principal preocupação com aftertaste surge quando edulcorantes intensivos são utilizados em formulação. No entanto, o edulcorante intensivo de estévia Enliten® apre-

senta um perfil limpo e bastante otimizado. Além disso, a metodologia Dial-In® assegura que a formulação seja desen-volvida de forma a atingir o melhor equilíbrio, satisfazendo as expectativas dos consumidores finais.

Rafaela Manso – Gerente de Desenvolvimento de Negó-cios/Ingredion

DuPont NutritionAlternativas de reduções saudáveis A DuPont auxilia a indústria e os profissionais de P&D

com soluções específicas para a redução de açúcar em ali-mentos e bebidas, que podem ser utilizadas sozinhas ou em conjunto, dependendo da necessidade do cliente e da de-manda do consumidor. Gostaria de destacar algumas des-sas soluções:

*Fibras solúvel e insolúvel - Litesse® e Fibrim®, respectiva-mente, ajudam a atingir o corpo, a percepção de dulçor e a textura, principalmente em aplicações nas áreas de bebidas, panificação, lácteos e sorvetes. Além desses benefícios, a fi-bra melhora o perfil nutricional do alimento, podendo ser utilizada a alegação de ‘rico em’ ou ‘fonte de’, dependendo da quantidade adicionada. Por contribuir para repor os sólidos nos produtos, tem um papel bastante importante em sorve-tes principalmente no controle do derretimento e formação dos cristais de gelo.

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*Polióis como Xilitol e Lactitol - O xilitol con-fere o mesmo dulçor que o açúcar. Bastante utiliza-do em balas, chicletes e confeitos em geral; o xilitol também pode ser utilizado em bebidas. Já o lactitol é mais usado em panificação e na indústria láctea.

*Proteínas de soja Supro®. A utilização da prote-ína de soja auxilia no corpo e textura em produtos, como bebidas, bolos, biscoitos e iogurtes. Assim como as fibras, a proteína vegetal auxilia na repo-sição de sólidos dos produtos, além de melhorar as propriedades nutricionais do alimento. A proteína de soja tem a mais alta qualidade de todas as proteí-nas vegetais, em termos de digestibilidade e compo-sição de aminoácidos, além disso, pode contribuir na formulação de uma bebida de baixo índice gli-cêmico (low GI).

*Hidrocolóides e mesclas personalizadas de ingredien-tes - A oferta de hidrocolóides da DuPont inclui pectinas, xantana, CMC, guar, LBG, gelana, carragena e outros. Os sistemas são combinações de ingredientes fabricados sob medida para cada aplicação, que podem ser soluções produzidas somente com hidrocolóides e/ou com emulsi-ficantes, enzimas e outros ingredientes. Ambas linhas de produtos podem ser usadas em diversas aplicações como agentes de textura, corpo, estrutura e estabilização, além de funções reológicas que auxiliam durante o processa-mento dos alimentos. Essas soluções são extremamente importantes para adequar a textura que foi alterada ao re-tirar o açúcar do alimento.

*Emulsificantes - Inclui a linha de lecitinas de soja e outros emulsificantes como o dismo hard e soft. Os emul-sificantes atuam na estabilização da gordura nas bebidas e melhorando o mouthfeel, quando o açúcar é reduzido na formulação. Auxiliam na textura, reologia, estabiliza-ção e corpo de aplicações como bebidas, balas e confeitos em geral, sorvetes (ponto de congelamento e formação de cristais), bolos, biscoitos, produtos lácteos em geral. A Du-Pont oferece uma linha completa de emulsificantes assim como combinações fabricadas sob medida.

*Enzimas - A oferta de enzimas da linha FoodPro® ,que a DuPont comercializa é bastante ampla e inclui invertase, glicose-isomerase, alfa-amilase, amiloglucosidase e lacta-se. Esses produtos ajudam na sensação de dulçor com a quebra/inversão de substrato em glicose/frutose nas apli-cações de bebidas, panificação e produtos lácteos.

*Antimicrobianos - uma das contribuições do açúcar está relacionada com a vida de prateleira (shelf-life) dos produtos. Temos uma linha completa de antimicrobianos que podem ser utilizados em panificação, preparados de frutas, bebidas e alguns produtos lácteos, mantendo assim a vida útil e a segurança alimentar do produto.

*Fructofin® - a frutose é um açúcar natural que possui um dulçor de 1.6 vezes maior que o açúcar. É usado prin-cipalmente em bebidas, produtos de confeitaria, panifica-ção, preparados de frutas e alguns produtos lácteos.

Funcionalidade para cada tipo de produto

Dependendo do alimento em que é aplicado, o açúcar tem várias funcionalidades, tais como conferir sabor, agregar dulçor, realçar cor, garantir a textura e corpo, contribuir com sólidos, auxiliar na atividade de água, controlar a umidade, so-lubilizar outros ingredientes, auxiliar no processo de cristali-zação, facilitar atingir o ponto de congelamento e viscosidade.

Muitas vezes, o açúcar proporciona várias funcionalida-des em um mesmo alimento. Desta maneira, não existe um único produto que possa substituir o açúcar trazendo todas as suas funcionalidades.

Algumas dessas funcionalidades fazem parte do processo de produção do alimento, exemplo de controle de viscosi-dade, e outras são características que os consumidores va-lorizam em uma determinada categoria de produtos, como textura, dulçor.

O maior desafio ao desenvolver substitutos de açúcar é combinar diferentes soluções para substituir total ou parcial o açúcar nos alimentos, sem perder a funcionalidade e nem a característica que o consumidor aprecia naquele produto. Definir a dose certa de cada ingrediente para cada matriz de alimento, que pode variar de um líquido, com diferentes vis-cosidades (bebidas, iogurtes e outros produtos lácteos) a um sólido (biscoito, bolo, bala, chiclete) é o trabalho dos profis-sionais e cientistas da área de pesquisa e desenvolvimento.

DesafiosBebidas é uma matriz onde o sabor, o aroma e a textura

exercem muita influência no produto. Essas características são essenciais quando falamos nessa categoria de produtos, pois definem as preferências dos consumidores. O grande desafio está em encontrar o ponto ideal de equilíbrio entre as propriedades organolépticas e físico-químicas que sejam aceitas pelo consumidor e que também atenda a um quesito especial: o mínimo impacto possível no preço final. Ou seja, não adianta encontrar uma solução bastante sofisticada em termos sensoriais, se o preço final do produto for muito su-perior ao que o mercado está disposto a pagar.

Vale a pena salientar a diferença entre a redução de açú-car e redução de calorias. Muitas vezes, não é possível se ater apenas no tema redução de açúcar no alimento em si e esquecer de ampliar a visão e ser mais holístico em relação ao tema: o impacto na saúde dos consumidores. Não adianta desenvolver soluções incríveis tecnologicamente, que aten-dam as legislações para reduzir açúcar nos alimentos, mas que aumentem o aporte calórico do alimento e que no final não auxiliará no combate a obesidade, sobrepeso e diabetes.

*Gisele Barros – Líder de Marketing DuPont Nutrition & Health e Elisa Trindade, Especialista Sênior de Inovação da DuPont Nutrition & Health

SweetmixFibras solúveis e

blends de edulcorantesComo distribuidor oficial dos produtos BENEO, a Sweet-

mix oferece uma linha de fibras solúveis da raiz da chicória (Inulina e FOS) com ótimo perfil de dulçor. A Sweetmix tam-bém oferece uma linha completa de blends de edulcorantes, de fontes naturais ou sintéticas, para a redução de açúcares.

A linha de fibras solúveis da BENEO possui perfil de dul-çor semelhante ao açúcar. Embora com o potencial de dul-çor em menor ntensidade que o açúcar, as fibras da BENEO permitem que a redução de açúcar seja feita sem a perda da textura e palatabilidade, além de proporcionar um apelo nu-tricional de fibras solúveis ao produto.

As soluções de blends de edulcorantes são desenvolvidas de acordo com o objetivo e características desejadas pelo cliente. As fibras solúveis da raiz da chicória podem ser for-necidas em forma líquida ou pó e os blends de edulcorantes podem ser fornecidos em pó e vêm de fontes variadas.

Segundo Maríllia Kubota, coordenadora de P&D da em-presa, o principal desafio para promover a redução de açúcar é fornecer perfil e intensidade ideais de dulçor, com manu-tenção das características de corpo, textura do produto e es-tabilidade de um produto lácteo, por exemplo.

A Sweetmix possui equipe técnica e um laboratório de alimentos para aplicação de ingredientes e desenvolvimen-to de soluções para dar suporte aos clientes. Marília destaca: “o suporte técnico e desenvolvimento em conjunto com os clientes possibilita que as soluções Sweetmix proporcionem a melhor performance técnica com custo otimizado”.

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es & Aplicações

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De acordo com uma pesquisa publicada pela Associa-ção Paulista de Supermercados (APAS), realizada em par-ceria com as empresas Nielsen e Kantar Worldpanel, os últimos anos têm sido marcados por consumidores cada vez mais preocupados com a saúde, que estão buscando alimentos naturais e mais saudáveis.

O consumo excessivo de açúcar é um risco para o de-senvolvimento de obesidade e diabetes. Dados apresen-tados pelo Ministério da Saúde mostram que o consumo médio diário de açúcares por brasileiros é de 16,3% do total de calorias com base numa dieta de 2.000 kcal, va-lor 63% maior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10%. Dados da última Pes-quisa Nacional de Saúde (2013) mostram que mais da metade (56,9%) da população brasileira está acima do peso ideal e 20,8% dos brasileiros são obesos.

A diabetes é uma doença crônica na qual o organis-mo do indivíduo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio que controla os níveis de glicose no san-gue, e uma disfunção em relação a ela leva a hiperglicemia e falhas na utilização de glicose como fonte de energia pelo indivíduo. Caso este quadro permaneça por longos períodos, podem ocorrer danos em órgãos, vasos sanguí-neos e nervos. Relatórios da OMS apontam que mais de 16 milhões de brasileiros adultos sofrem de diabetes, ou seja, 8,1% da população. A doença ainda é responsável pela morte de 72 mil pessoas por ano no Brasil.

Então, com o objetivo de alinhar cada vez mais a ali-mentação saudável a protocolos de legislação no país, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA) e o Ministério da Saúde têm proposto metas para redução de açúcar em alimentos industrializados, que hoje repre-sentam 19,2% do açúcar total consumido pela população.

Redução de açúcar na indústria de bebidas

No entanto, segundo a Mintel, 48% dos brasileiros ainda acreditam que a indústria de bebidas deveria se preocupar mais com a redução de açúcar.

Diferentes estratégias com essa finalidade têm sido apli-cadas pelos fabricantes de bebidas. Algumas delas são a re-dução do tamanho das porções e a adição de edulcorantes artificiais. Um dos obstáculos para a indústria no uso de edulcorantes artificiais é a percepção negativa do consumi-dor. Segundo a Mintel, 26% dos brasileiros acreditam que sucos adoçados com edulcorantes artificiais são tão preju-diciais à saúde quanto sucos com açúcar. Estes substitutos ainda não possuem credibilidade de segurança de uso por grande parte da população, por isso, outras opções tecnoló-gicas devem ser buscadas pela indústria.

Assim, açúcares alternativos e soluções enzimáticas são algumas das alternativas que podem atrair o consumidor por seu apelo mais saudável.

Novas tecnologiasDentro deste conceito, sempre buscando atender às de-

mandas de seus clientes, a Prozyn apresenta em seu portfó-lio novas tecnologias para aplicação na redução de açúcar, o Steviozyn e o SweetMax.

Steviozyn: Trata-se de um edulcorante natural à base de estévia

para perfeita substituição do açúcar. Sua principal aplicação ocorre em bebidas gaseificadas ou não, bebidas alcoólicas e bebidas lácteas.

A estévia é um pequeno arbusto perene que pertence à família dos crisântemos e é nativa do Brasil e do Paraguai. Esta planta tem uma extraordinária capacidade adoçante, que, em sua forma natural, é 10 a 15 vezes maior do que o açúcar doméstico comum. Na sua forma comercial como pó branco, de esteviosídeo extraído das folhas da planta, chega a ser de 70 a 400 vezes mais doce que o adoçante natural. Além disso, não tem calorias, não apresenta sabor residual e ainda ajuda na redução do índice glicêmico e no controle de peso corporal, não sendo danoso para os dentes e estômago. A Tabela 1 apresenta a aplicação de Steviozyn para atingir diferentes teores de redução de açúcar.

SweetMax:Uma grande inovação tecnológica desenvolvida pela

Prozyn, trata-se de uma sinergia de enzimas que permite redução de 35% de açúcares e 20% de calorias. Isso é possí-vel graças a alterações no perfil de açúcares presentes, entre-gando produtos com maior índice de dulçor que a sacarose. Os ingredientes contidos em SweetMax ainda não deixam sabor residual e são totalmente naturais.

Suas principais aplicações abrangem as indústrias de be-bidas lácteas, refrigerantes e sucos e bebidas de frutas. Testes em consumidores com a aplicação de SweetMax em achoco-latados não apresentaram diferenças significativas de sabor doce quando houve a redução de 35% de açúcares com apli-cação de SweetMax.

ConclusãoDe forma geral, é um grande desafio realizar a substi-

tuição do açúcar na indústria de bebidas e essa substituição deve ser feita de forma gradativa. Porém, com a aplicação de diferentes novas tecnologias, é possível se obter um produto final de qualidade, seguro e com boas características senso-riais, mesmo na ausência desse ingrediente.

Sobre a ProzynA Prozyn é uma das principais fornecedoras de ingre-

dientes biológicos do país. Possui soluções sob medida para as necessidades mais específicas dos clientes, sempre basea-das na inovação, tecnologia e melhoria da qualidade de vida. Oferece uma linha completa de ingredientes para redução de custo, otimização do processo e melhoria da qualidade do seu produto.

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Figura 1. Gráfico de produtos lançados por categorias de bebidas e por semestres no período jan/2015-jun/2017. (Fonte: Mintel).

APLICAÇÕES 1 2 3 4Açúcar (%) 48,2 38,56 33,74 28,92

Steviozyn (%) 0 0,32 0,48 0,64Redução de açúcar (%)

Padrão 20 30 40

Dulçor Elevado Menor que o padrão

Semelhante ao padrão

Baixo dulçor

Doçura Persistente Persistente Persistente PersistenteResidual Ausente Ausente Ausente Ausente

Tabela 1. Aplicação de Steviozyn na redução de açúcar.

Redução de açúcar na indústria de bebidasAinda que as metas propostas pelo Ministério da Saú-

de ainda não tenham sido decretadas, o setor de indústrias de bebidas tem atuado de forma voluntária em busca des-se objetivo. Esse fato pode ser visualizado na Figura 1, que apresenta um gráfico com o número de lançamentos de no-vos produtos com teor reduzido de açúcar no segmento de bebidas não alcoólicas, no período de jan/2015 a jun/2017.

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Sooro - Desenvolvimento em tecnologia para produzir qualidade

A Sooro surgiu no ano de 2001 em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, em uma pequena unidade industrial de concentração de soro de leite, com capacidade de pro-cessamento de apenas 150000 litros/dia. O número de co-laboradores inicialmente era de 13 pessoas.

Ao longo dos 17 anos de atividades, houve um de-senvolvimento muito grande em todos os sentidos. O aumento do rigor referente à legislação ambiental foi um grande aliado da empresa, uma vez que fez com que to-dos os produtores de soro de leite enxergassem a neces-sidade de buscar uma destinação industrial para o seu produto e o trabalho desenvolvido pela Sooro veio ao encontro a essa necessidade.

No desenvolvimento técnico e econômico da em-presa, houve um crescimento exponencial, baseado em investimentos em equipamentos e tecnologias, qualifica-ção técnica de seus profissionais, certificações de quali-dade e desenvolvimento de clientes altamente exigentes e criteriosos.

Atualmente, a empresa possui um quadro de cerca de 260 colaboradores diretos e uma capacidade de pro-dução instalada para processar 80 toneladas de “Sólidos de Soro por dia”, o equivalente ao volume de cerca de 1.500.000 litros de soro por dia.

A empresa foi a pioneira no Brasil ao se dedicar exclusivamente ao processamento de soro de leite e foi a primeira a fazer uso da tecnologia de “Concentração por Sistemas de Membranas (Osmose Reversa, Nanofiltração e Ultrafiltração) e também foi a primeira a disponibilizar

ao mercado o “Soro Parcialmente Desmineralizado em Pó”, “Concentrado Proteico de Soro em Pó – WPC” e “Permeado de Soro de Leite em Pó”. Esses ingredientes atendem diversas aplicações, tais como suplementos alimentares, chocolates, massas, carnes e derivados, panificação, bebidas lácteas e iogurtes, queijos processados, entre outros.

Ao longo de sua trajetória, a Sooro investiu e desenvol-veu um eficiente Sistema de Gestão da Qualidade. Em sua Política da Qualidade estão inseridos todos os programas exigidos pela legislação (MAPA), tais como: BPF, PPHO, 5S, Programas de Autocontrole, Controle de Pragas, Siste-mas de Calibrações, HHCCP e PSO. Além dos programas acima citados, a empresa possui implementado os Progra-mas de SGA – Sistema de Gestão Ambiental, Programa de Sustentabilidade e Programas de Responsabilidade Social. A empresa também possui as certificações BRC (British Re-tail Council) e Halal.

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Desde o início de suas atividades, a empresa tem a sus-tentabilidade como essência em seus negócios. A própria matéria prima, o Soro de Leite, que é um produto alta-mente poluente, caso seja destinado ao meio ambiente sem nenhum tipo de tratamento, demonstra a preocupação da Sooro em relação a esses aspectos. A empresa possui um Programa de Sustentabilidade implantado, que se baseia em três aspectos: econômico - para garantir o retorno de capital investido por parte dos acionistas, assim como ga-rantir a obtenção de recursos para o investimento contínuo no negócio; social – com objetivo de promover o desen-volvimento pessoal e profissional de seus colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade em geral e ambiental – na implementação de políticas de controles ambientais que possam mitigar os impactos causados pela operação e garantam a perfeita harmonia e cumprimento aos requisi-tos da legislação pertinente.

Sooro - Rod. BR 163 - Km 283,8Marechal Cândido Rondon - PR - BRASIL - CEP 85960-

000 - Tel.: (45) 3284-5300 - [email protected]

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Soluções em segurança de alimentos preservam marcas e

fortalecem cadeia de fornecimento

Vital para a sociedade, a cadeia de fornecimento de alimentos deve estar baseada em processos que ga-rantam a qualidade e segurança da comida que sai do campo para chegar à mesa do consumidor. Zelar por essas propriedades é responsabilidade das empresas envolvidas na fabricação e distribuição de produtos e serviços deste segmento, englobando setores como carne, leiteria, mel e colmeia, marisco, frutas e legu-mes, alimentos convenientes, hospitalidade e varejo.

Considerada a dimensão e a importância desses serviços, as empresas precisam resguardar suas mar-cas e sua reputação, uma vez que falhas em produtos ou processos ligados à segurança de alimentos podem causar danos que transcendem os impactos financei-ros, e em alguns casos podem arranhar – até arrui-nar – sua imagem permanentemente, especialmente quando colocam em risco a saúde pública.

Por Nádia Azevedo*

* Gerente Operacional da Intertek, líder global no segmento de testes, inspeções e certificações, atuante em mais de 100 países ([email protected])

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Ao longo dos anos, diversas legislações e ferramentas de segurança foram desenvolvidas e aperfeiçoadas para garantir que os alimentos sejam apropriados para chegar à mesa da população. Assim, toda a cadeia, da obtenção das matérias-primas até a fabricação e distribuição do produto acabado, é assegurada por rigorosos requisitos de licenciamento, regulamento e normas.

As Boas Práticas de Fabricação são os primeiros pro-cedimentos a serem implementados e abrangem um con-junto de medidas que devem ser adotadas pelas indús-trias de alimentos e pelos serviços de alimentação, a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos com os regulamentos técnicos. A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos e serviço de alimentação, e também específico, voltadas às indústrias que processam determinadas categorias de ali-

mentos. Esses programas de pré-requisitos contemplam procedimentos sobre layout e instalações, equipamentos, potabilidade de água, controle de pragas, rastreabilida-de, manutenção, utilidades, higienização, entre outros.

Com ampla aceitação internacional, o FSSC 22000 (Food Safety System Certification) é o mais abrangente esquema de segurança de alimentos do mundo, forneci-do por uma instituição independente e sem fins lucra-tivos. Transparente e holístico, esse esquema incorpora uma série de padrões, entre eles ISO 22000, PRP espe-cíficos do setor e HACCP, constituindo um programa completo de certificação, agregado em um único paco-te e acessível a organizações de tamanhos variados. E, principalmente, aceito pela Global Food Safety Initiative (GFSI), entidade criada para promover a segurança de alimentos em nível global.

A auditoria e certificação de segurança de alimentos consistem em uma ampla gama de soluções industriais adequadas às necessidades comerciais das empresas, in-cluindo testes e análises, serviços de inspeção e garantia, assegurando a procedência da cadeia de suprimentos. Além de garantir a segurança no sistema de produção, os serviços de auditoria e certificação também se debruçam sobre os fornecedores, contribuindo na gestão da cadeia de varejo e restaurantes, incluindo fornecedores e lojas.

As análises de risco levam em conta toda a lógica de armazenamento, produção e transporte dos alimentos. Há, ainda, uma avaliação regulatória de produtos que entram em contato com os alimentos, prevenindo po-tenciais contaminações.

Voltados aos profissionais do setor, treinamentos como o HACCP / APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e o BPF (Boas Práticas de Fabrica-ção) visam a formação de auditores internos capacitados a avaliar e desenvolver sistemas de gestão da segurança de alimentos eficazes, sendo outra ferramenta de grande valor para o segmento.

Existe um vasto leque de serviços que visam melho-rar a cadeia de fornecimento de alimentos, garantindo produtos alimentares – novos ou já existentes – seguros e de qualidade no mercado mais rápido, da maneira mais eficiente e com um risco mínimo, como: auditoria, certi-ficação, testes, inspeção, consultoria científica e regula-mentar, soluções técnicas e treinamento. A Intertek é um órgão mundial de certificação de segurança de alimen-tos, com credenciamento para programas mundialmente reconhecidos, incluindo a FSSC 22000, Normas Padrão Internacional (IFS Food), o British Retail Consortium Food Standard (BRC) e Safe Quality Food (SQF), e ofe-rece treinamentos em todos esses programas e normas internacionais, com turmas in company (treinamentos realizados na própria empresa contratante) e também em seus escritórios.

A empresa que desenvolve suas atividades em conso-nância com esses padrões e adquire as certificações ates-ta ao mercado o compromisso constante com a seguran-ça de alimentos, prova sua responsabilidade social e, por consequência, aumenta a confiança do consumidor em sua marca, que fica protegida contra prejuízos de ordem financeira ou crises de reputação por conta de problemas com a gestão de alimentos.

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Status do Processo Regulatório de Rotulagem

Nutricional de AlimentosPor Juçara Pivaro

Todo processo regulatório possui um fluxo necessário para garantir a efetividade da medida que se deseja im-plementar. Podemos descrever, minimamente, sete passos para seu desenvolvimento: 1 - a identificação do problema regulatório; 2 - identificação dos agentes e grupos envolvi-dos com o problema regulatório; 3 - a identificação da base legal; 4 - a definição do objetivo da intervenção regulató-ria; 5 - construção das possíveis alternativas regulatórias, incluindo avaliação da experiência internacional; 6 - aná-lise dos possíveis impactos e comparação das alternativas consideradas; 7 - definição da estratégia de implementação, fiscalização e monitoramento.

Esse fluxo, adotado pela Anvisa, segue as recomenda-ções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e foi ratificado recentemente pela Casa Civil, que publicou no último dia 09/02/2017, as Diretrizes Gerais e o Guia de Análise de Impacto Regulatório (AIR).

Especificamente para o processo regulatório de Rotu-lagem Nutricional, podemos dizer que a Anvisa concluiu os quatro primeiros passos. Tais etapas, que necessitam de bastante estudos e discussões, foram realizadas por meio do Grupo de Trabalho (GT) multisetorial instituído pela Por-taria/ANVISA n. 949, que desenvolveu seus trabalhos entre abril de 2014 e abril de 2016.

As etapas 5 e 6 foram retomadas no segundo semestre de 2017, após a conclusão de outro processo regulatório relacionado à rotulagem de alimentos: a declaração obri-gatória da presença de lactose nos rótulos dos alimentos embalados (Resoluções RDC n, 135 e n. 136/2017). Esse assunto precisou ser priorizado pela Anvisa em virtude da publicação da Lei n. 13.305, de 4 julho de 2016, que estabe-leceu o prazo de seis meses para que a Agência regulamen-tasse o tema.

No entanto, neste momento de discussão de alternativas e avaliação de impactos, parece estar havendo certo des-compasso com as discussões públicas, que têm sido promo-vidas pela sociedade. Apesar de estarem sendo discutidos aparentemente apenas dois modelos de rotulagem nutricio-nal frontal, a Agência ainda considera a possibilidade de adoção de outra abordagens.

Para dar uma ideia, no último levantamento realizado pela Agência em outubro de 2017, a partir de dados do Codex Alimentarius, foram identificados 16 sistemas dife-rentes de rotulagem nutricional frontal implementados em 23 países e  outros 10 sistemas em fase de implementação. Além das diferenças gráficas, os modelos trabalham com diferentes nutrientes, bases de declaração (ex. 100 g, por-ção) e formas de implementação (ex. obrigatória ou volun-tária). Recentemente, por exemplo, a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) propôs à Anvisa que considerasse nessa discussão a adoção do modelo francês, conhecido como NutriScore.

Num cenário de discussões polarizadas sobre dois mo-delos que apresentam alto grau de apoio, mas também de rejeição por setores importantes da sociedade, é minima-mente razoável que a Agência considere outras alternativas.

Ainda sobre os dois modelos que estão em discussões públicas pela sociedade, ressaltamos que ambas as propos-tas apresentam falhas e alguns requisitos considerados ina-propriados pela Agência e precisarão ser adaptados, caso venham a ser adotados.

Também estamos focados no momento em mapear os possíveis impactos, positivos e negativos, custos e desvan-tagens a todos os atores impactados (sociedade, empresas e governo) de cada alternativa regulatória. O objetivo dessa avaliação é identificar as alternativas que têm maior poten-cial de atingir o objetivo regulatório, considerando o perfil do consumidor brasileiro e nossas características socioeco-nômicas e culturais.

Nesta etapa, estamos conduzindo uma análise bastante robusta das publicações científicas que comparam diferen-tes modelos, bem como avaliando os resultados das pes-quisas submetidas à Anvisa pelo IDEC, desenvolvida pelo NUPENS/USP e pela indústria, desenvolvida pelo IBOPE.

Além da discussão sobre o design da informação, exis-tem diversos outros requisitos de rotulagem nutricional que estão sendo estudados e que ainda serão estudados pela Anvisa.

Um deles, já em avaliação pela Agência, é quanto à defi-nição do modelo de perfil nutricional mais adequado para embasar a rotulagem nutricional frontal. Considerando que os dois modelos sugeridos tinham características muito distintas e geravam classificações muito opostas, a Anvisa desenvolveu dois novos perfis nutricionais, considerando as recomendações da OMS e do Codex Alimentarius. Es-ses quatro perfis nutricionais foram testados em produtos atualmente no mercado e os resultados dessas pesquisas foram recentemente apresentados à Anvisa.

Outros requisitos não menos importantes relacionados à declaração da rotulagem nutricional ainda serão avalia-dos pela Anvisa neste processo regulatório. Por exemplo, as regras de tolerância dos valores nutricionais declara-dos, uma vez que o teor nutricional dos alimentos apresen-ta grande variação, conforme sazonalidade, condições de produção e processamento, tipo e concentração de nutrien-tes etc. Também estão sendo estudadas as melhores bases para declaração da rotulagem nutricional, uma vez que a declaração por porções não reflete a quantidade do alimen-to realmente consumida pelo consumidores, não facilita a comparação do valor nutricional entre os alimentos e pode mascarar o real valor nutricional do produto. Outro ponto importante é a definição da lista de nutrientes que serão declarados. Embora esteja clara a necessidade de declara-ção obrigatória dos açúcares devido ao seu impacto negati-vo no risco de obesidade e DCNT, há duas alternativas em

Thalita Antony de Souza Lima, gerente-geral de Alimentos da Anvisa descre-ve os sete passos que levarão à mudança de rotulagem nutricional de alimentos. As atuais regras para rotulagem são as mesmas há 15 anos e, desde sua normati-zação, ocorreram inúmeras mudanças no cenário de alimentos industrializados, criando necessidade de atualização da legislação para essa área.

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dos alimentos, como lista de ingredientes, prazo de vali-dade e critérios de legibilidade; as alegações nutricionais, que estabelecem os requisitos para que um produto declare atributos como “alto em”, “baixo em”, “sem adição” e “não contém” determinado nutriente; e ainda, a discussão já im-plementada por diversos países, sobre o uso da gordura trans industrial em alimentos. Esses processos estão em diferentes estágios regulatórios, possuem suas particulari-dades e complexidades, as quais precisarão ser tratadas pela Agência em sincronia, para evitar a adoção de uma aborda-gem regulatória arbitrária, desproporcional e que poderia gerar efeitos nocivos aos mercados e à sociedade como um todo e ainda, sem atingir o seu objetivo regulatório.

Pela complexidade e interdependência dos temas, a An-visa ainda não há uma previsão quanto à conclusão de to-dos esses processos, no entanto, pretende concluir ainda no primeiro semestre de 2018, o relatório de análise de impac-to regulatório da rotulagem nutricional frontal.

análise: a possibilidade de exigir a declaração do total de açúcares (soma de todos os mono e dissacarídeos) e ou dos açúcares livres, cujo consumo está relacionado aos riscos apontados, mas que possui maiores obstáculos para declaração (esse tipo de açúcar exclui o açúcar do leite e das frutas e há dificuldades metodológicas para sua identificação).

Após a finalização das etapas 5 e 6, ambas em curso no que se refere à rotulagem nutricional frontal, ainda restará pendente a estratégia de implementação, fisca-lização e monitoramento da medida, com o estabeleci-mento dos indicadores que serão utilizados para a avalia-ção do desempenho da alternativa e do atingimento dos objetivos da atuação regulatória.

Também é necessário que a discussão de rotulagem nutricional caminhe paralela com outros três processos regulatórios da Agenda Regulatória da Anvisa: a rotula-gem geral obrigatória de embalados, que estabelece as informações obrigatórias que devem constar nos rótulos

O processo de revisão da rotulagem nutricional está em fase de estudos pela Anvisa, com análise das alterna-tivas e seus impactos regulatórios. No momento, a etapa é de definição dos nutrientes que serão base da declara-ção por gramas ou porção e posteriormente será escolhi-do o design.

Diversos modelos foram apresentados para a agência, inclusive o modelo defendido pela Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (ABIA), conhecido como Semáforo Nutricional Quantitativo, que utiliza cores (verde, amarelo e vermelho) para traduzir as informações sobre o teor de açúcares, gordura e sódio dos produtos.

Uma pesquisa realizada pelo IBOPE compara os dois principais modelos em discussão e mostra que 67% das pessoas, cerca de 7 em cada 10 entrevistados, preferem o semáforo nutricional, contra 31% que declaram preferir o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas.

Parceria de entidades na revisão da rotulagem

A Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA), entidade comprometida com a revisão da rotulagem nutricional informa sobre a atual situação do processo de mudança na rotu-lagem e, entre os objetivos das novas mudanças, destaca a importância de levar mais informações para o consumidor fazer suas escolhas. Confira abaixo, a avaliação de Daniella Cunha, diretora de Relações Institucionais da ABIA, sobre o assunto.

A proposta do Semáforo Nutricional Quantitativo é considerada a mais clara e didática para 65% dos entre-vistados.

Entendemos que o importante é garantir mais informa-ção ao consumidor, para que ele possa fazer suas escolhas, de acordo com o perfil nutricional dos alimentos e suas ne-cessidades específicas. É preciso que sejam respeitadas to-das as etapas do processo regulatório para que a sociedade possa ser beneficiada por um modelo que traga avanços.

A decisão sobre os nutrientes que serão base da declara-ção e sua recomendação diária por 100 gramas ou porção. Depois disso, será discutido o design do modelo nutricional.

A rotulagem nutricional é uma questão complexa e seu processo regulatório deve ser realizado de forma a respeitar todas as etapas necessárias para que a definição beneficie o consumidor e a sociedade brasileira.

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MarilanMarca de tradição

brasileira em biscoitosUm pequeno negócio de família no interior de São Paulo é, hoje, a segunda maior

fabricante de biscoitos no Brasil. Investimentos em tecnologia no momento certo e diversificação nas linhas de produtos, acompanhando tendências no segmento foram algumas das chaves que

abriram as portas para o sucesso da Marilan.

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Um modesto prédio, localizado na Rua Liberdade, em Marília (SP), foi onde o casal Maximiliano e Iracema Garla iniciou, em 1957, a fabricação de biscoitos Maria, Água e Sal, Coco e Maisena, dando origem à Marilan. O sucesso de seus produtos e persistência de seus proprie-tários transformou o pequeno negócio na segunda maior fabricante de biscoitos no Brasil.

O grande salto da Marilan ocorreu na década de 70, quando as vendas da empresa expandiram rapidamente e com olhos no futuro, a família Garla decidiu investir em novas instalações e equipamentos mais modernos. Em 1976, foi inaugurado o novo parque industrial, onde

a empresa está instalada até hoje. Em 2015, houve amplia-ção da área fabril em 15 mil m², com aumento de 40% da capacidade produtiva.

Atualmente, a empresa possui 21 linhas de fabricação distribuídas em 53 mil m² de área construída. O parque fa-bril, com capacidade produtiva de aproximadamente 220 mil toneladas por ano, utiliza processos modernos e equi-pamentos automatizados. A produção atual atinge números que seus fundadores talvez nem imaginassem na década de 50 - cerca de 1 milhão e 200 mil pacotes ou 80 milhões de unidades de biscoitos fabricados por dia.

Tecnologia e comprometimento“Temos um sistema de dosagem de ingredientes auto-

matizados, que envolve sistemas de armazenamento e de recepção, em especial da farinha de trigo. A dosagem desses macroingredientes também é automática. Para o processa-mento dos produtos e para equipamentos da laminação de empacotamento também dispomos de equipamentos de última geração, a maioria de origem italiana, além das americanas e francesas, trazidas entre 2015 e 2016. Passa-mos por uma grande expansão, agregamos quatro linhas de produtos, o que possibilitou a ampliação de capacidade do portfolio, em 25%”, ressalta Sergio Tavares, diretor comer-cial da empresa.

Na sequência de seus planos de modernização e am-pliação, em 2017, a Marilan inaugurou também um novo escritório administrativo, dentro do próprio parque da em-presa, que atende aos mais atuais padrões de ambiente de trabalho, com espaço amplo e aberto, que permite a maior interação, produtividade e bem-estar dos colaboradores.

Em respeito à comunidade no entorno de sua sede, a Marilan implantou amplo estacionamento para veículos e caminhões, oferecendo conforto e segurança aos seus cola-boradores e fornecedores, além de promover melhoria no trânsito e movimentação na área ao redor da empresa.

ProdutosHoje, a Marilan é considerada uma empresa ‘multicate-

goria’, produzindo biscoitos, torradas, chocolates e snacks.Sua linha de produtos conta com mais de 100 itens, en-

tre salgados, doces, amanteigados, rosquinhas, recheados, infantis, wafers, moldados especiais e cookies. Em 2016, a empresa lançou a marca LEV, linha de produtos saudáveis, com cereais integrais – combinação perfeita de produtos saborosos, com diferenciais nutricionais e embalagens prá-ticas para o consumo no dia a dia. A Marilan segue apre-sentando novos produtos e inovações ao mercado, desde novos sabores de cookies integrais da marca LEV, até uma versão integral das suas tradicionais Rosquinhas.

Vale lembrar que o mercado de Rosquinhas cresceu 11% em 2017, enquanto as Rosquinhas Marilan tiveram cresci-mento ainda mais forte de 34% no mesmo período, segun-da dados da Nielsen. Números que demonstram a força da marca nessa categoria.

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Para evoluir em sua linha de produtos, a empresa possui área de desenvolvimento e inovação, que está sempre antenada às demandas e tendências do mercado em busca de novidades que conquistem consumidores.

Para garantir a segurança alimentar, os produtos da Marilan passam por rigoroso controle de qualidade em todas as etapas do processo de fabricação, de produção e distribuição.

DistribuiçãoA partir do complexo fabril da empresa seus produtos

alcançam todo o território nacional. Os biscoitos da famí-lia Garla ficaram conhecidos também em outras partes do mundo. Atualmente, a Marilan exporta mais de 80 itens de sua fabricação, com produtos presentes em mais de 50 paí-ses distribuídos em todos os continentes.

Hoje, a Marilan é a marca de biscoito mais vendida no Brasil e a segunda maior fabricante brasileira do segmen-to. Há 61 anos no mercado, a Marilan é reconhecida como marca especialista em biscoitos, participando sempre de premiações do setor e ocupando as primeiras colocações entre as melhores do segmento.

Sem dúvida é uma trajetória doce e admirável para uma indústria brasileira.

Sérgio Tavares - Diretor Comercial da Marilan

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Três meses depois de sua formação, a Microbiome Venture da DuPont Nutrition & Health anunciou hoje sua segunda parceria estratégica de pes-quisa e desenvolvimento. A relação recentemente estabelecida com o Centro de Tecnologias de Alimento e Fermentação (TFTAK) em Tallinn, na Estônia, focará em desenvolver capacidades de cultivo e bioprocessamento para probióticos de “próxima geração”.

Em novembro do ano passado, a DuPont Nutrition & Health (DuPont) anunciou a criação de sua Microbiome Venture para encabeçar o desenvolvi-mento de novas soluções baseadas na ciência do microbioma. Desde então, a Microbiome Venture já tomou passos significativos para contribuir para a estratégia de crescimento da DuPont.

A parceria de pesquisa e desenvolvimento com o TFTAK foca no cultivo e desenvolvimento de bioprocessamento para probióticos de “próxima geração”. O termo “próxima geração”, conforme definido nessa parceria, se refere a microrganismos comensais naturalmente residentes no trato gastrointestinal que demonstrou serem associados à saúde e ao bem-estar. Tais microrganismos normalmente apresentam requisitos de crescimento exigentes, que devem ser dominados de modo a ser possível produzi-los em escala.

DuPont estabelece a Microbiome Venture para acelerar o desenvolvimento de soluções baseadas na ciência do microbioma através de uma combi-nação de selecionadas parcerias estratégicas com líderes de ciência de microbioma e investimentos internos.

A Microbiome Venture é formada por empreendedores conectados à organização DuPont, utilizando-se de suas capacidades em termos de R&D, fabricação, regulatórios, legal e marketing. O investimento da Microbiome Venture complementará o portfólio existente da DuPont, especialmente nas áreas de probióticos e prebióticos, incluindo olissacarídeos do leite humano (Human Milk Oligosaccharides - HMOs).

A empresa de águas Ouro Fino recebeu o troféu do Prêmio Qualidade Brasil. É a primeira vez que a Ouro Fino recebe o prêmio na categoria água mineral. O prêmio tem objetivo de valorizar as empresas com destaque na Gestão de Qualidade e aquelas que também mantém uma boa relação com o mercado consumidor.

Marcelo Marques, CEO da Ouro Fino, comemora o recebimento do prêmio no mesmo ano em que a empresa completa 120 anos, que é 2018. “Estamos felizes pela premiação e enxergamos como um resultado do trabalho que a Ouro Fino vem realizando com fornecedores, consumi-dores e parceiros. Temos diversos diferenciais que valorizam a água mineral natural Ouro Fino, como o garrafão com tampa inteligente, pre-servação da única fonte de origem e suas características físico-químicas, que garantem baixo teor de sódio, pH alcalino e bons teores de nitrato e flúor”, comenta o CEO.

O Prêmio Qualidade Brasil é organizado pela Associação Prêmio Qualidade Brasil e analisado pela Total Quality Control & Service (TQCS) e é considerado uma certificação dada às companhias, empresários e personalidades como reconhecimento à qualidade de produtos e serviços.

Ouro Fino recebe o Prêmio Qualidade Brasil DuPont anuncia segunda parceria estratégica em sua

Microbiome Venture

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A necessidade da redução de açúcar ou de sódio no caso de alimentos e bebidas, e melhor fixação do perfume no tecido para amaciantes, são necessi-dades constantes demandadas pelos clientes da Takasago, uma das cinco maiores empresas de aromas, ingredientes e fragrâncias do mundo. A companhia está vivendo um novo ciclo de gestão com a entrada do presidente Gilvan Azevedo, profissional reconhecido pelo mercado por conta de sua forte atuação ligada à inovação, tecnologia, desenvolvimento de pessoas, relacionamento com clientes e um trabalho comercial bastante assertivo.

A empresa, que está presente em muitas marcas que consumimos no dia a dia, seja de alimentos ou bebidas, perfumes, produtos de limpeza e cosmé-ticos, investe fortemente em pesquisa e desenvolvimento, sempre buscando trazer inovações para os mercados de aromas e fragrâncias. “O ano de 2017 fechou com bons resultados, tanto em aromas quanto em fragrâncias, e estamos projetando crescimentos agressivos para 2018, em ambas as divisões”, afirma o novo presidente da Takasago.

Para chegar a esses resultados, a companhia investe 8% do seu faturamento global em pesquisa e inovação. Além disso, está sempre atenta às neces-sidades da indústria, atualizando as gerações de produtos para atender às demandas e às novas tecnologias exigidas pelo mercado.

Takasago projeta crescimento no Brasil

Após duas retrações consecutivas em 2015 e 2016, a venda de chocolates durante a Páscoa no ano passado apresentou crescimento de 12% em unidades e 10% em toneladas. No entanto, não foram os tradicionais ovos que puxaram a elevação. Promoções e itens do portfólio regular, como caixas de bombons sortidos e tabletes, destacaram-se no período. Os dados são da Kantar Worldpanel. De acordo com a empresa, caso a tendência de racionalização se mantenha, o cenário deste ano deve ser parecido.

Em 2017, os lares que adquiriram chocolates na data comemora-tiva gastaram, em média, R$ 70 no total de compras com a categoria. Nesse cenário, 90% das unidades comercializadas eram caixas de bombons, tabletes e outros formatos, enquanto que os ovos de chocolate detiveram 10% de relevância no período.

Se seguir tendência de 2017, Páscoa deste ano deve ser dos bombons e dos tabletes de chocolate

SBOG realiza III Congresso de Óleos e Gorduras e comemora 25 anos

O III Congresso de Óleos e Gorduras - International Meeting on Fats and Oil será realizado nos dias 15,16 e 17 de maio de 2018, no Centro de Convenções Expo D. Pedro, Campinas (SP). O evento promovido pela SBOG (Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras) receberá público formado por profissionais que atuam nas indústrias, professores, pesquisadores e estudantes interessados na área de óleos e gorduras, além de profissionais de áreas afins.

O congresso tem como objetivo promover compartilhamento das últimas tendências, entre outros tópicos de interesse dos profissionais que atuam na área. Neste ano, o evento marca os 25 anos da SBOG como entidade representativa do setor e, após o sucesso da edição de 2017, os organizadores estimam a participação de 250 pessoas em 2018.

Entre os patrocinadores do evento estão: Abiove, Agropalma, AAK, brprocess, Alfa Laval, Bunge, Buntech, Crown, Dupont, Oil Dri, Ital e Fapesp.

As inscrições podem ser realizadas no site www.congressooleosegorduras.combr/evento até o dia 7 de maio de 2018.

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A JBS bateu recorde de produção de hambúrgueres em janeiro de 2018. Foram 6,6 milhões de quilos produzidos nas fábricas de Campo Gran-de (MS), Lins (SP) e Osasco (SP), que equivalem a cerca de 83 milhões de hambúrgueres.

As três plantas fornecem para as maiores redes de restaurantes do Brasil e produzem para o portfólio próprio da companhia.

JBS registra recorde de produção de hambúrgueres

A crescente tendência por naturalidade que atinge o mercado de alimentos e bebidas, também alcança o mercado de suplementos, extratos de Acerola e Guaraná, por exemplo, vêm sendo empregados como fontes naturais de vitamina C e cafeína, respectivamente, em muitas aplicações, desde bebidas até suplementos em cápsulas.

Derivado da polpa da fruta, o extrato de Acerola da Nexira é padronizado em vitamina C (17% e 25%). Sua nova especificação contém 17% de vitamina C nativa, que é, tradicionalmente, o principal ingrediente usado em produtos para a saúde imunológica. Ele é um pó fino, de coloração bege a amarelado e com alta solubilidade, até 80%.

O extrato de Guaraná da Nexira é derivado das sementes da fruta, devido ao seu alto teor de cafeína, ele é empregado como estimulante para a perda de peso, como melhorador de desempenho atlético, e para reduzir a fadiga física e mental. Ele é um pó fino, de cor alaranjada a marrom claro, suas especificações variam de 1 a 22% de cafeína, ideal para a fortificação com apelo clean label, inclusive pode ser usado como corante natural.

O portfólio da Nexira também inclui outros botânicos, como a importante linha de Cranberry Exocyan™, padronizada em proantocianidinas (PACs), conhecidos pelos seus benefícios na saúde urinária e bucal. Também fazem parte Canela, Hibiscus, Chá verde, Proteína de arroz, Magnésio marinho, entre outros, todos são perfeitamente adequados para formulações clean label.

Nexira oferece selecionados extratos botânicos para produtos naturais

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Na Cooperativa Vinícola Garibaldi, as taças iniciaram o ano brindando os números positivos que encabeçam o balanço do exercício de 2017. Com trabalho sólido de planejamento e investimentos, a Cooperativa viu seu faturamento aumentar mais de 10% no comparativo com 2016, batendo na casa dos R$ 134 milhões.

Respondendo por esses bons números, a linha de espumantes registrou crescimento de 30% em 2017, ultrapassando os dois milhões de garrafas vendidas. Isso significa que a produção da bebida dobrou nos últimos três anos, consolidando-se como carro-chefe da marca. Na mesma ascendente aparecem os vinhos de mesa (15%) e o suco de uva integral (12%).

Os indicadores, superiores à média do mercado vinícola nacional, são o resultado direto de uma estratégia clara de expansão, tendo com um dos protagonistas o ciclo de investimentos em processos e no parque fabril. Em 2017, foram R$ 3,5 milhões aplicados. Desde 2004, o montante já ultrapas-sa os R$ 26 milhões. Ao longo dos próximos três anos, o plano de investimentos da vinícola prevê o direcionamento de R$ 15 milhões em equipamentos, tecnologia, capacitação e infraestrutura. Tudo isso sem abrir mão daquela que é uma das características mais marcantes da cooperativa nos seus quase 90 anos de história: a valorização do produtor. “A Garibaldi é uma Cooperativa de famílias agricultoras, que tiram da terra o seu sustento e confiam na vinícola para construir seu futuro e o das próximas gerações. Nosso compromisso é trabalhar por essas pessoas, para lhes oferecer cada vez mais e melhores condições de crescimento e desenvolvimento”, diz o presidente Oscar Ló.

Cooperativa Vinícola Garibaldi cresce 30% e planeja investimentos para expandir ainda mais os negócios

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O curso de Engenharia de Alimentos da Unisinos e a divisão de ingredientes alimentícios da Indukern firmaram um acordo de parceria técnico--científica. A parceria entre a instituição e a empresa tem como principal objetivo unir conhecimento, tecnologia e profissionais, com o foco 100% voltado ao mercado brasileiro de carnes processadas. Como parte do acordo, foram realizados investimentos na planta-piloto, já existente na Universidade (Usina Piloto de Carnes e Derivados), como por exemplo, a instalação de equipamentos com a mais recente tecnologia.

“Estamos muito satisfeitos com as novas possibilidades que se abrirá com a assinatura desse acordo. É uma grande conquista e uma parceria estratégica para a Indukern”; comenta Albert Adroer, diretor da divisão de alimentação da Indukern. “Temos como objetivo agregar cada vez mais valor aos nossos clientes. E investimentos como esse, em pesquisa e desenvolvimento, vão melhorar significativamente os serviços técnicos que podemos oferecer ao mercado local”, completa.

Na planta-piloto será possível desenvolver novos alimentos junto aos clientes, testar novos ingredientes, novas formulações, além de explorar soluções exclusivas da Indukern em produtos locais. “Estamos constantemente trabalhando em ações relacionadas à excelência acadêmica. Esse é um desafio constante da coordenação e do colegiado do curso. A parceria vai oportunizar aos alunos vivenciar situações reais, buscando soluções na área de desenvolvimento de novos produtos do setor cárneo. Estão previstas atividades conjuntas envolvendo os professores, alunos e profissionais da empresa”, declara a coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos da Unisinos, Janice da Silva.

Seara, atenta a tendência mundial de consumo que busca produtos cada vez mais saudáveis, aumentou em 87% o volume e as vendas de frango na-tural em 2017 na comparação com o ano anterior. Líder mundial no processamento de frangos, a empresa lançou, em 2015, uma linha sem antibióticos, hormônios e conservantes sob a marca Seara DaGranja.

“Atualmente, cerca de 40% dos consumidores têm como principal driver de compra a saudabilidade do alimento, no qual os frangos naturais têm um destaque ainda maior. O Brasil é um mercado com grande potencial para este nicho de produto e que vem registrando altas taxas de crescimento”, explica Ivan Siqueira, diretor executivo de In Natura para Mercado Interno da Seara. “Quando comparamos dezembro de 2017 ao mesmo mês de 2016, por exemplo, registramos um aumento de 118% na produção e de 212% nas vendas”, complementa.

A Seara aposta no crescimento deste mercado e vem aumentando o número de plantas que produzem os produtos a partir de frangos naturais. Além de Amparo (SP), a empresa habilitou recentemente a unidade de Itapetininga (SP) e mais uma planta deve receber a linha de produtos no primeiro trimes-tre de 2018. “A expectativa da Seara para 2018 é, ao menos, dobrar o volume de itens produzidos neste segmento”, conta Siqueira.

Seara registra 87% de crescimento na produção e vendas de frango natural em 2017

Indukern e Unisinos celebram parceria

Tendo em vista a crescente demanda por soluções naturais na indústria de alimentos e bebidas, a PureCircle, líder global na produção extratos de alta pureza de Stevia, firma parceria com a MasterSense para comercializa-ção do seu portfólio em âmbito nacional. Ambas as empresas tem como premissa inovação, desenvolvimento de soluções que atendam ao mercado aliados ao suporte técnico e comercial.

A cadeia integrada de suprimentos, o programa de agronomia e área de insights da PureCircle permitem desenvolver adoçantes e modificadores de sabores naturais com o perfil sensorial muito próximo ao do açúcar.

A mudança do comportamento do consumidor ao longo dos anos sinaliza a busca por produtos mais saudá-veis com excelente sabor e estas necessidades serão a base de negócios e relacionamento desta nova parceria. De acordo com a Mintel, mais de 10.000 produtos foram lançados com Stevia no mundo recentemente e a América Latina é a região que liderou o crescimento da categoria em 2017, com crescimento 21% superior ao ano anterior.

A MasterSense é reconhecida como um parceiro-chave para a Industria de Alimentos e Bebidas por trans-ferir aos seus clientes vantagens tecnológicas das maiores empresas de ingredientes e aromas do mundo. Com uma equipe altamente capacitada e infra-estrutura de laboratórios de aplicação, oferece serviço personalizado com soluções assertivas para as demandas mais exigentes.

PureCircle e MasterSense anunciam parceria no mercado brasileiro