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Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR) A teoria dos processos quânticos criada por Stuart Hameroff, um anestesista da Universidade do Arizona, e Roger Penrose, matemático da Universidade de Cambridge baseia-se no princípio de que há dois níveis de explicação na Física: O nível clássico familiar, usado para descrever objetos em larga escala, O nível quântico, que descreve pequenos eventos num nível subatômico. Para eles, a consciência só pode ser explicada através de princípios quânticos ...

Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR) · 2017. 11. 27. · Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR) A teoria dos processos quânticos criada por Stuart Hameroff, um anestesista

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Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR)

A teoria dos processos quânticos criada por Stuart Hameroff, um anestesista da Universidade do Arizona, e Roger Penrose, matemático da Universidade de Cambridge baseia-se no princípio de que há dois níveis de explicação na Física:

O nível clássico familiar, usado para descrever objetos em larga escala,

O nível quântico, que descreve pequenos eventos num nível subatômico.

Para eles, a consciência só pode ser explicada através de princípios quânticos ...

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1. Para fundamentar sua teoria, eles acrescentam que existem organismos de célula única, como as amebas, que, a despeito de não possuírem células cerebrais ou sinapses, possuem consciência e são capazes de nadar, encontrar comida, aprender e se multiplicar através dos microtubos. Assim, eles sugerem que uma estrutura mais avançada leve à consciência.

2. Hameroff e Penrose propõem que a consciência pode nascer de processos

quânticos subatômicos que ocorrem nas estruturas protéicas dos microtubulos. Eles afirmam que estas estruturas semelhantes a tubos passam por trocas entre dois ou mais estados, devido à ação de forças de atração química fracas, um processo que ocorre em nanossegundos. É sabido que as mudanças de conformação dos microtubulos podem promover os processos clássicos de informação, transmissão e aprendizagem dentro dos neurônios. Por conseguinte, Hameroff e Penrose afirmam que, devido a estes processos, a qualquer hora podem ocorrer haver vários estados quânticos e possibilidades, e quando uma decisão é tomada, ela é o resultado do colapso de um estado, que então alcança a consciência. Isto é a chamada a teoria da Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR, em inglês).

“Computações vibracionais quânticas" nos microtúbulos

são orquestradas”

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3. Consciência é fenômeno físico de "auto-colapso" de função de onda quântica.

O experimento da dupla fenda (Um único elétron passa pelas duas fendas ao mesmo tempo). Uma única fenda (o elétron se comporta como partícula). Duas fendas (o elétron se comporta como onda). O elétron se comporta sempre da mesma maneira. Uma única coisa passa por dois buracos ao mesmo tempo. O elétron se comportando como onda e não partícula. Aceitar a realidade de que o elétron passa por duas fendas ao mesmo tempo é o problema para a maioria dos adultos. Falta de conhecimento quântico sobre a realidade do Universo. Falta de Física Quântica na Escola Primária. Para os adultos não existe onda. Tudo que é real é matéria. É assim que a maioria das pessoas pensa. Celular, televisão são exemplos da existência de onda.

Início: Duas fendas (o elétron passa como onda). Após passar, fecha-se uma das fendas. O elétron atinge a parede como partícula! Interpretação: O elétron é capaz de perceber que a fenda foi fechada, isto é, o elétron foi capaz de perceber a mente do observador. O elétron é consciente! O elétron é onda e partícula ao mesmo tempo, mas ele se comporta como onda ou partícula dependendo da escolha do observador, isto é, a consciência do observador. Para ele ter se comportado como partícula após o fechamento de uma das fendas, é preciso que o elétron tenha sido capaz de perceber a nossa mente. Houve, portanto uma comunicação entre o elétron e a nossa mente. Em síntese, o elétron se comporta da forma como nós queremos. O elétron tem consciência. Exemplo: Antes que o físico tivesse arrumado a máquina da experiência, os elétrons já se comportaram do jeito que o físico pensou em fazer o experimento.

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Ele pensou e o equipamento já se comportou do jeito que ele queria. A consciência é a essência da realidade. Tudo é consciência.

4. Em nível quântico, estados superimpostos são possíveis, isto é, duas ou mais possibilidades podem existir para qualquer evento ao mesmo tempo. O emaranhamento quântico é um estado em que as partículas quânticas podem alterar estados de outras instantaneamente e à distância (nonlocal entanglement), de uma forma que não seria possível se fossem objetos macroscópicos obedecendo às leis da física clássica. Princípio da não-localidade.

Superposition

Nonlocal Entanglement

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5. A consciência deriva de atividades em menor escala do que os neurônios. A consciência nasce de estruturas minúsculas semelhantes a tubos (microtúbulos), feitas de proteína, que existem em todas as células no corpo, incluindo as do cérebro, e atuam como um esqueleto que permite às células manterem suas formas. As características particulares dos microtúbulos que são apropriadas para os efeitos quânticos incluem o arranjo de sua estrutura similar à de um cristal, núcleo interior oco, e capacidade de processamento de informação.

Microtúbulos são os principais componentes do esqueleto estrutural das células. Epidermal cells of Arabidopsis

Microfilaments line the inside of the plasma membrane, whereas microfilaments radiate out from the center of the cell. Intermediate filaments form a network throughout the cell that holds organelles in place.

Microtubules – tubular polymers of tubulin can grow as long as 50 micrometres and are highly dynamic

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A tubulina é um dos vários membros de uma pequena família de proteínas globulares. Os membros mais usuais da família da tubulina são a α-tubulina e a β-tubulina, que são as proteínas que compõem os microtúbulos. Cada uma delas tem um peso molecular de aproximadamente 55 kDa.

6. Na verdade, essas atividades ocorrem dentro dos próprios neurônios, mas não nos processos celulares normais ou nas conexões entre os neurônios, e sim em uma interação molecular onde as leis da física que operam são aquelas estabelecidas pela mecânica quântica.

7. De acordo com a teoria, no interior dos microtúbulos controversos estados emaranhados seriam observados e os elétrons, dentro dos microtúbulos poderiam se apresentar em um estado conhecido como o condensado de Bose-Einstein . O condensado de Bose-Einstein é uma fase da matéria formada por bósons a uma temperatura muito próxima do zero absoluto. Nestas condições, uma grande fração dos átomos atinge o mais baixo estado quântico, e nestas condições os efeitos quânticos podem ser observados à escala macroscópica. As ondas dos átomos individuais oscilam em uníssono.

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8. Activities in living cells are performed by protein conformational dynamics which in turn are governed by QUANTUM VAN DER WAALS LONDON FORCES in intra-protein ‘hydrophobic pockets’. Therefore, ALL CELL CHEMISTRY AND METABOLISM ARE BASED ON QUANTUM INTERACTIONS, i.e., depend on QUANTUM STATES AT THE LEVEL OF CHEMICAL BONDS. However the unitary oneness and ineffability of living systems have suggested that quantum properties such as, Bose-Einstein condensation, quantum coherence, superposition, nonlocal entanglement, tunneling and quantum computation. When possible, quantum states exist in cells and they are presumably integrated among hydrophobic regions of various cellular components and organelles.

Sir Roger Penrose suggests that unified behavior inherent in living systems involves non-local quantum correlations

among biomolecules.

*Forças dipolo induzido-dipolo induzido (também chamada de forças ou ligações de Van

der Waals ou forças de dispersão de London): Acontece em moléculas apolares. Num dado instante, os elétrons de uma molécula apolar, que estão em constante movimento, passam a ter mais elétrons de um lado do que de outro, ficando esta, assim, momentaneamente polarizada. Desse modo, por indução elétrica, ela irá polarizar uma molécula vizinha, ou seja, vai criar um dipolo induzido. Isso pode ocorrer não só em razão dos movimentos dos elétrons, mas também pela colisão das moléculas. Esta é a mais fraca de todas as ligações intermoleculares.

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9. Living cells are 80% water, and many polar, water soluble biomolecules play key roles in cell function. However there are also extensive non-polar oily regions in living cells which exclude water. These are called hydrophobic regions, and they occur within proteins, lipid membranes and nucleic acids.

10. Proteins are folded chains of amino acids strung together by peptide bonds. As they fold into their functional shapes, hydrophobic groups avoid the liguid environment and bury themselves together in the protein interior, forming intra-protein hydrophobic pockets. These pockets are considered to be the ‘brain’ of each protein. Enzymatic function, intra-cellular movement, signaling, transport and information processing depend on changes in protein shape. Ex. Membrane ion channels can change shape in response to binding of neurotransmitters or changes in voltage to become permeable to ion flow, allowing depolarization waves to travel along membranes.

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Intra-protein hydrophobic pockets

11. Life involves cooperative quantum processes of non-polar electron resonance

clouds. These clouds are isolated from cell water and ions, buried within non-polar subspaces (pockets) of cellular components (proteins, membranes, nucleic acids and

proteins). In each cloud, electron dances to govern local nanoscale conformational biomolecular states. This dancing of electron is known as quantum

London forces, a type of van der Waals force. Geometric distributions of non-polar electron clouds enable a collective, cooperative quantum process. * Em química orgânica, ligações pi (ou ligações π) são ligações químicas covalentes, nas quais dois lóbulos de um orbital eletrônico interseccionam dois lóbulos de outros orbitais eletrônicos. Apenas um dos planos nodais daquele orbital passa pelos núcleos envolvidos na ligação. É a ligação característica de compostos com duplas ou triplas ligações.

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1. Nível Psicológico: “Eu percebo agora”: 2. Nível Biológico: Eventos primordiais de consciência temporalmente unificada em 500mseg no cérebro formado por redes de neurônios que inclui o citoesqueleto funcionalmente regido por sinapses determinadas por neurotransmissores e por microtúbulos em rede estrutural “T” compostas por: 3. Nível Bioquímico: Tubulina e proteínas associadas em sistema aberto com o banho térmico de “água ordenada” composta por polímeros cilíndricos compostos por monômeros a e b em superposição por causa da bolsa hidrófoba de aminoácidos 4. Nível Biofísico: com carga elétricas (geradores de forças de van der Waals) e massas 5. Nível Físico Gravitacional: com energias geradoras de gravidade quântica que determina o limiar (threshold) para a 6. Nível Físico Quântico: superposição quântica com redução objetiva orquestrada (Orch Or) dos elétrons nas bolsas em estado paralelo não-local que pode compor globalmente a condensação do gás de fótons de Bose-Einstein. 7. Nível Computacional: e (com 5.109 tubulinas) o processamento de autômatos celulares em paralelismo clássico, bem como o processamento de autômatos celulares em paralelismo quântico com menos de 5.109 tubulinas.

"Teoria da redução objetiva orquestrada". A maior evidência desta teoria é a descoberta de

vibrações quânticas nos microtúbulos dentros dos neurônios do cérebro.

Penrose e Hamerroff argumentam que os modelos convêncionais de uma função cerebral

baseados em redes neurais, sozinhos, não podem explicar a consciência humana, clamaram

que elementos de computação quântica são também necessários.

Especificamente, em seu modelo da Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR), eles postulam

que microtúbulos atuam como uma unidade processamento quântico, com estruturas

individuais (tubulin dimers) formando os elementos computacioanais.

Este modelo requer que a tubulina (principal proteína que constitui os microtubulos) esteja apta

para alternar entre estados conformacionais alternativos de forma coerente, caracterizando um

processo rápido na escala fisiológica de tempo.

Em uma tentativa de inserir na ciência os conceitos de alma e "consciência", os cientistas Stuart

Hameroff (diretor do Centro de Estudos da Consciência na Universidade do Arizona, EUA) e Sir

Roger Penrose (físico matemático da Universidade de Oxford, Inglaterra) criaram a teoria

quântica da consciência, segundo a qual a alma estaria contida em pequenas estruturas

(microtúbulos) no interior das células cerebrais.

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Eles argumentam que nossa "consciência" não seria fruto da simples interação entre neurônios,

mas sim resultado de efeitos quânticos gravitacionais sobre esses microtúbulos - teoria da

"redução objetiva orquestrada". Indo mais longe: a alma seria "parte do universo" e a morte, um

"retorno" a ele (conceitos similares aos do Budismo e do Hinduísmo).

A Teoria Orch OR

Esta hipótese ou teoria tem sido muito criticada. Um dos problemas alegados seria que o cérebro

é um ambiente muito úmido, quente e ruidoso para que fenômenos como coerência quântica se

manifestem. No entanto, já foram demonstrados fenômenos quânticos na orientação das aves,

na fotossíntese, e no nosso sentido olfatório.

Em uma revisão de 20 anos da teoria "Orch OR" (Orchestrated Objective Reduction, ou Redução

Objetiva Orquestrada), os autores Stuart Hameroff e Sir Roger Penrose afirmam que, das 20

previsões testáveis da teoria, 6 foram confirmadas, e nenhuma foi refutada.

A alma é um computador quântico conectado ao universo? http://hypescience.com/mecanica-

quantica-alma/

A mais recente confirmação, segundo os autores, foi a descoberta de vibrações quânticas em

microtúbulos dentro dos neurônios. A descoberta, realizada por um grupo de pesquisadores

liderados por Anirban Bandyopadhyay, do Instituto Nacional de Ciências Materiais em Tsukuba,

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Japão (e atualmente trabalhando no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA) sugere

que os ritmos observados em eletroencefalogramas (EEGs) derivam de vibrações em

microtubos.

Outro trabalho, feito pelo laboratório de Roderick G. Eckenhoff, na Universidade da Pensilvânia

(EUA), sugere que a anestesia, que desliga de forma seletiva a consciência, ao mesmo tempo

que mantém as atividades não conscientes do cérebro, também atua via microtúbulos nos

neurônios cerebrais.

Estas células cerebrais são responsáveis pela consciência? http://hypescience.com/estas-

celulas-cerebrais-sao-responsaveis-pela-consciencia/

Os microtúbulos, vibrando na frequência de megahertz, acabam gerando padrões de

interferência, ou "batimentos" em frequências menores, batimentos estes que aparecem nos

EEGs. Em testes clínicos, o cérebro foi estimulado com ultrassom transcraniano, e foram

relatadas melhoras de humor, que talvez venham a ser úteis no tratamento de Alzheimer e

danos cerebrais no futuro.

Os autores Hameroff e Penrose afirmam que, depois de 20 anos de críticas céticas, "a evidência

agora claramente apoia a Orch OR". Eles acreditam que tratar as vibrações dos microtúbulos

cerebrais poderá trazer benefícios a várias funções mentais, neurológicas e cognitivas. (Science

Daily) http://hypescience.com/teoria-orch-or/