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www.adial.com.br ADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Julho – 2013 – ANO V – Nº 43 ENTREVISTA FERNANDO FRANCO REFLEXÃO POR QUE A INDÚSTRIA CRESCE EM U? DESAFIOS PARA A INDÚSTRIA BRASILEIRA VOLTAR A CRESCER Estudo lista os gargalos e as soluções para o setor industrial brasileiro superar momento de estagnação Pró-Industrial ALFA CRIA CENTRO DE ESTUDOS DOS INCENTIVOS FISCAIS E DESENVOLVIMENTO 10 Adial 43_Layout 1 15/07/2013 16:34 Page 1

REFLEXÃO ENTREVISTA Pró-Industrial 10 · fiscais, além de uma entrevista com o administrador Fernando ... trabalhista A té pouco tempo, o governo federal mexia aqui ou ali e consertava

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www.adial.com.brADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Julho – 2013 – ANO V – Nº 43

ENTREVISTAFERNANDO FRANCO

REFLEXÃOPOR QUE A INDÚSTRIA CRESCE EM U?

DESAFIOS PARA A INDÚSTRIA BRASILEIRA

VOLTAR A CRESCER

Estudo lista os gargalos e as soluções para o setor industrial brasileiro superar momento de estagnação

Pró-Industrial

ALFA CRIA CENTRO DE ESTUDOS DOSINCENTIVOS FISCAIS E DESENVOLVIMENTO

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auditoria . perícia . due diligence . reorganização societária . fusões e aquisições . avaliação

de empresas (valuation) . lucratividade e rentabilidade . implantação de sistemas . ifrs

controles internos . planejamento tributário . recuperação de crédito fiscal e previdenciário

. gestão

contábil permanente . gestão fiscal permanente . gestão trabalhista permanente . escrituração

contábil digital . escrituração fiscal digital . fcont . tombamento patrimonial . gestão

patrimonial permanente.

auditoria da conta corrente do ICMS . auditoria do valor adicionado . auditoria do movimento

financeiro . auditoria das disponibilidades . auditoria de avaliação de estoques . auditoria

específica de mercadorias . auditoria específica de cereais . auditoria de substituição

tributária . auditoria do produzir . auditoria específica de abatedouros e frigoríficos

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Sumário

Editorial

Os movimentos da economia e da política no País demonstramque atravessamos um período de transição e, esperamos, detransformação. Antes de um pacto nacional, que inclui uma

declaração de empenho ao ajuste fiscal, a expectativa também é quese discuta um novo Pacto Federativo, que possibilite uma justiça tri‐butária e uma melhor aplicação dos recursos arrecadados.

Se a população que foi as ruas sonha com resultados práticos,quer colher na próxima década bons frutos de toda a movimentaçãopopular que está sendo realizada, seu olhar deve estar atento ao or‐çamento público. Receita, despesa e investimento, essa é a conta queo País precisa se especializar.

Nesta edição, abordamos os dez desafios do Brasil para crescer.O País cresceu sem uma verdadeira reestruturação, sempre ao

sabor de suas poderosas potencialidades. No entanto, a exigência demaior competitividade um dia bateria à porta. Hoje, retoques nãobastam. É preciso uma profunda ação. Assim como o Legislativo e oExecutivo deslancharam a desengavetar projetos úteis atendendo aosgritos da rua, é preciso a mesma atenção e pressa para promover umareviravolta no caminho depressivo da economia brasileira.

As vozes dos indicadores devem ser ouvidas. É preciso dar qua‐lidade, aprofundar e promover soluções, menos genéricas e mais prá‐ticas, e realmente colocar, na esteira das mudanças sociais, atransformação da economia na maior prioridade da agenda nacional.Nesta edição, teremos ainda a criação do 1º Centro de Pesquisas Cien‐tíficas em Desenvolvimento Regional do Centro‐Oeste Brasileiro, dasFaculdades Alves Farias (Alfa), um centro de estudos dos incentivosfiscais, além de uma entrevista com o administrador FernandoFranco, sobre a situação do comércio exterior em Goiás e no País.

Boa leitura.

Produção

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar ‐ Ed. Rizzo PlazaSetor Sul, Goiânia Goiás. CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3213‐1666.

www.adial.com.br

Presidente do Conselho de Administração Cesar Helou

Vice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filhoe Alberto Borges de Souza

Vices‐Presidentes e Conselheiros Nelson Vas Hacklauer, Alberto Borges deSouza, Maximiliano Liubomir Slivnik, VanderlanVieira Cardoso, Sandro Antônio Scodro, Heribaldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães Santos, Pedro Henrique PessoaCunha, Marco Aurélio Limírio Gonçalves, JoséBa sta Júnior, Nelson Kowalski, José Alves Filho,Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses ni Filho,Carlos Luciano Ribeiro, Rivas Rezende, JulianaNunes e Ingo Kalder.

Diretor Execu voEdwal Freitas Por lho “Chequinho”

Projeto Gráfico GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3213‐1666 ou (62) 9125‐9526

Pró-IndustrialExpediente

Vozes dos indicadores

16‐17 ALFA

PRO-INDUSTRIAL

EDITORIAL Vozes dos indicadores 3. //GAR‐GALOS Os desafios do Brasil 4‐6. //ANÁLISEÉpoca de revisar 6.// ENTREVISTAFernandoFranco 8‐10.// MARKETING & PRODUTOSNovidades na indústria 12.// REFLEXÃO SE‐TORIAL O risco de crescer em U. 13.// TRI‐BUTOS Goiás quer alíquota de ICMS a 12%14.// NOTAS INDUSTRIAIS Paulo Boni eFranquias 15.// LEITURA Livros Empresa‐riais 18. //OPINIÃO Cesar Helou 19.

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Pró-Industrial [ 4 ] www.adial.com.brPró-Industrial [4] www.adial.com.br

GARGALOS

Os desafios do BrasilESTUDO LEVANTA OS 10 PRINCIPAIS GARGALOS DA INDÚSTRIA BRASILEIRAE ESPECIALISTAS APONTAM SOLUÇÃO

Infraestruturaprecária

10 GARGALOS DO PAÍS

Má orientação dogasto governamental

e insuficienteinvestimento público

Sistema tributárioinjusto, complexo e

anacrônico

Baixa qualidade daeducação e daformação da mão de obra

Afastamento daeconomia brasileira daeconomia mundial –

menor inserção

Ausência da sustentabilidadecomo um vetor das políticas

industrial e decompetitividade

Baixos padrões deprodutividade,

inovação ecompetitividade

Insegurançajurídica

Burocraciageneralizada

Legislaçãotrabalhista

Até pouco tempo, o governofederal mexia aqui ou ali econsertava (ou disfarçava osdefeitos) da economia brasi‐leira. Mas, a era dos remen‐

dos parece ter chegado ao limite. Nestesúltimos três anos, o ministro da Fazenda,Guido Mantega, responsável pela dinâ‐mica – ou falta dela – da economia, abriuuma dezena de vezes sua mala de “má‐gicas” para retomada do crescimento enada. Como um mecânico que tentaconsertar o carro e ligá‐lo, Mantega deupartida várias vezes mas o motor nãoligou. O motor da economia vem emi‐tindo sinais há tempos de que não estásuportando o peso que o carro trans‐porta, no entanto, em vez de soluçõesmecânicas e estruturais, atacando o pro‐blema, Mantega apenas pinta a lataria docarro.

Numa encruzilhada, o mecânico‐mor parece perdido. O governo federalparece perdido diante de um cenárioeconômico desgastado. Baixo investi‐mento público e privado, estagnação dasindústrias há três anos, desindustrializa‐ção de alguns setores, taxa de juros emalta, câmbio sobe sem indicar limite deteto, inflação já estourando a meta e dis‐seminada por todos setores, inadimplên‐cia recorde, balança comercial comdéficit histórico, balanço de pagamentosdesfavorável, entre outros.

O QUE FAZER?Dialogar mais e recuperar a econo‐

mia. Mesmo porque economia em baixaafeta o humor da população que compramenos, que investe menos e manifestamais sua insatisfação. Um recente estudo

do Instituto de Estudos para o Desen‐volvimento Industrial (Iedi) aponta 10desafios que o País precisa superar parapromover uma retomada sustentávelde crescimento econômico. A seguir,uma análise de cada um dos tópicos.

1. Qualidade da educação e daformação da mão de obra que precisaser melhorada urgentemente. Mesmocom as evoluções que vêm ocorrendo,a qualidade da educação deixa muito adesejar, o que é altamente prejudicial àpopulação e tolhe o desenvolvimentosocial do País. Do ponto de vista da

economia há uma distância acentuadaentre o que é necessário em termos daqualidade da educação para que hajaavanço significativo da inovação, daprodutividade e da competitividade denossa produção e a realidade de nossoensino hoje. Para a indústria seria deextrema relevância a ampliação e oaprofundamento dos programas deensino técnico e tecnológico para a for‐mação de mão de obra qualificada.

2. Infraestrutura precária. A reco‐mendação é tornar inequívoca a dire‐ção de uma abertura efetiva dos

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GARGALOS

investimentos em infraestrutura, tantoao capital privado nacional quanto aointernacional, promovendo uma buscacorajosa de parcerias entre o setor pú‐blico e o setor privado. Outro ponto: ogoverno poderia contratar estudo espe‐cial para mapear os gargalos burocrá‐ticos e de natureza regulatória quefreiam o investimento no setor.

3. Má orientação do gasto gover‐namental e insuficiente investimentopúblico. Como é amplamente reconhe‐cido, o setor público brasileiro tem ele‐vado dispêndio em gastos correntes einveste pouco. Para mudar esse qua‐dro, a sugestão é que seja fixado com‐promisso de longo prazo do governo,com metas aferíveis de redução pro‐porcional ao crescimento do PIB dasdespesas correntes e correspondenteaumento dos investimentos e/ou menorcarga tributária. O compromisso tam‐bém servirá para consolidar entre osagentes econômicos a crença de que aredução de juros veio para ficar.

4. Sistema tributário injusto,complexo e anacrônico. O governotem razões para procurar promovermudanças tributárias fora do contextogeral e de difícil entendimento políticode uma reforma tributária (seria a re‐forma tributária “fatiada”). Mas, so‐mente uma reforma ampla poderáavançar em temas como: a justiça tri‐butária (nossa tributação sobrecarregadesproporcionalmente as classes derenda mais baixas); a simplificação e atransparência do sistema arrecadatório(a complexidade dá margem à sonega‐ção, excesso de burocracia e insegu‐rança jurídica); a remoção de tributosanacrônicos e causadores de grandesdistorções (como o IPI e impostos emcascata como o ISS e PIS/COFINS cu‐mulativo); a desoneração integral dasexportações e dos investimentos e a so‐lução do problema do acúmulo de cré‐ditos fiscais pelas empresas.

5. Baixos padrões de produtivi‐dade, inovação e competitividade daeconomia. Em vários pontos a políticado Plano Brasil Maior pode ser aper‐feiçoada. Uma melhor coordenação deações contribuiria para promover a

produtividade, reduzir o custo do in‐vestimento e incentivar a inovação.Uma orientação nova para a políticaindustrial consistiria em priorizar adesoneração tributária na base das ca‐deias produtivas, e não apenas nosbens finais de consumo. O objetivo éreduzir para níveis internacionais ocusto dos insumos básicos produzidosno país, o que beneficiaria não só ospróprios segmentos de insumos, queaumentariam sua competitividade,como também os setores de bens decapital e bens de consumo que os uti‐lizam. Isto tornaria possível a reduçãopaulatina de tarifas de importaçãotanto de insumos como de bens finais,o que aprofundaria a concorrência nomercado interno e removeria a elevadaproteção que ainda vigora em algunsramos da indústria. Essas iniciativasdeveriam estar vinculadas a progra‐mas de desenvolvimento tecnológicodos setores da indústria de base.

6. Ausência da sustentabilidadecomo um vetor das políticas industriale de competitividade. A sustentabili‐dade como base de transformação eco‐nômica deveria constituir um dosvetores para o desenvolvimento econô‐mico brasileiro. Todavia, nossa políticaindustrial, exceto marginalmente,ignora o tema. Em torno aos novos se‐

tores e negócios gerados pela economiaverde, dentre eles, o etanol, a energia debiomassa e a química verde, poderiamser estabelecidos programas de avançotecnológico e de investimento, além deiniciativas para reforço de imagem emarca de produtos brasileiros, visandouma maior competitividade. Seria im‐portante definir marcos regulatóriostendo por objetivo a convergência dosobjetivos de desenvolvimento com apreservação ambiental e equidade so‐cial.

7. Afastamento da economia bra‐sileira da economia mundial – a decli‐nante inserção externa do Brasil. Aeconomia brasileira está se afastando daeconomia mundial, um processo que emparte decorre da baixa competitividadeda produção interna, mas é tambémconsequência da ausência de políticaspara integrar o país nos fluxos de comér‐cio mais dinâmicos do mundo. Estandofora das cadeias industriais globais,nossa economia volta‐se ao mercado in‐terno e amplia sua especialização emcommodities, o que, a longo prazo, podeter efeitos desfavoráveis para o cresci‐mento. A atual perspectiva de efetivaçãode grandes acordos internacionais, ondeo Brasil não está incluído, evidencia oatraso do país nessa matéria e a necessi‐dade de que rapidamente seja estabele‐

Manifestações por todo País em junho alertaram classe política de que é necessário mais atenção com as reformas estruturais. Itens da pauta têm relação com economia, indústria e investimentos sociais

Wilson Dias ‐ ABr

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GARGALOS

Época de revisar

A economiaparou porque a in‐dústria há um bomtempo estagnou.Todos assistem atô‐nitos este momentode baixa reação dosetor produtivo bra‐sileiro às medidasanticrise. Só confir‐mam os alertas feitos pela Pró‐In‐dustrial desde meados do anopassado. Os fatores estruturaissuplantam os conjunturais – queum pacote rápido sempre resol‐veu. É hora de parar, encarar arealidade, tirar o discurso e, nodiálogo democrático, combater osgargalos.

A dimensão deste ambientedesfavorável que navega a econo‐mia brasileira foi bem descrito noestudo do Iedi que lista e discuteos dez desafios a serem vencidospelo País. Destaca‐se também aentrevista do economista e filó‐sofo, Eduardo Giannetti da Fon‐seca, à repórter Lídia Borges, noPOPULAR, que aponta que a rea‐ção do governo Dilma Rousseff àestagnação econômica sempre foisem coerência e que a política ma‐croeconômica foi equivocada.

Raro encontrar um industrialque diga que em algum semestreentre setembro de 2008 e junho de2013 tenha experimentado umcrescimento igual ao registradoentre 2005 e 2008. A crise nosEUA, que se espalhou pelomundo em 2009, fez a economiamundial recuar um patamar. Nocomeço, quando se dizia que acrise norte‐americana afetariamercados produtivos e financei‐

ros por uma dé‐cada, muitos ana‐listas duvidaram.Hoje, já não há dú‐vida alguma.

Um ponto quedeve se avaliar é aelevação sistemá‐tica dos custos in‐dustriais sem a

mesma recomposição dos preços.Analistas destacam que, nos últi‐mos cinco anos, uma evolução di‐minuta da produtividade que nãocompensou o crescimento de sa‐lários. As observações e preocu‐pações dos empresários quantoàs dificuldades do setor nemsempre foram levadas em conta,muitas vezes apontadas como re‐clamações infundadas. No en‐tanto, os argumentos estavamclaros nas fábricas.

Os setores pesados da indús‐tria brasileira investiram comedi‐damente. Primeiro, porinsegurança jurídica de que as re‐gras serão cumpridas pelo go‐verno – mudanças e incoerênciarecentes lançam uma sombra dedúvidas sobre o tema. Segundo,porque a economia não apresen‐tou crescimento e a demandatambém se estabilizou em umnível menos elevado – ou seja,perda o ritmo de crescimento doconsumo também foi refletida nademanda de insumos.

Entramos definitivamente emuma época de revisão dos valorespolíticos e uma reorientação eco‐nômica profundas. Aos governos,é importante fazer a leitura cor‐reta para implantar uma ação namedida certa.

cida uma política para reverter a situa‐ção, incluindo uma revisão do Mercosule a busca de acordos bilaterais de co‐mércio.

8. Burocracia generalizada. A bu‐rocracia se generalizou na vida do bra‐sileiro e a vida empresarial não éexceção. A execução de um programaamplo de simplificação da legislação ede regulamentos de toda ordem queafetam o cotidiano econômico do Paísseria extremamente oportuna.

9. Insegurança jurídica. A insegu‐rança jurídica hoje está presente emtodas as dimensões da economia: tri‐butação, incentivos fiscais, concessões,temas regulatórios, questões trabalhis‐tas, acesso à biodiversidade e muitosoutros. Como consequência, está sendoformado um enorme contencioso entreempresas e governo em todos os seusníveis, o que dificulta muito a operaçãoempresarial. Uma revisão profundados marcos regulatórios da economiacom o objetivo de reduzir a insegu‐rança jurídica seria muito benéfica emfavorecer o ambiente de negócios noBrasil.

10. Legislação trabalhista. É muitorelevante atualizar a legislação trabal‐hista para torná‐la mais adequada aum novo momento do mercado noqual novas características e ferramen‐tas de trabalho se apresentam. A com‐plexidade da atual legislação é um itemda insegurança jurídica porque, dentreoutras razões, dá margem a interpreta‐ções jurisprudenciais criadoras de re‐gras ou obrigações não incluídas nalegislação vigente. Seria necessário pre‐ver, sem redução dos direitos legais,que a negociação no âmbito sindicato‐empresa possa atualizar a aplicaçãodas regras trabalhistas. Uma outra su‐gestão diz respeito às empresas quepagam os impostos e contribuições ouainda arcam com gastos com trans‐portes, assistência médica e alimenta‐ção dos seus funcionários. A legislaçãorelacionada a esses itens não estáconsolidada. Seria importante suaconsolidação para tornar claros os cri‐térios de ressarcimento às empresasque oferecem tais benefícios.

ANÁLISE

10desafios

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ENTREVISTA

Governo federal nãofez o dever de casa

Fernando Franco

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Michal Gartenkraut

Alista de motivos para a balança comercial brasileira ter desabado ladeira abaixo élonga, assim como não é pequena a que faz Goiás deslanchar, na contramão do País,no comércio exterior. Quem elaborou, a pedido da revista Pró‐Industrial a lista demotivos, prós e contras, foi o administrador de empresas e especialista em comércioexterior, Fernando Franco. Para ele, a maioria dos motivos dos déficits recordes do

País está na inoperância do poder público, que não fez “o dever de casa”. Fernando Franco é diretorda Trade Providers e da Express Trading, além de ter sido diretor Executivo do Porto Seco Cen‐tro‐Oeste, em Anápolis, de 1999 a 2003. Confira a seguir os principais trechos da entrevista:

Goiás fecha semestre com superávitde US$ 802 milhões. O fluxo comercialno período soma quase US$ 6 bilhões.Considerando os resultados nacionais,de recorde de déficits, o pior ano desde1995, é um resultado surpreendente?

O Estado de Goiás teve um cresci‐mento vertiginoso em exportações na úl‐tima década, e crescimento também muitosignificativo nas importações. A pauta deexportações goiana de 2012 demonstra arepresentatividade do complexo soja, com30% do total, seguido de milho, 12%, carnebovina, 10,5%, cobre, 8,5%, açúcar com 6%,“frango” com 5,7%, e níquel com 4,5%. Osnúmeros são reflexos inequívocos da nossavocação natural: a agroindústria e os recur‐sos minerais. Trata‐se de consequência di‐reta do desenvolvimento destes setores, osquais também são preponderantes se ana‐lisarmos as exportações brasileiras comoum todo, mas com representatividade por‐centual diferenciada no nosso Estado.

Nas importações temos o segmento au‐tomotivo (veículos, tratores, partes e peças)como mais expressivo, e insumos farma‐cêuticos e agropecuários também comgrande participação, respondendo estesgrupos pela maioria porcentual absoluta.Nesse caso, além dos números evidencia‐rem três segmentos industriais em francodesenvolvimento, evidencia‐se também adependência de fornecimento internacio‐nal para estes segmentos, pois o Brasil pra‐ticamente não tem produção de matériaprima para indústria farmacêutica e agro‐pecuária, e depende excessivamente defornecimento internacional de insumospara produção de veículos automotores,além de, no caso das empresas aqui insta‐

ladas, haver grande fluxo de importaçãode veículos prontos.

Ocorre que a representatividade econô‐mica crescente do agronegócio em Goiásimpressiona, o que é plenamente justificá‐vel, uma vez que estamos entre os Estadoscom maior potencial agrícola do Brasil,com terras férteis e clima favorável, e temossido cada vez mais demandados peloconsumo mundial crescente, especial‐mente porque as condições naturais, alia‐das ao desenvolvimento tecnológico daprodução agrícola, possibilitam competiti‐vidade dos preços dos nossos produtos nomercado internacional. Comparativa‐mente ao desempenho dos setores indus‐triais que sustentam a pauta deimportações, por mais que se verifiquecrescimento importante, este não repre‐senta volume de transações equivalente.Temos então um superávit comercial im‐portante e crescente, mesmo neste anoonde se observa déficit na balança comer‐cial brasileira. O nosso superávit é conse‐quência das características da nossaeconomia, e potencializado pela demanda

mundial dos nossos produtos.

A que se deve esse desempenho tãofavorável de Goiás? E, em relação ao Bra‐sil, por que está tão ruim?

O desempenho desfavorável da ba‐lança comercial brasileira é consequênciade vários fatores, a maioria deles pela ino‐perância do poder público, que não exe‐cuta o seu “dever de casa”:

1) Falta de infraestrutura: O Brasil pas‐sou nas duas últimas décadas por um pro‐cesso de expansão da atividade econômicae do consumo das famílias acompanhadopor transformações econômicas e sociais,que resultaram em impactos expressivossobre a demanda por infraestrutura. O au‐mento da oferta de crédito, com a explosãodas vendas de veículos, a redistribuição derenda com entrada no mercado de umanova classe média, a interiorização do des‐envolvimento e a expansão da atividadeagropecuária e extrativa mineral para aten‐der a crescente demanda asiática por com‐modities são alguns exemplos. Nessecontexto, os esforços públicos visando aampliação da oferta de transportes, ener‐gia, saneamento e serviços públicos nãoacompanhou o ritmo de expansão da eco‐nomia e a mudança nos padrões deconsumo da população. O País defronta‐secom gargalos generalizados em sua malhade infraestrutura. São estrangulamentosque resultam em perda de produtividadepara a economia, e perda de competitivi‐dade das empresas.

2) Custo tributário: A carga tributáriaonera em demasiado a atividade econô‐mica no Brasil. Muito se falou na últimadécada de Reforma Tributária, mas esta

A cargatributária oneraem demasiado aatividadeeconômica noBrasil.”

Pró-Industrial [ 9 ] www.adial.com.br

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nunca se viabilizou, e as alterações tributá‐rias efetivas, como do PIS / COFINS em2004, dos veículos importados em 2011 etantas outras, ao contrário, veem elevandoa carga tributária, propiciando recordesconsecutivos de arrecadação de impostos,dificultando o desempenho das empresase o desenvolvimento econômico, favore‐cendo a informalidade e a evasão fiscal, ge‐rando assim desequilíbrios no mercado, eprejudicando o direcionamento dos inves‐timentos internacionais.

3) Custo financeiro: O custo financeirono Brasil, a partir da prerrogativa governa‐mental de balizamento da taxa de juros, emuito prejudicado pela regulamentação dosistema bancário, que permite rentabilidadeexcessiva desse setor, embute na atividadeeconômica um ônus muito significativo emuito prejudicial, com efeito nefasto nopreço dos produtos e serviços. Aliado a issotemos um mercado inexperiente na admi‐nistração de crédito, o que vem sustentandoum círculo vicioso nos últimos anos que sóagora dá sinais de arrefecimento, dado o es‐trangulamento do “modelo” pelo endivida‐mento dos consumidores.

4) Burocracia:Os processos regulamen‐tares e burocráticos no Brasil sempre pre‐judicaram a atividade econômica e acompetitividade. Seja no licenciamento am‐biental, na aprovação de projetos de edifi‐cação pelas Prefeituras, regularização deempresas e produtos na ANVISA, regula‐rização de implantação de um novos em‐preendimentos, na manutenção das CNDspelos contribuintes, na complexidade dasnormas do INMETRO, e em tantas outrasquestões, sempre nos deparamos com amorosidade e a carestia da administraçãopública, em todas as esferas.

5) Risco inflacionário: o mercado reageà menor percepção de risco inflacionário, ereage da pior maneira possível, subindo ospreços para se proteger, é a chamada infla‐ção inercial. A atribuição de controle da in‐flação é do Banco Central do Brasil. Há anostemos esse risco mitigado, mas o senti‐mento de que esse controle hoje está sujeitoa ingerências políticas, e de que há poucaqualificação no Governo Federal para tratar

desse tema, já impacta negativamente omercado, trazendo apreensão e incertezas.A simples dúvida, no mínimo, favorece apostergação do desenvolvimento.

6) Falta de planejamento governamen‐tal de médio e longo prazos: O governobrasileiro é imediatista, decide alteraçõesimportantes sem se preocupar com as suasconsequências no semestre que vem. Issoprejudica significativamente o investimentoestrangeiro, seja em aplicações financeirasno País, seja na atividade produtiva. A sus‐cetibilidade às mudanças também onera aatividade econômica como um todo, pois omercado procura se proteger elevandomargens e restringindo crédito. O “SenhorMercado” exige regras claras e estáveis parase desenvolver adequadamente.

7) Foco no mercado interno: Muitas em‐presas se contentam com o grande mercadointerno, e não desenvolvem ações para in‐ternacionalizar seus produtos. Ao contrário,pedem ao Governo que impeça a entradade concorrência internacional. Essa práticaé nociva especialmente para estas mesmasempresas, pois “descansam” nessa sombra,não se aperfeiçoam para competir, não oti‐mizam seus processos, não agregam novastecnologias, e estão fadadas ao fracassomais cedo ou mais tarde. A internacionali‐zação da economia não é opcional, é impe‐rativa para o desenvolvimento.

8) Agregação de margem: Esse é umaspecto que não se pode generalizar, masempresas no Brasil muitas vezes trabal‐ham com margens de lucro superiores aque aplicam em outros países, seja para seresguardar da insegurança gerada por po‐lítica pública confusa, seja por herança dacultura inflacionária, seja simplesmenteporque o mercado assimila. Estudos com‐provam que uma das razões dos carros noBrasil serem tão caros é a margem de lucroagregada ao setor, muito superior ao quese observa em outros países.

9) Custo de energia elétrica: Esse tam‐bém não é um ponto incidente em todas asáreas diretamente, mas indiretamente todaa economia sofre as consequências do ele‐vado custo energético brasileiro, conse‐quência da falta de investimento público,

e de equivocada regulamentação do Setor,seja sob o aspecto tarifário, seja pelas regrasque desestimulam o investimento privado.E note que temos um dos maiores poten‐ciais hídricos do mundo, sendo esta umadas mais eficientes opções de geração. Essaé a razão da produção de aço, por exem‐plo, não ser competitiva. Somos o segundomaior produtor mundial de minério deferro, e esse minério atravessa o mundo evolta, beneficiado, com valor inferior aoque se consegue produzir no país. Indús‐trias pesadas, como as de bens de capital,sofrem e não conseguem se desenvolveradequadamente no Brasil.

Todo o conjunto de questões supra ci‐tadas, e outras mais, compõem o chamado“Custo Brasil”. Este “Custo Brasil” foi gra‐dativamente tirando a competitividade in‐dustrial nacional, e consequente esta nuncaalcançou ganho de escala significativo,sendo este um aspecto a mais que contri‐bui para minimizar os custos de produçãonos países asiáticos, nossos principais com‐petidores. Percebe‐se então uma conse‐quência perigosa na indústria nacional quehoje impacta nossa balança comercial eameaça nosso futuro industrial: cada vezmais há paralisação de linhas de produçãoindustriais, pois estas próprias passaram aencomendar seus produtos do exterior,com preços mais baixos, para garantircompetitividade no mercado local.

Sendo assim, crescem as importaçõesde insumos industriais disponibilizadospor preço inferior aos nacionais, as impor‐tações de máquinas e equipamentos, poisa incipiente indústria nacional de bens decapital hoje decresce, as importações deprodutos acabados encomendados pelasimportadoras, e também os produtos aca‐bados encomendados pelas próprias in‐dústrias. Do outro lado, temos a criseeuropeia e a desaceleração da China pre‐judicando nossas exportações. A conse‐quência é a inversão do que se vinhaobservando nos últimos anos, e não fos‐sem as nossas riquezas naturais, que via‐bilizaram o desenvolvimento agrícola,agropecuário e mineral, estaríamos emcondição ainda pior.

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Pró-Industrial [ 12 ] www.adial.com.br

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A bebida mista daBrasil Kirin cresceu cercade 26% em 2012 emrelação ao ano anterior,número acima docrescimento do mercadoque, no mesmo período,atingiu 8,7%. Já noNordeste, a marca obtevecrescimento de 6,5%,enquanto o mercado cresceu 4%. A marca também quer alavancar nasdemais regiões do País. Disponível em todo o País na embalagem de450ml e 2 litros na Bahia, Sergipe e Pernambuco, nos sabores de frutasvermelhas e frutas cítricas.

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REFLEXÃO SETORIAL

Pró-Industrial [ 13 ] www.adial.com.br

Indústria brasileira fecha quadrimestre com leve melhora e analistas apontam que setor cresce menos no movimento W, de altas e baixas, e mais

com expansão em U, que representa queda e recuperação longas e lentas

QUADRIMESTREO resultado do setor industrial,

divulgado pelo IBGE, do últimoquadrimestre traz uma melhoragradativa nos indicadores, prin‐cipalmente, nos últimos doismeses analisados. Convém es‐perar o fechamento do semes‐tre, a ser divulgado no final deagosto, para verificar se estaconsolidação se confirma oufoi apenas mais uma oscilaçãosazonal ou um princípio de reto‐mada que é abortado no meio docaminho.

Observando os números, vê‐semarço e abril de avanços seguidospara a Região Nordeste, São Pauloe Minas Gerais – importantespólos de crescimento do setor noPaís. No Sul, Estados também de‐monstraram mais vigor em abril –exceto Paraná, que a recuperaçãofoi antecipada para março, comexpressivo avanço de 5,4%. Nogeral, foi janeiro e fevereiro de re‐tração, enquanto março e abril re‐gistraram alta.

E GOIÁS?Goiás figurou na lista dos Esta‐

dos que não cresceram em abril, nacomparação com março, com retra‐ção de 1,2%. Agora, quando se com‐

paracom abrildo ano passado, o resultado é bas‐tante expressivo, com crescimentode 8,2%. Na verdade, na compara‐ção de períodos entre abril 2012 comabril 2013, o resultado é melhor emdoze dos quatorze Estados pesqui‐sados, com variações que chegam a13,5%, como é o caso da Bahia.

VOO DE GALINHAA retomada lenta ainda não dá

confiança que é sustentável. Paraanalistas, o País está retomando suaexpansão em U e não em W, como osEstados Unidos. Isso significa umtrajeto mais longo entre os pontos demaior expansão e uma recuperação

lenta. No mercado norte‐americano,fica mais evidente um movimento

oscilatório. No caso brasileiro, umadescida longa e lenta, seguida de

uma retomada da mesmaforma, longa e lenta. No pas‐sado, o Brasil se caracterizoupelos movimentos de expan‐são em W, quando até ganhouo troféu de padrão “voo de ga‐linha”, que descrevia a dinâ‐

mica econômica de boadecolagem que gerava um voo

de curta distância, para novamentecair em estagnação ou retração.

CONCLUSÃOO ritmo ascendente é perceptível

nos números de janeiro a abril, queforam, respectivamente, os seguin‐tes: –1,0%, –0,4%, 0,8% e 1,3%.Paraalguns analistas, ainda de umaforma lenta, a indústria já começoua reagir nos últimos meses do anopassado. O quadrimestre não foi deretomada para o emprego indus‐trial. Pelos números do IBGE, abrilestagnou com relação a março e,comparando ao primeiro quadri‐mestre de 2012, o setor perdeu em‐pregos, com recuo de 0,9%. É umsinal ruim em se considerando queé ainda o indicador preservado naeconomia brasileira.

O risco do crescimento em U

Perigo

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IMPOSTOS

Na caminhada para a manutençãoda alíquota de 12% do ICMSpara operações interestaduais, ogovernador Marconi Perillo e co‐mitiva de Goiás estiveram nas úl‐

timas semanas com governadores de váriosEstados do Norte, Nordeste e Centro‐Oeste.Por onde passaram, eles receberam o apoiopara a proposta, que foi encaminhada pelosgovernadores aos secretários da Fazenda paraestudos e posteriores encaminhamentos.

Marconi encaminhou aos governadoresuma proposta, elaborada em parceria pelaAdial Brasil e o Governo de Goiás, de Projetode Lei Complementar a ser apresentado noCongresso Nacional estabelecendo normaspara a concessão de incentivos fiscais e fiscal‐financeiros e de benefícios fiscais no âmbito daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, para aplicação nos Programas deDesenvolvimento Regional.

O governador do Pernambuco EduardoCampos disse que é simpático à propostaapresentada pelo governador Marconi Perillo,porque na luta pela continuidade dos incenti‐vos fiscais ela assegura a geração de mais em‐prego e renda nas Regiões Nordeste, Norte eCentro‐Oeste. Roseana Sarney, do Maranhão,se posicionou favorável à ideia e também en‐caminhou a proposta do PLC a seu secretárioda Fazenda.

Marconi demonstrou aos governadores apreocupação com a manutenção do empregonos Estados, inclusive o seu, assunto que osune, além de mostrar que perderão competi‐tividade fiscal com a proposta do governo fe‐deral em mudar para 7% e 4% a alíquota doICMS. O governador informou que continuaráa visitar outros Estados dessas regiões e po‐derá também encontrar alguns representantesdeles em Brasília.

Dentre as propostas apresentadas estão:

explícito e público apoio político para apresen‐tar e aprovar o PLC de regulamentação em leifederal dos incentivos fiscais de ICMS na Câ‐mara e no Congresso, propondo a concessãode incentivos fiscais de ICMS na proporção in‐versa ao tamanho do PIB nominal dos Estadosbrasileiros; aprovação da PLS 85/2010 ou PLS170/2012, para acabar com o quórum de una‐nimidade na votação do Confaz.

E, ainda, convencimento do governo fede‐ral para a ideia de ser parte integrante dos pro‐gramas de desenvolvimento regional, deincentivos fiscais de ICMS dos Estados, apor‐tando apenas 10% ou 20% do que for investidopelos entes federados; mostrar que o custo doICMS interestadual incentivado é totalmentepago pelo Caixa do Estado de origem.

Mostrar que a redução ou fim dos incenti‐vos fiscais de ICMS provocará inflação, poismilhares de produtos estão com seus preçossubsidiados pelos incentivos estaduais; reivin‐dicar a redução do serviço da dívida dos Esta‐dos para com a União sem qualquercontrapartida. O atual custo da dívida sabida‐mente injusto e não há porque o governo fe‐deral exigir uma reciprocidade de sacrifício dereceita dos Estados por algo que já se tornoupúblico como um pleito legítimo; e agenda‐mento de reunião com a presidente Dilma,para expor o pacto entre os governadores.

Goiás defendemanutenção deICMS em 12%

Marconi consegue adesão de váriosEstados contra alíquotas de 4% e7%

Marconi com Eduardo Campos, do Pernambuco

Amazonas descarta novaproposta de baixar alíquota

O governo do Amazonas descartaa possibilidade de mudar a propostade alíquota do Imposto sobre Circula‐ção de Serviços e Mercadorias (ICMS)do Amazonas de 12% para 10%, na re‐forma tributária que está sendo discu‐tida no Senado. O anúncio foi feito pelosecretário de Estado da Fazenda(Sefaz), Afonso Lobo.

O senador Delcídio Amaral, relatorda proposta de unificação do ICMS naComissão de Assuntos Econômicos(CAE), afirmou pela primeira vez estarpróximo de um consenso. Entidadesda indústria no Amazonas consideramproposta de 10% ainda vantajosa.A po‐sição do Estado, segundo Afonso Lobo,é de não abrir mão dos 12%, aprovadosanteriormente na CAE. “Se o governofederal achar que deve arbitrar naquestão, cabe a ele, porém nós nãovamos tomar a iniciativa de aceitar uni‐lateralmente qualquer alíquota dife‐rente dos 12%”, destacou o secretário.

Lobo explica que apesar de 10%ainda ser uma alíquota vantajosa emrelação aos outros Estados, ‐ que fica‐riam com 4%, em vez dos 7% atuais ‐não há razão para que a proposta demudança venha do Amazonas.“Nãovamos abrir mão de algo que jáconquistamos. Não é algo que vai par‐tir da gente”, afirma o secretário.Parao diretor do conselho consultivo da As‐sociação Brasileira dos Fabricantes deMotocicletas (Abraciclo), Paulo Takeu‐chi, a proposta de reduzir de 12% para10% a alíquota mantém a competitivi‐dade do Polo de Duas Rodas.Deacordo com o senador Delcídio Ama‐ral, até o final deste mês, haverá umareunião do Conselho Nacional de Polí‐tica Fazendária (Confaz) para convali‐dar o acordo, que, basicamente, estáfechado com todos os Estados, excetocom o Amazonas. (REDAÇÃO COM D24AM)

CONGRESSO

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NOTAS INDUSTRIAIS

Com o tema ‘Goiás no Mercado Nacional’, a Feira de Franquias será realizada nos dias 9e 10 de agosto, no Centro de Convenções de Goiânia (GO). O evento trará ampla estruturacom exposição de franquias de diferentes regiões do País e programação composta por 16minicursos. A proposta é reunir investidores, franqueados, franqueadores, empresas emexpansão, empreendedores, estudantes e interessados em franchising.

Realizada pelo Movimento Goiás Competitivo (MGC) e pela Secretaria de Indústria eComércio (SIC), a Feira terá entrada franca e horário de funcionamento, no dia 9, das 14 às22 horas, e no dia 10, das 11 às 21 horas. O evento será organizado pela empresa BMTNegócios & Franquias e terá apoio da Associação Brasileira de Franchising.

Inflação de junhoO IPCA subiu 0,26% em junho, após alta de 0,37% em maio. A alta é a menor desde junho de 2012.

TERMÔMETRO ECONÔMICO 2013Confira abaixo a última atualização dos indicadores econômicos do País e do Estado. A cada ediçao, a PRÓ‐INDUSTRIAL traz

novos números e suas sinalizações. Confira os resultados dos últimos dados divulgados.

Inflação em 2013No acumulado do semestre, IPCA subiu 3,15%. A meta é de4,5% a 6,5% no ano. Em 12 meses, o avanço é de 6,70%.

Expansão da indústriaOs primeiros indicadores da indústria em junho apontam que a recupe‐ração do setor perdeu força em junho. Dado é de estudo do HSBC.

Comércio exteriorO déficit de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano foi "realmenteexpressivo", admi u o governo federal.

PIB em 2013A CNI reduziu a previsão de crescimento do PIB do Brasil de 3,2%, feita em março deste ano, para 2%.

Desemprego Desemprego sobe 6,8% face a junho de 2012 e desce 1,9% face a maio. Estaalta, que preocupa, ocorreu em todas regiões do País.

Morre o empresário Paulo BoniO Estado de Goiás foi pego de surpresa no

último dia 5 com a morte do empresário PauloBoni. Um acidente rodoviário, na GO‐436, naestrada que liga Cristalina a Brasília, tirou a vidade Paulo Boni, aos 59 anos, um empreendedornato e passando por um dos melhores momentosde sua carreira empresarial. O veículo queconduzia colidiu primeiramente em uma carretaque estava parada na pista há 24 horas, porproblemas mecânicos, e, em seguida, seu veículorodou na pista, bateu em outra carreta queseguia no sentido contrário e caiu em umaribanceira.

Presidente do Grupo Goiás Verde, Paulo Boniiniciava uma nova etapa após a recente aquisiçãoda Brasfrigo, que consolidou a empresa como

destaque na América Latina por ser uma dasmaiores produtoras individuais de tomate emilho doce em área irrigada.

Respeitado pelo mercado e admirado pelosamigos, Paulo Boni iniciou o empreendimento dafamília em 1981. A evolução crescente donegócio se deu em paralelo com a expansão daprodução e da área irrigada de Luziânia, Cristalinae região. Por mais de uma vez e sempre muitosolicito, Paulo Boni atendeu a reportagem da Pró‐Industrial. Em recente entrevista, disse queestava otimista com o futuro do Estado e que nãotemia o fim dos incentivos fiscais para um médioprazo. “Goiás trilha um caminho de crescimento”,teria dito. Paulo Boni era casado, deixa três filhos,duas mulheres e um homem, além de um neto.

Goiânia teráFeira de Franquias

A extinção da contribuição adicional de 10% doFGTS em casos de demissão sem justa causa foiaprovada pela Câmara dos Deputados. O Projeto deLei Complementar e Outras Propostas (PLP) 200/2012que previa o fim da alíquota foi aprovado por 315,contra 95 votos. A matéria segue para sanção dapresidente Dilma Rousseff. A contribuição foi criadaem 2001 para compensar perdas do fundo à épocados Planos Verão (1989) e Collor I (1990), mas perdeusua finalidade ainda em 2006, quando o saldo foiajustado. Para a FecomercioSP, que representa 154sindicatos da área do comércio e de serviço, o fim dacontribuição implica diretamente na redução do custodo trabalho, o que aumenta a competitividade eestimula a geração de empregos formais.

Ex nção de adicional

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EMPRESA

Alfa cria Centro de Pesquisas em Desenvolvimento RegionalFACULDADES ALVES FARIA INAUGURAM O PRIMEIRO CENTRO DE ESTUDOS QUE PESQUISARÁ CIENTIFICAMENTE O EFEITO DOS INCENTIVOS FISCAIS NO PAÍS

“O papel do Centro dePesquisa da Alfa é investigarcausas, efeitos e soluçõesencontradas em razão daadoção das políticas deincentivos fiscais”

JOSÉ ALVES FILHO, presidente do Grupo José Alves e da Adial Brasil

P . ..

Goiás foi o Estado pioneirona adoção dos programasde incentivos fiscais basea‐dos no ICMS no País, noinício da década de 80. O

modelo inspirou os demais Estadosmenos desenvolvidos a criarem pro‐gramas semelhantes e dividiu o Paísentre as unidades da Federação favo‐ráveis e as contrárias aos programas.

Em outra atitude inédita, as Facul‐dades Alves Faria (Alfa) inauguraramnesse ano, o 1º Centro de PesquisasCientíficas em Desenvolvimento Re‐gional do Centro‐Oeste Brasileiro, comum objetivo de apresentar estudos re‐lacionados ao desenvolvimento sociale econômico de toda região do Centro‐Oeste, Norte e Nordeste Brasileiro epara esclarecer os “porquês” relacio‐nados à desigualdade econômica doPaís. Esse projeto visa colaborar paraque a sociedade tenha uma visão maisholística em relação ao que acontece noBrasil atualmente. O Centro de Pes‐quisa é ligado à pós‐graduação docurso de Administração de Empresasda instituição de ensino.

Para o empresário José Alves Filho,presidente do Grupo José Alves e da

Adial Brasil, o Centro de Pesquisa é oprimeiro projeto que terá como foco deestudo os incentivos fiscais e seus efei‐tos nas economias em desenvolvi‐mento. “Poderemos, a partir deestudos científicos, ter uma dimensãoda alavancagem dos programas de be‐nefícios fiscais no avanço da economiaregional”, disse.

Outro ponto relevante é a possibili‐dade dos estudos científicos serviremde referência para embasamento dediscussões, debates e propostas de en‐tidades, governos e legislativo. Na lin‐guagem popular, as pesquisasaprofundadas e técnicas poderãocontribuir para separar o “joio dotrigo”, ou seja, o debate se dará menospor suposições ou númerosaleatórios, estimadosou coletados sem omínimo padrãocientífico, e maispor levanta‐mentos técni‐c o s ,comparativoseconométricose uso de esta‐tística aplicada.

José Alves Filho destaca que, ape‐sar de três décadas de vigência dos in‐centivos fiscais, ainda não se tem umaampla bibliografia técnica‐científica,como ocorre em outros países, sobre otema. Muitos trabalhos, contrários oua favor aos programas, seguem visõesparciais do tema.

O empresário explica que os estu‐dos do Centro de Pesquisa poderãoservir, por exemplo, para embasar oplanejamento estratégico de longoprazo dos governos e para derrubarmitos criados sobre o tema, além ser‐virem para decisão de investimentosprivados em novas unidades e expan‐sões industriais e comerciais.

“Acreditamos muito neste projeto,que tem a Alfa como base estrutural

mas seus resultados são de inte‐resse coletivo para o País, já

que tendem a descortinaruma série de dúvidas ouinformações conflitantessobre desenvolvimentoregional”, disse o em‐presário.

Muitas diretrizes,estudos e trabalhos in‐ternacionais, como da

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Unidade da Alfa na Perimetral Norte, em Goiânia, foi a primeira no Estado. As unidades Centro e Bueno são mais recentes

Organização Mundial do Comércio(OMC), poderão ser alvo de estudo ecomparação, mas hoje são desconheci‐dos no debate nacional. “O papel doCentro de Pesquisa da Alfa é investigarcausas, efeitos e soluções encontradasem razão da adoção das políticas deincentivos fiscais.”

SOBRE A ALFANos mais de 12 anos de existência,

a Alfa contribue para o desenvolvi‐mento de Goiás formando profissio‐nais competentes e atuandofortemente em pesquisas, ações educa‐cionais e eventos de grande importân‐cia para a sociedade goiana. Fundadaem 2000, as Faculdades Alfa são inte‐grantes do Grupo José Alves e contamcom 18 cursos de graduação, 41 de pósgraduação latu‐sensu, duas opções demestrado (Administração e Desenvol‐vimento Regional), além de cursos deextensão e doutorado.

Impulsionado pelas conquistas ob‐tidas pela instituição de ensino emGoiás, o Grupo José Alves expandiusua atuação no segmento de EducaçãoSuperior, buscando no mercado de

São Paulo novas oportunidades paraconsolidação de suas posições nestaárea. Assim, no final de 2009, a Alfa co‐meçou a oferecer seu método educa‐cional também na Faculdade Fadisp,por meio dos cursos de graduação emDireito, Administração e CiênciasContábeis, além dos cursos de mes‐trado e doutorado em Direito (um dosquatro autorizados pela CAPES para

aquela cidade) em São Paulo.O diretor superintendente da Alfa,

Nelson de Carvalho Filho, destaca que,em 2011, a instituição formou umaaliança com a HSM Educação para di‐fusão de cursos de educação executiva.

“Com essa ação conjunta, a Alfaampliou a oferta de programas de altaqualidade com o modelo desenvol‐vido pela HSM Educação e endossa‐dos com exclusividade pelos maioresnomes internacionais de gestão, taiscomo Philip Kotler, Vijay Govindara‐jan, David Ulrich, William Ury JeffreyPfeffer e John Davis”, destaca.

Os valores que unem as duas ins‐tituições são pautados principal‐mente pela formação de profissionaisem altíssimo nível para o ambientede Negócios. São cursos de MBAs eEDPs (Executive Development Pro‐gram) presenciais com metodologiainovadora e conteúdo exclusivo,onde os alunos tem acesso a uma pla‐taforma virtual com uma rede deconteúdos em formato multimídia,além de salas com lousas em 360º,telas touch screen, simuladores,games e chats em real time.

Nelson de Carvalho Filho destaca asfortes parcerias e resultados da Alfa

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DR. APOCALIPSEConhecido como "Dr. Apocalipse", Nouriel Roubini eletrizou a comunidade financeira mundial ao antever a última

crise antes de qualquer outro especialista. Ao contrário dos profissionais da área, Roubini não trata os desastreseconômicos como eventos singulares e isolados, sem causa nítida. Décadas de pesquisas lhe permitiram constatar que

eles são previsíveis, passíveis de prognóstico. Fundamentado em uma combinação nada convencional de análise históricacom economia global, Roubini tem forçado políticos, autoridades monetárias, investidores e analistas do mercado

financeiro a encarar uma verdade: os sistemas financeiros são inerentemente frágeis e propensos ao colapso.

SEJA CRIATIVOEconomia Criativa, mostra que a criatividade é um ótimo negócio. Mas como transformar criatividade em

dinheiro, capital e lucro? Simplesmente ter uma ideia brilhante não interessa o que interessa é o que você faz com ela.John Howkins, destacado especialista em economia criativa, nos mostra nesta edição atualizada o que realmente écriatividade, fornecendo dados concretos sobre sua representatividade na economia mundial (US$2,7trilhões por ano)e descrevendo as principais regras para o sucesso. Este livro trata da relação entre a criatividade e a economia. Acriatividade não é algo novo, tampouco a economia, mas a novidade está na natureza e na extensão da relação entreelas e como elas se combinam para criar valor e riqueza extraordinários.

ATÉ ELES FALHAMEm "Quando os Gênios Falham", Roger Lowenstein renomado jornalista de finanças e

investimentos, conta, com uma riqueza de detalhe impressionante, a trajetória da gestora de recursosLong‐Tem Capital Management (LTCM). Saudada como o mais impressionante hedge fund da históriaem 1993, liderada pelo notável e bem‐sucedido especialista em arbitragem John Meriwether, a LTCM

gabava‐se por ter nos seus quandros dois prêmios Nobel de Economia, a elite dos traders de Wall Streete a nata dos acadêmicos de finanças e matemáticas das melhores universidade norte‐americanas.

FIM DO MISTÉRIO'Economia sem Mistério' é um manual dos fundamentos da economia com verbetes

que abrangem termos e jargões. Este livro é indicado para quem quer compreendermelhor a área que tem tanta influêncianas questões mundiais, empresariais e no modocomo vivemos. Os livros desta série são originados de artigos e manuais da revista inglesaThe Economist.

ERA DA ÉTICAResponsabilidade social e transparência são práticas cada vez mais exigidas por consumidores e pela

sociedade. Este livro mostra como empresas e negócios devem adotar uma postura ética, pautada porvalores, princípios e códigos de atuação claros. Apresenta caminhos para a consolidação de umambiente de trabalho baseado no respeito e na honestidade, além de trazer informações sobredesempenho financeiro, responsabilidade ambiental e transparência na comunicação comcolaboradores e consumidores.

LEITURA EMPRESARIAL

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OPINIÃO

Goiás ocupa seu lugarna defesa dos incentivos

CESAR HELOU

Oesf orço gasto por Estadosdesenvolvidos e ogoverno federal paradestruir as políticas deincentivos fiscais dos

Estados em desenvolvimento, sejamelas no Executivo, Legislativo eJudiciário, é descomunal. E, parapiorar, é crescente nos últimos quatroanos. São ações judiciais, projetoslegislativos, normas fiscais,regulamentações tributárias, diversosseminários e artigos e estudosencomendados.

Se metade deste empenho fossevoltado para uma reforma tributáriajusta, que desse condiçõessemelhantes de crescimento a todosEstados, possivelmente já teríamosavançado mais do que esta guerradesproporcional para impor a todosuma fatia da reforma dos impostosbrasileiros, que é essa fatídicareforma do ICMS. A mesma que éenterrada em uma resolução doCongresso, mas ressurge em MedidaProvisória ou em norma do ConselhoNacional de Política Fazendária(Confaz).

Pelo tamanho da artilharia contraos incentivos fiscais, a atenção deveser sempre redobrada. Goiás épioneiro nestas políticas fiscais etambém sempre se destacou comolinha de frente na sua defesa. Por issomesmo, a atitude do governadorMarconi Perillo de construir umafrente de governadores pelamanutenção da alíquota de 12% doICMS para operações interestaduais éde se destacar.

Assim como foi eficiente a

participação de Goiás com a marcha aBrasília, em maio, a atuação deMarconi junto aos governadores doCentro‐Oeste, Norte e Nordeste,sempre acompanhado deimportantes líderes empresariaisgoianos, já está repercutindofavoravelmente – tanto que osEstados visitados já manifestaramapoio à posição goiana.

Essa posição de Goiás na defesade sua política de desenvolvimento érespeitada fora do Estado. Tanto amarcha a Brasília quanto estaarticulação junto aos governadoresmostra que Goiás está ciente daresponsabilidade de defender aseconomias regionais e lutar contra aconcentração de investimentos emapenas alguns Estados da Federação,justamente os mais desenvolvidos.

É importante sempre destacar queGoiás está atento às propostasapresentadas e não tem umposicionamento inflexível comrelação aos incentivos. Goiás vê combons olhos e defende a proposta doeconomista Delfim Netto de o Paísdar continuidade às políticas deincentivos fiscais, evoluindo noprocesso de desconcentração daatividade econômica. Para isso,sugere que os incentivos obedeçamuma escala de proporcionalidade aoPIB, ou seja, quanto menor o PIB doEstado mais ele poderia oferecerincentivos às empresas.

Goiás defende, nos encontros comos governadores, que o Estadoperderá competitividade fiscal com aproposta do governo federal queprevê alíquotas do ICMS de 7% e 4%.

Entre os argumentos de Goiás aosgovernadores aliados é que estudosjá apontam a perda de 2 milhões deempregos nas três regiões caso osincentivos fiscais sejam extintos.

Esse desgastante debate sem fimsobre tributos no País traz umainsegurança empresarial quanto aosinvestimentos. Basta se avaliar ovolume de investimentos privadosnacionais e estrangeiros no Brasil nosúltimos três anos com o períodoanterior. A queda foi abrupta ecentenas de milhares de empregosdeixaram de ser gerados e aprodução do País não ampliou, o que,necessariamente, leva à inflação.

Enquanto o mundo discutemelhores estratégias para uma fortedisputa de comércio internacional, oBrasil atrasa sua evolução por nãoconseguir resolver as suas diferençasinternas. As vantagens competitivasdo País vão ficando para trás e cadavez mais dificulta colocar o produtoindustrializado brasileiro no exterior,pois não existe uma união pelocrescimento.

Neste momento, o grandeadversário do Brasil no cenário docomércio internacional é ele mesmo.Lutar e resolver os desafios internos,como propõe a matéria principaldesta edição da Pró‐Industrial,deveria ser a prioridade nacional.Acreditamos que esta mudança defoco ocorrerá e o País voltará aavançar com segurança e vitalidade.

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

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Page 20: REFLEXÃO ENTREVISTA Pró-Industrial 10 · fiscais, além de uma entrevista com o administrador Fernando ... trabalhista A té pouco tempo, o governo federal mexia aqui ou ali e consertava

Foco em melhores resultados.

Implantação de Governança Corporativa Auditoria Contábil, Fiscal, Financeira e Operacional Preparação para acessar mercado de capitais Educação Executiva

Terceirização de RH, DP, TI, Serviços Contábeis e Controladoria Consultoria TributáriaServiços especiais (IFRS, USGAAP)Auditoria de Ativo Fixo (Imobilizado)

Serviços Contábeis,Tributários e Financeiros

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