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ESTUDO 23

DANIEL, PROFETA SOB O PODER PERSA

Leituras diárias:

Segunda Daniel 5.16-23 Terça Daniel 9.1-3 -Quarta Daniel 9.4-8 Quinta Daniel 9.9-12 Sexta Daniel 9.17-19 Sábado Salmo 139.1-6

Introdução

No estudo anterior vimos Daniel in-terpretando uma visão de Belsazar ainda sob o império babilônico que já estava extremamente enfraquecido. Belsazar morreu e logo o poder babilônico foi substituído pelo poder persa. Neste es-tudo, veremos Daniel sob este novo po-der, também ocupando posições muito importantes.

1. Na cova dos leões - Leia Daniel 6.1-28

O primeiro e o último versículos des-te capítulo falam de Dario. “Dario era um título, além de ser um nome próprio e pa-rece que deriva das palavras persas para ‘Senhor’ e ‘Rei’. Quem entrou na cidade da Babilônia foi Ciro, que mais tarde passou a ser o rei.”1

O versículo 31 do capítulo 5 fala em Dario, o medo. O que sabemos é que a Média estava também sob o poder persa.

Vs. 1-17

Vemos que, sob o império persa, Da-niel alcançou uma das mais altas posi-ções na Babilônia, tornando-se o mais destacado entre os três presidentes do país. Tão elevado era o seu espírito e tão irrepreensível a sua conduta, que o rei pensou em colocá-lo sobre todo o reino. Surgiu então a inveja e uma artimanha foi montada pelos que talvez almejassem este cargo. O rei, que era amigo e admi-rador de Daniel, foi envolvido pelos seus inimigos e nada pôde fazer para livrá-lo. A história é relatada neste texto.

Daniel foi lançado na cova dos leões como resultado de sua fidelidade a Deus.

Nem sempre a nossa fidelidade a Deus trará resultados positivos, mas de-vemos dizer como os amigos de Daniel em 3.17-18: “Se o nosso Deus a quem servimos quiser livrar-nos, Ele o fará. Se não, fica sabendo que não nos curvaremos diante de outros deuses.”

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A nossa fidelidade a Deus não deve estar condicionada às Suas bênçãos. Que o Senhor mesmo nos dê graça para ser-mos fiéis.

Vs. 18-28

Dario não dormiu aquela noite, tal a angústia que sentiu pelo que, sem que-rer, fizera a Daniel. No outro dia bem cedo, lá estava ele para saber o que havia acontecido àquele a quem tanto admi-rava. Ao saber de como Deus o livrara, ficou muito alegre e mandou castigar os inimigos de Daniel. Também baixou um decreto pelo qual se deveria adorar daí em diante o Deus de Daniel.

Aplicação a sua vida:

- Que as nossas ações se firmem na vontade de Deus e não no que nos vai acontecer.

- Mudanças por decreto como as de Nabucodonosor e Dario de nada valem, se não são acompanhadas por transformações interiores das autori-dades e do povo em geral.

2. A Oração de Daniel - Leia Daniel 9.1-19

Veremos agora uma importante ora-ção de Daniel no capítulo 9 e quanto ela tem a ensinar para nós. Daniel, que fora para a Babilônia bem jovem, é agora um ancião e é o poder persa que domina. Leia cada uma das partes indicadas desta oração e reflita sobre ela.

Vs. 1-3

Daniel conhecia a profecia de Jere-mias e sabia que se aproximava o fim do exílio. Como o conhecimento da Palavra de Deus é importante! Daniel intercede aí pelo seu povo.

Vs. 4-19

Esta oração de Daniel pode nos ensi-nar lições muito preciosas. Vejamos algu-mas.

a) Nesta oração, Daniel reconhece que:

- Em Deus estão a grandeza, a fideli-dade, a misericórdia e o perdão (4,9);

- Deus é justo em todas as suas obras (5-7);

- Deus agiu com poder no passado (15);

- Deus deixa que as consequências dos pecados caiam sobre os que os pra-ticam (7-12).

b) Daniel reconhece que o seu povo:

- cometera o pecado da rebeldia e desobediência (5-6, 10-11);

- deveria se envergonhar, pois todas as classes têm pecado contra Deus (7-8);

c) Daniel reconhece o acontecido ao povo como consequência dos seus peca-dos (11-14);

d) Daniel se inclui entre os pecadores, pois ele pertence ao povo pecador (5-6, 14);

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e) Daniel suplica pelo seu povo (16-19).

Aplicação a sua vida:

- Procure conhecer o Deus a quem você ora.

- Se pedimos é porque nos reconhe-cemos carentes. Que tipos de carência você mais deseja que Deus preencha em sua vida?

- Você tem consciência de como o pecado traz sempre consequências de-sastrosas?

- Quando percebe os pecados do seu povo, igreja ou família, você ora por eles como se fosse superior? Ou, como Daniel, reconhece que você está entre os pecadores por quem você ora?

Conclusão

Daniel, que viveu há mais de 2.500 anos sempre influenciou a nação em que ele viveu, atuando diretamente nas áreas do poder. Veja alguns dos motivos por que ele foi bênção.

- No convívio com o rei Nabucodo-nosor, desde jovem mostrou-se humilde, mas firme. Interpretando seus sonhos, transmitiu a vontade de Deus para a sua vida, estimulando-o a deixar os seus pe-cados;

- Na entrevista com o rei Belsazar, tan-tos anos depois, foi enérgico e incisivo, anunciando os seus pecados e convidan-do-o ao arrependimento.

- No convívio com o poder persa foi humilde, corajoso e devotado à oração.

- Daniel sempre atribuiu a Deus o mé-rito por sua sabedoria e por suas realiza-ções e nunca aceitou ser subornado...

Hoje, num contexto muito diferente, temos cristãos labutando nas áreas do poder, seja na cidade ou no país. Outros são simplesmente anônimos, mas todos podem contribuir para o bem de sua na-ção, ajudando a apontar o pecado, oran-do pelo povo de Deus e, acima de tudo, sendo humildes, corajosos e íntegros.

Que Deus nos dê sabedoria para atu-armos dentro de nossa área de influência como Ele deseja.

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(1) Comentário da Bíblia Vida Nova.