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  • ROMANOS A GRA A CUMPRE A LEI |

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    ESTUDO 41

    A IGREJA E O EVANGELISMO MUNDIAL

    Leituras dirias

    Segunda Rm 1.8-15Tera Rm 1.16,17Quarta Rm 1.18-25Quinta Rm 1.26-32Sexta Rm 2.1-11Sbado Rm 2.12-16Domingo At 1.8-14Texto bblico: Romanos 1:8-17: 10

    Texto bsico: Romanos 1.16,17; 10.11-21Texto ureo: Romanos 1.16

    Qual o vnculo desta lio com a pri-meira?

    O autor da carta aos Romanos, con-forme apreciamos na lio anterior, escreveu a uma igreja que era j parti-cipante da mensagem evanglica univer-sal. Nela havia gentios. uma boa amos-tra do evangelismo mundial. Essa igreja, em circunstncias assim favorveis, de-veria assimilar e pr em prtica o sentido universal da f crist. O contedo desta lio seria facilmente compreendido por aqueles crentes de Roma.

    Damos graas por vrias entidades evanglicas empenhadas na excelente obra de misses sem fronteiras. Ofertas generosas e missionrios vocacionados chegam a pases distantes e carentes do Cristo que veio para o mundo todo. Mui-tos pases se tm beneficiado desses de-dicados obreiros por elas mantidos.

    MOTIVAO PARA O EVANGELISMO MUNDIAL - Rm 1.16,17; 10.11-13.

    O assunto de hoje comea com a igre-ja. A minha igreja, a sua igreja, a igreja de qualquer crente em Cristo. uma chama-da responsabilidade na evangelizao. Como o apstolo aos gentios nos motiva?

    1. A motivao do poder (1.16). O ensino bblico sobre a regenerao hu-mana se confirma na experincia de Pau-lo, bem como na vida de muitos de seus leitores e entre ns. O poder de Deus. O sobrenatural se evidencia na transfor-mao operada em todo aquele que cr. Confiamos nesse poder?

    2. A motivao da justia (1.17). Fa-zendo contraste com a lei, que exigia jus-tia da parte do homem para sua salva-o, o evangelho revela a justia de Deus. O que a lei exige a graa d. Isso valioso incentivo a quem evangeliza. O justo viver pela f significa: a justificao do pecador somente pela f. Fora dessa rela-

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    o com Deus no h vida. A palavra f a tem um sentido bem teolgico, apontan-do para a misericordiosa graa. a f em Cristo como meio de alcanar a justia que o homem no consegue por si mes-mo. Essa expresso da graa fazia parte do Antigo Testamento (Hab 2.4). Aparece ainda em Glatas 3.11 e Hebreus 10.38.

    3. A motivao da segurana (10.11). Para o ser humano desorientado e desilu-dido com discursos e ideologias que no levam a nada, temos uma palavra certa. Quem segue a Cristo fica livre do engano. O evangelho aclara em vez de confundir. Segurana eterna oferecida pela prega-o correta.

    4. A motivao da imparcialidade (10.12). Vale recordar que Paulo se dirige a uma igreja onde judeus e gentios se en-contram. Judeu e grego referncia aos dois grupos e tem o sabor da imparcia-lidade prpria de um Deus que no faz acepo de pessoas (At 10.34). o mes-mo o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Sem distino. No importa a que raa ou posio social voc pertena, caro leitor. Lamenta-se que distncias sejam criadas pelos ho-mens, at mesmo nas igrejas.

    Carecem as igrejas de Cristo de mo-tivao maior para a prtica do evan-gelismo mundial? Diante desses incon-fundveis valores da mensagem crist, Paulo no se envergonha de ir pregar em Roma, a senhora do mundo, cujo paga-nismo impedia que ela se curvasse diante do verdadeiro Senhor do mundo.

    Aplicao a sua vida. Relacione moti-vos para sua participao na obra mis-sionria.

    PROVISO PARA O EVANGELISMO MUNDIAL - Rm 10.14,15

    1. A proviso da mensagem. No v. 12 est uma fartura da graa divina sim-bolizada na palavra rico. No v. 13, Paulo aplica ao Senhor Jesus o que o profeta Joel havia aplicado ao Senhor Jeov (Jl 2.32). E o Pai no deu ao Filho a honra de Senhor? (At 2.36). Levar ao mundo romano esse Senhor era fazer a maior conquista dentro do ostensivo Imprio: transformar constrangidos escravos de Csar em voluntrios servos de Cristo. A mensagem anuncia o senhorio de Jesus, que o v. 15 chama de coisas boas ou boas notcias. Desta mensagem que falam os verdadeiros missionrios e pre-gadores at hoje.

    2. A proviso dos mensageiros. O raciocnio do apstolo este: 1) Para que o homem invoque o Senhor, precisa crer; 2) para crer nesse Senhor, precisa ouvir sobre ele; 3) para que oua a respeito dele, faz-se necessrio que haja prega-dores; 4) para que haja pregadores, Deus precisa envi-los. E eles tm ps formosos medida que anunciam coisas boas.

    O eunuco precisou de Filipe para lhe mostrar Cristo no livro de Isaas ( At 8.30-34). O prprio Jesus chama cooperadores (Lc 5.10). Seus muitos discpulos, alm dos apstolos, eram fiis mensageiros das coisas boas.

    O texto no restringe a evangelistas e apstolos o privilgio e o dever da evan-gelizao. Cremos no recrutamento de todos os crentes para to grande obra. O irmo concorda? Aceita o desafio? Tem feito sua parte?

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    H, portanto, na proviso para o evan-gelismo mundial, a participao de Deus e do homem. Cristo a mensagem, e o crente o mensageiro. Mensageiro que deve estar integrado em sua igreja, corpo de Cristo, que envolve a ideia de unida-de, disciplina, ajustamento e firmeza. Os crentes primitivos se agregavam, ao in-vs de ficarem dispersos ( At 2.41).

    Aplicao a sua vida. O que bom devemos desejar a todos. De que modo voc pode compartilhar o que bom?

    DESPREZO DA MENSAGEM - Romanos 10.16-21

    O homem aprendeu a prezar o mal e desprezar o bem. Esta uma decepo que acompanha os pregadores do bem. Certos de que falam do poder que salva, estranham os ouvidos fechados e a falta de crdito ao que anunciam.

    1. Desprezo parcial (v.16). Nem to-dos deram ouvidos ao evangelho no quer dizer rejeio total. H sempre os que tm ouvidos atentos e coraes abertos, para alegria e motivao cons-tante de quem evangeliza. A pergunta de Isaas, porm, se justifica e prepara nosso esprito para suportar a incredulidade. Quem deu crdito nossa mensagem?

    2. Qual a causa do desprezo? Pau-lo faz a pesquisa. Busca a razo por que a mensagem no alcanou resultados maiores. Ele coloca uma questo funda-mental no v. 17. Para crer preciso ouvir. No ouviram? O v. 15 pe em evidncia os ps formosos levando a Palavra. Ento, a causa da indiferena no era falta de uma proviso divina. O v. 18 declara que a voz

    dos arautos soou por toda a terra, at os confins do mundo. Uma linguagem muito forte (hiprbole a figura aqui), parecendo afirmar que o mundo todo j foi evangelizado, mas Paulo est citando o Salmo 19.4, que no propriamente uma hiprbole, e, sim, uma referncia linguagem da criao; uma Teologia Na-tural, fazendo curiosa aplicao especfi-ca a Israel, a quem tanto se manifestou a compaixo de Deus.

    Como explicar a rejeio? O v. 21 aponta a rebeldia como a causa. No se trata de ignorncia. O destaque de-sobedincia. Nada de desculpas. Ainda hoje, apticos e contradizentes so moti-vos de pesquisa. Por que rejeitam? Mui-tos no podem alegar desconhecimento da mensagem, mesmo quando tenham razo de tropear no mal testemunho de crentes. Outros no receberam a bendita e suficiente informao. Isso nos preocu-pa?

    3. A incluso dos gentios (vv. 19,20). Apreciemos Paulo argumentando sobre a rejeio de Israel. Teria aquele povo ouvido a mensagem, mas sem condi-es de entend-la? Acontece que um povo insensato entendeu. Israel, sendo a nao eleita, no entendeu? Assim que os gentios se incluem no plano de salvao, confirmando a universalidade do reino de Deus e dizendo que o reca-do divino pode ser assimilado e aceito, desde que haja boa vontade no ouvinte (Lc 2.14). Digno de nota o cime provo-cado por Deus em Israel com a incluso dos gentios. Um cime didtico, porta-dor de ensino eficaz e penetrante, tendo o sagrado objetivo de solicitar os afetos a que s o Senhor tem direito. Afetos v-rias vezes dedicados a outros senhores

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    e deuses. uma provocao necessria para despertar a nao adormecida pela insensibilidade aos apelos de quem a es-colheu com intenso amor e santo ideal ( Dt 32.21). Propositadamente, Deus se manifesta aos que por ele no pergunta-vam (Rm 10.20).

    Nas atividades apostlicas em Atos, o relatrio da primeira viagem mission-ria tem como ponto alto o regozijo pelo modo como Deus abrira aos gentios a porta da f( At 14.27). Paulo usa texto de Moiss e de Isaas para mostrar o in-teresse de Deus pela salvao de todos (Dt 32.21; Is 65.1,2). Citou Oseias tambm (Rm 9.25,26).

    Na observao das igrejas, ouvintes que recebem frequentes informaes e apelos viram o rosto e saem, enquanto outros menos informados se despertam, vm e aceitam. Fazem, s vezes, decises surpreendentes.

    Aplicao a sua vida. Estamos sujeitos rejeio de nossa pregao. Como voc se comporta diante disso?

    PARA SUA REFLEXO

    1. Aqueles que convivem com voc sabem de sua f? Ou voc se envergonha do evangelho de Cristo? Os seus ps se apressam em levar as coisas boas aos necessitados dessa bno?

    2. A mensagem que voc prega est em sua experincia? Conhece a seguran-a crist contida em Rm 10.11? Voc tem essa confortadora convico?

    3. Como voc reage quando algum despreza sua palavra de amor e de vida eterna?

    4. Qual a participao de sua igreja no evangelismo mundial?