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O LIVRO DE SALMOS | REFLEXÕES BÍBLICAS | 27 ESTUDO 6 CÂNTICOS DE AÇÕES DE GRAÇAS E SALMOS REAIS Leituras diárias: Segunda Sl. 30 Terça Sl. 116.1-12 Quarta Sl. 116.12-19 Quinta Sl. 137 Sexta Sl. 72.1-7 Sábado Sl. 20 Introdução Nos dois estudos anteriores vimos al- guns salmos que se caracterizam como hinos e constituem grande parte do Sal- tério. Os Salmos que estão na categoria de hinos podem ser os Cânticos de louvor (Estudo 4), os Cânticos de Romagem, de Sião ou de Entronização (Estudo 5) e mui- tos outros. Além dos hinos, temos os Salmos es- pecialmente de Ações de Graças e os Sal- mos Reais, que veremos neste estudo. 1. Salmos de Ações de Graças Os Salmos de Ações de Graças visam a agradecer por alguma crise vencida ou reclamação ouvida. Seus autores exal- tam ao Senhor pela bênção recebida, bem como fazem declarações de con- fiança em Deus. Enquanto os hinos en- focam mais a pessoa de Deus com Seus atributos ou feitos, estes visam mais agra- decer por necessidades humanas que fo- ram atendidas. Entre os de Ações de Graças, temos os Salmos 30 e 116, que veremos neste estudo. Leia o Salmo 30 Vemos aí duas partes. Numa Davi louva ao Senhor, reconhecendo suas bênçãos (vs. 1-5 e 11-12). Noutra parte (vs. 6-10) o louvor é interrompido por palavras que confessam a sua fragilidade diante das provações. Versículos 1-5 Davi exalta ao Senhor porque não permitiu que seus inimigos se alegras- sem pelas coisas que lhe estavam acon- tecendo, antes o sarou, livrando-o da morte. A seguir convida outros a louvar a Deus com ele, fazendo declarações im- portantes no versículo 5. Temos sido gratos? Temos reconheci- do que a graça do Senhor é superabun- dante? Que ela é muito maior do que Davi podia imaginar, já que ele viveu

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O L I V R O D E s a L m O s |

R E F L E X Õ E S B Í B L I C A S | 27

ESTUDO 6

CÂNTICOS DE AÇÕES DE GRAÇAS E SALMOS REAIS

Leituras diárias:

Segunda Sl. 30Terça Sl. 116.1-12Quarta Sl. 116.12-19 Quinta Sl. 137 Sexta Sl. 72.1-7 Sábado Sl. 20

Introdução

Nos dois estudos anteriores vimos al-guns salmos que se caracterizam como hinos e constituem grande parte do Sal-tério.

Os Salmos que estão na categoria de hinos podem ser os Cânticos de louvor (Estudo 4), os Cânticos de Romagem, de Sião ou de Entronização (Estudo 5) e mui-tos outros.

Além dos hinos, temos os Salmos es-pecialmente de Ações de Graças e os Sal-mos Reais, que veremos neste estudo.

1. Salmos de Ações de Graças

Os Salmos de Ações de Graças visam a agradecer por alguma crise vencida ou reclamação ouvida. Seus autores exal-tam ao Senhor pela bênção recebida, bem como fazem declarações de con-fiança em Deus. Enquanto os hinos en-focam mais a pessoa de Deus com Seus atributos ou feitos, estes visam mais agra-decer por necessidades humanas que fo-ram atendidas.

Entre os de Ações de Graças, temos os Salmos 30 e 116, que veremos neste estudo.

Leia o Salmo 30

Vemos aí duas partes. Numa Davi louva ao Senhor, reconhecendo suas bênçãos (vs. 1-5 e 11-12). Noutra parte (vs. 6-10) o louvor é interrompido por palavras que confessam a sua fragilidade diante das provações.

Versículos 1-5

Davi exalta ao Senhor porque não permitiu que seus inimigos se alegras-sem pelas coisas que lhe estavam acon-tecendo, antes o sarou, livrando-o da morte. A seguir convida outros a louvar a Deus com ele, fazendo declarações im-portantes no versículo 5.

Temos sido gratos? Temos reconheci-do que a graça do Senhor é superabun-dante? Que ela é muito maior do que Davi podia imaginar, já que ele viveu

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| o s L i v r o s p o é t i c o s e p r o f é t i c o s d o at

numa fase muito anterior da revelação de Deus? Com o nosso testemunho, temos estimulado outros a reconhecê-lo como o doador de todas as bênçãos?

Versículos 6 a 10

Davi confessa aí a sua arrogância, pois quando estava bem, pensava que nunca vacilaria (v.6). Bastou, no entanto, que viessem provações (Deus escondes-se o Seu rosto), para que ele vacilasse (v.7). A provação então o leva a buscar ao Senhor, pedindo-lhe socorro (vs. 8-10).

Não somos às vezes assim? Ao viver dias serenos, enchemo-nos de confiança em nós mesmos, pensando que não va-cilaremos. Por isso não buscamos viver na dependência do Senhor. Só ao vir a provação é que passamos a nos conhecer melhor e corremos para Ele.

Aplicação a sua vida: Que atitudes suas mostram que em algumas cir-cunstâncias você se sente superior a outras pessoas em relação à sua fé e ao seu contato com Deus?

É fácil ser arrogante, ao receber ape-nas bênçãos! Começamos a nos julgar superiores a outros e até a julgá-los, não é? Só o reconhecimento da infinita graça de Deus pode nos levar a buscar nEle a humildade de que precisamos.

Versículos 11-12

O salmista novamente se mostra gra-to ao Senhor por tê-lo protegido, conver-tendo o seu pranto em alegria. Declara então que louvará o Senhor para sem-pre.

Leia Salmo 116

Temos aí outro salmo de Ações de Graças pelo livramento de Deus em mo-mentos de aflição. O salmista aí revela deleitar-se no Senhor, reconhecendo tudo o que Ele lhe tem feito. Leia o sal-mo, tentando perceber/sentir o amor do salmista ao Senhor, mas também, ao lado da confiança, suas dúvidas e afli-ções.

Versículos 1-4

O salmista declara aí que Deus o so-correra quando as angústias do inferno se apoderaram dele e ele lhe pediu livra-mento.

Não estamos livres de passar por pe-ríodos de angústias e dores. Nesta hora lembremo-nos: temos a quem recorrer, pois Deus está sempre conosco.

Versículos 5 a 11

Nestes versículos o salmista irrompe em louvor ao se lembrar das misericór-dias do Senhor. Fala muitas vezes do que o Senhor é e do que Ele faz e fez por ele. Nos versículos 5-6 reconhece que a pie-dade, justiça e misericórdia do Senhor o tem abençoado, livrando a sua alma da morte, os seus olhos das lágrimas e os seus pés da queda.

Aplicação a sua vida: Relacione algu-mas ocasiões de perigo ou tribulação em sua vida, quando Deus consolou você ou lhe mandou livramento. De-monstre agora a sua gratidão por isso.

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Versículos 12 a 19

Vemos aí a gratidão fervorosa do salmista que deseja oferecer algo ao Senhor, mas reconhece que nada pode oferecer ao dono de todas as coisas. O que ele pode fazer agora é tomar o cálice da salvação, invocar o nome do Senhor, oferecer sacrifícios de louvor e pagar os seus votos.

Deus quer que nos entreguemos sempre à Sua salvação. Ser salvo não é algo apenas que aconteceu um dia em nosso viver, mas algo que continua se processando, produzindo a nossa san-tificação. Ele quer salvar-nos a cada dia do nosso egoísmo e desamor, tornando-nos bênçãos para os nossos semelhantes. Isto glorificará o Seu nome. É a salvação contínua, como é designada por HOBBS1.

Aplicação a sua vida: Há tantos hábi-tos e modos de pensar, falar e agir para os quais precisamos pedir a operação da salvação do Senhor em nossa vida, não é verdade? Quais são algumas áreas da sua vida sobre as quais você sente necessidade da ação do Santo Espírito de Deus?

2. Salmos Reais

Nesta categoria incluem-se os salmos empregados em ocasiões espe-ciais para os reis: casamentos, coroação, antes ou depois das batalhas. Se puder examine, como exemplo, os salmos abai-xo - um de cada tipo: casamento - o Sal-mo 45; coroação - o Salmo72; em ocasião de batalha - o Salmo 20

Salmo 20

Aí temos um belo salmo que é uma oração pelo rei antes de ele ir para a ba-talha. É um salmo de confiança em Deus que serve também de alento para a nossa alma em tempos difíceis.

Conclusão

Temos em nossa vida procurado ser gratos ao Senhor por todos os benefícios que Ele nos tem feito? Temos celebrado ao Senhor em todas as ocasiões especiais da nossa vida, sabendo que Ele é o doa-dor de todas as bênçãos?

_______________1. HOBBS, Herschel H. Os fundamentos da nossa fé. Rio de Janeiro: JUERP, 1980.