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Armando A Oliveira Solicitador de Execução [email protected] Reforma da acção executiva DECRETO LEI 226/2008 Análise das alterações Versão 0.0.1 Data: 9 de Dezembro de 2008 Autor: Armando A Oliveira, Solicitador de Execução Obs: Documento preliminar, não revisto e em desenvolvimento Comentários para [email protected] Novas versões em: http://cid-dbadd87576186d5f.skydrive.live.com/browse.aspx/.res/DBADD87576186D5F!153 1 INTRODUÇÃO O Decreto-lei n.º 226/2008 20 de Novembro vai trazer-nos uma alteração radical na forma de trabalhar os processos, atenta a significativa ampliação da responsabilidade atribuída ao Solicitador de Execução (agora agente de execução), e maior – diria eu mesmo radicalmente maior - capacidade de intervenção do exequente no processo. Concretiza ainda este diploma um significativo – e irrevogável - afastar dos Solicitadores, uma vez que foi aberta a porta da profissão a Advogados, em moldes que são insulto ao esforço que os Solicitadores de Execução dedicaram a esta causa. Muito certamente vai ser dito mas também é certo que a regulamentação que se encontra por aprovar é essencial para ter uma percepção clara do que irá ser o novo processo executivo,

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Armando A Oliveira Solicitador de Execução [email protected]

Reforma da acção executiva

DECRETO LEI 226/2008

Análise das alterações

Versão 0.0.1

Data: 9 de Dezembro de 2008

Autor: Armando A Oliveira, Solicitador de Execução

Obs: Documento preliminar, não revisto e em desenvolvimento

Comentários para [email protected]

Novas versões em:

http://cid-dbadd87576186d5f.skydrive.live.com/browse.aspx/.res/DBADD87576186D5F!153

1 INTRODUÇÃO

O Decreto-lei n.º 226/2008 20 de Novembro vai trazer-nos uma alteração radical na forma de

trabalhar os processos, atenta a significativa ampliação da responsabilidade atribuída ao Solicitador de

Execução (agora agente de execução), e maior – diria eu mesmo radicalmente maior - capacidade de

intervenção do exequente no processo.

Concretiza ainda este diploma um significativo – e irrevogável - afastar dos Solicitadores, uma

vez que foi aberta a porta da profissão a Advogados, em moldes que são insulto ao esforço que os

Solicitadores de Execução dedicaram a esta causa.

Muito certamente vai ser dito mas também é certo que a regulamentação que se encontra por

aprovar é essencial para ter uma percepção clara do que irá ser o novo processo executivo,

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2 EXECUÇÕES SUSPENSAS AO ABRIGO DO 833º

Determina o nº 5 do artigo 20º que os processos de execução pendentes à data de entrada em

vigor do Decreto Lei 226/2998 e que estejam suspensos ou que se venham a suspender ao abrigo do

n.º 6 do artigo 833.º do Código de Processo Civil extinguem-se por força da aplicação do n.º 6 do artigo

833.º -B excepto se, no prazo de 30 dias contados a partir da data de entrada em vigor do presente

decreto-lei ou da notificação da suspensão, se posterior, o exequente declarar por via electrónica que

o processo se mantém suspenso.

Esta disposição encontra reflexo no nº 1 do artigo 22º, do qual resulta que no n.º 6 do artigo

833.º -B1, na alínea c) do n.º 1 do artigo 919.º2 e no n.º 5 do artigo 920.º3, se aplica aos processos

pendentes.

Entendeu o legislador no entanto possibilitar ao exequente que mantenha a suspensão da

execução, desde que o declaro no prazo de 30 dias (da entrada em vigor da lei ou da citação do

executado para os termos do 833º), bem assim requerer a todo o tempo a renovação da execução.

Chamo a atenção que o nº 6 do artigo 20º vai com toda a certeza trazer mais algumas

confusões no que respeita à elaboração da nota discriminativa de honorários e despesas, pois

certamente haverá muitos mandatários a entender que com a extinção da execução ao abrigo do nº 5

nada mais tem a pagar ao Solicitador, da mesma forma que também não desresponsabiliza o

Solicitador de fazer a conta final e devolver os valores que resultem ter sido pagos em excesso.

2.1 Processos anteriores a 20/11/2008, já suspensos ao abrigo do 833º.

Decorrido que seja o prazo de 30 dias sobre a entrada em vigor do presente decreto Lei, ou seja, até 2 de Janeiro de 2009 (1º dia útil após férias judicias), devem as partes ser notificadas da extinção da instância executiva, salvo se o exequente tiver declaro até à referida data se pretende manter a suspensão, nos termos previsto na última parte do nº 5 do artigo 20º.

Minuta 1

Notificação de extinção (processo anteriores a 20/11/2008, suspensos ao abrigo do 833º)

Fica pela presente notificado que ao abrigo do disposto no nº 5 do artigo 20º do Decreto-Lei n.º 226/2008 20 de Novembro e c) do n.º 1 do artigo 919.º do Código Processo Civil, extingue-se a presente execução por inutilidade superveniente da lide.

1 Nº 3 do 833º-B - 3 - Não tendo sido encontrados bens penhoráveis, o exequente deve indicar bens à penhora no prazo de 10

dias, sendo penhorados os bens que ele indique.

2 Alínea c) do nº 1 do artigo 919º - Nos casos referidos no n.º 3 do artigo 832.º, no n.º 6 do artigo 833.º-B e no n.º 6 do artigo 875.º, por inutilidade superveniente da lide ;

3 5 do artigo 920º - O exequente pode ainda requerer a renovação da execução extinta nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 919.º, quando indique bens penhoráveis aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto no número anterior .

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2.2 Processos anteriores a 20/11/2008, em que o executado foi citado para os termos do 833º após aquela data.

Neste caso o solicitador procede primeiro a notificação do exequente para declarar se pretende manter a suspensão da execução.

Minuta 2

Notificação ao exequente para requerer querendo a manutenção da suspensão

(processo anteriores a 20/11/2008)

Fica pelo presente notificado que - tendo o executado sido citado para os termos do 833º do CPC e não tendo este indicado à penhora quaisquer bens, deverá declarar no prazo de 30 dias – por via electrónica – se pretende manter o processo suspenso. Decorrido que seja o referido prazo será a execução extinta por inutilidade superveniente da lide ao abrigo do disposto no nº 5 do artigo 20º do Decreto-Lei n.º 226/2008 20 de Novembro e c) do n.º 1 do artigo 919.º do Código Processo Civil.

Nada sendo declarado pelo exequente proceder-se à notificação de extinção nos termos anteriormente referidos (ver Minuta 1)

2.3 Processos posteriores a 20/11/2008 em que não são encontrados quaisquer bens (executado sem registo de execuções terminadas sem integral pagamento)

Tendo em consideração que o artigo 833ºB do CPC não se aplica aos processos posteriores a

20/11/2008, devem as partes continuar a ser notificadas nos termos do 833º do CPC.

Assim aplicar-se-á a tramitação referida na hipótese anterior.

2.4 Processos posteriores a 20/11/2008 em que se verifica a existência de execução terminadas sem pagamento integral.

Neste caso temos que ter em consideração o disposto no nº 3 do artigo 832º do CPC4. Assim o

exequente quando notificado para os termos do 833º deverá ser também notificado que decorrido o

prazo de 10 dias será a execução extinta. Neste caso não há lugar à citação do executado para indicar

bens à penhora.

Minuta 3

Notificação ao exequente para indicar bens à penhora

(processo posteriores a 20/11/2008 c/ execução anterior extinta sem pagamento)

Fica pelo presente notificado, nos termos do 833º do CPC, que não tendo sido encontrados quaisquer bens passíveis de penhora deverá indicar outros bens no prazo de DEZ DIAS. Decorrido que seja o referido prazo a execução será extinta nos termos do no nº 3 do artigo 832º do CPC

4 n.º 3 do artigo 832.º - Quando contra o executado tenha sido movida execução terminada sem integral pagamento, o agente de

execução prossegue imediatamente com as diligências prévias à penhora e com a comunicação do seu resultado ao exequente, não se aplicando os n.os 4 a 7 do artigo 833.º-B e extinguindo-se imediatamente a execução caso não sejam encontrados ou não sejam indicados bens à penhora pelo exequente.

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Tendo em consideração que o artigo 833ºB do CPC não se aplica aos processos posteriores a

20/11/2008, devem as partes continuar a ser notificadas nos termos do 833º do CPC.

2.5 Renovação da execução extinta

Conforme já foi referido, sempre que a execução tenha sido extinta por inexistência de bens,

pode o exequente requerer a todo o tempo a renovação da execução, sendo no entanto condição a

indicação de bens à penhora, conforme resulta do nº 5 do artigo 920º do CPC.

De salientar que caso o executado já se mostre citado, não há lugar à repetição deste acto (nº

4 do 920º do CPC).

Minuta 4

Requerimento para renovação de execução

JOSÉ PEDRO, exequente nos autos à margem referenciado, vem requerer a renovação da instância nos termos do disposto no nº 5 do artigo 920º do CPC, indicando desde já à penhora os seguintes bens: Prédio urbano…

Uma vez requerida a renovação da execução, o Solicitador deve de imediato prosseguir com as

diligências de penhora, pois mesmo que este não tivesse sido citado anteriormente, deverá proceder

desde logo à penhora nos termos da alínea d) do nº 2 do 812ºF do CPC.

Exemplo em que tal pode acontecer:

Execução sustentada em letra com o valor de 5.000,00 €. Efectuadas as consulta o solicitador

verifica que contra o executado já havia execuções anteriores extintas sem pagamento integral.

Notificado o exequente nos termos do nº 3 do 832º nada declarou, pelo que foi a execução extinta.

Decorrido um ano o exequente requer a renovação da execução, indicando à penhora um bem

imóvel.

Nestes caso, atenta a regra imposta pela alínea d) artigo 812ºC do CPC, deveria haver lugar à

citação prévia do executado. No entanto, tendo em consideração a alínea d) do nº 2 do 812ºF, a

mesma está dispensada, isto porque verificava-se a exigência de execução finda sem pagamento.

Minuta 5

Despacho proferido pelo Solicitador

Veio o exequente JOSÉ PEDRO, em .…/…/… requerer a renovação da instância. Verifica-se que a execução foi declara extinta nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 919.º do Código Processo Civil. O executado não foi citado. O exequente indicou à penhora o prédio … Estão reunidos os requisitos para a que se considere renovada a execução, procedendo desde já à penhora do bem indicado uma vez que a citação prévia do executado encontra-se dispensada nos termos do alínea d) do nº 2 do 812ºF. Após a concretização da penhora será o executado citado para se opor à execução e à penhora, bem assim do requerimento de renovação da execução e do presente despacho.

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3 REGRAS APLICÁVEIS AOS PROCESSOS EXECUTIVOS APRESENTADOS APÓS 20/11/2008

Conforme se pode apurar as regras de extinção aplicam-se a todos os processos. Agora vamos

passar a analisar as regras aplicáveis aos processos apresentados após 20/11/2008.

Importa assim analisar o artigo 23º que refere:

a) As disposições que alteram a habilitação de adquirente cessionário (artigo 376º do CPC) e

as relativas às alterações do Decreto Lei 269/98, entram em vigor no dia 21/11/2008;

b) E um conjunto de alterações ao CPC, ao Estatuto da Câmara dos Solicitadores, ao decreto

269/98 e ainda aos artigo 17º e 18º do Decreto-lei n.º 226/2008, quanto á

regulamentação ai prevista, entram em vigor após a publicação da respectiva

regulamentação.

Na verdade, da forma como está redigida a alínea b) do artigo 23º do Decreto-lei n.º 226/2008,

temos que considerar a possibilidade de uma leitura diferente, leitura essa que eu admito

perfeitamente que possa ser defendida, pois eu próprio já a tive, e que resultava que a condição

“quanto à emissão da regulamentação aí prevista” só se aplicaria aos artigos 17º e 18º e não ao

restante corpo.

b) O disposto nos artigos 15.º, 467.º, 675.º -A, 808.º, 810.º, 833.º -A, 837.º, 840.º, 851.º, 864.º,

890.º, 907.º -A e 907.º -B do Código do Processo Civil, nos artigos 119.º -B, 123.º, 126.º e 127.º do

Estatuto da Câmara dos Solicitadores, nos artigos 9.º, 16.º -A, 16.º -B e 16.º -C do Decreto –Lei n.º

201/2003, de 10 de Setembro, no artigo 3.º do Decreto--Lei n.º 202/2003, de 10 de Setembro, no artigo

14.º do anexo ao Decreto -Lei n.º 269/98, de 1 de Setembro, e nos artigos 17.º e 18.º do presente

decreto-lei quanto à emissão da regulamentação aí prevista, entram em vigor no dia seguinte ao da

sua publicação.

No entanto e depois de analise mais cuidada da sistematização há que concordar que estas

disposições só entram em vigor, após 31 de Março de 2009 e, julgo eu que será esta a intenção, no

pressuposto de que a regulamentação já esteja até lá publicada.

3.1 Habilitação de adquirente ou cessionário (artigo 376º)

Conforme já referi anteriormente, esta norma está já em vigor para todos os processos

apresentados após 21/11/2008.

Visou a alteração possibilitar a agilização do processo de habilitação, transferindo para as

partes os procedimentos que habitualmente estavam confiados à secretaria, evitando desta forma a

liquidação de custas pelo apenso de habilitação.

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Assim pode o adquirente ou cessionário usar duas formas para se habilitar:

3.1.1 Por termo de cessão ( nº2 do artigo 376º)

A requerimento do exequente, a secretaria dará cumprimento ao nº 2 do 376º, ou seja,

notificará a parte (ou partes) contrária para contestar a cessão. De referir que este procedimento

deverá ser sempre feito por requerimento dirigido ao Juiz (e não ao Solicitador de Execução), pois

conforme resulta do nº 5, é competência do juiz “verifica se o documento prova a aquisição ou a

cessão e, em caso afirmativo, declara sucintamente que o adquirente ou cessionário está habilitado”. E

uma vez que se trata de um apenso ao processo principal toda a tramitação será da responsabilidade

da secretaria.

Minuta 6

Notificação do executado para contestar a habilitação de cessionário – por termo

Fica pela presente notificado, nos termos e para efeitos nos nºs 2 do artigo 376º do Código Processo Civil, para no prazo de DEZ DIAS, contestar querendo a habilitação do adquirente/cessionário – conforme por este requerido - designadamente, impugnar a validade do acto ou alegar que a transmissão foi feita para tornar mais difícil a sua posição no processo.

3.1.2 Por requerimento ( nº3 do artigo 376º)

Esta nova possibilidade transfere para as partes os procedimentos tendentes à concretização

da habilitação, nos termos do seguinte esquema:

Esquema 1

Tramitação do requerimento de habilitação de adquirente

Minuta 7

Notificação ao devedor

Fica pela presente notificado, nos termos e para efeito do disposto no artigo 376º do CPC, para no prazo de DEZ DIAS, impugnar querendo a validade da cessão operada pelo documento que se anexa, ou alegar que a transmissão foi feita para tornar mais difícil a sua posição no processo. Querendo contestar a cessão deverá faze-lo por carta registada dirigida ao aqui cessionário: XXXXXX, SA, com sede na Rua xxxx. Nos termos do artigo 60º do Código Processo Civil deverá fazer-se representar por Advogado sempre que o valor seja superior à alçada do tribunal tribunal de primeira instância (5.000,00 €).

Transmissão do

direito

Notificação à

contraparte

Contestação

Declaração de

decurso do prazo

sem contestação

Declaração de

aceitação da

cessão

Requerimento Decisão

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Na falta de contestação, o juiz verifica se o documento prova a aquisição ou a cessão e, em caso afirmativo, declara sucintamente que o adquirente ou cessionário está habilitado. Anexo: Documento de cessão outorgado em …/…/….

Minuta 8

Declaração de falta de contestação

DECLARAÇÃO XXXXXX, SA, com sede na Rua xxxx, declara que em ../../…, por carta registada sob o número RMXXXXXXXXXX, foi o Carlos… notificado para os termos do disposto no artigo 376º do CPC, não tendo sido apresentado contestação. Xxx de xxx de 2009

Minuta 9

Requerimento de habilitação

Exmº Senhor Juiz de Direito Tribunal Judicial de xxx XXXXXX, SA, com sede na Rua xxxx, vem requerer a V.Exª digne considerar a habilitação do ora requerente como habilitado nos presentes autos, uma vez que o crédito do exequente foi cedido por contrato de …/…/… Nos termos do disposto no nº 3 do artigo 376º junta os seguintes documentos: - Título de cessão; - Notificação do executado; - Declaração prevista na alínea c) do nº 4 do 376º do CPC. Pede Deferimento

Uma vez proferido o despacho que considere o cessionário habilitado, deverá caber aos

agente de execução promover a notificação das partes da dita decisão.

4 ALTERAÇÕES PARA 31/03/2008

4.1 CUMPRIMENTO DO DISPOSTO NO Nº 3 ARTIGO 280º DO CPC

Quando se trate de acções fundadas em actos provenientes do exercício de actividades

sujeitas a tributação e o interessado não haja demonstrado o cumprimento de qualquer dever fiscal

que lhe incumba, a secretaria ou o agente de execução deve comunicar a pendência da causa e o seu

objecto à administração fiscal, preferencialmente por via electrónica.

Esta notificação assim a ser feita pelo agente de execução, preferencialmente por via

electrónica.

Comentários:

Nesta matéria deverá a Câmara dos Solicitadores assegurar a tramitação da notificação de

forma automática.

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De qualquer forma, caso não esteja assegura a tramitação electrónica, haverá necessidade de,

em praticamente todos os processos, notificar a administração tributária de que foi proposta a

execução.

Minuta 10

Notificação da Administração fiscal nos termos do 280º do CPC

Á Direcção Geral dos Impostos … Dando satisfação ao disposto no artigo 280º do CPC, ficam pela presente notificados de que foi instaurado o seguinte processo judicial: Natureza: Execução comum Exequente: Carlos…, nif …. Executado: Arterra SA, nif… Processo: xxxxxx/xx.x O Solicitador de Execução

4.2 EXECUÇÃO IMEDIATA DA SENTENÇA ARTIGO 675.º-A

Passa a haver a possibilidade de o autor manifestar desde logo a intenção de promover a

execução, sempre que se trate de condenação para pagamento de quantia certa. Esta manifestação de

vontade pode ser feita na PI ou em qualquer momento posterior, devendo para o efeito:

a) Indicar o agente de execução ou declarar que este deverá ser nomeado oficiosamente;

b) Indicar (querendo) bens à penhora;

c) Declarar se pretende a execução imediata após trânsito em julgado ou após o decurso de

20 dias do trânsito em julgado.

Transitada em julgado ou decorrido 20 dias sobre o trânsito, conforme venha a ser a opção do

autor, os respectivos documentos serão remetidos por via electrónica ao agente de execução.

Fica no entanto o autor obrigado a – caso receba a quantia peticionada – informar os autos do

de tal facto ou reduzir o pedido caso já haja sido ressarcido de parte do valor em divida.

4.3 Regime transitório para execuções por pessoas singulares Artigo 19.º

O exequente, quando pessoa singular e desde que não resulte a cobrança do crédito de um

divida resultante da sua actividade profissional, vai poder designar oficial de justiça em detrimento de

agente de execução.

Não consigo encontrar justificação para tal medida provisória, tanto mais que estas execuções

são absolutamente marginais, pelo que parece-me que só tendem a criar mais dificuldades nas

secretarias judicias, uma vez que vai obrigar a que estas retomem processos para os quais deixaram de

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estar vocacionados. Quando muito trata-se de uma forma obscura do estado deixar em aberto a

possibilidade de “retomar” as execuções.

De qualquer forma há que referir que nas execuções de prestação de facto e entrega de coisa

certa não poderá ser nomeado oficial de justiça.

Esta medida tem carácter provisório – por isso não foi inserida no Código Processo Civil – e

deverá ser revista no prazo de 2 anos.

Lateralmente há ainda que referir que nas execuções em que o exequente seja o próprio

estado, deverá ser sempre nomeado oficial de justiça (conferir nº 5 do artigo 808º).

4.4 TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS EXECUTIVOS (ARTIGO 801º)

Determina o artigo 801º que a tramitação dos processos executivos é efectuada

electronicamente em termos a definir por portaria do Ministro da Justiça (artigo 138ºA).

O alcance desta norma é muito, mesmo muito difícil de determinar. Tudo pode caber nesta

disposição, pelo que a regulamentação será essencial para que a gestão dos processos funcione, muito

particularmente no que respeita ao acesso aos dados, arquivo de documentos, gestão de contas, etc…

4.5 O JUIZ DE EXECUÇÃO – ARTIGO 809º

A nova redacção do artigo 809º retirou ao Juiz “poder geral de controlo do processo”. Trata-se

de uma alteração significativa que vai trazer uma drástica alteração na forma como o processo vai ser

trabalhado.

Este poder retirado ao juiz não é transferido formalmente para o agente de execução. Na

verdade diria que é distribuído entre o agente de execução e o exequente. É evidente que há uma

clara emancipação do agente de execução, mas, tal qual como o emancipado para casar, ao deixar a

tutela dos Pais passar a dividir – e aturar – a mulher.

As intervenções do juiz passam a ser pontuais e, ao contrário do que se passa com o código em

vigor, estão melhor delimitadas.

Numa primeira leitura encontrei as seguintes intervenções do Juiz:

• Apreciar a prova – não documental – de que a condição suspensiva da obrigação já não

se verifica (nº 3 do 804º do CPC).

• Proferir despacho liminar (nº 1 do 809º);

• Julgar a oposição à execução e à penhora (nº 2 do 809º)

• Graduar créditos (nº 2 do 809º)

• Julgar, sem possibilidade de recurso, as reclamações de actos e impugnações de

decisões do agente de execução

• Decidir outras questões suscitadas pelo agente de execução, pelas partes ou por

terceiros intervenientes

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• Conhecer oficiosamente – até ao primeiro acto de transmissão dos bens penhorados –

a manifesta a falta ou insuficiência do título, inexistência de factos constitutivos ou a

existência de factos impeditivos ou extintivos da obrigação, e ainda a vicio da decisão

arbitral (820º)

• Afastar – a requerimento do agente de execução – os limites impostos à penhora de

salários (nº 7 do 824º)

• Autorizar a auxílio de forças policiais com vista ao arrombamento ou receio justificado

de resistência à concretização da penhora (nº 3 do 840º).

• Decidir, quando não haja acordo entre exequente e executado, na forma de

administração dos bens penhorados (nº2 do 843º);

• Decidir quanto à presunção de propriedade dos bens penhorados - sem prejuízo de

embargos (nº 2 do 848º)

• Ordenar o arresto dos bens do depositário (854º)

• Presidir à abertura de propostas no caso de venda de imóveis (nº 3 do 876º e 893º),

Designar o dia e hora para abertura de propostas em carta fechada (890º),

• Decidir quando haja discordância entre consignatário e executado (nº 4 do 880º)

• Decidir a reclamação da decisão da venda (nº 7 do 886ºA)

• Decidir sobre a venda antecipada dos bens sem audição prévia das partes (nº 3 do

886ºC)

• Determinar o arresto dos bens do proponente (alinea c) do nº 1 do 898º)

• Determinar se a abertura de proposta em carta fechada de estabelecimento comercial

será ou não feita na sua presença (nº 2 do artigo 901º A)

• Reconhecer da urgência da venda por negociação particular (alinea c) do 904º)

• Autorizar a consulta a dados confidenciais não incluídos no nº 2 do artigo 833º A (nº7

do 833º A).

• Decidir o levantamento da penhora quando esta seja requerida por falta de impulso

processual (847º)

• Autorizar que um navio penhorado navegue (852º)

• Autorizar a penhora de saldos bancários (861º A)

• Decidir sobre o deferimento da desocupação (930ºC)

• Decidir a citação edital do executado (244º)

Comentários:

De saudar que se mantenha na esfera do juiz a graduação de créditos.

De lamentar que se mantenha a necessidade de proferir despacho para penhora de saldos

bancários. Não se entende como é possível o governo não ter conseguido ultrapassar o poder

da banca e das finanças nesta matéria. De facto, quer à banca quer à administração fiscal

interessa que se mantenha este impedimento de se concretizar – de forma útil e expedita – a

penhora de saldos bancários, a primeira porque continua a querer evitar uma avalanche de

penhora de saldos, a segunda porque quer chegar primeiro a esses mesmos saldos.

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4.6 AGENTE DE EXECUÇÃO

O Agente de execução vai centrar em si um conjunto muito significativo de responsabilidades,

sendo de relevar a intervenção na fase preliminar do processo, que até agora estava cometida à

secretaria. Há no entanto que ter em atenção que a secretaria, ao estar ligada directamente ao Juiz,

tinha a possibilidade de, informalmente, suscitar qualquer duvida quando aos procedimentos ou

entendimentos do Juiz. Ao AE tal faculdade está obviamente afastada, com a agravante de que está

sujeito a multas quando remeta indevidamente o processo ao Juiz para despacho liminar ou suscite

outras questões que manifestamente não se justifique (nº 3 do 809º do CPC).

Devemos ainda ter sempre em atenção que de referir que nos termos do disposto no

número 12 do artigo 808, o AE realiza as notificações da sua competência no prazo de 5 dias e os

demais actos no prazo de 10 dias.

4.6.1 Procedimentos iniciais

4.6.1.1 Análise sumária do processo ou “despacho liminar do Solicitador”

Depois de recebido o RE e designado o AE, o processo é a este remetido por via electrónica.

Este procedimento não difere um muito do que já hoje é praticada, com a excepção de que

deixa a secretaria de comunicar se há ou não lugar a citação prévia. Tanto que parece resultar da lei, a

nomeação do AE, a validação do pagamento de Taxa de Justiça e remessa do processo ao AE deverá

ser feita de forma totalmente automatizada, ou seja, na prática não haverá intervenção da secretaria.

De referir que a recepção do requerimento executivo deverá ocorrer no próprio dia da

apresentação deste ou, quando muito, no dia seguinte.

A conjugação dos artigos 811º, 812ºC, 812ºC a 812ºF, 832º, 833ºA, 833ºB e 834º, vão

determinar a actuação do AE, tendo o legislado, mais uma vez, encontrado uma solução complexa, de

leitura difícil e como tal propensa a controvérsia, que estou certo deverá merecer até Março alguma

correcção.

Para melhor entender a conjugação destas normas há que esquecer o regime ainda em vigor,

antes de mais porque actualmente a citação prévia dependia do prévio despacho liminar que a

ordenasse. Com o novo regime tal não me parece que vá acontecer, sendo certo, confesso a minha

dificuldade, ainda não consegui alcançar totalmente a relação da remessa do processo para despacho

liminar / citação prévia.

Usufruo no entanto da vantagem de ler estas alterações sem saber o que foi dito ou desdito

nesta matéria, pelo que posso dar-me ao luxo de fazer uma leitura errada do pensamento do

legislador, já que não resulta do preambulo do Decreto qualquer dado relevante que permita fazer luz

sobre esta matéria.

De salientar antes de mais que a natureza dos bens a penhora (mais precisamente quando se

trate de imóvel), deixa de influenciar na decisão de remeter o processo a despacho liminar.

Assim, da primeira leitura destas normas resulta que o AE terá as seguintes opções:

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- Recusar o requerimento executivo;

- Remeter o processo ao Juiz para que seja proferido despacho liminar;

- Citar previamente o executado;

- Iniciar as diligências de penhora;

4.6.1.2 Recusa do requerimento executivo

Nos termos do nº 1 do 811º do CPC, o agente de execução deve recusar o RE, sempre que:

a. Não obedeça ao modelo aprovado ou omita alguns dos requisitos impostos pelo

n.º 1 do artigo 810.º;

b. Não seja apresentada a cópia ou o título executivo ou seja manifesta a

insuficiência da cópia ou do título apresentado;

c. Não tenha sido comprovado o prévio pagamento da taxa de justiça devida ou a

concessão de apoio judiciário;

d. O RE não esteja assinado;

e. Ou não esteja redigido em língua portuguesa (seja o RE seja o titulo, que caso

esteja redigido noutro idioma, deverá ser anexo certificado de tradução).

4.6.1.3 O que fazer depois?

Apurado que o RE não deva ser recusado, o Agente de Execução terá que decidir se há ou não

lugar à remessa deste para despacho liminar, nos termos do 812º do CPC.

4.6.1.4 Remessa do processo para despacho liminar

Entendo que a remessa do processo para despacho liminar deveria estar expressamente

separada sob duas diferentes qualificações:

- Precariedade do título

o Se o agente de execução duvidar da suficiência do título ou da interpelação ou

notificação do devedor (alínea e) do 812º D)

o Se o agente de execução suspeitar que se verificam excepções dilatórias, não supríveis,

de conhecimento oficioso (alínea f) do 812º D e b) do 812ºE)

o Se o agente de execução suspeitar que, fundando-se a execução em título negocial,

seja manifesto, face aos elementos constantes dos autos, a inexistência de factos

constitutivos ou a existência de factos impeditivos ou extintivos da obrigação

exequenda que ao juiz seja lícito conhecer (alínea f) do 812º D e c) do 812ºE);

o Se, pedida a execução de sentença arbitral, o agente de execução duvidar de que o

litígio pudesse ser cometido à decisão por árbitros, quer por estar submetido, por lei

especial, exclusivamente a tribunal judicial ou a arbitragem necessária, quer por o

direito litigioso não ser disponível pelo seu titular (alínea g) do 812ºD)

- Pela própria natureza do título;

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o Nas execuções movidas apenas contra o devedor subsidiário (línea a) do 812º D );

o Quando a obrigação seja condicional ou dependente de prestação e a prova de que se

verificou a condição não pode ser feita documentalmente perante o Agente de

Execução (alínea b) do 812º D / nº 2 e 3 do 804º)-;

o Execução fundada em acta de condomínio (alínea c) do 812ºD)

o Execução fundada em notificação do NRAU (alínea d) do 812ºD

4.6.1.5 Efeitos da remessa para despacho liminar

Cria-me sérias dúvidas a conjugação dos fundamentos da remessa do processo a despacho

liminar com o disposto no nº 2 do artigo 812º F, pelo que, vamos deixar para próxima oportunidade –

e provavelmente após rectificação ou alteração da norma – perceber se é taxativo que havendo

despacho liminar há sempre citação prévia, conforme parece resultar do nº 2 do 812º F. Digo parece

haver um erro na interacção das normas.

Exemplo: Processo movido exclusivamente contra o devedor subsidiário

o A alínea a) do 812º impõem ao Solicitador de Execução a remessa do processo para

despacho liminar quando a execução é movida exclusivamente contra o devedor

subsidiário;

o O nº 2 do 812º F, primeira parte determina que os processos remetidos ao juiz pelo

agente de execução para despacho liminar nos termos do artigo 812.º-D, há sempre

citação prévia(…)

o Da parte final do nº2 do 812º-F parece resultar que o Solicitador cita, sem necessidade

de despacho do Juiz, quando, em execução movida apenas contra o devedor

subsidiário, o exequente não tenha pedido a dispensa da citação prévia.

Não será que o legislador queria dizer na alínea a) do 812º, que o processo só é remetido a

despacho liminar quando o exequente requeira a dispensa da citação prévia ?

Deverá o Solicitador citar sem que o Juiz profira despacho liminar?

4.6.1.6 Notificação do exequente da remessa do processo a despacho liminar

Tendo em consideração que dos actos praticados pelo Agente de Execução, cabe reclamação

ou impugnação para o Juiz, deverá o exequente ser notificado de tal decisão de remessa do processo a

fim de, no prazo geral de 10 dias:

- Impugnar o acto;

- Prestar esclarecimentos ou suprir faltas que, não sendo motivo de recusa do Requerimento

executivo, possam levar ao indeferimento liminar por parte do Juiz.

- Requerer que a penhora seja feita sem a citação prévia do executado (nº 3 do 812ºF)

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Minuta 11

Despacho do AE (remessa a despacho liminar)

Decisão proferida pelo Agente de Execução Carlos … em …/…/… no âmbito do processo xxxxxxx. Analisado o requerimento e o título executivo: a) Não se verificam motivos para recusa do requerimento executivo nos termos do 811º do

CPC nem tão pouco fundamentos para remessa a despacho liminar; b) Uma vez que o titulo executivo apresentado enquadra-se na alínea c) do artigo 812ºD do

CPC, vai o presente processo ser remetido a despacho liminar. c) Vai o exequente notificado da presente remessa a despacho liminar, bem assim para no

prazo de 10 dias, requerer, querendo, que a penhora seja feita sem a citação prévia do executado nos termos do nº 3 do 812ºF.

4.6.1.7 Notificação do exequente de citação prévia de executado

Uma vez que os actos do Agente de Execução são passíveis de impugnação ou recurso, deverá

este, quando tome posições que possam afectar o andamento do processo, notificar do exequente

dessa mesma decisão.

Assim o despacho que decide pela citação prévia do executado deverá ser também notificado

ao exequente, salvo se, do pedido formulado pelo exequente no requerimento executivo, já resultar

posição coincidente com a tomada pelo Agente de Execução.

Exemplo:

Numa execução para pagamento de quantia certa, sendo o titulo executivo um cheque no

valor de 45.000,00 €, o exequente requer a penhora de veículos automóveis.

O Solicitador deverá proferir despacho no sentido de que vai proceder à citação prévia.

Minuta 12

Despacho do AE (citação prévia)

Decisão proferida pelo Agente de Execução Carlos … em …/…/… no âmbito do processo xxxxxxx. Analisado o requerimento e o título executivo: d) Não se verificam motivos para recusa do requerimento executivo nos termos do 811º do

CPC nem tão pouco fundamentos para remessa a despacho liminar; e) Atenta a natureza do título e o valor da execução, não se encontra verificada qualquer

das excepções previstas no artigo 812º-C do CPC, pelo que vai levar-se a efeito a citação prévia do executado.

f) Uma vez que o entendimento do exequente é diverso do aqui manifestado, vai este ser notificado para no prazo de 10 dias reclamar da presente decisão, podendo ainda, antes do termo do prazo, declarar que a aceita.

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4.6.1.8 Fluxograma