Upload
vankhue
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
22/08/2018
Luiz Zanutto
(19) 99831.6562
Reforma Trabalhista no BRASIL
2017
• Administrador de Empresas – UNIFIEO;• Pós Graduado em Recursos Humanos – UNISANT’ANNA; • MBA em Recursos Humanos – USP;• Mestre em Administração – FACECA;• Especialista em Relações Trabalhistas e Sindicais – WCA;
• Profissional da área de RH há 33 anos;• Atuou nas empresas Engesa, Siemens, Black Decker, Furukawa,
Votorantim, Bravox.• Há 8 anos atua como Gerente Sr de Relações Trabalhistas e Sindicais da
Rhodia Solvay para os Sites de Paulínia, Itatiba e Taboão da Serra.• Professor Convidado para Pós Graduação: Unip Campinas e Sorocaba;
NetWork Nova Odessa; Anhanguera Campinas e Santa Bárbara e Facecap;• Palestrante Voluntário para várias Ongs e Entidades sem Fins Lucrativos.
Espero que você não tome
um ...
E que esse nosso Encontro
não seja para...
Mas que seja...
AS RELAÇÕES SINDICAIS NO BRASIL
E A
REFORMA TRABALHISTA 2017
Empresa – Delegados Sindicais; Representantes Sindicais, Cipeiros e Comissão de Fábrica (quando existe), Líderes Naturais não Adotados pela Empresa.
Sociedade – Família do Sindicalista; Associações de Bairros; Igrejas; Escolas.
Governo – Sub-delegacia Regionais do Trabalho; DRT; Ministério do Trabalho.
Política – Classe Política e Partidos Políticos.
Judiciário – Ministério Público do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho.
AS BASES
SINDICAIS NO
BRASIL
Do valor total arrecadado entre os trabalhadores no Brasil, de 10* a 20% são
transferidos para o Ministério do Trabalho;
05% são transferidos para a Confederação Nacional;
15% são transferidos para a Federação;
10% são transferidos para a Central Sindical*
60% são transferido aos Sindicatos.
Nota: Em 2017, o total arrecadado foi de aproximadamente 3,5 Bi de Reais só
com a Contribuição Sindical;
Taxas Negociação na CCT e ACT;
Por último e menos significativo a arrecadação com associados.
COMO ERA A FONTE DE FINANCIAMENTO
ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO
O O O O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O O O O O O
Diretoria
Base
Diretoria
Lideres Ideológicos
Politizados, Cipeiros,
Dirigentes Sindicais.
Lideres Ideológicos
Naturais
Empregados.
Sindicalismo Externo
Sindicalismo Interno
LEGITIMIDADE DO DOS EMPREGADOS NO BRASIL
O Sindicato dos Empregados é uma entidade legal com Registro no MTE e que representa os trabalhadores de uma mesma categoria. Exemplo: Químicos, Metalúrgicos e outras. Dentro do mesmo Sindicato há a divisão em subgrupos de trabalho para negociações por exemplo nos Químicos, Farmacêuticos, Tintas e Vernizes, Plásticos, Química Base, Perfumaria e outros.
Em muitos casos não há afinidade das pessoas que dirigem os sindicatos e as pessoas dos organismos superiores: Federações e Confederações e por isso os Sindicatos se distanciam das decisões das Federações e Confederações e dizem não pertencer a orientação de Centrais Sindicais.
Os Diretores e Dirigentes sindicais, são eleitos pelos Sócios do Sindicato, porém percebe-se que esses acabam se perpetuando no poder (Período de mandato é em média 4 anos).
HISTÓRICO DO SINDICALISMO.
Origem do Sindicalismo no Mundo foi no século XVIII com a Revolução Industrial, os trabalhadores sem emprego e doentes se juntaram para socorro mútuo.
Com surgimento do capitalismo, as máquinas tomaram o lugar dos empregados e esses se sujeitavam a salários menores para manter seu emprego. Com isso surgem os Sindicatos.
• Revolução Francesa – 1789 – Aparecem os primeiros sinais do sindicalismo.• 1827 – Legalidade do Sindicato nos EUA;• 1871 – Legalidade do Sindicato no Reino Unido;• 1884 – Legalidade do Sindicato na França;
• No Brasil, surge os sinais do Sindicalismo com a imigração de Europeus, em especial os
italianos no inicio século XX.
• Os ativistas eram em sua maioria anarquistas que surpreendendo o governo desencadearam
uma onda de rebeliões nas indústrias paulista no final do século XIX e início do século XX.
1917 – Grande Greve Operária em São Paulo;
1918 e 1919 – Greves dos Operários no Rio de Janeiro;
1930 – Governo Vargas (1930 a 1945) em 1930 criou o Ministério do Trabalho;
1931 – Por decreto regulamentou-se a Sindicalização das classes patronal e operárias. Determinou a proibição das greves. O papel do Sindicato era o assistencialismo;
1934 – Publicação da CLT;
• 1956 – Governo JK Grande expansão do sindicato no Brasil – Industrialização do país.
• 1961 – Governo Jango Criação CGT – Comando Geral dos Trabalhadores. Direito a greve;
• 1964 a 1966 – Governo Castelo Branco Sindicatos foram duramente combatidos;
• 1966 – Nasce o FGTS opcional contra estabilidade de emprego;
• 1968 – Governo Costa e Silva. Tentativa renascer o Movimento Sindical em Osasco/SP;
• 1969 – Governo Emilio Garrastazu Médici FGTS passou a ser obrigatório;
• 1976 – Governo Ernesto Geisel. Movimentos Sindicais no ABC com o Lula e na cidade de Contagem/MG;
• 1980 a 1985 – Governo João B. Figueiredo – Anistia, Nasce PT e Civis no poder;
• 1985 a 1994– Nova Constituição que se envolveu diretamente na área trabalhista;
• 1995 a 1996 – Sindicalismo de confronto;
• 2003 a Ago 2016 – Lula, Dilma e CUT no poder.;
• 2017 – Temer e a reforma trabalhista.
BRASIL
2017
Reforma Trabalhista
Aprovada pelos Deputados em 27/04/2017 e pelos
Senadores em 11/07/2017.
Ponto Relevante: a Negociação prevalece sobre o
Legislado.
Não entram nessa lista: Salário Mínimo, FGTS,
Férias proporcionais e 13º Salário.
Lei nº 13.467 sancionada em 13/07/2017
entrou em vigor em 13/11/2017.
Pontos a Destacar:
• Não retira direito do trabalhador;
• Prestigia a negociação coletiva;
• As relações entre empregadores e empregados
devem ficar mais flexíveis;
• Racionaliza o poder de legislar do Judiciário
resultando maior segurança jurídica no campo do
trabalho;
• Reduz a burocracia;
• Traz maior segurança jurídica à Terceirização;
• Visa modernizar a Legislação Trabalhista.
Jornada de Trabalho
Como Era:
• Jornada de 44 horas semanais, limitada a 8 horas diárias de
trabalho. A essa carga, era permitido acrescentar 2 horas
extras/dia, mas limite de 10 hs dia.
• 12X 36 Serviços Segurança e Hospitalar
Como Ficou:
• Permite jornada diária 8 Hs até 12 horas, sendo caso de 8 hs
pode haver 4 hs extra.
• Possível Jornada 12X36 ou seja, 12 horas trabalhadas e 36
horas de descanso.
Minutos que antecedem e/ou sucedem a
jornada de trabalho
Por decisão própria do empregado em adentrar ou permanecer na
Empresa para atividades particulares, Ex: estudo, higiene pessoal, troca
de roupa ou uniforme (sem obrigatoriedade), esses minutos ou horas não
serão computados como horas extra. No entanto, o empregado deverá
registrar seu Ponto nos horários de trabalho.
Para atividades relacionadas ao trabalho, mantém-se a regra atual
(exemplo obrigatoriedade de uso uniforme ou roupas especiais).
Trabalho Parcial
Máximo de 30 horas semanais, proibidas horas extras, ou
até 26 horas semanais, com até 6 horas extras.
Tem direito a 1/3 de férias em abono pecuniário.
Regime de férias equiparado ao do contrato regular de
trabalho.
Trabalho Intermitente
Como Era:
Não era prevista pela legislação.
Como Ficou:O trabalhador poderá ser contratado para atuar por períodos, recebendo
pelas horas ou dias trabalhados. Ficam assegurados as férias, FGTS, 13º
salário e INSS. O empregador deverá avisar o empregado com três dias
de antecedência e já informar o valor pago pela hora trabalhada, que
deve ser equiparado ao pago aos demais trabalhadores de mesma
função. Já o empregado terá um dia útil para responder se aceita ou não
a proposta. Caso uma das partes não cumpra o acordado em contrato, é
previsto multa de 50% do valor da remuneração combinada para o
período.
Trabalho Remoto - Home Office
Como Era:Essa modalidade não existia.
Algumas empresas trabalhavam no risco.
Como Ficou:Abre a possibilidade para o home office no contrato de trabalho. É importante
um contrato que defina os gastos, uso de equipamentos próprios, controle da
produtividade, o empregador deverá instruir os empregados sobre
precauções para evitar doenças e acidentes de trabalho.
Cabe ao empregador avaliar se a residência oferece condições físicas e
ergonômica. Mantém-se a responsabilidade por acidente no trabalho.
Transporte
Como Era:Fazia parte da jornada de trabalho o tempo gasto pelo funcionário
para se deslocar de localidade de difícil acesso ou que não
possua transporte público. Isso, quando o transporte é oferecido
pela empresa (Dava o direito a hora in intinere). O acidente de
trajeto era um acidente de Trabalho.
Como Ficou:O tempo gasto para ir ou voltar do trabalho por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho.
Férias
Como Era:
A CLT não permitia fracionar férias, apenas em casos excepcionais,
quando podia ser dividida em dois períodos, mas para menores de 18 e
maiores de 50 não era permitido sob risco de multa para empresa. As
leis também permitiam a venda de até 1/3 das férias.
Como Ficou:
Mediante acordo, as férias poderão ser divididas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os
demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
O Parcelamento é definido em negociação, mas o período de descanso
continua sendo prerrogativa da empresa. O inicio das férias deve
respeitar o limite mínimo de 3 dias de antecedência de feriados ou finais
de semana, ou seja para quem trabalha de Segunda a Sexta, o inicio
das férias pode ser de Segunda, Terça ou Quarta-feira. O empregado
mantém o direito do abono pecuniário de 10 dias.
Banco de Horas
Como Era:Deveria haver acordo específico da empresa com o Sindicato. Período
máximo do acordo era de 1 ano e a contabilização das horas não
poderiam exceder a 1 ano.
Como Ficou:Além da possibilidade de haver uma regra na Convenção Coletiva ou
Acordo Coletivo, as empresas poderão negociar diretamente com os
empregados a forma de compensação. Nesse caso, deve haver acordo
por escrito e prazo máximo passa a ser de 6 meses.
Terceirização/QuarentenaComo Era:
Não havia previsão nas leis trabalhistas. Por prudência para evitar
vinculo se definia uma “vazio” de 180 dias.
Como Ficou:Caso seja demitido, o trabalhador não poderá ser recontratado pela
mesma empresa por um período de 18 meses se proprietário ou sócio
da empresa terceirizada e mesmo para outra empresa que preste
serviço ao antigo empregador (exceto o aposentado) . A ideia é evitar
que o trabalhador seja demitido para ser recontratado como terceirizado.
Contribuição Sindical
Como Era:
A contribuição era obrigatória ao Sindicato.
Como Ficou:
Passa a ser opcional.
O desconto está condicionado a autorização previa e expressa dos que
participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional. Não
é válido Cláusula em Convenção Coletiva do Trabalho ou Assembleia, a
qual seja definido que haverá Contribuição Sindical.
Demissão em Acordo
Como Era:Não havia acordo!
Demissão recebe 40% de multa sobre o saldo do FGTS e saca o FGTS, em
caso de demissão sem justa causa. Caso peça demissão, ou esta ocorra
por justa causa, não tem direito a essas compensações. A empresa também
precisa respeitar o aviso prévio de 30 dias a 90 dias e o empregado tem o
direito ao Seguro Desemprego (nada mudou!). Mas, existia os acordos
debaixo do pano, onde o empregado devolvia os 40% ao patrão.
Como Ficou:
Prevê a demissão em comum acordo, o que garante ao trabalhador 20% de
multa sobre o saldo do FGTS e acesso a 80% do fundo. Nesse caso, não
há opção de acesso ao seguro-desemprego. O aviso prévio fica reduzido a
15 dias.
Homologação
Não há mais a necessidade da homologação ocorrer com
assistência do Sindicato ou MTE para os empregados com mais de
1 ano na Empresa.
A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita
na empresa. Há Convenções Coletivas que mantém essa
obrigatoriedade.
Em caso de Homologação por acordo extrajudicial, essa precisa ter
o de acordo de advogados de ambas as partes.
Representação dos Empregados
Para as empresas com mais de 200 empregados será assegurada a
eleição de uma Comissão para representa-los.
• De 200 a 3000 empregados – 3 membros
• De 3000 a 5000 empregados – 5 membros
• Acima de 5000 empregados – 7 membros
O mandato será de 1 ano.
O membro que houver exercido a representação na comissão não
poderá ser candidato nos 2 períodos subsequentes. Ele gozara de
estabilidade desde o registro da candidatura até um ano após o fim do
mandato.
Depende de regulamentação, por exemplo:
• Número de empregados é por site, por estado, nacional?
• De quem é a responsabilidade de promover a eleição?
Ações Trabalhistas
Como Era:
Não havia custo para quem entrava com a ação, além disso, os
honorários eram pagos pela União.
Como Ficou:
A parte que perder o processo terá de arcar com as custas da ação. É
prevista punição para a parte que agir com má-fé equivalente a multa de
1% a 10% do valor da causa, além de uma indenização para a parte
contrária. Essa medida vale também para quem é beneficiário da Justiça
gratuita. Para se valer da Justiça gratuita, o reclamante deve comprovar
que seus rendimento é igual ou inferior a 40% do teto do INSS (igual a
R$ 2.212,60) ou declarar e comprovar a falta de recursos financeiros.
Preposto em Audiência
A partir da entrada em vigor da nova legislação, será
permitido que qualquer Empresa seja representada em juízo
por Preposto não Empregado. Essa será uma nova
profissão?
Danos Morais
Como Era:O valor da indenização era definido pelo juiz chegava
A casa de centenas de vezes do ultimo salário.
Como Ficou:
Foram definidos tetos para as indenizações. Para casos mais leves foi
estipulado (3) três vezes o valor do último salário contratual. Para os
casos considerados de natureza média foi estipulado (5) cinco vezes o
valor do último salário, os casos graves (20) vinte vezes o último salário e
os gravíssimos 50 (cinquenta) vezes o último salário. Os mesmos
parâmetros serão seguidos caso o empregador seja o ofendido pelo
empregado. Em caso de reincidência entre as partes, o juiz poderá
dobrar o valor da indenização.
Trabalho da Mulher
Como Era:
A empregada gestante ou lactante, era afastada, enquanto durava a gestação
ou lactação, de qualquer atividade, operação ou locais insalubres.
Como Ficou:
Só poderão trabalhar em atividades insalubres, por meio de apresentação de
atestado médico escolhido por ela, garantindo que não há risco à mãe e ao
bebê.
O EMPREGADO HIPERSUFICIENTE
A figura do empregado “hipersuficiente”, que corresponde ao trabalhador que
possui curso de nível superior e recebe como remuneração valor superior a
duas vezes o teto de benefícios do INSS (o que equivale, hoje, a
aproximadamente R$11.063,00).
Pela nova legislação trabalhista, as cláusulas do contrato desse empregado
valerão como norma coletiva, podendo, ainda, se sobrepor à lei, conforme
artigos 444[1] e 611-A[2] da CLT 2017. Não obstante, nos termos do artigo 507-
A[3], os trabalhadores “hipersuficientes”, desde 11 de novembro passado,
podem levar a solução de eventuais conflitos com seus empregadores a uma
Câmara Arbitral, desde que pactuada cláusula compromissória.
22/08/2018
34
E O FUTURO DO SINDICATO NO BRASIL?